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Controle de Constitucionalidade Prof. Amanda Almozara

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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
1
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
 
Diferenciar direito processual constitucional de direito constitucional processual descrevendo-os
O Direito Constitucional Processual compõe-se de um conjunto de normas e princípios de direito processual contidos na Constituição Federal, e que embasam a aplicabilidade e a hermenêutica de todo o sistema processual brasileiro, como por exemplo: o devido processo legal, a ampla defesa, o Juiz natural etc. 
Já o Direito Processual Constitucional diz respeito à própria jurisdição constitucional, que reúne os instrumentos jurídicos destinados a garantia dos direitos humanos fundamentais contidos na própria Constituição, como os institutos do habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, ação civil pública, ação direta de inconstitucionalidade etc.
Diferenciar revogação de nulidade no direito público, descrevendo o procedimento.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
2
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
 
ATRIBUIÇÃO TÍPICA DO JUDICIÁRIO
JURISDIÇÃO
O QUE É CONTROLAR A CONSTITUCIONALIDADE?
INDAGAR, PERGUNTAR SOBRE A COMPATIBILIDADE OU INCOMPATIBILIDADE DA LEI EM RELAÇÃO À CONSTITUIÇÃO.
A questão será de ADEQUAÇÃO – LEI X CONSTITUIÇÃO.
OBJETIVO: garantir a SUPREMACIA DA CF (PRINCÍPIO DA SUPREMACIA CONSTITUCIONAL). QUER QUE A CONSTITUIÇÃO SEJA OBEDECIDA.
MUNDO DO SER: ANTECEDENTE OBRIGATORIAMENTE SE LIGA A UMA CONSEQUÊNCIA. AS LEIS SÃO IMODIFICÁVEIS – O INTELECTO HUMANO NÃO CONSEGUE MUDÁ-LAS – SÃO AS LEIS NATURAIS. Ex.: leis da química, física, biologia etc.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
3
MUNDO DO DEVER SER: SÃO AS CIÊNCIAS SOCIAIS. O UNIVERSO JURÍDICO ESTÁ AQUI. A UM ANTECENDENTE, A PESSOA, COM SUA INTELIGÊNCIA, ESTABELECE A CONSEQUÊNCIA QUE ACHAR MELHOR.
As regras da moral são horizontais (porque todas elas encontram-se na mesma categoria, porque não existe entre elas hierarquia). A regra jurídica é vertical.
Quando há hierarquia, a superior prevalece sobre a inferior.
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA: 2 ESPÉCIES
FORMAL: A CF é uma norma suprema porque decorre do poder constituinte originário (é ilimitado juridicamente). As demais regras decorrem do poder constituído legislativo, ou seja, a orgiem da Constituição é diferente das demais regras do país.
MATERIAL: a CF é o documento mais importante que nós temos, as matérias tratadas são as mais importantes para uma sociedade política chamada Estado.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
4
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
5
Temas tipicamente constitucionais:
D (direitos e garantias fundamentais)
O (organização do Estado)
E (estruturação dos Poderes – divisão orgânica da Montesquieu)
RIGIDEZ CONSTITUCIONAL
Não há controle de constitucionalidade se a CF não for do tipo rígida. 
RÍGIDA: a questão está na sua alterabilidade ou mutabilidade – é mais difícil (solene e burocrático) alterar a CF do que as demais normas do Estado.
É chamado de processo legislativo especial. Da lei é o processo legislativo comum.
SUPERRÍGIDA: ter cláusulas pétreas. 
O QUE GARANTE A RIGIDEZ DA CONSTITUIÇÃO É A SUPREMACIA CONSTITUCIONAL.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
6
PORTANTO:
É o conjunto de órgãos e instrumentos criados para assegurar a supremacia formal da Constituição. 
A supremacia formal da Constituição decorre da rigidez. Assim, só existe o controle de constitucionalidade da Constituição se ela for rígida. Para ser rígida, deve ela ser escrita.
Verificação da compatibilidade entre as leis e atos normativos (espécies previstas no artigo 59) com a Constituição.
Portanto:
Lei ou ato normativo incompatível é inconstitucional.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
7
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – CLASSIFICAÇÃO (MOMENTO EM QUE É EFETUADO)
CONTROLE PREVENTIVO: é aquele que acontece ANTES do nascimento da lei. Impede o nascimento de uma lei inconstitucional. Impede que a norma inacabada (projeto de lei) adentre no ordenamento jurídico, porque já é inconstitucional. 
Ocorre em três momentos:
LEGISLATIVO: Controle da CCJ: comissão de constituição e justiça. São parlamentares que analisam a constitucionalidade do projeto de lei. Parecer sobre a constitucionalidade do projeto de lei – ELE É TERMINATIVO E NÃO OPINATIVO. – ART. 58, §2º
EXECUTIVO: Veto jurídico: feita pelo Chefe do Poder Executivo – ART. 66, §1º
JUDICIÁRIO: MS impetrado por parlamentar. Um parlamentar pode impetrar mandado de segurança contra um projeto de lei que, em sua opinião, é inconstitucional. Ele alega a violação de participar de um processo regular, constitucional. DISCUTE PREVENTIVAMENTE A CONSTITUCIONALIDADE.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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8
CONTROLE REPRESSIVO: É posterior. Tem o objetivo de expulsar do ordenamento jurídico a norma acabada incompatível com a CF.
Feito em regra, pelo PODER JUDICIÁRIO – CONTROLE JURISDICIONAL – é misto.
 EXCEÇÕES: 
PODER LEGISLATIVO: 1º) em se tratando de medida provisória – art. 62; 2º) Art. 49, V = lei delegada ou decreto autônomo ou independente. Congresso delimita a matéria que o Presidente pode legislar, mas se editar exorbitando o poder, o CN pode sustar, suspender a lei. 3º) Tribunal de Contas: reconhece a inconstitucionalidade no caso concreto. Não é órgão jurisdicional. Súmula 347 do STF.
PODER EXECUTIVO: Chefe do Executivo pode determinar a não aplicação da lei por entendê-la inconstitucional. A AP não obedece a lei, Tem que dar publicidade ao ato.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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9
É misto: DOIS SISTEMAS OU DOIS MODELOS
DIFUSO E CONCENTRADO
Difuso ou americano: sistematizado em 1803 (EUA). Caso Marbury versus Madison – Juiz Marshall. Qualquer Juiz pode declarar uma lei inconstitucional, desde que haja um caso concreto. 
Também é chamado de controle: aberto; concreto; incidental; via de defesa; via de exceção. 
Concentrado: Austríaco ou europeu continental – Kelsen – 1920.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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EVOLUÇÃO:
1824: não fez qualquer referência a Controle de Constitucionalidade – inspirado na Constituição Inglesa e Francesa. Pregavam a supremacia do parlamento. Adota a teoria do poder moderador, que resolvia o problema/conflito entre os poderes.
1891: fonte é a Constituição Americana – 1787. Qualquer juiz ou tribunal, diante do caso concreto pode reconhecer a inconstitucionalidade
1934: Constituição alemã de 1919. Manteve o sistema difuso, com diferenças: reserva de maioria absoluta (tribunal só por ela); cria a ADIn interventiva; Se o STF reconhece no difuso a inconstitucionalidade (RE), remetia ao Senado para que suspendesse a execução da lei (atual 52, X da CF)
1937: Constituição polonesa de 1935. Manteve as características de 34, mas se o STF diz que a lei é inconstitucional, o Presidente pode dizer que ela é constitucional.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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11
1946: volta com as característica da CF de 34. Ela teve várias emendas. A EC 16/65, incorpora na ordem jurídica nacional o controle concentrado.
1967 e 1969: nada de novo.
1988: fala do controle preventivo e repressivo; Repressivo misto: difuso e concentrado. O concentrado se manifesta por 05 ações:
ADIN GENÉRICA (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADECON (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADIN POR OMISSÃO (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADPF (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADIN INTERVENTIVA (É CONTROLE CONCENTRADO, MAS NÃO É ABSTRATO, E SIM CONCRETO)
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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Espécies de inconstitucionalidade:
1º) FORMAL, ORGÂNICA OU NOMODINÂMICA – KELSEN
É aquela em que a lei ou ato normativo infraconstitucional viola o DEVIDO PROCESSO LEGISLATIVO CONSTITUCIONAL.
2º) MATERIAL OU NOMOESTÁTICA - KELSEN
É aquele em que a lei ou ato normativo infraconstitucional viola o CONTEÚDO DA CONSTITUIÇÃO.O TEMA É INCONSTITUCIONAL
3º) OFENSA AO DECORO PARLAMENTAR (PEDRO LENZA): vício viola a livre convicção do parlamentar – ex. Mensalão.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE REPRESSIVO (JURISDICIONAL)
1º) DIFUSO:
Espalhado em mais de um ponto. Qualquer Juiz pode declarar uma lei inconstitucional, desde que haja um caso concreto. 
Também é chamado de controle: indireto; inter partes; incidenter tantum; aberto; concreto; incidental; via de defesa; via de exceção; subjetivo.
LEGITIMIDADE
QUALQUER PESSOA, DIANTE DE UM CASO CONCRETO, PODE ALEGAR INCIDENTALMENTE A INCONSTITUCIONALIDADE.
A inconstitucionalidade é causa de pedir.
O Juiz pode RECONHECER DE OFÍCIO.
COMPETÊNCIA
QUALQUER JUIZ, QUALQUER TRIBUNAL, DIANTE DE UM CASO CONCRETO, INCLUSIVE, DE OFÍCIO.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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O Tribunal só pode se respeitar a cláusula de reserva de plenário – só declara a inconstitucionalidade por MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou do órgão especial – chamada de Cláusula de Reserva de Plenário (questão de ordem – art. 97 da CF).
Art. 93, XI: nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; 
Turma, câmara, sessão NÃO PODEM RECONHECER A INCONSTITUCIONALIDADE, mas podem reconhecer a CONSTITUCIONALIDADE.
Art. 481, p.u. do CPC: Art. 481. Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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OBJETO DE CONTROLE
Só pode ser LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL.
PARÂMETRO OU PARADIGMA DE CONTROLE
É inconstitucional em face de que? 
NORMA REGRA
NORMA PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL (EXPRESSOS OU IMPLICITOS)
PREÂMBULO DA CF NÃO É PARÂMETRO, NÃO SE ENCONTRA NO CAMPO JURÍDICO, MAS SIM POLÍTICO.
ADCT SIM, DESDE QUE NÃO TENHA SE EXAURIDO.
O que é o BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE?
Bloco de constitucionalidade restritivo: normas supraconstitucionais ou suprapositivas não podem ser objeto de controle (valores: ética, justiça, equidade).
Hoje: NORMAS CONSTITUCIONAIS + TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS (ART. 5º, §3º)
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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EFEITOS DA DECISÃO
No sistema difuso é inter partes (limite subjetivo da coisa julgada) e ex tunc – a decisão é declaratória.
Supremo remete a sua decisão ao Senado, OBRIGATORIAMENTE.
Art. 52, X da CF: suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;.
A decisão do processo (STF) era inter partes. A partir da resolução do Senado é erga omnes.
ATO DO SENADO É DISCRICIONÁRIO – NÃO PODE OBRIGAR O AGENTE POLÍTICO
SUSPENDE POR RESOLUÇÃO
PARTICIPAÇÃO DO SENADO SÓ NO DIFUSO
SUSPENDE SÓ O QUE O STF DECIDIU COMO INCONSTITUCIONAL – NA FORMA DA DECISÃO DO STF
O amigo da corte também será admitido no controle difuso de constitucionalidade (art. 482, § 3 do CPC).
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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MODULAÇÃO ou MANIPULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO NO SISTEMA DIFUSO
ART. 27 (9868/99). Transcendência dos efeitos determinantes: Atualmente o STF profere algumas decisões que a decisão em controle difuso pode gerar efeito erga omnes e vinculante. O STF faz controle incidental e é estendida para todos. Mas, cuidado, a vinculação não é só do dispositivo, mas de toda a causa de pedir (motivos que determinaram a decisão) e pedido!
Portanto, se tal decisão for descumprida, cabe reclamação ao STF. Vincula a Administração Pública e o Poder Judiciário.
CHAMADO DE ABSTRATIVIZAÇÃO DO SISTEMA DIFUSO.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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2º) CONCENTRADO
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE GENÉRICA
Surge em 1920 na Áustria
LEGITIMIDADE
São legitimados nos termos do artigo 103 da CF:
Presidente da República;
Mesa do Senado Federal;
Mesa da Câmara dos Deputados;
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
Procurador-Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Partido político com representação no Congresso Nacional;
Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
LEGITIMADOS UNIVERSAIS
LEGITIMADOS ESPECIAIS OU INTERESSADOS
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A diferença entre eles consiste na PERTINÊNCIA TEMÁTICA. O legitimado universal não precisa demonstrar a pertinência temática, enquanto que o especial precisa. A pertinência temática é uma relação de causalidade entre o interesse defendido e a norma questionada. As autoridades federais terão legitimidade universal. 
SOCIEDADE ABERTA DE INTÉRPRETES CONSTITUCIONAIS – AMICUS CURIAE (COLABORADOR DO TRIBUNAL). NÃO É LEGITIMADO.
CAPACIDADE POSTULATÓRIA DOS LEGITIMADOS
A maioria dos legitimados tem a capacidade postulatória constitucional. 
Quem precisa de advogado? Partido político e confederação sindical. 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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COMPETÊNCIA PARA CONHECER E JULGAR A ADIN GENÉRICA
STF – ART. 102, I, a
OBJETO DE CONTROLE 
Lei ou ato normativo federal ou estadual
LEI MUNICIPAL NÃO ENTRA NO CONTROLE CONCENTRADO POR ADIN.
LEI FEDERAL NÃO PODE SER OBJETO DE CONTROLE CONCENTRADO NO ÂMBITO ESTADUAL.
LEI ESTADUAL PODE SER OBJETO DE CONTROLE NO STF E TJ
ADIN FEDERAL
ADIN ESTADUAL
ART. 102, I, A
125, §2º
STF
TJ
LEI OUATO NORMATIVO FEDERAL OU ESTADUAL
LEI OU ATO NORMATIVO ESTADUAL OU MUNICIPAL
CF
CE
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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Ato normativo: todas as espécies normativas previstas no artigo 59 da CF.
Existe norma constitucional inconstitucional?
CUIDADO: SÓ LEIS PROMULGADAS APÓS 05/10/88 PODEM SER OBJETO DE ADIN.
Tratados internacionais podem ser objeto de controle de constitucionalidade
EFEITOS
EX TUNC: RETROAGE À DATA DA PROMULGAÇÃO DA LEI.
CUIDADO: LEI REVOGADORA SE DECLARADA INCONSTITUCIONAL, HAVERÁ REPRISTINAÇÃO.
ERGA OMNES
ATENÇÃO: O STF, EM CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, PODE DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE UMA PALAVRA OU EXPRESSÃO – PRINCÍPIO DA PARCELARIDADE
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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Princípio da congruência ou arrastamento
Outros artigos dependem logicamente do outro, e podem ser inconstitucionais consequenciais,
Cognição ou conhecimento aberto
O STF declara a inconstitucionalidade por outro fundamento, diferente do alegado na CF.
O que significa EFEITO DÚPLICE ou AMBIVALENTE?
ADIN E ADC são ações com sinais trocados, ambivalentes - art. 24, 9868/99 . 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ERGA OMNES E VINCULANTE?
ERGA OMNES: MAIS AMPLO
VINCULANTE: OBRIGA OS DEMAIS ÓRGÃOS DO JUDICIÁRIA E EXECUTIVO, INCLUSIVE QUANTO AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO – CHAMADO CARÁTER TRANSCENDENTE DA DECISÃO
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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LIBERDADE DE CONFORMAÇÃO LEGISLATIVA
O Legislativo não está vinculado.
MODULAÇÃO ou MANIPULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO NO SISTEMA CONCENTRADO
ART. 27 (9868/99). 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
REQUISITOS:
RAZÕESDE SEGURANÇA JURÍDICA OU EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL
 +
MAIORIA QUALIFICADA DE 2/3
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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Poderá ser:
Ex tunc
Ex nunc
Pro futuro
É um processo objetivo: marcado pela abstratividade, generalização, impessoalidade, sem partes no sentido formal (não existe litígio referente a questões individuais)
INCONSTITUCIONALIDADE CHAPADA: EVIDENTE, ABSURDA.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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Procedimento da ADIN
Lei 9868/99
PGR obrigatoriamente deve se manifestar na ADIN.
Procurador-Geral da República – O art. 103, § 1: O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. 
O STF analisando este dispositivo disse que o Procurador-Geral da República não precisa ser intimado formalmente dos atos do processo para intervir, pois basta que ele tenha o conhecimento da ADIN. 
AGU obrigatoriamente deve fazer a defesa da presunção de constitucionalidade do objeto da ação – art. 103, § 3º - DEFENDE A PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DO ATO.
Art. 103, § 3º. Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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TODAVIA:
SE O ATO FOR ESTADUAL TAMBÉM: SIM
O STF ADMITE EXCEPCIONALMENTE QUE O AGU NÃO FAÇA A DEFESA DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI: QUANDO O PRÓPRIO STF JÁ FIRMOU ENTENDIMENTO QUE A LEI É INCONSTITUCIONAL.
Qual a diferença entra a atuação do PGR e do AGU?
Enquanto o Procurador-Geral da República atua como custus legis, o Advogado-Geral da União atua como um defensor legis. Sua função, portanto, é a de defender a constitucionalidade da lei ou do ato questionado. Nada obstante se tratar de lei estadual, o STF entende que mesmo neste caso atuará o Advogado-Geral da União como defensor da lei. 
O Advogado-Geral da União não atuará na ADECON, pois não haverá norma a ser declarada inconstitucional. Não atuará também na ADPF, já que nesta ação quem defenderá a constitucionalidade do ato será o responsável por este.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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27
A INCONSTITUCIONALIDADE SÓ PODE SE DAR POR MAIORIA ABSOLUTA DE VOTOS – ART. 97 DA CF.
NÃO EXISTE PRAZO PRESCRICIONAL OU DECADENCIAL PARA AJUIZAR ADIN.
NÃO É POSSÍVEL DESISTIR DA AÇÃO, PORQUE A AÇÃO É INDISPONÍVEL – ART 5º DA LEI.
DA MEDIDA CAUTELAR:
Na ADIN genérica está prevista na própria Constituição da República, mas sua regulamentação está preconizada na Lei n° 9.868/99, art. 10 e ss. 
EFEITOS:
como regra, ex nunc, mas o STF pode modular os efeitos temporais desta decisão. 
erga omnes. 
medida cautelar é o vinculante. O art. 11, §2° reza que quando o STF concede a medida cautelar há o efeito repristinatório tácito, ou seja, a lei revogada voltará a ser aplicada automaticamente.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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CUIDADO: Não cabe a concessão de medida cautelar em todos os casos, mas somente na ADIN genérica (suspende-se os processos e a lei), na ADECON (suspende-se os processos nos quais a lei esteja sendo questionada) e na ADPF. Desta forma, descaberá a medida cautelar na ADIN interventiva e na ADIN por omissão, como consectário da natureza das decisões proferidas nestas ações.
Técnicas de decisão:
 Princípio da interpretação conforme: o STF confere o sentido da norma, excluindo os outros sentidos possíveis;
 Declaração de nulidade: o STF afasta o sentido, permitindo os outros demais sentidos possíveis:
 Sem redução de texto
 Com redução de texto: o STF atuará como legislador atípico negativo. 
Pode ser total ou parcial. Nessa, apenas alguns dispositivos da lei são declarados inconstitucionais. O STF pode declarar apenas uma parte do dispositivo como inconstitucional.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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NÃO SE ADMITE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS OU ASSISTÊNCIA, PORQUE O PROCESSO É OBJETIVO – ART. 7º.
TODAVIA O §2º PERMITE A EXISTÊNCIA DO AMICUS CURIAE (amigo da corte ou colaborador do Tribunal):
Qual é a natureza do amicus curiae: é um terceiro especial, sui generis, singular.
É um movimento para a democratização do controle concentrado (sociedade aberta dos intérpretes constitucionais)
Quem defere ou indefere a sua presença é o RELATOR DA ADIN – O DESPACHO É IRRECORRÍVEL.
Os requisitos para o relator aceitar o amicus curiae são:
 Objetivo: RELEVÂNCIA DA MATÉRIA
 Subjetivo: REPRESENTATIVIDADE DO POSTULANTE. 
ADMITIDO ATÉ A ELABORAÇÃO DA PAUTA.
A DECISÃO QUE RECONHECE A CONSTITUCIONALIDADE OU INCONSTITUCIONALIDADE É IRRECORRÍVEL – ART. 26.
NÃO CABE AÇÃO RESCISÓRIA EM ADIN.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Amanda Alves Almozara
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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA – ADIN INTERVENTIVA
Não existe hierarquia entre as pessoas políticas (pessoas jurídicas com capacidade política) da federação, o que existe é uma DIVISÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIA.
REGRA: A UNIÃO NÃO PODE INTERVIR NOS ESTADOS E OS ESTADOS NOS MUNICÍPIOS.
A UNIÃO NUNCA PODE INTERVIR NOS MUNICÍPIOS DOS ESTADOS – NÃO EXISTE EXCEÇÃO AQUI.
EXCEÇÕES – art. 34 da CF
União pode intervir nos Estados e nos municípios localizados nos seus territórios
União pode intervir do DF
Os Estados podem intervir nos seus municípios
Existem várias espécies de intervenções. Aqui será a ADIN interventiva.
É uma das espécies de síncopes constitucionais (estado de sítio e estado de defesa – art. 136 e seg.)
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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LEGITIMIDADE
SÓ O PGR – ART. 36, III DA CF
COMPETÊNCIA PARA CONHECER E JULGAR:
SÓ O STF – ART. 36, III DA CF
OBJETO DE CONTROLE
DEFESA DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS
SÃO TAXATIVOS – ART. 34, VII DA CF
PONTES DE MIRANDA QUE DEU ESSA DENOMINAÇÃO. SÃO AQUELES PERCEBÍVEIS A OLHOS DESARMADOS. FACILMENTE PERCEBIDOS.
SÃO AQUELES QUE DEVEM SER OBEDECIDOS PELOS ESTADOS MEMBROS, SOB PENA DE INTERVENÇÃO DO TODO NA PARTE.
NA REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA EXISTE UMA CRISE OU CONFLITO DE NATUREZA INTERVENTIVA.
ESTADOS MEMBROS POSSUEM AUTONOMIA: AUTOORGANIZAÇÃO E AUTOCONSTITUIÇÃO. NO ENTANTO, ESSE PODER SOFRE LIMITES – ART. 25 DA CF – DEVEM OBEDECER AS NORMAS CENTRAIS FEDERAIS
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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NORMAS CENTRAIS FEDERAIS: SÃO AQUELAS PREVISTAS NA CF, QUE LIMITAM A AUTONOMIA ORGANIZATIVA DOS ESTADOS MEMBROS (RAUL MACHADO HORTA)
REGRAS SOBRE O DEVIDO PROCESSO LEGISLATIVO CONSTITUCIONAL DEVEM SER ATENDIDAS PELOS ESTADOS MEMBROS.
SÓ TEVE UMA DESDE 1988. CASO DO MATO GROSSO – VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS.
EFEITOS DA DECISÃO:
Se julgar procedente: STF requisita (DETERMINA) ao PRESIDENTE que seja decretada a intervenção.
Presidente poderá:
Determina a suspensão do ato que ensejou a intervenção: não necessariamente nomeará interventor. MATERIALIZA EM DECRETO.
Nomeará um interventor (se a suspensão não dá certo ele está obrigado a nomear)
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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NATUREZA JURÍDICA: POLÍTICO ADMINISTRATIVA
ART. 36, §3º: não existe intervenção política pelo Congresso Nacional.
Lei que regulamenta a intervenção: 4335/64
Se for decretada a intervenção tem uma limitação circunstancial ao PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR – ART. 60, §1º
É uma ação CONCENTRADA, MAS CONCRETA!
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
A CF É UM COMANDO – É UMA NORMA JURÍDICA SUPERIMPERATIVA OU IMPERATIVIDADE REFORÇADA – CHAMADA DE FORÇA NORMATIVA DA CF.
 A INCOMPATIBILIDADE COM A CF PODE SE DAR POR AÇÃO OU OMISSÃO.
OMISSÃO: EXISTE, POIS ALGUMA NORMAS CONSTITUCIONAIS NECESSITAM DE UMA INTEGRAÇÃO, DE UMA LEI ORDINÁRIA OU COMPLEMENTAR.
Se a CF existe a LO ou LC para regulamentação, essa omissão é incompatível com a CF.
São para as normas constitucionais de eficácia LIMITADA (FALTA DE REGULAMENTAÇÃO) SÍNDROME DE INEFETIVIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS:
ADIN POR OMISSÃO
MANDADO DE INJUNÇÃO – ART. 5º, LXXI
DIREITO CONSTITUCIONAL 
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LEGITIMIDADE
AQUELES TAXATIVAMENTE ELENCADOS NO ART. 103. 
COMPETÊNCIA
STF
OBJETO DA INCONSTITUCIONALIDADE
SE REVELA NA FALTA DE REGULAMENTAÇÃO DE QUALQUER NORMA CONSTITUCIONAL DE EFICÁCIA LIMITADA
EFEITOS:
EM SENDO RECONHECIDA A OMISSÃO O STF DARÁ CIÊNCIA DA AUTORIDADE RESPONSÁVEL PARA REGULAMENTAR A NORMA CONSTITUCIONAL.
ART. 103, §2º
SE FOR PODER, COMUNICA, MAS NÃO DA PRAZO – INCONSTITUCIONALIDADE MOROSA
SE A NORMA PARA REGULAMENTAR NÃO FOR POR PODER, MAS ÓRGÃO ADMINISTRATIVO – 30 DIAS PARA REGULAMENTAR, SOB PENA DE CRIME DE RESPONSABILIDADE
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ADIN 3682: DEU PRAZO DE ATÉ 180 DIAS PARA REGULAMENTAR A LEI. É UMA EXCEÇÃO.
ART. 18, §4º DA CF: ALTERADO PELA EC 15 - TRATA DA CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS PELOS ESTADOS.
18/12/08: O CN NÃO HAVIA REGULAMENTADO. FOI PROMULGADA A EC 57 – ACRESCENTOU AO ADCT O ART. 96: Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de 2008).
PROCEDIMENTO:
LEI 9868/99.
AGU NÃO É OUVIDO NA ADIN POR OMISSÃO – NÃO TEM ATO PARA DISCUTIR.
NÃO HÁ CONCESSÃO DE LIMINAR. 
NÃO EXISTE PRAZO
EFEITOS: ERGA OMNES, EX TUNC.
DECISÃO TEM CARÁTER MANDAMENTAL
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AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE - ADECON
Emenda Constitucional n 3/93. A ADECON é uma ADIN com sinal invertido (caráter dúplice ou ambivalente – art. 24, da Lei n° 9.868/99). 
ADIN
ADECON
Competência do STF
Competência do STF
Em relação ao objeto, sofre as seguintes limitações:
Natureza – ato normativo primário, geral e abstrato
Espacial – ato normativo federal ou estadual
Temporal – qualquer ato normativo posterior à Constituição de 1988.
Em relação ao objeto, sofre as seguintes limitações:
Natureza – ato normativo primário, geral e abstrato;
Espacial – ato normativo federal
Temporal – atos posteriores à EC n° 3/93
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AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL - ADPF: 
A ADPF está regulamentada pela Lei n° 9.882/99. O processo e julgamento da ADPF será feito pelo STF, na forma da lei. 
A ADPF não é uma ação de inconstitucionalidade, mas sim uma argüição de descumprimento de preceito fundamental. 
O descumprimento é mais amplo que a inconstitucionalidade, ele abrange qualquer inconstitucionalidade. 
O descumprimento é qualquer ato, seja ele normativo ou não, seja ele anterior ou posterior à Constituição. O descumprimento pode ser qualquer ato do Poder Público. 
PORTANTO, TODA INCONSTITUCIONALIDADE É UM DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL.
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O QUE É UM PRECEITO FUNDAMENTAL? 
A Constituição não nos traz o seu conceito, em virtude disso, a doutrina procura encontrar a resposta. 
Caberá ao STF dizer o que vem a ser ou não preceito fundamental. 
O STF já estabeleceu como princípios fundamentais:
Direitos e garantias individuais. O Ministro da Nery da Silveira e muitos doutrinadores dizem que não são somente os direitos e garantias individuais, mas todos os direitos fundamentais. Ocorre que este não é o posicionamento do STF.
Princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, da CF);
Cláusulas pétreas (art. 60, § 4°, da CF – forma federativa do Estado; separação dos Poderes; voto direto, secreto e periódico; direitos e garantias individuais);
Fundamentos da República Federativa do Brasil.
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Segundo o STF, não podem ser considerados atos do Poder Público:
1) Veto: há que se analisar o seguinte, se o veto ainda não foi analisado pelo Congresso Nacional, não poderá ser considerado ato do Poder Público, mas se já foi analisado, em tese, pode ser objeto de ADPF;
2) Súmula: a súmula não pode ser considerada um ato do Poder Público objeto de ADPF. Súmula é um resumo de uma interpretação do tribunal. Se a súmula é formada lentamente, para que ela seja reformulada, há que ocorrer uma mudança progressiva da jurisprudência do tribunal;
3) Proposta de Emenda Constitucional: o STF disse que a proposta de emenda constitucional não é ainda um ato acabado, logo, não há lesão à Constituição. Seria, neste caso, um controle de constitucionalidade preventivo, o que não está previsto em nosso sistema de controle. O mesmo raciocínio aplica-se aos projetos de lei.

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