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Princípios Tributários

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Princípios do Direito Tributário 
Alexandre Machado de Oliveira 
 
Resumo: O presente artigo tem como finalidade uma análise breve dos princípios tributários, os quais 
mais do que alicerces do sistema tributário pátrio, são autenticas limitações ao poder de tributar, 
muitos dos quais com expressa previsão constitucional. 
1. INTRODUÇÃO 
Os princípios orientam na interpretação das normas jurídicas, são vetores que norteiam sua aplicação e 
âmbito de abrangência. Princípio é o alicerce, o pilar que fundamenta as demais normas jurídicas 
positivas que compõem o sistema. 
Neste sentido, trago à colação o ensinamento do professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO: 
"Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio 
implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de 
comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do 
princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores 
fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra. Isto 
porque, com ofendê-lo, abatem-se as vigas que o sustêm e alui-se toda a estrutura nelas 
esforçada." Curso de Direito Administrativo, 12a edição, Malheiros, 2000, p. 748. 
Os princípios tributários que passaremos a estudar, mais do que alicerces do sistema tributário pátrio, 
são autenticas limitações ao poder de tributar, muitos dos quais com expressa previsão constitucional. 
Assim, de uma forma geral, os princípios tributários apresentam-se como garantias ao contribuinte em 
contraposição ao poder do Estado de coercitivamente investir no patrimônio particular para angariar 
receitas públicas. 
2. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
O art. 5°, II da Constituição Federal traz o princípio da legalidade de forma a contemplar o Estado 
Democrático de Direito, ao dispor que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, 
senão em virtude de lei”. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, base da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, consignou em seu texto o princípio da legalidade, 
ao dispor que as balizas do direito natural só podem ser determinadas pela lei. 
O princípio da legalidade quando dirigido ao particular deve ser entendido dentro da autonomia da 
vontade, onde está a afirmar que o particular pode fazer tudo que não for proibido por lei; e sob o 
prisma da Administração Pública, onde está a estabelecer que esta só pode fazer o que a lei permitir. 
Com esta preocupação de delimitar o poder do Estado, sobretudo quando estamos a tratar do poder de 
tributar que se apresenta de forma compulsória ao particular e limitadora de seu patrimônio, o Poder 
Constituinte Originário reforçou o princípio ao repeti-lo no capítulo das limitações ao poder de tributar. 
O art. 150, I da Carta Magna estabelece vedação aos entes políticos, titulares da competência 
tributária, consistente em “exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”. 
A doutrina convencionou chamar este mandamento constitucional de princípio da legalidade tributária, 
e com este nome é cobrado em concursos e exames da ordem. O princípio da legalidade tributária está 
a impor ao Estado a sua atuação incondicionalmente baseada na lei, é o que damos o nome de reserva 
legal. 
Neste contexto o artigo 97 do Código Tributário Nacional estabelece as matérias sujeitas à reserva legal, 
quais sejam: a instituição de tributo ou a sua extinção; a majoração de tributos ou a sua redução; a 
definição do fato gerador da obrigação tributária principal e do seu sujeito passivo; a fixação de 
alíquota e da base de cálculo; a cominação de penalidades e as hipóteses de extinção, exclusão, 
suspensão do crédito tributário ou de dispensa ou redução de penalidades. 
O princípio da legalidade ao impor a exigência de lei para exigir ou aumentar tributo, está a falar da lei 
ordinária ou lei complementar, pois está a dispor sobre a lei em seu sentido estrito. O leitor está a 
perguntar qual a diferença da lei complementar para a lei ordinária. 
Existem duas diferenças principais entre a lei complementar e a lei ordinária, uma no seu aspecto 
material e a outra em seu aspecto formal. 
No aspecto material a lei ordinária se diferencia da lei complementar pelo fato de esta vir 
taxativamente prevista no texto constitucional, sempre que a Constituição quiser que determinado 
assunto seja tratado por lei complementar fará menção expressa “lei complementar”, quando assim não 
o fizer estará tratando da lei ordinária. 
Exemplo claro é o art. 146 da Carta Magna que tratou em dispor as matérias tributárias que exigem lei 
complementar: 
“Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I – dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios; 
II – regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta 
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas; 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de 
pequeno porte, inclusive regimes especiais e simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, 
das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13 e da contribuição a que se refere o art. 239.” 
Observe, igualmente, que a Constituição Federal ao dispor sobre o Imposto Sobre Grandes Fortunas (art. 
153, VII), a Competência Residual da União para a criação de outros tributos não previstos no texto 
constitucional (art. 154, I) e sobre o empréstimo compulsório (art. 148), exigiu expressamente a 
necessidade da lei complementar. Nos casos, por exemplo, dos demais impostos da União, dos Estados e 
dos Municípios a Carta Magna não está a exigir lei complementar, o que indica o tratamento da matéria 
por lei ordinária. 
No aspecto formal a lei ordinária se diferencia da lei complementar quanto a quórum de votação exigido 
para a sua aprovação. Enquanto que para a lei ordinária ser aprovada se exige apenas o quórum de 
maioria simples (maioria dos presentes na sessão de votação); para a lei complementar ser aprovada é 
necessária a maioria absoluta (maioria do total dos membros que compõem a Casa). 
Assim, vamos imaginar a seguinte situação hipotética: Em uma determinada sessão do Senado Federal 
temos a presença de 60 (sessenta) senadores, dos 81 (oitenta e um) que compõem a casa. Se nesta 
sessão for colocada em votação a instituição do Imposto Sobre Grandes Fortunas (que exige lei 
complementar) e a instituição do Imposto Extraordinário de Guerra (que exige lei ordinária), para o 
primeiro precisaremos do voto favorável de 41 (quarenta e um) senadores (maioria absoluta), enquanto 
que para o segundo precisaremos do voto favorável de 31 (trinta e um) senadores (maioria simples). 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
A primeira exceção ao princípio da legalidade está esculpida no artigo 97, § 2° do CTN, que dispõe não 
constituir majoração de tributo a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Observe 
que o dispositivo está a tratar de atualização, e não em aumento da base de cálculo. 
Para a compreensão desta primeira exceção vamos utilizar como exemplo a atualização da base de 
cálculo do IPTU. O valor venal do imóvel obedece a uma tabela de valores disposta pelo Município a 
indicar o valor da área construída em determinada região, é claro que este valor com o passar do tempo 
sofre uma depreciação em razão da inflação,razão pela qual é necessária a atualização monetária. 
Esta atualização monetária realizada pelo Município não representa um aumento real da base de 
cálculo, mas apenas um aumento nominal, facultando ao Município realizar esta atualização por meio 
de Decreto do Prefeito. Contudo, esta atualização deve ter limites, de forma a não configurar um 
aumento de base de cálculo revestido de atualização monetária, com esta preocupação firmou-se o 
entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça: “Súmula 160 – É defeso, ao Município, atualizar 
o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.” 
A segunda exceção ao princípio da legalidade está plasmada no artigo 153, § 1° da CF ao facultar ao 
Poder Executivo alterar as alíquotas do Imposto sobre Importação (II), Imposto sobre Exportação (IE), 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O ato 
normativo é o decreto presidencial ou Portaria do Ministro da Fazenda, utilizada na prática para os 
impostos aduaneiros (II e IE). 
Esta exceção está baseada no caráter extrafiscal destes impostos, vale dizer, são cobrados com a 
finalidade precípua de regular determinado setor da economia, exigindo maior dinamismo na alteração 
das alíquotas a fim de se adequar às rápidas variações da economia. 
A terceira exceção ao princípio da legalidade está encartada no art. 177 § 4°, I, “b” da Constituição 
Federal, consistente na possibilidade de o Poder Executivo reduzir ou restabelecer a alíquota da 
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), relativa às atividades de importação ou 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. Esta 
exceção se materializa por decreto presidencial, e passou a ter previsão no texto Constitucional com a 
Emenda Constitucional n° 33/2001. 
A quarta exceção, também inovação trazida pela Emenda Constitucional n° 33/2001, é a do art. 155, § 
4°, IV da CF, permitindo aos Estados e Distrito Federal definir as alíquotas do ICMS monofásico incidente 
sobre combustíveis. O instrumento normativo utilizado no presente caso é o convênio do 
CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária). 
Ainda em relação às duas últimas exceções inseridas pela Emenda Constitucional n° 33/01, cabe grifar 
que enquanto na CIDE as alíquotas podem ser reduzidas ou restabelecidas (retornar ao patamar inicial); 
no ICMS monofásico incidente sobre combustíveis o texto normativo utiliza a expressão “definir”, o que 
está a demonstrar uma amplitude maior de poder conferido aos Estados e Municípios que reunidos no 
Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) poderão não só restabelecer, mas aumentar a 
alíquota. 
MEDIDA PROVISÓRIA (ART. 62, § 2° CF) 
Inicialmente, cabe advertir que não nos cabe aqui tecer críticas ao funcionamento da medida provisória 
e ao número exorbitante de edições destas medidas pelo Poder Executivo. O fato é que, bem ou mal, 
esta espécie normativa assume relevante papel no cenário jurídico brasileiro, e com a Emenda 
Constitucional n° 32/01 passou definitivamente a integrar o estudo do Direito Tributário. 
A medida provisória é ato normativo, com força de lei, a ser adotado pelo Presidente da República em 
casos de relevância e urgência, nos limites estabelecidos pelo artigo 62 da Constituição Federal. 
O Supremo Tribunal Federal posicionou-se no sentido de admitir a edição de medidas provisórias por 
Governadores de Estado e Prefeitos, quando autorizados pela Constituição Estadual e Lei Orgânica 
Municipal, respectivamente. Cumpre registrar que um dos fundamentos para este entendimento foi 
encontrado no próprio texto constitucional que em seu art. 25, § 2° indicou a possibilidade de sua 
utilização pelo Estado ao prever a vedação de sua edição para a regulamentação da exploração de 
serviços locais de gás canalizado. (ADINS 425 E 812 e Informativos 280, 289 e 433 do STF). 
O processo legislativo da medida provisória consiste em ato singular a ser praticado pelo Chefe do Poder 
Executivo e submetido à apreciação posterior do Congresso Nacional. Ao editar a medida provisória o 
chefe do Poder Executivo deve observar os requisitos constitucionais de relevância e urgência. 
A medida provisória é submetida ao Congresso Nacional para a sua conversão em lei ordinária, todo o 
trâmite deve durar 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado por igual período uma única vez. Se neste 
período de 120 (cento e vinte) dias não for convertida em lei perde a sua eficácia desde a sua edição, 
devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas 
decorrentes. 
Considerando a urgência da matéria tratada pela medida provisória, se esta não for apreciada no prazo 
de 45 (quarenta e cinco) dias contados de sua publicação, passa a tramitar em regime de urgência, 
sobrestando todas as demais deliberações legislativas até que esta seja apreciada, é o que se chama de 
trancamento de pauta e cria grande celeuma entre o poder legislativo e executivo, recebendo severas 
críticas por parte de deputados e senadores, muitas das quais facilmente presenciadas em veículos de 
informação, dentre os quais a TV Câmara dos Deputados e TV Senado. 
Antes da Emenda Constitucional n° 32/01 a medida provisória era reeditada por um número ilimitado de 
vezes, com a nova redação passou a ser vedada a reedição de medida provisória, na mesma sessão 
legislativa que tenha sido rejeitada expressa ou tacitamente. A rejeição expressa se dá com a sua 
apreciação e não conversão pelos membros do Congresso Nacional através de decreto legislativo; a 
rejeição tácita ocorre com a não apreciação no prazo assinalado de sessenta dias, prorrogável por mais 
sessenta. 
Antes da edição desta Emenda Constitucional certa corrente doutrinária advogava a tese de que o 
princípio da legalidade tributária deveria ser interpretado estritamente, de forma a não admitir o uso 
de medidas provisórias em matéria tributária, apenas a lei ordinária e complementar, ressalvando as 
exceções expressamente previstas no texto constitucional. A Emenda Constitucional n° 32/2001 
pacificou a discussão acerca da possibilidade de a medida provisória disciplinar matéria tributária, 
corroborando o entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
O artigo 62, § 2° da Constituição Federal, prevê a possibilidade de edição de medida provisória para a 
instituição ou majoração de impostos, condicionando a produção de seus efeitos no exercício financeiro 
seguinte, desde que tenha sido convertida em lei até o último dia daquele que foi editada. Com a 
presente previsão a medida provisória que verse, por exemplo, acerca da majoração de uma alíquota de 
um imposto, deverá ser apreciada e convertida em lei no mesmo exercício financeiro que tenha sido 
editada e só produzirá seus efeitos no exercício financeiro seguinte. 
Este condicionamento constitucional tem ressalvas, previstas no próprio dispositivo, em relação aos 
Impostos de Importação (II), Exportação (IE), Sobre Produtos Industrializados (IPI), Sobre Operações 
Financeiras (IOF) e os Impostos Extraordinários de Guerra, os quais não precisam se submeter ao 
princípio da anterioridade, como mais adiante se verá. 
O princípio da anterioridade nonagesimal, ou reforçada, também deve ser observado pela medida 
provisória naqueles casos em que a instituição do tributo ou majoração da alíquota deve obediência. 
Cumpre registrar, por necessário, que as vedações constantes no § 1° do art. 62 da CF também se 
aplicam à matéria tributária, dentre as quais grifamos a vedação de edição de medidas provisórias sobre 
matéria reservada à lei complementar. Assim, a título de exemplo, o Imposto Sobre Grandes Fortunas, 
os Empréstimos Compulsórios, a Competência Residual da União para criar impostos, bem como as 
matérias disciplinadas no art. 146 da Constituição Federal nãopoderão ser objeto de medida provisória, 
pois, por expressa previsão constitucional, devem ser disciplinadas por lei complementar. 
2.PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA TRIBUTÁRIA 
O princípio da igualdade, por muitos doutrinadores é considerado sinônimo do princípio da isonomia, 
pois este etimologicamente analisado advém do grego e significa igual (ísos) e lei (nómos), igualdade 
perante a lei. Não desconheço o esforço de muitos doutrinadores de peso em traçar a diferenciação 
entre a igualdade e isonomia, mas ingressar nesta seara fugiria do objetivo deste artigo, razão pela qual 
trataremos os dois princípios como sinônimos. 
O princípio da igualdade encontra-se positivado no campo do direito tributário com o disposto no art. 
150, II da CF, ao prescrever a vedação de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibindo qualquer forma de distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos. Antes da previsão deste princípio no artigo 150, II da Constituição Federal, verificamos a sua 
presença em várias passagens da Constituição, a começar pelo preâmbulo que aponta a igualdade como 
valor supremo de nossa sociedade, logo após encontramos o princípio da igualdade no artigo 5°, “caput” 
da Carta Magna ao dispor que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, o 
que faz o art. 150, II é reforçar este princípio maior. 
Sabemos que os princípios são vetores de direção das demais normas que compõem o nosso sistema 
jurídico, estes princípios devem coexistir sem que possamos falar em sobreposição de um em relação a 
outro. Contudo, o princípio da igualdade, independente das menções expressas no texto constitucional a 
indicar a sua relevância, é um dos maiores princípios a compor e orientar o nosso sistema jurídico, pois 
está a assegurar uma política democrática. 
Ao falar do princípio da igualdade não podemos de deixar de trazer à colação a célebre frase de um dos 
maiores juristas de todos os tempos, Rui Barbosa: 
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que 
se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a 
verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria 
desigualdade flagrante, e não igualdade real.” 
O artigo 150, II ao vedar tratamento desigual para contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, implicitamente também veda tratamento igual para aqueles que se encontrem em situação 
de desigualdade, de tal forma a contemplar em sua plenitude o princípio da igualdade. Neste ponto o 
constituinte adverte que esta desigualdade, a ensejar tratamento desigual, não pode ser considerada no 
campo da ocupação profissional ou função exercida, assim, uma determinada classe profissional não 
pode ser tratada de forma diferenciada em relação à outra, independentemente da denominação 
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. 
Esta preocupação remonta de nossa primeira Constituição de 1824 ao dispor em seu artigo 179, item 15, 
que “ninguém será isento de contribuir com as despesas do Estado na proporção dos seus haveres”. O 
presente dispositivo constitucional de nossa Carta Constitucional outorgada tinha como finalidade 
acabar com os privilégios da nobreza e atender aos preceitos da capacidade contributiva. 
SUB-PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
O princípio da capacidade contributiva apresenta-se como um dos desdobramentos do princípio da 
igualdade. O artigo 145, § 1° da Constituição Federal dispõe que “sempre que possível os impostos terão 
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte...”. Em uma 
linguagem simples podemos traduzir no seguinte jargão: “quem pode mais paga mais, quem pode menos 
paga menos”. 
Uma das formas de se atender a este princípio é a progressividade das alíquotas de acordo com a 
capacidade econômica do sujeito passivo. Exemplo desta progressividade de alíquotas é o Imposto de 
Renda, com as seguintes faixas: isenção, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%. 
O próprio dispositivo faculta à Administração, com a finalidade de dar maior efetividade ao 
cumprimento deste princípio, “identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.” 
Neste diapasão, apresenta-se a Lei Complementar n° 105/2001 que em seu artigo 6° autoriza as 
autoridades e os agentes tributários dos entes políticos a examinar documentos, livros e registros de 
instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, sem 
necessidade de autorização judicial. Cumpre registrar que o dispositivo em comento condiciona esta 
autorização à existência de processo administrativo fiscal em curso e à indispensabilidade da medida, a 
critério da autoridade administrativa competente. 
3. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA 
A preocupação com a irretroatividade das normas tem como fundamento jurídico a segurança jurídica 
que deve reger as relações jurídicas, dentre as quais a do Estado com o particular. 
Com esta preocupação o poder constituinte originário alçou este princípio como cláusula pétrea, 
situando-o no art. 5°, XXXVI da Constituição Federal, ao dispor que “a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” Encontramos, igualmente, o princípio da 
irretroatividade em leis infraconstitucionais, tais como a Lei de Introdução ao Código Civil (art. 6°) e o 
Código Penal (art. 2°), este último admitindo a retroatividade em favor do réu. 
Em matéria tributária, o princípio da irretroatividade tributária está contemplado no art. 150, III, “a” da 
Constituição Federal, que veda a cobrança de tributos “em relação a fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”. O Código Tributário Nacional consignou 
este princípio ao dispor em seu art. 105 que “a legislação tributária aplica-se aos fatos geradores 
futuros e aos pendentes”, implicitamente exclui da aplicação os fatos geradores passados. 
Contudo, em dispositivo posterior, art. 106 do CTN, encontramos exceções ao princípio da 
irretroatividade, que admitem a retroatividade nos casos em que a lei seja expressamente 
interpretativa ou em se tratando de ato não definitivamente julgado, lei posterior venha a beneficiar o 
contribuinte deixando de defini-lo como crime, deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência 
de ação ou omissão ou lhe comine penalidade menos severa. 
Observe que o fato gerador instantâneo não traz grandes dúvidas, pois se uma lei vem a aumentar uma 
alíquota do ICMS em 10 de julho de 2009, ou instituir um tributo nesta mesma data, até o dia 09 de 
julho de 2009 não teremos a incidência desta. Por outro lado, o fato gerador prolongado é objeto de 
discussão na doutrina e jurisprudência, e tem sido objeto de perguntas em concurso público, razão pela 
qual merece ser apreciado. 
Um dos grandes exemplos de fato gerador prolongado é o do Imposto de Renda. Neste caso não temos o 
fato gerador ocorrendo em um momento isolado, mas sim durante todo o ano-base, que no caso do 
Imposto de Renda é qualquer forma de ganho patrimonial auferido ao longo do ano, a isto damos o nome 
de “fato gerador complexivo”. 
O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 584 acerca do tema, dispondo que “aplica-se a lei vigente 
no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração”. Entendeu a Suprema Corte que o 
fato gerador do imposto de renda se consuma no último dia do ano (31 de dezembro). 
No sentido da súmula, vejamos decisões do Supremo Tribunal Federal: 
“AI-AgR Nº 333.209 / PR RELATOR: MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE (DOU de 6/8/2004) EMENTA:Imposto 
de renda: correção monetária: atualização pela UFIR: constitucionalidade do art. 79 da L. 8383, de 
30.12.91: precedentes. Se o fato gerador da obrigação tributária relativa ao imposto de renda reputa-se 
ocorrido em 31 de dezembro, conforme a orientação do STF, a lei que esteja em vigor nessa data é 
aplicável imediatamente, sem contrariedade ao art. 5°, XXXVI, da Constituição.” 
RE N 199.352 / PR - RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO (DOU de 9/8/2002) EMENTA: CONSTITUCIONAL. 
TRIBUTÁRIO. DECRETO-LEI Nº 2.462/88. ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA. OBEDECIDOS OS PRINCÍPIOS 
DA IRRETROATIVIDADE E DA ANTERIORIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA. O fato gerador do imposto de renda é 
aquele apurado no balanço que se encerra em 31 de dezembro de cada ano. O Decreto-lei 2.462 foi 
publicado em 31 de agosto de 1988. Foi respeitado o princípio da anterioridade da lei tributária. 
Recurso não conhecido.” 
No que pese o entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca do tema, este entendimento afronta o 
princípio da anterioridade a que o imposto de renda está submetido. Por este princípio, o qual iremos 
estudar mais a frente, a lei só passa a produzir efeitos no exercício financeiro seguinte a sua edição. 
No que pese a edição da súmula, ainda em vigor, o Superior Tribunal de Justiça vem se posicionando de 
forma diversa, de forma a contemplar o princípio da anterioridade e a segurança das relações jurídicas, 
posicionamento que vem sendo seguido por provas de concurso, tais como a ESAF. Contudo, cabe alertar 
ao leitor que se na prova for cobrado o entendimento do Supremo Tribunal Federal a resposta deve ser 
de acordo com a súmula 584. 
Outro tributo que merece análise, quando falamos em fato gerador prolongado, é a Contribuição Social 
Sobre o Lucro Líquido (CSLL). Esta se diferencia do Imposto de Renda, pois não se submete ao princípio 
da anterioridade do exercício financeiro, apenas ao princípio da irretroatividade e da anterioridade 
nonagesimal, ou noventena. 
Assim, se uma lei aumentar a alíquota desta contribuição em agosto terá aplicabilidade por todo o ano, 
sem que possamos falar em ofensa ao princípio da irretroatividade. Ocorre que, como já visto, o 
Supremo Tribunal Federal entende que o fato gerador destes tributos de efeito prolongado ocorre no 
último dia do exercício financeiro. 
Recentemente o Governo Federal editou a medida provisória n° 413/2008, importando em majoração da 
alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido de 9% (nove por cento) para 15% (quinze por 
cento). O Partido Democratas – DEM propôs Ação Direita de Inconstitucionalidade arguindo que a 
Medida Provisória iria incidir sobre fatos geradores ocorridos desde 01 de janeiro de 2008, ferindo o 
princípio da irretroatividade e anterioridade nonagesimal. (ADIN de nº 4003, Relatora Ministra Ellen 
Gracie) 
O entendimento da Corte Suprema não deve ser destoante do entendimento consolidado de que o fato 
gerador deste tributo ocorre no último dia do exercício financeiro, razão pela qual não se verifica a 
ofensa aos princípios da anterioridade nonagesimal e ao princípio da irretroatividade. 
Cumpre observar que neste caso não temos a ofensa ao princípio da anterioridade do exercício 
financeiro, como é o caso do Imposto de Renda, razão pela qual o este é o entendimento a ser adotado 
em provas de concurso. Sobre o assunto ler AI-AgR-ED 333.209/PR – Rel. Min. Sepúlveda Pertence – 
julgado em 02.03.2007 e RE 197790-6/MG – DJ 21.11.97, Rel. Min. Ilmar Galvão. 
4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
O artigo 150, III, “b” da Constituição Federal veda a cobrança de tributos “no mesmo exercício 
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”. O princípio da anterioridade 
do exercício financeiro predica, tão somente, que se uma lei vier a aumentar ou criar um tributo, ela 
deverá ser anterior ao exercício financeiro em que o tributo será cobrado. 
O exercício financeiro corresponde ao ano civil (01 de janeiro a 31 de dezembro). Assim, se quiser 
aumentar a alíquota do ICMS para o ano de 2015, a lei deverá ser publicada no ano de 2014. Da mesma 
forma, se quiser instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) em 2010, a lei deverá vir em 2009. 
O fundamento deste princípio é a não surpresa. Explico: o escopo da norma é evitar que o contribuinte 
seja surpreendido com a cobrança de um determinado tributo do dia para a noite, dando tempo para ele 
se programar para a nova exação que será cobrada. 
Observe que este princípio vem a reforçar o princípio da irretroatividade, pois além de o legislador 
vedar a aplicabilidade da lei a fatos anteriores à sua edição, ele também veda que a lei que crie ou 
aumente tributo venha a ser aplicada no mesmo exercício financeiro. Este princípio constitucional, 
assim como o princípio da irretroatividade, é considerado cláusula pétrea, conforme entendimento do 
Supremo Tribunal Federal na ADIN 939-7 DF, Rel. Min. Sydney Sanches. 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
O próprio artigo 150 traz as exceções ao princípio da anterioridade do exercício financeiro em seu § 1°, 
quais sejam: 
1. Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros – II; (art. 153, I da CF) 
2. Imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados – IE; (art. 153, 
II da CF) 
3. Imposto sobre produtos industrializados – IPI; (art. 153, IV da CF) 
4. Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – 
IOF; (art. 153, V da CF) 
O fundamento destas exceções ao princípio da anterioridade está no caráter extrafiscal destes tributos, 
que são instrumentos reguladores da economia e da política monetária e fiscal do país. Não pode o 
Poder Executivo aguardar a virada do exercício financeiro para colocar em prática iniciativas tendentes 
a amenizar ou contornar crises de setores da economia, sobretudo em um mundo globalizado. 
Ex: frente a um desabastecimento de feijão, em razão de um problema climático, a fim de evitar a sua 
falta e o aumento de preço, aumento a alíquota do imposto de exportação; (regular a oferta de bens no 
país) 
Ex: frente a uma crise na indústria de calçados, a fim de evitar o desemprego no mercado de calçados, 
aumento a alíquota do imposto de importação; (proteção do mercado interno) 
Outro exemplo recente é o da redução do IPI para automóveis, com a finalidade de amenizar os efeitos 
da crise mundial e evitar demissões na indústria automobilística. (fomentar a economia) 
5. Empréstimo Compulsório para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, 
de guerra externa ou sua iminência; (art. 148, I da CF) 
6. Impostos Extraordinários de Guerra; (art. 154, II da CF) 
Fundamento: A própria excepcionalidade do tributo está a indicar a necessidade de sua não submissão 
ao princípio da anterioridade. Não tem como o país entrar em guerra no mês de março e aguardar até 
janeiro do ano seguinte para angariar os recursos necessários para o custeio das despesas que devam ser 
realizadas, como compra de armamento, deslocamento de tropas, medicamentos, etc. 
Além das exceções plasmadas no art. 150, I da Constituição Federal, temos outras três exceções 
esparsas no texto constitucional, a saber: 
A prevista no artigo 195, § 6º da Constituição Federal: 
1. Contribuições de seguridade social, incluídas a contribuição para o PIS/PASEP e a CONFINS. (art. 195 
da CF) 
A prevista no artigo 177, § 4°, I “b” da Constituição Federal: 
2. Contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível - 
CIDE, no caso de redução ou restabelecimento de sua alíquota por ato do Poder Executivo; 
 A prevista no artigo 155, § 4º, IV, “c” da Constituição Federal: 
3. Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobreprestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS, incidente em etapa única sobre 
combustíveis e lubrificantes, no caso de redução e restabelecimento da alíquota mediante convênios de 
ICMS, celebrados no âmbito do CONFAZ. 
Das nove exceções apresentadas, as oito primeiras estão incluídas na Competência da União, sendo que 
a última está a tratar de imposto de competência estadual. Destas oito de competência da União 
verificamos que dos impostos deste ente político apenas o IR, ITR e o IGF são os que não constam nesta 
lista. 
Outrossim, no que pertine às duas últimas (CIDE e ICMS), a excepcionalidade está apenas na redução e 
restabelecimento da alíquota. Desta forma, a exceção ao princípio da anterioridade não está 
autorizando que se ultrapasse o teto da alíquota fixada anteriormente à redução, razão pela qual se fala 
em restabelecimento e não em aumento de alíquota. 
5. PRINCÍPIO DA NOVENTENA 
O princípio da noventena é também conhecido como princípio da anterioridade nonagesimal ou princípio 
da anterioridade reforçada. Este último nome se explica pela razão de que este princípio foi 
acrescentado pela Emenda Constitucional n° 42/2003, de forma a reforçar o princípio da anterioridade 
do exercício financeiro. 
Ocorre que apenas o princípio da anterioridade do exercício financeiro não era o bastante para 
assegurar a não surpresa do contribuinte na publicação de leis que viessem a instituir ou aumentar 
tributo. Por algumas vezes os contribuintes foram surpreendidos com o aumento e instituição de tributos 
nos últimos dias do ano, sem que esta lei estivesse a desobedecer ao princípio da anterioridade comum, 
pois o Estado estava a cobrar o tributo horas depois, contudo, em outro exercício financeiro. 
Assim, a fim de coibir que um tributo fosse criado ou tivesse a sua alíquota aumentada no dia 31 de 
dezembro e passasse a ser cobrado no dia 01 de janeiro, horas depois, o princípio da noventena veio 
para reforçar o princípio da anterioridade do exercício financeiro, exigindo a observância do prazo de 90 
(noventa dias) da data em que haja sido publicada a lei que instituiu ou aumentou o tributo. 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NOVENTENA 
O mesmo artigo 150 que contempla este princípio, em seu § 1° aponta exceções, quais sejam: 
1. Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros – II; (art. 153, I da CF) 
2. Imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados – IE; (art. 153, 
II da CF) 
3. Imposto de Renda – IR; (art. 153, III da CF) 
4. Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – 
IOF; (art. 153, V da CF) 
Chamo a atenção do leitor, neste ponto, para apontar que no lugar do Imposto sobre produtos 
industrializados - IPI, que se encontrava no item 3, quando falamos da anterioridade do exercício 
financeiro, agora temos o Imposto de Renda – IR. 
5. Empréstimo Compulsório para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, 
de guerra externa ou sua iminência; (art. 148, I da CF) 
7. Impostos Extraordinários de Guerra; (art. 154, II da CF) 
Ademais, quanto à fixação da base de cálculo não se submetem ao princípio da noventena os seguintes 
impostos: 
8. Imposto sobre propriedade de veículo automotor - IPVA; (art. 155, III) 
9. Imposto sobre propriedade territorial urbana – IPTU. (art. 156, I) 
Podemos notar que o princípio da noventena não é aplicado sempre em conjunto com o princípio da 
anterioridade do exercício financeiro, existindo situações em que apenas um deles é aplicado, uma vez 
que as exceções destoam de um para outro princípio. 
Até o item 6 temos apenas a alteração do Imposto sobre produtos industrializados - IPI (exceção ao 
princípio da anterioridade do exercício financeiro) para o Imposto de Renda – IR (exceção ao princípio da 
noventena). Temos assim, o II, IE, IOF, Empréstimo Compulsório decorrente de guerra externa ou sua 
iminência e o Imposto Extraordinário de Guerra como exceções comuns aos dois princípios. 
Por outro lado, as exceções do princípio da anterioridade do exercício financeiro dos itens 7, 8 e 9 
(contribuição de seguridade social, CIDE e o ICMS) não se repetem no princípio da noventena, dando 
lugar ao IPVA e IPTU. Cumpre registrar que estas duas últimas exceções ao princípio da noventena dizem 
respeito, apenas, à fixação da base de cálculo. 
Por fim, e não menos importante, a contribuição de seguridade social está a se submeter ao princípio da 
anterioridade nonagesimal de acordo com o art. 195 § 6° da Constituição Federal que dispõe que “só 
poderão ser exigidas depois de decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver 
instituído ou modificado”. No que pese a expressão “modificado”, no lugar de “aumentado” do art. 150, 
I, “c”, o Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento que a expressão modificado tem o mesmo 
significado que aumentado. 
 
6. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO 
O artigo 150, IV da Constituição Federal veda a utilização de tributo para fins confiscatórios. A perda de 
bens tem previsão na Carta Constitucional em seu art. 5° XLVI, “b”, o que faz o dispositivo em análise é 
vedar que o tributo seja utilizado como instrumento a alcançar este objetivo, sobretudo porque tributo 
não é pena. 
Não existe um critério predeterminado a apontar o que seja confisco, necessitando da análise do caso 
concreto. Nesta análise nos valemos do princípio da razoabilidade, verificando se aquela tributação é 
razoável e proporcional, este último se verifica com o confronto entre o patrimônio tributável e o 
tributo cobrado. 
No que pese a ausência de uma definição legal do que seja confisco, é claro que certas circunstâncias 
configuram claramente o efeito confiscatório de determinado tributo. Exemplo claro seria a tributação 
de determinado imposto com uma alíquota de 100% (cem por cento) ou próxima deste patamar. 
A vedação do efeito confiscatório também se estende às multas, no que pese a vedação do art. 150, IV 
fazer menção apenas a tributos. Neste sentido trazemos à colação entendimento da Corte Suprema: 
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. §§ 2.º E 3.º DO ART. 57 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES 
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE 
VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO RECOLHIMENTO E SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. 
VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A desproporção entre o desrespeito à 
norma tributária e sua consequência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, 
atentando contra o patrimônio do contribuinte, em contrariedade ao mencionado dispositivo do texto 
constitucional federal. Ação julgada procedente. – STF - ADI 551 / RJ - DJ 14-02-2003 PP-00058.” 
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI Nº 8.846/94 EDITADA PELA UNIÃO FEDERAL -... A 
TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA É VEDADA PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - É cabível, em sede de 
controle normativo abstrato, a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal examinar se determinado 
tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, 
da Constituição da República. Hipótese que versa o exame de diploma legislativo (Lei 8.846/94, art. 3º e 
seu parágrafo único) que instituiu multa fiscal de 300% (trezentos por cento). - A proibição 
constitucional do confisco em matéria tributária - ainda que se trate de multa fiscal resultante do 
inadimplemento, pelo contribuinte, de suas obrigações tributárias - nada mais representa senão a 
interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da 
fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos 
contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a 
uma existênciadigna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas 
necessidades vitais básicas. - O Poder Público, especialmente em sede de tributação (mesmo tratando-
se da definição do "quantum" pertinente ao valor das multas fiscais), não pode agir imoderadamente, 
pois a atividade governamental acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade 
que se qualifica como verdadeiro parâmetro de aferição da constitucionalidade material dos atos 
estatais. ... STF - ADI-MC 1075 / DF -DJ 24-11-2006 PP-00059.” 
O Supremo Tribunal Federal tem entendido que para análise do efeito confiscatório deve ser 
considerada toda a carga tributária a incidir sobre determinado patrimônio do contribuinte. Contudo, 
com o escopo de assegurar a manutenção do pacto federativo, a carga tributária a ser considerada é a 
de um único ente isoladamente. Desta forma, não levaremos em consideração a carga tributária da 
União e do Estado em conjunto, mas sim a totalidade da carga tributária de cada um destes entes. 
ADInMC 2.010-DF 
Em síntese, esta vedação constitucional dirigida ao legislador em um primeiro momento e ao intérprete 
e aplicador da norma, o Poder Judiciário, em um segundo momento, deve ser analisada à luz dos 
princípios da razoabilidade e proporcionalidade, com a perspectiva de que a tributação atinja o seu fim 
sem comprometer o exercício de direitos individuais e sociais plasmados no texto constitucional, 
garantindo uma existência digna. 
7. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO DE PESSOAS OU BENS 
O artigo 150, V da Constituição Federal veda a cobrança de tributos com a finalidade de limitar o 
tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. A presente vedação 
vem em atendimento ao prescrito no art. 5° XV da CF que assegura a liberdade de locomoção no 
território nacional. 
A norma tem como destinatário principal o legislador, o qual pode criar tributos com a intenção de 
limitar a passagem de pessoas e bens entre Municípios ou entre Estados. Observe que a norma está a 
vedar que o fato gerador seja a simples passagem de pessoas ou bens de um Estado para o outro ou de 
um Município para o outro, preservando o direito de ir e vir. 
Ao falarmos deste princípio, devemos enfrentar a questão do Imposto sobre a circulação de mercadorias 
e serviços (ICMS) interestadual e o pedágio. Ambos se afiguram como exceções a esta vedação 
constitucional. 
O ICMS estadual é admitido, no que pese a vedação da norma, uma vez que a vedação se dirige à 
circulação territorial e não à circulação negocial. Assim, como já dito, o que a norma quer impedir é a 
criação de tributo com a finalidade única de impedir simplesmente o tráfego de pessoas ou bens, mas 
quando este tráfego se reveste de finalidade econômica, admitida se torna a sua exação. 
Neste sentido ficamos com os ensinamentos de Roberto Wagner Lima Nogueira: 
“É importante esclarecer que essa regra não impede a cobrança de impostos sobre a circulação 
econômica em operações interestaduais ou intermunicipais. O que ela proíbe é a instituição de 
tributo em cuja hipótese de incidência seja elemento essencial a TRANSPOSIÇÃO (TRÁFEGO) DE 
FRONTEIRA interestadual ou intermunicipal. Preserva-se assim a LIBERDADE DE IR-E-VIR, aquela 
liberdade desvinculada de qualquer ato negocial. Imuniza a circulação territorial e não a circulação 
econômica.” (Notas a Propósito das Imunidades Tributárias, fonte: 
http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=5955). 
Quanto ao pedágio, esta exceção já vem prevista no próprio art. 150, V que ressalva da vedação “a 
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”. Assim, para a conservação 
de vias públicas é admitida a cobrança de pedágio pelo Estado, diretamente, ou por particulares na 
qualidade de delegatários de serviços públicos. 
8. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE TRIBUTÁRIA 
O princípio da uniformidade tributária encontra previsão no art. 151 da Constituição Federal e tem 
como fundamento o pacto federativo. Podemos dividi-lo em quatro partes, a saber: 
8.1. Uniformidade Geográfica; 
O princípio da uniformidade geográfica está previsto no artigo 151, I da Constituição Federal, o qual 
veda a instituição de “tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de 
outro...”. 
O presente princípio além de cumprir o pacto federativo, obedece ao princípio da isonomia, ao exigir 
tratamento uniforme para os entes federados. Cumpre consignar que nesta observância ao princípio da 
isonomia, admite-se tratamento distinto para aqueles que se encontre em situação desigual, de tal 
forma a contemplar em sua plenitude o princípio da igualdade. Neste diapasão a parte final do inciso em 
comento admite a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio socioeconômico 
entre as diferentes regiões do País. 
Observe que a possibilidade de concessão de incentivos e benefícios fiscais não é uma exceção ao 
princípio da isonomia, mas o seu cumprimento como instrumento para atingir a igualdade social e 
econômica de todas as regiões do país. Repetindo o ensinamento de Rui Barbosa “tratar desiguais com 
igualdade seria desigualdade flagrante e não igualdade real”, daí o fundamento para a admissão destes 
incentivos e benefícios fiscais. 
Assim, os benefícios fiscais dirigidos às regiões norte e nordeste, sobretudo para aquelas áreas de difícil 
acesso ou de seca, são atos admitidos pelo ordenamento jurídico e necessários a atingir o ideal de 
justiça e igualdade real, exemplo disto é a área de livre comércio de Manaus – Zona Franca de Manaus. 
8.2. Uniformidade na Tributação das Rendas das Obrigações da Dívida Pública; 
O princípio da Uniformidade na Tributação das Rendas das Obrigações da Dívida Pública está plasmado 
no art. 151, II, primeira parte, ao vedar a União a tributação da renda das obrigações da dívida pública 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em níveis superiores aos fixados para as suas 
obrigações. 
O particular torna-se credor da União, do Estado, do Distrito Federal ou Município, ao adquirir títulos da 
dívida pública, dos quais recebe juros. Contudo, se estes juros forem tributados pela União, em relação 
às rendas (juros) do Estado e Município, de forma mais gravosa do que os seus, qualquer particular vai 
preferir adquirir os títulos da União. 
Basicamente este princípio prevê o tratamento isonômico das rendas das obrigações da dívida pública, 
fazendo com que não haja este privilégio dos títulos da União em relação aos dos Estados, Distrito 
Federal e dos Municípios. 
8.3. Uniformidade na Tributação da Remuneração e Proventos dos Agentes Públicos; 
Este princípio encontra previsão no art. 151, II, segunda parte, ao vedar a tributação pela União da 
remuneração e dos proventos dos agentes públicos dos Estados, Distrito Federal e Municípios, em níveis 
superiores aos que fixar para seus agentes. 
Com finalidade evitar tratamento tributário diferenciado entre servidores da União e servidores dos 
Estados, Distrito Federal e Municípios. A discriminação só é autorizada para atingir a real igualdade, o 
que não ocorre no presente caso, pois o fato de ser servidor público de um ou de outro ente não é, por 
si só, fator autorizador de diferenciação tributária. 
O artigo 150, II da Constituição Federal, já é norma de proibição suficiente para proibir este tipo de 
conduta da União em relação aos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
8.4. Vedação de Isenções Heterônomas. 
A presente vedação está no artigo 151, III ao proibir a União “instituir isenções de tributos da 
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.” A presente vedação tem como escopo 
o atendimento do princípio do pacto federativo. 
A isenção estáinsitamente ligada ao Poder de Tributar, de tal forma que aquele que detém a 
competência tributária para instituir determinado tributo, também o tem para isentar. Neste diapasão, 
a possibilidade de dispor acerca da isenção de IPTU é do Município, bem como ao Estado cabe dispor 
acerca da isenção de IPVA e à União a isenção acerca do IR, pois os mesmos detêm a competência 
tributária destes impostos. 
 Assim, a regra é a “isenção homônima” uma vez que o ente político que detém a competência para 
instituir o tributo é o mesmo que tem poder para isentar. O artigo 151, III veda que a União isente 
tributo que não seja de sua competência tributária, ressalvadas as exceções constitucionais. 
A primeira exceção constitucional está no seu art. 155, § 2°, XII, “e” que possibilita a União, por meio 
de lei complementar, a excluir da incidência do ICMS serviços e outros produtos destinados à exportação 
para o exterior. Esta isenção tem como escopo possibilitar ao país maior competitividade de seus 
produtos e serviços no exterior. 
No que pese esta previsão constitucional, o mesmo parágrafo em seu inciso “X” teve a sua redação 
modificada pela Emenda Constitucional n° 42/2003, para contemplar a imunidade das operações que 
destinem mercadorias e serviços para o exterior. Desta forma, a presente isenção perdeu a sua 
aplicabilidade prática. 
A segunda possibilidade de isenção heterônoma está plasmada no art. 156, § 3°, II que autoriza a União, 
por meio de lei complementar, a excluir da incidência do ISS as exportações de serviços para o exterior. 
A União concretizou a presente isenção com a Lei Complementar n° 116/2003. 
Outra possibilidade de isenção heterônoma não prevista no texto constitucional, mas admitida pelo 
Supremo Tribunal Federal, é a isenção prevista em tratados internacionais em relação a tributos da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. No que pese os tratados internacionais serem assinados 
pela União, esta o faz não como ente federativo, mas como representante da República Federativa do 
Brasil, no exercício de sua soberania. 
Para o Supremo Tribunal Federal a presente vedação se dirige à União em relação às suas relações 
internas, no exercício de sua autonomia como ente federativo. Contudo, quando a União está a 
representar o Brasil, na ordem externa, age no exercício de sua soberania, razão pela qual não se aplica 
a presente vedação. (Supremo Tribunal Federal, Adin n° 1600). 
9. PRINCÍPIO DA NÃO DIFERENCIAÇÃO TRIBUTÁRIA 
O art. 152 da Constituição Federal veda “aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou 
destino”. Assim como o princípio da uniformidade tributária, este princípio vem atender aos 
mandamentos do pacto federativo, proibindo discriminação entre os entes federativos. 
Observe que ao contrário das demais vedações acima estudadas, esta vedação tem como destinatários 
os Estados, Distrito Federal e os Municípios. A União pode fazer diferenciação tributária para diminuir 
desigualdades sociais e econômicas, como já visto no item anterior. 
Desta forma, é proibido ao Estado de Alagoas impor uma alíquota maior aos produtos fabricados em São 
Paulo, ou ao Estado de São Paulo impor uma alíquota maior ao produto que saia de seu Estado e se 
destine ao Estado de Minas Gerais. 
CONCLUSÃO 
Os princípios em sede tributária assumem relevante papel, pois limitam o poder de tributar do Estado, 
sendo verdadeiros instrumentos colocados à disposição do particular. O poder constituinte originário 
preocupou-se em consigná-los expressamente no texto constitucional, servindo como baliza de 
orientação do legislador e como salvaguarda de direitos do contribuinte. 
Qualquer análise da estrutura tributária deve ser iniciada pelo estudo dos princípios, os quais ganham 
papel de destaque em uma ciência onde o poder de império do Estado é constantemente exercido. Não 
se está a negar a necessidade de o Estado obter recursos para a consecução de suas atividades, o que se 
visa garantir é um leque de direitos mínimos ao particular a serem observados todas as vezes que este 
Poder de Tributar é exercido, pois nenhum Poder legalizado é ilimitado. 
Dos diversos princípios acima tratados, observa-se que os Tribunais Superiores sempre se valem da 
interpretação de cada um deles para a solução de litígios que lhes são submetidos, e esta forma de 
atuar deve ser seguida por todo operador do direito. Ao trabalhar bem com os princípios consegue-se 
chegar a uma solução mais justa e de acordo com a realidade social que vivemos esta sensibilidade e 
desenvoltura faz do operador do direito um profissional mais completo e pronto para resolver qualquer 
situação que seja chamado a enfrentar. 
A leitura de textos de lei divorciada de uma visão sistemática do sistema jurídico em que ela está 
contida nos leva a uma interpretação pobre e, por muitas vezes, equivocada. Caminhar baseado em 
princípios é dar passos em terreno seguro, certo de que poderemos neles avançar e edificar o 
conhecimento necessário para trabalhar neste universo de normas ao qual damos o nome de direito, no 
presente caso, mais especificamente, direito tributário. 
 
Informações Sobre o Autor 
Alexandre Machado de Oliveira 
Juiz de Direito Substituto do Estado de Alagoas. Procurador do Estado de Roraima 2004-2008. Chefe da 
Procuradoria Fiscal 2004. Membro do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado de Roraima 
2004-2006. Professor Contratado da Universidade Federal de Roraima 2004-2005 (Direito Tributário e 
Comercial). Professor do Alagoas Cursos 2009 (Tributário). Professor do Centro de Ensino Superior de 
Maceió – CESMAC (Administrativo). Juiz Membro da Turma Recursal da Segunda Região – Arapiraca. 
Especialista em Direito Processual Civil.

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