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FISIOLOGIA BÁSICA - SISTEMA REPRODUTOR

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FISIOLOGIA BÁSICA
SISTEMA REPRODUTOR
Os hormônios hipofisários que controlam a produção de hormônios das gônadas e a formação de células reprodutivas são: o FSH e o LH. No testículo, o FSH e o LH vão controlar principalmente a síntese e a secreção da testosterona e nos ovários, eles vão controlar a síntese e a secreção do estrógeno e da progesterona.
Os hormônios sexuais controlam a formação, desde o processo de diferenciação sexual até o crescimento e a maturação do sistema reprodutor masculino e feminino.
Sistema reprodutor masculino:
O aparelho reprodutor masculino é formado pela gônada, saco escrotal, onde vai ficar o testículo, o epidídimo, canal deferente, vesícula seminal, próstata.
Os espermatozóides são formados no testículo, são conduzidos pelo canal deferente e o conteúdo da próstata e da vesícula seminal vai ajudar na formação do esperma. 
Os hormônios sexuais masculinos vão ser produzidos pelo testículo, que produz sob influencia dos hormônios da hipófise anterior a testosterona, hormônio este que em alguns tecidos pode ser convertido em diidrotestosterona, sendo esse último o segundo hormônio masculino, que vai controlar a diferenciação das características sexuais secundarias masculinas. A diidrotestosterona também participa do processo de diferenciação de algumas partes do sistema reprodutor masculino.
Sistema reprodutor feminino:
Formado pelo útero, pelas trompas de falópio, pelos ovários e pela vagina.
Diferenciação sexual:
	A diferenciação sexual é controlada por hormônios e quando esses hormônios são produzidos em excesso ou em menor quantidade podem ocorrer problemas no processo de diferenciação. 
	O sexo é dividido em três níveis: 
O sexo genético: definido pelos cromossomos. Então se o individuo tiver o cromossomo Y, o testículo vai ser formado e vai produzir hormônios masculinos, que vão definir a genitália externa e interna masculina. Na ausência do cromossomo Y, nós teremos dois cromossomos X, nesse caso, haverá a formação dos ovários e conseqüentemente vai se formar a genitália externa e interna feminina.
Sexo gonodal: A presença da gônada masculina ou feminina vai ser definida pelo sexo genético.
Sexo fenotípico: É o fenótipo, ou seja, a genitália interna e externa como sendo masculina ou feminina. O que vai definir o sexo fenotípico são os hormônios. Então, se houver problema na formação dos hormônios do individuo, isso vai gerar a má formação da genitália externa e interna desse individuo. Não necessariamente o hormônio tem que ser produzido na gônada. Exemplo: A má formação da genitália externa feminina como conseqüência de uma alta concentração de andrógenos durante a diferenciação sexual.
A diferenciação sexual fenotípica feminina é mais simples do que a masculina. A diferenciação masculina é altamente dependente de hormônio e, portanto, a possibilidade de haver má formação em indivíduos do sexo genético XY é maior do que no sexo XX.
Do ponto de vista embriológico, nos temos ductos que vão originar a genitália interna masculina e feminina. Os quais são: 
Os Ductos de Muller, que vão ser responsáveis pela formação da genitália feminina 
Os Ductos de Wolf, que vão se diferenciar na genitália masculina.
Tanto indivíduos do sexo XX, quanto os indivíduos do sexo XY vão possuir células dos ductos de Muller e células dos ductos de Wolf antes da diferenciação sexual.
Para que a genitália feminina seja formada a partir dos Ductos de Muller, não são necessários hormônios e é em função disso que a formação da genitália feminina é mais simples. Então, se o individuo tem os ductos de Muller e não tem os hormônios masculinos, automaticamente esses ductos vão se diferenciar na genitália externa feminina. Não é preciso de estrógeno e progesterona para induzir o processo de diferenciação, que é, portanto, um processo hormônio independente.
O individuo do sexo masculino, além de precisar de hormônio para estimular a diferenciação da sua genitália masculina, ele também precisa inibir a diferenciação dos Ductos de Muller na genitália feminina. Então, nos indivíduos do sexo masculino os hormônios vão ser usados para duas coisas:
Diferenciar o ducto de Wolf na genitália interna e externa masculina, processo este realizado pela testosterona e pela diidrotestosterona. Hormônios estes produzidos no testículo.
Inibir a diferenciação do Ducto de Muller na genitália feminina, processo este realizado pelo hormônio antimuleriano, que é produzido pelo testículo.
Como todos os indivíduos vão possuir as células dos ductos de Muller e de Wolf e o ducto de Muller se diferencia automaticamente na genitália feminina, se o individuo do sexo XY não inibir essa diferenciação, ele vai ser hermafrodita, ou seja, vai ter tanto a genitália interna feminina, quanto a masculina.
Como o individuo do sexo feminino não tem testículo em função do seu sexo genético (XX) que já foi determinado, não há perigo de formação de hormônio antimuleriano, o que culminaria na inibição da diferenciação do ducto de Muller na genitália feminina. 
A diidrotestosterona é um hormônio que vai ter importância na diferenciação sexual e no crescimento da próstata. Ela também participa na diferenciação do pênis, já o crescimento do pênis é controlado pela testosterona. Cada hormônio vai controlar uma parte da diferenciação masculina, o que comprova o fato de que ela é mais complexa e de que um problema na diferenciação masculina pode ocorrer em vários níveis. As más formações vão poder ser:
Um problema, defeito ou má formação do hormônio antimuleriano, sem que haja problema na formação da testosterona e da diidrotestosterona. Então, esse individuo vai ter a formação da genitália interna e externa masculina, mas ele não vai inibir a formação da genitália feminina a partir dos ductos de Muller, de forma que ele vai ter a genitália externa e interna masculina mais a genitália interna feminina, ou seja, ele terá útero e trompas (não terá o ovário, pois ele é XY).
Problema a nível da enzima que converte testosterona em diidrotestosterona, mas com os hormônios testosterona e antimuleriano produzidos normalmente. Então, haverá inibição da genitália feminina e formação parcial da genitália masculina.
Problema na formação da testosterona e conseqüentemente da diidrotestosterona, mas com formação normal do antimuleriano. Sem a testosterona não haverá a formação do saco escrotal para alojar o testículo, então ele nasce com a aparência de uma genitália feminina e sem a genitália masculina formada. Vai haver a formação do testículo, mas ele ficará internalizado, pois não há saco escrotal para ele ser alojado.
Problema na formação do hormônio antimuleriano e da testosterona, e conseqüentemente da diidrotestosterona. O individuo vai ter a formação da genitália feminina externa e interna, mas o individuo vai ter testículo, pois ele tem o cromossoma XY. Então, ele é um individuo com o sexo genético e gonodal masculino, mas possui genitália feminina. Porém, esse individuo não vai ter ovário, pois ele é XY, então, essa pessoa não vai ser fértil.
Então, suponhamos que um individuo que teve a sua diferenciação sexual normal nasce e em toda a sua vida ele vai ter oscilações na sua produção hormonal, mais ou menos em função da idade e em função do sexo. A oscilação da produção dos hormônios FSH e LH, ao longo da sua vida vai ser:
Na época fetal/ época da diferenciação sexual: Existe grande produção de FSH e LH.
Na infância: Haverá queda da produção desses hormônios, e a manutenção dos níveis de FSH e LH em concentrações muito baixas. Não há nenhuma transformação de genitália interna ou externa nem feminina e nem masculina, nem desenvolvimento de características sexuais secundarias e nenhum fenômeno que leve uma criança a ficar apta a reproduzir.
Na puberdade: Os níveis de FSH e LH vão começar a aumentar. Existem duas hipóteses para justificar esse aumento repentino. A primeira hipótese fala que esse aumento é resultado da participação da glândula pineal. Nós nascemos com a glândula pineal grande e esta desapareceno inicio da puberdade, então essa teoria é que a glândula pineal controla de forma inibitória a secreção de FSH e LH, de forma que quando ela desaparece no inicio da puberdade, esses hormônios voltam a ser produzidos. A segunda hipótese fala que é nessa época que os gonadotrófos (células da hipófise anterior produtoras de gonadotrofinas, FSH e LH) terminam o seu amadurecimento e passam a produzir FSH e LH.
Obs 1: O FSH e o LH vão ser secretados na forma pulsátil ao longo do dia. Se houver aumento da secreção desses hormônios em um individuo, mas ela não acontecer na forma de pulsos de secreção, esse individuo não vai entrar na puberdade
Na fase adulta: Na mulher é mais marcante, pois ela tem o evento que marca essa fase se chama: menarca, que é a primeira menstruação. Uma vez por mês, a partir da primeira menstruação, a mulher terá oscilação constante nos picos de FSH e LH em função do ciclo menstrual. No homem, não há nenhum evento que marque a entrada do homem na fase adulta. Os hormônios serão secretados em pulsos durante toda a sua vida de uma maneira bem menos oscilante que a das mulheres. Nos homens, esses hormônios vão atingir um pico e vão permanecer constantes.
Na velhice: A mulher vai ter a menopausa, ou seja, vai parar de menstruar, vai deixar de produzir estrógeno e progesterona, pois não ela não vai ter mais folículos para ovular. Sem o estrógeno e a progesterona, hormônios responsáveis pelo controle da secreção FSH e do LH, os níveis de secreção de FSH e LH vão ficar constantes e altos. O homem vai ter a andropausa, que é a diminuição da produção dos hormônios sexuais masculinos, ou seja, a testosterona e a diidrotestosterona. Então a libido vai diminuir, certos pelos na perna vão começar a cair e como a testosterona é o hormônio que inibe por feedback negativo a o FSH e o LH, os níveis desses dois hormônios vão subir, mas não tanto quanto na mulher.
No homem: No inicio da puberdade, uma indicação de que o menino está começando a produzir testosterona é o aparecimento de pelos pubianos. O crescimento do pênis, o estirão de crescimento, o engrossamento da voz, aparecimento de pelos em outras regiões, aparecimento de massa muscular.
Na mulher: A mulher vai entrar mais cedo na puberdade, por volta dos nove anos. O primeiro evento é o crescimento das mamas. O aparecimento dos pelos pubianos e nas axilas, que crescem em função dos hormônios masculinos da adrenal, que amadurecem no inicio da puberdade. A menarca vai ocorrer normalmente aos 10 anos. 
Fisiologia reprodutiva masculina:
A partir da puberdade o hipotálamo vai produzir o GnRH, que vai estimular os gonadotrófos (células da hipófise anterior que produzem as gonadotrofinas – FSH e LH) a produzirem o FSH e o LH.
O FSH e o LH têm papel hormonal na gônada que é o testículo. 
Existem duas células muito importantes no testículo, além das células que vão produzir os espermatozóides, que são:
As células de Sertori, que vão produzir o hormônio antimuleriano e é, portanto, importante para o processo de diferenciação masculino. As células de Sertori também vão produzir a inibina.
As células de Leydig, que vão produzir a testosterona.
Mecanismos de controle da fisiologia reprodutiva masculina:
A inibina, produzida pelas células de Sertori vai na hipófise anterior, através de mecanismos de feedback negativo, controlar a secreção de FSH.
A testosterona, produzida nas células de Leydig, vai na hipófise anterior para controlar a secreção de LH, e conseqüentemente a própria secreção de testosterona (já que o LH induz a secreção de testosterona).
As células de Sertori vão participar da diferenciação celular e na espermatogênese, realizando esse ultimo alimentando e protegendo o espermatozóide que já está maturado enquanto este não for liberado.
As células de Leydig vão produzir a testosterona e esta por uma função parácrina, ou seja, dentro do próprio testículo, vai estimular as células de Sertori a alimentar e proteger o espermatozóide depois de formado, para que ele não morra antes de ser ejaculado.
Então as duas células tem um papel na espermatogênese. Pelo fato de a célula de Leydig produzir a testosterona e esta estimular a célula de Sertori a nutrir e proteger o espermatozóide, o que vai promover a manutenção e a viabilidade do espermatozóide.
	A testosterona, além de agir de forma parácrina, é um hormônio que vai cair na corrente sanguínea. E ela tem uma serie de funções como hormônio.
Síntese da testosterona:
Como os hormônios do córtex da adrenal, a testosterona também vai ter como precursor uma molécula de colesterol.
O LH vai controlar a síntese de testosterona, pois ele vai ativar a enzima colesterol desmolase que vai converter o colesterol e pregnenolona.
Essa síntese também vai ter a enzima 17,20-liase que aparece na síntese dos andrógenos no córtex da supra-renal.
A testosterona é formada a partir da ‘androstenediona’ por uma enzima especifica. 
Chegando em seu tecido-alvo a testosterona poderá ser convertida em diidrotestosterona.
Por que o LH estimula a colesterol desmolase no testículo e não estimula no córtex da supra-renal, por exemplo, para produzir cortisol? Pois não existe receptor para LH no córtex da supra-renal, existe receptor para o ACTH. Então, quando o ACTH for secretado, haverá estimulação da produção dos hormônios do córtex da supra-renal, e quando o LH for secretado, haverá estimulação da produção de testosterona no testículo. Vão ser processos diferentes que vão possuir o mesmo precursor e a mesma enzima, mas que vão precisar de uma estimulação de diferentes hormônios.
Ações da Testosterona:
Crescimento do pênis
Diferenciação do epidídimo, do canal deferente e das vesículas seminais.
Aumento da massa muscular magra
Surto de crescimento
Cessação do surto de crescimento puberal (fechamento da epífise)
Crescimento das vesículas seminais
Abaixamento do timbre da voz
Espermatogênese
Feedback negativo sob a hipófise anterior
Libido 
Ações da Diidrotestosterona:
Diferenciação do pênis
Crescimento da próstata, que pode gerar hipertrofia da próstata: Pode ser benigna ou maligna. No caso da benigna, o tratamento seria a inibição da conversão da testosterona em diidrotestosterona. No caso na maligna, o tratamento é a retirada cirúrgica e/ou quimioterapia.
Diferenciação da próstata e do saco escrotal
Padrão masculino da implantação dos cabelos
Atividade das glândulas sebáceas
Padrão masculino de calvície
Fisiologia reprodutiva feminina:
	A mulher nasce com todos os seus folículos primordiais prontos. A cada mês, depois da primeira menstruação, vários folículos são recrutados e um apenas vai ser liberado.
	Na mulher, a segunda divisão meiótica do ovócito é suspensa e ela só vai se completar quando houver a ovocitação seguida de fecundação. Isso explica por que quanto mais velha for a mulher, maior a probabilidade de ela ter uma gestação de uma criança com má formação. Pois a célula vai envelhecendo, ela fica com a prófase da segunda divisão meiótica, suspensa por anos.
	Depois da ovulação, pode acontecer a fecundação, quando há fecundação, o zigoto vai produzir a gonadotrofina coriônica, que por um mecanismo de feedback positivo vai manter a produção de progesterona pelo corpo lúteo do ovário até o desenvolvimento pleno da placenta, que vai assumir essa função até o final da gestação. Quando não há a fecundação, o corpo lúteo vai involuir e se transformar no corpo albicans, que não tem mais função de glândula.
	
Oscilação dos hormônios ao longo do ciclo menstrual:
FSH e LH:
	Na primeira fase do ciclo, existe uma produção de FSH mais alta do que a produção de LH. Isso vai fazendo com que o folículo cresça. O FSH vai estimular as células da granulosa a produzir estrógeno, e este vai aumentar a produção das células da granulosa, o que faz com que o folículo cresça, o que vai aumentar a produção de estrógeno, o que vai fazer com que o folículo cresça, sendo este um mecanismo de feedback positivo.
	Isso vai ocorrer até que na metade do ciclo acontece um pico de secreçãodos dois hormônios, mas principalmente de LH. Esse pico de LH vai promover a ruptura do folículo em um fenômeno chamado de: ovulação e o óvulo vai ser liberado. 
	Depois da ovulação, imediatamente caem os níveis de FSH e LH, sendo que na segunda fase do ciclo, o LH fica sendo secretado em uma quantidade maior que o FSH.
Estrógeno e progesterona:	
A medida que o folículo vai crescendo, a quantidade de estrógeno também vai sendo aumentada.
No lugar no folículo vai ser formado o corpo lúteo. Ao contrario do folículo, o hormônio mais produzido pelo corpo lúteo vai ser a progesterona e não o estrógeno.
A produção de estrógeno na primeira fase do ciclo e a produção de progesterona na segunda fase tem um reflexo sobre o ciclo uterino, ou seja, sob o crescimento e descamação do endométrio. O primeiro dia do ciclo menstrual, que é a menstruação vai se dar quando os níveis de estrógeno e progesterona caírem. Essa queda vai culminar na descamação do endométrio.
Ao final da menstruação, o folículo já está grande o bastante para aumentar a produção de estrógeno o que vai induzir o inicio da proliferação do endométrio.
Ao final do ciclo, os níveis de estrógeno e progesterona vão cair, pois se não houve fecundação, o corpo lúteo vai involuir e vai parar de secretar estrógeno e progesterona.
	
Síntese dos hormônios sexuais femininos:
Células da teca: produzem progesterona
Células da granulosa: produzem o estrógeno 
	No inicio do ciclo, o folículo vai ter um predomínio de células da granulosa, depois da ovulação as células vão se organizar, o folículo vai perder células da granulosa e vai haver uma predominância de células da teca. Então, no inicio do ciclo, ou seja, antes da ovulação, há um predomínio de secreção de estrógeno, pois há mais células da granulosa, já no final do ciclo, ou seja, depois da ovulação, há um predomínio de secreção de progesterona, pois há mais células tecais.
	As células da granulosa possuem mais receptores para FSH e as células tecais vão ter mais receptores para LH.
	Tanto a progesterona, quanto o estrógeno tem como precursor o colesterol, então o LH vai ser importante para a síntese dos dois, só que o FSH só influencia no final da reação, convertendo testosterona em estrógeno. Então o FSH é mais importante na síntese do estrógeno. E para isso é importante que existam receptores específicos na célula da granulosa.
	O LH estimula receptores tanto nas células tecais, quanto nas células da granulosa, mas existe em maior abundancia nas células tecais. A colesterol desmolase (enzima que converte colesterol em pregnenolona) vai estar nessas células.
Quando o folículo de rompe no meio do ciclo menstrual
Mecanismo de feedbacks que ocorrem durante a menstruação:
Se o feedback falha vão haver alterações no período e ovulação e irregularidades no ciclo.
Fase folicular: O estrógeno é o principal hormônio nessa fase. O hipotálamo vai secretar o GnRH, que vai na hipófise anterior estimular a produção de FSH e LH, sendo que o FSH na primeira fase do ciclo é mais secretado que o LH. E o FSH vai, portanto, com um pouco de LH, iniciar o processo da síntese de estrógeno e progesterona. (Precisa de LH, pois a estimulação da colesterol desmolase, que é a primeira etapa da síntese, é LH dependente). O estrógeno que vai começar a ser produzido vai controlar, por um mecanismo de feedback negativo a secreção de FSH e LH, de forma que o crescimento do folículo vai se dando no tempo adequado de 14 dias.
Ovulação: O estrógeno vai subindo e até um certo ponto, o ele vai fazer feedback negativo, mas quando chega a uma concentração extremamente elevada ele inverte a sua capacidade de feedback de negativo (freia a secreção de FSH e LH, para impedir que a ovulação ocorra muito cedo) para positivo (estimula a produção de FSH e LH). Isso vai ser responsável pela ovulação, pois é o momento em que a secreção de FSH e LH que antes estava sendo inibida pelo estrógeno, agora deixa de ser inibida e passa a ser estimulada pelo estrógeno. Nesse momento vai ser o da ovulação.
Fase lútea/proliferativa: Quando o folículo é rompido, vai ocorrer a reorganização das células do folículo formando o corpo lúteo, que a glândula que vai caracterizar a segunda fase do ciclo, que é chamada de fase lútea/proliferativa. Nessa fase, o GnRH vai estimular a produção de FSH e LH, que vão estimular a produção do estrógeno e da progesterona, sendo a maior secreção de progesterona, pois agora não há mais folículo e sim o corpo lúteo, que tem mais células tecais. A maior secreção de progesterona vai comandar a proliferação do endométrio nessa fase e é ela também que controla, por um mecanismo de feedback negativo a secreção de FSH e LH.
Ações da progesterona:
Manutenção da atividade secretória do útero durante a fase lútea do ciclo menstrual.
É importante pro desenvolvimento das mamas tanto na puberdade, quanto durante a lactação.
Feedback negativo sob a secreção de FSH e LH durante a segunda fase do ciclo menstrual.
Manutenção da gravidez, pois a gonadotrofina coriônica vai estimular a secreção de progesterona pelo corpo lúteo. (3 primeiros meses principalmente)
Aumentar o limiar uterino para os estímulos contráteis durante a gravidez. O útero passa a ser menos responsivo aos agentes contráteis. Para impedir aborto.
Ações do estrógeno:
Maturação do útero, das trompas de falópio, do colo uterino e da vagina.
Na puberdade, o estrógeno é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundarias no sexo feminino.
Surto de crescimento
Brotamento das mamas
Aparecimento de tecido adiposo sub-cutâneo.
Responsável pela proliferação e desenvolvimento das células da granulosa ovariana, que são as principais células que formam o folículo ovariano na primeira fase do ciclo menstrual.
Promove a formação de receptores para ele mesmo, para a progesterona e para o LH. (Na época da lactação, por exemplo, o estrógeno faz com que haja aparecimento de receptores de LH, isso é importante para que a prolactina haja.)
Na gravidez, estimula a secreção de prolactina, mas bloqueia a ação da prolactina sob as mamas. (que sentido tem estimular a secreção da prolactina e bloquear a ação dela? Pois ele faz com que durante a gestação as mamas estejam preparadas para a produção de leite, mas ainda não estejam produzindo, pois ainda não há bebê pra alimentar. Quando o bebê nasce, a placenta, que estava produzindo estrógeno vai sair e não vai mais haver produção de estrógeno, (que estava inibindo a ação da prolactina sob a mama) de forma que, a prolactina que estava com a concentração altíssima, vai começar a agir na síntese e na secreção de leite.)
Manutenção da gravidez.
Abaixa o limiar uterino para os estímulos de contração. O estrógeno é muito produzido ao final da gravidez, e no final da gravidez é interessante que o útero esteja mais receptível aos estímulos contrateis para que a mulher entre em trabalho de parto.

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