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Apostila_Cadeia_de_suprimentos.pdf

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CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 1 
 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 2 
ÍNDICE 
APRESENTAÇÃO 5 
AULA 1: GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 7 
INTRODUÇÃO 7 
CONTEÚDO 7 
A EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA 7 
CADEIA LOGÍSTICA INTEGRADA 9 
OPERAÇÕES DA LOGÍSTICA 11 
AUMENTO DO NÍVEL DE SERVIÇO AO CLIENTE 11 
REDUÇÃO E OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS 15 
CONFLITO: MARKETING X LOGÍSTICA 16 
SELEÇÃO E MANUTENÇÃO DE FORNECEDORES 17 
ATIVIDADE PROPOSTA 19 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19 
REFERÊNCIAS 20 
AULA 2: ESTRATÉGIAS DE NEGÓCIOS 21 
INTRODUÇÃO 21 
CONTEÚDO 22 
A IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO COMPRAS 22 
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DE COMPRAS 23 
PLANEJAMENTO DE COMPRAS 23 
FORMAS DE INTERAÇÃO DO FORNECEDOR (SINERGIA SAUDÁVEL) 26 
ETAPAS DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES 28 
CONCORRÊNCIA 30 
PROPOSTA 33 
NEGOCIAÇÃO 33 
ATIVIDADE PROPOSTA 34 
APRENDA MAIS 35 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 35 
REFERÊNCIAS 36 
AULA 3: PLANEJAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 37 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 3 
INTRODUÇÃO 37 
CONTEÚDO 38 
INTRODUÇÃO 38 
PLANEJAMENTO DE TRANSPORTE 40 
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 44 
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO LOGÍSTICOS 46 
ARMAZENAGEM 49 
SEPARAÇÃO E ENDEREÇAMENTO 53 
NATUREZA DAS CARGAS 54 
ESTOQUES 55 
INVENTÁRIOS 63 
ACURACIDADE 63 
TIPOS DE INVENTÁRIOS 63 
PROCESSOS QUE SUPRIMEM A NECESSIDADE DOS ESTOQUES 64 
PROCESSO DE ATENDIMENTO DE PEDIDOS 64 
PROCESSAMENTO DE PEDIDOS 68 
ATIVIDADE PROPOSTA 69 
APRENDA MAIS 70 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 70 
REFERÊNCIAS 71 
AULA 4: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 72 
INTRODUÇÃO 72 
CONTEÚDO 73 
INTRODUÇÃO 73 
LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 73 
ESTRUTURA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS 77 
PRINCIPAIS TECNOLOGIAS 79 
SISTEMA DE GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES - CRM 90 
SOP 90 
MATERIALS RESOURCE PLANNING – MRP 92 
APRENDA MAIS 92 
REFERÊNCIAS 92 
CHAVES DE RESPOSTA 93 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 4 
AULA 1 93 
ATIVIDADE PROPOSTA 93 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 93 
AULA 2 93 
ATIVIDADE PROPOSTA 93 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 94 
AULA 3 94 
ATIVIDADE PROPOSTA 94 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 94 
CONTEUDISTA 95 
 
 
 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 5 
Cadeia de suprimentos - Apostila 
Apresentação 
Atualmente, vivemos em um mundo cada vez mais competitivo, no qual o 
consumo é crescente e os clientes são mais exigentes. Não há disponibilidade 
de tempo nem tolerância a erros. 
 
Diante desse contexto, as empresas modernas são obrigadas a formar 
diferenciais em relação à concorrência, a fim de alavancar seus negócios. Por 
isso, produzem em larga escala e reduzem os custos, mas buscam a 
customização para dar destaque a seus produtos. 
 
Uma forma de sustentar esse processo de crescimento está na gestão 
adequada dos negócios empresariais, ou seja, na implementação da Supply 
Chain Management (SCM) ou cadeia de suprimentos. 
 
Essa rede permite a integração das ações entre diversas áreas da organização, 
agregando a esse ambiente dois atores de extrema importância: clientes e 
fornecedores. 
 
Através deste estudo, você conhecerá os conceitos que circundam essa cadeia, 
a fim de que possa entender os principais processos operacionais das 
empresas. 
 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
 Analisar a gestão da cadeia de suprimentos; 
 Praticar o processo de tomada de decisões empresariais e a construção 
de estratégias a partir de conhecimentos logísticos; 
 Definir os fatores-chave da cadeia de suprimentos; 
 Apontar a Tecnologia da Informação (TI) como elemento indispensável 
a essa rede de negócios; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 6 
 Identificar os principais obstáculos dessa cadeia e como podemos 
superá-los, gerenciando-a com sucesso. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 7 
Aula 1: Gestão da cadeia de suprimentos 
Introdução 
Você conhece o conceito de cadeia de suprimentos e sua importância para as 
empresas? 
 
Tratar desse assunto não é tarefa fácil, principalmente se considerarmos a 
complexidade da gestão dessa rede de negócios. 
 
Nesta aula, você terá a oportunidade de, ao menos, descobrir quais são os 
atores externos que a cadeia de suprimentos agrega à empresa e seu valor 
para o sucesso das organizações. 
 
Objetivos: 
 Definir cadeia de suprimentos; 
 Reconhecer sua importância na gestão empresarial moderna; 
 Identificar seus atores e seus fatores-chave. 
 
Conteúdo 
A Evolução da Logística 
Para darmos início a nosso estudo sobre a cadeia de suprimentos, precisamos 
entender em que contexto surgiu esse conceito. Vamos começar a partir da 
trajetória da área de Logística. 
 
O esquema a seguir representa essa evolução: 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 8 
 
 
Fragmentação (1960...) 
Até a década de 1980, a fase da fragmentação prevalecia nas empresas, ou 
seja, todas eram muito departamentalizadas. Cada departamento ou setor 
cumpria suas tarefas e operações sem se preocupar com as ações 
subsequentes. 
 
Integração parcial (1990...) 
Já na década de 1990, preocupadas com o melhor atendimento a seus 
clientes, as empresas iniciaram a fase de integração parcial, na qual os 
departamentos foram agrupados em dois blocos: administração de materiais e 
distribuição física. 
 
Mas ainda existiam diversos conflitos entre ambos os setores, o que 
ocasionava perda de energia nos processos empresariais. 
 
Integração total (2000...) 
A partir do ano 2000 e com a chegada da globalização, a concorrência entre as 
empresas aumentou, e a exigência da demanda tornou-se cada vez mais 
crescente. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 9 
Foi, então, iniciada a fase da integração total – momento em que surgiu o 
conceito de cadeia de suprimentos. Vamos entendê-lo melhor a seguir! 
 
Cadeia logística integrada 
A gestão da cadeia de suprimentos1 compreende um conjunto de ações 
que visam proporcionar a integração de todos os componentes de um negócio, 
direcionando-os a um único destino. 
 
Essa gestão é complexa na medida em que é composta por atores externos à 
empresa – fornecedores e clientes – e diferentes setores da própria 
organização, que, muitas vezes, restringem as operações, colocando seus 
interesses acima da proposta de sucesso da cadeia. 
 
A figura a seguir ilustra a cadeia de suprimentos e os fluxos que a circulam: 
 
Podemos verificar também os fluxos que circulam ao longo da cadeia: 
 
 
 
1 Gestão da cadeia de suprimentos 
Conceito cuja origem vem da expressão inglesa Supply Chain Management (SCM). Também 
chamada de cadeia logística integrada, trata-se do processo que consiste em gerenciar, 
estrategicamente, os fluxos de negócios – de informações, de materiais e financeiro – bem 
como as parcerias das empresas com seus fornecedores e clientes. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 10 
Fluxo de informações 
Este fluxo tem importância estratégica para a cadeia de suprimentos. Através 
do esquema, observamos que ele parte dos clientes, trazendo relevantes 
informações que realimentarão a cadeia. 
 
Fluxo de materiais 
Este fluxo parte dos fornecedores, que suprem a cadeia com os materiais 
necessários para a confecção ou fabricação dos produtos finais desejados 
pelos clientes – representantes da demanda. 
 
Fluxo financeiro 
Este fluxo pode partir dos clientes – através do recebimento de compras – ou 
de algum fornecedor financeiro – quando há obtenção de capital por meio de 
algum agente. 
 
 
Atenção 
 Ao longo da cadeia de suprimentos –que vai desde o fornecedor 
e a estrutura interna da empresa até o cliente –, observamos os 
seguintes fatores-chave: 
 Compras; 
 Armazenagem; 
 Estoques; 
 Transporte; 
 Processamento de pedidos. 
 
Tais parâmetros, que representam o foco principal dessa rede de 
negócios, são comuns a qualquer cadeia – seja esta referente 
aos fornecedores, à própria empresa ou aos consumidores. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 11 
Operações da Logística 
Como vimos anteriormente, o papel da Logística foi-se modificando com o 
passar dos anos até chegarmos à noção de cadeia de suprimentos. 
 
Agora, a referida área tem como principal função suprir essa rede, apoiando 
todas as operações durante a cadeia. Sendo assim, são objetivos da Logística: 
 Reduzir o custo global de produtos e serviços; 
 Gerar integração interna na empresa; 
 Oferecer preços transparentes ao cliente; 
 Obter altos giros de estoque; 
 Estabelecer integração com fornecedores; 
 Alcançar a qualidade desejada pelo cliente; 
 Definir e cumprir prazos; 
 Receber, monitorar e transmitir dados instantâneos e confiáveis. 
 
Essas operações devem ser previamente planejadas, a fim de colocar a 
empresa estrategicamente em lugar de destaque: em um mercado cada vez 
mais competitivo. 
 
Como resultado da adequada gestão da cadeia de suprimentos, tal 
planejamento vai ao encontro das duas funções estratégicas da Logística: 
 Aumentar o nível de serviço ao cliente; 
 Reduzir e otimizar os custos. 
 
Vamos entender melhor essas funções? 
 
Aumento do nível de serviço ao cliente 
Com a crescente conscientização dos clientes quanto a seu poder no mercado 
consumidor, as exigências tornam-se, a cada dia, mais complexas. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 12 
Se as empresas não estiverem preparadas para cumprir essas exigências, 
permanecerão em um plano inferior e perderão, gradativamente, seu market 
share – ou seja, sua participação no mercado. 
 
Disso resulta a importância de uma das funções estratégicas da área de 
Logística: aumentar o nível de serviço ao cliente2. 
 
Para adotar um planejamento adequado quanto ao nível de serviço que deve 
ser oferecido aos consumidores, a empresa precisa responder às seguintes 
perguntas: 
 O que o cliente realmente deseja? 
 Como quantificar suas preferências? 
 Como definir o nível de serviço correspondente a essa demanda? 
 Como implementá-lo na empresa? 
 Como monitorá-lo na operação – auditoria logística? 
 
Para saber o que o cliente realmente deseja e estabelecer uma política 
adequada de nível de serviço ofertado a ele, a empresa precisa fazer um 
estudo da demanda e entender seus comportamentos. 
 
Essa análise deve levar em consideração dois aspectos distintos. São eles... 
 
Os aspectos qualitativos – geralmente desenvolvidos pela área de 
Marketing – ajudam a empresa a descobrir COMO são seus clientes. Essa 
caracterização pode ser obtida através de questionários que buscam 
identificar: 
 Qual é a faixa etária e o nível de escolaridade do consumidor; 
 De quanto é sua renda; 
 
2 Nível de serviço ao cliente 
Todas as ações que visam proporcionar a fidelização de clientes – oferecendo-lhes 
vantagens, conforto e satisfação – e que geram o aumento do market share. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 13 
 Onde ele reside; 
 Quais são suas preferências etc. 
 
Já os aspectos quantitativos procuram determinar QUANTOS clientes a 
empresa pode alcançar. Em outras palavras, eles avaliam o tamanho da 
demanda a ser atendida e o verdadeiro potencial de venda da organização. 
 
Para obter essas informações, a empresa pode empregar diversos métodos – 
sejam estes matemáticos, históricos etc. 
 
Veja, agora, quais são os elementos do nível de serviço oferecido ao cliente: 
 
Elementos da pré-transação 
 Acessibilidade e confiabilidade do vendedor; 
 PREÇO; 
 Boa imagem no mercado; 
 Gama ampla de produtos; 
 Disponibilidade de estoque e de produtos na praça; 
 Oferta frequente de produtos novos; 
 Atendimento imediato do pedido quando recebido; 
 Datas de entrega almejadas. 
 
Elementos da transação 
 Status e acompanhamento dos pedidos; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 14 
 Situação das contraordens; 
 Falhas e atrasos no carregamento; 
 Substituições de produtos; 
 Alterações nas rotas; 
 Qualidade dos produtos; 
 Acesso à informação sobre estoque ao fazer o pedido; 
 Informações corretas sobre a data de entrega; 
 Frequência das entregas; 
 Condições de pagamento; 
 Faturamento correto – sem erros; 
 Disponibilidade de telemarketing. 
 
Elementos da pós-transação 
 Datas efetivas das entregas; 
 Retornos ou ajustes; 
 Tratamento adequado de devoluções e exceções; 
 Atendimento emergencial; 
 Serviços pós-venda3 de boa qualidade; 
 Disponibilidade de peças de reposição; 
 Atendimento a informações; 
 Pesquisa de cliente; 
 Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). 
 
 
3 Serviços pós-venda 
Entre os serviços pós-venda, podemos citar: 
 Instalação; 
 Montagem; 
 Consertos etc. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 15 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre o nível de serviço oferecido ao cliente, 
leia o seguinte texto: Nível de serviço – uma questão 
vital. 
 
Redução e otimização dos custos 
Vamos entender, agora, por que reduzir e otimizar os custos é uma das 
funções estratégicas da Logística, o que resulta em uma gestão adequada da 
cadeia de suprimentos. 
 
Como vimos anteriormente, a empresa precisa planejar muito bem o nível de 
serviço que será oferecido a seus clientes. Pelo menos três áreas da 
organização devem, em conjunto, concluir esse planejamento: Marketing, 
Logística e Comercial. 
 
Mas muitos conflitos clássicos impedem essa ação coletiva. Quer ver um 
exemplo? 
 
Normalmente, as áreas comerciais esperam que todos os produtos em estoque 
estejam sempre disponíveis para pronta entrega, o que realmente agradaria os 
clientes. 
 
Mas casos de estoques superlotados e de frotas de veículos 
superdimensionadas para atender a entregas em prazos muito curtos 
aumentam, substancialmente, os custos das empresas. Estamos diante de um 
impasse que precisa ser solucionado: 
 
Será que é possível manter uma relação saudável entre as áreas de Marketing 
– que elabora projetos – e Logística – que os operacionaliza? 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 16 
Conflito: Marketing x Logística 
Vamos entender melhor como funciona a relação entre as áreas de 
Marketing 4 e Logística 5 de uma empresa. Para dar conta dessa 
compreensão, analise a imagem a seguir: 
 
 
 
Observe que a ponta do iceberg representa os 4 P’s do Marketing: 
 PRODUTO; 
 Preço; 
 Promoção; 
 Ponto de venda. 
 
Mas, por trás dessas ações, existe toda uma estrutura logística – de 
suprimentos – que as suporta, de onde se originam os custos para a empresa. 
 
 
4 Marketing 
Área que cria ideias abstratas – fatores subjetivos. 
 
5 Logística 
Área que trata de problemas concretos, tais como aqueles que envolvem: 
 Estoques; 
 Frota; 
 Prazos de entrega etc. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 17 
Para que os negócios da organização obtenham êxito e mantenham-se 
competitivos no mercado, esses gastos precisam ser reduzidos ou otimizados. 
Por isso, devemos buscar soluções de consenso através da análise custos x 
benefícios6.Em outras palavras, é necessário haver equilíbrio entre o nível de serviço 
proposto pelo Marketing e os custos oriundos da estrutura montada pela 
Logística para sustentá-lo. Afinal: 
 
A integração entre essas áreas é determinante para o sucesso da 
empresa! 
 
Seleção e manutenção de fornecedores 
Além das funções estratégicas da Logística, outro aspecto fundamental para o 
sucesso da cadeia de suprimentos é a identificação dos fornecedores – atores 
tão importantes quanto os clientes. 
 
Para selecioná-los e mantê-los fiéis a seus negócios, as empresas precisam 
formar verdadeiras parcerias – o que chamamos de relação ganha-ganha. 
 
Você já deve ter ouvido este ditado: 
 
“Para ser bom, o negócio precisa beneficiar todas as partes nele 
envolvidas”. 
 
 
6 Análise custos x benefícios 
Um exemplo de análise que avalia os custos e os benefícios de determinado negócio pode 
incluir os seguintes questionamentos: 
 Devo manter depósitos próprios ou usar os de terceiros? 
 Preciso criar um Centro de Distribuição (CD) único ou manter depósitos regionais? 
 Tenho de operar com frota própria ou terceirizada? 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 18 
Nesse sentido, tanto empresa quanto fornecedor precisam ter uma 
lucratividade justa, ou seja, ambos precisam GANHAR retorno financeiro. 
 
Essa parceria deve ser perseguida pelas empresas com fornecedores 
importantes para a cadeia de suprimentos, tais como os de matérias-primas, 
insumos críticos e outros materiais que tragam complexidade para a rede de 
negócios da organização. 
 
Para que a sociedade a que nos referimos seja bem-sucedida, é necessário 
que haja uma relação de comprometimento e de interdependência entre as 
partes, o que trará benefícios quanto ao aspecto de nível de serviço ofertado 
ao cliente. 
 
Afinal, uma vez garantido o suprimento de materiais fundamentais ao negócio, 
os passos seguintes da cadeia serão assegurados. Dessa forma, a empresa 
pode cumprir o que prometeu ao consumidor. 
 
Além disso, há ganhos sob o ponto de vista dos gastos: a parceria entre 
organização e fornecedores permite a eliminação de várias atividades do 
processo natural de compras, o que corresponde a uma redução no custo de 
aquisição de produtos. 
 
Enfim, tanto os clientes quanto os fornecedores são membros importantes da 
cadeia de suprimentos. Por isso, precisamos conhecê-los e manter uma 
relação amigável com eles. 
 
Mas, considerando que ambos são atores externos ao contexto da empresa, 
essa tarefa não é nada fácil! Esperamos que este estudo o ajude a concretizá-
la! 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 19 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
 
Ao logo deste estudo, discutimos sobre a importância da adequação do nível 
de serviço oferecido aos clientes. Descreva seu entendimento sobre o assunto 
e aponte o real valor que as empresas devem dar a essa questão. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
São principais objetivos da Logística, EXCETO: 
 
a) Reduzir custos. 
b) Obter altos giros de estoques. 
c) Oferecer preços transparentes aos clientes. 
d) Integrar os membros da cadeia de suprimentos. 
e) Melhorar a condição da mão de obra empregada. 
 
 
Questão 2 
São elementos de transação do nível de serviço, EXCETO: 
 
 
a) Faturamento correto. 
b) Qualidade do produto. 
c) Condições de pagamento. 
d) Frequências das entregas. 
e) Serviço de Atendimento ao Consumidor. 
 
 
Questão 3 
A expressão ganha-ganha diz respeito ao processo de: 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 20 
a) Gestão dos estoques. 
b) Relação com Marketing. 
c) Seleção de fornecedores. 
d) Preparação para a produção. 
e) Contratação de mão de obra. 
 
 
Referências 
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: 
Bookman, 2001. 
 
BOWERSOX, D. J. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 21 
Aula 2: Estratégias de negócios 
Introdução 
É necessário que a cadeia de suprimentos da empresa esteja alinhada com as 
suas estratégias de negócio. Já determinada e conhecida a sua demanda, 
sabendo o que os clientes desejam da empresa no aspecto de 
produtos/serviço e já formada as parcerias com os principais fornecedores, 
entra em cena o processo de compras. 
 
Compras devem ser adotadas como uma das principais estratégias da 
empresa, pois despende se um capital bastante importante para suprir as 
necessidades da empresa. É importante ainda que as empresas adequem seus 
processos aos conceitos de sustentabilidade. 
 
Nesse aspecto, as compras devem ser mais cuidadosas envolvendo 
fornecedores que também compartilhem do mesmo conceito. 
 
Necessário se faz planejar, operacionalizar e controlar esse processo para o 
sucesso da cadeia de suprimentos, e para as estratégias traçadas pela 
empresa para alcançar seu objetivo, numa atualidade de concorrência acirrada 
e demandas cada vez mais exigentes. 
 
Vale aqui a observação de que não serão abordadas as compras no serviço 
público que são regidas pela Lei 8.883/94 de 08/06/94 e que trazem em seu 
escopo, atividades administrativas bastante diferentes da iniciativa privada. 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 22 
 Entender a importância do alinhamento da cadeia de suprimentos com 
as estratégias da empresa; 
 Adquirir os conceitos fundamentais do processo de compras; 
 Perceber como o processo de compras é estratégico e importante para 
a cadeia de suprimentos. 
 
Conteúdo 
A importância da função compras 
Podemos afirmar que a função / processo compras tem um fator estratégico e 
fundamental para a cadeia de suprimentos. É em compras que a cadeia inicia-
se, portanto, erros nesse processo vão trazer aumento de custos e até 
prejuízos logo na fase inicial da cadeia que chamamos de in bound, ou seja, o 
início do abastecimento. 
 
Podemos citar como aspectos principais para a importância de compras para 
as empresas: 
 
 A Globalização da economia, da produção, da competição, dos sistemas 
financeiros e comerciais; 
 A compressão do tempo disponível; 
 A competitividade crescente; 
 A utilização da TI; 
 A importância cada vez maior do cliente. 
 
Como considerações iniciais, podemos afirmar que o ato de comprar inclui as 
seguintes etapas: 
 
 Definir o que deve ser comprado e quanto deve ser comprado; 
 Verificação de fornecedores, preferencialmente locais, suas 
potencialidades e a possibilidade de parcerias; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 23 
 Quando não for o caso de parceria, efetuar concorrência para 
determinação do melhor fornecedor; 
 Aprovação do pedido depois de aceite das condições de fornecimento. 
 Acompanhamento do pedido; 
 Término do processo após recebimento do pedido. 
 
Objetivos estratégicos de compras 
Podemos citar como objetivos estratégicos do processo de compras, os 
seguintes fatores: 
 
 Garantir um fluxo contínuo na cadeia de suprimentos; 
 Adquirir materiais de forma econômica; 
 Incentivar a padronização e simplificação de materiais; 
 Considerar as limitações financeiras da empresa e a capacidade de 
armazenamento; 
 Minimizar o custo do processo aquisitivo; 
 Pesquisar, permanentemente o mercado fornecedor; 
 Manter relações de lealdade e respeito; 
 Pesquisar novos produtos; 
 Adquirir material em quantidades econômicas, sem faltas ou excessos. 
 
Planejamento de compras 
Fases do planejamentode compras: 
 
 Levantar com os clientes internos (produção, manutenção, operação, 
administração) as suas necessidades de material e serviços para o 
próximo ano e a médio e longo prazo; 
 Elaborar o cronograma de execução das quantidades a comprar; 
 Avaliar com o controlador de estoques as possibilidades de espaço físico 
no armazém nos próximos meses para a eventualidade de compras 
especulativas; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 24 
 Pesquisar os preços de materiais e serviços para elaborar o plano 
financeiro de compras; 
 Pesquisar alternativas que atendam as necessidades dos requisitantes; 
 Procurar engajar os fornecedores considerados leais ou parceiros nos 
esforços de planejamento. 
 
Vantagens do planejamento de compras: 
 As necessidades de compras poderão ser consideradas em conjunto 
para atender a diversos clientes internos; 
 Poderão ser obtidas as melhores condições de mercado, principalmente 
em relação a preço. 
 
Visão estratégica da gestão de compras: 
 Redução no custo dos materiais e serviços adquiridos 
 Redução no custo do processo de compra 
 Redução no tempo do ciclo da compra 
 Monitoramento sistemático dos gastos 
 Melhoria na qualidade e níveis 
 Equilíbrio financeiro do caixa da empresa. 
 
Fornecedores já não são parentes pobres 
A gestão eficiente das compras e um «outsourcing» inteligente serão no 
próximo século uma das vantagens competitivas mais cobiçadas, segundo um 
estudo da A.T.Kearney (1999). 
 
 
Como já sabemos, precisamos formar parcerias com os principais fornecedores 
da cadeia de suprimentos, fornecedores que nos supram de materiais/serviços 
importantes, como por exemplo, as matérias primas. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 25 
Para que essa parceria seja possível é preciso que haja um alinhamento das 
intenções, só assim se formará uma relação de interdependência entre cliente 
e fornecedor. 
 
Vamos eleger algumas das características fundamentais de um bom 
fornecedor: 
 
 Qualidade 
 Preço competitivo 
 Entregas pontuais 
 Organização 
 Estruturado 
 Habilidade no desenvolvimento de produto 
 Desenvolve produtos diferenciais 
 Íntegro (ÉTICO) 
 Confiável 
 Guarda informações confidenciais 
 Objetivos empresariais compatíveis com os do cliente 
 Esforça-se para resolução de conflitos 
 Compreende as negociações do cliente 
 Compartilha informações de mercado 
 Genuinamente preocupado com os negócios do comprador 
 Preocupa - se com as prioridades 
 Desenvolvimento tecnológico compatível com o exigido pelo comprador 
 
 
 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 26 
Formas de interação do fornecedor (sinergia saudável) 
Um bom fornecedor deve interagir com os seus clientes de forma em que a 
parceria firmada entre ambos seja duradoura e traga sucesso para o processo 
de compras. 
 
São quatro as principais interações que se pretende, entre comprador e 
fornecedor: 
 
1 - Novo produto 
Os fornecedores devem participar desde a fase de planejamento de novos 
produtos para a garantia do fornecimento dos materiais necessários. 
 
2. Pesquisa 
A experiência dos fornecedores em pesquisas de inovação e novas tecnologias 
devem ser aproveitadas. 
 
3. Novas oportunidades de negócios 
Os fornecedores podem ser bastante úteis na indicação de novos mercados 
que se apresentem favoráveis. 
 
4. Publicidade 
- Desenvolver estratégias conjuntas de publicidade 
- Informações técnicas 
- Informativos, jornais, congressos, sites na internet etc. 
 
A parceria com os fornecedores tem as funções de suprir corretamente os 
clientes a um custo justo. São alguns os principais objetivos dessa parceria: 
 
- Ganhar qualidade com o menor preço; 
- Tempo de ciclo de pedido, o mais curto possível; 
- Redução de custos; 
- Eliminação de desperdícios; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 27 
 - Melhoria do serviço, trazendo assim resultados produtivos para ambas as 
partes; 
- Reduzir as não conformidades. 
 
Algumas ferramentas importantes devem ser utilizada no processo compras 
com a finalidade de agilização, segurança e redução dos custos de aquisição. 
Essas ferramentas são embasadas na Tecnologia de Informação e vai 
depender do investimento que a empresa possa executar. 
 
Outsourcing 
Outsourcing significa, essencialmente, a opção por uma relação de parceria e 
cumplicidade com um ou mais fornecedores da cadeia produtiva, numa 
decisão tipicamente estratégica, abrangente e de difícil reversão. As 
terceirizações são ações específicas e devem ser consideradas como de fácil 
reversão. 
 
E – Business 
São as atividades econômicas que se utilizam de redes eletrônicas como 
plataforma tecnológica. Essa expressão engloba os diversos tipos de 
transações comerciais, administrativas e contábeis, que envolvem governo, 
empresas e consumidores. 
 
Abrange o e-commerce e os processos internos, tais como produção, 
desenvolvimento, estoque, etc. 
 
E – Commerce 
É a principal atividade dessa nova categoria de negócios. 
 
Abrange os processos onde consumidores, fornecedores e parceiros 
encontram-se envolvidos nas atividades de marketing, vendas, entregas de 
pedidos, etc. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 28 
E – Procurement 
A aquisição de bens e serviços por meio da Internet. 
 
A automatização do procedimento de compras de uma pessoa física ou 
jurídica de direito privado ou público, seja para consumo próprio ou de matéria 
prima necessária para a execução de suas atividades e funções. 
 
E – Marketplace 
São sites que funcionam como um ponto de encontro, ou mercado virtual, 
onde vendedores e compradores ficam frente a frente para negociar e 
concretizar negócios de maneira simples e rápida. 
 
Etapas do programa de desenvolvimento de fornecedores 
Algumas vezes a empresa não encontra no mercado local, fornecedores 
capacitados a lhe suprir com qualidade os itens necessários. Não havendo a 
intenção de comprar em outro país (importar), vale planejar o 
desenvolvimento do fornecedor. 
 
1 - Identificação da necessidade de melhorias 
Será de extrema importância a análise dos aspectos que implicam na 
necessidade de melhoria. 
 
2 – Estabelecimento dos objetivos do projeto 
Os objetivos podem ser estabelecidos a longo, médio ou curto prazo. Em longo 
prazo dizem respeito à cultura, educação e política da empresa. Em médio 
prazo dizem respeito à utilização, pelo fornecedor, dos conceitos que serão 
repassados e que serão replicados no ambiente produtivo de sua empresa. E 
em curto prazo, dizem respeito ao resultado que será avaliado no final do 
período do projeto. 
 
3 – Definições do período de duração do projeto 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 29 
O período depende de cada projeto, considerando dificuldades de execução 
das tarefas tanto para os fornecedores quanto para a empresa. 
 
4 – Definições da forma de financiamento do projeto 
Esse entendimento vai depender da complexidade do projeto. Pode o 
fornecedor ser isento, ou ter parcelado o investimento executado pelo cliente. 
 
5 – Definições das informações que deverão ser disponibilizadas pela 
empresa 
As informações devem ser rápidas, seguras e sem intercorrências, portanto, 
definir a forma como serão disponibilizado, é fundamental para o sucesso do 
projeto. 
 
6 - Definições da forma de avaliação das propostas submetidas pelos 
fornecedores 
Deverá estar bem claro, quem avaliará as propostas e em quanto tempo as 
respostas deverão ser reenviadas e de que forma será esse reenvio. 
 
7–Definições da forma de avaliação dos resultados após intervenção 
nos fornecedores 
Para avaliar os resultados, deverão ser utilizados indicadores, de acordo com 
as prioridades da empresa. 
 
8 – A escolha dos fornecedores que participarão do projeto 
Os fornecedores poderão ser escolhidos de acordo com as prioridades da 
empresa: nível tecnológico, possibilidade de fornecimento no prazo desejado e 
na quantidade necessária, preço, qualidade etc. 
 
9 – Identificação do perfil do fornecedor 
Identificação do seu sistema de qualidade, as tecnologias que utiliza seus 
processos, seu foco principal entre as dimensões custo, entrega e qualidade. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 30 
10 - Acompanhamentos aos fornecedores 
Deve constar em contrato, pois pode haver a necessidade de visitas 
permanentes as instalações dos fornecedores ou simplesmente informes 
oficiais. 
 
Concorrência 
Modalidades de coleta de preços: 
 
– Coleta de preços normal 
É o processo normal de coleta de preços, respeitando os prazos e prioridades 
estipulados pela empresa. 
 
– Coleta de preços em emergência 
São compras que necessitam de uma prioridade alta e normalmente essas 
compras são com preços mais elevados. 
 
– Coleta de preços para contratação mediante autorização de 
fornecimento 
É uma contratação simples para entrega imediata ou de curto prazo. 
 
– Coleta de preços para contratação à longo prazo 
Ao contrário da AF (autorização de fornecimento), essas contratações tem 
programação de entrega de longos prazos. 
 
A dispensa da concorrência é admitida nos casos em que se caracterizem: 
 Pequenos valores; 
 Conveniência administrativa; 
 Concorrência sem resposta; 
 Concorrência com preços superiores aos do mercado; 
 Fornecedor exclusivo; 
 Compra de imóvel. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 31 
 
Condições gerais da concorrência 
 PREÇO: Os preços devem ser condizentes com os praticados no 
mercado, respeitando a qualidade do material desejado. 
 
 ALTERNATIVAS: Devem ser verificadas se existem alternativas para os 
materiais solicitados, devendo sempre acompanhar a qualidade 
necessária. 
 
 GARANTIA: Os materiais adquiridos devem ser garantidos pelo 
fornecedor, quanto à qualidade e funcionalidade. 
 
 ACEITAÇÃO DO MATERIAL: Depois de verificados e conferidos os 
materiais, procede-se a aceitação dos mesmos de maneira formal com a 
assinatura do recebedor. 
 
 OUTRAS CONDIÇÕES: Quaisquer condições que não esteja estipulada 
nas condições gerais da concorrência. 
 
 INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 
 
PREÇO TETO – É o preço máximo estipulado para a aquisição. 
 
 Vantagens Desvantagens 
 
 1 - Estabelece o máximo que será 1 - A variedade de compras 
pago por produto/serviço. permite a determinação do 
 teto com segurança. 
 
 
2 – O dispêndio poderá ser previsto. 2 – Mal formulado, pode induzir 
 a preços mais elevados. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 32 
 
3 – Pode induzir a preços melhores. 3 – A sequência de vários 
 preços – teto irreais poderá 
 torná-lo desacreditado. 
 
 
Etapas da concorrência 
 
Montagem do processo. 
Monta-se o processo de concorrência de acordo com as necessidades e 
prioridades da compra. 
 
Estipulação das datas de devolução e abertura. 
Definição das datas de verificação das propostas dos concorrentes. 
 
Expedição e endereçamento. 
Envio das propostas de compras para os concorrentes. 
 
Recepção das propostas dos fornecedores. 
Os fornecedores deverão comunicar formalmente o recebimento das propostas 
de compra. 
 
Abertura 
A empresa efetua a abertura das propostas de compra enviadas pelos 
fornecedores concorrentes. 
 
Avaliação 
É efetuada a verificação minuciosa das propostas recebidas e são feitas as 
avaliações de acordo com as condições gerais da contratação. 
 
Negociação 
Trata-se do procedimento intermediário entre a concorrência e a contratação. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 33 
 
A mesma visa otimizar o processo de compra, com vistas a vantagens técnicas 
e também financeira, dos entendimentos entre a empresa e o fornecedor. 
 
Adjudicação 
É o processo formal de transferência de propriedade do material adquirido. 
 
Proposta 
Condições comerciais: 
 Preço; 
 Prazo de entrega; 
 Frete; 
 Embalagem; 
 Condições de pagamento; 
 Descontos; 
 Fórmula de reajuste de preço; 
 Multas contratuais; 
 Garantia; 
 Assistência técnica; 
 Logística reversa. 
 
Negociação 
Trata-se de procedimento intermediário entre a concorrência e a contratação, 
a mesma visa otimizar o processo de compra, com vistas as vantagens 
técnicas e, principalmente, financeiras, dos entendimentos entre o comprador 
e o vendedor. 
 
Seleciono tres definições, com preferência pela última, que retrata fielmente o 
conceito de parceria, tão em evidência e utilizado tanto por compradores 
quanto por vendedores: 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 34 
1 – Situação de conflito, na qual há condições de concluir acordos irrevogáveis, 
quando é feita última e suficiente concessão. 
 
2 – ”Negociação é o processo de buscar aceitação de ideias, propósitos ou 
estratégias, de tal modo que as partes envolvidas a terminem, conscientes de 
que foram ouvidas e tiveram oportunidade de apresentar toda a sua 
argumentação e que o resultado final seja maior que a soma das contribuições 
individuais”. (Luiz A. C. Junqueira) 
 
3 – “Negociar é a arte de obter ganhos mútuos e acordos duradouros“. (Luiz 
Olavo Baptista) 
 
O que pode ser negociado. 
 Especificação; 
 Qualidade do produto ou serviço; 
 Preço; 
 Data – base; 
 Prazo de entrega; 
 Condições de entrega (local, modal de transporte, frete); 
 Condições de pagamento; 
 Condições de reajuste; 
 Cláusulas do contrato; 
 Garantias e assistência técnica; 
 Compromissos futuros de vendas; 
 Logística reversa; 
 
Atividade proposta 
Ao final da aula, comente qual a importância do fornecedor para o sucesso de 
compras e quais as consequências de uma relação de parceria. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 35 
Aprenda mais 
Assista aos vídeos e aprenda um pouco mais sobre as compras sustentáveis e 
a armazenagem: 
http://youtu.be/P8BrR6ukIu4 
http://youtu.be/ELHsvmTzsSU 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Nas propostas de compras, as condições comerciais são: 
Aponte a alternativa INCORRETA. 
 
a) Condições de pagamento; 
b) Prazo de entrega; 
c) Condições de trabalho do fornecedor; 
d) Condições de entrega; 
e) Fórmula de reajuste de preço. 
 
Questão 2 
São vantagens do preço de referência Aponte a opção CORRETA. 
 
a) Após uma série de consultas, a depuração do preço de referência pode 
torná-lo o mais real possível; 
b) Pode induzir a preços melhores; 
c) Estabelece o máximo que será pago por produto/serviço; 
d) O dispêndio poderá ser previsto; 
e) A variedade de compra permite a determinação do teto com segurança. 
 
 
Questão 3 
Trata-se do procedimento intermediário entre a concorrência e a contratação. 
Amesma visa otimizar o processo de compra, com vistas a vantagens técnicas 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 36 
e também financeira, dos entendimentos entre a empresa e o fornecedor. Essa 
definição trata-se de: 
Aponte a CORRETA. 
 
a) Adjudicação 
b) Montagem do processo 
c) Abertura 
d) Negociação 
e) Avaliação 
 
Referências 
J. BOWERSOX, Donald. Logística Empresarial. Editora Atlas. 2001. 
 
H. BALLOU, Ronald. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Editora 
Bookman. 2001 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 37 
Aula 3: Planejamento da cadeia de suprimentos 
Introdução 
Alguns fatores são fundamentais na cadeia de suprimentos, a eles chamamos 
de fatores chaves, esses fatores são responsáveis diretos pelo sucesso da 
cadeia de suprimentos. 
 
A eles atribuímos os diferenciais competitivos e estratégicos da cadeia de 
suprimentos por agregarem em seu escopo as duas funções estratégicas da 
Logística; aumentar o nível de serviço oferecido ao cliente e reduzir/otimizar 
custos. 
 
Vamos abordar os processos de transportes, focando também a distribuição 
física que é considerada a eficácia da cadeia de suprimentos, a armazenagem 
que trata de espaços físicos importantes e que requerem investimentos 
substanciais e geram custos importantes, o outro requisito da cadeia de 
suprimentos em escala de importância são os estoques que trazem como 
elemento principal a imobilização de capital da empresa e por fim o 
processamento de pedidos que deve ser o quanto mais rápido e curto possível. 
 
Vale ressaltar que esses processos agrupados: transportes, armazenagem, 
estoques e processamento de pedidos, podem corresponder a até 65% dos 
custos logísticos da cadeia de suprimentos da empresa, portanto torna-se 
fundamental um bom planejamento, organização de suas atividades, assim 
como o perfeito controle de suas operações os outros 35% referem-se a 
aspectos diversos, como: administrativos, manutenção etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 38 
Objetivos: 
 Entender a importância dos fatores chave da cadeia de suprimentos. 
 Verificar a importância do planejamento, organização e controle das 
operações dos fatores chave. 
 Perceber como esses processos impactam a cadeia de suprimentos seja 
no aspecto de oferta de nível de serviço ao cliente, ou ainda no impacto 
que causam em custos. 
 
Conteúdo 
Introdução 
O requisito transporte é um dos fatores chave e crítico na cadeia de 
suprimentos das empresas, pois está presente ao longo de toda a cadeia, 
desde o fornecedor externo, passando pela parte interna da empresa até 
chegar ao cliente. 
 
É de grande importância o planejamento de como será executado esses 
transportes, pois eles envolvem custos substanciais e impactam no 
ressuprimento da cadeia de suprimentos. 
 
O transporte está relacionado ao desenvolvimento da civilização moderna, pois 
integra o funcionamento de qualquer sociedade. É o instrumento básico para 
viabilizar qualquer sistema econômico envolvendo trocas de mercadorias. 
Fomenta o desenvolvimento econômico de uma região, facilitando a 
incorporação de recursos naturais. 
 
Sua indisponibilidade pode inviabilizar uma região produtora, mesmo quando 
há demanda em outros locais, além de estimular a produção industrial, 
elevando a produtividade e possibilitando o escoamento da produção. 
 
Transporte x Custo Brasil 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 39 
Questões Estratégicas: 
- Uso inadequado dos modais de transporte – A matriz de transportes 
brasileira (modal rodoviário) é inadequada em função das grandes dimensões 
territoriais e também quanto a sua baixa capacidade de carga. Deveríamos ter 
um maior aproveitamento dos modais ferroviário e aquaviário. 
 
- Acidentes – Em função da matriz de transportes, os acidentes são muito 
comuns, devido principalmente a erro humano, já que a grande maioria dos 
veículos de carga que transitam no país é de autônomia, que precisam fazer 
frete para custear suas despesas. 
 
- Roubo de carga - Em alguns setores (eletro eletrônicos, medicamentos, 
pneus) o roubo é sistemático, aumentando os custos de transportes em função 
do seguro. 
 
- Regulação deficiente – A regulação, que norteia , orienta os modais é muito 
falha. 
 
- Operação deficiente – As operações de carga / descarga são inadequadas em 
função de falta de equipamentos ou por estarem obsoletos. 
 
- Falta de investimentos – O governo não aplica o orçamento necessário para 
o desenvolvimento da infraestrutura de transportes. 
 
- Ineficiência no uso energético – Na condição do modal rodoviário ser a nossa 
matriz de transportes e utilizar óleo diesel como combustível. 
 
O sistema de transportes brasileiro define-se basicamente por uma extensa 
matriz rodoviária, sendo também servido por um sistema limitado de 
transporte fluvial (apesar do numeroso sistema de bacias hidrográficas 
presentes no país), ferroviário e aéreo. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 40 
O intuito de criar uma rede de transportes ligando todo o país nasceu com as 
democracias desenvolvimentistas, em especial as de Getúlio Vargas e Juscelino 
Kubitschek (hptt//wikipedia.org/wiki/Transportes_do_brasil). 
 
Àquela época, o símbolo da modernidade e do avanço em termos de 
transporte era o automóvel. Isso provocou uma especial atenção dos citados 
governantes na construção de estradas. Desde então, o Brasil tem sua malha 
viária baseada no transporte rodoviário. 
 
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões de quilômetros, sendo 
96.353 km de rodovias pavimentadas (2004), o modal rodoviário é o maior 
transportador de cargas do Brasil. Já na década de 1920 o então presidente 
Washington Luiz inicia a aplicação de recursos para criação de uma 
infraestrutura rodoviária. 
 
No governo de Juscelino Kubitschek, com a construção de Brasília e a 
implantação das primeiras montadoras de veículos no país, a rede rodoviária 
se expandiu. O modal rodoviário é responsável pelo transporte de 56% (2010) 
de toda a carga transportada no país. 
 
Essa matriz de transportes que vigora no país é totalmente inadequada em 
função da grande extensão territorial. O transporte rodoviário é recomendado, 
e utilizado em países de grandes proporções territoriais, para curtas distâncias 
(500 km), além disso, é um modal que tem pouca capacidade de carga. 
 
Portanto um planejamento cuidadoso quanto ao processo de transporte na 
cadeia de suprimentos é fundamental. 
Planejamento de Transporte 
No planejamento de transportes, alguns fatores devem ser cuidadosamente 
verificados, tanto para os transportes internos quanto para os externos: 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 41 
- Fixação de prazos e prioridades – os modais têm como uma de suas 
características a velocidade operacional que vai impactar diretamente no prazo 
de entrega. 
 
- Consulta à legislação pertinente – as legislações que envolvem o processo de 
transportes devem ser conhecidas, seja em âmbito federal, estadual ou 
municipal. 
 
- Levantamento dos meios necessários – são necessários que se estudem os 
investimentos que serão necessários ao processo de transportes. 
 
- Estudo fluxos de deslocamento – entender as origens e destinos sistemáticos 
do processo de transportes. 
 
- Preparação da documentação – Vale ressaltar que os modais têm 
características próprias quanto a algumas documentações. 
 
- Cálculo dos custos totais – alguns custos de transporte pode inviabilizar uma 
negociação, portanto, conhecer os custos totais do processo de transporte é 
fundamentalpara que não haja prejuízos para a empresa. 
 
- Política de estoques – importante entender que níveis de estoques pequenos 
requerem ressuprimentos mais constantes e vice e versa. 
 
- Levantamento das alternativas – esse é um aspecto bastante importante, 
muito embora a matriz de transporte no Brasil seja o modal rodoviário, em 
muitas situações verificam-se alternativas bastante interessantes. 
 
- Definição do Nível de serviço – alguns elementos pertinentes aos transportes 
impactam no nível de serviço ofertado ao cliente, como, prazo de entrega e 
dano na mercadoria. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 42 
Segue um breve comparativo de utilização dos modais em 
outros países. 
 
PAÍSES HIDROV. FERROV. RODOV. 
Alemanha 29% 53% 18% 
Canadá 35% 52% 13% 
E.U.A. 25% 50% 25% 
França 17% 55% 28% 
Rússia 13% 83% 4% 
BRASIL (*) 17% 21% 58% 
 
(*) Aerovias e dutovias (modal de transportes que utiliza dutos) = 4% 
 
Custos dos modais de transportes 
 
Ferroviário: 
Custo fixo alto (equipamentos, terminais, vias férreas) 
Custo variável baixo (combustível) 
 
Rodoviário: 
Custo fixo baixo (rodovias construídas com fundos públicos) 
Custo variável alto (combustível, manutenções, pedágios) 
 
Aquaviário: 
Custo fixo alto (navios e equipamentos) 
Custo variável baixo (grande capacidade de carga x combustível) 
 
Dutoviário: 
Custo fixo alto (direitos de acesso, construção, bombeamento). 
Custo variável baixo 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 43 
Aeroviário: 
Custo fixo alto (aeronaves, manuseio e sistemas de carga). 
Custo variável alto (combustível, m.o., manutenção). 
 
Quanto à operacionalidade, os modos de transportes podem 
ser assim classificados: 
 
 Ferroviário Rodoviário Aquaviário Dutoviário Aeroviário 
Velocidade 3 2 4 5 1 
Disponibilidade 2 1 4 5 3 
Confiabilidade 3 2 4 1 5 
Capacidade 2 3 1 5 4 
Frequência 4 1 2 5 3 
 
 
Velocidade – relativa ao tempo de movimentação (1 = mais rápido). 
 
Disponibilidade – Potencial de utilização de um modal por estar 
operacionalmente presente em um determinado local (1 = mais disponível). 
 
Confiabilidade – Possibilidade de alterações nas programações de entregas 
esperadas (1 = mais confiável). 
 
Capacidade – tamanho da carga admitida (1 = maior capacidade ). 
 
Frequência – Depende da quantidade de movimentações programadas (1 = 
maior frequência). 
 
Alguns fatores para a escolha nos modos de transportes: 
 
 Frequência; 
 Tempo de Ciclo; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 44 
 Existência de veículos disponíveis (por tipo de carga); 
 Capacidade (da via e do veículo); 
 Custo do Transporte; 
 Peso x Volume; 
 Distância; 
 Risco de dano para a carga; 
 Sazonalidade; 
 Possibilidade de frete de retorno; 
 Preço do frete. 
 
Distribuição física 
Hoje no mundo corporativo extremamente competitivo é necessário que as 
empresas tenham um diferencial estratégico para sobreviver ao mercado que 
se impõe cada vez mais exigente. 
 
A Distribuição Física é um desses diferenciais, considerada hoje uma 
especialidade da SCM (Supply Chain Management), a Distribuição Física 
mostra-se como a eficácia da cadeia, um importante instrumento no 
cumprimento das metas de nível de serviço ao cliente. 
 
A Distribuição Física é uma das ferramentas que provêm à disponibilidade de 
produtos onde e quando são necessários, coordenando fluxos de mercadorias 
e de informações de milhares de pontos de vendas dos mais variados bens e 
serviços. 
 
Por essa definição, podemos observar quão complexa e importante é o 
processo de distribuição física, também conhecida como Logística de 
Distribuição. 
 
 Alguns impactos sofridos pela distribuição física em razão da alta 
competitividade e busca por redução dos custos: 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 45 
 
• pedidos mais frequentes e em quantidades menores; 
• ciclo mais curto de pedidos, dadas as constantes mudanças no mix de 
produtos; 
• aumento do número de sku’s em estoque (sku’s sãounidades ou itens de 
produto); 
• competição baseada no ciclo do pedido e na qualidade. 
 
Para que o processo de Distribuição Física tenha sucesso é necessário que haja 
apoio em suas atividades e principalmente um Centro de Distribuição bem 
equipado para que todas as ações sejam eficientes e eficazes, tornando-se 
assim um importante diferencial competitivo e estratégico para as empresas. 
 
Vamos a seguir detalhar os mais importantes serviços que um CD deverá 
executar para que a Logística de Distribuição obtenha sucesso, cumprindo 
assim o nível de serviço aos clientes propostos pela empresa: 
 
 1 – Prazo de Entrega 
Mais importante do que definir o prazo de entrega é cumpri-lo. E qual é o 
melhor prazo de entrega? Engana-se a empresa ou o profissional que imagina 
que o melhor prazo de entrega será o mais rápido possível. Esse prazo 
dependerá de inúmeras variáveis e dependerá de produto para produto, 
portanto a resposta a pergunta é: O prazo combinado ou aceito pelos clientes. 
 
Deve-se ter também ter o cuidado de não tentar “surpreender” o cliente, 
antecipando a entrega. 
O cliente pode não estar preparado para receber em data antecipada, o que 
trará desconforto para este e aumento de custo para a empresa por ter que 
retornar na data acertada para refazer a entrega. 
 
 2 – Precisões no Atendimento 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 46 
Esse é um fator de grande importância, ele traduz a exatidão de como o 
pedido do cliente foi atendido, seja na quantidade, na descrição dos itens ou 
ainda no faturamento, quanto a preços, impostos... 
 
 3 - Qualidade do produto entregue 
Neste atributo a distribuição física deverá atender aos aspectos de integridade 
do produto entregue. Lembrando sempre que a distribuição física representa a 
eficácia da cadeia de suprimentos, não pode haver falhas sobre o aspecto de 
danos ou enganos na entrega do produto. 
 
Uma das questões principais a serem alcançadas: Como atingir o nível de 
satisfação do cliente? 
 
E aí inclue-se a integridade da carga recebida, assim como a carga entregue 
corretamente. 
 
 4 – Suporte no pós venda 
Para que uma Logística de pós venda que, podemos considerar muitas vezes 
como Logística Reversa, tenha sucesso, é necessário o apoio incondicional da 
Logística de Distribuição, pois os clientes quando necessitam devolver uma 
determinada carga (mercadoria), seja por qualquer motivo, o tempo de 
resposta a essa solicitação é extremamente importante. 
 
Canais de distribuição logísticos 
Os canais de distribuição são geralmente formados por três participantes 
principais: os fabricantes ou produtores, os intermediários (Distribuidores e 
varejistas) e consumidores finais: 
 
- Fabricantes – são responsáveis pela criação e fabricação do produto, são 
elesque determinam as campanhas de marketing e escolhem o melhor canal a 
ser utilizado. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 47 
 
- Intermediários – São hoje muito utilizados, pois conseguem equilibrar a 
oferta e variedade de produtos com a demanda. Para Stern A.T.(1996), os 
intermediários facilitam o fluxo de bens e serviços. Para que essa operação 
possa ser realizada com sucesso, algumas operações especializadas são 
executadas pelos intermediários, como: 
 
• Seleção - Consiste em selecionar as mercadorias que entram no estoque de 
forma heterogênea em homogêneas, ou seja, entram no estoque cargas do 
mesmo tipo (Ex. Leite em pó de uma determinada marca) e são arrumadas 
junto a outros produtos similares. (Ex. Leite em pó de outras marcas). 
 
• Acumulação - É o aspecto de acumular mercadorias de diversos 
fornecedores a fim de torna-las homogêneas. Podemos tomar como exemplo a 
acumulação de cargas de leite em pó de diversas marcas e fabricantes. 
 
• Loteamento - O mesmo que fracionar, é a separação de quantidades 
menores no estoque. No recebimento de cargas consolidadas, ou seja, 
unidade veicular com a carga completa, após entrada no estoque, essa carga é 
dividida em frações (fracionadas). 
 
• Sortimento - É a ação de mesclar diversas mercadorias que tenham 
compatibilidade para melhor atender a demanda. È o processo de separar 
mercadorias da mesma “familia”, por exemplo, cama, mesa e banho, higiene e 
limpeza. 
 
Tipos de distribuição 
Existem três (03) tipos de Canais de Distribuição: 
 
Canal direto – Neste tipo de fluxo não existem intermediários, ou seja, os 
fabricantes comercializam seus produtos e entregam ao consumidor final. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 48 
Podemos citar como exemplo a Dell Computadores. 
 
Neste processo podemos citar como vantagem o perfeito controle dos clientes 
e como desvantagens a área de abrangência geográfica. 
 
Canal Curto – Esse fluxo elimina a figura do distribuidor (atacadista), as 
mercadorias vão do produtor direto ao varejista (bebidas, calçados etc). 
 
O fluxo curto permite uma melhor abrangência do mercado, mas em contra 
partida, pulveriza muito as entregas para diversos varejistas. 
 
Canal Longo – Esse canal também conhecido como canal completo, 
contempla-se a figura do distribuidor e do varejista (pequenos fabricantes que 
desejam uma abrangência grande de seus produtos). 
 
Possibilitam um alcance geográfico amplo, mas a gestão das relações internas 
do fluxo é mais trabalhosa e complexa, além de aumentar o preço final dos 
produtos. 
 
Modalidades de distribuição 
Os canais de distribuição podem estar caracterizados em quatro (04) 
modalidades: 
 
Distribuição Extensiva – É utilizado um Canal de Distribuição Longo, que 
permite maior abrangência geográfica na distribuição e, portanto, atingir um 
maior número de consumidores; por outro lado, tem como desvantagens o 
elevado custo que impõe à empresa, além de uma possível perda parcial de 
controle sobre o canal. (produtos de abrangência nacional como: Bom Bril, 
Leite Moça etc.). 
 
Distribuição Exclusiva – Adota-se um distribuidor exclusivo para áreas pré-
determinadas, pretende-se também que esse distribuidor mantenha 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 49 
exclusividade com a marca do fabricante. Temos como exemplo de distribuição 
exclusiva a franchising (um sistema de venda de licença na qual o 
franqueador, o detentor da marca, cede, ao franqueado, o autorizado a 
explorar a marca, o direito de uso da sua marca, patente, infraestrutura, e 
conhecimento). Podemos citar como exemplos: O Boticário, Vila Romana, 
Bob’s etc. 
 
Distribuição Seletiva – Neste fluxo, o fabricante adota um número reduzido 
de distribuidores, aos quais normalmente são fixadas cotas de vendas, com a 
possibilidade de se estabelecer princípios de exclusividade de vendas num 
determinado território. 
 
Distribuição Intensiva – utiliza-se esta modalidade como complemento às 
modalidades de distribuição Seletiva ou Extensiva no intuito de se intensificar 
as melhorias desses canais é o caso de bebidas. 
 
Armazenagem 
A armazenagem é um dos requisitos mais importantes da cadeia de 
suprimentos, pois vamos identificar algum tipo de armazém ao longo da 
cadeia, nos diversos elos da cadeia produtiva. 
 
Sejam nos almoxarifados, depósitos nas áreas produtivas e principalmente nos 
armazéns de estocagem de produtos acabados, uma administração exata e 
controles efetivos são fundamentais. 
 
Planejamento da armazenagem 
 
- FLEXIBILIDADE OPERACIONAL – possibilita que as operações de 
armazenagem sejam modificadas / alteradas sem grandes transformações, 
podemos exemplificar com os armazéns gerais. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 50 
- SIMPLIFICAÇÃO DO FLUXO – o fluxo operacional do armazém deve ser 
simples, racional e funcional, pois os operadores terão maior facilidade em 
assimilá-los. 
 
 
Na figura podemos verificar um fluxo contínuo e simples de um armazém. 
 
 
- OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO – A essência de um armazém é o 
espaço que ele destina a guarda de mercadorias, portanto eliminar o máximo 
as perdas ou quebras de espaço com o intuito do maior aproveitamento 
possível de sua área útil. Da mesma forma devemos verticalizar a 
armazenagem sempre que possível. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 51 
 
Na figura podemos observar a verticalização e o perfeito aproveitamento dos 
espaços para armazenagem. 
 
- OTIMIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS / MÃO-DE-OBRA – os equipamentos 
devem ser adequados com os itens estocados para que não haja perda de 
tempo e tão poucos danos/estragos nas mercadorias e muito menos acidentes 
com os operadores. Da mesma forma a mão de obra deve ser bem treinada 
para as operações. 
 
- CONTROLE – não há gestão sem controle, portanto em todo e qualquer 
processo os controles são fundamentais para o balizamento das operações. 
 
- MECANIZAÇÃO /AUTOMAÇÃO – A mecanização auxilia as movimentações 
de armazenagem e a automação, além de melhorar o desempenho das 
movimentações, trazendo maior agilidade e segurança, auxilia bastante os 
controles da armazenagem. 
 
Funções da armazenagem 
 Amortecer atrasos entre o fornecimento e a distribuição física; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 52 
 Compensar procura e oferta de safras, para consumo regular durante 
todo o ano; 
 Manter estoques reguladores; 
 Gerar escala nas compras e transporte; 
 Finalizar alguns processos de fabricação (frutas antes da distribuição 
aos atacadistas); 
 Consolidar, marcar e separar cargas; 
 Facilitar roteirização e despacho a Clientes. 
 
Tipos de produtos e armazéns utilizados 
 Pequenos volumes, frágeis e baixo peso unitário. 
Pé direito alto, com prateleiras, gavetas ou gaiolas. Movimento horizontal com 
carrinhos e contenedores e movimento vertical com paleteiras. 
 
 Grandes volumes de elevado peso unitário (máqs, siderúrgicos, 
etc.) 
Grandes portas e vãos livres, pé direito médio, com pontes rolantes, 
guindastes sobre trilhos e/ou similares, fácil acesso de empilhadeiras. 
 
 (Mercadorias verdes (grãos ensacados, madeira, etc.) passíveis 
de condensação): 
Dispositivos para ventilação natural ou forçada. 
 
 Mercadorias congeladas: 
Paredes forradas com materiais isolantes, sistema de refrigeração, câmaras 
frigoríficas isoladas e túneis de congelamento. 
 
 Mercadorias com baixo ponto de fulgor ou deterioráveis no 
calor (acetato, filmes, farmacos, etc.): 
 Climatizados, com ar condicionado nas áreas de armazenagem. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS- APOSTILA 53 
 Mercadorias deterioráveis no frio (plantas ou animais vivos, 
etc.): 
Armazéns com sistemas de calefação (estufa). 
 
Os armazéns devem ter um layout onde todos os seus espaços estejam 
devidamente identificados, a esse aspecto chama-se de endereçamento do 
armazém. 
 
O endereçamento propicia agilidade na retirada das mercadorias no momento 
do picking (retirada de mercadorias para atendimento de pedidos). 
 
Na figura podemos observar um processo de picking automatizado. 
 
Separação e endereçamento 
No planejamento da separação e endereçamento das mercadorias no interior 
do armazém, devem ser considerados os seguintes aspectos: 
 
 Peso e dimensões unitários; 
 Cuidados, restrições de empilhamento, segregação e 
incompatibilidades; 
 Tipo de manuseio e equipamento adequado; 
 Lotes, marcas e contramarcas; 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 54 
 Expedidor ou Consignatário; 
 Destino e modal de transporte; 
 Tempo de Permanência aproximado; 
 Outros elementos pertinentes (mercadorias de alto giro, frágeis, etc) 
 
Natureza das cargas 
CARGA GERAL (Fracionada): mercadorias heterogêneas, em caixas, sacas, 
fardos, cartões, amarrados, tambores, etc. 
 
Pode ser sub-classificada como cargas especiais, contêineres e veículos 
(Cargas especiais são aquelas que exigem cuidados diferenciados e 
específicos, como por exemplo: a) cargas frigorificadas; b) animais vivos, c) 
cargas perigosas, por exemplo, transportadas em bombonas plásticas). 
 
CARGA A GRANEL: Carga homogênea, sem invólucro/embalagem, na forma 
de sólidos, líquidos e gases. 
 
Caracterização das cargas 
PESO: Determina tipo/capacidade dos equipamentos adequados à sua 
movimentação. 
 
VOLUME: Determina o espaço ocupado nos armazéns, pátios ou 
equipamentos de transporte. 
 
DIMENSÕES: Podem exigir cuidados especiais, quando muito longas ou 
largas. 
 
VALOR: Responsabilidade pela incidência de falta/ avaria. 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 55 
FRAGILIDADE: Possibilidade de deterioração e/ou contaminação, exigindo 
cuidados especiais no manuseio, transporte, armazenagem e estivagem. É o 
potencial que a carga tem de perder suas características originais. 
 
Riscos sofridos pelas cargas 
Mecânicos: vibração, trepidação, frenagens, compressão, oscilações, atrito e 
impactos; 
Físicos: Equipamentos, armazenagem, empilhamento ou manuseio 
inadequado; 
Climáticos: Calor, frio, umidade, condensação, salinidade e mofo; 
Contaminantes: Deterioro manchas, odores e infestações por vetores; 
Humanos: Vício próprio, negligência/imperícia no manuseio, dolo, roubos e 
furtos; 
Imponderáveis: Causas fortuitas (enchente, descargas elétricas, incêndios). 
 
Estoques 
Devemos antes de tudo entender, que os estoques são importantes, mas nem 
sempre necessários. A formação dos estoques deve ocorrer quando existirem 
dúvidas quanto à demanda, ou quanto ao ressuprimento. 
 
Ficou claro na primeira aula que as demandas flutuam por diferentes motivos e 
aspectos e vimos também a importância da relação de parceria que se deve 
buscar entre cliente e fornecedor. 
 
Não ter estoques é algo muito desejado pelas empresas, mas bastante 
complexo de ser conseguido em função das diversas nuances que envolvem 
tanto a previsão das demandas quanto ao ressuprimento. 
 
Conceitos Básicos de Estoque 
Por que surgem os estoques? 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 56 
- Difícil ou inviável coordenar suprimento e demanda 
- Incertezas de previsões de demanda 
- Especular com Estoques (preços) 
- Suprir os canais de distribuição 
 
Tipos de demanda 
Conceituar os tipos de demanda é importante na gestão dos estoques, pois, 
cada tipo merece uma forma diferenciada quanto ao ressuprimento de seus 
itens. 
 
Demanda Permanente ou regular 
Muitos produtos tem ciclo de vida longo, de forma que parece que vão ser 
comercializados para sempre. Mesmo produtos que tem sua permanência no 
mercado, projetados para cinco anos podem ser considerados de demanda 
permanente. Tal caso ocorre quando não existem grandes picos ou vale de 
consumo ao longo de um determinado período, como exemplo, Coca–Cola, 
Kibom, etc. 
 
Demanda Sazonal 
Alguns produtos tem tal sazonalidade na demanda que não podem ser 
controlados da mesma forma que produtos com demanda permanente. Podem 
ser produtos com ciclo anual de demanda ou simplesmente produtos de moda 
com ciclos de vida muito curtos. A principal característica dessa demanda é de 
poder ser considerada composta por um único pico pelo controle de estoques, 
ou seja, produtos que vendem em apenas algumas épocas do ano, podemos 
citar os ovos de páscoa, produtos festivos (copa do mundo), Chester etc. 
 
Demanda Irregular 
Alguns produtos têm demanda tão irregular que a projeção de suas vendas é 
muito difícil. O controle de estoques para produtos com essa demanda deverá 
estar amarrado com a previsão precisa de vendas, principalmente quando o 
comportamento errático está combinado com tempos de ressuprimento muito 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 57 
longos ou pouco flexíveis. Essa demanda, portanto, se caracteriza por grandes 
variações entre sucessivos intervalos de tempo. Todos os estoques têm alguns 
desses itens, vai variar no caso de cada empresa. Podemos tomar como 
exemplo, caneta para quadro branco, cor verde. Esse item tem uma saída 
irregular em função do pouco interesse pela demanda. 
Demanda em declínio 
Algum dia, a demanda de um produto acaba e, então um produto novo vem 
em seu lugar. O declínio da demanda é geralmente gradual e os estoques 
excedentes podem diminuídos pouco a pouco. Para alguns produtos, 
entretanto, o final ocorre subitamente, mas de modo planejado. O caso típico 
é o de peças de reposição para produtos de vida útil planejada, ou produtos 
que não são vendidos há muito tempo, mas que ainda estão em uso. 
 
Demanda Derivada 
Para alguns produtos, sua demanda é conhecida se a demanda dos produtos 
acabados puder ser determinada. Por exemplo, a partir da previsão de vendas 
de automóveis novos, pode-se calcular facilmente a necessidade de pneus. A 
demanda de pneus é dita Derivada. 
 
Tipos de estoques 
Os estoques variam de acordo com sua classificação e características, que vão 
impactar na forma pela qual devem ser ressupridos. 
 
Estoque Puxado (Pull System) 
Esses estoques tem a característica de serem puxados pela demanda, pelas 
vendas. Seu ressuprimento é natural, ou seja, vendeu ressupri-se. 
 
É o exemplo da maioria dos produtos de varejo, comercializados em 
supermercados. 
 
Estoque Empurrado (Push System) 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 58 
São estoques cujo ressuprimento é definido pelos fornecedores, sejam eles 
internos ou externos. Na grande maioria das vezes não há alternativa quanto a 
outro tipo de ressuprimento, características estruturais da empresa, ou 
ressuprimentos por fornecedores monopolistas, por exemplo, veículos novos, 
combustíveis, bebidas etc. 
 
Estoques por estado da produção 
- Matéria Prima; 
- Insumos (um bem ou serviço utilizado na produção de outro bem ou 
serviço); 
- Semi acabados (ou em processo); 
- Acabados 
 
Estoques por propósito 
- Sazonal – visam acolher produtos com vendas sazonais. Fora do período de 
venda seu nível deve ser zero. Exemplos: ovos de páscoa, produtos festivos 
(copa do mundo). 
 
- Trânsito – é o estoque que está transitando entre o fornecedor e o cliente, 
ou seja, o produto ainda não está disponível para o estoque físico, ainda está 
numa unidade veicular. (caminhão, trem,navio etc...). 
 
- Ciclo – acontece em empresas que tem sua estrutura de distribuição 
verticalizada: fabricante, distribuidor, rede varejista exclusiva. Em todas essas 
instalações verificam-se estoques que formam um ciclo. Exemplo: Boticário, 
redes de lojas exclusivas de roupas etc. 
 
- Promocional – formado por itens que tem a função de promover a venda 
dos itens principais da empresa. Exemplo: promoções de alguns jornais 
(compre o jornal tal, junte os selos pague mais R$... e ganhe um jogo de 
facas). Quem não lembra dos bichinhos de pelúcia da Parmalat? 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 59 
- Segurança – pode ser considerado como um plano de contingência. Deve 
ser formados em casos extremos, de itens indispensáveis e com ressuprimento 
complexo ou incerto. Exemplo: uma matéria prima que seja importada por 
modal marítimo e leve 60 dias para ser disponibilizada. 
 
- Especulativo – tem a missão de especular com preços, certa quantidade do 
item não é ofertada ao mercado, forçando assim a alta de seus preços. Essa é 
uma prática criminosa, mas que são verificadas ocasionalmente com produtos 
fabricados por monopólios ou oligopólios. 
 
- Regulador – não permite que haja grandes flutuações de preço do produto 
no mercado. Exemplo: estoque de grãos, na colheita, a sobre safra é 
armazenada e oferecida na entre safra. 
 
Classificação abc 
Conhecido como Classificação ABC ou ainda Curva ABC, este método é 
bastante empregado na linguagem corrente da gestão de estoques, é um 
instrumento de planejamento que permite ao gerente orientar seus esforços 
em direção aos resultados mais significativos para a sua organização. 
 
 
 
Seu conceito é que em todo e qualquer estoque existem itens cahamados de A 
que são em mpequeno número, mas que geram muitas vendas. Existem 
também itens chamados de B que são em número razoável e que também 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 60 
geram vendas razoáveis. Mas também há os itens chamados de C que são em 
grande número e que quase não geram vendas. 
 
Os itens C merecem atenção especial quanto ao entendimento de seu 
comportamento errático e consequentemente ao seu ressuprimento . Os itens 
A são aqueles a que se chama de “carro chefe”, portanto não podem faltar no 
estoque, e finalmente os B que por gerarem um número razoável de vendas, 
não devem faltar nos estoques. A reposição dos itens C vai depender da 
capacidade produtiva da empresa, se rápida, produz-se no recebimento do 
pedido, se lenta, há necessidade de estoques bem baixos. 
 
Criticidade 
É um outro tipo de classificação dos itens em estoque que é meramente 
qualitativa. Essa classificação visa entender qual o grau de importância , de 
criticidade para o negócio da empresa. 
 
Tem também uma nomenclatura alfabética e em conjunto com a classificação 
ABC tem mostrado bons resultados nas gestões de estoques. 
 
ITENS CARACTERÍSTICAS 
 X Material imprescindível. 
 Falta acarreta parada da fase operativa. 
 Substituição por equivalente é impossível 
 
Y Material não imprescindível 
 Falta afeta fase operativa 
 Substituição é possível 
 
Z Material não imprescindível 
 Falta está ligada aos órgãos de apoio e não afeta fase operativa 
 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 61 
Impactos inerentes aos estoques 
Os estoques trazem em seu bojo , custos e riscos bastantes importantes para 
a cadeia de suprimentos , portanto o controle dfeles é fundamental. 
 
 
CUSTOS 
 IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL 
Os esoques tem a propriedade de “prender” , imobilizar parte do capital da 
empresa. 
 MANUTENÇÃO 
Todos os custos fixos + variáveis responsáveis por manter o estque em 
funcionamento. 
 
 SEGUROS 
Vai depender dos produtos e dos equipamentos utilizados no armazém. 
 
 FALTA 
O custo de faltar no estoque podemos afirmar que : 
- a curto prazo – perde-se a venda 
- a médio prazo – perde-se o cliente 
- a longo prazo – perde-se o mercado 
 
 RISCOS 
- roubos e furtos 
- danos/avarias 
- deterioração 
- obsolescência 
- imponderáveis ( enchentes , incêndios , descargas elétricas ) 
 
 GIRO DE ESTOQUE 
Outra forma importante da gestão dos estoques é através do giro ou 
rotatividade dos itens que o compõe. 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 62 
 
O giro é a relação entre a quantidade movimentada (vendida) de um certo 
item pela quantidade deste mesmo item que permaneceu paralisada no 
estoque num determinado período de tempo. 
Através desse parâmetro as empresas podem determinar o giro de seus itens 
de acordo com a sua classificação ABC , e ainda tomar medidas que visem a 
elevação da movimentação de um determinado item ou até de uma série de 
itens que não venham tendo uma rotatividade interessante. 
 
Portanto a fórmula para o cálculo da rotatividade (R) será : 
R = Qv / Qe onde; 
 
Qv – Quantidade vendida num determinado período de tempo. 
Qe – Quantidade que permanece em estoque no mesmo período. 
 
Pode-se observar que quanto maior a rotatividade, mais “saudável” será o 
nosso estoque. 
 
Se como exemplo, tomarmos um determinado item que no período de 30 dias 
apresentou so seguintes resultados : 
 
Qv = 1500 unidades 
Qe = 500 unidades ; 
 
Teremos : 1500 = 3 ( podemos considerar esse resultado como bom ) 
 500 
 
 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 63 
Inventários 
 
 
 
- O SALDO FÍSICO É OBTIDO PELO INVENTÁRIO. 
- O SALDO CONTÁBIL É OBTIDO ATRAVÉS DE INÚMERAS MOVIMENTAÇÕES 
DE ENTRADA E SAÍDA DURANTE UM INTERVALO DE TEMPO. 
 
Acuracidade 
Confiabilidade das informações de estoque. Pode ser calculada pela expressão: 
 
A = Nº de informações corretas X 100 
 Nº de informações verificadas 
 
Se tomarmos como exemplo um item que após ser inventariado apresentou o 
seguinte resultado : 
 
Nº inf. Corretas = 624 
 
Nº inf. Verificadas = 625 teremos então que A = 99,84% , portanto um 
resultado bom. 
 
Tipos de inventários 
GERAL 
(periodicidade recomendada Paralisa a empresa 
trimestral ) Alto custo 
 Periodicidade recomendada variável 
PERIÓDICO OU ROTATIVO 
 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS - APOSTILA 64 
(periodicidade obrigatória Micro inventários 
Diária ) Periodicidade diária 
 Não paralisa o funcionamento da empresa 
 
Processos que suprimem a necessidade dos estoques 
JUST IN TIME (JIT) – Termo usado para indicar que um processo é capaz 
de responder instantaneamente à demanda, sem necessidade de qualquer 
estoque adicional, seja na expectativa de demanda futura, seja como resultado 
de ineficiência no processo. 
 
META JIT – A total eliminação de estoque, em todos os estágios do processo. 
MILK RUN - é um sistema de coletas programadas de materiais, que utiliza 
um único equipamento de transporte, normalmente de algum Operador 
Logístico, para realizar as coletas em um ou mais fornecedores e entregar os 
materiais no destino final, sempre em horários pré-estabelecidos. 
 
Objetivos do Milk Run: 
 Reduzir Custos Logísticos; 
 Controlar os Materiais em Trânsito Reduzir os Níveis de Estoque; 
 Uniformizar o Volume de Recebimento de Materiais; 
 Agilizar o Carregamento e o Descarregamento 
 Possibilita a implementação de sistemas Just-in-Time integrado nas 
empresas parceiras 
Processo de atendimento de pedidos 
Picking 
Afinal o que é o picking ,como ele funciona e qual a sua importância para a 
Cadeia de Suprimentos? 
 
Para estudarmos os

Outros materiais