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INDICADORES 
 
1. Descreva e dê exemplo de um indicador utilizado para: análise da realidade 
regional; para a gestão das águas; para estudos de mobilidade e para a gestão 
de​ ​resíduos​ ​sólidos. 
 
Análise da realidade regional: ​IDHAD - Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à 
Desigualdade: O IDHAD aparece em 2010 para computar as perdas ao nível do 
desenvolvimento humano impostas pela existência de desigualdades nacionais em cada 
uma​ ​das​ ​três​ ​dimensões​ ​do​ ​IDH. 
- Expectativa​ ​de​ ​vida​ ​ao​ ​nascer 
- Anos​ ​médios​ ​de​ ​estudo 
- Anos​ ​esperados​ ​de​ ​escolaridade 
- Produto​ ​Interno​ ​Bruto​ ​per​ ​capita 
- Medida​ ​de​ ​Desigualdade 
 
Além​ ​disso,​ ​outros​ ​indicadores​ ​de​ ​análise​ ​para​ ​a​ ​realidade​ ​regional​ ​são: 
- Participação​ ​da​ ​cidade/estado​ ​na​ ​economia​ ​da​ ​região 
- Índice​ ​de​ ​desemprego 
- Renda​ ​por​ ​gênero​ ​e​ ​raça 
- Tempo​ ​habitual​ ​de​ ​deslocamento​ ​para​ ​o​ ​trabalho 
- Famílias​ ​atendidas​ ​pelo​ ​bolsa​ ​família 
- Total​ ​de​ ​conflitos​ ​registrados 
- Densidade​ ​populacional 
- índice​ ​de​ ​urbanização 
 
Fonte: 
http://www.observatoriosocial.org.br/desenvolvimentoregional/analise-por-regiao/sudeste-2/ 
 
Gestão​ ​das​ ​águas:​ ​​Indicadores​ ​no​ ​planejamento​ ​do​ ​Território​ ​-​ ​Metodologia​ ​ICES/BID: 
 
- Porcentagem​ ​de​ ​moradias​ ​com​ ​conexões​ ​domiciliares​ ​à​ ​rede​ ​de​ ​água​ ​da​ ​cidade 
- Consumo​ ​anual​ ​de​ ​água​ ​per​ ​capita 
- Continuidade​ ​do​ ​Serviço​ ​de​ ​água 
- Qualidade​ ​da​ ​água 
- Água​ ​não​ ​contabilizada 
- Número​ ​remanescente​ ​de​ ​anos​ ​de​ ​saldo​ ​hídrico​ ​positivo 
 
Mobilidade Urbana: ​Indicador de transporte de média e alta capacidade por residente​, ou 
RTR (da sigla em inglês para Rapid Transit to Resident). O RTR é calculado pela razão 
entre a extensão total da rede de transporte de média e alta capacidade e a população em 
aglomerações urbanas com mais de 500.000 habitantes, expresso em quilômetros 
existentes​ ​para​ ​cada​ ​um​ ​milhão​ ​de​ ​habitantes. 
 
Resíduos sólidos: SINIR, baseado no SNIS… é o Sistema Nacional de Informações sobre 
a​ ​Gestão​ ​de​ ​Resíduos​ ​Sólidos. 
 
 
2. Exemplifique uma situação em que, baseado em um indicador de resultados 
médios que se apresenta favorável, posso chegar a conclusões distorcidas 
sobre​ ​o​ ​quadro​ ​real. 
 
A análise por meio de resultados médios da mortalidade infantil, PIB e renda 
apresentam conclusões distorcidas do quadro real pois mascaram a gravidade da situação 
desfavorável. 
 
3. Algumas vezes eu posso utilizar a estatística das médias, para obter um 
indicador que busca caracterizar uma situação existente. Em que tipo de 
situação esses resultados médios são adequados? Em que tipo de situação é 
necessário recorrer às estatísticas dos extremos, ou seja, devo analisar a 
probabilidade​ ​de​ ​ocorrência​ ​de​ ​um​ ​fenômeno​ ​extremo? 
 
É necessário recorrer à estatística dos extremos quando o impacto negativo é muito 
mais relevante comparado a eventos normais como por exemplo, acidentes. A estatística 
da média é bem utilizada para casos onde o custo econômico/social dos eventos extremos 
não ultrapassa o custo da infraestrutura de sua precaução. Um exemplo é o planejamento 
de equipamentos urbanos sociais como por exemplo escolas, onde é possível planejar a 
quantidade desses equipamentos utilizando-se a densidade populacional, que trata-se de 
uma​ ​estatística​ ​de​ ​médias. 
 
 
4. Dê um exemplo e explique uma situação em que posso fazer a análise com a 
utilização da estatística das médias. Exemplifique e explique uma situação em 
que​ ​é​ ​necessário​ ​analisar​ ​os​ ​casos​ ​extremos. 
Estatísticas das médias: é necessário considerar a desigualdade nos resultados, no 
entanto​ ​a​ ​média​ ​consegue​ ​apresentar​ ​um​ ​cenário​ ​geral​ ​da​ ​situação​ ​abordada: 
- Análise​ ​do​ ​índice​ ​de​ ​nutrição 
- Análise​ ​da​ ​mortalidade​ ​infantil 
- PIB 
- Renda 
Análise​ ​de​ ​casos​ ​extremos: 
- Uma​ ​mangueira​ ​de​ ​freio​ ​precisa​ ​ser​ ​testada​ ​sob​ ​casos​ ​extremos​ ​pois 
- Presença​ ​de​ ​veneno​ ​na​ ​água 
- Distração​ ​ou​ ​sonolência​ ​no​ ​trânsito 
 
 
5. A desigualdade afeta as políticas públicas e as políticas públicas podem ter 
forte​ ​influência​ ​nas​ ​desigualdades.​ ​Explique​ ​e​ ​dê​ ​exemplos. 
 
Os indicadores de desigualdade servem de base para criação e implantação de políticas 
públicas, 
 
 
 
 
6. Analise por que é importante medir as desigualdades. Dê um exemplo aplicado 
a​ ​um​ ​caso​ ​de​ ​planejamento​ ​regional​ ​ou​ ​de​ ​cooperação​ ​intermunicipal. 
 
 
 
7. Explique​ ​o​ ​método​ ​GINI​ ​de​ ​avaliação​ ​de​ ​desigualdades​ ​de​ ​uma​ ​amostra. 
O Coeficiente de Gini é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico 
italiano ​Corrado Gini​, e publicada no documento "Variabilità e mutabilità"("Variabilidade e 
mutabilidade" em ​italiano​), em ​1912​. O Coeficiente de Gini consiste em um número entre 0 
e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade (no caso do rendimento, por exemplo, toda a 
população recebe o mesmo salário) e 1 corresponde à completa desigualdade (onde uma 
pessoa​ ​recebe​ ​todo​ ​o​ ​rendimento​ ​e​ ​as​ ​demais​ ​nada​ ​recebem). 
O índice de Gini é o coeficiente expresso em pontos percentuais (é igual ao 
coeficiente multiplicado por 100). O Coeficiente de Gini é amplamente utilizado em diversos 
campos de estudo, como a sociologia, economia, ciências da saúde, ecologia, engenharia e 
agricultura. Por exemplo, em ciências sociais e economia, além do coeficiente de Gini 
relacionado à renda, estudiosos publicaram coeficientes relacionados à educação e 
oportunidades. 
 
8. Explique a comparação de decis e quartis, para análise das desigualdades de 
uma​ ​amostra. 
Além da apresentar os resultados médios, apresenta-se a relação entre os 
resultados dos 25%(quartis) ou 10% (decis) que apresentam maiores valores e os 25% 
(quartis)​ ​e​ ​10%​ ​(decis)​ ​​ ​que​ ​apresentam​ ​menores​ ​valores. 
 
 
9. Algumas vezes um determinado indicador, levantado para todo o município, 
não consegue mostrar as grandes diferenças espaciais encontrada naquele 
mesmo município. Torna-se muito importante levantar os dados deste mesmo 
indicador para as menores unidades espaciais para os quais a informação está 
disponível. Dê exemplo de um indicador que tem essas características e 
também​ ​de​ ​um​ ​indicador​ ​em​ ​que​ ​a​ ​diferenciação​ ​espacial​ ​não​ ​é​ ​significativa. 
 
- Indicador de renda - dentro de um município, pode haver grandes diferenças de 
renda​ ​dependendo​ ​da​ ​localização​ ​de​ ​um​ ​bairro​ ​por​ ​exemplo. 
- índice pluviométrico - dependendo do tamanho da cidade, a pluviometria pode ser 
considerada a mesma para toda a região, pois não há grande diferenciação 
espacial. 
 
 
 
 
10. Há situações em que a análise da variação da própria amostra é importante. 
Por exemplo, pode não ser suficiente analisar o PIB per capita, sendo 
necessário avaliar também como é a variação deste PIB, que dá origem ao 
resultado médio. Dê outros exemplos de indicadores que têm as mesmas 
características. 
- Índice pluviométrico: é interessante entendera variação da pluviometria e 
não​ ​apenas​ ​a​ ​sua​ ​média. 
- Mortalidade infantil: entender a variação deste indicador faz com que uma 
análise​ ​de​ ​causas​ ​possa​ ​ser​ ​feita. 
 
 
 
11. Em alguns casos a obtenção de um indicador com resultados problemáticos 
deve ser acompanhada da análise de causas do resultado ou de tendências de 
modificação deste cenário. Dê exemplos práticos de situações em que essa 
análise​ ​complementar​ ​é​ ​importante​ ​ou​ ​necessária. 
 
 
 
 
12. Levantar indicadores de forma detalhada, para as distintas unidades espaciais, 
com análise de dispersão e outras formas de avaliação de desigualdades é, em 
muitos casos, um procedimento complexo e caro. Como contornar essa 
dificuldade? 
 
 
 
LEITURA​ ​DO​ ​TERRITÓRIO 
 
1. Tome o caso de um sistema de infraestrutura como base e explique, através de 
exemplos, as partes central, arterial e capilar constituintes desse sistema. 
Quais as partes que usualmente precisam de algum tipo de solução que 
ultrapassa​ ​os​ ​limites​ ​físicos​ ​territoriais​ ​do​ ​município? 
 
Tomando o exemplo do sistema de abastecimento de água, pode-se considerar as 
estações de tratamento de água e os mananciais de captação como centrais, os 
reservatórios e adutoras de água tratada como arteriais, e a malha de distribuição para os 
domicílios como capilar. Em geral, os processos envolvidos nas partes central e arterial 
requerem uma solução que ultrapassa a escala de administração do limite físico territorial 
do​ ​município. 
No exemplo citado, os mananciais e sistemas produtores de água estão inseridos 
em bacias hidrográficas que não se restringem a limites municipais, e também abastecem 
populações de mais de um município. Naturalmente, as adutoras também ultrapassam os 
limites territoriais de um município para conectar a população ao sistema de produção de 
água. Sendo assim, os problemas de operação, manutenção e também da preservação do 
manancial​ ​são​ ​pertinentes​ ​a​ ​mais​ ​de​ ​um​ ​município. 
O sistema de transporte público também pode ser compreendido pelo sistema de 
partes central, arterial e capilar, podemos considerar os principais destinos e terminais 
centrais como partes centrais do sistema, os modos de média e alta capacidade, junto com 
terminais de transbordo, como partes arteriais, que levam às partes centrais e as partes 
capilares como linhas que atendem esses modos de média e alta capacidade e terminais de 
transbordo. Com as dinâmicas intermunicipais temos que muitas vezes as partes centrais e 
arteriais extrapolam limites administrativos e demandam soluções que extrapolam limites 
territoriais​ ​físicos. 
 
 
2. Para que o sistema de infraestrutura funcione adequadamente são necessários 
o planejamento e adequada conexão de cada uma de suas partes. Dê 
exemplos de um sistema de infraestrutura que não funciona adequadamente 
por inexistência ou insuficiência de uma de suas partes. O planejamento 
regional​ ​e​ ​a​ ​cooperação​ ​intermunicipal​ ​pode​ ​interferir​ ​nesses​ ​resultados? 
 
O sistema de transporte público apresenta, entre suas falhas, uma desconexão entre 
a estrutura central - transporte de massa, como trens e metrôs, operados pelo governo do 
estado - e as estruturas arteriais - como corredores de ônibus, geralmente operados pelos 
municípios, mas em alguns casos pelo estado -, quando existem, e destes com os sistemas 
arteriais. Isso se mostra na não integração tarifária, por exemplo. Somente a cooperação 
entre​ ​os​ ​municípios​ ​da​ ​RMSP​ ​poderia​ ​resultar​ ​e​ ​políticas​ ​equitativas​ ​de​ ​integração. 
O sistema de saneamento básico apresenta falhas entre as suas partes, sob o 
exemplo da drenagem temos que a microdrenagem e a macrodrenagem muitas vezes não 
são planejadas em conjunto, ou que, obras realizadas em um município não consideram a 
bacia hidrográfica e portanto causam danos à jusante, em outro município; sob o exemplo 
do esgotamento sanitário, temos que as partes capilares (coletores residenciais) não se 
unem à parte arterial (coletores tronco) levando às partes centrais (ETEs), existindo uma 
rede fragmentada e desconectada. O planejamento regional e a cooperação intermunicipal 
pode auxiliar no planejamento e execução das ações pois respondem melhor à lógica 
desses​ ​sistemas. 
 
3. Em muitos casos o bom funcionamento de um sistema de infraestrutura 
depende também do bom funcionamento de outros sistemas. No caso do 
saneamento, explique a dependência dos sistemas de manejo das águas 
pluviais, disposição de resíduos líquidos e disposição de resíduos sólidos, 
para a perspectiva de recuperação da qualidade dos cursos d’água. Você 
identifica​ ​algum​ ​outro​ ​sistema​ ​que​ ​também​ ​interage​ ​frente​ ​ao​ ​mesmo​ ​objetivo? 
A recuperação de corpos d’água passa pela qualidade da água. Em áreas urbanas, é 
impossível pensar na qualidade da água de rios, represas, etc., sem se falar da 
contaminação desses por esgoto não tratado e por resíduos sólidos dispostos 
incorretamente, visto que tais poluentes, líquidos ou sólidos, são despejados e/ou carreados 
para os córregos e rios. Por sua vez, a adequada drenagem de águas pluviais permitiria 
aumentar o tempo de concentração das bacias urbanas, reduzindo os impactos das 
enchentes​ ​na​ ​cidade​ ​e​ ​garantindo​ ​fluxo​ ​mínimo​ ​durante​ ​os​ ​períodos​ ​de​ ​seca. 
Outro sistema que interage com a qualidade dos cursos d’água é o de mobilidade urbana, 
uma vez que a malha rodoviária urbana na RMSP ocupa basicamente as margens e fundos 
de​ ​vale. 
 
4. Faça um croquis da sua área de estudo que possibilite entender as 
características topográficas e os destaques do relevo que ajudam a 
compreender a região, incluindo-se a descrição do caminho e destino das 
águas​ ​que​ ​ali​ ​escoam. 
 
 
5. Descreva e exemplifique, através de croquis, o uso do solo na sua área de 
estudo. 
 
 
6. Descreva e exemplifique, através de croquis, as principais estruturas de 
mobilidade na sua área de estudo, incluindo-se a descrição e localização dos 
principais​ ​polos​ ​geradores​ ​de​ ​viagens. 
 
 
7. Explique por que é importante fazer a leitura do uso do solo e da topografia, 
mesmo​ ​se​ ​o​ ​foco​ ​do​ ​plano​ ​a​ ​ser​ ​proposto​ ​é​ ​a​ ​mobilidade. 
As diferentes características do território interagem de maneira dinâmica com impactos 
mútuos, de onde provém a importância de ler uma série de aspectos distintos para 
compreender os efeitos em maior ou menor grau sobre um setor interesse. O uso do solo e 
a topografia delimitam os potenciais de exploração dos recursos e serviços, e definem 
interesses e conflitos, transpassando os diversos sistemas de infraestrutura e prestação de 
serviços,​ ​incluindo​ ​a​ ​mobilidade. 
No caso, as formas de uso do solo irão definir os principais fluxos, de maneira a 
conectar setores residenciais, industriais, áreas rurais, entre outros, permitindo o 
escoamento de pessoas, serviços, matéria prima e produtos. Por sua vez, a demarcação de 
fluxos gera a demanda por infraestruturase serviços de mobilidade, sejam portos, rodovias, 
ferrovias,​ ​linhas​ ​de​ ​transporte​ ​coletivo. 
A topografia, por sua vez, impõe dificuldades, limitações e/ou potencialidades a 
serem consideradas pela infraestrutura e consequentemente os serviços de mobilidade. Os 
cursos d’água podem ser considerados barreiras a serem transpostas de forma a recortar o 
território e limitar a mobilidade, ou serem incorporados em infraestruturas de mobilidade tais 
como​ ​hidrovias. 
 
8. Explique por que é importante fazer a leitura do uso do solo, topografia e das 
estruturas​ ​de​ ​mobilidade,​ ​mesmo​ ​se​ ​o​ ​foco​ ​do​ ​estudo​ ​é​ ​a​ ​gestão​ ​de​ ​resíduos. 
As diferentes características do território interagem de maneira dinâmica com impactos 
mútuos, de onde provém a importância de ler uma série de aspectos distintos para 
compreender os efeitos em maior ou menor grau sobre um setor interesse. O uso do solo, 
topografia e estruturas de mobilidade delimitam os potenciais de exploração dos recursos e 
serviços, e definem interesses e conflitos, transpassando os diversos sistemas de 
infraestrutura​ ​e​ ​prestação​ ​de​ ​serviços,​ ​incluindo​ ​a​ ​gestão​ ​de​ ​resíduos. 
A topografia delimita os potenciais de uso do solo e das estruturas de mobilidade, 
estas, por sua vez, delimitam aspectos da produção de resíduos e sua necessidade de 
coleta e os próprios limites da coleta. Por sua vez, a topografia pode influenciar também as 
possibilidades de despejo dos resíduos, pensando-se, por exemplo, nos locais potenciais 
para​ ​se​ ​instalar​ ​um​ ​aterro​ ​sanitário. 
 
9. Explique por que é importante fazer a leitura do uso do solo, topografia e 
estruturas​ ​de​ ​mobilidade,​ ​mesmo​ ​se​ ​o​ ​foco​ ​do​ ​estudo​ ​é​ ​a​ ​gestão​ ​das​ ​águas. 
As diferentes características do território interagem de maneira dinâmica com impactos 
mútuos, de onde provém a importância de ler uma série de aspectos distintos para 
compreender os efeitos em maior ou menor grau sobre um setor interesse. O uso do solo, a 
topografia e as estruturas de mobilidade delimitam os potenciais de exploração dos 
recursos e serviços, e definem interesses e conflitos, transpassando os diversos sistemas 
de​ ​infraestrutura​ ​e​ ​prestação​ ​de​ ​serviços,​ ​incluindo​ ​a​ ​gestão​ ​das​ ​águas. 
No caso, o uso do solo define primeiramente o desenho da malha de abastecimento 
e coleta de efluentes, bem como suas dimensões conforme os interesses de uso. Além 
disso, um olhar sobre as desigualdades deve atentar sobre como as carências de habitação 
contribuem para a degradação dos mananciais e representa um desafio à gestão das 
águas. 
A topografia, por sua vez, estabelece dificuldades técnicas a serem previstas nas 
redes de abastecimento e coleta de efluentes, e delimita as bacias, os desafios de gestão 
de águas pluviais e de preservação dos corpos d’água. Por fim, a conexão entre as 
estruturas de mobilidade e a gestão das águas pode ser exemplificada pelo caso da Região 
Metropolitana de São Paulo, em que o modelo de rodovias de fundo de vale interfere na 
qualidade​ ​da​ ​água​ ​e​ ​nos​ ​problemas​ ​de​ ​drenagem​ ​da​ ​Bacia​ ​do​ ​Alto​ ​Tietê. 
 
 
FINANÇAS​ ​DOS​ ​MUNICÍPIOS 
 
1. As receitas públicas das 3 esferas de governo correspondem a 
aproximadamente 33% do PIB- Produto Interno Bruto. Descreva os impactos 
da crise nessas receitas nos dois últimos anos e como se distribuem 
percentualmente​ ​essas​ ​receitas,​ ​por​ ​esfera​ ​de​ ​governo. 
A​ ​crise​ ​impactou​ ​as​ ​receitas​ ​de​ ​dois​ ​modos​ ​diferentes.​ ​Pela​ ​redução​ ​da​ ​arrecadação 
e​ ​pelo​ ​aumento​ ​da​ ​demanda​ ​por​ ​serviços​ ​públicos,​ ​e​ ​por​ ​consequência,​ ​aumento 
das​ ​despesas.​ ​Isso​ ​se​ ​dá​ ​pela​ ​redução​ ​do​ ​poder​ ​de​ ​compra​ ​de​ ​parte​ ​da​ ​população, 
que​ ​deixa​ ​de​ ​poder​ ​pagar​ ​por​ ​serviços​ ​privados​ ​de​ ​educação,​ ​saúde,​ ​etc.,​ ​e​ ​passa​ ​a 
depender​ ​dos​ ​serviços​ ​públicos. 
A​ ​distribuição​ ​das​ ​receitas​ ​é:​ ​55%​ ​para​ ​a​ ​União,​ ​25%​ ​para​ ​os​ ​estados​ ​e​ ​20%​ ​para​ ​os 
municípios. 
 
2. Descreva a variação de receita municipal per capita, em função do número de 
habitantes- que faixa populacional tem as maiores receitas? Que faixa 
populacional tem as piores receitas per capita? Quais as referências de valor 
anual​ ​para​ ​os​ ​municípios​ ​com​ ​menor​ ​e​ ​maior​ ​receita? 
De um modo geral, a receita per capita aumenta conforme a população também aumenta. 
No entanto, o conjunto de municípios de até 10 mil habitantes fogem essa regra, 
apresentando a maior média de receitas entre todas as faixas populacionais. Isso se dá 
porque, embora seja uma regra que quanto maior a população, maior a arrecadação, no 
caso desses municípios muito pequenos, o contingente populacional é tão baixa, que 
mesmo​ ​pequenas​ ​receitas​ ​geram​ ​altos​ ​valores​ ​per​ ​capita. 
 
3. O que pode ser considerado custeio no âmbito das despesas municipais? Que 
parcela percentual média é utilizada em custeio pelos municípios? E com as 
despesas​ ​de​ ​pessoal? 
Em média, os municípios apresentam parcela percentual de 40,7% para custeio e 48,0% 
para pessoal. A despesa de custeio é oriunda de recursos destinados à manutenção de 
serviços, para atendimento de obras de conservação e adaptação de bens imóveis. 
Despesa com pessoal engloba toda a despesa corrente com pessoal e encargos sociais, 
exceto as sentenças judiciais, as de exercícios anteriores e as operações entre órgãos e 
inclui os gastos com aposentadorias, reformas, pensões e salários-família registrados em 
outras​ ​despesas​ ​correntes. 
 
4. A realidade das finanças município varia significativamente de região para 
região e também na mesma região, de município para município. Explique por 
que os municípios de menor população residente são mais dependentes das 
transferências​ ​de​ ​receita,​ ​ou​ ​seja,​ ​têm​ ​valores​ ​menores​ ​de​ ​receita​ ​própria. 
 
Uma das fontes de receita própria é o IPTU, quanto menor for o município, ou seja, 
quanto menor a população residente, menor a receita gerada por IPTU. Em municípios de 
até 10 mil habitantes, o IPTU participa de apenas 0,8% na receita do município. Outra fonte 
de receita é o ISS (Imposto sobre Serviços) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de 
Veículo Automotor) que são proporcionais aos prestadores de serviços e veículos presentes 
no​ ​município. 
 
5. Qual a origem principal dos recursos do FPM, que são transferidos pelo 
governo federal aos municípios? (indique a distribuição percentual 
aproximada​ ​dessas​ ​fontes​ ​de​ ​recursos). 
A origem dos recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é oriunda de 14% 
do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e 86% do IR (Imposto de Renda). 
Conforme mostra o gráfico abaixo, o FPM se constitui como importante fonte de recursos 
para​ ​os​ ​municípios​ ​de​ ​menor​ ​porte. 
 
 
 
6. Explique o que é o ICMS, qual o fato gerador que dá origem a sua arrecadação 
e qual sua participação percentual na composição das receitas dos municípios 
de população até 100 mil habitantes. Esse valor variasignificativamente de 
região​ ​para​ ​região​ ​do​ ​país? 
 
O ICMS é o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, um tributo de competência 
estadual, cujo fato gerador são as operações relativas à circulação de mercadorias, 
prestação de serviços, de transporte e de comunicação. Do total do ICMS líquido coletado 
pelo estado, 25% deve ser distribuído aos municípios, sendo que desses 25%, 75% deve 
ser distribuído conforme o valor adicionado de contribuição de cada município, e o restante 
deve se dar conforme lei específica estadual, podendo ser utilizado para política de 
redistribuição​ ​de​ ​renda. 
Sua composição nas receitas de municípios com população entre 50 mil até 100 mil 
habitantes é de cerca de 21% pela média nacional, mas este valor varia significativamente 
entre regiões, atingindo 14,4% no Norte e 26% no Sudeste. Esta desigualdade segue a 
tendência das desigualdades econômicas regionais, em que o Sudeste, concentrador de 
maior​ ​poder​ ​econômico​ ​distribui​ ​uma​ ​renda​ ​mais​ ​significativa​ ​nas​ ​receitas​ ​dos​ ​municípios. 
7. As receitas próprias têm grande importância nos municípios de maior 
população. Apresente os dois impostos que têm maior relevância nas receitas 
próprias municipais, explique o que é o fato gerador e qual a base de cálculo 
para​ ​cobrança​ ​destes​ ​dois​ ​impostos. 
Nas receitas próprias dos municípios maiores destacam-se dois impostos como de maior 
relevância, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto sobre Serviços), 
com participação respectiva de 9,9% e 19,4% para municípios acima de 500 mil habitantes. 
O fato gerador do IPTU é o imóvel e a base de cálculo é o valor venal do imóvel, a alíquota 
a ser aplicada é variável, podendo ser aumentada ou isentada, conforme a política urbana 
adotada. Já para o ISS o fato gerador é a prestação de serviços e a base de cálculo é o 
preço​ ​do​ ​valor​ ​do​ ​serviço​ ​prestado,​ ​a​ ​alíquota​ ​é​ ​calculada​ ​sobre​ ​o​ ​valor​ ​do​ ​serviço. 
 
8. Explique e analise a importância da política redistributiva de recursos, que 
permite aos municípios de menor população terem receitas per capita 
relativamente​ ​boas. 
 
 
9. Faça um paralelo da política redistributiva de recursos do FPM- Fundo de 
Participação dos Municípios com a concessão da previdência rural em função 
do tempo de trabalho no campo (baixa importância atribuída ao tempo de 
contribuição) e a elevação do valor do salário mínimo, ambos atualmente em 
risco. Como isto pode afetar o equilíbrio nos pequenos municípios e 
indiretamente​ ​atingir​ ​os​ ​municípios​ ​de​ ​maior​ ​população​ ​?

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