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AULA 5 MÓDULO DE PROCESSO TRIBUTÁRIO CEJ 14.09.2011

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MÓDULO DE PROCESSO TRIBUTÁRIO – CURSO CEJ – PROF ANDREA – 14.09.2011
MANDADO DE SEGURANÇA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
Lei 12016/09 – art. 1: cabimento do MS -> quando houver a proteção de direito líquido e certo em função de ilegalidade ou abuso de poder de uma autoridade pública. Esse direito deve se basear em prova pré constituída (grande problema do MS, pois não se admite dilação probatória, diferente de um rito ordinário, como a anulatória). Deve juntar toda a documentação com a inicial, mas pode haver algum documento com a autoridade e por isso pode requerer na petição inicial que a autoridade apresente algum documento que constitua e prove o seu direito líquido e certo (art. 6, p. 1 da Lei). 
- Atos que podem ser indicados como coatores e que dizem respeito a matéria tributária? 
1) Impetrar MS para anular/impugnar o lançamento tributário (hipótese muito comum)
2) Outro ato coator é a inscrição em dívida ativa que é um controle de legalidade e por isso que esse ato é passível de impugnação via MS porque não é um ato meramente automático.
3) De decisões administrativas que tenham rejeitado um recurso ou impugnação, por exemplo, dentro de um processo administrativo tributários. No caso de isenção e imunidade, em geral, há necessidade de dilação probatória, mas se for uma questão meramente de direito, algo formal, o reconhecimento de isenção ou imunidade sem dilação probatória, poderá também impugnar alguma decisão administrativa de decisão administrativa nesse sentido.
4) de decisão judicial (embora não seja muito comum porque há recursos para atacar decisão judicial)
5) contra decisão que não concedeu certidão negativa de débito
6) para obtenção de compensação tributária (hipótese muito comum admitida pelo STJ para reconhecer o direito à compensação, mas não vai discutir valores. Vai discutir se tem direito ou não de compensar diante de uma legislação existente – uma discussão jurídica – Súmula 213 STJ)
A depender do que vai impugnar ou do objetivo pretendido, a sentença mandamental pode ter mais de uma natureza:
- meramente declaratória: objetivo é simplesmente declarar algo. Ex.: caso da compensação tributária que vai declarar o direito a compensar
- cunho constitutivo-negativo ou desconstitutivo – Ex.: quando visa a anular um lançamento ou inscrição em dívida ativa. 
- condenatório: condenar a Fazenda a fazer algo. Ex.: emissão de certidão negativa de débito.
O MS, no entanto, não serve como substitutivo de ação de cobrança ou repetição de indébito, mesmo quando tem um cunho condenatório. Não pode substituir uma ação de cobrança nem de repetição – Súmulas 269 e 271 STF. Isso porque o MS não visa a obtenção de efeitos patrimoniais pretéritos, não tem esse objetivo. 
Ex.: sujeito quer que seja declarado que tem direito a uma isenção que foi negada na fase administrativa por uma questão formal e impetra MS, mas se tiver algum crédito a receber, vai ter que ajuizar a ação de repetição de indébito e deve observar o seu prazo que começa a contar da constituição do crédito. O MS não tem esse objetivo da devolução de valores.
É comum as pessoas cumularem pedidos: uma ação anulatória cumulada com repetição e uma petitória seguindo tudo pelo rito ordinário.
O MS também não substitui a Ação Popular -> Súmula 101 STF (direitos protegidos pela ação popular não serão tutelados pelo MS).
A Lei 12016, art.5, I tem uma regra que já existia: não se concederá MS de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo -> o fundamento dessa regra é de que faltaria interesse de agir já que o recurso está com efeito suspensivo. MAS ESSA REGRA NÃO SE APLICA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA! Pelo disposto no art. 38, p. único da LEF, que estabelece que toda vez que propuser ação tributária vai implicar em renúncia na esfera administrativa (não pode ter as duas esferas concomitantes e a fase administrativa vai terminar).
Sujeito interpõe recurso dentro de PAT com efeito suspensivo. Se impetrar MS, a fase administrativa tributária vai acabar por força da LEF. É como se tivesse desistido do recurso interposto. O MS será conhecido, mas a conseqüência será para a fase administrativa e o PAT será finalizado. A fase administrativa termina automaticamente, não precisa requerer nada. 
Do ponto de vista tributário, pode ter dois tipos de MS: repressivo e preventivo. Os dois tipos são compatíveis com a área tributária.
- Repressivo: ataca lançamento, por exemplo.
- Preventivo: antes de o Fisco lançar, inscrever. Essa impetração preventiva é prevista no art. 1 da Lei 12016 que estabelece expressamente que poderá fazer isso quando houver justo receio de sofrer a ilegalidade ou o ato com abuso de poder. 
O que é esse justo receio no campo tributário?
Para comprová-lo, é preciso que tenha realizado o fato gerador daquela relação tributária (hipótese abstratamente prevista na norma é realizada) e a partir daí poderá impetrar MS para impedir que a Fazenda lance o crédito.
Sem a realização do fato gerador, o MS não será conhecido porque isso seria impetração contra lei em tese – Súmula 266 do STF. Por isso que se exige que o justo receio seja real, efetivo. Não pode impetrar MS contra lei em tese.
Quando se realiza o fato gerador, não há dúvidas de que a Fazenda vai lançar porque esse é um ato vinculado e por isso que o justo receio já atingido simplesmente pela ocorrência do fato gerador porque o lançamento é ato vinculado.
Jurisprudência, contudo, vem admitindo impetrar MS contra lei de efeitos concretos (lei em tese seria aquela com generalidade) mesmo que eventualmente não tivesse ocorrido o fato gerador daquele tributo Ex.: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – quando o ente cria o tributo precisa definir a área que será alcançada por essa cobrança porque decorre de obra pública e valorização e tem que definir isso e verificar os imóveis atingidos pela cobrança porque se valorizaram com a obra. Essa não é uma lei abstrata, tem efeitos concretos porque define os imóveis, o alcance da cobrança. Portanto, poderia o sujeito impugnar a inclusão do seu imóvel naquela lei específica porque ela é uma lei de efeitos concretos e poderia impetrar o MS ainda que a cobrança não tenha se iniciado (mas isso é raríssimo! Geralmente as leis tributárias são abstratas).
Também cabe MS se comprovar que é o contribuinte habitual mesmo que o fato gerador não tenha ainda ocorrido no caso de MS preventivo. Sujeito é comerciante e quer evitar que seja feito lançamento de ICMS. Sendo contribuinte e praticante da atividade que em tese está sujeita à tributação, estaria justificando o justo receio. Não vai impugnar lei em tese porque o Poder Judiciário não é órgão consultivo. Tem que ter cuidado com isso. Mas se comprovar a sua relação jurídica, sendo contribuinte habitual.
O que é importante é comprovar o fato gerador ou que é contribuinte daquilo habitual, do contrário o MS será extinto porque não cabe contra lei em tese. 
Quando tem ação declaratória, a discussão é parecida. Não vai poder utilizar o Judiciário como órgão de consulta. Tem que ter uma relação com aquela situação. Geralmente esse MS preventivo tem um cunho declaratório. 
Ocorrido o fato gerador -> impetrado MS preventivo -> Fazenda lança no momento em que a Fazenda efetiva o ato que o sujeito queria evitar, o MS preventivo se transmuda em repressivo e o impetrante não precisa emendar a inicial, não precisa fazer nada porque será automático. É muito comum o MS preventivo mudar para repressivo.
Liminar é para suspender a exigibilidade do crédito.
- Prazo do MS: art. 23 – 120 dias contados da ciência pelo interessado do ato impugnado. 
Natureza Jurídica do prazo: decadencial sui generis. 
Se perder o prazo de 120 dias ou se o MS for denegado por inobservância dos 120 dias, nada impede que o sujeito proponha uma ação de rito ordinário. Só vai perder a via especial do MS e por isso é um prazo decadencial sui generis, diferenciado.
STF reconheceu ser constitucional esse prazo. Havia grande discussão se poderia limitar com prazo o acesso ao Judiciário de direito constitucional– Súmula 632 STF.
Como se conta esse prazo? Pacificado no STJ: vai excluir o primeiro dia, vai contar do primeiro dia útil seguinte à ciência do ato e se o termo final do prazo cair em feriado ou final de semana, vai prorrogar para o primeiro dia útil seguinte, apesar de ser considerado um prazo de decadência. 
STJ admite a prorrogação mesmo que haja plantão judiciário no feriado ou final de semana e vai prorrogar para o primeiro dia útil seguinte porque entendeu que isso não justificaria um caso de urgência para impetrar perante um juiz de plantão – RMS 31777.
O prazo conta da ciência pelo interessado do ato coator.
Pode ter a ciência pela notificação do lançamento que também é o termo inicial para propor a ação anulatória (ou impetra MS ou ingressa com a anulatória).
Se estiver impugnando uma decisão, como regra vai contar da publicação da decisão que é a forma de intimação da parte. Muita gente espera uma intimação pessoal! Cuidado com isso porque geralmente é feita via publicação no diário oficial. 
Impugnar inscrição em dívida ativa as legislações dos entes em geral não prevêem notificação da inscrição em dívida ativa porque esse é um ato legal. Geralmente, as leis prevêem o prazo para inscrição em dívida ativa. Na verdade, se está impugnando a inscrição em dívida ativa e a lei prevê prazo para isso, tecnicamente vai ter uma cientificação desse ato e não poderá alegar desconhecimento da lei. Em geral, as Fazendas contam os 120 do prazo previsto da lei. Isso é controvertido. Para a professora, o melhor é verificar se a lei não prevê prazo e se prever, melhor mesmo é contar o prazo dos 120 desse prazo previsto em lei para fazer a inscrição. 
OBS.: Pedidos de reconsideração de decisão administrativa, isso não interrompe nem suspende o prazo para impetrar MS – Súmula 430 do STF.
Essa súmula, todavia, não se aplica quando o pedido de reconsideração for um recurso na fase administrativa. Em alguns casos, a própria lei que regulamenta o PAT prevê o pedido de reconsideração como recurso e muitas vezes com efeito suspensivo e por isso, como recurso, ainda não tem a decisão definitiva para impugnar. Sendo um recurso, só vai impetrar o MS quando houver a decisão do recurso. Se não houver nenhum tipo de recurso e a parte pediu reconsideração dessa decisão final, aí sim essa reconsideração não vai interromper nem suspender o prazo para MS.
ESSE PRAZO DE 120 DIAS SÓ SE APLICA PARA O MS REPRESSIVO! 
No caso do MS preventivo, não há prazo para a sua impetração STJ.
Só que esse prazo de 120 dias vai ser aplicado quando estiver diante de MS impetrado contra OMISSÃO – indica como ato coator uma omissão do Poder Público. 
Ex.: certidão negativa de débito – CTN, art. 205, p. único: estabelece que a Fazenda tem 10 dias para expedir certidão ou rejeitá-la de forma fundamentada. Se não se manifestou nos 10 dias, tem uma omissão passível de ser corrigida por MS e a contagem dos 120 dias terá como termo inicial o fim do prazo dos 10 dias se ela não se manifestar. Essa é a posição do STJ. Tendo prazo para exercer e se a Fazenda não fizer isso, o prazo dos 120 dias começa a contar do final do prazo que ela tinha para se manifestar.
Se propuser o MS fora do prazo, a sentença que denegar o MS será sem julgamento do mérito. A lei admite que o juiz o denegue de plano -> indeferimento de plano do MS nesse caso – art. 10 da Lei 12016/09.
- LEGITIMAÇÃO ATIVA PARA IMPETRAR O MS: quem pode impetrar o MS?
Art. 1 menciona que qualquer pessoa física ou jurídica poderá impetrar o MS. 
A doutrina e jurisprudência admitem que a legitimação ocorra também para universalidades (não seria propriamente uma pessoa jurídica – eles têm universalidades com personalidade judiciária) como no caso de espólio, condomínio, massa falida que podem ser sujeitos passivos de obrigações tributárias. Condomínio pode discutir IPTU de área comum e poderá impetrar MS.
Da mesma forma é possível que pessoa de direito público impetre MS para discutir tributo de outro ente. Ex.: Município poderá impetrar MS para discutir tributo cobrado pela União. Era uma discussão antiga e superada porque diziam alguns que o MS é garantia constitucional para tutela de direito individual, mas está superado.
Art. 3 – quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá impetrar o MS. Isso acontece muito no Direito Tributário quando há solidariedade.
Ex.: duas pessoas proprietárias de imóvel – condomínio. Essas duas pessoas são devedoras solidárias do IPTU e ITBI. Da mesma forma que a Fazenda pode cobrar de qualquer um deles, qualquer um deles também poderá impetrar o MS sozinho. O mesmo ocorre entre cônjuges que são solidários, mas não precisam impetrar o MS em litisconsórcio. Quanto à coisa julgada formada com a decisão do MS, em princípio só produzirá efeitos para a parte que impetrou. O problema é que vai discutir a validade da cobrança e como um todo e ficará difícil dividir os efeitos da coisa julgada. Só que às vezes pode ser que a discussão envolva algo, mas pessoal, como uma isenção e aí a coisa julgada só atingiria mesmo o impetrante. Pela lei 12016, o litisconsórcio seria facultativo e não necessário. 
Pela lei antiga, sem essa previsão, alegava-se que os eles deveriam impetrar juntos. Mas hoje, com a nova lei, cada um poderá impetrar autonomamente. Mas vai sim discutir o alcance da coisa julgada. 
- Legitimação Extraordinária previsto na lei é para o caso de haver um direito correlato. 
OBS.: FALECIMENTO DO IMPETRANTE NO CURSO DO MS -> impetrou MS para discutir o tributo e faleceu no curso do MS – entendimento na doutrina e jurisprudência é de que os herdeiros não poderão substituí-lo. O MS será extinto. Os herdeiros deverão discutir o tributo em ação própria, mesmo que eles sejam sucessores do tributo, responsáveis por sucessão, porque a ação mandamental é considerado direito personalíssimo mesmo em se tratando de direito patrimonial. Não vai aproveitar o MS. A sucessão processual não ocorrerá mesmo havendo uma sucessão tributária.
- LITISCONSÓRCIO ATIVO no art. 24 da Lei 12016 – pode haver litisconsórcio ativo facultativo. Só tem um problema: vedação de qualquer litisconsórcio após o despacho inicial. Só pode ingressar até a decisão que despachar a inicial – art. 10, p. 2 da Lei. A jurisprudência já dizia isso. O fundamento disso é para evitar a violação do princípio do Juiz Natural porque queriam ingressar no feito depois que viam qual o juiz que tinha despachado.
A lei só faz menção ao litisconsórcio e por isso que a doutrina entende que não cabe nenhum outro tipo de intervenção de terceiros. A lei não comportaria isso. Já que não faz qualquer referência, isso não seria uma lacuna, mas sim um silêncio eloqüente. Assim também pensa a jurisprudência. 
- Art. 3 da Lei MS – LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA PARA O MS: o titular de direito líquido e certo decorrente de direito em condições idênticas de terceiro poderá impetrar MS em favor do direito originário se o seu titular não o fizer no prazo de 30 dias quando notificado judicialmente. 
Sujeito tem direito correlato ao direito de terceiro e notifica judicialmente para que esse terceiro exerça o seu direito. Se não exercer em 30 dias o seu direito, esse sujeito poderá impetrar MS como legitimado extraordinário.
P. único – o exercício do direito submete-se ao prazo de 120 dias contados da notificação. O prazo de 120 dias vai contar da notificação do terceiro e não do fim do prazo que ele teve de 30 dias para exercer seu direito.
STJ -> locatário não é contribuinte do IPTU porque não tem posse com animus domini, não é contribuinte e não faz parte da relação tributária. O locatário não tem legitimidade para impetrar MS em nome próprio. Só teria essa legitimidade para impetrar em nome próprio como legitimado ordinário se a lei municipal o indicar como responsável tributário e nesse caso ele seria sim sujeito passivo da relação tributária, mas como regra ele não será.
Supondo que não haja essa previsão na lei. Ele é locatário e tem o contrato de locação que transferepara ele o pagamento do IPTU. Ele poderia notificar o proprietário para que em 30 dias ajuíze ação para discutir o tributo. Se o proprietário nada fizer, aí o locatário, que tem direito correlato, poderá impetrar MS. Isso é a tese do professor Mauro Lopes.
STJ, contudo, tem precedente com base na lei antiga não dando legitimidade ao locatário para impetrar MS. A CF/88 exige lei complementar para fixar normas gerais em matéria tributária e dentre isso há a definição do sujeito passivo e o CTN definiu quem é o contribuinte do IPTU. A lei do MS é lei ordinária e estaria trazendo para a relação tributária um terceiro que não faz parte dela e o CTN tem regra expressa no sentido de que as convenções particulares não são oponíveis ao Fisco, salvo se o ente tributante legislar para admitir essas convenções particulares, se a lei indicar esse terceiro como responsável tributário.
Logo, a Lei do MS não poderia alterar o CTN quanto à definição do sujeito passivo e também na sua regra de que convenções particulares não são oponíveis ao Fisco.
Imagine-se que o locatário impetre o MS e perca. Em execução fiscal, o Fisco ajuíza execução contra o proprietário. A coisa julgada do MS vai atingir o proprietário? Ele não foi parte, mas a tributação é única e alcançaria o proprietário. Isso geraria polêmica e confusão.
- LEGITIMAÇÃO PASSIVA: art. 6 – autoridade coatora
Autoridade Coatora será notificada para prestar informações em 10 dias. A lei traz uma novidade: além de notificar a autoridade coatora para prestar informações, a lei exige que intime o representante judicial da pessoa jurídica. Isso não existia na lei antiga. Tem que intimar a procuradoria para que possa ingressar, querendo, no feito – art. 7, II da lei.
A lei não indica a forma pela qual a Fazenda vai ingressar. Professora falou que a PGMRJ impugna o MS como forma de ingresso.
A parte no MS é a pessoa jurídica. A autoridade coatora não é considerada parte. Por isso é que a pessoa jurídica é que vai recorrer. Por isso tem que intimar o representante judicial. Tecnicamente a autoridade coatora não é parte ré.
. Art. 6, p. 3 – AUTORIDADE COATORA: aquela que praticou o ato impugnado ou de quem emanou a ordem para a sua prática.
Autoridade coatora não é o mero executor, mas sim quem tem o poder de decisão. Não vai indicar o fiscal que lançou, mas sim a pessoa que tem poder de decisão. Ou será o coordenador do tributo, ou delegado da receita federal, pessoa responsável pelo poder de decisão na área específica.
Quando estiver impugnando inscrição da dívida ativa, autoridade coatora será o chefe do setor. 
Autoridade Coatora nunca será o Secretário ou Ministro na área tributária. Eles somente emitem a regra/norma. Só será impetrado contra eles se eles tiverem proferido uma decisão específica deles. Mas com relação ao lançamento tributário não, porque será impetrado contra o chefe do setor. 
Quando estiver impetrando MS contra decisão de órgão colegiado – Conselho de Contribuinte – a autoridade coatora será o colegiado, representado por seu presidente. (Câmara de Recursos Federais, Conselho de Contribuintes).
Existe em relação às autoridades coatoras a TEORIA DA ENCAMPAÇÃO – encampa o ato. Quando o sujeito impetra o MS erroneamente contra o Secretário, só deverá nas informações alegar ilegitimidade, porque se ele defender o ato, ele terá encampado o ato e passará sim a ser a autoridade coatora. Ocorre quando o superior hierárquico encampa o ato da autoridade inferior. Mas para haver a teoria da encampação, deve haver relação hierárquica e não pode alterar competência, por exemplo, se impetrado MS contra prefeito, será julgado pelo Tribunal de Justiça, mas o ato é do coordenador, e nesse caso só terá encampação se não alterar a competência e se for julgado mesmo pelo TJ. 
Hoje em dia não é arriscado alegar somente ilegitimidade porque pela lei atual será obrigado a intimar o representante judicial que vai defender o mérito. Se a autoridade coatora notificada erroneamente apenas alegar ilegitimidade, o representante judicial vai defender o mérito. Se a autoridade coatora defender o ato, sendo superior hierárquico àquele que praticou o ato e deu a ordem para o ato, aí entrará a Teoria da Encampação.
STJ tem jurisprudência antiga no sentido de que o juiz não poderá corrigir de ofício autoridades coatoras erroneamente indicadas e deverá extinguir o MS sem julgamento do mérito. É claro que isso não se refere a erro de nome. O que o juiz não pode corrigir é o caso de autoridades distintas. Mas com relação à correção de nomenclaturas que às vezes a parte confunde, os juízes corrigem.
Essa posição do STJ é muito criticada pela doutrina porque o juiz vai extinguir o MS sem julgamento do mérito por ilegitimidade passiva? Mas a parte ré não seria o representante judicial e a autoridade coatora não seria a parte ré propriamente? Só que a indicação correta da autoridade coatora é um dos requisitos para a petição inicial e poderia alegar então que vai extinguir o MS por inépcia da petição inicial que não cumpriu com todos os seus requisitos e assim ficaria melhor.
Após a notificação da parte coatora, não poderá mais alterar o pedido nem a causa de pedir -> art. 264 CPC (similar à citação).
. COMPETÊNCIA PARA JULGAR O MANDADO DE SEGURANÇA: foro, juízo competente.
Competência é firmada em função da categoria da autoridade coatora e pela sede dessa autoridade coatora. Se está impetrando MS contra Delegado Regional da Receita Federal, vai fixar a competência em função da sede e categoria da autoridade isso porque existem regras na CF.
- Se a autoridade coatora for federal, quem vai julgar é a Justiça Federal da sede daquela autoridade – art. 109, VIII da CF
- Se tiver mais de uma autoridade coatora (ato complexo) de entes distintos – Ex.: ICMS na importação vai discutir autoridade envolvendo Estado e também uma autoridade aduaneira que é federal – A JUSTIÇA FEDERAL JULGARÁ OS DOIS – vai atrair a competência e vai prevalecer.
- Competência originária do STF: art. 102, I, d da CF
- Competência originária do STJ: art. 105, I, b da CF
- Competência originária do TRF: art. 108, I, c da CF
- Eventualmente poderá ter alguma Câmara ou prerrogativa de juízo (Vara Especializada) que será definida pela Constituição do Estado ou em leis de organização judiciária (Codjerj). Há prerrogativas envolvendo governador, prefeito que são julgados, aqui no Rio, pela segunda instância/TJ.
. DESISTÊNCIA DO MS: uma vez notificada a autoridade coatora, não pode mais alterar o pedido nem causa de pedir. E quanto à desistência?
STJ pacificou entendimento no sentido de que pode desistir sim mesmo após a notificação e independentemente de notificação/concordância da parte ré. Não vai aplicar a idéia do CPC e concordância da parte ré após a citação.
LIMINAR EM MS: art. 3, III da Lei 12016
Juiz pode deferir sendo facultado exigir do impetrante caução. Isso é novidade da lei nova. Antes poderia exigir caução com base no poder de cautela. Pode exigir uma contracautela para garantir a liminar: fiança ou entrega de bem.
Essa contracautela não tem nada a ver com o depósito para suspensão da exigibilidade do crédito que está previsto no art. 151, II do CTN. São coisas distintas, com natureza jurídica distinta.
Alguns juízes federais condicionam a concessão da liminar ao depósito integral. 
STJ tinha jurisprudência pacificada no sentido de ser ilegal porque não poderia condicionar a liminar ao depósito integral porque esse é um direito do contribuinte que ele pode exercer até sem ação. O art. 151 do CTN tem duas causas de suspensão: depósito e liminar em MS. Logo, se condicionar um ao outro, fica a liminar sem sentido como uma causa autônoma de suspensão.
A lei do MS fala em contracautela, mas fala em fiança bancária e bens e não vai suspender essa contracautela a exigibilidade do crédito. Ela será uma garantia ao juízo. É uma garantia processual. Já o art. 151 do CTN é causa material de suspensão da exigibilidade e é um direito do contribuinte que vai depositar se quiser.Quando há um depósito integral para suspender a exigibilidade do crédito, no final, com o trânsito em julgado, quem ganhar levanta.
Já na contracautela no MS, se a Fazenda ganhar, ela não vai levar o bem automaticamente a leilão nem executar a fiança bancária. É um caso diferente.
A liminar do art. 151 do CTN como causa de suspensão da exigibilidade do crédito vai suspender o crédito, ou seja, vai suspender a cobrança. O Fisco fica impedido de inscrever em dívida ativa, ajuizar execução fiscal e prosseguir na execução fiscal. Vai suspender a cobrança e o prazo prescricional que diz respeito à cobrança judicial. 
Mas a liminar não impede que seja efetuado o lançamento para prevenir decadência porque o art. 151 não é causa de suspensão da decadência, mas sim da prescrição. Então a Fazenda vai ter que lançar sob pena de decair. Posicionamento pacífico do STJ.
Se impetrar o MS com objetivo de impedir o lançamento, tem que pedir a liminar especificamente com esse fim. Se pedir só para suspender a exigibilidade do crédito, a Fazenda vai lançar, mas não vai inscrever em dívida ativa. A Fazenda tem que lançar para prevenir decadência.
Uma vez que tenha sentença que denegue segurança e casse a liminar, essa decisão denegatória vai produzir efeitos ex tunc, é como se a liminar nunca tivesse sido concedida. Não só vai voltar a exigibilidade a produzir seus efeitos como também vai atingir o passado – Súmula 405 STF: quando há decisão em agravo ou sentença denegando segurança ou cassando liminar, essa decisão retroage.
A liminar às vezes dura muitos anos, principalmente na Justiça Federal (uns 5 anos, por exemplo). No final, a sentença cassa a liminar. Desde o vencimento vai incidir juros de mora e, segundo o STJ, vão incidir também as multas moratórias, inclusive as multas de ofício (fiscais, punitivas). As multas de mora retroagem. Isso é pacífico no STJ, pois é como se a liminar nunca tivesse sido concedida.
Os juros de mora nunca são considerados como punição, mas sim têm função remuneratória de capital pelo CTN. 
Em relação à multa moratória (como a multa fiscal), vai ter caráter de punição. Alguns doutrinadores entendem que ela não deveria retroagir porque, se estava cumprindo uma liminar, não faria sentido ser punido por estar cumprindo uma decisão judicial. Logo, deveria retroagir os juros, mas não a multa. Não pagou no prazo porque estava cumprindo uma decisão judicial. Só que o STJ não entende assim: quando a sentença é cassada, o sujeito está em mora porque retroage e vão incidir sim os juros de mora e a multa moratória desde o vencimento. Na prática, os juros de mora e multa costumam ser bem maiores do que o principal.
Há uma exceção legal que só se aplica à área federal art. 63, Lei 9430/96: estabelece que no caso de liminar que é cassada, tem o sujeito um prazo de 30 dias para pagar o tributo com juros para ficar liberado da multa moratória, como se fosse uma denúncia espontânea. Dá um prazo da cassação da liminar para pagar o tributo como juros de mora e fica liberado da multa moratória. 
Já no Estado e Município, se não houver legislação semelhante, vai retroagir a multa também!
Da decisão que defere ou indefere a liminar, caberá Agravo de Instrumento -> art. 7 da Lei de MS. Com a tendência de reforma do CPC, a regra passará a ser agravo retido. Mas diante da urgência de um MS, será agravo de instrumento mesmo.
Art. 7, p. 2 -> não será concedida medida liminar que tenha por objeto compensação de créditos tributários. Não pode conceder liminar para compensar. Tem que esperar a sentença transitar em julgado. Fundamento desse artigo seria o fato de ser a compensação tributária uma causa de extinção de crédito e não se pode extinguir o crédito por uma medida que é provisória por sua essência. Art. 170, a do CTN + Súmula 212 STJ -> não cabe liminar para compensar crédito tributário.
STF tem precedente no sentido de que limitar as matérias para liminares é constitucional sim. 
Também não cabe liminar para entrega de mercadorias de bens provenientes do exterior na aduana -> não pode por liminar liberar a mercadoria porque isso seria uma medida satisfativa e por isso a lei veda. 
Art. 7, p. 3 os efeitos da liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença. A sentença vai substituir: poderá conceder a ordem e vai substituir a liminar. Se for denegatória a sentença, ela terá efeitos ex tunc, como se a liminar nunca tivesse existido.
Se houvesse algum agravo de instrumento pendente de julgamento dessa liminar, no momento em que foi prolatada a sentença, o agravo perde seu objeto -> entendimento pacífico do STJ. Mas isso não quer dizer que quando se apela da sentença concessiva ou denegatória que se possa pleitear na apelação que o relator dê efeito suspensivo àquela apelação, inclusive o efeito suspensivo ativo que é uma forma de se restabelecer a liminar que foi cassada com a sentença. Ou vai pedir o efeito suspensivo na apelação se for sentença concessiva ou se for uma sentença denegatória, vai pedir o efeito suspensivo ativo para restabelecer os efeitos da liminar. Em todo caso, a liminar desaparece. Art. 558 do CPC traz essa possibilidade de efeito suspensivo ativo.
SENTENÇA: ART. 14
Da sentença, denegando ou concedendo, caberá Apelação.
Essa sentença denegatória da segurança pode ser com ou sem julgamento do mérito. Essa lei atual deixa isso bem claro. Tem que analisar o objeto para saber se houve ou não julgamento do mérito. 
Art. 14, p. 1 – concedida a segurança, a sentença estará sujeita ao duplo grau obrigatório de jurisdição. 
Discussão na jurisprudência: aplica-se ao MS os PP. 2 e 3 do Art. 475 do CPC.
Hoje em dia, pela regra do CPC, não haverá sempre o duplo grau obrigatório porque esses parágrafos prevêem exceções. 
STJ entende que para o MS não serão aplicadas as exceções previstas no CPC. Sempre haverá duplo grau -> RESP 788847 (julgado pela Primeira Seção – posicionamento pacificado).
Em relação à sentença concessiva – art. 14, p. 3 estabelece que sentença que concede MS pode ser executada provisoriamente. Essa sentença concessiva pode ser executada de forma provisória. Como conseqüência, em regra, a apelação só será efeito devolutivo. Se quiser o efeito suspensivo, vai ter que pedir. Mas não vai poder executar provisoriamente nos casos em que são vedados a concessão da liminar (os mesmos motivos) pois se não pode conceder liminar, também não poderá executar provisoriamente.
Para estimular que a autoridade coatora cumpra a decisão, os juízes estão aplicando multas diárias para a autoridade coatora e até mesmo para a pessoa jurídica de direito público. Essa multa diária gera crédito para o impetrante, aplicada em favor do impetrante enquanto a autoridade não cumprir a decisão e poderá executar essa multa pelas regras do CPC (execução contra pessoa física se contra a autoridade ou contra Fazenda se multa aplicada para a pessoa jurídica).
Art. 14, V e p. único do CPC -> essa não é uma multa diária, mas sim litigância de má fé por estar atentando contra os princípios relativos ao processo e a autoridade coatora poderá ser responsabilizada pessoalmente. 
Esse p. único exclui as pessoas submetidas à OAB, logo, vai aplicar se a autoridade coatora for um procurador porque não se submete ao estatuto da OAB. O STF assim já entendeu. 
Autoridade Coatora vai representar a pessoa jurídica apresentando informações. Poderá aplicar uma multa diária como forma coercitiva para estimular o cumprimento da decisão. Tecnicamente, a autoridade coatora não é ré, mas é esse o espírito da lei e a jurisprudência aceita essa aplicação desde que não seja excessiva e se dê prazo razoável para a autoridade cumprir. 
Há muitos MS impetrados para medicamentos e juízes pedem que a autoridade coatora cumpra em 24 horas a entrega de medicamentos muitas vezes até mesmo importados e isso é impossível. Se ela comprovar que ela não tem condições concretas de cumprir, ela estará isenta da multa.
Outra novidade da Lei de MS -> art. 26 prevê como crime de desobediênciao não cumprimento das decisões em MS. Isso é novidade porque é crime contra a Administração Pública e só poderia ser praticado por pessoa física e particular. Agora a lei expressamente previu o crime de desobediência praticado por autoridade pública. É um crime diferenciado previsto no art. 26.
. Sentença que denega a segurança pode ser com ou sem julgamento de mérito. Com o julgamento, fará coisa julgada. Sem o julgamento do mérito (faltou requisito da inicial, indicação errônea da autoridade, ultrapassado o prazo decadencial), será possível propor nova ação de rito ordinário. Lei também permite que se impetre novo MS, renovando o pedido, desde que observado o prazo de 120 dias arts. 19 e 6, p. 6 da Lei 12016 + Súmula 304 STF.
. Efeitos da coisa julgada diante de uma decisão envolvendo imunidade, isenção ou tratando de fato gerador que se repete no tempo (IPTU, ICMS) – Súmula 239 STF que diz que quando se anula lançamento de determinado exercício, não vai produzir efeitos para lançamentos seguintes, ou seja, vai ter que anular lançamento por lançamento. Essa súmula, contudo, tem sido excepcionada: anulatória ou MS que vai produzir efeitos para o futuro enquanto prevalecerem os pressupostos fáticos e legais daquela decisão no caso de impostos continuados ou mesmo instantâneos mas que se repitam no tempo -> enquanto prevalecerem as situações fáticas e legais (se a lei não mudar) vai poder prolongar os efeitos da coisa julgada para os próximos lançamento – reconhecimento de direito que valerá para situações futuras. Alterações meramente formais da lei não influenciarão na coisa julgada, tem que ser uma alteração de conteúdo, de mérito, de substância da lei.
 - NÃO CABE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM MANDADO DE SEGURANÇA – Súmula 512 STF + Súmula 105 STJ + art. 25 da Lei 12016.
RECURSOS CABÍVEIS EM MANDADO DE SEGURANÇA:
Cabe agravo da liminar e apelação da sentença. 
. Não CABEM EMBARGOS INFRINGENTES EM MANDADO DE SEGURANÇA. Se interpuser embargos infringentes em vez de RE ou RESP não tem como ter fungibilidade de recursos e vai sim transitar em julgado – art. 25 da Lei MS + Súmula 169 STJ + Súmula 597 STF.
. Recurso típico do MS é o RECURSO ORDINÁRIO – cabe de acórdãos de competência originária de Tribunais, mas somente se forem acórdãos denegatórios. Art. 18 da Lei 12016. Se há competência originária do TJ ou TRF, se for denegatório da segurança, caberá o recurso ordinário que vai funcionar como se fosse uma apelação. Vai devolver a matéria nos limites da impugnação para o tribunal superior. 
Se o acórdão for concessivo no caso de competência originária de Tribunais, vai ter que interpor RE ou RESP.
Se o acórdão for parcial e a Fazenda interpuser RE/RESP da parte concessiva e o contribuinte interpõe o ROC da parte denegatória, o STJ vai julgar primeiro o Recurso Ordinário.
. PEDIDO DE SUSPENSÃO – art. 15 da Lei 12016 – só cabe pela pessoa jurídica ou MP para evitar grande lesão à ordem, saúde... Pode pedir suspensão da execução de liminar ou de sentença e quem vai julgar é o presidente do Tribunal que julgaria o recurso. Para evitar grave lesão à ordem, saúde, segurança e economia pública. Se o Presidente conceder ou não, caberá agravo ao Órgão Especial sem efeito suspensivo.
Caberá novo pedido de suspensão ao Presidente do Tribunal que conhecer do RE ou RESP, ou seja, se negado o pedido de suspensão ao Presidente do TJ/TRF ou negado o agravo, poderia ser feito outro pedido de suspensão ao presidente do STF ou STJ.
Pedido de suspensão não é recurso. É incidente processual e vai existir independentemente da interposição do recurso cabível. Se tiver liminar, a Fazenda poderá agravar da liminar e pedir efeito suspensivo no Agravo como pode também entrar direto com pedido de suspensão ao Presidente do Tribunal. São autônomos e quem vai julgar o agravo é a Câmara e quem vai julgar o pedido de suspensão é o presidente do Tribunal e como não são dois recursos, não vai ferir o princípio da unirrecorribilidade.
Pode o Presidente dar esse efeito suspensivo em caráter liminar se houver urgência ou plausibilidade da matéria.
Em matéria tributária, em questão individual, é muito difícil comprovar essa situação de emergência/urgência de saúde pública, segurança pública, por exemplo. A lei diz que as liminares cujo objeto seja idêntico, a Fazenda pode alegar o efeito multiplicar das liminares: justificativa para concessão do efeito suspensivo. Poderá o Presidente, na mesma decisão, suspender várias liminares já concedidas e poderá aditar o pedido para atingir liminares posteriores e a discussão ficará totalmente suspensa. 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO:
Art. 21 da Lei 12016: trouxe algumas novidades.
. Partido Político - MS Coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso, mas a lei exige uma pertinência temática. 
Posicionamento dos tribunais e doutrina é que não cabe impetração MS Coletivo para discutir relação tributária por que o partido político não pode defender o interesse da coletividade como um todo porque isso foge à pertinência temática. Só poderá impetrar o MS Coletivo para discutir algo que esteja relacionado ao seu estatuto, ao interesse dos seus integrantes, se isso existir. 
Isso não quer dizer que o partido político não possa impetrar MS para discutir um interesse individual, para discutir uma imunidade. Isso ele pode!
. Sindicatos
. Entidades de Classe: OAB, CREA
. Associação legalmente constituída com funcionamento há pelo menos 1 ano comprovado na inicial 
-> Em defesa de direitos líquidos e certo no todo dos seus associados ou em parte deles, da categoria como um todo ou em parte. Não precisa criticar um tributo de que sejam contribuintes todos os seus filiados – Súmula 630 STF.
-> Tem que ter pertinência temática – direito líquido e certo na forma dos seus estatutos. 
Se houver associação de comerciantes poderá impetrar MS Coletivo para discutir ICMS. Tem que ter uma pertinência temática.
OBS.: Existe no MS Coletivo uma substituição processual e não precisa ter uma autorização especial, de assembléia para impetrar o MS, no caso de uma associação, por exemplo, como também não precisa relacionar na inicial quem são os associados porque se trata de MS Coletivo – Súmula 629 STF.
Lei 9494/97, art. 2, a, p. 2 – exige que se relacionem em ações coletivas os beneficiários da decisão, mas STF entendeu que essa regra não se aplica ao MS Coletivo, mas sim em caso de MS Individual em defesa de determinadas pessoas porque aí sim vai ter que relacionar quem são essas pessoas que serão beneficiadas.
Na prática isso é um grande problema saber quem são os filiados a um sindicato ou associados da associação. Há sindicatos que são genéricos. Muitas vezes a Fazenda fica sem saber quem são os beneficiários da decisão. Como vai cumprir a liminar se não identificar quem são as pessoas associadas. Diz a professora que pelo menos para cumprir a liminar deveria juntar a relação dos beneficiários. Mas há juízes que não entendem dessa forma e diz o STF que, de fato, isso não será condição da ação em MS Coletivo.
. Coisa Julgada no MS Coletivo -> vai atingir os membros do grupo ou da categoria substituídos pelo impetrante. Logo, como vai cumprir a liminar ou coisa julgada se não há a relação dos membros?
Art. 22 da Lei MS + art. 2, a da Lei 9494/97 -> aqueles que ostentam a condição de membros ou categoria da associação ou sindicato no momento do ajuizamento da ação! Esses é que são os beneficiários da ação. É quem está na data do ajuizamento.
Nada impede que se impetre de MS Individual, mas aí entra a regra de ter que desistir da sua ação para poder se beneficiar da decisão proferida no MS Coletivo (não basta suspender a sua ação individual, tem que desistir).

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