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Apostila Auditoria Fiscal e Tributária

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AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 1 
 
 
Auditoria Fiscal e 
Tributária 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 2 
Auditoria Fiscal e Tributária 
 
 
Introdução 
 
No Brasil a carga tributária representa um dos principais custos das empresas. A 
complexidade tributária, a quantidade de tributos e as frequentes alterações reforçam 
a necessidade de um acompanhamento criterioso dos tributos, pois muitas empresas 
acabam pagando impostos indevidos. 
 
A auditoria fiscal ou tributária tem como objetivo analisar as obrigações tributárias dos 
auditados, bem como verificar seu cumprimento. Naturalmente essas obrigações vão 
muito além do pagamento dos impostos. Assim, a auditoria fiscal é responsável pelo 
controle e procedimentos legais que envolvem pagamento, recuperação de impostos 
e cumprimento das obrigações acessórias como a apresentação de declarações como 
a DIPJ (agora pelo sistema SPED), DCTF, DIRF e todos os projetos SPED (fiscal, 
contribuições, contábil e o e-Social). 
 
Outra função importante da auditoria fiscal é a prevenção de fraudes, atividades ilegais 
que atingem a saúde tributária das empresas, ou possíveis erros que são tratados com 
rigor pela fiscalização. 
 
Conforme artigo 44 da Lei 9430/96 com redação dada pela Lei 11638/2007, artigo 14: 
 
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas 
as seguintes multas: 
I - de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade 
ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta 
de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e 
nos de declaração inexata; 
II - de 50% (cinquenta por cento), exigida isoladamente, 
sobre o valor do pagamento mensal: 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 3 
a) na forma do art. 8o da Lei no 7.713, de 22 de dezembro 
de 1988, que deixar de ser efetuado, ainda que não tenha 
sido apurado imposto a pagar na declaração de ajuste, no 
caso de pessoa física; 
b) na forma do art. 2o desta Lei, que deixar de ser 
efetuado, ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou 
base de cálculo negativa para a contribuição social sobre o 
lucro líquido, no ano-calendário correspondente, no caso de 
pessoa jurídica. 
§ 1o O percentual de multa de que trata o inciso I 
do caput deste artigo será duplicado nos casos previstos 
nos arts. 71, 72 e 73, da Lei no 4.502, de 30 de novembro 
de 1964, independentemente de outras penalidades 
administrativas ou criminais cabíveis. 
I - (revogado); 
II - (revogado); 
III- (revogado); 
IV - (revogado); 
V - (revogado pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 
1998). 
§ 2o Os percentuais de multa a que se referem o inciso I, 
do caput e o § 1o deste artigo serão aumentados de 
metade, nos casos de não atendimento pelo sujeito 
passivo, no prazo marcado, de intimação para: 
I - prestar esclarecimentos; 
II - apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam os 
arts. 11 a 13 da Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991; 
III - apresentar a documentação técnica de que trata o art. 
38 desta Lei. 
................................................. (NR)” 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 4 
Importante instrumento de gestão administrativa que engloba fundamentais 
informações sobre todas as partes da empresa, a contabilidade mantém um elo com 
a auditoria que visa avaliar as informações produzidas por ela, tornando cada vez mais 
confiáveis e seguras. 
 
Definição de Auditoria Fiscal e Tributária 
 
A auditoria fiscal e tributária está sempre em mudança, o que requer muita atenção 
para padronizar procedimentos dará fim de oferecer mais segurança nas informações 
tanto para o investidor como para a administração da empresa. A auditoria 
compreende a análise dos procedimentos adotados para apuração, controle e 
pagamentos de tributos que incidem sobre as atividades comerciais e operacionais da 
empresa, bem como se as obrigações estão sendo seguidas corretamente. 
 
Para que o governo faça uma fiscalização na empresa é necessário que haja indícios 
de infrações, ou seja, provas materiais de que não foram cumpridas as obrigações 
fiscais. 
 
No Brasil, quem cuida da verificação tributária zelando pelo bom andamento das 
operações é a Receita Federal. 
 
Jund Filho (2000, p. 32 afirma que “A auditoria tributária objetiva o exame e a 
avaliação de planejamento tributário e a eficiência e eficácia dos procedimentos e 
controles adotados para a operação, pagamento e recuperação de impostos, taxas e 
quaisquer ônus de natureza fisco-tributária que incida nas operações, bens e 
documentos da empresa”. 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 5 
Objetivos da Auditoria Fiscal e Tributária 
 
O objetivo da revisão fiscal é que o auditor afirme, com base em procedimentos e 
evidências, que todos os cálculos e recolhimentos foram observados pelo contribuinte. 
Esse procedimento de revisão não deve ser assumido pela administração como uma 
maneira de validar e isentar possíveis questionamentos do Fisco em relação a 
resultados auferidos e critérios de escrituração contábil adotadas, porque tal serviço 
de montagem de processos faz parte de uma consultoria tributária. 
 
A auditoria fiscal divide-se em: 
 Preventiva: revisar os últimos 5 anos das principais obrigações acessórias e 
validar de acordo com a legislação vigente. 
 Corretiva: revisar mensalmente as obrigações principais e acessórias com base 
nos documentos apresentados. 
 Operacional: apurar mensalmente as obrigações principais, confeccionar guias, 
elaborar e enviar declarações, recuperar créditos tributários e levantamento das 
contingências fiscais. 
 
Planejamento da Auditoria Fiscal e Tributária 
 
O auditor deve planejar os trabalhos de revisão, estabelecendo estratégias que 
facilitem e tornem seu trabalho mais eficaz. Para tanto, ele deve ter prévio 
conhecimento da entidade, do campo de atuação, do ramo do negócio, da 
organização, do sistema contábil utilizado, das características operacionais, da 
natureza de ativos, passivos, receitas e despesas e do enquadramento tributário. 
Alguns documentos necessários para a revisão são: 
 
 Cópia do balanço patrimonial, DRE, DMPL, balance analítico; 
 Memória de cálculo e comprovante de pagamento dos impostos; 
 Comprovante de transmissão das obrigações acessórias; 
 Lalur; 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 6 
 Livros fiscais; 
 GIA; 
 Cópia dos arquivos das declarações (SPED) etc. 
 
Nesse vasto campo da auditoria fiscal e tributária, são prestações de serviços 
específicos: 
 Consultoria tributária e societária; 
 Gestão e planejamento tributário; 
 Diagnostico fiscal; 
 Regimes especiais de tributação; 
 Levantamento de créditos de PIS e Cofins (sistemática não cumulativa); 
 Levantamento e revisão de créditos tributários; 
 Revisão de transfer pricing (apuração de preço de transferência, 
importação e exportação commodities); 
 Revisão folha de pagamentos; 
 Planejamento previdenciário etc. 
 
Dos Conhecimentos Contábeis Essenciais 
 
A escrituração é a técnica utilizada para registro dos fatos contábeis ocorridos na 
entidade e atualmente regida pela norma ITG 2000 e NBC t 2, ambas anexas no final 
deste material. 
 
Lucro Real 
É o lucro líquido do período ou lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões 
autorizadas pelo RIR. Os ajustes do lucro líquido, apuração, são feitos no Lalur, 
podendo a apuração ser anual ou trimestral, 
 
A escrituração prevista deverá ser entregue em meio digital ao sistema público de 
escrituração digital (SPED) (art. 2o da Lei 12.973/2014). 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 7 
Quantoà obrigatoriedade do lucro real (anual ou trimestral), de acordo com o artigo 
14 da Lei 9718/98, estão obrigadas a apurar pelo lucro real: 
 
 Empresas cuja receita total seja superior a R$ 78.000.000,00, ou 
proporcional ao número de meses do período quando inferior a 12 
meses; 
 Empresas cuja atividade seja instituições financeiras ou equiparadas; 
 Empresas que tiveram lucros, rendimentos ou ganho de capital oriundos 
do exterior; 
 Empresas que, com autorização, beneficiam-se de isenções ou redução 
de impostos; 
 Empresas que atuam como factoring; 
 Empresas que efetuaram pagamento mensal pelo regime de estimativa. 
 
Lucro Presumido 
É a forma simplificada de apuração da base de cálculo do IRPJ e CSLL, restrita aos 
contribuintes que não estão obrigados ao lucro real. 
 
A opção pelo lucro real, presumido, será manifestada pelo pagamento da primeira cota 
de qualquer um dos regimes, mediante o documento de arrecadação da receita federal 
(DARF), sendo que a legislação não permite mudar a forma de tributação durante o 
ano-calendário (art. 13 Lei 9718/98). 
 
As pessoas jurídicas que podem optar pelo lucro presumido são: 
 
 Cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$78.000.000,00 
no ano-calendário anterior, ou a R$6.500.000,00 multiplicado pelo 
número de meses em atividade no ano-calendário anterior; 
 Que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da 
atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica. 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 8 
Durante o período em que estiverem submetidas ao 
Programa de Recuperação Fiscal (Refis), as pessoas 
jurídicas obrigadas ao lucro real, exceto Instituições 
Financeiras (inclusive as equiparadas e as factoring), 
poderão optar pelo lucro presumido (Lei 9.718, de 1998, 
art. 14, inciso II, e Lei 9.964, de 2000, art. 4o). A partir de 
1o /01/2001, as sociedades em conta de participação (SCP) 
ficaram autorizadas a optar pelo lucro presumido, exceto 
aquelas com atividades imobiliárias, enquanto mantiverem 
registro de custo orçado (IN SRF no 31, de 2001). Até 
31/12/2013 o limite anual era de R$ 48.000.000,00 
(quarenta e oito milhões de reais) (Lei 10.637, de 2002, art. 
46; RIR/1999, art. 516). As pessoas jurídicas optantes pelo 
lucro presumido poderão fazer também opção pelo Regime 
Tributário de Transição – RTT – de que trata o art. 15 da 
Lei 11.941, de 2009 (Lei 11.941, de 27 de maio de 2009, 
art. 15 e §§ 1o a 3o). A opção pelo RTT é aplicável a todos 
os trimestres nos anos-calendário de 2008 e de 2009, 
inclusive nos trimestres já transcorridos do ano-calendário 
de 2008. A eventual diferença entre o valor do imposto 
devido com base na opção pelo RTT e o valor antes apurado 
deverá ser recolhida até o último dia útil do mês de janeiro 
de 2009, sem acréscimos, ou compensada, conforme o 
caso (Lei 11.941, de 2009, art. 20 e §§ 1o a 3o). O RTT 
será obrigatório a partir do ano-calendário de 2010, 
inclusive para a apuração do imposto sobre a renda com 
base no lucro presumido (Lei 11.941, de 2009, art. 15, § 
3o) (RECEITA FEDERAL, 2014). 
 
 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 9 
Simples Nacional 
Conforme Lei Complementar 123, de 2006, “O Simples Nacional é um regime tributário 
diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar no 123, de 
14.12.2006”. 
 
Estabelece normas gerais e unificadas de recolhimentos no que tange os poderes da 
União, dos estados e dos municípios para as ME e EPP. 
 
O simples nacional é regulamentado pelo comitê gestor do simples nacional, instituído 
pelo Decreto 6037/2007, que é vinculado ao ministério da fazenda e trata do Estatuto 
Nacional da Microempresa e da empresa de pequeno porte, sendo composto por 
representantes da União dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. 
 
Características: 
 Considera-se ME, para efeito do Simples Nacional, a Pessoa Jurídica ou 
equiparada que aufira em cada ano calendário receita bruta igual ou 
inferior a R$ 360.000,00; 
 Considera EEP, para efeito do simples nacional, Pessoa Jurídica ou 
equiparada que aufira em casa ano calendário receia bruta superior a R$ 
360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00. 
 
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal e unificado dos seguintes tributos: 
 IRPJ; 
 IPI; 
 CSLL; 
 Cofins; 
 PIS/PASEP; 
 CPP – contribuição patronal previdenciária; 
 ICMS; 
 ISS. 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 10 
Opção: 
Pode fazer a opção pelo simples nacional as MEs e as EPPs que não incorram em 
nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar 123/2006. 
 
Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional 
Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições 
na forma do Simples Nacional a microempresa ou a 
empresa de pequeno porte: 
I - que explore atividade de prestação cumulativa e 
contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de 
crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar 
e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), 
compras de direitos creditórios resultantes de vendas 
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
II - que tenha sócio domiciliado no exterior; 
III - de cujo capital participe entidade da administração 
pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; 
IV - (REVOGADO) 
V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro 
Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, 
Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja 
suspensa; 
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e 
interestadual de passageiros; 
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e 
interestadual de passageiros, exceto quando na 
modalidade fluvial ou quando possuir características de 
transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob 
fretamento contínuo em área metropolitana para o 
transporte de estudantes ou trabalhadores; (Redação 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 11 
dada pela Lei Complementar 147, de 2014) (Produção 
de efeito) 
VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou 
comercializadora de energia elétrica; 
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de 
automóveis e motocicletas; 
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; 
X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado 
de: 
a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, 
armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e 
detonantes; 
b) bebidas a seguir descritas: 
1 - alcoólicas; 
2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; 
2. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar 147, 
de 2014) 
3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos 
concentrados ou sabores concentrados), para elaboração 
de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 
10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado; 
3. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar 147, 
de 2014) 
4 - cervejas sem álcool; 
XI - que tenha por finalidade a prestação de serviços 
decorrentes do exercício de atividade intelectual, de 
natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, 
que constitua profissão regulamentada ou não, bem como 
a que preste serviços de instrutor, de corretor, de 
despachante ou de qualquer tipo de intermediação de 
negócios; 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 12 
XI - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
XIII - que realize atividade de consultoria; 
XIII - (Revogado);(Redação dada pela Lei Complementar 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de 
imóveis. 
XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, 
exceto quando se referir à prestação de serviços tributados 
pelo ISS. 
XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em 
cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando 
exigível. 
§ 1º As vedações relativas a exercício de atividades 
previstas no caput deste artigo não se aplicam às pessoas 
jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades 
referidas nos §§ 5º-B a 5º-E do art. 18 desta Lei 
Complementar, ou as exerçam em conjunto com outras 
atividades que não tenham sido objeto de vedação 
no caput deste artigo. 
I - (REVOGADO) 
II - (REVOGADO) 
III - (REVOGADO) 
IV - (REVOGADO) 
V - (REVOGADO) 
VI - (REVOGADO) 
VII - (REVOGADO) 
VIII - (REVOGADO) 
IX - (REVOGADO) 
X - (REVOGADO) 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 13 
XI - (REVOGADO) 
XII - (REVOGADO) 
XIII - (REVOGADO) 
XIV - (REVOGADO) 
XV - (REVOGADO) 
XVI - (REVOGADO) 
XVII - (REVOGADO) 
XVIII - (REVOGADO) 
XIX - (REVOGADO) 
XX - (REVOGADO) 
XXI - (REVOGADO) 
XXII - (VETADO); 
XXIII - (REVOGADO) 
XXIV - (REVOGADO) 
XXV - (REVOGADO) 
XXVI - (REVOGADO) 
XXVII - (REVOGADO) 
XXVIII - (VETADO). 
§ 2o Também poderá optar pelo Simples Nacional a 
microempresa ou empresa de pequeno porte que se 
dedique à prestação de outros serviços que não tenham 
sido objeto de vedação expressa neste artigo, desde que 
não incorra em nenhuma das hipóteses de vedação 
previstas nesta Lei Complementar. 
§ 3o (VETADO). 
§ 4º Na hipótese do inciso XVI do caput, deverá ser 
observado, para o MEI, o disposto no art. 4o desta Lei 
Complementar. 
Fonte: BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em 24 abr. 
2017. 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 14 
O comitê aprovou a ingresso de novas atividades conforme: 
 
Comitê Gestor inicia a regulamentação das alterações promovidas pela Lei 
Complementar 147/2014 - 08/09/2014 
 
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) aprovou a Resolução CGSN 115, de 
4/09/2014, que veicula os primeiros itens da regulamentação das alterações trazidas 
pela Lei Complementar 147, de 7 de agosto de 2014. 
 
NOVAS ATIVIDADES 
 
Poderá optar pelo Simples Nacional a partir de 01/01/2015 a ME 
ou EPP que exerça as seguintes atividades: 
 
1. Tributadas com base nos Anexos I ou II da LC 123/2006: 
1.1 Produção e comércio atacadista de refrigerantes 
 
A ME ou EPP envasadora de refrigerantes que venha a optar pelo 
Simples Nacional permanece obrigada a instalar equipamentos 
de contadores de produção, que possibilitem, ainda, a 
identificação do tipo de produto, de embalagem e sua marca 
comercial, na forma disciplinada pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil. 
 
2. Tributadas com base no Anexo III da LC 123/2006: 
2.1 Fisioterapia 
2.2 Corretagem de seguros 
2.3 Corretagem de imóveis de terceiros, assim entendida a 
receita relativa à intermediação na compra, venda, permuta e 
locação de imóveis 
2.4 Serviços prestados mediante locação de bens imóveis 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 15 
próprios com a finalidade de exploração de salões de festas, 
centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras 
esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, 
parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de 
eventos ou negócios de qualquer natureza. 
 
3. Tributada com base no Anexo IV da LC 123/2006: 
3.1 Serviços Advocatícios 
 
Constará de Resolução a ser publicada oportunamente as 
seguintes atividades, que também poderão optar pelo Simples 
Nacional a partir de 01/01/2015: 
 
1. Tributadas com base no Anexo III da LC 123/2006: 
- Serviço de transporte intermunicipal e interestadual de 
passageiros, na modalidade fluvial, ou quando possuir 
características de transporte urbano ou metropolitano ou 
realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para 
o transporte de estudantes e trabalhadores (retirando-se o ISS e 
acrescentando-se o ICMS) 
 
2. Tributadas com base no Anexo VI da LC 123/2006: 
- Medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; 
- Medicina veterinária; 
- Odontologia; 
- Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, 
podologia, fonoaudiologia e de clínicas de nutrição, de vacinação 
e bancos de leite; 
- Serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de 
interpretação; 
- Arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 16 
geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e 
tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; 
- Representação comercial e demais atividades de intermediação 
de negócios e serviços de terceiros; 
- Perícia, leilão e avaliação; 
- Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle 
e administração; 
- Jornalismo e publicidade; 
- Agenciamento, exceto de mão de obra; 
- Outras atividades do setor de serviços que tenham por 
finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de 
atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, 
artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou 
não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos 
III, IV ou V da LC 123/2006. 
 
O novo ANEXO VI da LC 123/2006, vigente a partir de 
01/01/2015, prevê alíquotas entre 16,93% e 22,45%. 
 
MEI – CONTRATAÇÃO POR EMPRESAS 
 
A empresa que contrata MEI para prestar serviços diferentes de 
hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de 
manutenção ou reparo de veículos, não está mais obrigada ao 
registro na GFIP e ao recolhimento da cota patronal de 20% (o 
art. 12 da LC 147/2014 revogou retroativamente essa 
obrigatoriedade). 
 
Todavia, quando houver os elementos da relação de emprego, o 
MEI deverá ser considerado empregado para todos os efeitos. 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 17 
Adicionalmente, a resolução ratifica que o MEI não pode prestar 
serviços na modalidade de cessão de mão de obra. 
 
FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO 
 
São tributadas com base no Anexo III as receitas decorrentes da 
comercialização de medicamentos e produtos magistrais sob 
encomenda para entrega posterior ao adquirente, em caráter 
pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou 
indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio 
estabelecimento após o atendimento inicial. 
 
São tributadas com base no Anexo I as receitas auferidas nos 
demais casos (comercialização de produtos em prateleira). 
 
NOVA HIPÓTESE DE VEDAÇÃO À OPÇÃO PELO SIMPLES 
NACIONAL 
 
Não terá direito à opção pelo Simples Nacional e estará sujeita à 
exclusão do regime o MEI, ME ou EPP cujo(s) titular(es) ou 
sócio(s) guarde(m), cumulativamente, com o contratante do 
serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. 
 
Em outras palavras: membro de empresa optante pelo Simples 
Nacional não pode ser, na realidade, empregado de quem a 
contrata. 
 
BENEFÍCIOS PARA A CESTA BÁSICA 
 
A União, os Estados e o Distrito Federal poderão, em lei 
específica destinada a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 18 
estabelecer isenção ou redução das Contribuições para a Cofins 
e para o PIS/Pasep e do ICMS para produtos da cesta básica, 
discriminando a abrangência da sua concessão.A medida depende de lei federal (Cofins e PIS/Pasep) e de leis 
estaduais ou distrital (ICMS) 
 
NOVAS REGRAS PARA VALORES FIXO DE ICMS E DE ISS 
 
Os Estados, o DF e os Municípios poderão estipular valores fixos 
de ICMS ou de ISS para a ME que tenha auferido, no ano 
anterior, até R$ 360 mil de receita bruta. 
 
Hoje esse limite é de R$ 120 mil. 
 
O valor fixo deixará de ser aplicado se, durante o ano calendário, 
a ME ultrapassar o limite de R$ 360 mil de receita bruta. 
 
A não aplicação do valor fixo ocorrerá no mês seguinte ao do 
excesso. 
 
O ente federado que tenha valor fixo em vigência terá que 
efetuar a revisão até 31/12/2014. 
 
DOCUMENTOS FISCAIS E DEMAIS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 
NO PORTAL DO SIMPLES NACIONAL 
 
A LC 147/2014 previu a regulamentação por parte do Comitê 
Gestor do Simples Nacional e a disponibilização, no Portal do 
Simples Nacional, de aplicativos para emissão de documentos 
fiscais e demais obrigações acessórias relativas ao regime. 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 19 
 
A implantação desses aplicativos demandará o desenvolvimento 
e implantação de sistemas em conjunto com a Receita Federal, 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
Qualquer nova obrigação acessória relativa ao Simples Nacional 
terá que constar de Resolução do CGSN. 
 
Permanecem válidas as obrigações acessórias estabelecidas para 
a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional decorrentes de 
norma publicada até 31 de março de 2014, até que sejam 
unificados os procedimentos por meio de aplicativos disponíveis 
no Portal do Simples Nacional. 
 
ITENS QUE SERÃO REGULAMENTADOS OPORTUNAMENTE: 
 
LIMITE EXTRA PARA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS 
 
A partir de 2015, o limite extra para que a EPP tenha incentivos 
para exportar passará a abranger mercadorias e serviços. 
 
Dessa forma, a empresa poderá auferir receita bruta anual de 
até R$ 7,2 milhões, sendo R$ 3,6 milhões no mercado interno e 
R$ 3,6 milhões em exportação de mercadorias e serviços. 
 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS 
 
As alterações trazidas pela LC 147/2014 relativas à substituição 
tributária do ICMS terão vigência a partir de 01/01/2016, 
devendo a regulamentação ocorrer ao longo do ano de 2015. 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 20 
SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES 
NACIONAL 
 
Fontes: BRASIL. Comitê Gestor inicia a regulamentação das alterações promovidas 
pela Lei Complementar 147/2014 - 08/09/2014. Disponível em: 
<http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/noticias/noticiacompleta.aspx?
id=0aadadc0-53a9-4764-925f-7a1d3f2b7ca4>. Acesso em 24 abr. 2017. 
BRASIL. Capítulo XIII - IRPJ - Lucro Presumido 2014. Disponível em: 
<http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2014/Capitulo_XIII_IRPJ
_LucroPresumido2014.pdf>. Acesso em 24 abr. 2017. 
 
IMPOSTOS SOBRE MERCADORIAS 
Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) 
A constituição Federal atribuiu aos estados e ao Distrito Federal o poder de 
regular o ICMS na forma da Lei Complementar 87/96 e respeitando os 
convênios firmados entre os Estados. Por essa razão cada estado possui seu 
próprio regulamento e torna esse imposto mais complexo, pois, para cada 
lei há 27 interpretações o caso da EC 87/2015, que passa a tributar pela 
alíquota interestadual a venda para pessoa física fora do estado; porém, 
para isso, é necessário respeitar a alíquota interna do estado destino, para 
assim apurar a partilha do tributo entre os estados. 
 
A legislação em vigor considera contribuinte qualquer pessoa, física ou 
jurídica, que realize, com habitualidade, operações de circulação de 
mercadoria ou prestação de serviço de transporte interestadual. 
 
O ICMS está regido pela não cumulatividade (art. 155, §2, inciso I, da 
Constituição Federal [CF]), compensando o que for devido de cada operação 
com o montante cobrado nas operações anteriores de entrada. Além de não 
cumulativo, é seletivo em função da essencialidade das mercadorias (art. 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 21 
155, inciso III, CF), ou seja, quanto mais essencial for a mercadoria, menor 
será a incidência do imposto sobre ela. 
 
O controle dos saldos devedores e credores é feito por meio de livros fiscais 
(Livro Registro de Entrada, Livro de Registro de Saída e Livro de Apuração 
de ICMS), nos quais são registrados todos os documentos fiscais (notas 
fiscais) e o destaque do imposto. 
 
ICMS Substituição Tributária 
A substituição tributária é o regime pelo qual a responsabilidade do 
recolhimento passa para o outro contribuinte (substituto tributário). 
Modalidades de contribuintes: 
 
 Contribuinte substituto: é aquele eleito para efetuar a retenção e/ou 
recolhimento do ICMS. 
 Contribuinte substituído: é aquele que, em operações ou prestações 
antecedentes ou concomitantes, é beneficiado pelo diferimento do imposto e 
nas operações ou prestações subsequentes sofre a retenção. 
 
A lei estadual determina a forma, o valor e a alíquota, bem como o contribuinte 
responsável pelo recolhimento do imposto. 
 
A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá 
de acordo específico celebrado pelos estados interessados. 
 
O contribuinte substituto para cálculo e recolhimento do ICMS da substituição tributária 
observará as normas da legislação da unidade da Federação de destino da mercadoria. 
As empresas que se encontram na forma de tributação do Simples Nacional estão 
obrigadas à escrituração do Livro de Inventários e do Livro de Registro de Entradas. 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 22 
Para as demais empresas que não recolhem o imposto unificado é de obrigação o Livro 
de Registro de Entrada, Livro de Registro de Saída e Livro de Apuração do ICMS. 
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
Devido por indústria ou equiparados, é um tributo indireto 
definido na CF em seu art. 153: 
“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados...” 
“§ 3º O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido 
em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; 
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados 
ao exterior...” 
Por ser seletivo em função da essencialidade, quanto mais essencial for o produto, 
menor deverá ser a incidência do imposto sobre ele. 
 
O IPI é não cumulativo, o que significa que ele pode incidir sobre a mesma mercadoria 
várias vezes durante seu processo produtivo/vendas. Assim como a sistemática do 
ICMS, é permitido o crédito, ou seja, é permitido que o contribuinte abata em cada 
operação tributada o imposto pago, creditado, na compra do insumo. 
 
É interessante atentar para o fato de que o IPI é um tributo calculado por fora, ou 
seja, sobre o valor da mercadoria constante da nota fiscal de venda na qual já está 
incluso o ICMS, aplicando-se a alíquota do imposto para determinar seu valor e o preço 
final da mercadoria (total nota fiscal). 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 23 
As pessoas jurídicas (lucro real, Simples Nacional) estão obrigadas à escrituração fiscal 
do IPI caso sejam contribuinte. 
 
ISS – Imposto sobre Serviço 
O imposto sobre serviço de qualquer natureza é de competência municipal, instituído 
pela CF, art. 156, inciso III, e pela Lei Complementar 116/2003. 
 
Reguladopelo município, é necessário consultar a legislação municipal que define 
alíquota, prazo de recolhimento etc. Atualmente, a escrituração do ISS é feita de 
maneira eletrônica por intermédio de um sistema próprio da prefeitura em que todos 
os contribuintes devem fazer os registros fiscais e as apurações. 
 
Tributos Incidentes sobre o Faturamento 
PIS/Pasep e Cofins 
 
As contribuições do PIS/Pasep e Cofins são de competência da União e estão 
fundamentadas pela CF art. 195. São considerados contribuintes da Cofins e do 
PIS/Pasep as pessoas jurídicas e aquelas equiparadas pela legislação do Imposto de 
Renda. 
 
Existem duas modalidades para o cálculo mensal da Cofins e do PIS. A primeira é 
aplicada sobre a receita bruta e a segunda é destinada exclusivamente as pessoas 
jurídicas com base no lucro real, com a sistemática de não cumulatividade de que 
tratam as Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, com alteração pela Lei 10.865/2004. 
Quanto à base de cálculo, é considerada base de cálculo a receita bruta da pessoa 
jurídica independentemente da classificação (operacional ou não operacional), sendo 
excluídas as previstas (Lei 9.718/98), como, por exemplo: 
 
- Vendas canceladas e descontos incondicionais. 
- IPI destacado nas notas fiscais e ICMS cobrado pelo vendedor na condição de ST 
(Substituição Tributária). 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 24 
- A receita decorrente da venda de bens do Ativo Imobilizado. 
- Receitas de exportação de mercadoria ao exterior e outras. 
 
PIS/Pasep – Não Cumulativo 
A Lei 10.637/2002 acaba com a cumulatividade do PIS/Pasep para as empresas 
optantes pela tributação do lucro real. Essa contribuição passa a ser calculada a 
alíquota de 1,65% sobre o faturamento mensal da empresa. 
 
Cofins – Não Cumulativo 
A partir da Lei 10.833/2003, as empresas optantes pelo lucro real acabam com a 
cumulatividade do Cofins, sendo, então, essa contribuição calculada a alíquota de 
7,60% sobre o faturamento da pessoa jurídica. 
 
Com essa alteração, a pessoa jurídica passa a descontar créditos mediante a alíquota 
de 1,65% (PIS) e 7,60% (Cofins) sobre o valor de: 
 
- Bens adquiridos no mês para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos 
produtos adquiridos aos quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora (ST) 
ou submetidos à incidência monofásica. 
- Bens e serviços adquiridos no mês utilizados como insumo na fabricação de produtos 
destinados a venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes. 
- Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, incorridos no mês e pagos a pessoa 
jurídica, utilizados na atividade da empresa. 
- Encargos de depreciação de máquinas e equipamentos adquiridos para utilização na 
fabricação de produtos destinados à venda, bem como outros bens incorpóreos no 
ativo imobilizado. 
- Encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em imóveis de 
terceiros, quando o custo, inclusive o de mão de obra, tenha recebido suporte da 
locatária. 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 25 
- Dos bens recebidos no mês em devolução, cuja receita de venda tenha integrado 
faturamento do mês ou de mês anterior e tributada conforme o disposto na Lei 
10.637/2002. 
- Da Energia Elétrica consumida no mês no estabelecimento da pessoa jurídica; e etc. 
conforme art. 3o da Lei 10.637/2002 e art. 3o da Lei 10.833/2003. 
 
Auditoria Fiscal pelo Lucro Real 
 
De caráter corretivo ou preventivo, a auditoria fiscal analisa os procedimentos 
adotados com o objetivo de verificar acúmulos de contingências fiscais e tributárias e 
possíveis vantagens fiscais que não estão sendo aproveitadas. 
 
Em empresas do lucro real são feitas revisões dos cálculos dos tributos diretos 
(impostos sobre a renda e contribuição social) e indiretos (ICMS, IPI, ISS etc.) e 
verifica se os processos atendem à legislação vigente. 
A apuração do lucro real é feita na parte A do Lalur com adições e exclusões ao lucro 
líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e das compensações 
de prejuízo fiscais autorizadas de acordo com a Instrução Normativa 28/78 e demais 
atos posteriores. 
 
Limitação da Compensação de Prejuízo Fiscal e da Base Negativa da Csll – 
Lucro Real Anual ou Trimestral 
 
A legislação do Imposto de Renda estabelece que a compensação de prejuízo fiscal 
apurado em exercício anterior, devidamente registrado (Lalur), está limitado a 30% 
do lucro líquido anual ajustado e ainda ficará extinta no prazo de 4 anos a contar a 
partir do ano seguinte ao da apuração. 
 
Então, se uma pessoa jurídica apurou em ano anterior 180.000,00 de prejuízo e no 
ano apurou lucro de R$ 100.000,00, poderá compensar 30% do lucro desse ano, ou 
seja, compensa R$ 30.000,00. 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 26 
Assim, a pessoa jurídica vai pagar IRPJ e CSLL sobre R$ 70.000,0 (100.000,00 – 
30.000,00). 
 
O lucro real trimestral deverá a cada trimestre levantar o balanço acumulado e apurar 
o Imposto de Renda e a CSLL sobre o lucro líquido. 
 
Lucro real anual compreende o período de janeiro a dezembro, sendo que a empresa 
deverá pagar mensalmente o imposto de renda e a CSLL por estimativa com base na 
receita bruta ou no balancete de suspenção. 
 
A alíquota do Imposto de Renda em vigor no ano-calendário é de 15% sobre o lucro 
apurado. 
 
Adicional 
A parcela de lucro que exceder o resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo 
número dos meses do respectivo período de apuração se sujeita à incidência da 
alíquota adicional de 10%. Isso também acontece com a apuração anual o que exceder 
a R$ 20.000,00. 
 
CSLL 
A CSLL é aplicada à base de cálculo e à alíquota da sua legislação: 
- Quinze por cento para pessoas jurídicas de seguros privados, capitalização e das 
referidas nos incisos I a IV, IX e X do §1o do art. 1o da Lei Complementar 105/2001. 
- Nove por cento no caso das demais pessoas jurídicas. 
Há duas maneiras para apuração da CSLL para as empresas optantes do lucro real 
anual: com base no faturamento mensal ou balanço e balancete de suspenção ou 
redução acumulados mensalmente, devendo a opção ser igual à do IRP. 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 27 
Auditoria Fiscal no Lucro Presumido 
A opção do lucro real ou presumido se dá pelo pagamento da primeira cota de qualquer 
um dos regimes e lembrando que a opção que escolher para o IRPJ é a mesma para 
a CSLL. 
 
Em relação ao PIS/Cofins, se a pessoa jurídica optar pelo lucro presumido, recolhe os 
percentuais de PIS e Cofins, respectivamente, de 0,65% e 3,0%. 
 
A base de cálculo do Imposto de Renda para o lucro presumido em cada trimestre será 
determinada mediante a aplicação dos percentuais fixados de acordo com a atividade 
da pessoa jurídica sobre a receita bruta no trimestre. 
 
Os coeficientes fixados pelo art. 15 da Lei 9.249/1995 para a aplicação sobre a receita 
bruta da atividade são: 
 
“Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será 
determinada mediante a aplicação do percentual de 8% 
(oito por cento) sobre a receita bruta auferida 
mensalmente, observado o disposto no art. 12 do Decreto-
Lei 1.598, de 26 de dezembro de 1977, deduzida das 
devoluções, vendas canceladas e dos descontos 
incondicionais concedidos, sem prejuízo do disposto 
nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei 8.981, de 20 de janeiro de 
1995. (Redação dada pela Lei 12.973, de 
2014) (Vigência) 
 § 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que 
trata este artigo será de: 
 I - um inteiro e seis décimos por cento, para a 
atividade de revenda, para consumo, de combustível 
derivado de petróleo,álcool etílico carburante e gás 
natural; 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 28 
 II - dezesseis por cento: 
 a) para a atividade de prestação de serviços de 
transporte, exceto o de carga, para o qual se aplicará o 
percentual previsto no caput deste artigo; 
 b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso 
III do art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 
observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida 
Lei; 
 III - trinta e dois por cento, para as atividades 
de: (Vide Medida Provisória 232, de 2004) 
 a) prestação de serviços em geral, exceto a 
de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, 
patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e 
citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias 
clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja 
organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda 
às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – 
Anvisa; (Redação dada pela Lei nº 11.727, de 2008) 
 b) intermediação de negócios; 
 c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, 
móveis e direitos de qualquer natureza; 
 d) prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, 
seleção de riscos, administração de contas a pagar e a 
receber, compra de direitos creditórios resultantes de 
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços 
(factoring). 
 e) prestação de serviços de construção, recuperação, 
reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura 
vinculados a contrato de concessão de serviço 
público. (Incluído pela Lei 12.973, de 2014) (Vigência) 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 29 
 § 2º No caso de atividades diversificadas será 
aplicado o percentual correspondente a cada atividade. 
 § 3º As receitas provenientes de atividade incentivada 
não comporão a base de cálculo do imposto, na proporção 
do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime 
de tributação com base no lucro real, fizer jus”. 
A alíquota do imposto devido a cada trimestre é de 15% 
sobre a base de cálculo e no lucro real tem o adicional de 
10% ao o que exceder o resultado da multiplicação de 
R$20.000,00 pelos respectivos números de meses do 
período de apuração. 
É permitida a dedução do Imposto de Renda devido por: 
- Imposto de Renda retido sobre receitas que integram a 
base de cálculo. 
- Imposto de Renda retido por órgãos públicos. 
- Imposto de Renda pago incidente sobre rendimentos e 
ganhos no mercado de renda fixa e variável. 
CSLL 
As pessoas jurídicas tributadas na forma do lucro presumido devem apurar e pagar a 
CSLL trimestralmente com alíquota de: 
 
- Quinze por cento no caso das pessoas jurídicas de seguro privados, das de 
capitalização e das instituições financeiras. 
 
- Nove por cento no caso das demais pessoas jurídicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 30 
Bibliografia 
 
BRASIL. Simples Nacional. Disponível em: 
<https://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/>. Acessado em: 27 abr. 
2016. 
 
BRASIL. Lucro Presumido. Disponível em: 
<https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/perguntas-e-respostas-pessoa-
juridica-2016-arquivos/capitulo-xiii-irpj-lucro-presumido-2016.pdf>. Acessado em: 03 
maio 2016. 
 
BRASIL. Lucro Real. Disponível em: 
<https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/perguntas-e-respostas-pessoa-
juridica-2016-arquivos/capitulo-vi-irpj-lucro-real-2016.pdf>. Acessado em: 12 maio 
2016. 
 
CREPALDI, S. A. Auditoria fiscal e tributária. São Paulo: Saraiva, s/d. 
 
OLIVEIRA, G. P. Contabilidade tributária. 4. ed. São Paulo: Saraiva, s/d. 
 
OLIVEIRA, L. M., CHIEREGATO, R., PEREZ JUNIOR, J. H., GOMES, M. B. Manual de 
contabilidade tributária. 4. ed. 2005 São Paulo: Atlas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 31 
Anexo 
A ITG 2000 foi alterada e consolidada em 5.12.14 como ITG 2000 (R1). A 
versão atual está disponível em “Normas Específicas” no seguinte endereço: 
 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Normas brasileiras de Contabilidade. 
Disponível em: 
<http://www.portalcfc.org.br/coordenadorias/camara_tecnica/normas_brasileiras_de
_contabilidade/>. Acesso em 24 abr. 2017. 
 
 
RESOLUÇÃO CFC 1.330/11 
Aprova a ITG 2000 – Escrituração Contábil. 
 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de 
suas atribuições legais e regimentais, e com fundamento no disposto na alínea “f” do 
art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, 
 
RESOLVE: 
Art. 1º Aprovar a ITG 2000 – Escrituração Contábil. 
Art. 2º Revogar as Resoluções CFC n.ºs 563/83, 596/85, 597/85, 
612/85, 684/90, 685/90, 790/95, 848/99 e 1.115/07, publicadas no D.O.U., Seção 1, 
de 30/12/83, 29/7/85, 29/7/85, 21/1/86, 27/8/91, 27/8/91, 18/12/95, 12/7/99 e 
19/12/07, respectivamente. 
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 
Brasília, 18 de março de 2011. 
 
 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 32 
Contador Juarez Domingues Carneiro 
Presidente 
 
 
Ata CFC nº 948 
 
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE 
ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
 
 
 
Índice Item 
OBJETIVO 1 
ALCANCE 2 
FORMALIDADES DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 3 – 36 
Livro diário e livro razão 14 – 19 
Escrituração contábil de filial 20 – 25 
Documentação contábil 26 – 28 
Contas de compensação 29 – 30 
Retificação de lançamento contábil 31 – 36 
 
 
Objetivo 
 
1. Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela 
entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de 
qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de 
arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade. 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 33 
Alcance 
 
2. Esta Interpretação deve ser adotada por todas as entidades, independente da 
natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as 
exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver. 
 
Formalidades da escrituração contábil 
 
3. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de 
Contabilidade. 
 
4. O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às 
necessidades de informação de seus usuários. Nesse sentido, esta Interpretação 
não estabelece o nível de detalhe ou mesmo sugere um plano de contas a ser 
observado. O detalhamento dos registros contábeis é diretamente proporcional 
à complexidade das operações da entidade e dos requisitos de informação a ela 
aplicáveis e, exceto nos casos em que uma autoridade reguladora assim o 
requeira, não devem necessariamente observar um padrão pré-definido. 
 
5. A escrituração contábil deve ser executada: 
a) Em idioma e em moeda corrente nacionais; 
b) Em forma contábil; 
c) Em ordem cronológica de dia, mês e ano; 
d) Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou 
emendas; e 
e) Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em 
elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. 
 
6. A escrituração em forma contábil de que trata o item 5 deve conter, no mínimo: 
a) Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu; 
b) Conta devedora; 
 
 
AUDITORIA FISCAL ETRIBUTÁRIA 34 
c) Conta credora; 
d) Histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de 
histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro 
próprio; 
e) Valor do registro contábil; 
f) Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que 
integram um mesmo lançamento contábil. 
 
7. O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em 
ordem sequencial relacionado ao respectivo documento de origem externa ou 
interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos 
contábeis. 
 
8. A terminologia utilizada no registro contábil deve expressar a essência econômica 
da transação. 
 
9. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em 
forma não digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como: 
a) Serem encadernados; 
b) Terem suas folhas numeradas sequencialmente; 
c) Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou 
representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade 
regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. 
 
10. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em 
forma digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como: 
a) Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da 
contabilidade regularmente habilitado; 
b) Serem autenticados no registro público competente. 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 35 
11. Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, 
desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos 
e/ou abreviaturas no Livro Diário ou em registro especial revestido das 
formalidades extrínsecas de que tratam os itens 9 e 10. 
 
12. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos 
e demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do 
profissional da contabilidade legalmente habilitado. 
 
13. As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-
se com as assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do 
profissional da contabilidade legalmente habilitado. 
 
Livro diário e livro razão 
 
14. No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, 
clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e 
quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. 
 
15. Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize 
fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes Diários e 
Balanços”. 
 
16. No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua 
escrituração contábil, os formulários de folhas soltas, devem ser numerados 
mecânica ou tipograficamente e encadernados em forma de livro. 
 
17. Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de 
impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético 
autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade. 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 36 
18. Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais 
da escrituração contábil. 
 
19. A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão 
competente e por averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, 
sendo atribuição do profissional de contabilidade a comunicação formal dessas 
exigências à entidade. 
 
Escrituração contábil de filial 
 
20. A entidade que tiver unidade operacional ou de negócios, quer como filial, 
agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de escrituração 
descentralizado, deve ter registros contábeis que permitam a identificação das 
transações de cada uma dessas unidades. 
 
21. A escrituração de todas as unidades deve integrar um único sistema contábil. 
 
22. A opção por escrituração descentralizada fica a critério da entidade. 
 
23. Na escrituração descentralizada, deve ser observado o mesmo grau de 
detalhamento dos registros contábeis da matriz. 
 
24. As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, bem como 
entre estas, devem ser eliminadas quando da elaboração das demonstrações 
contábeis da entidade. 
 
25. As despesas e as receitas que não possam ser atribuídas às unidades devem ser 
registradas na matriz e distribuídas para as unidades de acordo com critérios da 
administração da entidade. 
 
 
 
 
AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA 37 
 
Documentação contábil 
 
26. Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam 
lançamentos na escrituração da entidade e compreende todos os documentos, 
livros, papéis, registros e outras peças, de origem interna ou externa, que apoiam 
ou componham a escrituração. 
 
27. A documentação contábil é hábil quando revestida das características intrínsecas 
ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas 
pelos “usos e costumes”. 
 
28. Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio 
magnético, desde que assinados pelo responsável pela entidade e pelo 
profissional da contabilidade regularmente habilitado, devendo ser submetidos 
ao registro público competente. 
 
Contas de compensação 
 
29. Contas de compensação constituem sistema próprio para controle e registro dos 
fatos relevantes que resultam em assunção de direitos e obrigações da entidade 
cujos efeitos materializar-se-ão no futuro e que possam se traduzir em 
modificações no patrimônio da entidade. 
 
30. Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regulador, a escrituração das 
contas de compensação não é obrigatória. Nos casos em que não forem 
utilizadas, a entidade deve assegurar-se que possui outros mecanismos que 
permitam acumular as informações que de outra maneira estariam controladas 
nas contas de compensação. 
 
 
 
 
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Retificação de lançamento contábil 
 
31. Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro realizado 
com erro na escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de: 
a) Estorno; 
b) Transferência; e 
c) Complementação. 
 
32. Em qualquer das formas citadas no item 31, o histórico do lançamento deve 
precisar o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem. 
 
33. O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-
o totalmente. 
 
34. Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta 
indevidamente debitada ou creditada, por meio da transposição do registro para 
a conta adequada. 
 
35. Lançamento de complementação é aquele que vem posteriormente 
complementar, aumentando ou reduzindo o valor anteriormente registrado. 
 
36. Os lançamentos realizados fora da época devida devem consignar, nos seus 
históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do registro extemporâneo.

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