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Aula 11

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FISIOLOGIA ANIMAL
Aula 11 
•Sistema linfático
•Sistema digestivo – parte I e II
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 1
Microcirculação 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 2
Sistema linfático 
• A circulação vascular transporta nutrientes e metabolitos entre o sangue e os tecidos, 
ao nível dos capilares
• O interstício localiza-se entre a rede de capilares e os vasos linfáticos
• Interstício + vasos linfáticos = sistema extravascular onde ocorrem as trocas
• Função primária do sistema linfático:
• Proteínas plasmáticas e outras macromoléculas não podem ser reabsorvidas para 
os capilares contra-gradiente, o sistema linfático remove-as do interstício (edemas)
• Origina-se numa rede de capilares linfáticos (com fundo cego) que movimentam a linfa 
em direção aos vasos coletores mais cêntricos 
• O fluxo é muito mais lento nos capilares linfáticos (8 a 10x)
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 3
Sistema linfático
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 4
Células endoteliais não 
fenestradas sobrepostas
Contrações tónicas e fásicas 
que mantêm o fluxo linfático
Sistema linfático 
• Regulado por hormonas 
(adrenalina, noradrenalina e 
acetilcolina), substâncias 
vasoativas e nervos
• Normalmente não responde à 
gravidade
• Contração muscular ou massagem 
pode propelir a linfa, assim como a 
pressão negativa no tórax
• A linfa regressa à circulação 
sistémica através das veias cava 
ou jugular
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 5
Sistema linfático 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 6
Sistema linfático
• Funções do Sistema Linfático:
1. Intervenção no metabolismo intermediário ao nível dos líquidos 
tissulares
2. Transporte e aproveitamento de macromoléculas
3. Retenção e fixação de corpos estranhos (poeiras), bactérias e 
substâncias residuais
4. Formação de anticorpos (gânglios linfáticos e baço)
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 7
Células imunes 
• Órgãos encapsulados ou acúmulos difusos de tecido linfoide em estado 
evolutivo variável
• Órgãos linfoides primários (centrais)
• Origem da linfopoiese
• Diferenciação, proliferação e amadurecimento
• Timo (linfócitos T) e medula (linfócitos B)
• Adquirem receptores antigénicos específicos
• Diferenciam auto-antigénios
• Bolsa de Fabricius – nas aves, diferenciação de linfócitos B 
• Órgãos linfoides secundários (periféricos)
• Meios onde as células (macrófagos, linfócitos T e B, células 
apresentadoras de Ag) interagem com os antigénios
• Baço, gânglios linfáticos e MALT (Mucosal Associated Lymphoid Tissue) –
amígdalas, placas de Peyer e tecido linfoide urogenital
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 8
Células imunes 
• Os linfócitos T e B, depois de produzidos, circulam pela corrente sanguínea
• Alcançam os tecidos onde são recolhidos, podendo ser armazenados nos 
órgãos linfoides secundários ou circular novamente
• O contato com os Ag pode ocorrer: nos tecidos, nos vasos linfáticos, nos 
gânglios linfáticos, no baço, ou sangue
• A resposta imune é mais forte no baço e nos gânglios linfáticos
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 9
Sistema linfático 
Edema – acumulação anormal de líquido intersticial, acompanhada por 
aumento de volume
• Em condições normais o volume de um tecido permanece constante, com 
pequenas variações 
• O fluido retorna à circulação por reabsorção pelos capilares sanguíneos ou 
linfáticos 
• Causas 
1. Aumento da pressão capilar – ex. obstrução das veias
2. Aumento da permeabilidade capilar – ex. queimaduras severas 
3. Diminuição da concentração das proteínas plasmáticas – ex. perda renal ou 
nutrição insuficiente 
4. Obstrução dos vasos linfáticos 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 10
Tipos de edema 
Edema periférico
• Ex. edema de estabulação em cavalos devido a insuficiência de retorno 
venoso e incapacidade de remoção do líquido por parte do sistema linfático
• Normalmente resolve-se com exercício 
• Ex. reação tissular imunologicamente mediada (urticária) causa lesões à 
membrana basal dos capilares
• Ex. insuficiência cardíaca direita aumenta pressões venosas centrais 
causando ascite – excesso de fluido livre no abdómen 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 11
Tipos de edema 
Edema pulmonar 
• Bastante perigoso, pelo que a remoção de fluído pelos capilares linfáticos é 
muito importante – evita acumulação nos alvéolos 
• Ex. insuficiência cardíaca esquerda ou patologia da válvula mitral
Causa aumento na pressão venosa pulmonar 
Aumento do líquido intersticial e alveolar 
Dificulta trocas gasosas 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 12
Resumo do sistema linfático 
• Parte I
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 13
https://www.youtube.com/watch?v=PTGyJkhl8Po
SISTEMA DIGESTIVO
Parte I
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 14
Legende a figura:
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva
1.
2.
3.
4.
15
Sistema digestivo animais domésticos
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 16
Sistema digestivo
Estadios/estados
• Ingestão: aporte/entrada de alimentos no corpo. Ocorre na boca
• Digestão: separar o alimento em unidades químicas mais pequenas. 
Ocorre no estômago e no intestino delgado
• Absorção: processo através do qual as unidades químicas são 
transportadas através do sangue para o fígado. Tem lugar no intestino 
delgado
• Metabolismo: unidades químicas são convertidas em energia (sobretudo no 
fígado) para utilização pelos vários órgãos do corpo
• Excreção: remoção de todo o material indigerível 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 17
Sistema digestivo
1. Boca: processo mecânico (dentes, língua, bico, lábios) mistura alimento 
com a saliva formando o bolo alimentar
2. Faringe e esófago: conduz bolo alimentar até ao estômago
3. Estômago: digestão por ácido e proteases gástricas, formando o quimo e 
libertando-o parcialmente no intestino
4. Intestino delgado – duodeno: ação de ácidos biliares e de enzimas 
pancreáticas (proteases, lipases, amilases)
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 18
Sistema digestivo
5. Intestino delgado – jejuno e íleo: absorção de nutrientes
5. Intestino grosso – ceco, cólon e recto: digestão da fibra 
(celulose) formando gases como metano, síntese de lípidos e 
absorção de vitamina K, água e iões
6. Intestino grosso – ânus: fezes constituídas por produtos de 
degradação sólidos e material não digerido 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 19
Sistema digestivo
• Glândulas acessórias sem as 
quais o processo digestivo 
não pode ocorrer
• Glândulas salivares
• Zigomáticas, 
sublinguais e 
mandibulares
• Pâncreas
• Vesicula biliar
• Fígado 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 20
Sistema digestivo
• Musculatura estriada nas zonas inicial e terminal do tubo digestivo 
(contração voluntária)
• Musculatura lisa na zona média
• Longitudinal externa: progressão e mistura 
• Circular interna: mucosa
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 21
Sistema digestivo
• Cavidade oral • Cavidade abdominal 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 22
Cavidade oral
• Composta por língua, dentes, bochecha e glândulas salivares
Funções
1. Preensão: recolher o alimento, utilizando os lábios e a língua
2. Mastigação: fragmentar o alimento em elementos mais pequenos para 
ajudar a deglutição, utilizando a língua, bochecha e dentes
3. Lubrificação do alimento com saliva e muco,de forma a ajudar a deglutição
4. Em omnívoros e herbívoros, a digestão dos carbohidratos inicia-se na boca 
(enzimas salivares), enquanto que nos carnívoros esta fase é muito rápida, 
iniciando-se a digestão somente no estômago
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 23
Cavidade oral
Limites
• Lateralmente bochechas e 
dentes
• Dorsalmente pelo palato 
duro e palato mole
• Ventralmente pela língua e 
músculos sublinguais, onde 
se fixa a base da língua
• Preensão
• Deglutição
• Cranialmente lábios e 
dentes
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 24
Cavidade oral
Glândulas salivares:
• Zigomática
• Parótida
• Sublingual
• Mandibular 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 25
Saliva 
Funções:
1. Humedecer e lubrificar o bolo alimentar 
2. Dilui a osmolaridade do bolo alimentar
3. Neutraliza ácido (é alcalina) – sobretudo em ruminantes
4. Contém algumas enzimas: amílase e lípase
5. Contém lisozima – substância antibacteriana que atua na orofaringe 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 26
Cavidade oral
Faringe
• Dividida em orofaringe e 
nasofaringe pelo palato mole
• Movimento da língua e faringe 
permitem fecho/abertura da 
epiglote
Esófago
• Tubo muscular oco com 
capacidade de distensão à medida 
que o bolo alimentar progride
• Nervos, vasos e glândulas
• Desde faringe até hiato esofágico 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 27
Cavidade abdominal - estômago
Estômago (lado esq. do abdómen cranial)
• Cárdia: anel muscular na junção com o esófago que controla a entrada do 
alimento
• Fundo e corpo: ampla área de glândulas que secretam sucos gástricos e 
muco protetor 
• Corpo: continuação do fundo (pequena e grande curvatura)
• Piloro: estreitamento do corpo onde se secreta a hormona gastrina (deteta 
distensão e inicia produção de sucos). O quimo líquido passa através do 
esfíncter pilórico para o duodeno
Funções
1. Reservatório de alimento (3-4 dias carnívoros selvagens)
2. Redução do alimento e mistura com sucos gástricos
3. Iniciar a digestão proteica 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 28
Estômago/Intestino
• As regiões de absorção/secreção estão recobertas de uma camada fina de 
epitélio, optimizadas pela presença de vilosidades
•
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 29
Estômago
• O canal digestivo está envolvido por uma membrana mucosa interior e 
serosa exterior
• Mucosa gástrica espessa e pregueada. Distende-se com a entrada 
de alimento
• Glândulas gástricas compostas por três tipos de células
• Células caliciformes: secretam muco (protege da autodigestão)
• Células principais (fundo): pepsinogénio (percursor da pepsina)
• Células parietais (fundo): ácido clorídrico (pH ácido permite 
funcionamento correto da pepsina)
• Músculo liso 
• Peristaltismo: progressão
• Segmentação rítmica: mistura e redução
• Camada externa de mesentério ou peritoneu visceral forma o 
omento: suporte do estômago (pequeno e grande omento)
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 30
Estômago
Pode dividir-se em quatro 
compartimentos
1. Estômago esofágico: epitélio 
escamoso estratificado não glandular 
2. Cardia: glandular com produção de 
muco
3. Fundo (>): glandular com células 
produtoras de hormonas, ácido, 
muco e enzimas
4. Piloro: células epiteliais produtoras 
de muco e tampão; células 
enteroendócrinas produzem gastrina
• Libertação do quimo para o duodeno
• Líquidos aprox. 30 min
• Sólidos até 3 horas
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 31
Estômago 
Patologias: úlceras
• Lesões da mucosa gástrica
• Frequentes em diferentes regiões, 
dependendo da espécie
• Causas
• Administração de anti-inflamatórios 
(NSAIDS) inibidores da enzima 
COX-2 (forma prostaglandinas a 
partir do ácido araquidónico)
• Contudo, também inibem enzima 
COX-1, inibindo a libertação de 
prostaglandinas no trato digestivo, 
onde protegem a mucosa do HCl
(assim como a produção de muco e 
o fluxo sanguíneo)
• Tratamento: inibidores da bomba de 
protões
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 32
H. pylori
Digestão
• O alimento é ingerido na forma de proteína (polipéptidos), carbohidratos 
(polissacáridos) e gorduras (lípidos)
• Para que se possa utilizar a energia contida no alimento, este deve ser 
convertido em pequenas moléculas que possam ser absorvidas pela 
parede abdominal e transportadas pelo sangue – digestão
• Nos mamíferos este processo ocorre devido à ação das enzimas 
(especificidade)
• Lipase (lípidos)
• Maltase (maltose)
• Quatro tipos de sucos digestivos:
• Gástricos
• Pancreáticos
• Sais biliares
• Intestinais 
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 33
Sucos digestivos: gástrico
• Responde à produção da hormona gastrina. Contém:
• Muco: secretado pelas células caliciformes para lubrificar o alimento e 
proteger a mucosa
• Ácido clorídrico: secretado pelas células parietais, desnatura/quebra as 
proteínas, facilitando a digestão (pH 1.3-5.0)
• Pepsinogénio: secretado pelas células principais, é convertido na enzima 
ativa pepsina pelo HCl
• Pepsina: hidrolisa as proteínas em péptidos
FORMA-SE O QUIMO
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 34
Sucos digestivos: pancreático
• É produzido pelo pâncreas exócrino e estimulado pelas hormonas 
colecistoquinina, secretina (duodeno) e gastrina (estômago), e pelo SNA. 
Comporto por:
• Bicarbonato: neutraliza o ácido do quimo, permitindo o funcionamento de 
outras enzimas
• Enzimas digestivas: no pâncreas encontram-se os percursores inativos 
para prevenir a autodigestão
• Proteases: atuam nas proteínas e incluem
• Tripsinogénio: convertido em tripsina pela enteroquínase (suco 
entérico)
• Tripsina: ativa percursores enzimáticos e converte proteínas em AA
• Lipases: ativadas pelos sais biliares, transformam os lípidos em ácidos 
gordos e glicerol
• Amilases: atuam nos amidos (bicarbonatos vegetais), convertendo-os em 
maltose
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 35
Sucos digestivos: sais biliares
• A presença do quimo no 
duodeno causa a contração da 
vesicula biliar e a produção de 
bílis
Função:
1. Emulsificação dos glóbulos 
lipídicos para um aumento da 
área de superfície de contato 
com as enzimas
2. Ativação das lipases
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 36
Sucos digestivos: intestinais
• Secreção estimulada pela hormona secretina, produzida em resposta à 
passagem do quimo pelo esfíncter pilórico. Produzidos por:
• Glândulas de Brunner no duodeno, produzindo o suco entérico
• Criptas de Lieberkuhn no jejuno e íleo
• Enzimas produzidas (origem pancreática e entérica):
• Maltase: maltose em glucose
• Sucrase: sacarose em glucose e fructose
• Lactase: lactose em glucose e galactose
• Enteroquinase: tripsinogénio em tripsina
• Aminopeptidase: péptidos em aminoácidos
• Lipase: lípidos em ácidos gordos e glicerol
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 37
Absorção
• Principalmente nas 
vilosidades do intestino 
delgado. Eficiência:
1. Grande comprimento do 
intestino delgado
2. Área de superfície interna 
(vilosidades)
3. Irrigação sanguínea e 
linfática de cada vilosidade
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 38
Absorção
• Os aminoácidos e os açucares 
simples são absorvidos e 
transportados pela veia porta até ao 
fígado
• Os ácidos gordos e glicerol são 
absorvidos pelos vasos 
linfáticos/quilíferos, constituindo o 
quilo, que é transportado até acisterna do quilo (mistura com a linfa 
e é transportada pelo duto torácico 
até ao coração)
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 39
Cavidade abdominal: intestino grosso
• Lúmen não contém vilosidades nem glândulas digestivas, embora 
possua mais células caliciformes (muco facilita passagem das 
fezes. Divisão:
• Ceco: saculação que se forma na junção ileo-cecal, importante 
nos herbívoros, onde ocorre a digestão dos componentes 
fibrosos da dieta
• Cólon: ascendente, transverso e descendente, de acordo com a 
posição relativa na cavidade peritoneal. Ocorre a absorção de 
água, vitaminas e eletrólitos (desidratação)
• Reto: parte do cólon que atravessa a cavidade pélvica 
• Esfincter anal: final do trato digestivo
• Interno: músculo liso
• Externo: músculo estriado
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 40
Defecação
Passagem das fezes pelo intestino grosso:
• Peristaltismo e antiperistaltismo
• Segmentação rítmica 
• Movimento de massa (contrações fortes)
Chegada das fezes ao reto:
• Dilatação da parede retal estimula as 
contrações voluntárias
• Relaxamento do esfíncter anal
• Contração abdominal 
• Saída das fezes
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 41
Defecação
• Odor e coloração característicos de cada espécie
• Composição das fezes
• Água e fibra
• Bactérias (vivas e mortas)
• Células intestinais
• Muco
• Conteúdo dos sacos anais (glândulas 
sebáceas modificadas)
• Estercobilina (pigmento derivado dos sais 
biliares)
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 42
Glândulas acessórias
Pâncreas
• Glândula globular localizada 
perto do duodeno
• Exócrino: enzimas digestivas e 
bicarbonato (duto pancreático)
Vesicula biliar 
• Entre os lóbulos hepáticos
• Canalículos biliares
• Sais biliares (fosfolípidos, 
bilirrubina, colesterol, etc.) 
necessários para a digestão 
dos lípidos, são secretados no 
duedeno pelo duto biliar 
comum
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 43
Glândulas acessórias: vesicula biliar
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 44
Glândulas acessórias: fígado
• Maior glândula do corpo, abdómen cranial
• Constituído por hepatócitos organizados em ácinos, onde se organizam sinusoides 
que transportam sangue proveniente da veia porta 
• Sangue é drenado para a veia central, formando depois a veia hepática que drena 
posteriormente na veia cava
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 45
Glândulas acessórias: fígado
Funções:
1. Metabolismo dos carbohidratos: a glucose é utilizada pelas células na 
presença da hormona insulina. Excesso é armazenado no fígado sob 
forma de glicogénio (glicogénese), e quando a glucémia está baixa é 
libertada no sangue (glicogenólise)
2. Metabolismo proteico
• Formação de proteínas plasmáticas: albumina, fibrinogénio, 
protrombina e globulinas
• Regulação de aminoácidos: transformação de aminoácidos 
essenciais e transaminação
• Produção de ureia: aminoácidos não utilizáveis são convertidos em 
amónia (deaminação) e posteriormente em ureia que é excretada na 
urina
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 46
Glândulas acessórias: fígado
3. Metabolismo das gorduras: transforma os ácidos gordos e glicerol em 
fosfolípidos (membrana celular) e colesterol (sais biliares). O excesso de 
gordura é depositado no corpo
4. Formação de bílis: armazenada na vesicula biliar
5. Destruição de eritrócitos: hemoglobina excretada como bilirrubina na bílis
6. Formação de eritrócitos (só no feto)
7. Armazenamento de vitaminas: lipossolúveis A, D, E, K e hidrossolúveis
8. Armazenamento de ferro
9. Regulação de temperatura corporal e produção de calor
10. Destoxificação de algumas substâncias (álcool)
11. Destoxificação e conjugação de hormonas esteroides
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 47
Próxima aula 
• Sistema respiratório 
(dia 25 de Maio às 9h palestra sobre genética e reprodução)
Fisiologia Animal (11) - Carolina Balão da Silva 48

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