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03 APOSTILA iluminação

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INTRODUÇÃO 
 
LUZ: energia radiante produzida por uma fonte de luz. Chega aos nossos olhos 
diretamente da fonte ou pode ser refletida por algum objeto. 
Muito se tem estudado, observado e discutido acerca das teorias sobre a luz. Há 
séculos o homem procura por todas as respostas, mas algumas delas ainda estão 
longe de ser elucidadas. 
O que é a luz? Como se propaga? Velocidade de 3 x 108 m/s? Como é produzida? 
Porque razão os objetos apresentam cores diferentes sob fontes de luz 
diferentes? 
O certo é que, mesmo não dominando totalmente a teoria sobre a luz, a ciência 
“Iluminação” tem conseguido avanços fantásticos e resultados que deixariam 
enciumado até mesmo o nosso astro-rei. Desde Alva Edson a humanidade 
caminha a passos largos no sentido de otimizar a transformação de energia 
elétrica em energia luminosa. 
No lighting design, tanto quanto conhecer técnicas, cálculos e metodologia de 
projeto é necessário saber “enxergar”. O projeto de iluminação é um projeto 
artístico-científico, onde técnica e sensibilidade são aliadas e o caráter científico 
pode e deve estar presente nesta e naquela. Como escreveu Rubem Alves: “O ato 
de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido”. 
O mais importante para se começar a projetar iluminação é observar e, com essa 
observação conseguir enxergar além do que se vê. 
É aguçar a curiosidade, é ter um espírito crítico e a sensibilidade treinada para 
reagir a estímulos. 
É tomar como modelo os efeitos dos raios do sol sobre a arquitetura urbana, é 
raciocinar sobre pequenos enigmas da física, é ter consciência de que a luz pode 
criar ou desfazer a sombra, é discernir sobre o que é uma boa ou má solução de 
iluminação, é pensar colorido, é encantar-se ao perceber que a lua não passa de 
um imenso refletor da luz irradiada pelo sol. 
Com a iluminação artificial podemos “substituir” a luz do sol durante a noite ou em 
ambientes fechados; valorizar formas e cores; manter vigilância; enfim, prosseguir 
vivendo à noite como se fora dia... 
2 
 
METODOLOGIA DE PROJETO DE LIGHTING DESIGN 
 
A metodologia para a elaboração do projeto de iluminação é basicamente a 
mesma utilizada na elaboração do projeto de design, seja ele de arquitetura ou 
arquitetura de interiores e deve se guiar por alguns parâmetros para que satisfaça 
plenamente seus objetivos: 
 
 que as funções solicitadas sejam satisfatoriamente cumpridas; 
 que cada parte do projeto seja coerente com o todo, respeitando-se assim o 
conceito do projeto arquitetônico ou de design de interiores; 
 que o consumo energético seja voltado para a economia, dentro das 
possibilidades do projeto e com os olhos sempre voltados para a 
sustentabilidade; 
 que se observe a preservação do meio ambiente tanto na escolha de 
aparelhos e fontes de luz, quanto na observância de fatores como, por 
exemplo, o ciclo circadiano* de plantas e animais; 
 que o foco seja a otimização dos espaços direcionada ao conforto e bem 
estar humanos, lembrando-se sempre do conforto visual. 
 
 
 
 
Comparativo entre níveis de iluminância em diferentes situações: 
 
Luz do sol ao meio-dia: 80.000 a 100.000 lux 
 
Luz da lua cheia (céu aberto): 0,1 a 0,5 lux 
 
Residências: 100 a 200 lux 
 
Escritórios comerciais: 300 a 500 lux 
 
Iluminação pública: de 5 a 20 lux, podendo chegar a 60 lux 
 
 
 
* Ciclo Circadiano (latim Circa Dies): série de fatores biológicos que ocorre nos seres vivos em um 
período de 24 horas, com alternância de luz e sombra. Cortisol: hormônio da produtividade / 
Melatonina: hormônio do relaxamento. 
3 
 
A NATUREZA DA LUZ 
 
Físicos e matemáticos brilhantes, gigantes intelectuais dos últimos séculos têm 
formulado inúmeras teorias sobre a luz. Homens como Huygens, Isaac Newton, 
Fresnel, Faraday, Maxwell, Planck e Einstein tentaram explicar definitivamente 
todos os mistérios da luz, mas a cada nova teoria formulada percebe-se que 
nenhuma das anteriores é exatamente correta ou incorreta. 
 
A discussão acerca da natureza da luz está intimamente ligada à análise de 
fenômenos associados à emissão, absorção e propagação da energia luminosa. 
Já na antiguidade se sabia que a luz se reflete ao encontrar superfícies 
convenientemente polidas; que alguns objetos são atravessados pela luz e outros 
não; que os objetos opacos projetam sombras cujo contorno é semelhante ao seu 
próprio contorno. 
 
A primeira teoria que se propõe a explicar a natureza da luz e sua propagação é 
devida a Christiaan Huygens, o chamado “Arquimedes da Holanda”. Ele escreveu 
o “Tratado da Luz” publicado em 1690, que defendia que a luz, a exemplo do som, 
consistia numa forma de movimento vibratório. 
A dúvida ficava no fato de que então, precisaria haver um meio próprio que a 
conduzisse e com isso não se poderia explicar como a luz atravessa o vácuo. 
 
Isaac Newton não concordava com a Teoria Ondulatória. Traduzindo a sua 
mentalidade mecanicista, que conseguiu influenciar todo o mundo por mais de um 
século, desenvolveu a “Teoria Corpuscular”, segundo a qual a luz era um fluxo de 
corpúsculos infinitamente pequenos que atravessam o ar com extraordinária 
rapidez. 
Isto também explicaria o fato de que a luz não faz curvas. Não explicava porém o 
fato de a luz atravessar superfícies transparentes ainda que muito densas como 
por exemplo: o vidro. 
 
Em 1815 o francês Jean Fresnel apresentou uma teoria sobre a luz, na qual 
defendia também a Teoria Ondulatória da luz, porém com uma diferença 
4 
 
fundamental: as ondas luminosas não eram longitudinais como as sonoras mas 
sim transversais como as ondas do mar. 
Ficava explicada então a propagação retilínea da luz. 
 
 
 
 Ondas longitudinais 
 
 
 
 
 Ondas transversais 
 
 
 
Michael Faraday conseguiu demonstrar que magnetismo, eletricidade e luz estão 
ligados entre si. 
James Clerk Maxwell, continuando o trabalho de Faraday, formulou a famosa 
“equação do campo eletromagnético” que se aplicava tanto ao eletromagnetismo 
como à luz. Em termos mais simples, afirmava que ondas luminosas não passam 
de ondas eletromagnéticas curtas. 
 
Mais tarde Heinrich Rudolf Hertz, na Alemanha, demonstrava a existência das 
ondulações elétricas. Estavam assim confirmadas as previsões da teoria 
eletromagnética da luz de Maxwell, quanto à possibilidade de produção de ondas 
5 
 
de natureza idêntica à da luz, porém de comprimentos mais longos, invisíveis à 
nossa vista. 
A energia “luz” se propaga através de ondas eletromagnéticas curtas e é a única 
porção entre todas as ondas eletromagnéticas (sejam elas raios gama, raios X, 
ultra-violeta, infra-vermelho e correntes alternadas) que é visível ao olho humano. 
 
 
 
 
 
Onda eletromagnética 
 
 
 
 
Cor violeta anil azul verde amarela laranja vermelha 
 
nm 380 460 480 520 570 630 780 
 
 
Nanometro: 1nm = 10-9 m 
 
Comprimento de onda do espectro visível 
 
 
 
Em 1905 Albert Einstein concluiu que um facho luminoso se propaga concentrado 
em quantidades discretas de energia, chamadas “quanta” de luz ou “fótons” 
(Teoria Quântica). 
 
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PRINCÍPIOS BÁSICOS EM ILUMINAÇÃO 
 
 
Coloração 
A luz branca ou luz solar está composta de ondas eletromagnéticas com 
diferentes comprimentos de onda dentro de um intervalo visível de 380 a 780 nm, 
que contém todas as cores do arco-íris. 
 
Quando se tem um conjunto de vários corpos, é muito comum nos referirmos a um 
deles caracterizando-o pela cor. Por exemplo, me traga o corpo de cor azul. 
Convémfrisar que tal afirmativa, sob o ponto de vista conceitual, não é correta, 
pois a cor como tal não se produz nele. A impressão da cor de um corpo depende 
da composição espectral da luz que o ilumina e de suas propriedades de refletir, 
transmitir e absorver. 
 
Quando qualquer objeto é iluminado pela luz do sol, temos a certeza de que o 
estamos percebendo tal qual ele é (principalmente em relação à cor) pois o sol 
irradia todos os comprimentos de onda visíveis. 
 
A iluminação artificial, por mais que tente imitar a luz do sol, produz distorções nas 
cores, pois cada tipo de lâmpada emite ondas de diferentes comprimentos. 
 
 
IRC - Índice de reprodução cromática 
A capacidade de reprodução de cor de uma lâmpada é medida através do “índice 
de reprodução cromática”- IRC. 
 
O IRC classifica a qualidade relativa de reprodução de cor de uma fonte e a escala 
varia de 0 a 100. Quanto maior for o IRC, menor será a distorção da cor do objeto 
iluminado. 
 
7 
 
Um IRC de 100 indica que não há alteração de cor, se comparada com uma fonte 
de referência, e quanto mais baixo for o IRC, mais pronunciadas as alterações 
poderão ser. 
 
 
Temperatura de cor 
A temperatura de cor descreve como a lâmpada aparenta quando acesa. É 
medida em Kelvin, variando entre 9000K ( cuja aparência é azul ) e 1500K ( cuja 
aparência é laranja / vermelho ). 
 
As fontes de luz situam-se numa faixa entre esses dois valores, com lâmpadas de 
alta temperatura de cor 4000K ou mais, chamadas “frias”, e lâmpadas de baixa 
temperatura de cor 3100K ou menos, chamadas “quentes”. Convém salientar que 
a temperatura de cor de uma lâmpada não tem nenhuma relação com a 
temperatura do filamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Temperatura de cor 
 
 
 
 
 
9 
 
 
D I S T R I B U I Ç Ã O E S P E C T R A L D A S F O N T E S L U M I N O S A S 
 
 
Gráfico 1 - Luz solar Gráfico 4 - Lâmpada vapor de sódio 
 
 
 
Gráfico 2 - Lâmpada incandescente Gráfico 5 - Lâmpada fluorescente 
 comum 
 
 
Gráfico 3 - Lâmpada incandescente Gráfico 6 - Lâmpada multi vapores 
 halógena metálicos (metal halide 
 ou iodeto metálico) 
 
 
 
 
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GRANDEZAS E UNIDADES UTILIZADAS EM ILUMINAÇÃO 
 
Conceituaremos agora as principais grandezas e unidades da luminotecnia, que 
serão indispensáveis à prática projetual da iluminação. Tais termos e unidades 
estarão de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( ABNT ) e 
suas unidades legais. 
 
Fluxo luminoso 
Fluxo luminoso (φ) é a “grandeza característica de um fluxo energético, 
exprimindo sua aptidão de produzir uma sensação luminosa no ser humano 
através do estímulo da retina ocular, avaliada segundo os valores da eficácia 
luminosa relativa admitidos pela Comissão Internacional C.I.E”. 
A unidade de fluxo é o lúmen ( lm ). 
 
Iluminamento ou iluminância 
Iluminância ( E ) é o “fluxo luminoso incidente por unidade de área iluminada”. 
Podemos também defini-la ( em um ponto de uma superfície ) como “a densidade 
superficial de um fluxo luminoso recebido”. 
E = φ / S 
A unidade brasileira de iluminamento é o lux ( lx ). 
1 lx = 1lm / 1m² 
 
Intensidade luminosa 
Intensidade Luminosa ( I ) é o “limite da relação entre o fluxo luminoso em um 
ângulo sólido em torno de uma direção dada e o valor desse ângulo sólido, 
quando esse ângulo sólido tende para zero”. 
A unidade de intensidade luminosa no nosso sistema legal é a candela ( cd ). 
 
Luminância 
Luminância ( L ) é o limite da relação entre intensidade luminosa e a área aparente 
da superfície sobre a qual esta intensidade incide, quando esta área tende para 
zero. Em outras palavras, é a intensidade luminosa refletida por uma determinada 
área. 
 
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CONCEITOS E TERMINOLOGIAS 
 
Altura de montagem ( h ): é a distância entre o plano de referência ( plano de 
trabalho ) e o plano da luminária. 
 
Conforto visual: é o grau de satisfação visual produzido pelo ambiente iluminado. 
 
Luz difusa: é a luz dispersa exteriormente ao facho de um projetor. 
 
Luz direcionada: é a luz que se projeta através de refletores, tendo por isso um 
fluxo luminoso direcionado. 
 
o Efeito Spot: o facho da lâmpada refletora é bem concentrado, com 
passagem brusca do claro para o escuro; 
o Efeito Flood: o facho da lâmpada refletora é menos concentrado, 
com passagem suave do claro para o escuro; 
o Efeito Laser: Fachos de luz extremamente concentrados e que 
saem de um pequeno orifício da luminária; 
o Efeito Wall Wash (lavar parede): Efeito de iluminação através da 
colocação sequencial de lâmpadas refletoras no teto e próximas a 
parede, resultando em um banho de luz. 
 
 
Luz rebatida: é a luz indireta, ou seja, é refletida por algum objeto ou anteparo que 
recebeu a luz da fonte. 
 
Ofuscamento: condição de visão onde existe desconforto ou uma redução na 
capacidade de ver objetos significantes graças à uma distribuição ou um valor 
inadequado de iluminância. 
 
Difusor: dispositivo para alterar a distribuição espacial de um fluxo radiante ou 
luminoso (refrator ). 
 
Refletor: dispositivo usado para redirecionar o fluxo luminoso de uma fonte de luz, 
primariamente pelo processo de reflexão. 
 
LED's: semicondutores em estado sólido que convertem energia elétrica 
diretamente em luz. A emissão luminosa se dá a partir do fenômeno em que o 
átomo recebe energia e a perde na forma de luz. 
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Transformador: dispositivo que “transforma” a corrente elétrica adequando-a a 
necessidade de voltagem da qual o aparelho ou a lâmpada necessitam. 
 
Reatores: são dispositivos utilizados para operação adequada das lâmpadas de 
descarga (fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio e vapores metálicos). 
Os reatores atuam de forma a limitar a corrente na lâmpada. 
 
Driver: dispositivo que ao mesmo tempo limita a corrente e a corrige para adequá-
la às necessidades de voltagem da lâmpada. Seu uso é associado aos LED’s. 
 
Dimmer: dispositivo que possibilita variar o fluxo luminoso das lâmpadas numa 
instalação, a fim de ajustar o nível de iluminância. 
 
Louvre: proteção feita de componentes translucentes ou opacos, posicionados 
geometricamente para evitar a visão direta das lâmpadas num determinado ângulo 
 
Luxímetro: aparelho para medição da iluminância. A luz incide sobre uma 
fotocélula, esta gera uma corrente que indica no marcador quantos lux estão 
incidindo sobre aquela superfície. 
 
Eficiência energética: uso racional e otimizado de qualquer forma de energia, de 
maneira a obter os resultados mais eficientes dentro do menor consumo possível. 
 
Retrofit: melhoria na iluminação de um ambiente feita sem alteração das 
luminárias e dos pontos de luz já existentes. Faz-se apenas com a substituição de 
alguns componentes. (Por exemplo: lâmpadas, reatores ou sistemas 
ótico/refletores). 
Payback: é o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o 
lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento. 
 
C.I.E.: Comissão Internacional de Iluminação. 
 
IESNA (IES): Illuminating Engineering Society of North America13 
 
IP (índice de proteção): classifica as luminárias de acordo com o grau de proteção 
contra a entrada de corpos estranhos, poeira e umidade. A designação é feita 
pelas letras “IP” seguidas de dois algarismos onde o primeiro algarismo indica a 
proteção contra a entrada de corpos estranhos e poeira (de 0 a 6) e o segundo 
algarismo indica o grau de vedação contra água (de 0 a 8). 
Por exemplo: IP65. 
 
 
Tab. I - Graus de proteção contra a penetração de objetos sólidos 
estranhos indicados pelo primeiro numeral característico 
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção 
0 Não protegido 
1 Protegido contra objetos sólidos de Ø 50 mm e maior 
2 Protegido contra objetos sólidos de Ø 12 mm e maior 
3 Protegido contra objetos sólidos de Ø 2,5 mm e maior 
4 Protegido contra objetos sólidos de Ø 1,0 mm e maior 
5 Protegido contra poeira 
6 Totalmente protegido contra poeira 
 
Tab. II - Graus de proteção contra a penetração de água 
indicados pelo segundo numeral característico 
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção 
0 Não protegido 
1 Protegido contra gotas d'água caindo verticalmente 
2 
Protegido contra queda de gotas d'água caindo verticalmente 
com invólucro inclinado até 15° 
3 Protegido contra aspersão d'água 
4 Protegido contra projeção d'água 
5 Protegido contra jatos d'água 
6 Protegido contra jatos potentes d'água 
7 Protegido contra efeitos de imersão temporária em água 
8 Protegido contra efeitos de imersão contínua em água 
 
 
 
 
 
 
 
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Curva fotométrica ou curva de distribuição de intensidade luminosa: curva, 
geralmente polar, que representa a variação da intensidade luminosa de uma 
fonte segundo um plano passando pelo centro, em função da direção. As curvas 
fotométricas podem se referir a fontes de luz ( lâmpadas ) ou às luminárias que 
abrigam estas fontes. 
 
 
 
 Curvas Fotométricas Horizontais e Verticais de uma Lâmpada 
Incandescente 
 
 
 
 
 
Curva fotométrica vertical de uma luminária especial para iluminação pública. 
Valores para 1000 lm da lâmpada tomados na direção do eixo da rua; Ɵ = 90º. 
 
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O controle de ofuscamento pode 
ser analisado através do diagrama 
composto por curvas de luminâncias 
dos planos transversal e longitudinal 
da luminária e curvas de limitação de 
ofuscamento para ângulos de 
visualização críticos (entre 45º e 85º) 
conforme CIE. 
 
 
 
Note que a altura da visão é de 120cm e os ângulos partem de uma normal do teto aos 
olhos do observador. 
 
 
 
Cada curva de limitação de ofuscamento (de "a" a "h") refere-se a um certo nível de 
iluminância para classes de qualidades distintas: Classe A (qualidade muito elevada) e 
Classe C (qualidade média). 
Para analisarmos se uma luminária é adequada a uma certa atividade, basta verificar o 
nível de iluminância desejado e sua respectiva curva de limitação (a, b, c, d, e, f, g ou h) 
para o nível de qualidade requerido. Se as curvas de luminância se mantiverem à 
esquerda da curva de limitação selecionada, significa que a luminária é apropriada, de 
acordo com o nível de controle exigido, em termos de ofuscamento. 
 
 
 
 
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TIPOS DE LÂMPADAS – PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO 
 
 
As lâmpadas da família das incandescentes imitam a luz solar. As de descarga 
como as fluorescentes, as de mercúrio, as de sódio e as de multivapores 
metálicos imitam a descarga elétrica produzida por um relâmpago. O terceiro tipo 
abrange os led’s (diodos emissores de luz) que funcionam por luminescência, 
imitando os vagalumes. 
 
Incandescente - Primeira lâmpada comercialmente viável, ela funciona quando a 
corrente elétrica passa pelo filamento de tungstênio e o aquece, deixando-o em 
brasa. Emite mais calor do que luz - na prática, apenas 10% do que consome de 
energia é transformado em luz visível, e o restante é transformado em calor. Sua 
durabilidade é de, no máximo, mil horas pelo fato de o filamento ir se tornando 
mais fino devido ao aquecimento, causando a depreciação do fluxo luminoso até o 
momento em que o filamento se rompe e a lâmpada queima. 
 
 
Lâmpada incandescente 
 
 
 
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Incandescente halógena - Seu funcionamento segue o mesmo princípio da 
lâmpada incandescente, da qual é considerada uma versão evoluída. A diferença 
está no fato de que o gás halogênio no interior do bulbo devolve ao filamento as 
partículas de tungstênio que se desprendem com o calor. Com isso, ela ganha 
estabilidade de fluxo luminoso e um aumento de durabilidade que pode chegar a 5 
mil horas. Seu IRC é 100. 
 
 
 
Ciclo do halogênio 
 
 
Fluorescente - A corrente elétrica atravessa o reator, que dá a partida da 
lâmpada e estabiliza essa corrente, enviando-a para o interior da lâmpada, onde 
há um filamento recoberto por uma pasta emissiva. Quando aquecido, esse 
filamento provoca a movimentação dos elétrons no interior da lâmpada que, por 
sua vez, provoca a vaporização do mercúrio, produzindo a emissão de raio 
ultravioleta. A parede interna da lâmpada é pintada com pó de fósforo e, quando 
os raios UV atravessam essa pintura, eles são transformados em luz visível. A 
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pintura é feita hoje com o trifósforo nas três cores básicas (vermelho, verde e 
azul), o que resulta em maior fidelidade de reprodução de cores. As fluorescentes 
tubulares têm vida útil de até 20 mil horas. 
 
 
 
Lâmpada fluorescente 
 
 
Sódio - Atualmente usada na iluminação pública, a lâmpada de sódio oferece luz 
amarelo-laranja que distorce as cores - seu IRC é de no máximo 30. Em 
contrapartida, oferece grande fluxo luminoso com baixo consumo. Seu 
funcionamento é parecido com o das fluorescentes, exceto pela presença do sódio 
no lugar do mercúrio. A partida requer reator específico e ignitor (espécie de 
starter que eleva a tensão na hora da partida para 4.500 volts). 
 
Multivapores metálicos - Tipo de lâmpada também conhecida como metálica, 
contém iodetos metálicos. Seu funcionamento é similar ao da lâmpada de sódio - 
requer reator e ignitor para elevar a tensão de partida. Tem grande fluxo luminoso, 
IRC de 90 e é indicada para locais onde é necessário haver iluminação 
profissional, como quadras de tênis, grandes eventos, jogos de futebol etc. Na 
hora de substituir uma lâmpada metálica por uma de outra marca, deve-se trocar 
também o reator e o ignitor, pois eles são incompatíveis. 
Também podem receber as nomenclaturas: metal halide ou iodeto metálico. 
 
Reatores - Os antigos reatores eletromagnéticos grandes e pesados, que 
funcionam em 60 hertz, vêm sendo substituídos pelos modelos eletrônicos, que 
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economizam energia e têm menor carga térmica. Os reatores eletrônicos 
trabalham em 35 kilohertz, o que evita a intermitência conhecida como cintilação e 
o efeito estroboscópico, ambos responsáveis pelo cansaço visual. Os reatores de 
baixa performance são os chamados “acendedores” e servem apenas para 
acender lâmpadas em ambientes residenciais. Os de alta performance são 
equipados com filtros que evitam interferências no sistema elétrico e são indicados 
para instalações comerciais, hospitais, bancos, escolas etc. Há ainda os reatores 
eletrônicos dimerizáveis, que permitem a dimerização de fluorescentes - 
possibilidade inimaginável há alguns anos. Seu uso permite a integração da luz 
natural com a artificial - quando combinado a sensores, ele vai aumentando ou 
diminuindo a intensidade luminosa das lâmpadas conforme a necessidade, de 
modo que a luz artificial seja usada apenas como complemento à luz natural. 
Também possibilita a criação de diferentes cenários de luz. 
 
LED - Há alguns anos,o LED só era usado como indicador luminoso de aparelhos 
como rádio, TV ou computador ligados. Com a evolução, ele deixou de ser um 
marcador para se transformar em emissor de luz visível e a cada ano os módulos 
de LED estão praticamente dobrando seu fluxo luminoso. LED é a sigla de Light 
Emissor Diod (diodo emissor de luz). Não possui filamentos nem descarga 
elétrica, trabalha em baixa tensão, normalmente 10 ou 24 volts, e consome em 
média de 1 a 12 watts, o que proporciona extrema economia de energia. Sua vida 
útil pode ser de até 50 mil horas, o que dispensa manutenção, e ainda tem a 
vantagem de não emitir radiações infravermelha e ultravioleta. Oferece a 
possibilidade de criar cenas no modo RGB (sigla em inglês para as três cores 
básicas: vermelho, verde e azul), comandadas por controle remoto ou 
computador. Pode se apresentar sob forma de lâmpadas refletoras, tubos como as 
fluorescentes, fitas flexíveis, balizadores ou em luminárias completas. As 
lâmpadas de LED têm sido oferecidas no mercado na versão bivolt, o que facilita 
em muito a escolha. 
Para que a construção de um LED atenda à todas as expectativas de utilização 
ela precisa ter alguns componentes básicos. 
 
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O driver (ou fonte como alguns costumam chamá-la) vai estabilizar a corrente e 
corrigir a voltagem. O dissipador de calor será essencial para aumentar a vida do 
LED pois a energia liberada na passagem da corrente gera certo calor e ele 
precisa ser direcionado para trás. As "bolinhas de luz" que são os LED's 
propriamente ditos emitem a luz em 180 graus e necessitam da ótica secundária 
para dirigir seus fachos para frente como um refletor e finalmente a ótica terciária 
funciona como lentes que configuram as formas e aberturas do facho de luz. 
 
 
 
 
 
Componentes do LED 
 
 
O mercado oferece lâmpadas de LED com formatos idênticos às já existentes 
incandescentes, halógenas e fluorescentes. Isto facilitou bastante a aceitação e 
comercialização desta nova tecnologia uma vez que as luminárias que acomodam 
estas lâmpadas são exatamente as mesmas que utilizamos para as outras fontes 
de luz. Por outro lado luminárias de LED são unidades de iluminação completas. 
Possuem fonte de luz, sistemas de controle e alimentação, elementos que 
distribuem, posicionam e protegem a fonte de luz e dispositivos para montagem e 
instalação. 
A tendência é que o mercado comece a oferecer cada vez mais as luminárias de 
LED. Devido ao longo tempo de duração desta fonte de luz a troca da luminária a 
cada 30.000h (mais de 6 anos para uso contínuo de 12 horas) pode ser justificada. 
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Algumas vantagens do uso da tecnologia LED: 
 
1) Vida útil – possuem vida mediana de até 50 mil horas. Dependendo do 
uso diário isto pode significar até 17 anos. 
2) Fluxo luminoso – praticamente não altera a intensidade do fluxo com o 
uso. 
3) Economia de energia – normalmente é prevista uma economia de 10 a 
80% dependendo da fonte de luz com que se compara. 
 
Tipo de lâmpada Potência 
(WATTS) 
Fluxo 
(LUMENS) 
Rendimento 
(LM/W) 
Incandescente leitosa 100 950 9,5 
Halógena Eco Classic A55 42 630 15 
Fluorescente compacta espiral 15 940 63 
LED A65 E27 12 1000 83 
 
 
4) Não gera calor – como não emite raios infravermelhos não gera calor, 
ou seja, a superfície iluminada por LED fica na temperatura ambiente. A 
luminária em si pode aquecer mas nada comparado a uma incandescente. 
5) Zero emissão de ultravioleta e infravermelho – exceto o LED, todas as 
fontes de luz artificial conhecidas hoje (lâmpadas incandescentes, 
halógenas, vapor de sódio, vapor metálico) emitem esse tipo de radiação. 
6) Não oferece risco no contato direto – por trabalhar com baixa tensão, 
pode ser usado em ambientes úmidos sem risco de choques. Luminárias de 
uso residencial podem ser instaladas em lugares baixos sem risco de 
queimadura por contato. 
7) Resistência a uso severo – como se trata de um componente sólido, 
suporta bem a vibração, variação de temperatura e uso pulsante constante 
sem problemas. Resiste a temperatura entre -20°C e 50°C. 
 
 
 
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ESPECIFICAÇÃO DE LÂMPADAS E LUMINÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Banho 
_____________________________________________________________ 
Na iluminação do banheiro, temos que nos preocupar com a luz geral e com a luz 
localizada sobre a bancada da pia. A iluminação geral pode ser feita com 
lâmpadas fluorescentes ou incandescentes e para a iluminação localizada deve-se 
usar, de preferência, a incandescente pois é a lâmpada que menos distorce as 
cores. Estando o ponto de luz localizado na parede, podemos utilizar arandelas 
com vidro jateado para minimizar os efeitos de sombra e, no caso de tetos 
rebaixados, usaremos plafons embutidos com lâmpadas incandescentes sobre a 
bancada. 
 
 
Cozinha 
_____________________________________________________________ 
Cozinhas são locais de trabalho, portanto a iluminação mais adequada é a 
fluorescente. Ela produz menos efeitos de sombras e é mais eficiente em termos 
de fluxo luminoso e economia de energia. 
Utilizando lâmpadas trifósforo a distorção das cores vai diminuir bastante. É 
suficiente colocarmos uma luminária no ponto central do teto mas a quantidade e 
potência das lâmpadas devem ser dimensionadas de acordo com a área da 
cozinha. 
Quartos 
_____________________________________________________________ 
São os ambientes mais pessoais de uma residência. Cada pessoa tem uma 
preferência em termos de iluminação portanto, em primeiro lugar, devemos 
respeitar estas preferências. 
Comumente usamos plafons externos no ponto central do teto com 2 ou 3 
lâmpadas incandescentes de 60W. Estas lâmpadas podem ser substituídas pelas 
fluorescentes compactas que são mais econômicas e têm a vantagem de não 
produzir calor. Existem fluorescentes compactas de baixa temperatura de cor 
(mais amareladas) que não vão tirar do quarto aquele clima aconchegante que as 
lâmpadas incandescentes proporcionam. 
Para a mesa de cabeceira, abajures com lâmpadas fluorescentes compactas ou 
LED’s. 
 
 
 
 
A correta adequação das fontes de luz artificial aos ambientes 
23 
 
 
Quarto de Bebê 
_____________________________________________________________ 
O quarto do bebê deve ter uma boa iluminação até para sua própria segurança, 
mas devemos ter a opção de diminuir a intensidade de luz para as horas de 
descanso. Com o uso do dimmer, tudo fica resolvido. É interessante também que 
o bebê não tenha contato visual com a fonte de luz, o ideal é que ela seja indireta. 
 
 
Garagem / Guarita 
_____________________________________________________________ 
Se as lâmpadas de garagem forem ficar acesas durante toda noite, devemos usar 
LED’s ou fluorescentes e optar por baixos níveis de iluminância por questão de 
economia. 
Na guarita, de preferência, lâmpadas de LED com dimmer, pois o interior da 
guarita deve ser quase escuro. O lado de fora é que deve estar bem iluminado, 
neste caso, podem ser usadas luminárias com lâmpadas halógenas e sensor de 
presença. 
 
 
Lavabo 
_____________________________________________________________ 
A iluminação do lavabo deve ser bem trabalhada, afinal ele é quase uma 
continuação do estar. Como são ambientes pequenos, na maioria das vezes, 
podemos iluminá-los bem com uma ou duas lâmpadas dicróicas de baixa potência 
sobre a bancada da pia. Arandelas decorativas também podem ser uma boa idéia. 
 
 
Adega 
_____________________________________________________________ 
Na adega é “expressamente proibido” o uso de lâmpadas fluorescentes. Este tipo 
de lâmpada irradia certa quantidade de ultra-violeta que prejudica a composição 
do vinho. Se usarmoslâmpadas incandescentes é necessário que as usemos com 
moderação pois, como sabemos, a temperatura da adega deve ser baixa (em 
torno de 12ºC) e estas lâmpadas produzem calor. O uso de LED’s é bastante 
indicado pois não existe radiação de infra-vermelho e ultra-violeta. 
 
 
Sala de Jogos 
_____________________________________________________________ 
A iluminação geral da sala de jogos deve ser boa. Pode ser feita com lâmpadas 
fluorescentes em sancas ou luminárias que permitam iluminação semi-indireta ou 
indireta. Sobre as mesas de sinuca, xadrez, cartas etc., devemos acrescentar 
ainda iluminação localizada com lâmpadas halógenas ou LED’s. 
 
 
 
 
24 
 
 
Varanda 
_____________________________________________________________ 
No caso de pequenas varandas ou sacadas é aconselhável que usemos uma 
iluminação tênue através de pazinhas varre-teto ou embutidos de parede. Assim 
teremos uma iluminação suave e propícia para que possamos observar a vista. 
Em varandas maiores, onde possam ser feitas leituras ou trabalhos manuais, 
teremos que nos preocupar com uma iluminação localizada que seja satisfatória. 
 
 
Home Theater 
_____________________________________________________________ 
Nenhuma iluminação deve se interpor entre a tela e o espectador. O ideal é uma 
iluminação indireta que possa ser regulada para ocasiões diferentes. Pendentes 
de luz indireta no ponto central com lâmpadas halógenas e dimmer seriam uma 
boa opção. Deve haver boa iluminação para manuseio dos controles e, no caso de 
se colocarem abajures, é preferível que suas cúpulas sejam escuras ou opacas 
para evitar a reflexão da lâmpada na tela. 
 
 
Sala de Jantar 
_____________________________________________________________ 
Devemos usar sobre a mesa de jantar lâmpadas que reproduzem fielmente as 
cores, portanto: incandescentes, halógenas ou halógenas dicróicas. Lâmpadas 
fluorescentes, ainda que com boa reprodução de cores, devem ser usadas como 
apoio e não como foco único sobre a mesa. 
Podemos usar lustres ou pendentes que devem se posicionar na altura entre 0,90 
e 1,20m acima do tampo da mesa e no centro desta. No caso de este 
posicionamento não coincidir com o ponto de luz já existente, sempre se pode 
fazer um balanço com o fio deslocando-se a luminária até a posição desejada. 
Se o lustre não produz iluminação suficiente, podemos otimizá-la colocando 
plafons embutidos em suas laterais no teto direcionados para baixo ou com fachos 
cruzados. Outra opção é colocar-se somente plafons embutidos alinhados sobre a 
mesa com uma dicróica no centro, para os dias especiais, e duas laterais com 
lâmpadas fluorescentes compactas ou LED’s para serem utilizadas no dia a dia. 
Podemos ainda usar o recurso de sancas com lâmpadas fluorescentes ou fitas de 
LED circulando o perímetro da mesa ou de toda a sala. 
Deve-se iluminar também algum outro ponto de interesse como aparadores, 
buffets ou cristaleiras para que a iluminação não fique toda concentrada em um só 
ponto. 
Temos que nos preocupar ainda com a luz de passagem que deverá estar ligada 
em three way pois normalmente a sala de jantar está entre a cozinha e o resto da 
casa. Ela deve ser feita com lâmpada incandescente, halógena ou LED, uma vez 
que será acionada somente por alguns minutos. 
 
 
 
 
25 
 
Sala de Estar 
_____________________________________________________________ 
Normalmente é aqui que se tem um maior cuidado com a decoração: materiais 
mais nobres, obras de arte e provavelmente muito esmero por parte dos donos da 
casa. Estes ambientes poderão ser usados de diversas maneiras e, por isso, a 
iluminação pode acompanhar a cada uma delas. 
É muito agradável ouvir-se música ou namorar em um ambiente com luz suave 
que vem de abajures ou arandelas mais fechadas. Por outro lado, receber visitas 
informais e conversar sob iluminação de uma sanca é bastante interessante pois a 
luz é rebatida e se espalha resultando em pouquíssimas sombras, o que torna as 
pessoas até mais bonitas. Nos dias de festa e visitas mais cerimoniosas, nada 
como misturar a iluminação indireta com a direcionada; com lâmpadas dicróicas e 
PAR 36 destacando obras de arte, plantas e esculturas teremos um efeito quase 
teatral e valorizaremos todos os recursos de decoração utilizados. Um wall wash 
feito com lâmpadas de LED vai valorizar uma parede especial sem elevar a 
temperatura ambiente e com baixo consumo. 
Finalmente, não podemos nos esquecer da iluminação de passagem. Aquela que 
será utilizada apenas para que cruzemos o ambiente sem ter que, 
necessariamente, acender todo o resto. 
 
 
 
Escritórios 
_____________________________________________________________ 
A iluminação para escritórios requer a elaboração de cálculos luminotécnicos 
precisos pois não só a produtividade mas, mais importante, a saúde dos usuários 
está diretamente envolvida. Lâmpadas fluorescentes de alta temperatura de cor 
são normalmente as mais indicadas. 
Usualmente são solicitados para escritórios níveis de iluminância que variam entre 
500 e 1000 lux e para obtermos um bom resultado teremos que levar em conta o 
pé direito do ambiente, índices de reflexão dos materiais utilizados, curvas 
fotométricas das luminárias, etc. 
Mesmo depois de efetuados os cálculos nos depararemos com dois problemas 
importantes e muito frequentes: 
 
1. A distribuição das luminárias: 
Se o espaço estiver iluminado todo ele uniformemente, isto poderá causar 
um certo tédio em seus usuários. Por isso se colocarmos níveis de 
iluminância diferentes em circulações e estações de trabalho por exemplo, 
estaremos “movimentando” mais a atividade do escritório. A luz de tarefa 
também ajuda a diminuir o consumo energético. 
2. O reflexo das lâmpadas nos visores dos computadores: 
Onde existem terminais de computadores devemos colocar a iluminação 
sobre eles e nunca por trás do operador. Porém muitas vezes isso não é 
possível. Recomenda-se então o uso de difusores de vidro ou acrílico ou 
ainda a colocação de louvres (grelhas) que minimizem os efeitos de 
ofuscamento e reflexão. A solução mais indicada, no entanto, seria o uso 
26 
 
de iluminação semi-indireta ou indireta através de luminárias próprias ou 
mesmo de sancas. 
 
 
Lojas 
_____________________________________________________________ 
Lojas de departamentos requerem iluminação geral e mais intensa, com destaque 
apenas para alguns pontos. Usualmente a temperatura de cor das lâmpadas é 
mais alta para incentivar maior agilidade nas compras. 
Já em lojas menores e com conceito de exclusividade, a iluminação será mais 
pontual e com baixa temperatura de cor criando-se assim um clima intimista, 
elegante e aconchegante. 
As vitrines devem ser muito bem iluminadas, com níveis de iluminância por volta 
de 3.000 lux (para lojas de shopping). Lâmpadas diferenciadas, trilhos 
eletrificados, circuitos divididos; tudo isso possibilitará ao vitrinista que ele 
customize a iluminação. 
Não devemos nos esquecer de iluminar nenhum produto exposto na loja pois: 
- Produto não iluminado é produto encalhado! 
O IRC (índice de reprodução de cores) das lâmpadas deve ser o mais alto 
possível para não distorcer as cores dos produtos. 
Os caixas devem ser iluminados com luz difusa e os provadores “vendem” melhor 
se a luz for indireta e com baixa temperatura de cor. 
 
Restaurantes 
_____________________________________________________________ 
Restaurantes fast food necessitam de maiores níveis de iluminância e lâmpadas 
com temperatura de cor mais alta pois a rotatividade dos clientes deve ser 
incentivada. 
Já restaurantes mais finos pedem ambientes com luz e sombra e lâmpadas que 
façam lembrar a luz de velas. O aconchego é essencial nestes locais e 
normalmente a luz direcionada exatamente sobre as mesas é a mais importante. 
O IRC daslâmpadas deve ser de 100 e o facho de luz não deve ultrapassar o 
diâmetro da mesa. Algum apoio pode vir de arandelas ou sancas invertidas. 
Já na cozinha, luz farta com alta temperatura de cor. O projeto luminotécnico da 
cozinha deve atender as normas brasileiras e os critérios de exigência da 
vigilância sanitária. 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
Lâmpadas fluorescentes e lâmpadas de descarga em geral não devem ser 
acionadas a todo momento. Uma vez acesas, devem permanecer assim por algum 
tempo. Portanto dispositivos como minuterias e sensores de presença não 
devem se associar a elas. Esses recursos devem utilizar lâmpadas 
incandescentes ou incandescentes halógenas. 
 
Células foto-elétricas podem ser uma boa opção para lâmpadas de descarga 
uma vez que o acionamento (acendimento ou desligamento) da luminária se dará 
somente na ausência ou presença da luz do sol. 
 
O dimmer (dispositivo que possibilita variar o fluxo luminoso das lâmpadas numa 
instalação, a fim de ajustar o nível de iluminância) é indicado para lâmpadas 
incandescentes e incandescentes halógenas. Pode-se utiliza-lo para lâmpadas 
fluorescentes desde que seja adquirido todo o conjunto específico para este 
propósito. A dimerização tem sido um recurso extremamente utilizado em 
ambientes que utilizam a automação na iluminação. 
 
A temperatura de cor da lâmpada é outro fator que deve ser observado para uma 
correta especificação. Ambientes de trabalho e que exijam produtividade devem 
ter lâmpadas com alta temperatura de cor (brancas) e ambientes que pretendam 
ser mais aconchegantes devem utilizar lâmpadas com baixa temperatura de cor 
(amarelas). 
 
Para ambientes onde a reprodução das cores seja relevante deve-se especificar 
lâmpadas com elevado IRC (índice de reprodução de cores). 
 
 
 
 
Parâmetros a serem observados na especificação dos tipos de lâmpadas 
28 
 
ATENÇÃO: 
 
Outro fator importante mas que quase nunca é lembrado: o descarte das 
lâmpadas e seus equipamentos auxiliares (reatores, transformadores e drivers). 
Existem pelo menos doze elementos que são utilizados em lâmpadas que podem 
originar impactos ambientais negativos. Essas substâncias são as seguintes: 
mercúrio, antimônio, bário, chumbo, cádmio, índio, sódio, estrôncio, tálio, vanádio, 
ítrio e elementos de terras raras. 
As únicas lâmpadas que podem ser descartadas em lixo comum são as 
incandescentes e halógenas. 
Os LED's são também considerados "lixo limpo" pela pequena quantidade dos 
elementos utilizados em sua fabricação. Mas em muitas das lâmpadas de LED os 
drivers se encontram inseridos. 
Portanto, excetuando-se as lâmpadas incandescentes e halógenas, o ideal é que 
todas as lâmpadas e equipamentos auxiliares sejam encaminhados à reciclagem. 
Eles não devem ser descartados no lixo comum por serem tóxicos e não devem 
ser descartados no coletor de recicláveis pois não são recicláveis. Por 
lei, estabelecimentos comerciais que realizam a revenda de tais produtos são 
obrigados a recebê-los e enviá-los para tratamento adequado. Estes materiais são 
desmontados e os produtos tóxicos podem ser utilizados na confecção de novos 
produtos, não sendo necessário desperdiçar matéria-prima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
SIMBOLOGIA NO PROJETO LUMINOTÉCNICO 
 
 
 
 
O projeto luminotécnico consiste em 03 plantas e cortes. 
A primeira planta é a de teto (ou de gesso). Os cortes, que fazem parte dela, 
mostram os detalhes do rebaixamento. 
A segunda planta é a luminotécnica que mostra a posição e especificação de 
lâmpadas e luminárias no projeto. Sua simbologia ainda não é normatizada por 
isso os profissionais podem lançar mão de símbolos diferenciados para fazer as 
representações. 
A terceira planta é a de setorização de circuitos que mostra a posição dos 
comandos elétricos (tomadas, interruptores, quadros de distribuição de carga, etc) 
no projeto. Neste caso a simbologia segue as normas do projeto elétrico. Esta 
planta é apenas uma sugestão para o engenheiro eletricista pois cabe à ele a 
elaboração do projeto elétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Legenda do projeto luminotécnico (exemplo) 
 
 
 
31 
 
Legenda do projeto de setorização de comandos elétricos (exemplo) 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
CÁLCULO PELO NÚMERO DE WATTS (para fluorescentes) 
 
 
 02 CORRESPONDÊNCIA ENTRE LUX E WATTS 
PRECISANDO 
 
SERÁ NECESSÁRIO POR M2 
INCANDESCENTE FLUORESCENTE 
100 LUX X 5 WATTS 
150 LUX X 7 WATTS 
200 LUX X 10 WATTS 
250 LUX X 12 WATTS 
300 LUX X 15 WATTS 
400 LUX X 20 WATTS 
500 LUX X 24 WATTS 
Obs.: Valores considerando pé direito normal e paredes e tetos brancos 
 
 03 Para fazer o cálculo da iluminação necessária, multiplique a área do ambiente pelos watts 
equivalentes à medida de iluminância (lux) que deseja. 
Este é um cálculo aproximado, portanto só é válido para projetos residenciais onde são usadas 
lâmpadas fluorescentes compactas e/ou tubulares. 
 
 
TABELA DE ILUMINAÇÃO 
01 LUX NECESSÁRIOS PARA CADA TIPO DE AMBIENTE 
SALAS DE ESTAR 
GERAL 
LOCAL: (leitura, escrita, bordado, etc...) 
150 LUX 
500 a 1000 LUX 
COZINHAS 
GERAL 
LOCAL: (fogão, pias, mesa de trabalho, etc...) 
150 LUX 
250 a 500 LUX 
QUARTOS 
GERAL 
LOCAL: (espelho, penteadeira, etc...) 
150 LUX 
250 a 500 LUX 
ESCRITÓRIOS 
GERAL 
LOCAL: (mesa de trabalho, arquivos, etc...) 
200 LUX 
300 a 500 LUX 
BANHEIROS 
GERAL 
LOCAL: (lavatórios, espelhos, etc...) 
150 LUX 
250 a 500 LUX 
HALL, ESCADARIAS E GARAGENS 
GERAL 
 
100 LUX 
 
33 
 
EXEMPLOS 
 
Banheiro 
 
Exemplo de cálculo para 150lux 
 
Banheiro com 3,0m2 
Embutido com vidro difusor e lâmpadas fluorescentes compactas de 15w 
Nº de watts = 3m2 X 7w/m2 
Nº de watts = 21w 
Nº de lâmpadas = 21w/15w 
Nº de lâmpadas = 1,4 
1,4 X 1,5 = 2,1 ≈ 2 lâmpadas 15w 
 
Banheiro com 3,0m2 
Calha com lâmpadas fluorescentes tubulares de 16w 
Nº de watts = 3m2 X 7w/m2 
Nº de watts = 21w 
Nº de lâmpadas = 21w/16w 
Nº de lâmpadas = 1,3 ≈ 2 lâmpadas de 16w 
 
 
Escritório 
 
 
Exemplo de cálculo para 200lux 
 
Escritório com 8m2 
Calha com lâmpadas fluorescentes tubulares de 32w 
Nº de watts = 8m2 X 10w/m2 
Nº de watts = 80w 
Nº de lâmpadas = 80w/32w 
Nº de lâmpadas = 2,5 ≈ 3 lâmpadas de 32w 
 
Escritório com 8m2 
Sanca com lâmpadas fluorescentes tubulares de 32w 
Nº de watts = 8m2 X 10w/m2 
Nº de watts = 80w 
Nº de lâmpadas = 80w/32w 
Nº de lâmpadas = 2,5 
2,5 X 2 = 5 lâmpadas de 32w 
34 
 
CÁLCULO PELA NECESSIDADE DE LUMENS (para LED's) 
 
Valores de iluminância nos ambientes de uma residência e sua 
correspondência aproximada em lumens: 
 
 
 
EXEMPLO 
 
Exemplo de cálculo para 150lux 
 
Banheiro com 3,0m2 
Embutidos para lâmpadas A60 de LED com 960lm de fluxo luminoso 
 
Calculando pela necessidade de lumens: 
 
Nº de lumens = 3m2 X 600lm/m2 
Nº de lumens = 1800lm 
Nº de lâmpadas = 1800lm/960lm 
Nº de lâmpadas = 1,87 ≈ 2 lâmpadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMBIENTE NÍVEL DE ILUMINÂNCIA LUMENS POR METRO QUADRADO 
 
HALL / ESCADAS 
GARAGEM 
 
100 LUX 
 
 
400 LUMENS/M2 
 
 
SALA DE ESTAR / BANHO 
QUARTO / COZINHA 
 
150 LUX 
 
 
600 LUMENS/M2 
 
ESCRITÓRIO 
 
200 LUX 
 
 
800 LUMENS/M2 
35 
 
FATORES DE DEPRECIAÇÃO DAS LUMINÁRIAS 
 
 
 
TIPO DE LUMINÁRIA 
 
CONDIÇÃO DO 
AMBIENTE 
 
FATOR DE 
DEPRECIAÇÃO (d) 
 
 
 
Aberta para 
iluminação deinteriores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito limpo 
 
Limpo 
 
Médio 
 
Sujo 
 
Muito sujo 
 
0,95 
 
0,89 
 
0,81 
 
0,72 
 
0,61 
 
Fechada para 
iluminação de 
interiores 
 
 
Muito limpo 
 
Limpo 
 
Médio 
 
Sujo 
 
Muito sujo 
 
 
 
0,94 
 
0,88 
 
0,82 
 
0,77 
 
0,71 
 
Fechada para 
iluminação de áreas 
externas 
 
 
 
 
0,87 
 
 
 
36 
 
TAXAS DE REFLETÂNCIA ÚTEIS PARA SUPERFÍCIES INTERNAS 
(segundo Nbr 8995) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
teto.....................................0,6 - 0,9 
paredes..............................0,3 - 0,8 
planos de trabalho..............0,2 - 0,6 
piso.....................................0,1 - 0,5 
37 
 
PAISAGISMO 
 
Um belo Jardim não deve ser apreciado somente durante o dia. Na ausência da 
luz do sol, a iluminação artificial pode valorizar ainda mais os projetos 
paisagísticos, criando formas e efeitos. 
A iluminação para paisagismo requer principalmente bom senso. Não são feitos 
cálculos pormenorizados uma vez que o que se deseja é a valorização de alguns 
volumes. Obviamente não podemos deixar de levar em conta fatores como 
temperatura de cor e abertura e alcance de facho de lâmpadas e luminárias. 
Escadas, entradas e caminhamentos devem ser melhor iluminados por questão de 
segurança. Podemos destacar árvores e arbustos e realçar o colorido das flores 
com iluminação direta e com a indireta determinar espaços sem focar em algo 
especifico. 
Quando se destaca algum volume, árvore ou escultura, deve-se tomar cuidado 
para que a fonte de luz não ofusque o observador. Se a luz for colocada à frente 
do objeto, teremos valorizadas suas cores e texturas. Por outro lado se a fonte for 
colocada por trás, conseguiremos uma valorização de seu contorno. 
Postes, mini-postes e arandelas colocados no chão ou em muros iluminarão uma 
área uniformemente ao passo que luminárias direcionadas oferecerão iluminação 
de destaque e mais dramática. 
É importante lembrar também que se deve separar os comandos para 
acendimento das luminárias de forma racional. Não é necessário, por exemplo, 
que todo o aparato fique aceso durante a noite, pois isso influenciaria inclusive no 
ciclo circadiano de plantas e animais, mas pontos estratégicos devem permanecer 
acesos para possibilitar o trabalho de vigia. Para estas luminárias devemos optar 
por lâmpadas de baixo consumo como fluorescentes e LED’s. 
Assim, pode-se ter, no mesmo jardim, desde uma iluminação mais econômica, 
com apenas alguns pontos de luz (iluminação de segurança), até algo mais 
apropriado para recepcionar pessoas ou realizar festas. 
 
38 
 
Luminárias utilizadas em jardim devem ser bem vedadas, uma vez que estarão 
expostas a intempéries, por isso ao adquiri-las devemos verificar qual é a sua 
classificação de IP (índice de proteção). 
O tipo de lâmpada utilizado também determina a qualidade do projeto, mas a 
adequação do produto varia de acordo com a área e o objetivo a ser atingido. 
Para grandes áreas, as lâmpadas mais adequadas são as de vapor metálico 
(refletoras ou de luz difusa) disponíveis em vários modelos e potências. 
Em áreas com flores, em que o colorido deve ser realçado, é importante escolher 
lâmpadas com alto índice de reprodução de cores, como as lâmpadas PAR 20, 30 
ou 38 halógenas. Estas lâmpadas vêm sendo substituídas pelas lâmpadas de 
tecnologia LED que, apesar de não possuírem IRC de 100, são bem mais 
econômicas e podem durar até 20 vezes mais. 
Excluindo raras exceções, lâmpadas com tonalidade entre 2.700K e 3.000K 
(amarelas) são as mais indicadas para iluminar os jardins. Isto porque 
trabalhamos nestes locais com baixos níveis de iluminância e essa condição se 
adapta mais a lâmpadas mais relaxantes e também porque elas nos fazem 
lembrar a luz proveniente do fogo, tochas, velas, etc. Jardins devem ser verdes 
porque estão saudáveis e não porque jogou-se luz verde sobre eles... Luz colorida 
deve ser utilizada com cuidado. De preferência em ambientes temáticos ou 
festivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
FACHADAS 
 
 
 
Em situações em que a fachada possui volumetria marcante devemos optar por 
luminárias discretas e compatibilizadas com cores e revestimentos, revelando a forma 
arquitetônica como o elemento mais importante. Não é necessário utilizar lâmpadas 
com potências elevadas, pois o observador está adaptado a uma condição de pouca 
luz, proveniente da iluminação viária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Espaçamento entre luminárias nos caminhamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Altura de montagem em função do fluxo luminoso em vias 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
MÉTODO DE CÁLCULO POR RENDIMENTO DOS PROJETORES 
 
 
O método dos rendimentos permite calcular com boa aproximação, o número de 
projetores necessários à iluminação de uma certa área. Usa-se este método 
porém quando não se necessita um rigor técnico muito apurado. 
 
O fluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas ( T ) é afetado por um fator ( ) que 
leva em conta o rendimento do projetor e as perdas do fluxo luminoso fora da área 
de superfície (S). 
 
Do fluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas ( T ) cerca de 25 a 40% é 
absorvido pelo próprio projetor e perdido por reflexões mútuas nos espelhos. 
 
Parte do fluxo realmente emitido pelo projetor incide fora da área a iluminar, assim 
sendo,  oscila na prática, entre 0,25 e 0,35. 
 
O número de projetores calcula-se facilmente: 
 
 
 
 S x E 
N = ------------- 
x L 
 
 
 
 
Onde: 
 
N = número de projetores 
 
S = área de superfície a iluminar (m2) 
 
E = nível de iluminância adotado (lux) 
 
 = rendimento 
 
L = fluxo luminoso da lâmpada (lumens) 
42 
 
 
 
43 
 
 
MÉTODO DE CÁLCULO PONTO A PONTO 
 
 
 
Estas são as fórmulas utilizadas para o cálculo de iluminação de destaque, 
quando usaremos lâmpadas refletoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
 
E = nível de iluminância (lux) 
 
I = intensidade luminosa (candelas) 
 
d = distância da fonte luminosa ao anteparo (m) 
 
Θ = metade da abertura de facho da lâmpada 
 
x = metade do diâmetro da luz incidente no anteparo 
 
 
 
 
 
 
 
 
2d
I
E  d
x
tg  
44 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
TABELA DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 
Θ senΘ cosΘ tgΘ 
 
Θ senΘ cosΘ tgΘ 
0 0 1 0 
 
46 0,71934 0,694658 1,03553 
1 0,017452406 0,999847695 0,017455065 
 
47 0,731354 0,681998 1,072369 
2 0,034899497 0,999390827 0,034920769 
 
48 0,743145 0,669131 1,110613 
3 0,052335956 0,998629535 0,052407779 
 
49 0,75471 0,656059 1,150368 
4 0,069756474 0,99756405 0,069926812 
 
50 0,766044 0,642788 1,191754 
5 0,087155743 0,996194698 0,087488664 
 
51 0,777146 0,62932 1,234897 
6 0,104528463 0,994521895 0,105104235 
 
52 0,788011 0,615661 1,279942 
7 0,121869343 0,992546152 0,122784561 
 
53 0,798636 0,601815 1,327045 
8 0,139173101 0,990268069 0,140540835 
 
54 0,809017 0,587785 1,376382 
9 0,156434465 0,987688341 0,15838444 
 
55 0,819152 0,573576 1,428148 
10 0,173648178 0,984807753 0,176326981 
 
56 0,829038 0,559193 1,482561 
11 0,190808995 0,981627183 0,194380309 
 
57 0,838671 0,544639 1,539865 
12 0,207911691 0,978147601 0,212556562 
 
58 0,848048 0,529919 1,600335 
13 0,224951054 0,974370065 0,230868191 
 
59 0,8571670,515038 1,664279 
14 0,241921896 0,970295726 0,249328003 
 
60 0,866025 0,5 1,732051 
15 0,258819045 0,965925826 0,267949192 
 
61 0,87462 0,48481 1,804048 
16 0,275637356 0,961261696 0,286745386 
 
62 0,882948 0,469472 1,880726 
17 0,292371705 0,956304756 0,305730681 
 
63 0,891007 0,45399 1,962611 
18 0,309016994 0,951056516 0,324919696 
 
64 0,898794 0,438371 2,050304 
19 0,325568154 0,945518576 0,344327613 
 
65 0,906308 0,422618 2,144507 
20 0,342020143 0,939692621 0,363970234 
 
66 0,913545 0,406737 2,246037 
21 0,35836795 0,933580426 0,383864035 
 
67 0,920505 0,390731 2,355852 
22 0,374606593 0,927183855 0,404026226 
 
68 0,927184 0,374607 2,475087 
23 0,390731128 0,920504853 0,424474816 
 
69 0,93358 0,358368 2,605089 
24 0,406736643 0,913545458 0,445228685 
 
70 0,939693 0,34202 2,747477 
25 0,422618262 0,906307787 0,466307658 
 
71 0,945519 0,325568 2,904211 
26 0,438371147 0,898794046 0,487732589 
 
72 0,951057 0,309017 3,077684 
27 0,4539905 0,891006524 0,509525449 
 
73 0,956305 0,292372 3,270853 
28 0,469471563 0,882947593 0,531709432 
 
74 0,961262 0,275637 3,487414 
29 0,48480962 0,874619707 0,554309051 
 
75 0,965926 0,258819 3,732051 
30 0,5 0,866025404 0,577350269 
 
76 0,970296 0,241922 4,010781 
31 0,515038075 0,857167301 0,600860619 
 
77 0,97437 0,224951 4,331476 
32 0,529919264 0,848048096 0,624869352 
 
78 0,978148 0,207912 4,70463 
33 0,544639035 0,838670568 0,649407593 
 
79 0,981627 0,190809 5,144554 
34 0,559192903 0,829037573 0,674508517 
 
80 0,984808 0,173648 5,671282 
35 0,573576436 0,819152044 0,700207538 
 
81 0,987688 0,156434 6,313752 
36 0,587785252 0,809016994 0,726542528 
 
82 0,990268 0,139173 7,11537 
37 0,601815023 0,79863551 0,75355405 
 
83 0,992546 0,121869 8,144346 
38 0,615661475 0,788010754 0,781285627 
 
84 0,994522 0,104528 9,514364 
39 0,629320391 0,777145961 0,809784033 
 
85 0,996195 0,087156 11,43005 
40 0,64278761 0,766044443 0,839099631 
 
86 0,997564 0,069756 14,30067 
41 0,656059029 0,75470958 0,869286738 
 
87 0,99863 0,052336 19,08114 
42 0,669130606 0,743144825 0,900404044 
 
88 0,999391 0,034899 28,63625 
43 0,68199836 0,731353702 0,932515086 
 
89 0,999848 0,017452 57,28996 
44 0,69465837 0,7193398 0,965688775 
 
90 1 0 ∞ 
45 0,707106781 0,707106781 1 
 
47 
 
 
ANEXOS 
 
ANEXO I 
 Catálogo Itaim 
 Catálogo Lumini 
 Catálogo Indelpa 
 
ANEXO II 
Tabelas de lâmpadas 
 
ANEXO III 
Exemplo de projeto residencial 
 
ANEXO IV 
Curvas das lâmpadas halógenas refletoras 
 
ANEXO V 
Método de cálculo GE 
 
ANEXO VI 
ABNT Nbr ISO/CIE 8995-1:2013 
 
ANEXO VII 
Catálogo de lâmpadas 
 Lâmpadas fluorescentes compactas 
 Lâmpadas fluorescentes tubulares e circulares 
 Lâmpadas halógenas 
 Lâmpadas de descarga 
 CDMR 
 CDMR 111 
 
ANEXO VIII 
Catálogo de Led’s 
 Essential LED 
 GreenSpace 
 LEDlamps 
 MASTER LED Lamps 
 MASTER LED spot LV 
 MASTER LED spot MV 
 MASTER LED spot PAR

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