Buscar

Apostila Economia Empresarial.pdf.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 204 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 204 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 204 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 2 
APRESENTAÇÃO 5 
AULA 1: OFERTA E DEMANDA 7 
INTRODUÇÃO 7 
CONTEÚDO 10 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS A RESPEITO DA ANÁLISE DE MERCADO 10 
TEORIA DE MERCADO 12 
SISTEMA DE MERCADO: DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO 12 
EQUILÍBRIO DE MERCADO 17 
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR 18 
CURVA DE INDIFERENÇA 22 
RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA 25 
EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR 27 
EFEITO PREÇO, EFEITO RENDA E EFEITO SUBSTITUIÇÃO 28 
ELASTICIDADE: PRINCÍPIOS 31 
TIPOS DE ELASTICIDADES 31 
OUTROS TIPOS DE ELASTICIDADES 36 
ELASTICIDADE-RENDA (DA DEMANDA) (ERD) 37 
ATIVIDADE PROPOSTA 38 
REFERÊNCIAS 39 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 40 
AULA 2: O QUE ESTÁ POR TRÁS DA CURVA DE OFERTA, ESTRUTURAS DE 
MERCADO E A IMPORTÂNCIA DA TEORIA DOS JOGOS. 54 
INTRODUÇÃO 54 
CONTEÚDO 56 
O QUE COMPÕE A CURVA DE OFERTA DAS EMPRESAS 56 
TEORIA DA PRODUÇÃO 56 
ANÁLISE DA PRODUÇÃO EM LONGO PRAZO 57 
ANÁLISE DA PRODUÇÃO EM CURTO PRAZO 59 
CONCEITOS BÁSICOS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO 62 
 
 3 
CUSTOS DE PRODUÇÃO EM LONGO PRAZO 67 
CONCORRÊNCIA PERFEITA 70 
MONOPÓLIO 71 
CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA E OLIGOPÓLIO 73 
TEORIA DOS JOGOS, SUA IMPORTÂNCIA: GERADORA DE ESTRATÉGIAS DAS EMPRESAS 
OLIGOPOLISTAS 74 
ATIVIDADE PROPOSTA 80 
REFERÊNCIAS 83 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 84 
AULA 5: FUNDAMENTOS DA MACROECONOMIA 105 
INTRODUÇÃO 105 
CONTEÚDO 109 
CRESCIMENTO E EMPREGO 109 
O LADO DA OFERTA AGREGADA: ÓTICA DO PRODUTO 112 
O LADO DA DEMANDA AGREGADA: ÓTICA DOS GASTOS DA ECONOMIA 116 
CONSUMO (DAS FAMÍLIAS E DO GOVERNO) E A POUPANÇA 116 
FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO (INVESTIMENTO) 117 
A ECONOMIA ABERTA 119 
OUTRAS FORMAS DE RACIOCÍNIO PARA MENSURAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO 122 
ATIVIDADE PROPOSTA 127 
REFERÊNCIAS 129 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 129 
AULA 6: CONTEXTOS ECONÔMICOS ATUAIS 143 
INTRODUÇÃO 143 
CONTEÚDO 147 
MOEDA, AGREGADOS MONETÁRIOS E SETOR PÚBLICO 147 
BASE MONETÁRIA 151 
INFLAÇÃO: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS 153 
BALANÇO DE PAGAMENTOS E CÂMBIO 157 
ATIVIDADE PROPOSTA 170 
REFERÊNCIAS 172 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 173 
 
 4 
CHAVES DE RESPOSTA 184 
AULA 1 184 
ATIVIDADE PROPOSTA 184 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 184 
AULA 2 188 
ATIVIDADE PROPOSTA 188 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 189 
AULA 5 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
ATIVIDADE PROPOSTA 195 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 196 
AULA 6 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
ATIVIDADE PROPOSTA 200 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 200 
CONTEUDISTA 204 
 
 
 
 
 5 
A realidade econômica das empresas e dos países permeia os mais diferentes 
aspectos da vida das organizações e das sociedades. A compreensão a 
respeito dessa realidade é fundamental para o entendimento do mundo 
globalizado no qual estamos vivendo e que nos ajuda na tomada de decisão 
no plano profissional. 
 
Nesse sentido, o conhecimento das informações a respeito dos elementos que 
nós iremos apresentar nesse curso de pós-graduação e suas aplicações nos 
ajudam a responder a uma série de questões com as quais nós, dentro das 
nossas empresas, nos deparamos continuamente. 
 
Entre essas questões, podemos destacar: Por que aos primeiros sinais de 
elevação da inflação, o Banco Central do Brasil cogita um aumento na taxa 
selic? Por que e em que condições o preço de um produto aumenta? Por que 
a carga tributária brasileira é tão elevada? Por que o crescimento da China 
tem estado tão elevado, apesar da crise econômica que afeta o mundo desde 
2007/08? Por que um mercado está mais concentrado (com menor 
concorrência) do que outros? 
 
Profissionalmente, várias áreas de atuação estão utilizando as informações e 
o emprego da Economia de forma rotineira. É o caso, por exemplo, dos 
administradores, financistas, advogados, gestores, jornalistas, contadores etc. 
Nesse contexto, o conhecimento que iremos adquirir em nossas aulas de 
Economia Empresarial, aliado às aplicações deste conhecimento, não apenas 
representa um diferencial no mercado de trabalho, mas também é 
importante, e bastante valioso, para o sucesso nos negócios. 
 
 
 6 
 
Além disso, na medida em que compreendemos a realidade econômica das 
empresas e das nações, ampliamos, gradativamente, os horizontes do 
conhecimento sobre o nosso país, os nossos mercados e sobre o mundo de 
maneira geral. Isso permite, também, exercer melhor e de maneira mais 
efetiva a cidadania com sustentabilidade para a empresa em que 
trabalhamos. 
 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
1. Apresentar os conceitos de oferta, demanda, elasticidades e mercado 
no qual se esboçam as características principais do chamado equilíbrio 
de mercado e do comportamento do consumidor; 
2. Expor o funcionamento de uma empresa centrado no estudo do 
mercado como regulador da atividade econômica em que esta empresa 
está inserida; 
3. Tratar dos diferentes tipos de mercados, concluindo com a análise a 
respeito da teoria dos jogos; 
4. Abordar a discussão sobre emprego, renda e crescimento, produto e 
suas derivadas como consumo, investimento, gastos do governo e 
exportações líquidas; 
5. Analisar o setor público e a intervenção do Estado na dinâmica 
econômica, salientando a discussão sobre juros, câmbio, inflação, 
moeda e o setor externo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
Introdução 
Começaremos lendo o artigo a seguir, pois ele será base para entendimento 
do material desta aula. 
 
Em novembro, a demanda cresce e oferta cai no setor aéreo (Veja: 
22/12/2012). 
 
Dados da Anac mostram queda de 5,7% na oferta na comparação com igual 
mês de 2011. No mesmo período, a procura aumentou 7,2%. Gabriel Castro, 
de Brasília. 
 
Quem tentou comprar passagens aéreas neste fim de ano encontrou valores 
mais altos do que a média. Dados divulgados nesta sexta-feira pela Agência 
Nacional de Aviação Civil (Anac) ajudam a explicar o que ocorreu: a demanda 
aumentou, a oferta diminuiu e a lei que rege o mercado empurrou os preços 
para cima. 
 
Em novembro, a agência registrou o maior percentual no índice que mede a 
ocupação nos voos domésticos desde o início da série histórica, em 2000: 
76,2%. O índice é fruto de uma demanda que cresceu 7,2% ante o mesmo 
mês de 2011, combinada a uma oferta que cedeu 5,7% no mesmo período. 
Foi o terceiro mês seguido de queda na disponibilização de assentos para 
venda, o que não ocorria há quase nove anos. 
 
 Turbulência – Estes números evidenciam a complexa situação das duas 
maiores companhias aéreas brasileiras, TAM e Gol, que, pressionadas em 
2012 por expressivos aumentos de custo (com destaque para o efeito da 
alta do dólar e o aumento do querosene de aviação), deram início às 
políticas de corte nas rotas consideradas menos rentáveis, sobretudo para 
 
 
 8 
o Norte e Nordeste. Outra razão a enxugar a oferta foi a decisão da Gol de 
fechar a Webjet. 
 
No somatório dos onze primeiros meses de 2012, a demanda cresceu 7,2%. 
No mesmo período, a oferta não acompanhou o ritmo: o acréscimo foi de 
apenas 3,7%. 
 
O balanço da Anac identificou ainda as movimentações do mercado da 
aviação civil no país. Entre janeiro e novembro de 2012, a TAM e a Gol 
mantiveram a polarização no cenário doméstico: a primeira respondeu por 
40,5% da participação de mercado; enquanto a segunda abocanhou 
33,9%. A TAM obteve crescimento de 5,4% no índice que mede o número de 
passageiros transportados. No caso da Gol, houve queda de 3,6%. 
 
Na comparação com novembro de 2011, quem mais cresceu foi a Avianca, 
que praticamente dobrou sua participação no mercado. 
 
A TAM também consolidou o predomínio nas viagens internacionais. Entreas 
empresas brasileiras com rotas para o exterior, a companhia ocupou 89,4% 
do mercado, contra 10,3% da Gol. Trip e Avianca completam a lista. 
 
 Atrasos – Também nesta sexta-feira, o ministro da Secretaria de Aviação 
Civil, Wagner Bittencourt, informou que 12% dos voos em dezembro 
tiveram atraso superior a 30 minutos. O diretor-presidente da Anac, 
Marcelo Guaranys, considerou o resultado "razoável". A meta é manter o 
índice abaixo dos 15%. 
 
Conforme podemos ver pelo artigo acima da Revista Veja de 22/12/2012, um 
dos grandes temas atuais da economia empresarial refere-se ao estudo, 
análise e discussão sobre o comportamento da oferta das empresas em 
função da massa consumidora existente, e procura, por conseguinte, projetar 
os passos desta massa consumidora, algo que é de grande interesse para as 
 
 
 9 
empresas e corporações, que podem ter a segurança de sempre ter a sua 
fatia de mercado, mantendo-se ativas por quanto tempo planejarem. 
Dentro do estudo da economia, a análise da demanda e da oferta é um dos 
fatores extremamente importantes do mundo atual. Destaca-se como 
complementação a discussão sobre elasticidades. Este debate é muito 
importante, porque se refere à explicação a respeito da sensibilidade de uma 
variável em relação à outra variável qualquer. Essa sensibilidade indica que a 
mudança de uma variável, como preço, por exemplo, afeta a magnitude de 
outra variável, como quantidades demandadas ou ofertadas. Nesta aula, 
portanto, estudaremos sobre oferta, demanda equilíbrio de mercado, 
comportamento do consumidor e elasticidades. 
 
Objetivos: 
1. Contextualizar oferta demanda, mercado e equilíbrio de mercado. 
2. Analisar e discutir o comportamento do consumidor segundo seus 
pressupostos básicos de satisfação e de renda e seus respectivos 
efeitos. 
3. Apresentar o conceito de elasticidades e as suas respectivas 
características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
Conteúdo 
Noções Introdutórias a Respeito da Análise de Mercado 
A economia empresarial pelo estudo da análise de mercado é o ramo da 
ciência econômica que se preocupa com a discussão a respeito do 
comportamento econômico dos consumidores, das famílias e das empresas, 
por exemplo, na formação dos preços em mercados específicos. Na verdade, 
nesse aspecto temos um estudo microeconômico, seja no âmbito 
propriamente dito econômico, mas também da administração e da gestão 
industrial e de serviços. 
 
Ao analisar os mercados específicos, devem ser levadas em consideração, no 
estudo da microeconomia, determinadas informações que nos fazem entender 
e compreender melhor do que trata esta divisão da teoria econômica no que 
se refere ao nosso curso. Melhor dizendo: 
 
a) Sobre o mercado, o preço, funções e equilíbrio: 
 
 O mercado é o local ou contexto no qual compradores e vendedores 
tendem a comprar e a vender produtos; no caso da microeconomia, tem-
se um mercado para cada bem e/ou serviço no sistema econômico; 
 
 Nos mercados específicos são formados os preços. O preço de um 
determinado bem e/ou serviço é a sua relação de troca pelo dinheiro, 
melhor dizendo, a quantidade de reais (R$) necessários para ser 
transacionada uma unidade da mercadoria (bem e/ou serviço); 
 
 De acordo com este contexto de mercados específicos, apresentam-se 
funções que demonstram relações entre compradores e vendedores, ou 
seja, uma função mostra a relação entre duas ou mais variáveis; indicando 
como o valor de uma variável (chamada dependente) depende e pode ser 
 
 
 11 
calculado pela especificação do valor de uma ou mais variáveis (definidas 
como variáveis independentes); 
 
 O equilíbrio é uma condição de um mercado que, uma vez atingido, tende 
a persistir. O equilíbrio, de acordo com o que veremos nesta aula, resulta 
do balanceamento das forças do mercado. 
 
b) A respeito da hipótese em latim “coeteris paribus” (tudo o mais 
permanece constante) refere-se ao chamado efeito líquido (ou puro) 
que cada uma variável tem em relação à outra variável qualquer 
especificamente. 
 
Na microeconomia1, segundo Pindyck & Rubinfeld2, são mais relevantes os 
preços relativos, isto é, os preços de um bem em relação aos demais, do que 
os preços absolutos (isolados) das mercadorias. Genericamente, os princípios 
básicos que decorrem da visão dos consumidores e das empresas são os de 
que os primeiros desejam maximizar as suas satisfações e os das empresas, 
maximizarem os seus lucros totais: racionalidade dos consumidores e das 
empresas. 
 
Contudo, o objetivo desta aula é oferecer-lhe uma formação importante, sem 
renunciar a certa capacidade de análise crítica e sistemática microeconômica. 
Mas destaca-se que o estudo da microeconomia pelo qual estamos 
começando a fazer agora, na verdade, estará também discriminado até 
chegarmos à aula II, que diz respeito à teoria da firma e estruturas de 
mercado. 
 
1
A análise da teoria microeconômica (ou teoria dos preços) pode ter papel fundamental para 
poder auxiliar as decisões de planejamento (e administração) das empresas, ou de alguma 
organização produtiva (tais como na formação da política de preços de uma empresa, nas 
previsões de custos de produção etc.), por exemplo. 
2
PINDYCK, Robert S. & RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2010. 
 
 
 
 12 
 
Entretanto, é importante, como condição complementar ao que estamos 
tratando, analisarmos melhor abaixo a chamada teoria de mercado. 
 
Boa aula para você! 
 
Teoria de Mercado 
Um mercado específico caracteriza-se como sendo um lugar qualquer, onde 
grupos de pessoas (físicas e jurídicas) se encontram para tentar comprar e 
vender alguma “coisa” (algum bem e/ou serviço). 
 
Com os modernos meios de comunicação, com a internet e com a 
diversificação do comércio, tais pessoas não precisam estar necessariamente 
em contato direto. Porém, desde que sejam “conhecedoras” dos preços e das 
possibilidades de entrega, procede-se o intercâmbio e, a partir daí, 
caracteriza-se o mercado de trocas. 
 
A teoria de mercado (na microeconomia) nos demonstra, então, que um 
mercado é compreendido como um local (ou uma unidade econômica), ou 
mesmo uma convergência, onde são encontrados compradores e vendedores 
no qual se realizam as forças de oferta e demanda (ou procura) por bens 
e/ou serviços e onde são formados os preços conforme veremos 
adequadamente na aula posterior. 
 
Sistema de Mercado: demanda, oferta e equilíbrio de mercado 
A Lei da Demanda 
As trocas são realizadas nos mercados (interno e externo). Nestes, atuam 
(conjuntamente) as forças da demanda e da oferta por mercadorias (ou 
produtos – bens e/ou serviços). Como os recursos são escassos, os 
compradores e os vendedores tendem a entrar em um acordo sobre os 
preços dos produtos, de tal forma que sejam feitas as transações das 
 
 
 13 
quantidades dessas mercadorias por uma determinada quantidade de 
dinheiro (ou moeda). 
 
Nesse contexto, os preços dos produtos (ou das mercadorias) podem ser 
definidos, na verdade, como a quantidade de reais (R$) necessários, para 
poder obter em troca uma determinada quantidade de mercadorias. Fixando 
preços para todos os produtos (bens e serviços e mesmo para os fatores de 
produção), o mercado permite a coordenação dos compradores e dos 
vendedores, assegurando a viabilidade de um sistema capitalista por meio do 
chamado livre jogo da oferta e demanda que é uma peça-chave no 
funcionamento de toda a economia (de mercado) e ondetende-se a se obter 
o que definimos como sendo o equilíbrio de mercado. 
 
Pela visão microeconômica, o funcionamento de um mercado e a formação de 
preços ocorre devido às relações entre demanda e oferta. A demanda (ou 
procura) de uma determinada pessoa ou grupo de pessoas por um 
determinado produto indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas 
desejam consumir, a dado preço desse produto, num determinado período de 
tempo. 
 
Como exemplo, tomemos o gráfico a seguir que representa o comportamento 
da demanda em relação a um produto X. Quando o preço está em um nível 
elevado, a demanda pelo produto é menor, ou seja, uma boa parte dos 
consumidores não está disposta a adquirir o produto a este nível de preço. No 
gráfico, ao preço Px = R$7,00 teremos Qx = 1.000 Kg a serem consumidas. 
Se o preço está em um nível mais baixo, a demanda pelo produto será maior, 
pois mais consumidores estarão dispostos a adquirir o produto àquele nível de 
preço. Nota-se no gráfico que ao preço Px = R$4,00 haverá Qx = 4.000 kg a 
serem compradas. 
 
 
 
 
 14 
 
Fonte: Desenvolvido pelo autor. 
 
Cabe destacar que efetivamente a quantidade Qx do produto no mercado não 
é somente influenciada pelo preço Px. Existe uma série de outras variáveis 
(ou fatores) que também afetam a demanda deste produto. Desta forma, 
segundo Vasconcellos 3 , temos que, mais tradicionalmente em termos 
quantitativos, os fatores mais significativos que acabam afetando também a 
demanda dos consumidores na sua maioria dos mercados são: 
 
Qx = f (Px, Py, Pz, R)/t 
 
Em que: 
Qx = quantidade procurada (demandada) do produto X 
Px = preço do produto X 
Py = preço do produto substituto 
Pz = preço do produto complementar 
R = renda do consumidor 
 
3 VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. Rio de Janeiro: Atlas. 
 
 
 15 
/t = significa num dado período de tempo (dias, meses etc.)4 
 
De acordo com a função acima, coeteris paribus, se houver um aumento da 
renda e isto fizer com que haja um aumento da demanda, dizemos que o 
produto (X) é de consumo normal. Porém, se dado um crescimento da renda 
e acontecer uma queda da demanda, o produto é de consumo inferior5. 
 
Ainda no que diz respeito à função (geral) da demanda acima, coeteris 
paribus, havendo aumento do preço de um bem Y e que irá fazer aumentar a 
demanda do produto X, diz-se que X e Y são produtos substitutos. Por outro 
lado, se ocorrer um aumento do preço de um bem Z e que este aumento faz 
diminuir a demanda pelo produto X, assim, X e Z são produtos 
complementares6. 
 
A Lei da Oferta 
No que diz respeito à oferta (de uma mercadoria em um determinado 
mercado), esta é a quantidade de um produto X (Qx) que um produtor ou 
conjunto de produtores está disposto a vender, a determinado preço, em um 
período de tempo. Pelo gráfico a seguir, podemos observar o comportamento 
da quantidade ofertada de um produto X (Qx). 
 
Com o nível de preço elevado (Px), os produtores tendem a ofertar uma 
quantidade maior do produto. Se o preço estiver em Px = R$7,00, a 
quantidade a ser colocada no mercado será de Qx = 4.000 kg. Mas se o nível 
 
4Cabe destacar que subjetivamente, os hábitos e preferências dos consumidores em um mercado 
também influenciam a demanda por um produto neste mercado, assim como a publicidade e a 
propaganda. 
5É importante destacar que existe uma categoria que chamamos de bens de consumo superior. Isto 
quer dizer que se o consumidor fica mais rico, demandará mais produtos de maior qualidade, é o caso 
do consumo por joias. 
6É importante salientar que toda vez que ocorrer: 
> alteração de Px, haverá uma modificação de Qx e a esta modificação define-se como sendo uma 
mudança na quantidade demandada (pois toda a mudança será feita ao longo da própria curva de 
demanda); 
> alteração de R, Py, Pz, ocorrerá uma modificação de Qx e a esta modificação chama-se como sendo 
uma mudança na demanda (porque toda esta mudança será gerar um deslocamento da curva de 
demanda, seja para a direita, seja para a esquerda). 
 
 
 
 16 
de preço cair para Px = R$4,00, muitos produtores deixarão de ofertar a 
mercadoria a este preço e teremos uma oferta de Qx = 1.000 Kg, 
ocasionando uma queda na quantidade ofertada. 
 
 
 Fonte: Desenvolvido pelo autor. 
 
Prezado aluno, podemos perceber pela figura anterior que há uma relação 
direta entre a quantidade ofertada do produto X e o seu respectivo preço. 
Mas por que isso tende a acontecer? A resposta a esta questão, coeteris 
paribus, reflete um procedimento no qual um aumento de Px no mercado irá 
instigar o aumento das produções das empresas. Devido a isso, novas 
empresas poderão ser atraídas para a produção deste produto, aumentando, 
portanto, a quantidade ofertada do produto X. 
 
É claro que além do preço do produto X, outros fatores irão influenciar no 
nível da oferta deste produto no mercado, entre eles destacam-se: os custos 
com os fatores de produção7, alterações no nível de tecnologia, aumento da 
 
7 Tais como, os custos com os pagamentos de salários, preços das matérias-primas etc. 
 
 
 17 
quantidade de empresas no mercado etc. Sendo que qualquer modificação do 
Px gera o que chamamos de mudanças na quantidade ofertada, isto é, 
mudanças do nível da oferta ao longo da própria curva; e toda e qualquer 
variação nos custos dos fatores e no nível tecnológico, por exemplo, coeteris 
paribus, acabam acarretando um deslocamento da curva de oferta (ou 
modificações na oferta de mercado). 
 
Equilíbrio de Mercado 
Dadas as curvas de demanda e de oferta já estudadas anteriormente, se 
fizermos o cruzamento destas curvas irá se determinar o que se chama por 
equilíbrio de mercado, formando o preço e a quantidade de equilíbrio como 
está demonstrado pelo diagrama a seguir. 
 
 
Fonte: Desenvolvido pelo autor. 
 
 
 
 
 18 
Nesta situação, há uma "harmonia" entre oferta e demanda. Teoricamente, 
neste ponto, o nível de preço não está nem muito alto nem muito baixo, 
satisfazendo tanto a consumidores quanto a produtores. Mas: 
 
 se tiver algum preço abaixo do preço de equilíbrio, haverá aí um 
excesso de demanda (ou uma escassez de oferta); e 
 por outro lado, ocorrendo um preço acima do preço de equilíbrio, 
surgirá um excesso de oferta (ou uma escassez) de demanda. 
 
Também não podemos nos esquecer de que havendo uma modificação da 
renda dos consumidores e/ou aumento dos custos dos fatores de produção, 
por exemplo, isto acarretará alteração no ponto de equilíbrio de mercado. 
 
Comportamento do Consumidor8 
A discussão que empregaremos aqui é de como consumidores racionais que 
irão realizar as suas demandas distribuem os seus recursos entre os 
diferentes bens de forma que consigam maximizar os seus níveis de utilidades 
(ou satisfações). Sob o ponto de vista histórico, o conceito de utilidade 
empregado era o de utilidade cardinal, ou seja, o de utilidade como uma 
magnitude que se podia medir. Neste caso, o argumento era o de que 
aumenta a satisfação (ou utilidade total) do consumidor conforme aumenta a 
quantidade a ser consumida de um determinado produto9. 
 
Atualmente, a economia empresarial leva mais em consideração, na moderna 
teoria a respeito do comportamento do consumidor, o princípio da utilidade 
ordinal. Sob este enfoque, examina-se a ordem de preferências pelas 
 
8 Toda a análise a respeito do comportamento do consumidor está calcada na discussão sobre demanda 
Marshallianae Hicksiana. 
9 A utilidade total, derivada do consumo do bem, cresce à medida que o consumidor aumenta a 
quantidade a ser consumida ao longo do tempo. Entretanto, cabe destacar que o valor acrescentado à 
utilidade total por cada uma unidade a mais do bem a ser consumido é chamado de utilidade 
marginal. Por uma fórmula, a utilidade marginal pode ser calculada da seguinte maneira: UMgx = 
(∆UT/∆Qx), sendo UMgx = utilidade marginal do produto X; ∆UT = variação da utilidade total; ∆Qx = 
variação da quantidade a ser consumida do bem X. 
 
 
 19 
diferentes cestas de mercadorias 10 que o consumidor vai consumir. Neste 
princípio, examina-se-se, por exemplo, se a cesta de bens A é preferida à 
cesta de bens B, se a B é preferida à cesta C, e assim sucessivamente. A 
partir desta ordem é possível estabelecer formalmente as prioridades gerais 
na formação de uma curva de indiferença, como podemos perceber, por 
exemplo, no artigo a seguir do portal G1 que diz respeito às preferências por 
cestas de mercadorias de produtos orgânicos. 
 
Empresas entregam marmitas e cestas de produtos orgânicos 
Empresárias criaram até feijoada vegetariana. 
Outra empresa monta e entrega cestas de alimentos orgânicos em 
SP. 
 
A alimentação saudável agora chega à porta de casa. Uma empresária de São 
Paulo aposta no segmento e entrega uma cesta de produtos sem agrotóxicos. 
Outro destaque são as marmitas orgânicas, uma opção para quem dá valor à 
boa alimentação, com direito à feijoada de vegetais no cardápio. 
 
No lugar de carne seca e costeleta de porco, beterraba, cenoura, carne de 
soja, abobrinha e salsão. A feijoada vegetariana é a campeã de vendas na 
empresa de delivery. São mais de 20 pratos criados pelas empresárias Sofia 
Dobbin e Cassia Janeiro. Todos os alimentos são orgânicos, cultivados sem 
agrotóxicos. 
 
“É um nicho que eu acho que só tende a estourar de muito bom, porque é 
exatamente prático e saudável, as pessoas estão preocupadas com isso hoje, 
com o que você está comendo.” 
 
Cássia e Sofia são vegetarianas e sempre gostaram de cozinhar para amigos. 
Os pedidos aumentaram tanto que, em setembro de 2012, elas decidiram 
 
10 Define-se como sendo uma cesta de mercadorias ao conjunto de uma ou mais mercadorias (ou bens, 
ou produtos) associado às quantidades consumidas de cada uma dessas mercadorias. 
 
 
 20 
cobrar pelos pratos, e abriram uma empresa de entrega de marmitas. O 
investimento inicial foi de R$ 5 mil para comprar matéria-prima. 
 
A empresa funciona na cozinha de casa das empresárias e elas fazem de 
tudo: compram os ingredientes, preparam os pratos, cuidam do financeiro e 
até entregam. O negócio ainda é caseiro pequeno, mas está crescendo. Já 
são 240 pratos por mês, e o segredo está no sabor que elas conseguem dar 
aos vegetais com uns temperos diferentes e especiais. 
 
Em vez de alho e cebola, elas usam tempero indiano, semente de coentro, 
pimenta de limão e sal rosa tirado das rochas. 
 
A feijoada fica pronta em uma hora. Em cima, vão pedacinhos de provolone 
desidratado. Ela é servida com couve, arroz integral e farofa de aveia. 
Além da feijoada, elas fazem refeições com charutos de repolho, almôndegas 
de soja com polenta, tabule, salada de grão de aveia e de chuchu. Os pratos 
só levam vegetais, leite e derivados. 
 
“É a criatividade, né? A gente cria coisas diferentes, com ingredientes 
diferentes, misturas diferentes e fica muito gostoso”, diz a empresária Cássia. 
 
Os pratos pesam em média 450 gamas cada. Eles vão numa embalagem 
plástica, que pode ir ao micro-ondas. Os alimentos orgânicos são mais caros 
que os tradicionais, mas as empresárias garantem: o negócio dá um bom 
lucro. Em média, o custo da matéria-prima para fazer um prato é de R$ 9. E o 
preço de venda é de R$ 20. 
 
“A gente tem convênio com uma empresa e a gente compra diretamente dos 
produtores, fora isso a gente também evita qualquer tipo de desperdício. A 
gente reaproveita muitos alimentos, então isso acaba diminuindo o custo”, 
explica a empresária. 
 
 
 
 21 
O faturamento da empresa de marmitas orgânicas ainda é pequeno – R$ 4,8 
mil por mês. Mas as empresárias apostam em crescimento rápido. “A gente 
hoje tem mais ou menos de 200 a 300 pratos por mês e a minha meta é 
chegar a 1000.” 
 
A empresa tem hoje 40 clientes. Tadeu Freitas vai experimentar pela primeira 
vez a feijoada vegetariana. “Essa feijoada é uma delícia. É uma feijoada sem 
gordura, com a couve, sem o tempero como normalmente as pessoas fazem. 
Então fica com outro sabor”, sugere. 
 
Cesta 
Outra prova de que esse mercado é bom está em outra empresa. Desde 
1999, Rachel Soraggi monta e entrega cestas de alimentos orgânicos em São 
Paulo. 
 
“Eu tenho para mim que é uma coisa que vai crescer muito. O consumidor 
ainda vai se conscientizar de que é a melhor forma de se alimentar”, diz a 
empresária. 
 
São 400 itens. Todos com a certificação de orgânicos. Arroz, café, biscoito, 
legumes, verduras, frutas, iogurte, queijo e até produtos de limpeza. Rachel 
compra direto dos produtores, e consegue preços mais baixos. “O segredo é 
muito trabalho, perseverança, buscar produtos, inovar, sempre a procura de 
alguma coisa nova, investir em qualidade do produto.” 
 
Do total, 70% das vendas de orgânicos são pela Internet. O cliente quer 
rapidez e praticidade. É só entrar na loja virtual, clicar nos produtos, pagar 
com cartão de crédito ou na hora da entrega. 
 
A rotina da empresa é separar os produtos de acordo com a lista de pedidos e 
colocar na cesta. O desafio é que o fornecimento de orgânicos é irregular, os 
produtores são poucos e pequenos. E toda semana falta algum tipo de 
 
 
 22 
produto. “Eu procuro outros fornecedores certificados, orgânicos, quando não 
encontro. O cliente tem que entender que não posso enviar a mercadoria.” 
 
Para montar o delivery de orgânicos, a empresária investiu R$ 100 mil. Ela 
reformou o espaço, montou a loja virtual e reservou capital de giro para 
compra dos produtos. A divulgação do negócio é feita em feiras, folhetos e 
boca a boca. 
 
A empresa entrega 130 cestas orgânicas por semana. O preço médio do frete 
é de R$ 9,50, para a capital paulista. Diego Espino é cliente há dois anos. “Eu 
pedi legumes, verduras e pouca fruta.” De acordo com ele, a encomenda traz 
comodidade. 
 
O negócio já fatura mais de R$ 1 milhão por ano, e só cresce. A opção pelo 
saudável é uma tendência forte, que veio para ficar - garante Rachel. 
“Todo mundo hoje tem investido muito em orgânico, tem visto que é um 
mercado em crescimento mesmo e eu quero abocanhar uma parte desses 
consumidores que estão preocupados com a saúde e com impactos 
ambientais na produção.” 
 
Portal G1 
10/03/2013 07h51 - Atualizado em 10/03/2013 07h51 
 
Mas vamos estudar melhor no próximo item sobre o conceito de curva de 
indiferença. 
 
Curva de Indiferença 
Neste tópico, iremos descrever como o consumidor deve classificar as 
diferentes opções de consumo segundo as suas preferências, representadas 
por meio de diferentes cestas de mercadorias. Neste sentido, definimos como 
curva de indiferença ao lugar geométrico de todos os pontos, 
 
 
 23 
representados por cestas de mercadorias, que geram o mesmo nível de 
utilidade ao consumidor. Melhor explicando, a curva de indiferença representa 
graficamente um conjunto de cestas de consumo que são igualmente 
desejáveis pelo consumidor, por isso que esta curva é chamada de curva de 
indiferença. Pois, para este consumidor tanto faz,ou seja, ele é indiferente ao 
escolher a cestaA, ou B, ou C, por exemplo, todas elas proporcionam o 
mesmo nível de satisfação, de acordo com o gráfico abaixo. 
 
Curvas de Indiferença 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
No espaço-mercadoria do diagrama (X e Y) tem-se duas curvas de indiferença 
U1 e U2 negativamente inclinadas, convexas em relação à origem dos dois 
eixos e que não se interceptam. As curvas são negativamente inclinadas, 
porque demonstram que o nível de satisfação do consumidor permanece o 
mesmo. Por exemplo, tendo-se duas cestas A e B com diferentes quantidades 
de X e Y sobre a curva U1, se o consumidor substituir a cesta B pela cesta A
11, 
estará aumentando o consumo de X e diminuindo uma certa unidade de 
consumo de Y, mantendo o mesmo nível de satisfação (ou de utilidade). A 
inclinação da curva de indiferença recebe o nome de taxa marginal de 
 
11 Tal análise de discussão também se refere à cesta C. 
 
 
 24 
substituição (TMgS) e refere-se à taxa de troca da quantidade de um bem 
pela quantidade de outro, mantendo o mesmo nível de bem-estar ou de 
satisfação, calculada através da expressão TMgS = │(∆Y/∆X)│12. 
A convexidade em relação à origem diz respeito à utilidade ser decrescente 
proprorcionada por um bem. Melhor explicando, a inclinação de uma curva de 
indiferença aumenta à medida que nos movimentamos para baixo ao longo 
da curva. A taxa marginal de substituição vai diminuindo à medida que 
aumenta a quantidade de X a ser consumida e reduzimos a quantidade de Y, 
como podemos perceber pela tabela abaixo. 
 
Quantidades de X Quantidades de Y TMgS 
1 10 ----------- 
2 5 5 
3 3 2 
4 2,3 0,7 
5 1,7 0,6 
6 1,2 0,5 
7 0,8 0,4 
8 0,5 0,3 
9 0,3 0,2 
10 0,2 0,1 
Fonte: Tabela desenvolvida pelo autor. 
 
Cabe destacar que acima são apresentadas apenas duas curvas de 
indiferença. Entretanto, entre elas existe um grande número de outras curvas 
de indiferença, em que cada uma representa determinado nível de utilidade, 
sendo que a este conjunto dessas curvas chamamos de mapa de indiferença. 
Quanto mais distante está uma curva de indiferença (ou seja, mais para a 
direita) da origem dos eixos X e Y, maior a satisfação expressa do 
 
12 O resultado desta TMgS está em módulo, pois há uma relação inversa entre a variação de Y com a 
variação de X. Na medida em que há aumento do consumo de X, há uma queda do consumo de Y, e 
vice-versa, fazendo com que o resultado desta taxa seja negativo. 
 
 
 25 
consumidor, que contém cestas mais desejadas. E quanto mais perto dessa 
origem (isto é, mais para a esquerda) apresenta-se uma curva de indiferença 
com cestas menos desejadas. 
 
Restrição Orçamentária 
Com um orçamento (ou rendimento) limitado, o consumidor procura 
normalmente distribuí-lo entre as diversas mercadorias que deseja comprar. 
Desta forma, ele deseja alcançar a melhor combinação que tende a lhe gerar 
o maior nível de satisfação racional possível. 
Assumindo que um dado consumidor gasta toda a sua renda para comprar 
diferentes quantidades de dois produtos denominados de bem X e bem Y em 
um dado mercado, a restrição orçamentária pode ser apresentada através da 
equação: 
 
R = Px.Qx + Py.Qy 
 
Em que: 
R = renda monetária do consumidor; 
Px = o preço de uma unidade de X; 
Qx = quantidade de X; 
Py = o preço de uma unidade de Y; 
Qy = quantidade de Y. 
 
Tendo-se a hipótese de que o consumidor não compra a prazo, assim, ele 
aloca a sua renda na compra das quantidades de X e Y, tem-se que: 
 
> Qy = (R/Py) – [(Px.Qx)/Py] e Qx = (R/Px) – [(Py.Qy)/Px] 
> Se Qy = 0 → Qx = (R/Px) 
> Se Qx = 0 → Qy = (R/Py) 
 
 
 
 26 
A tabela a seguir demonstra as diversas possibilidades de consumo pelas 
quantidades dos bens X e Y. Nela estamos supondo que o consumidor possui 
uma renda (R) semanal de $ 240,00 para gastar, sendo Px = $ 2,00 e Py = $ 
1,00. Existem várias combinações (ou cestas) possíveis discriminadas sob as 
quais o consumidor poderá escolher, como estão expostas a seguir. 
 
Cestas 
Gasto Total com as Cestas de Mercadorias 
R 
Px Qx Px.Qx Py Qy Py.Qy 
I 2,00 0 0,00 1,00 240 240,00 240,00 
II 2,00 20 40,00 1,00 200 200,00 240,00 
III 2,00 40 80,00 1,00 160 160,00 240,00 
IV 2,00 60 120,00 1,00 120 120,00 240,00 
V 2,00 100 200,00 1,00 40 40,00 240,00 
VI 2,00 120 240,00 1,00 0 0,00 240,00 
Fonte: Tabela elaborada pelo autor. 
 
A partir destas informações, traçamos uma linha de restrição orçamentária do 
consumidor descrevendo as combinações possíveis das quantidades dos bens 
Y e X que podem ser adquiridas com um dado nível constante de renda 
semanal para determinados níveis de preços. 
 
Fonte: Gráfico elaborado pelo autor. 
 
 
 27 
Tendo-se no eixo vertical Qy e no eixo horizontal Qx, essa linha indica quais 
são as diversas combinações dos bens (X e Y) que o consumidor poderá 
adquirir de acordo com a sua renda. Ao mesmo tempo, ela demonstra 
também graficamente qual é o máximo que o consumidor poderá gastar para 
obter dos dois bens. 
 
Cabe explicar que uma elevação da renda amplia a capacidade de consumo. 
Isto é representado graficamente por meio de um deslocamento paralelo para 
a direita da linha da restrição orçamentária (LRO). Já uma redução da renda 
promove o deslocamento para a esquerda da LRO. Paralelo a isso, a 
inclinação da LRO é dada pela relação dos preços dos bens. Assim, uma 
modificação em um destes preços irá promover uma alteração da inclinação 
desta linha. 
 
Equilíbrio do Consumidor 
Neste tópico, juntamos as informações que aprendemos a respeito da curva 
de indiferença e da restrição orçamentária, permitindo-nos explicar o 
equilíbrio do consumidor. 
 
Do ponto de vista do consumidor, ele sempre prefere estar no nível maior de 
satisfação com a sua curva de indiferença mais para a direita, ou seja, mais 
afastada das origens dos eixos. No entanto, este nível não poderá ser 
alcaçado em função do seu orçamento, pois este acaba delimitando o seu 
poder de compra. De acordo com o gráfico a seguir, esta delimitação é dada 
pela linha da restrição orçamentária que tangencia uma dada curva de 
indiferença gerando uma máxima satisfação, ou chamado (ponto de) 
equilíbrio do consumidor, em função da renda do consumidor e dos 
preços dos produtos. Neste ponto, o consumidor distribui a sua renda 
adequadamente na compra entre os bens de forma a alcançar a combinação 
que lhe dá a maior satisfação (ou utilidade) possível. 
 
 
 
 28 
 
Fonte: Gráfico elaborado pelo autor. 
 
Efeito Preço, Efeito Renda e Efeito Substituição 
Dado o tópico C anteriormente estudado, é importante destacar que há 
alterações da posição de equilíbrio do consumidor e tais alterações são 
conhecidas como análise dos efeitos (ou das causas) devidos (as) ao preço, à 
renda e à substituição dos produtos. Para uma análise mais simples, 
chamaremos q1 a quantidade do bem 1 e de q2 a quantidade do bem 2. 
 
O gráfico abaixo apresenta o efeito renda. Este efeito retrata uma 
modificação na posição de equilíbrio do consumidor, em função de uma 
variação na renda nominal deste consumidor, na qual os preços dos bens 
1 e 2 são mantidos constantes. Se houver, por exemplo, um aumento de 
sua renda, o consumidor comprará maiores quantidades dos bens 1 e 2 
deslocando o ponto de equilíbrio do consumidor para a direita, gerando novos 
e diferentes níveis de satisfação alcançáveis, por causa da variação da renda. 
Ao mesmo tempo, observa-se que ao unirmos todos os pontos de equilíbrio 
do consumidor, forma-se que denominamos de linha oucurva renda-
consumo, mostrando a variação do consumo dos bens 1 e 2, mantidos 
constantes os preços destes bens. 
 
 
 
 29 
 Fonte: Salvatore. 
 
No caso do efeito preço, este é caracterizado como sendo uma modificação 
da posição do ponto de equilíbrio do consumidor, em razão da alteração nos 
preços de um dos bens (supondo, do bem 2), mantida a sua renda 
nominal constante. Nesse caso ocorre um deslocamento desse ponto em 
consequência de um giro das linhas centradas no intercepto do eixo do bem 
1, cujo preço p1 não se modificou. Neste sentido, as sucessivas linhas de 
preços mantêm-se retas, porém, com inclinações diferentes, demonstrando 
que à medida que p2 diminui, eleva-se o consumo de q2. 
 
A satisfação do consumidor aumenta, tão logo sejam atingidas as curvas que 
revelam utilidades cada vez maiores do ponto A para B e do B para o ponto C 
e que ao ligarmos esses pontos de equilíbrio, tem-se uma linha indicadora das 
modificações da posição de equilíbrio do consumidor, sendo que esta linha é 
definida como curva de preço-consumo. Cabe destacar que se determinarmos 
assim a quantidade a ser consumida do bem 2 para cada um de seus 
possíveis níveis de preços, podemos, portanto, derivar a curva de demanda 
do consumidor que demonstra uma relação inversa entre as quantidades e os 
preços. 
 
 
 
q1
G G”G’
q2
U3
F”
F’
F
U2
U1
Curva de Renda-consumo
 
 
 30 
 
Fonte: Salvatores 
 
Por último, o efeito substituição acaba sendo uma complementação do efeito 
preço. Este efeito demonstra como o consumidor realoca o seu consumo em 
função de quando se modificam os preços relativos dos bens 1 e 2, 
independentemente de haver uma modificação direta na sua renda nominal. 
Portanto, retrata como o consumidor tende a comprar mais do bem cujo 
preço relativo teve quedas, com o objetivo de substituir o outro bem que 
ficou relativamente mais caro. O efeito substituição caracteriza-se, na 
verdade, por mera modificação na posição do ponto de equilíbrio ao longo da 
mesma curva de indiferença (E para E’), tendo esta curva sofrido uma 
alteração da sua inclinação de acordo com a figura abaixo. 
 
 
Fonte: Salvatore. 
q1
q2
F
G’0 G G”
U3
U2
U1
A
B
C
Curva de Preço-consumo
 
 
 31 
Elasticidade: princípios 
De acordo com as leis da oferta e da demanda estudadas na aula 1, indica-se 
a direção, ou mesmo o sentido, pela mudança dos preços de um produto 
(seja ele um bem ou um serviço qualquer) em um determinado mercado. 
Melhor dizendo, quando o preço deste produto sobe, a demanda tende a 
diminuir e a oferta (deste mesmo produto) tende a aumentar. Em sentido 
contrário, o preço caindo, a demanda tende a aumentar e a oferta a cair. 
Porém, essa lei não informa adequadamente o quantum a mais (ou a menos) 
os consumidores irão demandar ou os produtores poderão ofertar em função 
das modificações dos preços do produto em questão. Para isso, o conceito de 
elasticidade é usado com o objetivo de mensurar a sensibilidade que as 
pessoas possam ter frente às mudanças em variáveis econômicas. E é em 
função dessas explicações que ao longo desse capítulo iremos nos deter. 
 
Tipos de Elasticidades 
A Elasticidade-Preço da Demanda ou da Procura (Epd) 
Define-se como elasticidade-preço da demanda (Epd) ao cálculo relacionado à 
maneira pela qual são medidas quantitativamente as reações que os 
consumidores possam ter às mudanças nos preços de determinadas 
mercadorias por meio da razão entre dois percentuais, isto é, a variação 
percentual na quantidade demandada (∆%Qd) dividida pela mudança (ou 
variação) percentual no preço do produto (∆%Pp): 
 
Epd = (∆%Qd)/(∆%Pp)13 
 
Cabe destacar que, conforme Pindyck & Rubinfeld, o resultado da Epd é 
sempre negativo em função da lei da demanda. Ao mesmo tempo, é 
 
13Discriminando adequadamente as condições desta fórmula da elasticidade-preço da demanda, temos: 
∆%Qd = [(Qf – Qi)/Qi]*100 ∆Pp = [(Pf – Pi)/Pi]*100 
Qf = quantidade demandada final Qi = quantidade demandada inicial 
Pf = preço final do produto Pi = preço inicial do produto 
 
 
 
 32 
importante fazer a classificação da demanda dos produtos em função da Epd. 
Neste sentido, ao que se refere à reação dos consumidores, o quadro abaixo 
(realizado pelo próprio autor) discorre que a demanda por um determinado 
produto pode ser classificada como elástica, inelástica ou de elasticidade 
unitária. Para complementar a explicação sobre este tipo de elasticidade, 
destaca-se um artigo do jornal Valor Econômico que se refere à demanda por 
minério de ferro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
Classificações, Explicações e Análise do Resultado da Elasticidade 
Preço da Demanda. 
Classificações Explicações Análise 
 
 
Elástica 
A demanda por um 
determinado produto é 
elástica quando a 
elasticidade-preço da 
demanda (Epd) tem um 
resultado cujo valor é 
maior que 1,0. Isso 
significa que a variação 
percentual na 
quantidade excede a 
variação percentual do 
preço. 
Os consumidores são 
bastante sensíveis às 
variações no preço. 
 
 
Inelástica 
A demanda por um 
determinado produto é 
inelástica quando a 
elasticidade-preço da 
demanda (Epd) tem um 
resultado cujo valor é 
menor que 1,0. Isso 
significa que a variação 
percentual do preço 
excede a variação 
percentual na 
quantidade. 
Os consumidores são 
menos sensíveis (ou 
relativamente 
insensíveis) às variações 
no preço. 
 
Elasticidade Unitária 
Se a elasticidade-preço 
da demanda por um 
produto for igual a 1,00 
diz-se que a sua 
Os consumidores têm 
sensibilidade relativa em 
função das variações do 
preço. 
 
 
 34 
demanda é de 
elasticidade unitária (ou 
neutra). Melhor dizendo, 
a variação percentual na 
quantidade é igual à 
variação percentual no 
preço. 
Fonte: Elaborada pelo próprio autor. 
 
Vale continua otimista com demanda por minério de ferro 
Por Rafael Rosas (28/11/2011 às 16h:28) 
 
VALOR - RIO - A Vale continua otimista com a demanda por minério de 
ferro no futuro, embora admita a existência de volatilidade no curto prazo. 
Para o diretor executivo de minério de ferro e estratégia da mineradora, José 
Carlos Martins, a volatilidade deverá continuar até o Ano Novo chinês, no fim 
de janeiro. 
 
"Estamos otimistas em relação ao futuro dos mercados de commodities e 
também de minério de ferro. Mas no curto prazo temos alguma volatilidade 
no mercado e essa volatilidade é causada principalmente pelo aumento do 
fornecimento por Brasil, Austrália e África do Sul, combinado com um aperto 
de crédito na China e também com uma demanda mais fraca na Europa e nos 
Estados Unidos", frisou Martins, que participa do Vale Day, na Bolsa de Nova 
York. "Essa combinação criou uma situação em que os preços caíram 
significativamente nos últimos meses", acrescentou. 
 
O executivo lembrou que o preço médio da tonelada de minério de ferro no 
mercado à vista chinês ficou em torno de US$ 175 por cerca de um ano. Nos 
últimos dois meses, caiu para US$ 116, voltou para US$ 150 e agora gira em 
torno de US$ 135. Segundo ele, a elasticidade do preço das importações no 
mercado da China é muito grande e o recuo dos preços contribui para um 
 
 
 35 
aumento nas quantidades compradas do exterior, o que "mantém o mercado 
transoceânico estável, apesar do preçomais baixo". 
 
Martins ressaltou que atualmente a Vale tem ainda uma frota de cerca de 100 
navios trabalhando para ela, dos quais 30% são próprios, 40% são 
contratados por longo prazo e o restante é contratado diariamente, o que 
contribui para reduzir o valor dos fretes. Durante a crise de 2008, a 
companhia foi apanhada em um momento em que realizava suas vendas no 
modelo FOB, no qual navios contratados por clientes embarcavam o minério 
nos terminais da empresa e faziam o carregamento até os clientes. 
 
"Quando o [preço] spot caiu muito, grande parte dos nossos clientes deixou 
de mandar navios para captar nosso minério. Tivemos que reduzir produção 
porque não havia para onde embarcar o minério", lembrou Martins. 
 
Hoje, segundo ele, há uma proposta mais flexível, na qual o único ponto do 
qual a empresa não abre mão é de uma precificação que considere as 
condições de oferta e demanda do mercado. 
 
"Desde que usemos o preço de mercado, abrimos para os nossos clientes a 
possibilidade de o preço ser trimestral, mensal ou diário", disse Martins. "Não 
queremos impor nenhum tipo de sistema de preços, mas queremos dividir 
com nossos clientes o que for melhor para os dois lados. E trabalhamos duro 
nisso", acrescentou, destacando que atualmente 35% das vendas de minério 
de ferro da Vale são baseadas no uso da frota contratada, com a entrega 
direta aos clientes. 
 
"Hoje, se há qualquer problema e os clientes não mandam navios, estamos 
aptos a carregar nossos navios e entregar minério para o mercado a preços 
de mercado", explicou o executivo. "Dada a longa distância entre Brasil e 
China, é claro que devemos ter uma política de frete mais forte e mais 
compreensível. Estamos distantes da Ásia, três vezes mais que o nosso 
 
 
 36 
principal competidor. A política de frete é muito importante no longo prazo 
para a Vale". 
 
Martins ponderou ainda que, atualmente, cerca de 20% das vendas da 
mineradora têm como base o sistema trimestral de preços, que considera a 
média do mercado spot chinês. "O restante está sob negociação", frisou. 
(Rafael Rosas | Valor) 
 
Outros Tipos de Elasticidades 
Elasticidade-Preço da Oferta (Epo) 
A elasticidade-preço da oferta (Epo) mensura quantitativamente a reação dos 
vendedores às mudanças no preço do produto. Essa reação é também 
calculada pela razão entre dois percentuais: a variação percentual na 
quantidade ofertada (∆%Qo), dividida pela mudança (variação) percentual no 
preço do produto (∆%Pp), conforme a fórmula abaixo. 
 
Epo = (∆%Qo)/(∆%Pp) 
 
 
É importante salientar que dos determinantes que afetam a Epo, o tempo é 
significativamente importante, porque, em geral, a elasticidade de curto-prazo 
será diferente da de longo-prazo. Portanto, quanto maior tende a ser o 
tempo, as firmas têm a possibilidade de reagir mais intensamente às 
variações de preços, e a curva de oferta tenderá a se tornar cada vez mais 
elástica. 
 
Pode-se ter as seguintes situações dos resultados da Epo: 
 Epo > 1: produto de oferta elástica; 
 Epo = 1: produto de oferta inelástica; 
 Epo < 1: elasticidade-preço da oferta unitária. 
 
 
 
 37 
Elasticidade-Renda (da Demanda) (Erd) 
É utilizada para medir a reação dos consumidores às mudanças na renda. 
Mais formalmente, mede a variação da demanda dos consumidores (∆%Qd) 
em função das mudanças da renda dos consumidores (∆%R). 
 
Erd = (∆%Qd)/(∆%R) 
 
Para bens normais, há uma relação positiva entre renda e quantidade 
demandada, logo a elasticidade renda é positiva. Porém, para bens inferiores, 
há uma relação negativa entre a quantidade demandada e a renda do 
consumidor. 
 
Elasticidade-Cruzada (da Demanda) (Ecd) 
Refere-se à medida da variação percentual na quantidade demandada de um 
produto X (∆%QX), de acordo com a mudança percentual no preço de outro 
produto qualquer Y (∆%PY). 
 
Ecd = (∆%QX)/(∆%PY) 
 
Para bens substitutos (ou concorrentes) há uma relação positiva entre 
quantidade demandada do produto X e variação de preço do substituto Y, 
logo a elasticidade cruzada (da demanda) dos produtos substitutos tem um 
resultado positivo. Mas para bens complementares, há uma relação negativa 
entre quantidade demandada do produto X e a variação do preço do bem 
complementar Y, logo a elasticidade cruzada (da demanda) dos produtos 
complementares tem um resultado negativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na 
Internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Além 
disso, na biblioteca do seu pólo/campus presencial você também 
pode ler: 
 
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. São Paulo: 
Atlas, 2010. Caps. 2 e 3. 
 
VASCONCELLOS, M. A. S. & Garcia, H. Fundamentos de 
economia. São Paulo: Saraiva, 2010. Caps. 4 e 5. 
 
MOCHON, Francisco. Princípios de economia. São Paulo: Pearson 
– Pretice Hall, 2007. Caps. 2 e 3. 
SALVATORE, D. Microeconomia. São Paulo: McGraw-Hill, 1984. 
Caps. 4, 5 e 6. 
 
Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor 
utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem, 
seja presencialmente ou através da central de mensagens e/ou 
participando ativamente do nosso fórum temático. 
 
 
Atividade proposta 
Um artigo do The New York Times descreveu uma bem-sucedida campanha 
de marketing da indústria de champanhe francês. O artigo observou que 
“muitos executivos estão surpresos com os preços estratosféricos do 
champanhe. Mas, ao mesmo tempo, têm medo de que os fortes aumentos do 
preço reduzam a demanda, o que provocaria uma diminuição repentina nos 
 
 
 39 
preços”. Que erro os executivos estão cometendo em sua análise dessa 
situação? 
 
Referências 
MOCHON, Francisco. Princípios de economia. São Paulo: Pearson – Pretice 
Hall, 2007. Caps. 2 e 3. 
 
PINDYCK, Robert S. & RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2010. 
 
SALVATORE, D. Microeconomia. São Paulo: McGraw-Hill, 1984. Caps. 4, 5 e 
6. 
 
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2010. 
Caps. 2 e 3. 
 
VASCONCELLOS, M. A. S. & Garcia, H. Fundamentos de economia. São 
Paulo: Saraiva, 2010. Caps. 4 e 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
As curvas de demanda, sejam individuais ou de mercado, inclinam-se para 
baixo, pois: 
 
a) Mostram as quantidades totais de bens demandados pelos 
consumidores a cada nível de preços, cujas relações são diretas. 
b) Mostram que quando os preços sobem, por exemplo, as quantidades 
demandadas se elevam, pois cada consumidor pensa em maximizar a 
satisfação. 
c) Apresentam uma relação inversa entre as quantidades demandadas 
com os diferentes níveis de preços dos bens, dadas todas as 
necessidades dos consumidores. 
d) Apresentam uma relação inversa entre as quantidades demandadas 
com os diferentes níveis de preços dos bens, visto os resultados 
negativos dos lucros das empresas. 
e) Mostram efeitos iguais entre quantidades e preços dos produtos, já 
que a relação entre estas duas variáveis são diretamente 
proporcionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
Questão 2 
As curvas de oferta, sejam individuais ou de mercado, inclinam-se para cima, 
pois: 
 
a) Mostram as quantidades totais de bens ofertados pelos produtores ou 
vendedores a cada nível de preços, cujas relações são inversas. 
b) Mostram que quando os preços caem, por exemplo, as quantidades 
ofertadasse elevam, pois cada produtor pensa em maximizar a sua 
satisfação. 
c) Apresentam uma relação direta entre as quantidades ofertadas com os 
diferentes níveis de preços dos bens, dados os níveis de produções das 
empresas. 
d) Apresentam uma relação direta entre as quantidades ofertadas com os 
diferentes níveis de preços dos bens, visto os resultados negativos dos 
lucros das empresas. 
e) Mostram efeitos iguais entre quantidades e preços dos produtos, já 
que a relação entre estas duas variáveis é inversamente proporcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
Questão 3 
Suponha uma situação inicial de equilíbrio no mercado de tratores e a 
ocorrência de duas alterações simultâneas: um aumento no preço do aço – 
principal matéria-prima da indústria de tratores – e a oferta de crédito 
facilitado – juros baixos e prazos longos – para a compra de implementos 
agrícolas. O efeito combinado disso sobre o mercado de tratores deverá ser: 
 
a) O preço de equilíbrio diminui, enquanto a quantidade transacionada 
pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer constante. 
b) O preço de equilíbrio pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer 
constante, mas a quantidade transacionada aumenta. 
c) O preço de equilíbrio pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer 
constante, mas a quantidade transacionada diminui. 
d) O preço de equilíbrio aumenta, enquanto a quantidade transacionada 
pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer constante. 
e) O preço de equilíbrio não se altera, já que não há nenhuma evidência 
de que a quantidade transacionada não deverá ser alterada. 
 
Questão 4 
Existem 10.000 consumidores idênticos em dado mercado de um produto X, 
sendo que cada consumidor possui uma função demanda dada por Qx = 12 – 
2Px. Neste mesmo mercado, há 1.000 produtores idênticos vendendo esse 
produto, em que cada vendedor possui uma função oferta expressa por Qx = 
20Px, assim, o preço e a quantidade de equilíbrio são dados, 
respectivamente, por: 
 
a) $ 3,00 e 60.000 
b) $ 3,00 e 30.000 
c) $ 4,00 e 60.000 
d) $ 4,00 e 30.000 
e) $ 4,00 e 70.000 
 
 
 
 43 
Questão 5 
A empresa XYV apresenta um produto inovador tecnologicamente e 
extremamente competitivo no eixo Rio-São Paulo. Em virtude de este eixo ser 
muito importante para esta empresa, a mesma fez uma pesquisa de mercado 
e, por meio de um programa de computador, chegou as seguintes funções de 
oferta e demanda do seu produto. 
 
 Demanda: Q = 40 – 0,4P – 2Pk + 2,0R, sendo Q = quantidade 
demandada, P = preço do próprio produto, R = renda média dos 
consumidores = $ 2.000,00 e Pk = preço de outro produto = $ 40,00. 
 Oferta: Q = 1,6P, em que Q = quantidade ofertada e P = preço do 
próprio produto. 
 
Assim, o preço e a quantidade de equilíbrio são, respectivamente: 
a) $ 1690,00 e 3.000. 
b) $ 1960,00 e 3.136. 
c) $ 3136,00 e 4.000. 
d) $1.500,00 e 4236. 
e) $ 1691,00 e 5.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
Questão 6 
Leia atentamente as considerações a seguir e assinale a alternativa correta a 
respeito do comportamento do consumidor segundo seus pressupostos 
básicos de satisfação e de renda e seus respectivos efeitos. 
 
I. Curva de indiferença é uma figura geométrica que exprime as várias 
combinações de dois bens, que proporciona igual satisfação ou 
utilidade ao consumidor. 
II. A curva de preço-consumo é o lugar geométrico de pontos do 
equilíbrio do consumidor, resultante da variação apenas do preço do 
bem. 
III. A curva de renda consumo é o lugar geométrico de pontos do 
equilíbrio do consumidor resultante da variação apenas da renda do 
consumidor. 
 
a) I, II e III são falsas. 
b) I e II são falsas e III é verdadeira. 
c) I e III são falsas e II é verdadeira. 
d) I, II e III são verdadeiras. 
e) I e II são verdadeiras e III é falsa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
Questão 7 
A respeito do efeito substituição, leia atentamente as considerações a seguir 
e assinale a alternativa correta. 
 
I. Para um gestor empresarial é importante entender que o efeito 
substituição acaba sendo uma complementação do efeito preço. 
II. O efeito substituição demonstra como o consumidor realoca o seu 
consumo em função de quando se modificam os preços relativos de 
dois bens, independentemente de haver uma modificação direta na sua 
renda nominal. 
III. O efeito substituição retrata como o consumidor tende a comprar mais 
do bem cujo preço relativo teve quedas, com o objetivo de substituir o 
outro bem que ficou relativamente mais caro. 
 
a) I, II e III são falsas. 
b) I e II são falsas e III é verdadeira. 
c) I e III são falsas e II é verdadeira. 
d) I, II e III são verdadeiras. 
e) I e II são verdadeiras e III é falsa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
Questão 8 
Sendo você um gestor empresarial e que analisa o mercado da sua empresa, 
leia atentamente as considerações abaixo e assinale a alternativa correta. 
 
I. Para analisar o consumidor, a teoria da escolha do consumidor baseia-
se na premissa de que as pessoas se comportam de modo racional na 
tentativa de maximizar o grau de satisfação que podem obter por meio 
da aquisição de uma combinação particular de bens e serviços. 
II. As preferências do consumidor podem ser completamente descritas por 
um conjunto de curvas de indiferença conhecido como mapa de 
indiferença. Esse mapa de indiferença oferece uma classificação ordinal 
de todas as escolhas que um consumidor pode fazer. 
III. As linhas de restrição orçamentária representam todas as combinações 
de mercadorias com as quais os consumidores gastariam toda a renda. 
As linhas do orçamento deslocam-se para a direita em resposta a uma 
queda na renda do consumidor e fazem um movimento de rotação em 
torno de um ponto fixo quando o preço de uma mercadoria é 
modificado, mas a renda do consumidor e o preço da outra mercadoria 
permanecem inalterados. 
 
a) I, II e III são verdadeiras. 
b) I e II são verdadeiras e III é falsa. 
c) I e III são verdadeiras e II é falsa. 
d) II e III são verdadeiras e I é falsa. 
e) I, II e III são falsas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
Questão 9 
Uma academia de ginástica permitia o uso de suas instalações a qualquer 
pessoa que se mostrasse disposta a pagar determinada taxa por hora. O 
sucesso foi tão grande que a academia decidiu alterar sua política de preços, 
passando então a cobrar uma anuidade e um taxa horária mais reduzida. 
Para os consumidores, esse novo plano de pagamento é melhor ou pior do 
que o esquema anterior: 
 
a) É pior, pois não dá ao consumidor a vantagem de escolher 
adequadamente o que ele pretende se exercitar na devida academia 
em função da nova política adotada. 
b) É melhor, pois o consumidor poderá utilizar todos os aparelhos de 
ginástica, fazer musculação, fazer natação pagando o mesmo preço 
devido à nova política adotada. 
c) Depende das preferências dos frequentadores da academia, em virtude 
da nova política adotada por esta academia, além das suas restrições 
orçamentárias. 
d) Não é bom, nem pior, pois devido à nova política adotada pela 
academia, há duas tarifas que são de interesse financeiro dos 
proprietários da academia e que por isso fazem com que os 
consumidores não ganhem nada realmente. 
e) A satisfação adicional obtida pelos consumidores da academia não será 
alterada devido à nova política desta empresa, visto que a satisfação 
permanece constante para todo e qualquer consumidor.48 
Questão 10 
Dados vários mercados de um refrigerante ZX, e sabendo-se que para tipo de 
mercado existem diferentes necessidades e preferências dos consumidores e 
níveis de renda diferentes destes consumidores, sendo que para consumidor 
existem pontos de equilíbrio diferentes. Sendo assim, dado cada ponto de 
equilíbrio do consumidor, quanto: 
 
a) Mais para a direita, maior o nível de satisfação, pois menor é o nível de 
renda dos consumidores. 
b) Mais para a esquerda, maior o nível de satisfação, pois maior é o nível 
de renda dos consumidores. 
c) Mais para a direita, maior o nível de satisfação, pois maior é o nível de 
renda dos consumidores. 
d) Mais para a esquerda, menor o nível de satisfação, pois maior é o nível 
de renda dos consumidores. 
e) Mais para a esquerda, maiores serão as preferências dos consumidores 
desse refrigerante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
Questão 11 
A empresa RTY S/A fez uma pesquisa de mercado e em função desta 
formalizou uma curva de demanda que se exprime por Q = 50 – 5P, sendo Q 
= quantidade demandada e P = preço do produto. Destaca-se que com o 
desenvolvimento do produto, a empresa constatou que o mercado encontra-
se em equilíbrio ao preço P = $ 2,00 em um dado período t1. No período 
seguinte, t2, a empresa elevou o preço para P = $2,50, influenciando a 
quantidade a ser vendida e demandada pelo seu produto. 
 
Dadas essas informações, a elasticidade-preço da demanda é: 
a) Elástica (cuja variação percentual da quantidade é menor do que a 
variação percentual do preço). 
b) Inelástica (cuja variação percentual da quantidade é menor do que a 
variação percentual do preço). 
c) Unitária (cuja variação percentual da quantidade é igual à variação 
percentual do preço). 
d) Elástica (cuja variação percentual da quantidade é maior do que a 
variação percentual do preço). 
e) Inelástica (cuja variação percentual da quantidade é maior do que a 
variação percentual do preço). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
Questão 12 
Sabendo-se que a receita total (RT) é obtida pela multiplicação entre o preço 
e a quantidade do produto Y, isto é, RT = Py · Qy, e este produto tem 
demanda inelástica, se o vendedor diminuir o preço do produto, sua receita 
total tenderá a: 
 
a) Manter-se constante, pois a Δ% Qy = Δ% Py. 
b) Manter-se constante, pois a Δ% Qy > Δ% Py. 
c) Manter-se constante, pois a Δ% Qy < Δ% Py. 
d) Diminuir, porque a Δ% Qy < Δ% Py. 
e) Aumentar, porque a Δ% Qy > Δ% Py. 
 
Questão 13 
A elasticidade-preço da demanda de um bem é igual, em módulo, a 0,7. Esta 
informação permite concluir que uma: 
 
a) Elevação do preço deste bem determina uma elevação de sua 
quantidade demandada em proporção maior que a elevação do seu 
preço. 
b) Redução do preço deste bem determina uma elevação de sua 
quantidade demandada em proporção maior que a redução do seu 
preço. 
c) Elevação do preço deste bem ocasiona uma redução de sua 
quantidade demandada em proporção menor que a elevação do seu 
preço. 
d) Uma redução do preço deste bem ocasiona uma redução de sua 
quantidade demandada em proporção menor que a redução no seu 
preço. 
e) Elevação do preço deste bem determina uma redução de sua 
quantidade demandada em proporção igual à elevação do seu preço. 
 
 
 
 
 51 
Questão 14 
Um produto X que possui elasticidade-preço da demanda, em termos 
absolutos, igual a 0,5, sua demanda tem como característica ser: 
 
a) Elástica. 
b) Unitária. 
c) Perfeitamente elástica. 
d) Perfeitamente inelástica. 
e) Inelástica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
Questão 15 
(UNB/2005) Em fins de 2003, a criação de gado americana viu-se atingida por 
casos da doença da vaca louca. Conquanto tenham sido ocorrências isoladas, 
comprometeram enormemente a exportação norte-americana de carne 
bovina. Tendo esse dado como base, leia com atenção os trechos da 
reportagem abaixo, divulgada no caderno Dinheiro da Folha de S. Paulo em 
04/01/2004, e responda às questões seguintes, utilizando-se do instrumental 
e conceitos econômicos em suas justificativas. 
 
Frango ganha espaço no cardápio 
Toda vez que a carne bovina é colocada em xeque, cresce o consumo de 
frango. Essa opção é duplamente favorável ao Brasil. Primeiro, porque o país 
deve aumentar a participação no mercado externo. Segundo, porque a 
evolução do consumo de frango nos EUA deve empurrar para cima os preços 
do milho e do farelo de soja, principais componentes da ração. [...] 
 
Cláudio Martins, diretor da Abef (Associação Brasileira dos Produtores e 
Exportadores de Frango), diz que o impacto negativo sobre a carne bovina 
transfere consumidores para o frango. [...] 
 
O Brasil abocanhou grandes fatias do mercado externo desde 1999, quando 
vários países tiveram problemas com sanidade animal. O crescimento anual 
está próximo de 20% há cinco anos, enquanto o mundial é de 4%. 
 
[...] “o produtor não deve ser tomado por grande euforia”, diz Martins. Um 
aumento exagerado da produção vai desequilibrar o mercado e reduzir preços 
[...]”. 
 
De acordo com a reportagem, a carne bovina e a carne de frango são 
consideradas bens: 
 
a) Complementares. 
 
 
 53 
b) Normais. 
c) Inferiores. 
d) Substitutos. 
e) Elásticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54 
Introdução 
Para começar estudar este conteúdo, leia o artigo abaixo. 
Cade aprova compartilhamento de voos entre Gol e Aerolíneas Argentinas 
Veja: 22/12/2013 
 
Acordo tem como foco viagens de passageiros entre o Brasil e a Argentina. 
Gol já havia feito parcerias do tipo com a Air France, a Alitalia e a Iberia 
(Reinaldo Canato). 
 
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem 
restrições, um acordo de compartilhamento de voos entre a Gol e o Grupo 
Aerolíneas Argentinas. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta quinta-
feira. 
 
Segundo documentos do processo no site do Cade, o acordo considera o 
compartilhamento de voos entre a empresa brasileira e as companhias 
Aerolíneas Argentinas e Austral Líneas Aéreas, ambas do grupo argentino, 
com foco no transporte de passageiros entre Brasil e Argentina. 
 
A Gol tem feito diversas parcerias com empresas aéreas para 
compartilhamento de voos, mas com foco principalmente na Europa, tendo 
feito acordos com companhias como Air France, Alitalia e Ibéria. 
(com agência Reuters) 
Descrevemos na aula 1 o equilíbrio de mercado como sendo o momento pelo 
qual a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada. Assim, o 
equilíbrio de mercado é a pedra fundamental na análise microeconômica da 
economia empresarial. 
 
 
 55 
 
Além disso, complementamos o estudo do equilíbrio examinando as bases da 
demanda e vimos como as decisões de consumo determinam a quantidade de 
produto a ser consumida pelos consumidores, dados, por exemplo, a renda e 
os preços dos produtos, em função de uma dada sensibilidade que os 
consumidores têm a estas variáveis. 
 
Nesta aula 2, iremos transferir nossa atenção para o lado da oferta, mais 
especificamente para quem gera a oferta, ou seja, as empresas, examinando 
a produção e os rendimentos destas empresas. Logo após isso, passaremos a 
analisar as diferentes estruturas de mercado e poderemos perceber que 
existem mercados mais competitivose outros com menor concorrência, como 
no caso do setor aéreo brasileiro, como está no artigo anterior, e discutiremos 
como esse assunto pode ajudá-los na tomada de decisões das suas 
empresas. 
 
Vamos, portanto, a nossa aula! 
 
Objetivos: 
1. Entender o que representa a função de produção e dos custos de 
produção. 
2. Destacar os diferentes tipos de rendimentos das firmas. 
3. Apresentar as diferentes estruturas de mercado. 
4. Compreender o papel da teoria dos jogos dentro das estratégias das 
empresas. 
 
 
 
 
 
 56 
Conteúdo 
O Que Compõe a Curva de Oferta das Empresas 
Toda e qualquer curva de oferta é composta, de uma maneira geral, pelas 
condições da produção e dos custos de produção das empresas. Esta 
discussão refere-se às peças fundamentais para a análise dos preços e do 
emprego dos recursos (ou insumos) de produção que são os elementos 
utilizados pelas empresas para produzir o seu produto final. 
 
Desta maneira, define-se como: 
 
a) Teoria da produção: as relações entre a quantidade produzida e as 
quantidades de insumos utilizados. 
 
b) Teoria dos custos de produção: as relações entre os preços dos 
fatores de produção e a quantidade do produto das empresas. 
 
Teoria da Produção 
A produção é uma função da utilização dos fatores (ou recursos) utilizados no 
processo produtivo. Neste sentido, chamamos de função de produção à 
função que mostra a relação entre o volume (ou a quantidade) de recursos 
de produção utilizados no processo produtivo com o volume (ou quantidade) 
final de produto que pode ser obtido. Uma função de produção em sua forma 
mais simples, coeteris paribus, pode ser demonstrada da seguinte maneira: 
 
qx = f (K, N)/t
14 
Em que: 
qx = quantidade de produção de um determinado produto X qualquer; 
 
14 K = refere-se às máquinas, equipamentos, instalações e edificações, por exemplo, utilizados por uma 
determinada firma para produzir o seu produto final. 
N = capital humano, diz respeito à capacidade de trabalho e bem como empresarial que são utilizados 
pela empresa para gerar a sua produção. 
 
 
 57 
f = relação (ou função); 
K = quantidade do fator de produção capital; 
N = quantidade do fator de produção trabalho; 
/t = determinado período (ou fluxo) de tempo (a curto ou longo prazo). 
 
Nesse contexto, define-se como sendo: 
 Longo Prazo: ao período de tempo que demonstra quando todos os 
fatores de produção são variáveis, em função do aumento do tamanho 
da empresa. 
 Curto Prazo: ao período de tempo em que pelo menos um dos 
recursos de produção está fixo, ou seja, não varia em função do nível 
de produção15. 
 
Análise da Produção em Longo Prazo 
Conforme está colocado no quadro anterior, tem-se o longo prazo de uma 
firma quando todos os fatores de produção são variáveis, isto é, não 
existem fatores fixos de produção. Desta maneira, há uma questão central 
que deve ser respondida, qual seja: quando variam ao mesmo tempo as 
dotações de capital (K) e de trabalho (N), qual o impacto que pode ocorrer 
sobre o volume (ou quantidade) de produção da empresa? 
Como o longo prazo é o período de tempo em que todos os insumos podem 
variar, inclusive o tamanho da empresa, isto dá origem aos conceitos de 
economias (ou rendimentos) de escala, melhor colocando, diz-se que há: 
 
• Economias (ou rendimentos) de escala crescentes quando a variação 
dos fatores de produção causa uma variação mais que proporcional na 
quantidade de produção; 
 
15 Nos livros de economia, geralmente, o capital (K) é considerado o fator fixo e o trabalho (N) o fator 
variável a curto prazo. 
 
 
 58 
• Economias (ou rendimentos) de escala constantes se a variação dos 
fatores de produção gera uma variação na mesma proporção da 
quantidade de produção (ou do produto); 
 
• Economias (ou rendimentos) de escala decrescentes (também 
chamadas de deseconomias de escala) quando a mudança dos fatores 
de produção causa uma variação menos que proporcional no produto 
da empresa. 
 
Em função do que está escrito acima, percebe-se que, portanto, há o que 
podemos conceituar como sendo rendimentos de escala. Tal conceito 
exprime a forma ou a maneira pela qual a quantidade de produção (ou a 
quantidade do produto) da empresa aumenta de acordo com a agregação dos 
fatores de produção quando a empresa aumenta o seu tamanho no longo 
prazo. Então, graficamente16, os tipos de rendimentos de escala podem ser 
visualizados pela figura a seguir. 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
16 Fonte: Vasconcellos e Garcia. 
 
 
 59 
Análise da Produção em Curto Prazo 
Como foi definido anteriormente, o curto prazo é o período no qual pelo 
menos um dos fatores de produção é considerado fixo 17 . A partir daí 
precisamos analisar o que acontece com a produção de uma firma caso se 
varia a quantidade de um dos fatores de produção enquanto o outro fator 
permanece fixo. O diagrama abaixo se refere a esta discussão, e o ponto 
central da mesma é a definição conceitual da lei dos rendimentos 
(marginais) decrescentes. Esta lei pode ser enunciada imaginando uma 
empresa produtora, por exemplo, de produtos agrícolas e que serão mais 
tarde enlatados para a comercialização. 
 
A área de produção (K) é uma área de terra ampla e muito grande para ser 
cultivada, não existindo, inicialmente, trabalhadores (N) para trabalhar nesta 
área de terra. Entretanto, num primeiro estágio de produção (estágio I), 
contrata-se um trabalhador para cultivá-la, rendendo certa quantidade de 
produto para esta empresa. Como a área é ampla, a contratação de outro 
trabalhador aumentará ainda mais a produção e podemos considerar que este 
processo tenha uma continuidade, neste sentido, a produção neste primeiro 
estágio cresce em proporções cada vez maiores. 
 
Para um segundo estágio de produção (estágio II), chega-se até certo ponto 
(momento) em que, dado o limite do fator de produção fixo (a terra), os 
acréscimos da contratação de novos trabalhadores irão aumentar o nível de 
produção, mas tal aumento se fará em proporções cada vez menores. 
 
Em um terceiro estágio de produção (estágio III), chega-se a um ponto 
(máximo) de trabalhadores pela área da terra, fazendo com que, pós este 
ponto, a contratação de mais um trabalhador acabará reduzindo (ou 
diminuindo) a produção da firma (da empresa). 
 
17 Fator de produção fixo é aquele que a quantidade não é alterada em função do nível de produção. 
Enquanto o fator variável é aquele cuja quantidade utilizada varia de acordo com o nível de produção. 
 
 
 60 
A curva de produção total (q)18 do desenho abaixo reflete esses três estágios 
de produção. Paralelo a isso, as curvas de produtividade marginal (PMg) e de 
produtividade média (PMe) são construídas de acordo com a curva da 
produção total (q). Assim, o formato dessas curvas se deve à lei dos 
rendimentos (marginais) decrescentes. Cabe destacar que: 
 
a) a produtividade média do trabalho (PMe) é a relação entre a produção 
total (q) e o número de trabalhadores (N) utilizados na produção da 
empresa, matematicamente, temos: 
 
PMe = (q)/N 
 
Pelo o que se percebe no gráfico abaixo, a PMe é inicialmente crescente, 
atinge um máximo no emprego de trabalhadores e depois passa a ser 
decrescente; 
 
b) a produtividade marginal do trabalho (PMg) é a variação da produção 
(Δq) derivada da variação no emprego do fator trabalho (ΔN), 
matematicamente, temos: 
 
PMg = (Δq

Outros materiais