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Instalações e Equipamentos para Pecuária de Corte

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
DISCIPLINA; BOVINOCULTURA 
PROFESSOR Dr. GIL MARIO FERREIRA GOMES 
 
 
BOVINOCULTURA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE BOVINOCULTURA 
Instalações e equipamentos para pecuária de corte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Josué de Sousa Rodrigues 
Discente do IFPI-Campus Paulistana 
Técnico em Agropecuária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulistana, PI 
19 julho de 2017
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 2 
 
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 Investir na propriedade rural requer, primeiramente planejamento pautado em 
informações temáticas compatíveis com o tamanho da área, também temos que ver o que 
queremos produzir, o solo, clima, aspecto socioeconômico da região, património, capital 
intelectual, dentre outros. 
 Assim o planejamento estratégico é a base do conhecimento e do gerenciamento 
eficiente de propriedades rurais. 
 Planejar significa projetar um trabalho, serviço ou empreendimento mais complexo. 
O pecuarista deve conhecer profundamente as tendências do país, conhecer como o 
consumidor almeja a carne que levará para a mesa (hoje um alimento saudável. O 
produtor deve conhecer as vantagens e desvantagens de sua propriedade. 
 Antes da implantação de equipamentos e instalações tem que fazer alguns passos 
importantes, como realizar um levantamento planialtimétrico, identificando os principais 
usos da terra e as construções existentes de maneira a facilitar as classes de solos 
existentes, as tipologias florestais, os atuais e diferentes usos da terra, as áreas de interesse 
específico; avaliar a qualidade das águas na propriedade; É muito importante também 
fazer o levantamento topográfico e aero topográfico. 
3. MANEJO RACIONAL 
 A prática do manejo racional é fundamentalmente para o trabalho seguro e sem 
estresse dos funcionários e para um rebanho tranquilo que, consequentemente, 
apresentará carne e couro de qualidade. 
 Estresse do animal provoca perda de peso do mesmo, o fato é que bovinos 
maltratados fazem os produtores perderem dinheiro. Ter respeito ao ser vivo que servirá 
de alimento aos seres humanos é algo essencial para o sucesso de qualquer fazenda. 
 Se as estruturas da fazenda forem malfeitas, o gado pode sofrer contusões, 
escoriações e pancadas. 
10 dicas da Dra. Gradin (especialista na área): 
1. A lida gentil é mais eficiente que o manejo bruto. 
2. Meia-lotação. 
3. Se o gado refuga, não pressione. 
4. Saiba dar o tempo que o animal precisa para se acomodar à nova situação. 
5. Fique atento á luz do ambiente. 
6. Angulação: saiba se posicionar em relação ao animal. 
7. Trabalhe com cercas fechadas nos corredores, áreas de apartação, tronco, brete e 
nas plataformas de embarque e desembarque. 
8. Reduza o barulho. 
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9. Esqueça-se para sempre do ferrão. 
4. CERCAS E PORTEIRAS 
No sistema de produção de bovinos, e essencial a construção de cercas, que tem 
que apresentar características que garantam a produtividade efetiva e principalmente o 
bem-estar animal 
Essas características são que tenha durabilidade para pagar o investimento feito 
em sua construção; resistência para impedir que os lotes de bovinos não se misturem; 
economicidade que não haja comprometendo a sua funcionalidade e Funcionalidade que 
seja de um bom manejo 
Basicamente, pode-se dizer que existem quatro tipos de cercas que podem ser 
construídas numa propriedade e que podem atender as características descritas: 
1. Cerca elétrica 
2. Cerca de arame liso 
3. Cerca de arame farpado 
4. Cercas mista 
Cada um com suas particularidades tanto econômicas quanto de bem-estar animal. 
Tipos de cerca: 
 Cerca elétrica: 
A cerca elétrica vem sendo utilizada nos Estados Unidos e em boa parte da Europa, 
desde 1930. Mesmo assim, ela e pouca conhecida no Brasil, apesar de seu custo ser, entre 
três e cinco vezes, menor que das cercas convencionais. Além disso, tem uma grande 
versatilidade e facilidade de implantação e manuseio. Com ela se tornasse possível a 
adoção de um sistema de pastejo rotacionado, pastore Voisin, ou pastejo em faixas, 
utilizando cercas elétricas fixas ou mesmo móveis. Apresenta como vantagem, ainda, a 
eficácia em relação ao efeito psicológico causado nos animais. 
A escolha desse tipo de cerca dependera de algumas variáveis como: a topografia 
da área, lotação a ser utilizadas, fertilidade do solo, temperatura ambiente, localização 
dos cochos, aspectos eletrotécnicos. 
Os componentes de uma cerca elétrica são: eletrificador, arame, chave interruptora, 
voltímetro, isoladores intermediários, isoladores de canto e para porteira, manoplas para 
porteiras, para raio, haste de aterramento, cabo de aterramento e placas de advertência. 
 Cerca de arame liso: 
Este tipo de cerca e uma ótima opção para terrenos planos. Conhecida também como 
cerca elástica, e bastante flexível e eficaz contra o avanço ou fuga dos animais, se os 
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machucas. São cercas mais fáceis de conserva do que as de arame farpado, pois dispensam 
o uso de grampos. Os fios atravessam os murões tendo, dessa forma, maior segurança. 
Os procedimentos básicos para a construção deste tipo de cerca são: 
 Alinhamento dos mourões e marcação dos intermediários. 
 Ancoragem (início e fim do lance) 
 Canto de cerca, feito com ancoragem normal. 
 Meio de cerca 
 Mourões intermediários ou lascas. 
 Passagem dos fios sendo colocados, primeiro, o fio mais alto, seguido do fio mais 
baixo e, por último os demais, de cima para baixo. 
 Tensionamento dos fios, obtido com ajuda de um tensiômetro. 
 Ajuste final dos mourões, ajustando a altura dos postes. 
 Colocação dos balancis 
 Emendas de fios que pode ser feito com ajuda de um emendador de fios lisos ou, 
emendador gripple. 
 Cercas de arame farpado 
As cercas de arame farpado devem ser utilizadas, quando há necessidade de maior 
poder de contenção animal. Entretanto, essas cercas apresentam maior custos, maior risco 
de causar ferimentos aos animais, e maior potencial para causar danos ao couro. 
 Cercas mistas 
Pode–se considerar, ainda, um quarto tipo de cerca: a cerca mista (arames farpados com 
arames lisos, ou, ainda arame liso com fio de arame eletrificado), recomendada nas 
regiões limites da fazenda. 
Por possuir pontos elétricos, ela evita esbarrões dos animais, possuindo assim, 
maior vida útil. 
Construções de cercas: 
 Manejo pastagem x planejamento de cerca; 
O pastejo pode se distinguir basicamente em dois sistemas: os pastejo continuo e o 
rotativo. No sistema rotativo, os animais ficam em áreas diferentes, por tempo 
determinado, em média de três dias, sendo o piqueteamento bem maior que o continuo. 
Assim é necessárias cercas mais econômicas e com flexibilidade de utilização adequando 
a essas condições as cercas elétricas. 
As cercas, destinadas a contenção do animal no campo, podem ser feitas a passagem 
do arame. No caso de arame farpado, são feitas ranhuras nos mourões, que facilitarão a 
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fixação do arame. Eles devem possuir bases de diâmetros maiores, pois a base, mais do 
que o topo do mourão, e susceptível a maiores esforços. 
 
 Característica construtivas; 
Na construção das cercas, os mourões podem ser denominados de mestre ou 
esticadores (instalados nos cantos e no final dos lances) e mourões intermediários ou 
lascas (mantem os fios de arame esticados). 
 Manutenção; 
As cercas devem ser inspecionadas periodicamente, verificando-se se os fios estão soltos 
ou froxos, mourões quebrados, entre outros. De atenção especial as cercas que delimitam 
propriedades vizinhas. Uma cerca malfeita ou sem manutenção para bovinos, ocasionara 
na passagem de bovinos para outra propriedade. 
A manutenção das cercas e de grande importância econômica, pois quando feita na hora 
certa, sua durabilidade e aumentada. 
Porteiras: 
As porteiras podem ser construídas com réguas de madeira, ou podem também ser 
fabricados de metal. A cada lado porteira são colocados dois mourões reforçados, com 
diâmetro de 20 cm, com 2,5 m de altura, 1,0 m dos quais enterrados. 
É viável, também, a instalação de tranqueiras ou cochetes em locais onde há menor 
fluxo de animais. Uma porteira convencional, neste caso, teria um custo muito alto para 
quase não ser utilizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CONFINAMENTO 
O sistema de confinamento pode ser utilizado para driblar agentes climáticos, e 
em alguns países são utilizados por terem uma grande demanda de carne bovina. No 
Brasil, no período seco do ano, a falta de pasto faz com que o pecuarista tenha vários 
problemas para garantir o ganho de peso de seus animais. Portanto, se há interesse em 
manter ou aumentar o ganho de peso em comparação aos ganhos que são conseguidos no 
período das águas. 
É fundamental que no sistema de confinamento haja: 
 Disponibilidade de alimentos de qualidade; 
 Animais com potencial de ganho de peso; 
 Infraestrutura adequada; 
 Bom gerenciamento. 
Animais a serem confinados 
Pode-se dar preferência a animais mais longos e mais pesados, porque apresentam 
melhor desempenho no confinamento, em ganho de peso e conversão alimentar. 
Os novinhos, ou machos castrados são mais comuns em confinamento devido 
serem mais dóceis, musculatura nobre e, portanto, melhor classificação de carcaças, 
sendo sua cotação mais valorizada. Alguns estudos mostram que machos inteiros podem 
proporcionar uma engorda mais rápida e mais econômica que o novilho. Os animais 
devem ser separados de acordo com sua idade, sexo, peso e raça, constituindo-se lotes em 
cada curral, essa tarefa é muito importante para o sucesso do confinamento. 
A raça do animal é um aspecto muito importante a ser considerado no sistema de 
confinamento. 
Aspectos econômicos do confinamento 
Quando for utilizada a técnica da engorda, deve-se levar em conta um fator muito 
importante: a viabilidade econômica, considerando o maior custo da nutrição no 
confinamento, quando comparado ao custo alimentação de animais criados a pasto, assim, 
reduzindo a margem de lucros na engorda de bois. 
Este método de criação implica períodos de fartura e de escassez de forragens nos 
pastos, prejudica o crescimento dos animais mais jovens. E estre crescimento deverá ser 
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compensado através de uma alimentação de alto valor nutritivo. Além de tudo isso 
devemos considerar os currais de confinamento que devem ser instalações simples e 
funcionais, de modo a atender as necessidades do pecuarista, no que diz a respeito da 
quantidade de animais a serem alojados, facilidade no manejo, segurança e conforto para 
os bovinos além de baixa necessidade de manutenção. 
*O ganho de peso diário deve situar-se entre 700 a 1.200 g por cabeça. 
Tipos de currais de confinamento 
Existem vários tipos de currais de confinamento diferentes. O tipo de curral a ser 
implantado na propriedade depende do capital disponível. Na escolha, podem ser 
considerados alguns aspectos como: 
 Área física disponível; 
 Vias de acesso; 
 Possibilidade de aproveitar instalações preexistentes na propriedade; 
 Condições ambientais; 
 Disponibilidade de mão-de-obra; 
 Características operacionais da fazenda. 
 
Os currais devem ser a céu aberto, parcialmente coberto, ou em galpão fechado. 
 
Confinamento a céu aberto 
É constituído de curraletes feitos para confinar de 50 a 100 animais, 
disponibilizando, para cada bovino cerca de 8,0 a 20 m². Em cada curraletes, há um 
comedouro para volumosos, um cocho de sal, e um bebedouro. Nessa instalação todos os 
cochos devem estar ao longo das cercas, mas somente os cochos de sal são cobertos. As 
utilizações de pontos de sombreamento para os animais, como árvores, podem ser 
utilizadas para o bem-estar dos animais. 
Confinamento parcialmente coberto 
Tem as mesmas características do curral a céu aberto, com exceção da cobertura 
de uma área para os animais, que pode ser junto aos cochos. 
 
Galpão fechado 
 Consiste em um galpão com área disponível para cada animal 3,0 a 5,0 m²; 
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 Apresenta cobertura com beiral do telhado com largura de aproximadamente 1,0 
m; 
 Pé-direito de 4,0 m; 
 É recomendado o confinamento de 40 a 50 animais; 
 É eficiente no controle de doenças e do ambiente. 
Localização 
 Deve ser localizado em local de boa drenagem; 
 Próximo de fontes de alimentação dos bovinos; 
 Local onde possa ter boa visualização pelos funcionários; 
 Local que tenha abastecimento de água com facilidade; 
 Não se pode esquecer que a construção deve seguir a orientação Leste-Oeste. 
Dimensões do curral de confinamento 
Preferencialmente o curral deve ser subdividido em piquetes com no máximo 150 
bovinos em cada. O dimensionamento do curral é feito considerando a área por cabeça 
confinada: 
Galpão aberto- 8,0 a 20,0 m². 
Galpão fechado- 3,0 a 5,0 m². 
Piso 
Não é necessário um revestimento total, assim reduzindo o custo de instalações. 
O piso pode ser de terra batida, coberto com cascalho. 
O corredor central deve ser pavimentado assim colaborando na distribuição de 
alimentos na época chuvosa, o piso deve ter declividade de 3% para permitir o 
escoamento satisfatório de água para evitar problemas no acúmulo de enxurrada. 
Cocho de alimentação e saleiro 
Os cochos podem ser de concreto armado (1:4:4), alvenaria, madeira e meia-
manilha, entre outros materiais. O espaço destinado para cada cabeça no comedouro é de 
0,6 a 0,7 m lineares, considerando-se a raça criada. 
Suas dimensões são as seguintes: 
 50 cm de largura; 
 60 cm de altura; 
 40 cm de profundidade de cocho. 
Os cochos devem ser cobertos para evitar que caia chuva no alimento dos animais, muitas 
vezes há alimentos na dieta que não podem ser molhados. 
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Bebedouros 
Os bebedouros podem ser de alvenaria, revestidos com cimento liso, mas também 
há outrostipos. Os bebedouros podem abastecer mais de um piquete, situado na divisa 
entre eles, metade atendendo a cada piquete contíguo. 
Em seu dimensionamento deve considerar 3,0 cm linear por cabeça em suas 
bordas, disponibilizar ao animal de 50 a 60 l/dia. 
Divisórias 
 As divisórias entre os curraletes de confinamento devem ter altura entre 1,6 a 2,0 
m; 
 Podem ser confeccionadas com madeira; 
 Tábuas afixadas em esteios distanciados de 1,5 a 2,0 m; 
 Esteios a cada 2,0 a 2,5 m. 
Custos de instalações 
As instalações devem ser bastantes simples, eficientes e práticas. No planejamento 
das instalações devem ser considerados todos os aspectos de praticidade e conforto. 
Entretanto, também deve ser levado em conta que não há necessidade de construções 
caras. 
7. SEMICONFINAMENTO 
O semiconfinamento consiste em um modelo de suplementação nutricional a pasto, 
onde tem por objetivo promover ganhos de peso, superando assim o sistema convencional 
de confinamento. 
É fornecido aos animais ração energético-proteíca, em quantidades variáveis entre 1,0 
e 1,2% do peso vivo do animal ao dia, ficando o pasto seco reservado como fonte de 
volumosos da dieta do confinamento. 
É importante frisar que semiconfinamento é diferente de suplementação a pasto; no 
semiconfinamento os animais são suplementados no curral durante um determinado 
período de tempo enquanto na suplementação a pasto o suplemento é fornecido 
diretamente na pastagem. 
Área de suplementação 
A suplementação mineral deve ser feita de maneira que os cochos estejam a 
distâncias máximas de 300 m da fonte de água. Já foi demonstrado por diversos estudos 
que, em maiores distâncias, o consumo de suplemento mineral diminui significativamente. 
Outro motivo a ser considerados é a proximidade dos cochos, se muito próximos 
provocam alta concentração de pastagem em único local, prejudicando assim o manejo 
da pastagem. 
Cochos 
O ideal é que os cochos para semiconfinamento sejam versáteis e móveis. A 
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mobilidade fornece o fácil manuseio ao mesmo. Esses cochos podem ser de diversos 
materiais, madeira, meia manilha, meios tambores, entre outros. O dimensionamento será 
feito considerando um espaço médio de 50 à 70 cm por bovino a utilizá-lo, com 
profundidade de 35 a 40 cm e altura de 25 a 30 cm, considerando a borda inferior do 
cocho ao chão. 
Atenção: Se na suplementação dos animais for usada ureia, será necessário fazer 
um furo no fundo do cocho, junto de suas extremidades, para evitar que se acumule água 
misturada com ureia, o que poderá causar intoxicação aos animais. 
Bebedouro 
Por dia o ideal é que seja fornecido aos bovinos 100 L de água. Quanto ao local, 
é importante que o bebedouro esteja em local de fácil acesso e que não forneça risco a 
segurança dos animais. 
Outro fator a ser levado em conta, é instalá-los distante das áreas de sombras naturais, 
forçando assim a se deslocarem por todo o piquete, uniformizando o pastejo. 
 
Piquetes 
Geralmente é muito utilizado no semiconfinamento o sistema de pastejo rotativo, 
onde faz-se necessária a divisão do pasto em piquetes. Utilizam-se cercas econômicas e 
que podem ser móveis (no caso de estar sendo adotada a cerca elétrica). Na hora de se 
fazer a divisão deve ser levado em conta além do número de animais, a uniformidade da 
pastagem, evitando que ocorra subpastejo (formação de macega) ou superaste-o (pastos 
raspados). Na prevenção desses problemas a duas recomendações; que os piquetes sejam 
quadrados e evitar piquetes muito grandes. Piquetes menores são melhores de manejar, 
garantindo a uniformidade do pasto, e o período de descanso o tempo de ocupação. 
 
Para se determinar o número de piquetes, tem-se a seguinte fórmula: 
 
N° de piquetes= Período de descanso + 1 / Tempo de ocupação 
8. Curral de Manejo 
Na bovinocultura de corte é indispensável a construção de um grupo de estruturas 
(currais) necessário para manejo de gado. Deve apresentar, entretanto, peças mais 
robustas, uma vez que se trabalha com animais, muitas vezes, manejados de forma menos 
intensiva, e, por isso, um pouco mais ariscos, que podem esbarrar nas divisórias com 
muita força. 
A construção inadequada desta estrutura diminui a produtividade do rebanho e 
dificulta o manejo, expondo as pessoas e os animais a maiores riscos de acidentes. 
O curral de manobra deve permitir a realização de apartação, marcação, descorna, 
vacinação, castração, pequenas cirurgias, exames ginecológicos, inseminação artificial, 
pesagem dos animais, embarque e desembarque dos animais. 
O curral de manobra deve estar localizado em um terreno plano ou levemente 
ondulado, o que vai permitir a diminuição de custos com terraplanagem. Os solos 
arenosos são aconselháveis. O curral não deve ficar a grandes distancias dos pastos. 
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Dimensionamento dos componentes do curral: 
O curral deve ser munido de utilidades que facilitem o manejo, o acesso ao seu interior e 
eventuais ampliações em sua capacidade. 
Seringas: 
A seringa é um estreitamento que conduz os animais do curralete ao tronco 
coletivo ou ao embarcadouro. Ela é formada por duas cercas, que se afunilam em direção 
ao tronco. Deve apresentar a área na forma de um trapézio. 
Tronco coletivo ou brete: 
Sua função é encaminhar os animais ao tronco individual e a balança. O tronco 
deve conter uma passarela lateral, em toda sua extensão, para que o funcionário possa 
trabalhar e acompanhar os animais de dentro da área de serviço, vendo-os e acessando-os 
por cima da divisória. O tronco em curva, com réguas justapostas, é o mais eficiente, 
diminuindo o tempo de trabalho, possibilitando a passagem mais rápida dos animais. 
Sala de apartação: 
A sala de apartação é um pequeno recinto usado para separar p gado. Ele tem espaço para 
apenas um animal, ficando no final do tronco coletivo. O tronco individual ou ainda de 
contenção, é utilizado para trabalhos que requerem sua imobilização. As principais 
características de um tronco eficaz, são a resistência, durabilidade, possibilidade de conter 
bovinos de porte variado, alem da facilidade de manipular o animal, com segurança, 
quando no seu interior. 
Vacinação no tronco individual: 
O benefício da vacinação racional é a certeza da aplicação da dose certa em todos os 
bovinos. Com o animal contido, em curtíssimo espaço de tempo, é possível aplicar a 
vacina, fazer massagem no local e evitar o refluxo. 
Balança: 
A balança permite controlar o peso e o desenvolvimento dos animais, sendo fabricadas 
por empresas especializadas. As balanças para pesagem dos animais, individualmente, 
são as mais recomendáveis, para se obter maior controle sobre o gado. 
Embarcadouro: 
O embarcadouro é formado por um corredor estreito e uma rampa. É usado no embarque 
e desembarque dos bovinos nos veículos de transporte. 
Preparo do terreno: 
O terreno, onde será construído o curral, deve ser limpo, sem a ocorrência de vegetação 
e detritos. A inclinação do terreno não deve ser superior a 2%. Esta operação visa melhor 
escoamento das águas pluviais evitando, desta forma, o acumulo de lama nos locais onde 
haverá maios transito de animais. 
Piso: 
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O piso do curral de manejo pode ser natural, cascalho, ou mistura de cascalho comareia. 
Os pisos de paralelepípedos não são recomendados; além do maior risco de machucar os 
animais, seu custo é mito maior que o do cascalho. 
Cercas: 
As cercas devem garantir a contenção dos animais no interior do curral. A altura da cerca 
é dada pela altura em que são colocados os esteios que são feitos, geralmente, de madeira. 
O eucalipto tratado é uma boa opção, pois tem uma vida útil acima de 20 anos, e devido 
a sua uniformidade evita lapidações ou acertos. 
Curraletes: 
Em linhas gerais, podemos classificar os currais de manobra como: 
Simples: para manobras de ate 500 cabeças por vez. 
Melhorados: para mais de 1.000 cabeças por vez. 
Australiano: para mais de 1.000 cabeças por vez. 
A forma circular ou elíptica do curral é uma grande vantagem. A inexistência de cantos 
facilita o manejo do gado. 
 
9. Modos de armazenamento 
A silagem e importante na alimentação de qualidade, durante todo ano, garantindo 
um bom desempenho a todo o rebanho, possibilitando rentabilidade ao pecuarista. 
Silagem: 
A silagem é a forragem verde, picada e comprimida, armazenada num local 
isolado e em ausência de ar. Não confundir com ensilagem, que é a transformação deste 
material verde em silagem. 
Silo: 
Os silos devem ser construídos próximo aos cochos e locais de alimentação, 
permitindo que se faça um fornecimento rápido da silagem aos animais, sem interferir nas 
atividades de manejo. 
Tipos de silos: 
 Silos de trincheiras: 
O silo trincheira é o mais usado, permitindo boa compactação, baixo custo de 
construção, e simplicidade de manuseio. Sua construção aproveita terrenos acidentados, 
onde se faz a escavação com maquinas, podendo revestir ou não suas paredes e base. 
E recomendado o silo ter entre 1,5m a 3m de altura. 
As dimensões do silo podem ser então calculadas da seguinte forma: 
Exemplos: 
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 Alimento 50 vacas; 
 Consumo diário de 15 kg/silagem/vaca; 
 2,0 m de altura (altura ideal) 
 Densidade de silagem 500kg/m³ 
 Fatia diária retirada de 0,20 m. 
As paredes do silo devem apresentar, também certa inclinação lateral, em relação 
á vertical, correspondente a 25% da profundidade do silo. 
As paredes laterais podem ser revestida com: 
 Alvenaria 
 Concreto 
 Placas de concreto 
 Solo-cimento 
 Ferro-cimento 
 Bloco de concreto 
Silo de superfície 
Os silos de superfície não são propriamente instalações, mas uma técnica de 
armazenamento de forragens, já que a ensilagem é feita no nível do solo, sem que seja 
necessário nenhum tipo de instalações previamente construída. 
Esse silo não pode ser feito para grandes volumes de silagem, devido ao seu menor 
potencial de compactação na ocasião de ensilagem. 
Silo aéreos 
Os silos aéreos possuem formato cilíndricos e grade capacidade de 
armazenamento. São pouco utilizados no brasil, dado o seu alto custo. Sua construção e 
mais complexa, exigindo detalhamento das estruturas e das fundações. 
10. Cochos para suplementos, bebedouros e reservatórios de água 
Cochos para suplementação: 
A suplementação dos bovinos é um ponto crucial na pecuária que utiliza melhores 
níveis de manejo. A suplementação visa fornecer todos os nutrientes que a pastagem não 
conseguiu suprir, para o ganho desejado dos animais. 
Localização: 
Preferencialmente, os cochos devem se localizar próximo aos locais onde os 
animais bebem água. Cochos também, demasiadamente perto das aguadas podem 
degradar o pasto ao redor, devido ao superpastejo, e provocar consumo excessivo de 
suplemento. 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
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Dimensões: 
Esses cochos devem ter dimensões tais, que atendam a necessidade mineral de 
todos os animais que neles se alimentam, e as características que possibilitem a limpeza 
periódica, como superfície lisa, cantos arredondados e drenos com tampões no fundo. 
Bebedouros: 
A recomendação é que os bovinos não caminhem mais do que 800 metros a 
procura de água, em terrenos montanhosos, e 1600 metros em terrenos planos. É para se 
evitar que a propriedade fique à mercê da localização de aguadas em pontos 
inconvenientes, que se utilizam bebedouros e reservatórios de água. Devem estar 
disponíveis em média para bovinos de 50 a 60 L de água para consumo por dia. É 
fundamental que a água seja potável. Normalmente os bebedouros são de alvenaria, 
revestidos de cimento liso. 
Reservatórios de água: 
Os reservatórios devem ser localizados, preferencialmente, em pontos altos que 
permitam a distribuição da água por gravidade. A capacidade de armazenamento do 
reservatório deve ser calculada em função do número de bebedouros que serão utilizados. 
11. Creep-Feeding 
Creep-feeding é um cocho colocado em um cercado onde é possível a entrada de 
bezerro, é uma instalação que garante a nutrição do bezerro, sob o olha da mãe, pode ser 
está bem utilizado, como uma forma de suplementar os bezerros recém-nascidos. Os 
mourões do creep-feeding ficam separados entre si a uma distância de 45 cm. O cocho 
tem 20 cm lineares para cada bezerro, e deve estar no máximo a 50 cm do solo. Deve ser 
coberto a 1,5 m de altura na parte mais baixa, facilitando a colocação do trato. 
O creep-feeding deve possuir, ainda, área de 2,0m2/ cria, deixando espaço de 2,0m 
entre o cocho e a cerca, para circulação. O cocho tem que permitir alimentação dos dois 
lados e devera haver quatro entradas para cada cinquenta bezerros e oito para cada 
duzentos. 
O creep-feeding construído de réguas deve ser delimitado por uma cerca com pelo 
menos 1,2 m de altura, composto por duas tabuas de 15 cm, espaçada a 25 cm entre si. A 
passagem na entrada interna é delimitada superior por uma tábua, ficando 1,10 m com 
altura livre. 
A área do creep-feeding também pode ser limitada com fios de arame liso, fixados 
em mourões de madeira ou em concreto. O creep-feeding semifixo pode ser construído 
com cerca elétrica, a delimitação do acesso, na parte frontal do cocho, é feita por 
estruturas tubulares verticais e horizontais, 
Presença da Mãe: 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
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CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
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Como os bezerros querem está sempre junto a suas mães, o ideal é posicionar o 
creep-feeding próximo a cocho, bebedouros ou áreas de descanso da vaca, o objetivo é 
que as crias permaneçam no cocho enquanto suas mães estão por perto. 
Manejo nos Cochos: 
O alimento pode ser colocado à disposição das mães desde dos primeiros meses 
de vida, o alimento deve ser fornecido de qualidade nutritivo, é importante ter higiene ao 
redor do cocho evitando o acúmulo de lama no piqueta, o excesso de cascalho no solo e 
o mato acumulado. 
12. Creep-Grazing 
Creep-grazing é um sistema que disponibiliza ao bezerro suplementação de 
volumoso, geralmente com forrageiras de alta digestibilidade e com teores elevados de 
nutrientes. A forrageira utilizada nesse pasto pode ser da mesma espécie que está 
disponível a mãe, só que deve está em boas condições ou de espécies diferente de 
preferência que esteja com qualidade boa. 
A área pode ser delimitada com cerca elétrica ou de arame liso, deve se considerar a 
dimensões do creep-grazing a área necessária para cada bezerro que depende da 
capacidade de suporte da pastagem, dada em U. A (Unidade animal) que corresponde 450 
kg de pesovivo.

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