História da Astronomia

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História da Astronomia
	
Imagem 1 (Stonehenge - Inglaterra)
Desde a pré-história o Homem observa constantemente eventos astronômicos como: O nascer do Sol, a mudança de fases da Lua, as estrelas, eclipses. Esses foram os primeiros passos para o desenvolvimento da Astronomia, que é considerada a mais antiga de todas as ciências. A astronomia é uma ciência que está presente em toda nossa sociedade, o seu desenvolvimento é constante, mas tudo começou nas primeiras civilizações, onde havia certas necessidades, das quais destacamos algumas:
 
Demarcação de tempo: Criação de um calendário, pois precisava-se definir uma demarcação de tempo para as estações, esta foi uma ligação muito direta com o plantio, que era uma das bases da sobrevivência da sociedade. Grande parte das civilizações se localizavam as margens dos rios, tal motivo gerava a necessidade de se estabelecer a época das cheias.
Contexto religioso: Algumas civilizações estabeleciam certas ligações religiosas com os astros e eventos astronômicos, tornando alguns sacerdotes estudiosos observadores do céu.
Imagem 2 (Pirâmides de Gizé)
Imagem 3 (Rio Nilo)
 	
 	A civilização mais antiga da qual se tem relatos envolvendo a astronomia são os mesopotâmicos, eles relatavam acontecimentos astronômicos como eclipses, passagem de cometas, associando tais fenômenos astronômicos a religião(catástrofes a castigo dos deuses), os registros feitos por eles permitia confirmar a repetição de alguns fenômenos ao longo dos anos, permitindo a eles prever o posicionamento de alguns astros. Os egípcios possuem uma excelente geometria e aritmética para a época, eles conseguiam associar seus conhecimentos matemáticos a astronomia e a construção de seus monumentos, fazendo com que eles pudessem prever situações como a cheia do Nilo. Na China também havia relatos relacionados a astronomia, na Inglaterra a uma famosa formação circular de pedras chamadas de Stonehenge, crê-se que essa formação é uma ruína de um observatório, pois através dele é possível prever solstícios e equinócios.
Imagem 4 (Newgrange - Irlanda)
Imagem 5 (Máquina de Antikythera, um dispositivo originário da Grécia antiga que calculava os movimentos dos planetas)
 	Os gregos fizeram muitos avanços importantes para a astronomia, um grande motivo de tal desenvolvimento foi a contribuição de grandes matemáticos gregos, Aristóteles afirmava que a Terra era o centro do universo, essa ideia provocou um certo atraso para a astronomia, mas adiante alguns estudiosos levantaram a possibilidade de um fogo(Sol) ser o centro do nosso sistema, o primeiro a levantar esta hipótese foi Aristarco, muitos outros gregos fizeram avanços para astronomia como Eratóstenes, Hiparco e Ptolomeu. 
 	
Na idade média o conhecimento se manteve estagnado devido a monopolização do conhecimento pela Igreja, e também não havia um interesse da nobreza para desenvolver tal área do conhecimento. No século X o astrônomo Al-Khujandi, calculou a inclinação do eixo da Terra, e Omar Khayyan criou o calendário juliano com 365,242198 dias.
 	Na América Pré Colombiana, pouco se sabe a respeito dos conhecimentos astronômicos dos povos antigos, mas muitos objetos encontrados indicam grande desenvolvimento nesta área. Os Maias e Astecas estudavam o Sol, Lua e Vênus, eles possuíam um calendário de 365 dias.
Imagem 6 (Observatório Astronômico Maia de Chichen-Itzá, México)
Imagem 7 (Calendário Maia)
Imagem 8 (Calendário Asteca)
Imagem 9 (Monumento Asteca)
 	No Brasil Pré-cabraliano, algumas tribos de índios já possuíam um sistema de constelações baseado na fauna. Eles utilizavam o Cruzeiro do Sul para se orientar, utilizavam também a constelação de anta para saber se estavam no período de chuva(se a constelação de anta estivesse no norte ele estavam no período de chuva).
Imagem 10 (Cruzeiro do Sul)
Imagem 11 (Constelação de Anta)
 	No renascimento Nicolau Copérnico propôs o modelo Heliocêntrico. Kepler com base nos dados obtidos por Tycho Brahe, publicou em 1609 pela primeira vez leis que descreviam a quantidade de movimento dos planetas. Galileu Galilei foi o primeiro cientista a documentar observações astronômicas através de um telescópio, o telescópio foi um instrumento revolucionou a astronomia. Isaac Newton aperfeiçoou os telescópios e deduziu a lei da Gravitação Universal.
 
 Os astrônomos antigos
Tales de Mileto (624 – 546 a.C.) introduziu na Grécia os fundamentos da geometria e da astronomia,trazidos do Egito. Pensava que a Terra era um disco plano em uma vasta extensão de água.
 
Pitágoras de Samos (572 – 497 a.C.) acreditava na esfericidade da Terra, da Lua e de outros corpos celestes. Achava que os planetas, o Sol, e a Lua eram transportados por esferas separadas da que carregava as estrelas. Foi o primeiro a chamar o céu de cosmos.
Aristóteles de Estagira (384-322 a.C.) explicou que as fases da lua dependem de quanto da parte da face da lua iluminada pelo sol está voltada para a terra. Explicou, também,os eclipses: um eclipse do sol ocorre quando a lua passa entre a terra e o sol; um eclipse da lua ocorre quando a lua entra na sombra da terra.
Aristarco de Samos (310-230 a.C.) foi o primeiro a propor a Terra se movia em volta do Sol, antecipando Copérnico em quase 2000 anos. Entre outras coisas, desenvolveu um método para determinar as distâncias relativas do Sol e da Lua à Terra e mediu os tamanhos relativos da Terra, do Sol e da Lua.
 
Hiparco de Nicéia (160 – 125 a.C.), considerado o maior astrônomo da era pré-cristã, construiu um observatório na ilha de Rodes, onde fez observações durante o período de 160 a 127 a.C. Como resultado, ele compilou um catálogo com a posição no céu e a magnitude de 850 estrelas. 
Ptolomeu (85 d.C. – 165 d.C.) (Claudius Ptolemaeus) foi o último astrônomo importante da antiguidade. Ele compilou uma série de treze volumes sobre astronomia, conhecida como o Almagesto, que é a maior fonte de conhecimento sobre a astronomia na Grécia.
 
 
 CURIOSIDADES
 
MESOPOTAMIA
 Na Mesopotâmia, a Astronomia foi tanto uma ciência observacional como também matemática. Por exemplo, os mesopotâmicos criaram a divisão sexagesimal, que era baseada no número 60. Fizeram a divisão do círculo em 360º, sendo cada grau em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos de grau, do que fazemos uso até hoje. Outra invenção dos mesopotâmicos já utilizada antes foi a "semana", a qual se propagou muito pelos povos da Antiguidade, também usada até hoje.
Para eles os planetas eram deuses que influenciavam os acontecimentos da Terra. Adoravam a cada planeta (deus), sendo a ordem de sua devoção a partir do dia do Sol.
 
Ordem de devoção
Sol, o deus mais importante entre os demais, presidindo a 1ª hora; 
Vênus: Presidia a 2ª hora;
Mercúrio: Presidia a 3ª hora;
Lua: Presidia a 4ª hora;
Saturno: Presidia a 5ª hora;
Júpter: Presidia a 6ª hora;
Marte: Presidia a 7ª hora;
Outra vez o Sol.
 
Tais tempos de 7 dias coincidiam-se com as fases da Lua: Lua-Nova, Quarto-Crescente, Lua-Cheia, Quarto-Minguante e outra vez Lua-Nova, dessa forma surgiu a semana.
 
	MESOPOTÂNIA
	INGLÊS
	FRANCÊS
	ESPANHOL
	Dia da Lua
	Monday
	Lundi
	Lunes
	Dia de Marte
	Tuesday
	Mardi
	Martes
	Dia de Mercúrio
	Wednesday
	Mercredi
	Miercoles
	Dia de Júpiter
	Thursday
	Jeudi
	Jueves
	Dia de Vénus
	Friday
	Vendredi
	Viernes
	Dia de Saturno
	Saturday
	Samedi
	Sabado
	Dia do Sol
	Sunday
	Dimanche
	Domingo
BABILONIA
Inventaram o mais antigo instrumento astronômico que se conhece, o Gnomon, sendo ele uma haste longa e afinada estabelecida verticalmente ao solo, que projeta uma sombra por meio da qual a posição do Sol pode serconhecida. É deste instrumento que vem os primeiros relógios solares.
 
 
Imagem 01- (Gnomon)
EGITO
O calendário egípcio marcava um ano com 360 dias, dividido em 12 meses de 30 dias cada um. As estações do ano egípcio eram: Inundação, Inverno (saída das águas) e Verão (falta de água). Entre um ano e outro consideravam mais 5 dias (epagômenos). A duração do ano foi determinada pelos nasceres helíacos da estrela Sírius (a estrela mais brilhante), a qual era chamada Sótis (o período sotíaco de 1456 anos é de grande importância para o estudo da história egípcia).
Imagem 02- (Calendário Egípcio)
GREGOS
 
 Os gregos herdaram certos conhecimentos dos mesopotâmios e dos egípcios sobre matemática e astronomia, mas na Grécia a ênfase dada à matemática e à Astronomia foi muito maior do que naquelas nações. A partir de Tales de Mileto, no século VI a.C., a astronomia grega teve seu início. Tales teria previsto um eclipse do Sol por volta de 585 a.C., de acordo com os relatos de Heródoto. Aristóteles dizia que Tales defendia a tese de que a água era uma substância original da qual tudo o que existe se formava. Não se tem certeza se Tales deixou algum escrito sobre seus teoremas matemáticos. Entre os discípulos de Tales estavam: Anaximandro, Anaxímenes e Anaxágoras. Anaximandro acreditava que a Terra flutuava sem nenhum apoio, sendo ela um dos mundos originados no "Apeiron", a origem de tudo. Anaxímenes afirmava ser o "ar" a substância fundamental, não a água ou o Apeiron. Ao que parece, foi ele quem afirmou pela primeira vez que a Lua refletia a luz do Sol. Anaxágoras (de quem Sócrates foi discípulo) não aceitou a divindade do Sol e da Lua, o que o levou a ser acusado de ímpio. O Sol era para ele uma rocha incandescente, enquanto a Lua era outra Terra no céu.
O filósofo grego Pitágoras acreditava em números e figuras geométricas perfeitas, tendo a Terra como uma esfera, já que isso lhe parecia mais estético.
Outros filósofos antigos da Grécia foram Filolau de Crotona, Platão, Aristóteles, Aristaco de Samos, entre outros. Para Filolau o universo era Pirocêntrico, isto é, ocupado por um Fogo Central, a casa de Zeus. Deste momento em diante desenvolve-se a Astronomia teórica dos gregos. Eudoxo, discípulo de Platão, criou o Modelo das Esferas Concêntricas, formada por 27 esferas com eixos inclinados entre si. Este modelo tentava explicar os movimentos dos planetas, do Sol e da Lua. Foram necessárias várias esferas para representar o movimento de cada astro celeste, incluindo as laçadas dos planetas.
 Aristóteles, discípulo de Platão, construiu um universo parecido, finito e limitado no espaço, cujas esferas concêntricas o tornava hierarquizado. Fora da esfera mais externa nada existia, nem o tempo nem o vácuo. Para Aristóteles os elementos fundamentais eram a terra, a água, o fogo, o ar (terrestres) e o éter (divino), sendo este último o elemento da perfeição que dominava todo o universo. Já os elementos imperfeitos dominavam o mundo sub-lunar, onde a imperfeição prevalecia. As idéias aristotélicas perduraram por mais de 2000 anos.