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Dissecando a Lei 8112 atualizada

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DISSECANDO A LEI 8.112/1990
Prof. Herbert Almeida
@profherbertalmeida
Prof. Erick Alves
@proferickalves
Lei 8.112/1990
Abrangência
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Administração Pública Federal Direta, autárquica e fundacional
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Abrangência
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Ocupantes de cargo público
Provimento efetivo
Provimento em comissão
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Ñ
Militares
Temporários
Empregados públicos (CLT)
Investidura em cargo público
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
Investidura em cargo público
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
Súmula 14 do STF: Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público.
Súmula Vinculante 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
Investidura em cargo público
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira; [...].
Art. 5º 
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas ESTRANGEIROS, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.
MODALIDADES DE PROVIMENTO
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Formas de provimento (art. 8º)
Provimento
Vertical
Promoção
Horizontal
Readaptação
Por reingresso
Reversão
Aproveitamento
Reintegração
Recondução
Originário
Nomeação
Derivado
A nomeação em caráter efetivo sempre requer prévia aprovação em concurso público compatível com a natureza e a complexidade do cargo a ser provido.
*****
Já a nomeação para cargo em comissão, destinado às atribuições de direção, chefia e assessoramento, é feita por livre escolha da autoridade competente, prescindindo da realização de concurso público.
9
Nomeação (art. 9º)
Conceito
Designação inicial (originária) para ocupar um cargo público
Nomeação
Efetivo
Em comissão
Prévia aprovação em concurso público
Livre nomeação e exoneração
Investidura no cargo
Ocorrerá com a POSSE (art. 7º)
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
A nomeação em caráter efetivo sempre requer prévia aprovação em concurso público compatível com a natureza e a complexidade do cargo a ser provido.
*****
Já a nomeação para cargo em comissão, destinado às atribuições de direção, chefia e assessoramento, é feita por livre escolha da autoridade competente, prescindindo da realização de concurso público.
10
Posse (arts. 13-14)
Investidura no cargo
Assinatura do termo de posse
Procuração específica
Só ocorre no provimento por nomeação
Declaração de bens e valores
Inspeção médica: apto física e mentalmente para o exercício do cargo
Prazo de 30 dias, contados do ato de provimento
A nomeação em caráter efetivo sempre requer prévia aprovação em concurso público compatível com a natureza e a complexidade do cargo a ser provido.
*****
Já a nomeação para cargo em comissão, destinado às atribuições de direção, chefia e assessoramento, é feita por livre escolha da autoridade competente, prescindindo da realização de concurso público.
11
Exercício (art. 15)
Efetivo desempenho do cargo ou função de confiança
Início, suspensão, interrupção e reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor (art. 16)
Prazo de 15 dias, contados da posse – para cargo
Servidor designado para função de confiança:
Exercício coincidirá com a data de publicação do ato
Se estiver impedido ou afastado, recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, não excedendo a 30 dias
A nomeação em caráter efetivo sempre requer prévia aprovação em concurso público compatível com a natureza e a complexidade do cargo a ser provido.
*****
Já a nomeação para cargo em comissão, destinado às atribuições de direção, chefia e assessoramento, é feita por livre escolha da autoridade competente, prescindindo da realização de concurso público.
12
NOMEAÇÃO
POSSE
EXERCÍCIO
30 DIAS
15 DIAS
Se não tomar posse no prazo: nomeação torna-se sem efeito (art. 13, § 6º)
Se não entrar em exercício no prazo: servidor é exonerado (art. 15, § 2º)
PROVIMENTO EM CARGO PÚBLICO (arts. 9º, 13 e 15)
DEGIGNAÇÃO
EXERCÍCIO
DATA DA PUBLICAÇÃO DO ATO DE DESIGNAÇÃO
DESIGNAÇÃO p/ FUNÇÃO DE CONFIANÇA (art. 15, § 4º)
Se estiver em licença ou afastamento: recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, não podendo exceder a 30 dias da publicação
Se não entrar em exercício a designação torna-se sem efeito (art. 15, § 2º)
Provimento derivado
Promoção (art. 17):
provimento vertical – o servidor “sobe” na carreira
NÃO interrompe o tempo de exercício
Readaptação (art. 24):
provimento horizontal – “troca” de cargo em virtude de limitação da capacidade física e mental
atribuições, responsabilidades e vencimentos equivalentes
A promoção é modalidade de provimento derivado própria dos cargos organizados em carreira.
A pessoa, após ser aprovada em concurso público, é nomeada para o cargo inicial da carreira, e, após determinado tempo e cumpridos certos requisitos, poderá ser promovida aos cargos superiores da mesma carreira.
*****
A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos.
Logicamente, as atribuições do novo cargo devem ser compatíveis com as limitações sofridas pelo servidor, que o incapacitaram de continuar exercendo o cargo anterior.
*****
Reversão de ofício (compulsória): quando junta médica oficial declarar ausentes os motivos da aposentadoria por invalidez, a qualquer tempo. Ato vinculado.
Reversão a pedido (voluntária): aplicável ao servidor estável que obteve aposentadoria voluntária e tenha solicitado a reversão, no prazo de cinco anos desde a aposentadoria. Será concedida apenas se houver cargo vago. Ato discricionário.
16
Provimento derivado
Reversão (arts. 25 a 27):
retorno à atividade de servidor aposentado
de ofício – junta médica considera insubsistentes os motivos da aposentadoria p/ invalidez – independe de vaga
a pedido (no interesse da administração):
solicitação, voluntária, estável, 5 anos anteriores, cargo vago
limite de idade? 70 ou 75 anos?
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Reintegração = há o ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito o servidor a partir da data de afastamento do cargo, inclusive as promoções.
Se o cargo de origem não mais existir, o servidor será colocado em disponibilidade.
Se o cargo estiver ocupado, seu ocupante, se estável, será reconduzido ao cargo de origem (sem direito à indenização), ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade; se não estável, o ocupante será exonerado.
*****
Não aprovação em estágio probatório = ex: servidor já estável que é aprovado em concurso público para outrocargo, no qual necessariamente será submetido a estágio probatório.
O estágio serve para avaliar sua aptidão para o exercício das atribuições do novo cargo. Caso seja reprovado no estágio, o servidor será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. A reprovação indica simplesmente que ele não é capaz de exercer as atribuições específicas daquele novo cargo; quanto ao seu cargo original, a reprovação não causa implicação alguma.
Pedir para voltar = ainda que não seja reprovado no estágio do novo cargo; Recondução a pedido; somente pode ocorrer enquanto o servidor estiver em estágio probatório no novo cargo.
Reintegração do anterior ocupante = refere-se à reintegração do servidor que antes ocupava o cargo ora preenchido por um novo servidor, cuja demissão tenha sido invalidada por decisão administrativa ou judicial. 
*****
Segundo a Constituição Federal, o servidor é colocado em disponibilidade nas hipóteses de extinção do cargo que ocupava ou de declaração da sua desnecessidade. Quando em disponibilidade, o servidor recebe remuneração proporcional ao tempo de serviço. Somente servidor estável pode ser posto em disponibilidade.
O servidor em disponibilidade poderá ser aproveitado em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
17
Provimento derivado
Reintegração (art. 28)
retorno ao cargo por invalidação da demissão
servidor recebe todas as vantagens
cargo extinto: posto em disponibilidade
cargo ocupado: eventual ocupante, se ESTÁVEL, será reconduzido, aproveitado, posto em disponibilidade 
Reintegração = há o ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito o servidor a partir da data de afastamento do cargo, inclusive as promoções.
Se o cargo de origem não mais existir, o servidor será colocado em disponibilidade.
Se o cargo estiver ocupado, seu ocupante, se estável, será reconduzido ao cargo de origem (sem direito à indenização), ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade; se não estável, o ocupante será exonerado.
*****
Não aprovação em estágio probatório = ex: servidor já estável que é aprovado em concurso público para outro cargo, no qual necessariamente será submetido a estágio probatório.
O estágio serve para avaliar sua aptidão para o exercício das atribuições do novo cargo. Caso seja reprovado no estágio, o servidor será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. A reprovação indica simplesmente que ele não é capaz de exercer as atribuições específicas daquele novo cargo; quanto ao seu cargo original, a reprovação não causa implicação alguma.
Pedir para voltar = ainda que não seja reprovado no estágio do novo cargo; Recondução a pedido; somente pode ocorrer enquanto o servidor estiver em estágio probatório no novo cargo.
Reintegração do anterior ocupante = refere-se à reintegração do servidor que antes ocupava o cargo ora preenchido por um novo servidor, cuja demissão tenha sido invalidada por decisão administrativa ou judicial. 
*****
Segundo a Constituição Federal, o servidor é colocado em disponibilidade nas hipóteses de extinção do cargo que ocupava ou de declaração da sua desnecessidade. Quando em disponibilidade, o servidor recebe remuneração proporcional ao tempo de serviço. Somente servidor estável pode ser posto em disponibilidade.
O servidor em disponibilidade poderá ser aproveitado em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
18
Provimento derivado
Recondução (art. 29)
volta ao cargo por:
(i) não aprovação ou desistência no estágio probatório de outro cargo; ou
(ii) reintegração do anterior ocupante.
servidor estável
Aproveitamento (arts. 30 a 32):
retorno do servidor em disponibilidade
disponibilidade: cargo extinto/desnecessário ou reintegração do anterior ocupante
se o servidor não entrar em exercício: será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Reintegração = há o ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito o servidor a partir da data de afastamento do cargo, inclusive as promoções.
Se o cargo de origem não mais existir, o servidor será colocado em disponibilidade.
Se o cargo estiver ocupado, seu ocupante, se estável, será reconduzido ao cargo de origem (sem direito à indenização), ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade; se não estável, o ocupante será exonerado.
*****
Não aprovação em estágio probatório = ex: servidor já estável que é aprovado em concurso público para outro cargo, no qual necessariamente será submetido a estágio probatório.
O estágio serve para avaliar sua aptidão para o exercício das atribuições do novo cargo. Caso seja reprovado no estágio, o servidor será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. A reprovação indica simplesmente que ele não é capaz de exercer as atribuições específicas daquele novo cargo; quanto ao seu cargo original, a reprovação não causa implicação alguma.
Pedir para voltar = ainda que não seja reprovado no estágio do novo cargo; Recondução a pedido; somente pode ocorrer enquanto o servidor estiver em estágio probatório no novo cargo.
Reintegração do anterior ocupante = refere-se à reintegração do servidor que antes ocupava o cargo ora preenchido por um novo servidor, cuja demissão tenha sido invalidada por decisão administrativa ou judicial. 
*****
Segundo a Constituição Federal, o servidor é colocado em disponibilidade nas hipóteses de extinção do cargo que ocupava ou de declaração da sua desnecessidade. Quando em disponibilidade, o servidor recebe remuneração proporcional ao tempo de serviço. Somente servidor estável pode ser posto em disponibilidade.
O servidor em disponibilidade poderá ser aproveitado em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
19
Somente servidor estável
Servidor estável e não estável
Reversão a pedido
Reintegração
Recondução
Aproveitamento
Reversão compulsória por invalidez cessada
Readaptação
Promoção
Provimento derivado
20
Estágio probatório (art. 20)
Período em que são examinadas a aptidão e a capacidade do servidor para o exercício do cargo efetivo.
Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo.
Trata-se de uma avaliação que vai além da avaliação feita durante o concurso público.
Outras vertentes do conhecimento, incluindo aspectos comportamentais
21
Aspectos examinados durante o estágio
22
Lei 8.112/1990 (art. 20) prevê prazo de 24 meses (dois anos).
Porém, a jurisprudência STF e STJ entende que o prazo do estágio probatório deve coincidir com o prazo de efetivo exercício necessário para a estabilidade no serviço público. 
Estágio probatório (art. 20)
O art. 20 da Lei 8.112/1990 estabelece que o prazo do estágio probatório será de 24 meses (dois anos).
Em outras palavras, a jurisprudência dos tribunais superiores indica que o art. 20 da Lei 8.112/1990, embora não tenha sido expressamente revogado ou alterado, é incompatível com a ordem constitucional vigente.
*****
CF, art. 41: “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”.
Antes da EC 19/98, o prazo de efetivo exercício necessário para a estabilidade era de dois anos, compatível com o prazo do estágio probatório previsto na Lei 8.112/1990. 
23
A aprovação em estágio probatório não se confunde com aquisição de estabilidade.
Sempre que o servidor tomar posse em outro cargo efetivo, terá que se submeter a estágio probatório para confirmação no novo cargo, ainda que já tenha adquirido estabilidade.
Estágio probatório (art. 20)
Isso ocorre porque a finalidade do estágio é avaliar a aptidão do servidor para o exercício das atribuições daquele cargo específico.
Ou seja, a aprovação em estágio probatório em determinado cargo nãoaproveita para outros cargos. E isso mesmo que se trate de mudança de cargos ocorrida na mesma unidade administrativa (ex: Analista da Receita aprovado para Auditor terá fazer novo estágio). 
A vantagem da estabilidade é que, caso o servidor estável não seja aprovado no estágio para o novo cargo, ele poderá ser reconduzido para o cargo anterior. Se ele não for estável, a reprovação implicará sua exoneração do cargo.
24
O servidor em estágio probatório poderá exercer funções de confiança no órgão de lotação.
Cessão para outro órgão, somente se for cargo de natureza especial ou DAS 4, 5 ou 6 ou equivalentes.
Estágio probatório (art. 20, § 3º)
25
As demais licenças e afastamentos previstos na Lei 8.112/1990 podem ser concedidos ao servidor em estágio probatório.
26
Casos em que o estágio probatório ficará suspenso, sendo retomado a partir do término do impedimento.
Todas as demais licenças e afastamentos permitidos ao servidor em estágio probatório não suspendem o estágio.
27
Em caso de reprovação, o servidor:
Não estável: será exonerado.
Estável: será reconduzido ao cargo anterior.
A exoneração decorrente de reprovação no estágio probatório NÃO constitui sanção disciplinar.
Não obstante, deve garantir ampla defesa e contraditório.
Estágio probatório (art. 20, § 2º)
A reprovação no estágio apenas indica que o servidor não é apto para o exercício daquele cargo.
*****
A exoneração afeta a situação jurídica do servidor e importa na perda do cargo que ele ocupa em razão do entendimento da Administração de que ele não cumpriu satisfatoriamente os requisitos de avaliação.
Por isso, deve ser dada a chance ao servidor para demonstrar que sua reprovação foi indevida.
28
VACÂNCIA 
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Vacância (arts. 33 a 35)
Exoneração
Demissão
Promoção
Readaptação
Aposentadoria
Posse em outro cargo inacumulável
Falecimento
Caráter punitivo
Também são formas de provimento
Ocorre simultaneamente com um provimento
É um fato administrativo
Vacância
Vacância (arts. 33 a 35)
Exoneração de CARGO EFETIVO:
a PEDIDO do servidor;
de OFÍCIO:
quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Exoneração de CARGO EM COMISSÃO e dispensa de função de confiança:
a juízo da autoridade competente;
a pedido do próprio servidor.
DESLOCAMENTOS 
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Remoção (art. 36)
Com a remoção, a lotação do servidor é transferida para outra unidade do mesmo órgão ou entidade, na qual ele passará a exercer suas atribuições, sem que isso determine qualquer alteração em seu cargo.
A remoção não é forma de provimento ou de vacância, pois o servidor permanece no mesmo quadro.
O servidor pode ser removido de uma unidade para outra, dentro da mesma cidade, ou ser removido para unidade situada em uma cidade diferente.
33
34
Remoção de ofício (art. 36)
Exclusivamente no interesse da Administração.
O ato de remoção deve ser motivado.
Dá direito a ajuda de custo para custear despesas de instalação, desde que haja mudança de sede.
A Administração arcará, ainda, com as despesas de transporte do servidor e sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.
No interesse da Administração = independe da vontade do servidor.
*****
Ato motivado = indicação das razões que justificam o “interesse da Administração”. Ex: melhor aproveitamento dos quadros, por exemplo.
Jamais a remoção poderá ser utilizada como punição a servidor, eis que não é uma forma de penalidade disciplinar
35
Remoção a pedido (art. 36)
A critério da Administração.
Para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: 
para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor, deslocado no interesse da Administração; 
por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente;
em virtude de processo seletivo (concurso de remoção).
Em nenhuma das duas hipóteses de remoção a pedido o servidor fará jus à ajuda de custo.
A critério da Administração = conforme o juízo de conveniência e oportunidade da Administração (a Administração pode ou não deferir o pedido).
****
Independentemente do interesse da Administração = verificadas as situações previstas na lei a Administração é obrigada a deferir o pedido de remoção do servidor. Trata-se, portanto, de um ato vinculado.
A remoção a pedido independentemente do interesse da Administração deve necessariamente implicar mudança de sede. Não existe possibilidade de remoção a pedido independentemente do interesse da Administração para mudanças dentro da mesma localidade.
Quais são as situações previstas em lei? Vejamos.
*****
Para acompanhar cônjuge = o cônjuge também deve ser servidor, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, Estados, DF e Municípios.
Por motivo de saúde = o cônjuge, companheiro ou dependente deve viver às expensas do servidor e constar do seu assentamento funcional. Também deve haver comprovação por junta médica oficial.
Concurso de remoção = na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, o órgão pode realizar um concurso para realocar os servidores. Os aprovados devem necessariamente ser removidos.
36
Redistribuição (art. 37)
A redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, e não do servidor, como ocorre na remoção.
Logicamente, se houver redistribuição de cargo ocupado, ocorrerá também a movimentação do servidor que o ocupa.
37
Redistribuição (art. 37)
Ocorre especialmente quando há mudanças na estrutura administrativa (reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade).
Sempre de ofício.
Deve observar, dentre outros requisitos:
equivalência de vencimentos e de nível de escolaridade. 
vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades.
compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.
A redistribuição é uma forma que a Administração possui para adequar sua força de trabalho às necessidades dos serviços e às mudanças ocorridas em sua estrutura, especialmente nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.
Por exemplo, quando um Ministério é extinto, a Administração não pode simplesmente exonerar todos os seus servidores (muitos deles são estáveis); ocorre, então, que os cargos daquele órgão são redistribuídos para outro órgão. 
38
Prazo para entrar em exercício (art. 18)
O servidor que foi removido ou redistribuído para outro Município terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para entrar em exercício na nova localidade, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO 
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Vencimento e Remuneração (art. 40 - 48)
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
41
Vencimento e Remuneração (art. 40 - 48)
42
Vencimento e Remuneração (art. 40 - 48)
Em regra, nenhum desconto pode incidir sobre a remuneração, SALVO:
Por imposição legal ou mandado judicial.
Empréstimo consignado, quando autorizado pelo servidor (limitado a 35% da remuneração)
Reposição de pagamentos a maior efetuados pela Administração.
Indenização de danos ao erário causados pelo servidor, desde que haja o consentimento deste (mínimo de 10% da remuneração)
Mandado judicial = casos de pensão alimentícia.
Imposição legal = a Lei 8.443/92 autorizaque as multas impostas pelo TCU sejam descontadas nos vencimentos, salários ou proventos do responsável pela dívida.
******
Empréstimo consignado = é feito a critério da Administração e com reposição de custos pela entidade credora. 
*****
Reposição de dano ao erário = deve haver o consentimento do servidor; caso contrário, a Administração deverá entrar com uma ação no Judiciário para obter o ressarcimento.
43
Vencimento e Remuneração (art. 40 - 48)
Jurisprudência do STF e do TCU.
44
VANTAGENS
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Parcelas pecuniárias acrescidas ao vencimento básico do servidor.
Vantagens (art. 49)
As normas preveem determinadas situações fáticas em que as vantagens são devidas.
Então, uma vez observada no mundo real aquela situação fática prevista na norma, fica assegurado ao servidor o direito subjetivo a receber o valor correspondente à vantagem
46
Retribuição pelo exercício de função de confiança (art. 62 a 62-A)
Devida ao servidor ocupante de cargo efetivo que venha a ser investido em função de confiança, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial.
A lei não apresenta maiores informações sobre a forma de pagamento dessa retribuição.
Detalhe é que a lei fala em “retribuição” e não a gratificação ou adicional.
48
Gratificação natalina (art. 63 a 66)
Equivale ao 13º salário dos trabalhadores regidos pela CLT.
Cada mês de efetivo exercício corresponde a 1/12 de remuneração a título de gratificação.
O valor considerado para fins de cálculo da gratificação natalina é a remuneração do mês de dezembro.
Por conseguinte, o servidor que exerce o cargo durante o ano inteiro tem direito a receber 12/12 de sua remuneração a título de gratificação natalina, ou seja, ele recebe uma remuneração inteira como gratificação natalina.
Lembrando que a remuneração corresponde ao vencimento básico mais as vantagens de caráter permanente, ou seja, não inclui as indenizações.
*****
Remuneração mês dezembro (ex: servidor que começa a exercer uma FC no mês de dezembro; naquele mês, ele a retribuição decorrente do exercício de função de confiança; a gratificação natalina, portanto, corresponderá ao valor da remuneração acrescida do valor correspondente à função; não importa, no caso, que a retribuição tenha sido concedida apenas no mês de dezembro, e não nos meses anteriores).
49
Adicional de insalubridade e de periculosidade (art. 68 a 72)
Devido aos servidores que trabalhem com habitualidade:
em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas ou radioativas (insalubridade).
em circunstâncias que os colocam em risco de vida (periculosidade).
Os adicionais de insalubridade e de periculosidade não podem ser recebidos cumulativamente (o servidor deve optar).
A servidora gestante ou lactante deverá ser afastada de exercer suas funções nessas condições.
Os adicionais de insalubridade e de periculosidade têm a finalidade de compensar os riscos a que o servidor se expõe no exercício de suas funções
Locais insalubres = ex: servidor que trabalha com raio X ou em minas de carvão
Risco de vida = ex: servidor que conserta redes de alta tensão.
50
Adicional por serviço extraordinário (art. 73 a 74)
Equivale à chamada hora extra.
Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 horas por jornada.
O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho.
Hora extra = serviço executado após a jornada ordinária de trabalho.
****
50% de acréscimo: por exemplo, se o servidor recebe R$ 100,00 por hora normal de trabalho, receberá R$ 150,00 para cada hora extra trabalhada (limitada a duas por jornada). O adicional corresponde a esse acréscimo de 50% sobre a hora normal. 
51
Adicional noturno (art. 75)
Devido pela prestação de serviço em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte.
O serviço noturno será remunerado com acréscimo de 25% em relação à hora normal de trabalho.
A hora noturna vale 52’30”.
Em caso de serviço extraordinário prestado no horário noturno, os respectivos adicionais são calculados cumulativamente.
Hora noturna = significa que o período de trabalho entre 22h às 5h, correspondente a 7 “horas diurnas”, equivale a 8 “horas noturnas”.
O cálculo é o seguinte: 7 horas x 60 minutos = 420 minutos ÷ 52,5 minutos = 8 horas noturnas.
Em suma, o servidor trabalha 7 horas e recebe como se tivesse trabalhado 8 horas, com acréscimo de 25% a cada hora.
*****
Adicionais cumulados = o adicional noturno de 25% será calculado sobre a hora de trabalho já aumentada dos 50% do adicional por serviço extraordinário.
O acréscimo da hora extraordinária prestada em horário noturno será, assim, de 87,5% (= 1,5*1,25)
52
Adicional de férias (art. 76)
Corresponde a 1/3 da remuneração do período das férias.
A retribuição pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança é considerada no cálculo do adicional de férias.
53
Gratificação por encargo de curso ou concurso (art. 76-A)
Devida ao servidor que, em caráter eventual, exerce atividades relacionadas a treinamentos, cursos de formação, vestibulares e concursos públicos organizados no âmbito da Administração Pública.
O valor da gratificação será calculado em horas, não podendo ser superior ao equivalente a 120 horas de trabalho anuais.
Excepcionalmente, a autoridade máxima do órgão poderá autorizar acréscimo correspondente a até 120 horas de trabalho anuais.
Valor da hora trabalhada = 1,2% ou 2,2%, dependendo da atividade desempenhada, incidentes sobre o maior vencimento básico da Administração Pública Federal. 
Servidor que atua como instrutor em cursos, que participa de bancas examinadoras, que ajuda na logística de preparação de concursos públicos etc.
*****
Acréscimo excepcional = a quantidade de horas irá dobrar.
54
Visam a ressarcir gastos efetuados pelo servidor em razão do regular exercício de suas funções.
Não integram a remuneração do servidor.
Possuem caráter eventual.
Não são base para IR e contribuição previdenciária.
Não são computadas para efeito do teto remuneratório.
Indenizações (art. 51)
Possuem esse caráter de ressarcimento. Não representam uma contraprestação pelo serviço prestado.
****
Caráter eventual = para compensar despesas arcadas pelo servidor em serviço.
55
Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor removido de ofício para outra sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.
Não é devida na remoção a pedido.
É vedado o duplo pagamento de indenização para o cônjuge.
Limite da ajuda de custo = 3 meses de remuneração.
Ajuda de custo (art. 53 a 57)
Removido de ofício = no interesse do serviço
Despesas de instalação = a lei diz que são despesas de viagem, mudança e instalação (ESCREVER)
Despesas com passagem e transporte da bagagem são pagas à parte.
*****
Duplo pagamento = cônjuge que também é removido de ofício para a mesma sede.
57
Destina-se a indenizar despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana do servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior.
Se não houver pernoite ou se a União custear despesas, o servidor recebe meia diária.
Não é devida nos deslocamentos dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião.
Se o servidor não se afastar da sede, deve devolver a diária, no prazo de 5 dias.
Diárias (art. 58 a 59)
O servidor não fará jus a diárias nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo.
*****
Se o deslocamento exigir pernoite fora da sede, a diária será inteira; caso contrário, será devida pela metade do seu valor.
Despesas custeadas pela União = ex: transporte, alojamento, alimentaçãoetc.
*****
Região metropolitana = Belo Horizonte, Betim e Contagem.
58
Devida ao servidor que utilizar meio próprio de locomoção para executar serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo que ocupa, efetivo ou comissionado.
Indenização de transporte (art. 60)
59
Destina-se a ressarcir despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com hotel.
É devido apenas aos servidores que se mudaram para ocupar cargo em comissão ou função de confiança (DAS 4, 5 e 6) de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes.
Não é devido se existir imóvel funcional disponível ou se o servidor for proprietário de imóvel no Município.
Valor:
Mínimo: até R$ 1.800,00 (independe da remuneração).
Máximo: 25% do valor do CC/FC, limitado a 25% da remuneração de Ministro.
Auxílio-moradia (art. 60-A a 60-E)
60
GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
FÉRIAS
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Férias (arts. 77 a 80)
Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor completo do adicional de férias quando da fruição do primeiro período
63
Férias (arts. 77 a 80)
Assim, por exemplo, se o servidor tomou posse no dia 10 de dezembro de 2014, no dia 10 de dezembro de 2015, ou seja, 12 meses depois, ele terá adquirido direito de gozar a primeira parcela de 30 dias de férias.
No dia 1º de janeiro de 2016, que corresponde ao segundo período aquisitivo, ele já terá adquirido direito a nova parcela de férias, correspondente a mais 30 dias.
A partir do segundo período, independentemente do dia em que tenha tomado posse, para cada ano civil o servidor adquirirá direito de gozar novo período de férias. Sempre que virar o ano o servidor adquire direito a mais 30 dias de férias.
*****
Assim, a princípio, se o servidor não tirar férias, e acumular mais de dois períodos, os períodos acumulados extras, além do limite de dois, seriam perdidos.
Todavia, não obstante o que prevê a Lei 8.112, a jurisprudência do STJ admite a acumulação de mais de dois períodos, a fim de evitar o enriquecimento sem causa da Administração
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As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço.
É vedado ao servidor descontar nas férias qualquer ausência injustificada ao serviço.
Se o servidor for exonerado do cargo, os períodos de férias ainda não gozados deverão ser convertidos em dinheiro.
Férias (arts. 77 a 80)
Ausência injustificada = o servidor não pode faltar ao trabalho e depois querer descontar essa falta nas suas férias.
65
LICENÇAS
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Licenças (art. 81)
Licenças = períodos em que o servidor se afasta do efetivo exercício das atribuições
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Doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional.
A assistência direta do servidor deve ser indispensável.
É vedado ao servidor exercer atividade remunerada durante o período da licença.
Tanto a concessão como as prorrogações dependem de perícia médica oficial.
Licença por motivo de doença em pessoa da família (art. 83)
Assistência indispensável = não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário
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Poderá ser concedida a cada período de 12 meses nas seguintes condições:
por até 60 dias, consecutivos ou não, com remuneração; e, excedido esse prazo,
por até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração.
Licença por motivo de doença em pessoa da família (art. 83)
O prazo para a licença por doença em pessoa da família é de 150 dias a cada período de 12 meses, sendo 60 dias, consecutivos ou não, com remuneração, e 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração.
Assim, por exemplo, se o servidor tirar, agora em abril/2015, uma licença por 30 dias, será com remuneração.
Se, no mês seguinte, ele tirar mais 40 dias, apenas 30 serão com remuneração (encerrando o período de 60 dias possíveis), sendo os 10 dias restantes sem remuneração (iniciando o período de 90 dias sem remuneração).
O servidor ainda teria mais 80 dias para tirar, sem remuneração, até completar o período de 12 meses contado a partir da primeira licença (que se encerraria em abril 2016), quando então a contagem será zerada.
69
Concedida ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo.
Será por prazo indeterminado e sem remuneração.
Licença pelo afastamento do cônjuge (art. 84)
O cônjuge pode ter sido deslocado, inclusive, para exercer alguma atividade privada.
*****
No caso de cônjuge servidor, a licença será COM REMUNERAÇÃO.
Ressalte-se que essa licença com exercício provisório e remuneração não se confunde com a remoção para acompanhar cônjuge, a qual se aplica apenas se o cônjuge for deslocado "no interesse da Administração".
70
Concedida ao servidor convocado para o servidor convocado para o serviço militar.
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
Licença para o serviço militar (art. 85)
71
Concedida ao servidor que se candidata para concorrer nas eleições.
Sem remuneração  período entre a escolha em convenção partidária e a véspera do registro da candidatura perante a Justiça Eleitoral.
Com remuneração  a partir do registro da candidatura até o 10º dia seguinte ao da eleição.
A remuneração só será paga pelo período de três meses.
Licença para atividade política (art. 86)
Remuneração 3 meses: Caso o período entre o registro da candidatura e o 10º dia seguinte ao da eleição supere três meses, o servidor poderá continuar usufruindo a licença, só que sem remuneração.
72
Concedida para o servidor participar de curso de capacitação profissional.
A cada 5 anos de efetivo exercício, o servidor adquire o direito a 3 meses de licença, com remuneração
Ato discricionário.
NÃO pode ser concedida para o servidor que esteja em estágio probatório.
Períodos NÃO cumuláveis.
Licença para capacitação (art. 87)
73
Licença para tratar de interesses particulares (art. 91)
Concedida para o servidor cuidar de assuntos particulares.
Ato discricionário.
Prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.
NÃO pode ser concedida para o servidor que esteja em estágio probatório.
A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
74
Licença para o desempenho de mandato classista (art. 92)
Concedida para o servidor desempenhar mandato em entidade de classe ou para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros.
Terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição.
NÃO pode ser concedida para o servidor que esteja em estágio probatório.
Confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membro.
Ressalte-se que somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades.
75
Licença para tratamento de saúde (art. 202 a 206-A)
Concedida para tratamento de saúde do próprio servidor.
Pode ser a pedido ou de ofício, com base em perícia médica.
Seráconcedida com base em perícia médica oficial, que poderá ser dispensada para licenças inferiores a 15 dias, dentro de um ano.
Licenças maiores que 120 dias no período de 12 meses, serão concedidas mediante avaliação por junta médica oficial.
Prazo máximo de 24 meses  aposentadoria por invalidez.
76
Licença à gestante (art. 207)
Prazo de 120 dias consecutivos, podendo ser prorrogado por mais 60 dias, com remuneração.
Poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.
No caso de natimorto, decorridos 30 dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 dias de repouso remunerado.
77
Licença à adotante (art. 210)
Concedida à servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança.
Com remuneração.
A Lei prevê prazos diferenciados entre as licenças à gestante e à adotante, e prazos distintos conforme a idade da criança: 90 dias para criança de até um ano; 30 dias para criança de mais de um ano.
No entanto, o STF entende que essas diferenças são inconstitucionais, de tal forma que o prazo para as licenças será o mesmo, independente da idade da criança adotada (RE 778.889).
STF: mesmo prazo que a licença à gestante (120 + 60).
78
Licença paternidade (art. 208)
Concedida ao servidor pelo nascimento ou adoção de filhos.
Com remuneração.
Prazo de 5 dias consecutivos.
Decreto 8.737/2016 prevê a prorrogação por mais 15 dias (vinculada).
79
Licença por acidente em serviço (art. 211 a 214)
Concedida ao servidor que sofrer, em serviço, dano físico ou mental, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
Equipara-se ao acidente em serviço o dano:
decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;
sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.
Com remuneração.
80
Cômputo do tempo de licença
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AFASTAMENTOS
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Afastamentos
Afastamento = o servidor se afasta do exercício das atribuições do seu cargo, mas continua exercendo uma função pública.
83
Afastamento para servir a outro órgão ou entidade (art. 93)
Exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios.
Cargo em comissão ou função de confiança, dentre outros casos previstos em leis específicas.
 Também inclui exercício em serviço social autônomo instituído pela União
A remuneração será paga pelo órgão ou entidade cessionária (que recebeu o servidor).
A unidade que cede o servidor é unidade cedente.
84
Afastamento para exercício de mandato eletivo (art. 94)
Concedido ao servidor investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital.
Prefeito: será afastado do cargo; pode optar pela sua remuneração.
Vereador:
Se houver compatibilidade de horário: receberá a remuneração do cargo e do mandato eletivo;
Se não houver compatibilidade de horário: será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
Demais casos: será afastado do cargo e receberá a remuneração do cargo eletivo, apenas. 
85
Afastamento para estudo ou missão no exterior (art. 95 a 96) 
Período de até 4 anos.
Depende de autorização do Presidente da República, do Presidente dos órgãos do Poder Legislativo e do Presidente do Supremo Tribunal Federal, dependendo de a qual Poder o cargo do servidor está vinculado.
A forma de remuneração do servidor será definida em regulamento.
86
Afastamento para participar de pós-graduação stricto sensu no país (art. 96-A)
No interesse da Administração, desde que não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário.
 Concedido aos servidores efetivos no respectivo órgão ou entidade:
Há pelo menos 3 anos para mestrado e 4 anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório,
Que não tenham tirado licença para tratar de assuntos particulares, licença capacitação ou afastamento para participar de pós-graduação nos 2 anos anteriores à solicitação.
Com remuneração.
Após retornar, o servidor deverá exercer suas funções por um período igual ao do afastamento.
87
Responsabilidades (arts. 121 a 126-A)
Cumuláveis
Independentes entre si
Esfera penal obriga as demais quando:
CONDENAÇÃO penal invariavelmente enseja a responsabilização civil e administrativa;
absolvição penal por NEGATIVA DE AUTORIA ou INEXISTÊNCIA DO FATO gera a absolvição civil e administrativa pelo mesmo fato.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte EM PREJUÍZO AO ERÁRIO OU A TERCEIROS. [...]
§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em AÇÃO REGRESSIVA.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que NEGUE A EXISTÊNCIA DO FATO ou SUA AUTORIA.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública. 
Responsabilidades (arts. 121 a 126-A)
16. (FCC – AJ-OJAF/TRT 23ª Região/2016) A Administração pública está sujeita a 	deveres e prerrogativas no seu mais amplo espectro de atuação, que se dá por intermédio de agentes públicos. Os servidores públicos, no exercício de suas funções, também estão sujeitos a deveres e responsabilidades. Considerando o que dispõe a Lei nº 8.112/1990,
a) o servidor está sujeito a responsabilização somente quando agir com dolo, conduta que deverá ser objeto de processo disciplinar, sem prejuízo da apuração dos danos civis causados.
b) o servidor responde diretamente, perante terceiros, pelos danos que a eles causar, não cabendo ação direta contra a Fazenda Pública.
c) a responsabilidade dos servidores, na esfera civil ou administrativa, decorre de condutas comissivas ou omissivas praticadas no exercício do cargo ou da função, dolosa ou culposamente.
d) a responsabilidade por infrações penais deve ser apurada antes da responsabilidade civil ou administrativa, porque as absorve, devido a menor gravidade.
e) as infrações no campo civil, administrativo e penal podem ser processadas em paralelo, mas as sanções não podem se cumular, devendo ser aplicada a sanção mais gravosa.
Gabarito: alternativa C.
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
17. (CESPE – DPU/2016) Com referência ao servidor público federal, a responsabilidade administrativa e a penal são independentes entre si, podendo cumular-se, salvo no caso de absolvição criminal que negue a ocorrência do fato ou a sua autoria.
Gabarito: correto.
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Direito Administrativo
18. (Cespe – Analista Judiciário/TRT 8ª Região/2016) A respeito da responsabilidade 	do servidor, assinale a opção correta à luz da Lei n.º 8.112/1990.
a) A responsabilidade regressiva do servidor por dano praticado contra terceiro no exercício de suas funções é objetiva.
b) A responsabilidade criminal do servidor alcança contravenções eventualmente por ele praticadas no exercício de suas funções.
c) A responsabilidade regressiva do servidor por dano praticado contra terceiro é personalíssima, não se estendendo a seus herdeiros e sucessores.
d) Eventual decisão que absolvaservidor público na esfera penal não interfere nas esferas civil e administrativa.
e) A denúncia feita pelo servidor à autoridade competente a respeito da suspeita de envolvimento de seu superior em ato de improbidade acarreta a sua responsabilidade, se posteriormente verificada a inexistência de infração.
Gabarito: alternativa B.
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Direito Administrativo
DEVERES e PROIBIÇÕES
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Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Condutas que o servidor deve seguir
No caso de descumprimento: pena de advertência
Exemplos:
exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
ser leal às instituições a que servir;
observar as normas legais e regulamentares;
cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração;
guardar sigilo sobre assunto da repartição;
representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Deveres (art. 116)
Condutas vedadas ao servidor público
Podem ensejar diversos tipos de sanção, conforme o caso
Proibições (art. 117)
PENALIDADES DISCIPLINARES
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Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Penalidades disciplinares (art. 127)
Advertência (art. 129)
Deve ser aplicada por ESCRITO
Quando houver VIOLAÇÃO DOS DEVERES funcionais (art. 116 e outros);
Quando houver violação às proibições abaixo:
ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
recusar fé a documentos públicos;
opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.
Suspensão (art. 129)
Quando houver violação às proibições abaixo:
cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.
Será de 15 dias qnd:
Servidor recusar-se a ser submetido a inspeção médica
Mas os efeitos cessam uma vez cumprida a determinação.
Alternativa
Poderá ser convertida em multa, na base de 50% p/ dia
Suspensão
Quando
Reincidência de falta punível c/ advertência
Demais violações que não justifiquem demissão
Prazo
Até 90 dias
Cancelamento dos registros
Art. 131.  As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único.  O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
19. (FCC – Técnico Judiciário/TRT 23ª Região/2016) Em janeiro de 2012, Maria, servidora 	pública do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, foi punida com a penalidade de advertência. Em março de 2014, isto é, após o decurso de dois anos de efetivo exercício, sendo que, nesse período, não praticou qualquer infração disciplinar, pelo contrário, teve histórico exemplar, elogiado pelos seus superiores, a servidora pleiteou que a penalidade tivesse seu registro cancelado, inclusive com efeitos retroativos. Nos termos da Lei no 8.112/1990,
a) o prazo está correto, no entanto, não é possível com efeitos retroativos.
b) é cabível o pleito de Maria.
c) apenas o prazo para pleitear o cancelamento da penalidade está incorreto.
d) o prazo para pleitear o cancelamento da penalidade está incorreto, além de não poder ser com efeitos retroativos.
e) Maria não é parte legítima para pleitear o cancelamento, vez que tal atribuição deve ser efetivada pela própria Administração pública, ex officio.
Gabarito: alternativa D.
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Demissão (art. 129)
Ocorrerá nos seguintes casos:
crime contra a administração pública; IMPEDIMENTO PARA NOVA INVESTIDURA EM CARGO FEDERAL
abandono de cargo; [“a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos”]
inassiduidade habitual; [“a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses”]
improbidade administrativa; IMPEDIMENTO PARA NOVA INVESTIDURA CARGO FEDERAL
incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
insubordinação grave em serviço;
ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
aplicação irregular de dinheiros públicos; IMPEDIMENTO PARA NOVA INVESTIDURA CARGO FEDERAL
revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; IMPEDIMENTO P/ NOVA INVESTIDURA CARGO FEDERAL
corrupção; IMPEDIMENTO PARA NOVA INVESTIDURA CARGO FEDERAL
acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
Demissão (art. 129)
Infringência das seguintes proibições:
valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; INCOMPATIBILIZA P/ NOVA INVESTIDURA EM CARGO FEDERAL P/ 5 ANOS
participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto:
na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
na participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e 
no gozo de licença para o trato de interesses particulares, observada a legislação sobre conflito de interesses.
Demissão (art. 129)
Infringência das seguintes proibições (continuação):
atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; INCOMPATIBILIZA P/ NOVA INVESTIDURA EM CARGO FEDERAL P/ 5 ANOS
receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
praticar usura sob qualquer de suas formas;
proceder de forma desidiosa;
utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares.
20. (CESPE – Analista do Seguro Social/2016) É proibido ao servidor público atuar como intermediário junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro.
Gabarito: correto.
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Art. 117. Ao servidor é proibido: [...] XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, SALVO quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
Outras sanções
Cassação de aposentadoria ou disponibilidade (art. 134)
quando o inativo houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.
A disponibilidade também é cassada quando o servidor for aproveitado e não entrar em exercício no prazo (art. 32)
Destituição de cargo em comissão (art. 135):
Servidor não ocupantede cargo efetivo
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão
Se foi anteriormente exonerado, o ato de exoneração será convertido em destituição de cargo em comissão
21. (Cespe – Analista Judiciário/TRT 8ª Região/2016) De acordo com a Lei n.º 	8.112/1990, estará sujeito à penalidade de demissão o servidor público que
a) negar fé a documento público.
b) opor resistência injustificada a processo administrativo.
c) reincidir na retirada de documento da repartição sem prévia autorização da autoridade competente.
d) coagir subordinado a filiar-se a partido político.
e) utilizar recurso material da repartição em atividade particular.
Gabarito: alternativa E.
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Direito Administrativo
Advertência
Suspensão
Demissão
@profherbertalmeida
/profherbertalmeida 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (CINCO) ANOS, quanto às infrações puníveis com DEMISSÃO, CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE E DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO;
II - em 2 (DOIS) ANOS, quanto à SUSPENSÃO;
III - em 180 (CENTO E OITENTA) DIAS, quanto à ADVERTÊNCIA.
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na LEI PENAL aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar INTERROMPE a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr A PARTIR DO DIA EM QUE CESSAR A INTERRUPÇÃO.
Prescrição da ação disciplinar
Prescrição ação disciplinar
5 anos
2 anos
180 dias
Demissão
Cassação aposentadoria / disponibilidade
Destituição cargo em comissão
Suspensão
Advertência
Da data em que o fato tornou-se conhecido
Do prazo da lei penal
Infrações também capituladas como crime
Interrupção
Sindicância
PAD
22. (FCC – Analista Judiciário/TRT 14ª Região/2016) Julia, servidora pública federal e chefe de 	determinado setor do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, cometeu ao servidor Ricardo, atribuições estranhas ao cargo que ocupa, não se tratando de situação emergencial ou mesmo transitória que justificasse tal conduta. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, a ação disciplinar quanto à infração praticada por Julia prescreverá em
a) 2 anos.
b) 5 anos.
c) 3 anos.
d) 180 dias.
e) 1 ano.
Gabarito: alternativa A.
Art. 130.  A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
Art. 117. Ao servidor é proibido: [...]
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
23. (FCC – Técnico Judiciário/TRF 3ª Região/2016) Joaquina, servidora pública do Tribunal Regional Federal da 	3a Região, ausentou-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do seu chefe imediato. Já Josefa, também servidora pública do Tribunal Regional Federal da 3a Região, retirou sem prévia autorização da autoridade competente, determinado documento da repartição pública. Cumpre salientar que ambas as servidoras tinham histórico exemplar, sem nunca terem sofrido qualquer penalidade administrativa. Nos termos da Lei no 8.112/1990,
a) apenas Joaquina está sujeita a determinada penalidade administrativa, sendo que a ação disciplinar para a penalidade cabível prescreverá em dois anos.
b) ambas servidoras estão sujeitas a determinada penalidade administrativa, sendo que a ação disciplinar para a penalidade cabível prescreverá em 180 dias.
c) nenhuma das servidoras está sujeita a qualquer penalidade, sendo apenas avisadas para que tais condutas não se repitam mais.
d) apenas Josefa está sujeita a determinada penalidade administrativa, sendo que a ação disciplinar para a penalidade cabível prescreverá em dois anos.
e) ambas servidoras estão sujeitas a determinada penalidade administrativa, sendo que a ação disciplinar para a penalidade cabível prescreverá em dois anos.
Gabarito: alternativa B.
Art. 117. Ao servidor é proibido:
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
@profherbertalmeida
/profherbertalmeida 
Competência para aplicar sanções
Competência para aplicar penalidades disciplinares
Penalidade
Autoridade competente
Demissão;
Cassação de aposentadoria;
Cassação de disponibilidade de servidor.
Presidente da República;**
Presidentes das Casas do Poder Legislativo;
Presidentes dos Tribunais Federais; e
Procurador-Geral da República.
*conforme o servidor esteja vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade.
** O Decreto 3.035/1999 delega aosMinistros de Estadoa competência para aplicar as penalidades dedemissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidadeno âmbito doPoder Executivo federal.
Suspensão + 30 (trinta) dias.
Autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas acima.
Nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias.
Chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos.
Destituição de cargo em comissão
Autoridade que houver feito a nomeação.
24. (FCC - Analista Judiciário (TRF 3ª Região)/Administrativa/2016) O descumprimento de deveres e 	obrigações pode dar ensejo à aplicação de penalidades, devendo ser respeitada a relação entre a natureza e especificidade da sanção e a competência para sua imposição, tal como prevista na Lei nº 8.112/1990, do que é exemplo a penalidade de
a) suspensão superior a 30 dias, cuja competência para aplicação é privativa da autoridade máxima do ente ao qual esteja vinculado o servidor, qual seja, por exemplo, o Presidente do Tribunal Federal em questão.
b) suspensão, seja qual for o prazo, em razão da gravidade, privativa da autoridade de hierarquia imediatamente inferior à autoridade máxima do ente ao qual esteja vinculado o servidor, ou seja, por exemplo, Ministro de Estado.
c) demissão, privativa da autoridade máxima do órgão do ente ao qual esteja vinculado o servidor, ou seja, por exemplo, Ministro de Estado ou Presidente de Tribunal Federal.
d) cassação de aposentadoria, a ser aplicada pela autoridade máxima do ente ao qual esteja vinculado o servidor, como, por exemplo, o Presidente da República.
e) cassação de aposentadoria ou suspensão por prazo superior a 30 dias, cuja aplicação é competência privativa da autoridade máxima do ente ao qual esteja vinculado o servidor, ou seja, por exemplo, Ministro de Estado ou Presidente de Tribunal Federal.
Gabarito: alternativa D.
25. (FCC – Analista Judiciário/TRF 3ª Região/2016) Ricardo, servidor público do Tribunal Regional 	Federal da 3ª Região, foi condenado administrativamente à penalidade de demissão. Já seu colega Bernardo, também servidor público do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e ocupante de cargo em comissão, foi condenado administrativamente à penalidade de destituição do cargo em comissão. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, as mencionadas penalidades disciplinares foram aplicadas
a) pelo Presidente do Tribunal Regional Federal da 3a Região e pela autoridade que nomeou Bernardo para o cargo em comissão, respectivamente.
b) pelo Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região em ambos os casos, não importando, na segunda hipótese, qual autoridade nomeou Bernardo para o cargo em comissão.c) pela autoridade administrativa de hierarquia imediatamente inferior à do Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região em ambos os casos, não importando, na segunda hipótese, qual autoridade nomeou Bernardo para o cargo em comissão.
d) pela autoridade administrativa de hierarquia imediatamente inferior à do Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e pela autoridade que nomeou Bernardo para o cargo em comissão, respectivamente.
e) pela autoridade administrativa de hierarquia imediatamente inferior à do Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e pelo Presidente do Tribunal Regional Federal da 3a Região, respectivamente.
Gabarito: alternativa A.
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Prof. Herbert Almeida
Direito Administrativo
Provimento: ato administrativo pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Apuração de responsabilidades
A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a apuração imediata dos fatos.
A Lei 8.112/1992 prevê dois mecanismos de apuração de responsabilidades.
São mecanismos pelos quais a Administração assegura ao acusado o direito de ampla defesa:
117
Sindicância
Procedimento mais célere, para apurar infrações leves.
Prazo de 30 dias, prorrogável uma vez por igual período.
Pode ter como resultado:
Arquivamento do processo.
Aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias, após a garantia do contraditório e da ampla defesa.
Instauração de processo administrativo disciplinar, sem necessidade de contraditório e ampla defesa nessa fase.
118
Sindicância
Pode ser inquisitorial (não requer ampla defesa) ou punitiva (requer ampla defesa).
Pode resultar na instauração de PAD (em caso de infrações graves), mas não é uma etapa deste.
A sindicância integra o PAD como peça informativa de instrução.
Sindicância não é etapa do PAD = o PAD pode ser iniciado diretamente, sem a necessidade de instaurar sindicância anterior; basta que, desde o início, seja possível identificar que as irregularidades a serem apuradas possuem natureza grave, passíveis de punição com pena superior a suspensão por mais de 30 dias.
119
Processo Administrativo Disciplinar
Instauração = o ato que constitui a comissão geralmente é uma Portaria.
Inquérito = nesta fase a comissão irá coletar as provas para a formação do seu entendimento, promovendo a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis. 
*****
120
Processo Administrativo Disciplinar
Comissão de 3 servidores estáveis, presidida por um deles.
O presidente da comissão deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Prazo de 60 dias, prorrogável uma vez + 20 dias para julgamento = 140 dias.
A lei só faz essas exigências de escolaridade e nível hierárquico para o presidente da comissão, mas nada fala sobre seus demais integrantes.
*****
Comentar sobre o prazo = Instauração + inquérito = 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias; Julgamento = 20 dias.
O “julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo”. O prazo de 20 dias é, portanto, um prazo impróprio.
Entretanto, se a demora no julgamento der causa à prescrição da punição, a autoridade julgadora será responsabilizada.
121
Processo Administrativo Disciplinar
Pode decretar o afastamento preventivo do servidor, pelo prazo de até 60 dias, prorrogável uma vez por igual período, sem prejuízo da remuneração.
Servidor que estiver respondendo a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
O afastamento cautelar tem o fim de evitar que o servidor venha a interferir na apuração dos fatos. Como não possui caráter punitivo, e sim preventivo, o afastamento se dá sem prejuízo da remuneração.
122
Processo Administrativo Disciplinar
Servidor pode acompanhar o PAD, pessoalmente ou por procurador (não precisa ser advogado).
Confirmada a infração, o servidor é indiciado e citado para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 dias, prorrogável.
Em caso de revelia, é nomeado um defensor dativo.
Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo e remeterá o processo para julgamento.
A designação de advogado em processo administrativo é mera faculdade da parte.
****
Indiciação = especificação dos fatos imputados ao servidor e das respectivas provas.
Citação = convocação para o servidor apresentar defesa escrita. 
*****
Revelia = o servidor é citado mas não apresenta defesa no prazo. A revelia não implica a presunção de que os fatos imputados ao servidor são verdadeiros, ou seja, não significa uma confissão.
Defensor dativo = deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Relatório conclusivo = a comissão deverá sempre manifestar sua opinião quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
123
Processo Administrativo Disciplinar
Julgamento segue a conclusão do relatório, salvo se contrária às provas dos autos.
Em caso de vício insanável: anula o processo e constitui outra comissão para um novo PAD.
 Revisão, de ofício ou a pedido, a qualquer tempo, em caso de elementos novos: não pode agravar a penalidade aplicada.
O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente.
Assim, se entender que o relatório da comissão contraria as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá adotar solução diversa da sugerida, sempre de forma motivada, agravando ou abrandando a penalidade proposta, ou mesmo isentando o servidor de responsabilidade.
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Vício insanável = vícios que não podem ser convalidados, corrigidos (ex: comissão composta por servidores não estáveis, não assegurar o direito ao contraditório e ampla defesa, incompetência da autoridade julgadora para a penalidade que aplicou - chefe da repartição aplicando a pena de demissão).
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É impossível o agravamento da penalidade imposta a servidor público após o encerramento do respectivo processo disciplinar.
A revisão consiste num novo processo, que corre apenso ao processo original, no qual serão apreciados os novos elementos, seguindo as mesmas regras aplicáveis ao PAD, ou seja, formação de comissão com 3 servidores estáveis, prazo de 60 dias, prorrogáveis, mais 20 de julgamento, etc.
124
Rito sumário
Aplicável para apurar as seguintes infrações, todas puníveis com demissão:
Posse em cargo inacumulável.
Abandono de cargo.
Inassiduidade habitual.
No caso de acumulação ilegal, o servidor é notificado para optar por um dos cargos, no prazo improrrogável de 10 dias.
Facilidade com que os fatos a serem investigados podem ser comprovados ou afastados.
Ex: para caracterizar o abandono do cargo, por exemplo, basta que haja a indicação precisa do período de ausência injustificada ao serviço superior a 30 dias consecutivos, o que pode ser feito simplesmente mediante consulta ao ponto e aos registros funcionais do servidor.
Inassiduidade habitual = basta comprovar a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses
****
Se o servidor fizer a opção, ficará configurada a sua boa-fé, e ele será exonerado do outro cargo. O rito sumário será instaurado apenas se o servidor se omitir.
125
Rito sumário
Possui as fases de instauração, instrução e julgamento.
Comissão: dois servidores estáveis.
Prazos: 
Instauração e instrução: 30 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Defesa: 5 dias.
Julgamento: 5 dias.
O desenvolvimento do PAD submetido ao rito sumário é bem parecido com o PAD ordinário. Possui as mesmas fases de instauração, instrução e julgamento.
Porém, o rito sumário, como o próprio nome indica é mais célere
126
Bons estudos!
Prof. Erick Alves
proferickalves 
proferickalves 
(61) 9 8352 5872
Bonsestudos!
Prof. Herbert Almeida
prof.herbertalmeida@gmail.com

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