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Escalas de Resiliência uma revisão narrativa

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Escalas de Resiliência: uma revisão narrativa 
 José Antônio Spencer Hartmann Junior * 
 Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros ** 
 
Resumo 
A resiliência é um termo que vem ganhando destaque na psicologia graças ao surgimento da 
Psicologia Positiva. A proposta dessa corrente é o foco no desenvolvimento das 
potencialidades humanas, criando assim um campo capaz de trabalhar de forma séria os 
aspectos positivos. A possibilidade de desenvolver-se normalmente mesmo enfrentando 
dificuldades é o conceito que relaciona os aspectos teóricos que definem a resiliência. É um 
processo dinâmico, pois permite adaptação positiva e um conjunto de atitudes competentes 
a cada nova situação adversa. O objetivo do estudo foi identificar e descrever escalas 
atualmente utilizadas presentes na literatura. Foi feita uma revisão narrativa com escalas 
presentes na literatura. A partir dos instrumentos apresentados, é possível detectar uma 
crescente demanda no referencial de avaliação da resiliência. Abre-se a possibilidade de 
avaliar diversas populações, o que ajuda a expandir o alcance desse construto. 
Palavras-chave: Psicologia Positiva. Resiliência. Estudos de Validação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, Universidade Federal de Pernambuco. Professor 
adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco; E-mail: 
jose_spencer@yahoo.com.br. 
** Graduado em Psicologia, Universidade de Pernambuco. E-mail: gabrielmedeiros1994@hotmail.com. 
562 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9 n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
1. Introdução 
A resiliência é um termo que vem tendo destaque na psicologia graças ao surgimento, 
após a segunda guerra mundial (SELIGMAN, 2002), da Psicologia Positiva, que começa a 
ganhar força a partir de 2001. Yunes (2003) discute acerca da necessidade de um enfoque 
nos aspectos positivos do sujeito dentro do âmbito da ciência. 
Para suprir tal necessidade, é preciso compreender o funcionamento humano com 
base em conceitos científicos, que utilizem intervenções capazes de promover saúde 
mental com rigor metodológico (MASTEN, 2001; SHELDON; KING, 2001; SELIGMAN, 2002; 
YUNES, 2003). 
A Psicologia Positiva não visa determinar os caminhos a serem tomados pelos 
sujeitos, apesar de apresentar caráter descritivo (SELIGMAN, 2002). Essa não 
determinação vem da semelhança encontrada entre essa corrente e a Psicologia 
Humanista. A segunda, que tem Rogers como seu principal representante, defende que o 
ser humano possui uma tendência à autoatualização, ou seja, os aspectos emocionais, 
comportamentais e o processo de pensamento estão o tempo todo em potencial 
processo de desenvolvimento, dando ao homem aspecto dinâmico. Por afirmar que 
somos todos capazes de fazer as próprias escolhas, a Psicololgia Humanista aponta para 
uma prática não diretiva, o que também pode ser visto como uma resposta ao 
Behaviorismo. 
Essa aproximação, entretanto, fica apenas na valorização das potencialidades 
humanas e na não diretividade, tendo a Psicologia Positiva um método voltado à 
cognição, além do emocional (FREDRICKSON, 2005). 
Além da resiliência, Seligman (2002) aponta esperança, otimismo, fé, perseverança, 
Espiritualidade e honestidade como capacidades a serem exploradas a fim de promover 
saúde mental e bem-estar físico e emocional. A Psicologia Positiva permite trabalhar tais 
competências em intervenções individuais, familiares e com grupos. 
Seligman et al. (2005) discutem o diálogo entre a Psicologia Positiva e intervenções 
mais tradicionais. Tratam-se das práticas realizadas nos contextos clínico, organizacional 
e educacional. Para os autores, essa união pode proporcionar o fortalecimento da 
Psicologia Positiva em seu sentido prático, ultrapassando a barreira do teórico. A revisão 
feita por Machado et al. (2017) aponta o uso de dois dos construtos da Psicologia Positiva, 
Escalas de Resiliência: uma revisão narrativa 563 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9, n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
Esperança e Espiritualidade, em adultos e idosos. O estudo identificou dez estudos com 
intervenções voltadas às populações acima mencionadas, todas fora do Brasil. Cinco 
focaram a Esperança e os outros cinco Espiritualidade. Dentre as intervenções realizadas, 
se destacam programas educacionais, sessões de autorrelato e em grupo, terapia 
cognitivo-comportamental e trabalho voluntário. Todos visaram a reabilitação de pessoas 
em situações delicadas, entre elas: transtornos psiquiátricos, abuso de álcool e drogas, 
câncer e pacientes terminais. O estudo concluiu que todas as intervenções realizadas 
apresentaram resultados positivos, havendo melhora na qualidade de vida dos 
participantes. Porém, todas elas foram realizadas em pequenas populações, havendo a 
necessidade de mais estudos com populações maiores. 
Estudos apontam a inserção dos pressupostos da Psicologia Positiva nas áreas de 
orientação vocacional, clínica, reabilitação, escolar, comunitária e principalmente na 
saúde pública (CARR, 2007; MACHADO et al., 2017). 
Do desenvolvimento de práticas fundamentadas nos aspectos positivos do indivíduo, 
surge a necessidade da construção e validação de instrumentos que auxiliem os 
psicólogos a avaliar com precisão comportamentos influenciados por esses construtos, 
visando à promoção de qualidade de vida. O presente estudo teve por objetivo realizar 
uma revisão narrativa de escalas de Resiliência validadas e suas respectivas 
especificidades, buscando ampliar a divulgação e despertar interesse na utilização das 
mesmas. 
Na Psicologia é importante, para a maioria das bases teóricas, fazer uso de avaliações. 
Seja como objetivo principal ou auxiliando um processo maior, a avaliação ajuda a clarear 
o que ainda se encontra obscuro no sujeito. Avaliações que identifiquem o nível de 
resiliência pode ser justamente a luz que guie uma atuação calcada nos aspectos positivos 
do sujeito em sofrimento. 
2. O que é Resiliência? 
A possibilidade de desenvolver-se adequadamente, mesmo enfrentando muitas 
dificuldades é a ideia básica que relaciona os aspectos teóricos que definem a resiliência 
(PINHEIRO, 2004; YUNES, 2003). Compreende-se, portanto, como resiliência o fato de 
alguns indivíduos apesar de serem afetados por situações estressantes que o abalam 
564 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
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emocionalmente, poderem superá-las, mantendo-se sadios e utilizando, para tanto, as 
mais diversas respostas biológicas e psicológicas. Entretanto Junqueira e Deslandes 
(2003), alertam que a resiliência não consiste na eliminação total do problema. 
D’alessio (S.d) afirma que a resiliência é um processo dinâmico, pois permite uma 
adaptação positiva e um conjunto de atitudes competentes a cada nova situação adversa. 
A utilização desse repertório de atitudes pode prevenir o desenvolvimento de transtornos 
mentais. 
Quando ocorre uma ação não adaptativa em uma experiência estressora, existe uma 
tendência ao fortalecimento do impacto dessa mesma experiência na saúde mental de 
quem a está vivenciando. A intensificação ou o prolongamento dessas situações reduzem 
o nível de resiliência, pois reduzem a capacidade de flexibilidade cognitiva (CHARLES; 
CARTENSEN, 2010). 
A manutenção da resiliência é responsável não só pelo bom funcionamento 
cognitivo, mas também pela manutenção da saúde mental. Porges (2007)apresentou em 
seu estudo o indício de que ocorre um número menor de disparos do miocárdio em 
eventos estressores em pessoas com alto nível de resiliência. Ou seja, essas pessoas 
possuem uma melhor recuperação cardíaca, tendendo a manterem-se mais calmas. 
Neurotransmissores que estão ligados a patologias como depressão, Transtorno de 
Estresse Pós-traumático (TEPT) e à déficits cognitivos têm seus funcionamentos 
relacionados ao nível de estresse. Serotonina, noradrenalina e dopamina são alguns 
deles. O baixo nível de resiliência está intimamente ligado à desregulação desses, 
deixando o sujeito vulnerável ao adoecimento psíquico. Altos níveis de resiliência 
produzem respostas adaptativas, que por sua vez aumentam a capacidade plástica do 
sistema nervoso (D’ALÉSSIO, [S.d]). 
Por ser um construto com caráter cognitivo, a resiliência está presente em todos os 
seres humanos, diferenciando-se apenas em seu nível (MASTEN, 2001). Por se apresentar 
de maneira distinta variando de sujeito para sujeito, existe a procura pelo 
desenvolvimento de modos de avaliação da resiliência, buscando a prevenção e a 
promoção de saúde mental (PESCE et al., 2005). 
 
Escalas de Resiliência: uma revisão narrativa 565 
 
 
 
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3. Método 
Foi realizada uma revisão narrativa do material coletado. A mesma se apresenta como 
uma pesquisa crítica da literatura, onde não são utilizadas estratégias de procura que visem 
esgotar os bancos de dados. O objetivo principal desse tipo de revisão é a realização de uma 
análise contextual do assunto pesquisado, visando sempre a compreensão e explicitação do 
material (ROTHER, 2007). 
Com exceção da Child Psychosocial Distress Screener (CPDS), as escalas aqui 
apresentadas são de auto relato. 
4. Escalas de Resiliência 
4.1 The Resilience Scale (1993) 
A primeira escala de resiliência foi desenvolvida por Gail Wagnild e Heather Young 
em 1993, e foi denominada The Resilience Scale. A escala original, que já sofreu algumas 
adaptações, é responsável por medir os níveis de adaptação psicossocial positiva frente a 
eventos importantes e é composta de 25 itens divididos em dois fatores, a saber: 
competência pessoal e aceitação de si mesmo e da vida. O primeiro está subdividido em: 
autoconfiança, independência; determinação; invencibilidade; maestria; fontes de 
recursos; e perseverança. Já o segundo apresenta-se fracionado em: adaptabilidade; 
equilíbrio; flexibilidade; e perspectiva equilibrada da vida (DEEP; PEREIRA, 2012). 
As respostas estão dispostas em formato Likert, que vão de um (discordo totalmente) 
a sete (concordo totalmente), com os escores variando entre 25 e 175. Quanto maior a 
pontuação, maior o nível de resiliência (WAGNILD; YOUNG, 1993). 
O estudo inicial foi realizado com 810 adultos e idosos americanos com idades entre 
53 e 95 anos, com média de idade de 71,1 anos. Para a validação do instrumento, variáveis 
como estado civil, renda, etnia e estado de saúde foram levadas em consideração e 
coletadas juntamente à aplicação da escala. Nos resultados, foi detectado correlação 
entre resiliência e duas variáreis: satisfação com a vida e sintomas depressivos. A primeira 
apresentou correlação positiva (acima de zero) e a segunda negativa (abaixo de zero). O 
nível de confiabilidade ficou com alfa de estimado em 0,93 (WAGNILD; YOUNG, 1993). 
566 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9 n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
Hjemdal et al. (2006) promoveram uma reformulação da Escala de Resiliência. A 
adaptação conta com seis fatores, quatro a mais que a original, e 33 itens, com o nível de 
confiabilidade variando entre 0,81 e 0,88. Os fatores são: percepção de si mesmo; futuro 
planejado; competência social; estilo estruturado; e coesão familiar e recursos sociais 
(HJEMDAL et al., 2009). 
A pesquisa realizada por Pesce et al. (2005) teve como objetivo a adaptação da escala 
original proposta por Wagnild e Young (1993) para a população brasileira. A população 
do estudo consistiu de 997 alunos entre 13 e 19 anos, sendo realizado re-teste em 203 
dez dias após a primeira aplicação. Convergindo com a primeira versão, foram mantidos 
os dois fatores. 
A adaptação transcultural se deu após várias etapas que tiveram por objetivo 
identificar equivalência entre os dois instrumentos, original e adaptado. Essas etapas 
abarcaram análises de equivalência conceitual, semântica e operacional, dentre outras 
(PESCE et al., 2005). 
Existem também estudos de adaptação dessa escala para outros países, como 
Portugal, por exemplo. O estudo de Felgueiras, Festas e Vieira (2010) realizou assim como 
o de Pesce at al. (2005) uma adaptação transcultural. Já Carvalho e Pereira (2012) 
realizaram a adaptação da escala apenas para a população portuguesa adulta. Heilemann 
et al. (2003) realizaram a tradução para o espanhol. 
Por se tratar de uma escala que abrange diferentes formatos e populações, acaba por 
ser a mais popular entre os instrumentos que avaliam a resiliência. A adaptação brasileira 
feita por Pesce et al. (2005) permitiu a otimização da escala pelos fatores questões e 
tempo de aplicação. Por ser menor, permite uma maior aceitação por parte da população 
jovem que, segundo Groppo (2000) e Aberastury (2000), está passando por um período 
de inquietação, onde ocorrem mudanças e adaptações. Além disso, a resiliência pode 
interferir no modo como esse período é vivenciado. 
Para a população adulta, a resiliência pode ser um importante fator de satisfação 
profissional, por exemplo. O uso de avaliações desse tipo em empresas corrobora com o 
estudo de Barlach et al. (2008), em que pode ser constatado que a resiliência no contexto 
organizacional pode ser um fator que promove adaptação, motivação e saúde mental. 
Escalas de Resiliência: uma revisão narrativa 567 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9, n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
Já para a população idosa, a resiliência se mostra relevante quando se leva em conta 
que o olhar sobre o processo de envelhecimento está em um importante momento de 
mudança, passando a constituir-se como fase em que ocorrem também ganhos. A 
imagem do idoso passa a ser associada à de um indivíduo dotado de potencialidades 
(NERI; FREIRE, 2000). Avaliar o nível e promover resiliência se mostra importante em uma 
fase onde existem perdas biológicas e sociais. 
4.2 Escala de Resiliência de Connor-Davidson (Cd-Risc) (2001) 
Connor e Davidson desenvolveram em 2001 um novo modelo de escala para medição 
da resiliência. A escala possui 25 itens que fazem parte de cinco fatores de resiliência, a 
saber: confiança nos próprios instintos e tolerância à adversidade; aceitação positiva da 
mudança; controle; competência pessoal; e espiritualidade (CONNOR; DAVIDSON, 2003). 
As respostas se dão em formato Likert e vão de zero (não é verdade) a quatro (verdadeiro 
quase todo o tempo). Alguns dos itens dessa escala são: penso que sou uma pessoa forte 
ao lidar com desafios da vida e dificuldades; boa ou ruim, eu acredito que as coisas 
acontecem por alguma razão; eu gosto de desafios; durante os tempos de estresse/crise, 
eu sei onde procurar ajuda (CONNOR; DAVIDSON, 2003). 
Para a validação desse instrumento, foram utilizadas variáveis como: idade; gênero; 
escolaridade; estado de saúde; e estado civil. A população total foi de 812 participantes 
divididos em seis grupos separados por estado de saúde e cuidados recebidos. O alfa de 
Cronbach alcançou 0,89, e foi detectada correlação positiva entre resiliência e baixa 
vulnerabilidade ao estresse (CONNOR; DAVIDSON,2003). 
Campbell-Sills e Stein (2007) desenvolveram a Cd-Risc-10, uma versão reduzida da 
Cd-Risc, possuindo por sua vez 10 itens e apenas um único fator que agrupa todas as 
questões, denominado resiliência. A pesquisa de validação reuniu uma amostra de 1743 
estudantes universitários. Uma segunda etapa do estudo envolveu 131 participantes que 
possuíam algum sintoma psiquiátrico. Foi alcançado 0,85 no alfa de Cronbach. 
Assim como a escala de Wagnild e Young, a Cd-Risc também possui uma adaptação 
para o Brasil. Lopes e Martins (2011) trabalharam uma amostra de 463 pessoas com 
média de 28 anos, Cronbach 0,82. Foi utilizada a versão de Campbell-Sills e Stein (2007) 
568 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9 n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
com 10 itens. Para dar início as testagens, houve a tradução e adaptação semântica da 
escala, além da análise de sua estrutura fatorial. 
Outros países também já receberam uma versão adaptada da Cd-Risc, alguns deles 
são: China (YU; ZHANG, 2007); África do Sul (JORGENSEN; SEEDAT, 2008); Coréia do Sul 
(BAEK et al., 2012); e Espanha (MANZANO-GARCÍA; AYALA CALVO, 2013). 
O diferencial do processo de validação da Cd-Risc é o modo como foram divididos os 
grupos, de acordo com estado de saúde e cuidados recebidos. Com isso, vem também a 
possibilidade de avaliação de resiliência em pessoas que passam por tratamentos 
médicos, com parametrização própria. 
Diferentes crivos para diferentes estados de saúde podem incentivar estudos e 
intervenções focadas na resiliência com essa população. Estudos como os de Rodrigues e 
Polidori (2012) e Souza et al. (2017) podem ilustrar a importância da união entre esse 
construto e quadros clínicos constatados. 
4.3 Adolescent Resilience Scale (2004) 
Oshio et al. (2004) desenvolveram e validaram no Japão uma escala de resiliência 
focada na avaliação do nível da mesma exclusivamente em jovens. A pesquisa realizada 
pelos autores contou com 207 estudantes do ensino regular, sendo 104 homens e 103 
mulheres com média de idade de 20,2 anos. 
A partir de avaliações primárias, que envolveram questionários de eventos negativos 
e saúde geral, os participantes foram divididos em: bem ajustados; vulneráveis; e 
resilientes (OSHIO et al., 2004). 
A escala conta com 21 itens distribuídos em três grupos de fatores: busca de 
novidades, regulação emocional e orientação positiva para o futuro. As questões foram 
construídas em formato Likert com respostas que vão de um a quatro, e assim como as 
escalas aqui já apresentadas, quanto maior a pontuação, maior o nível de resiliência. Os 
resultados apontaram 0,85 no alfa de Cronbach (OSHIO et al., 2004). 
A partir dos resultados, pode ser detectada inter-relação entre os escores da escala 
com os obtidos nos questionários de eventos negativos e saúde geral. Outro ponto que 
deu confiabilidade ao presente instrumento foi o fato de que o nível de resiliência obtido 
pelos participantes refletiu no nível nos testes preliminares (OSHIO et al., 2004). 
Escalas de Resiliência: uma revisão narrativa 569 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9, n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
Ainda não foram realizados estudos visando a adaptação transcultural dessa escala 
para o Brasil. A presença de um estudo transcultural visando adaptar a Adolescent 
Resilience Scale seria de suma importância para o crescimento do campo de avaliação da 
resiliência no país. Além disso, um instrumento focado em uma população específica 
geralmente traz consigo mais precisão e confiabilidade no momento de avaliação desse 
mesmo público. 
Os estudos de Almeida et al. (2006) e Sobrosa et al. (2014), que tem como público 
jovens, investigam questões em evidência nessa fase da vida. Ensino superior, mercado 
de trabalho, relacionamentos e questões de gênero são alguns deles. Nos estudos, os 
participantes falam de seus anseios, medos e como se da a adaptação à mudanças. O nível 
resiliência é um fator que influencia no modo como se enxerga o mundo (CHARLES; 
CARTENSEN, 2010). 
4.4 Deployment Risk and Resilience Inventory (DRRI) (2006) 
Foi desenvolvido e validado no ano de 2006 por King et al. (2006) um inventário que 
visa avaliar o nível de bem-estar em militares veteranos. Para a pesquisa inicial, foi 
utilizada uma amostra de 495 veteranos da guerra do Golfo Pérsico que responderam ao 
inventário composto de 14 escalas divididas em três grupos de fatores. 
O primeiro fator, pré-combate, é dividido em estressores prévios e ambiente familiar 
na infância. Já o segundo, combate, é composto por: experiência de combate; percepção 
de ameaça; consequências das batalhas; dificuldades da vida e ambiente de trabalho; 
senso de preparação e exposições nucleares, biológicas e químicas; preocupações sobre 
a vida e cisões familiares; apoio social; e assédio. Por último, pós-combate, se divide em 
apoio social e estresse (KING et al., 2006). 319 responderam todo o inventário em suas 
fases de teste e re-teste. A especificidade do estudo é o modo como a resiliência é tratada 
neste. As escalas de pré-combate e combate são também um recorte histórico do 
participante, abrindo a possibilidade para futuros estudos irem além da proposta inicial 
que perpassa apenas a avaliação. O nível final do alfa de Cronbach obtido foi de 0,82. 
Os resultados apontaram níveis altos de confiabilidade e correlação entre os fatores 
avaliados, que além da resiliência, envolve fatores de risco, saúde mental e 
neurocognição (KING et al., 2006). Em 2013, o inventário foi atualizado e o número de 
570 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9 n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
escalas passou de 14 para 17 (VOGT et al., 2013). Não existe uma adaptação desse 
instrumento para o Brasil. Uma hipótese é o público-alvo desse instrumento, já que se 
trata de veteranos de guerra. 
4.5 Military Social Index (MSHI) (2008) 
O estudo de Van Breda (2008) buscou a validação de um instrumento construído com 
o objetivo de avaliar, entre outros fatores, a resiliência familiar. Composto por quatro 
escalas de 14 itens cada, os outros fatores avaliados são: suporte social; resolução de 
problemas; e nível de estresse. O estudo de validação se deu na África do Sul e contou 
com 1996 participantes, sendo 532 mulheres e 1464 homens. Toda a população estudada 
era composta por militares. 
As escalas partem do pressuposto de que eventos estressores podem causar 
vulnerabilidade em uma família. A resiliência entra aí como um fator de ajustamento 
social e promoção de saúde. A união dos fatores já citados (suporte social, resolução de 
problemas, nível de estresse e resiliência familiar). A capacidade comprovada, após a 
validação, de avaliar a resiliência enquanto um construto intrínseco na dinâmica familiar 
é o ponto forte dessa pesquisa (VAN BREDA, 2008). Não foram encontrados estudos de 
validação para o Brasil. O estudo obteve uma variação no alfa de Cronbach entre as 
escalas, obtendo valores entre 0,80 e 0,90. 
O estudo de revisão realizado por Rooke e Pereira-Silva (2012) apresenta um 
crescimento na frequência das publicações em nível internacional de trabalhos 
envolvendo resiliência familiar entre os anos de 2002 e 2011. Com um referencial cada 
vez mais sólido, o campo se apresenta mais fértil para produção de instrumentos de 
avaliação de resiliência familiar mais generalistas. O único instrumento encontrado se 
apresenta de forma muito restritiva, não sendo possível avaliar de forma prática e 
eficiente a resiliência familiar com uma escala adequada paratal finalidade. 
4.6 A Child Psychosocial Distress Screener (CPDS) (2009) 
Foi desenvolvida por Jordans et al. (2009), a partir de um programa de atenção 
psicossocial com crianças em países acometidos por conflitos armados. Os países que 
participaram da pesquisa piloto foram: Burundi (4193 participantes); Sri Lanka (2573 
Escalas de Resiliência: uma revisão narrativa 571 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9, n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
participantes); Indonésia (1624 participantes); e Sudão (1629). As questões sofreram 
pequenas alterações dependendo das condições e vivências dos conflitos ocorridos em 
cada país. As questões envolvem, por exemplo, ataques aéreos, acidentes e abuso sexual. 
A escala, que tem como objetivo avaliar o sofrimento e a detecção precoce de 
prejuízos psíquicos decorrentes da experiência de guerra civil, é composta de sete itens e 
estes são respondidos em formato Likert, de zero (nunca) a dois (sempre), tendo obtido 
alfa de Cronbach final de 0,83. A resposta é dada pela criança e seu professor em conjunto 
e as questões são preenchidas pelo entrevistador. Por ser breve e de fácil aplicação, o 
instrumento é aplicável por não-clínicos e é utilizado para auxiliar na detecção e 
diagnóstico de patologias (JORDANS et al., 2009). 
Por ser construído também com o objetivo de, aliado a outras avaliações, a 
construção de um diagnóstico nas crianças participantes, o A Child Psychosocial Distress 
Screener da um importante passo na inserção da resiliência como fator fundamental da 
relação saúde/doença. 
O crescimento da Psicologia Positiva permitirá não só à resiliência, mas também a 
outros construtos, a possibilidade de, tanto em avaliações quanto em intervenções, obter 
um maior alcance metodológico. O foco nas potencialidades de populações como crianças 
em situações de confronto armado proporciona um desenvolvimento saudável, que é o 
foco da Psicologia Positiva (YUNES, 2003). Abre-se também a possibilidade de pensar na 
aplicação de avaliações de populações com comportamento de risco no Brasil. 
4.7 Strong Souls (2010) 
O estudo de Thomas et al. (2010) buscou a validação de uma escala onde a resiliência 
aparece como um dos fatores investigados, juntamente com: triagem de problemas 
relacionados à depressão; ansiedade; e risco de suicídio. O diferencial dessa escala, 
construída e validada na Austrália, é o seu público alvo. O Strong Souls é apropriado para 
jovens indígenas. 
Composta inicialmente por 34 itens, a escala findou com 25. Foram detectados no 
estudo de validação quatro fatores de bem-estar, a saber: físico; emocional; social; e 
espiritual. Foram 361 participantes, 192 do sexo feminino e 169 do masculino, com média 
de 18,3 anos, obtendo alfa de Cronbach 0,70 (THOMAS et al., 2010). 
572 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 9 n. 27, p. 561-578, set./dez. 2017 
Talvez por se tratar de um estudo recente, não foram identificados estudos de 
adaptação para outros países. A possibilidade de construir instrumentos de avaliação e 
validá-los para populações de grupos indígenas pode levar a pensar a possibilidade de 
desenvolver, dentro do cenário brasileiro, escalas com e para os indígenas, ou 
comunidades rurais e quilombolas, por exemplo. A avaliação em populações de modelo 
contra-aculturativo (CARNEIRO, 2011) pode ser de grande relevância para a atuação do 
profissional de psicologia, podendo construir a partir delas intervenções específicas. 
5. Considerações Finais 
A partir dos sete instrumentos apresentados nesse artigo, pode ser detectar um 
crescimento no referencial de avaliação no campo da resiliência. Com o objetivo de trazer 
instrumentos validados e utilizados em diferentes populações, o crescimento acima 
mencionado se dá de forma heterogênea, o que pode ser visto com bons olhos. 
Fortalecer o referencial teórico da Psicologia Positiva de modo a romper as barreiras 
do âmbito teórico e adentrar em pesquisas de campo possibilita, além do 
desenvolvimento da própria teoria, aumentar a credibilidade no meio científico de uma 
ciência focada nas potencialidades humanas. 
Com as escalas aqui comentadas, verifica-se a possibilidade de avaliar adolescentes 
e jovens, adultos e idosos. Além disso, populações específicas como: crianças que 
vivenciaram conflitos armados; idosos veteranos de guerra; estudantes; e jovens 
indígenas. 
As várias populações que as escalas de resiliência abarcam ajudam a expandir o 
alcance desse construto da Psicologia Positiva e possibilita incrementar a atuação do 
psicólogo em diversas áreas. 
No Brasil, se tem até o presente momento duas escalas adaptadas, são elas: The 
Resilience Scale, adaptada por Pesce et al. (2005) e a Cd-risc, adaptada por Lopes e 
Martins (2011). As duas são as mais utilizadas em pesquisas de campo e também as mais 
generalistas. A adaptação de outras escalas e a construção delas no próprio território 
poderá fortalecer a resiliência no campo da avaliação psicológica, bem como escalas com 
objetos e objetivos mais estritos. 
Escalas de Resiliência: uma revisão narrativa 573 
 
 
 
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Contudo, é necessário ficar atento ao momento de escolher qual instrumento utilizar 
em uma pesquisa ou atendimento. Com o aumento de produções nessa área, aumenta 
também o risco de naturalização do termo. No momento dessa escolha é importante 
atentar para questões como a população a ser pesquisada, o objetivo do trabalho e base 
teórica escolhida. O mesmo vale para estudos de adaptação. Apesar de ser um termo 
bastante difundido, pode possuir diferentes conceituações dependendo do referencial 
teórico. A resiliência aqui apresentada vem da Psicologia Positiva, aonde tal termo 
atualmente vem sendo trabalhado de forma recorrente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
574 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
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578 José Antônio Spencer Hartmann Junior e Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 
 
 
 
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Resilience Scales: a narrative review 
Abstract 
Resilience is a term that is standing out in psychology thanks to the rising of Positive 
Psychology’s. This approach is focused on the development of human potentialities, creating 
a science capable of seriously working people’s positive aspects. The possibility of normal 
development even when facing difficulties is the basic concept about the theoretical aspects 
that define resilience. It is a dynamical process, allowing positive adaptation and a setof 
qualified attitudes towards every new adverse situation. The purpose of this study is to 
identify and describe the scales currently used in the literature. A narrative review was made 
with scales present in literature. From the scales presented, it is possible to detect an increase 
in the evaluation frame concerning resilience. This opens up the possibility of evaluating 
various populations, which helps to expand this construct and to develop the psychologist’s 
performance in several areas. 
Keywords: Positive Psychology. Resilience. Validation Studies. 
Escalas de Resiliencia: una revisión narrativa 
Resumen 
La resiliencia es un término que se ha destacado gracias al surgimiento de la Psicología 
Positiva. El propósito de esta corriente es el foco en el desarrollo de las potencialidades 
humanas, creando así un campo capaz de trabajar de una forma seria los aspectos 
positivos. La posibilidad de desarrollarse de forma normal incluso cuando se enfrentan 
dificultades es el concepto que conecta los aspectos teóricos que definen la resiliencia. 
Se trata de un proceso dinámico, pues permite adaptación positiva y un conjunto de 
actitudes competentes frente a cada nueva situación adversa. El objetivo de este estudio 
es identificar y describir las escalas que se usan actualmente en la literatura respectiva. 
Para llegar a él, se hizo una revisión narrativa con escalas presentes en dicha literatura. A 
partir de los instrumentos presentados, podemos observar una creciente demanda en el 
referencial de la evaluación de la resiliencia. Se abre la posibilidad de evaluar diversas 
poblaciones, lo que ayuda a ampliar el alcance de este constructo. 
Palabras clave: Psicología Positiva. Resiliencia. Estudios de Validación.

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