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Fraturas e luxações do quadril e joelho adulto Luxação traumática do quadril Lesões de alta energia – envolvem velocidade, energia cinética Frequentemente associadas a politruma Com lesões de órgãos pelve-abdominais Emergências medicas Quanto mais tempo luxadas maior chance de complicações Classificação: o Anterior (superior/inferior), o Central (entra no acetábulo), o Posterior (+ freqüente, trauma direto na parte anterior do joelho) Luxação anterior o Lux. Superior - MMII estendido e rodado externamente. o Lux. Inferior - MMII fletido, abduzido e rodado externamente. o Tratamento: Redução fechada com anestesia do paciente (estabiliza a pelve e traciona o membro) – paciente precisa estar relaxado. Redução aberta quando luxação irredutível, redução instável. o Complicações: Precoces: alterações neurovasculares e irretutibilidade Tardias: artrite e necrose e luxações recidivantes Luxação posterior o Trauma associado a acidentes automobilísticos, joelho bate de frente com o painel – “trauma do painel”*. o Apresentado clinicamente com membro encurtado, rodado interno e aduzido*. o Lesão do nervo ciático (cabeça do fêmur vem pra posterior e traumatiza diretamente o ciático) 10% das lesões nesse tipo de trauma é irreversível** o Tto: redução fechada (aberta só pra irredutível, instável ou com fragmentos de fratura na articulação) Manobra de Allis, Manobra de Stimson, Manobra de Bigelow o Complicações Precoces: lesão do ciático, luxação irredutível, lesões ligamentares do joelho ou luxação recorrente com tração Tardias: luxação recorrente, miose ossificante, necrose da cabeça femoral e artrose Fraturas proximais do fêmur Trauma de baixa energia em idosos (fratura patológica – osteoporose – tratar fratura e a doença) e alta energia em pacientes jovens. A fratura em idosos normalmente é de simples queda e é mais comum na mulher Considerações: o Grau de deslocamento da fratura o Qualidade da redução o Estabilidade da fixação Prestar atenção na vascularização do colo do fêmur – ligação vem pelo ligamento redondo, se fratura e perde circulação = necrose na cabeça do fêmur se não reduzir e fixar rápido (em torno de 48h) Sinais clínicos: o Fraturas simples = sintomas mínimos o Fraturas deslocadas = encurtamento, rotação externa do MMII e usualmente leve abdução RX: AP e perfil Classificação (não vai pedir), diferentes graus – pq pode evoluir, se fosse tipo ela estaria estabilizada. Tratamento o Fraturas sem desvio: parafusos canulados = parafusos fixando a cabeça do fêmur. o Fraturas com desvio: artroplastia (tira a cabeça do fêmur e coloca prótese) – depende da perspectiva de vida do paciente e quer mobilidade rápida (se sim faz prótese parcial) Complicações: o Retardo de consolidação/pseudoartrose Comprometimento vascular, cominuição posterior e osteoporose o Necrose avascular Interrupção vascular durante o trauma Fraturas inter-trocanteriana Área de bastante circulação – consolida sempre e mais rápido São em geral fraturas extra-capsulares, em osso de predominância esponjosa e ricamente vascularizado. Sinais clínicos: membro afetado encurtado, em rotação externa + leve abdução (todas as fraturas proximais do fêmur tem esses sinais**) Qualquer tentativa de movimento causa intensa dor TTO o Fraturas estáveis: faz redução fechada + osteossintese (fixação com placa e parafuso) o Fraturas instáveis: redução aberta + medialização + osteossintese 8-12 semanas para inicio de deambulação Complicações: deslocamento da fratura, soltura da placa, retardo de consolidação (até 6 meses, depois de 6 meses é pseudoartrose) Fratura subtrocanteriana Estas fraturas ocorrem na região de maior stress do esqueleto. Por sua vez, predispõe uma alta razão de falência biomecânica das osteossínteses internas. Pode ter falhas no material de síntese e alterações na consolidação Sinais clínicos: o Trauma de alta energia o Encurtamento + rotação externa o Dor + impotência do quadril Tratamento: osteossintese Complicações: deformidades em varo e rotacional, falha no material da síntese, retardo na consolidação (pseudoartrose) Fraturas de fêmur distal Idosos e jovens com diferentes traumas – mecanismo de varo e valgo associados a compressão axial (queda) e rotação Alta energia em jovens e baixa energia em idosos Sinais clínicos o Deformidade típica é em varo pela tração dos músculos adutores RX: AP + perfil + obliquas Se tiver deformidade dentro da articulação vai ter artrose Se preocupar com a parte vasculonervosa o 3% associado a lesão vascular (a. femoral e poplítea) o 1% associado a lesão nervosa (ciático) Tratamento o Conservador: em pacientes inoperáveis (politrauma, na UTI, lesões de múltiplos órgãos e tem que ver se vai sobreviver) o Cirúrgico (de escolha): haste femoral Complicações: o Infecção o Consolidação viciosa o Pseudoartrose o Artrose pós traumática o Rigidez articular Fraturas do joelho Atendimento no sistema ATLS – abordagem ortopédica na urgência Fraturas de ossos longos, pelve esmagada e amputação de membro = urgência Avaliação das fraturas + partes moles, tem que ver situação vascular, muscular, neurológica Fraturas do planalto tibial Normalmente laterais pois trauma é em valgo (mais comum), carga axial associada a valgo e varo – atropelamento que bate lateral no joelho* Trauma em valgo com rotação externa, compressão axial e trauma lateral* Sinais: o Dor, edema e impotência funcional o Instabilidade articular o Deformidade e crepitação Avaliar artéria poplítea e nervo fibular – lesão MUITO próxima Classificação: com desvio ou sem desvio Tratamento o Conservador: em fraturas não desviadas (<4mm) ou pct que não tem condição cirúrgica, tratamento o Cirúrgico com material de síntese sempre priorizando a redução articular*! (parafusos, placas, fixadores externos) Complicações: quanto maior desvio, mais chance de fazer complicação o Redução incompleta, fixação instável, quebra do implante, rigidez articular, infecção, pseudoartrose, lesão neurovascular. Fraturas da patela Acomete mais homens Historias de trauma direto Sintomas comuns o Dor o Crepitação o Defeito ou sensação de separação de fragmentos o Edema na face anterior do joelho associado com insuficiência extensora RX: AP + perfil + axial pesquisar outras fraturas (diáfise fêmur, planalto tibial e luxação coxofemoral) Quadríceps traciona e promove desvio na região Pelo trauma pode ter trauma na patela + luxação posterior do quadril associada Tratamento: o Conservador: fraturas sem desvio e com mecanismo extensor preservado o Conservador: fraturas com desvio redução aberta com fixação interna Banda de tensão, parafuso, patelectomia parcial e total Patela é importante para extensão final (menos atrito e mais força), pode tirar mas tem que fazer reforço – substituir patela por fibrose, perde um pouco da extensão Complicações: infecção, quebra de implante, diminuição de ADM, dor e artrose patelofemoral Se lesão vascular da artéria poplítea (40% das fraturas) – 13-40% amputação Pode lesar nervo fibular Avaliar o estado vascular do membro - intervenção cirurgia não pode ultrapasses 6 horas de isquemia Luxação do joelho Avaliar o estado vascular do membro!!! A intervenção cirúrgicanão pode ultrapassar de 6 horas de isquemia!!!
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