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* * USO DO DIREITO “ALTERNATIVO” E “CRITICAS” * Muitas criticas ao Direito (Marx) e movimentos fizeram parte do Pensamento critico jurídico diversos movimentos surgem para mudar o quadro jurídico vigente no Brasil (fim século XX) vejamos algumas alternativas do chamado “Direito Alternativo” A analise de raiz marxista contrapõe a realidade social e a prática do “direito burguês” como defensor dos interesses da classe “proprietária dos meios de produção”. Para mudar esta situação temos duas correntes no Brasil: A que faz o “Uso alternativo do Direito” , cujos líderes são magistrados do sul do país e propõem utilizar o arcabouço legal da justiça, para tornar o mesmo mais flexível e ao lado dos desfavorecidos. O chamado “Direito alternativo” que propõe a construção de um “Novo direito” também chamado de “Insurgente” ou “Achado na rua” Não valorizam a ordem vigente. França aversão à juridicidade (enquanto nos EUA existe uma tendência contraria de judicializar todos seus conflitos) . Franceses recorrem cada vez mais a agencias de mediação evitando o recurso direto no Poder Judiciário. Itália criam (anos 60/70) jurisprudência alternativa com reflexos na Espanha. Definindo os alternativos Existe uma influência européia: * * As correntes de magistrados italianos por ideologia: Estrutral-funcionalistas conservadores; valorizam a ordem e a segurança jurídica; Conflitismo pluralista reformistas buscam mudanças no Poder Judiciário aprofundamento da democracia e do estado de direito. Conflitismo dicotômico do tipo marxista buscam conferir à magistratura uma função criadora construir uma sociedade mais igualitária. Na 1° proposta caberia aos juízes utilizar o DIREITO oficial vigente para colocar a JUSTIÇA “ao lado dos oprimidos” . No 2° caso ,o sujeito é a própria comunidade na luta pelos seus direitos e reinvidicações prestação de serviços jurídicos e criação de “DIREITO INSURGENTE” das classes oprimidas gestado fora do Estado, ou seja “inscrever novos direitos na perspectiva dos dominados.” No Brasil esta influencia adquire de certa forma uma ”subversão” da ordem jurídica: Para alguns à partir de dentro do Estado; tendo como centro e sujeito do movimento a própria magistratura; Para outros à partir de fora, mobilizando setores organizados da sociedade atores das lutas pelos seus direitos. (ex.;maior grau de educação para a população) Muitos encontros foram realizados e publicações sobre o tema.(I Encontro Internacional de Direito Alternativo - 1991) . “ Fundamentação /propostas direito positivado e instituído. Usando as contradições, ambivalências e lacunas do direito com vistas a criar espaços para: O avanço das lutas populares,e a democratização das normas: isto é buscar dentro do que é legal e instituído formas de alinhamento com os “desfavorecidos”. * * Em qualquer das propostas : não se acredita na neutralidade do direito e da justiça.Tampouco na negativa da lei(só a injusta) , já que esta é uma “conquista da humanidade”, sendo impossível viver em “sociedade sem normas” , quer elas sejam escritas ou não.Mas as leis devem ser “justas” e “comprometidas com a maioria da população.” Áreas de atuação da jurisprudência “Alternativa”: Âmbito penal ” o drama social tende a desembocar no crime” reforço da incriminação de crimes de corrupção ( contra o patrimônio público) desconsideração de pequenos delitos como vadiagem, prostituição e certos tipos de furtos;analise da questão das penitenciárias . (direitos humanos). Trabalhista e Civil maior proteção ao trabalhador e apoio ao direito de greve.Sentenças de defesa do consumidor (elo mais fraco) ,por exemplo a devolução de parcelas pagas e corrigidas. Setor agrário proteção à ocupação de latifúndios pelos “sem terras” (resistência do Judiciário na devolução das terras aos proprietários). Um “novo olhar do Direito”. A proposta é de optar por uma interpretação da lei comprometida com os grupos “excluídos” e “carentes”. O magistrado conta com o art. 5° da Lei de Introdução ao Código Civil ,que afirma: “Na interpretação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se destina e às exigências do bem comum” * * Direito “achado na rua” ” Um exemplo é o projeto da UnB cuja afirmativa de que “os ordenamentos jurídicos de alguma forma obstaculizam as aspirações legitimas da sociedade” . A idéia é que através da educação à distância ” se possa atuar com organizações como associações de bairro, sindicatos, comunidades religiosas, etc., para apoiar o novo direito como base do direito positivo e “para recuperar a justiça” Direito Alternativo: Direito Insurgente e Direito “achado na rua” Convicções: Necessário educar política e legalmente as classes populares para sua organização e conscientização; Necessário substituir o direito “oficial” vigente (que representa as “classes dominante”, assim como o Estado) por outro direito” autêntico oriundo da própria sociedade.” este sim representante das classes “oprimidas” Logo é necessário Nova Ordem Jurídica, Fora do Estado denominado “direito insurgente” onde privilegiam os Direitos Humanos e a carência dos setores “subalternos” e conforme dizem Faria e Capilongo a preocupação “é com as relações jurídicas praticadas no dia a dia das sociedades” e como “única forma de recuperar a justiça”. Muitas decisões consideradas “polêmicas” (implementadas no sul) foram incorporadas à jurisprudências e a proposta perde seu aparente radicalismo. * * Lutas do novo direito: Questionamento dos valores; criação de uma ética política libertadora, com racionalidade emancipação e com base em uma práxis comunitária; Redescoberta do novo sujeito histórico; Reconhecimento de movimentos sociais e práticas estudo de fontes do pluralismo jurídico. A maior critica é que a recusa do direito positivado pode levar a equívocos e causar prejuízos à própria população. Críticas e respostas ao Direito Alternativo: Autores consideram que nem todo “direito burguês deve ser desprezado, pois temos avanços na Constituição de 88” “fundamentos da cidadania, proposta de erradicação da pobreza e redução das desigualdades sociais”. Além “do direito á educação, á saúde, ao trabalho e lazer.” (Baldez) Funcionamento? Diferenças existem no interior do direito oficial.”Os direitos civis e políticos já estariam protegidos pelo direito positivo” (Luciano Oliveira) trata-se de sua implementação. Outros discordam, pois na área socioeconômica , trata-se sim de criar Novos Direitos e os meios. Levantada a hipótese da não garantia de que este Novo Direito teria uma pratica “liberadora”, podendo reproduzir os problemas graves da justiça oficial e outros da realidade. A proposta seria a criação de mais direitos sociais para os desfavorecido e implementar estes e os já existentes. Ferreira, Guanabara e Jorge – Pensamento Boaventura Souza Santos sobre Pluralismo Jurídico - Curso de Sociologia Jurídica - cap. 11e cap.8 – Video da -UNB * *
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