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Aula Obesidade, Cirurgia Bariátrica e Conduta Nutricional

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Obesidade, Cirurgia Bariátrica e 
Conduta Nutricional 
SABRINA KAELY VITAL MACHIAVELLI 
 
Supervisora de Estágio em Nutrição Clínica - UNIGRAN 
Nutricionista Graduada pelo Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN 2013 
Pós Graduanda em Nutrição Esportiva pela Escola Superior de Pesquisa e Pós Graduação 
Certificada pela FAESI/UNIGUAÇU 2014 
OBJETIVOS DA AULA 
• Conhecer os tipos de obesidade e suas 
consequências para a saúde, 
• Função do tecido adiposo; 
• Conduta nutricional para obesidade; 
• Tipos de cirurgia bariátrica; 
• Conduta nutricional pós cirurgia bariátrica. 
 
 
Obesidade 
• Segundo Ministério da Saúde (2013), metade 
da população brasileira esta sobrepeso. 
 
• Obesidade atinge 17% da população, em 2006 
este índice era de 11%. 
Etiologia da obesidade 
COMPLEXA E MULTIFATORIAL: 
 
• Genética; 
• Ambiental; 
• Estilo de vida; 
• Fatores emocionais 
Quando nenhum dos pais obesos 9% 
Quando um dos pais é obeso : 50% 
Ambos obesos: 80% 
Ambiente moderno, estímulo a 
obesidade, sedentarismo 
(ABESO, 2009). 
Etiologia da obesidade 
Fatores Genéticos 
Obesidade mórbida, IMC superior à 40kg/m² e 
níveis moderados de obesidade < 40kg/m² 
Fatores Ambientais/Sociais 
Populações com maior grau de pobreza e menor 
índice de escolaridade. 
Alimentos de maior palatabilidade < custo > 
densidade energética. 
(ABESO, 2009). 
• Influencias do ganho de peso: 
 Fase de rebote de peso que ocorre entre os 5 
e 7 anos e fase puberal; 
Ganho de peso excessivo durante a gestação e 
falta da perda de peso pós parto; 
Menopausa (estilo de vida); 
Ex fumante; 
Casamento (principalmente mulheres) 
 
Etiologia da obesidade 
(ABESO, 2009). 
O que é obesidade 
Tipos de Obesidade 
É a condição em que um indivíduo apresenta 
excessiva quantidade de gordura corporal. 
Tecido 
adiposo 
LOCALIZAÇÃO 
(BARBOSA, 2009). 
CHANCES DE DOENÇAS 
• Segundo Barbosa (2009), 4 tipos de 
obesidade. 
• Tipo I - tem a distribuição da gordura por 
todo corpo; 
 
Tipos de Obesidade 
• Tipo II é a forma androide, ou seja, aquela 
cuja gordura esta localizada no abdômen é 
encontrada principalmente em homens e esta 
associada a hipertensão e diabetes. 
Tipos de Obesidade 
(BARBOSA, 2009). 
• Tipo III gordura acumulada no compartimento 
visceral 
Tipos de Obesidade 
(BARBOSA, 2009). 
• Tipo IV conhecida como ginecoide, que é 
predominantemente em mulheres, onde a 
gordura acumula-se na parte inferior do 
corpo. 
Tipos de Obesidade 
(BARBOSA, 2009). 
Qual o tipo de obesidade é considerado como 
maior risco à saúde?? 
CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE 
PORQUE??? 
(COZZOLINO; 
COMINETI, 2013). 
• Obesidade visceral esta ligada fortemente à: 
Resistência à insulina; 
Diabetes tipo 2; 
Aterosclerose; 
Hipertensão; 
Isquemia cardíaca; 
Esteatose hepática; 
Dislipidemia 
 
CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE 
Redução da 
expectativa 
de vida! 
(COZZOLINO; COMINETI, 2013). 
• Tecido adiposo além da função de 
armazenamento, participa da interação do 
metabolismo sistêmico. 
• É considerado um órgão endócrino; 
Secreta: adipocitocinas ou adipocinas, que 
possuem atividade pró ou anti-inflamatória. 
CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE 
(COZZOLINO; COMINETI, 2013). 
Adipocinas pró-
inflamatórias 
Perda de peso, reverte a situação!! 
• Esses fatores evidenciam a relação entre 
obesidade e inflamação... 
• Tecido adiposo secreta fatores que atuam na 
resposta pró-inflamatória ou que contribuem 
para a reversão, com efeitos benéficos à 
obesidade... 
• Precisa existir equilíbrio entre eles! 
CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE 
(COZZOLINO; COMINETI, 2013). 
CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE 
Adipócitos promovem a 
homeostase 
metabólica. 
Macrófagos favorecem 
a inflamação no local e 
a produção de citocinas 
inflamatórias! 
(COZZOLINO; COMINETI, 2013). 
Existem dois tipos de tecido adiposo, 
O branco e o marrom 
TECIDO ADIPOSO 
Armazenam trigliceróis em uma única grande gota 
lipídica que ocupa de 85 à 90% do citoplasma, restante 
é representado por água e proteínas. 
 Função: reserva de energia. 
É especializado na produção de calor 
(termogênese) participa na regulação 
da temperatura corporal. 
(COZZOLINO; COMINETI, 2013). 
Descoberto em 1994, produto do gene ob de 
camundongos obesos ob/ob 
 
 
LEPTINA 
(COZZOLINO; COMINETI, 2013). 
A leptina é responsável pelo controle da ingestão 
alimentar, agindo nas células neuronais do hipotálamo 
do sistema nervoso central, sua ação nos mamíferos esta 
ligada na diminuição da ingestão alimentar e aumento 
do gasto energético (ROMERO, ZANESCO, 2006). 
LEPTINA 
Ratos ob, incapazes 
de produzir esta 
substância, 
consequentemente 
eram mais pesados. 
Já o grupo db/db 
que tinham esta 
produção , mais 
magros! 
Em 1994, outro grupo de pesquisadores 
clonaram a leptina (do grego leptos que 
quer dizer magro). 
(LICINIO, NEGRÃO, 2000). 
LEPTINA 
LEPTINA 
(LICINIO, NEGRÃO, 2000). 
LEPTINA 
Para humanos 
funcionou??? 
Indivíduos com deficiência 
de leptina, perderam 
peso! 
(LICINIO, NEGRÃO, 2000). 
• Licinio; Negrão (2000), constataram que 
alguns indivíduos tratados com leptina não 
perdiam peso. 
• Apresentavam hiperleptinemia, ou seja, alta 
concentração de leptina circulante. 
LEPTINA 
Leptina 
Receptor 
(LICINIO, NEGRÃO, 2000). 
• Obesidade grau III é um desafio à parte, pois 
conjuga três aspectos graves da doença: 
Prevalência de compulsão alimentar; 
Resistência ao tratamento clínico; 
Alta taxa de comorbidades. 
 
 
 
 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
 
TRATAMENTO CLÍNICO DA OBESIDADE 
GRAU III 
• Cirurgia bariátrica faz parte das possibilidades 
terapêuticas desses pacientes, mas não é a 
única solução! 
• Pacientes extremamente obesos precisam de 
tratamento pré-operatório para reduzir o risco 
cirúrgico, 
• Pacientes que recusam cirurgia, ou têm 
contraindicações. 
 
TRATAMENTO CLÍNICO DA OBESIDADE 
GRAU III 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
• Obesidade, forte associação com fatores 
ambientais, com: 
Alimentação hipercalórica, hipergordurosa e 
sedentarismo. 
Intervenção dietética continua sendo um dos 
pilares do tratamento. 
Revisar os hábitos alimentares, modificar e 
construir novo hábito alimentar, mais saudável 
e que favoreça a perda de peso. 
 
DIETOTERAPIA 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
• Dietas para o tratamento da obesidade são definidas 
como dietas de muito poucas calorias (VLCD) e dietas 
de poucas calorias (LCD). 
• National Heart, Lung and Blood Institute and North 
American Association for the Study of Obesity 
(NHLB/NAASO) recomenda que para indivíduos com 
IMC maior que 35kg/m² são necessárias dietas de 
(LDC) com redução de: 
DIETOTERAPIA 
500kcal 1000 kcal 
Visando a perda 
de 10% do peso 
inicial em 3 a 6 
meses. 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
Essas dietas devem ser balanceadas: 
Lipídeos: devem ser menores que 30% das 
calorias; 
CHO: Maiores que 55% 
Proteínas 10 a15% 
Fibra: 25 a 30g/dias 
E muito baixo teor de álcool. 
DIETOTERAPIA 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
Dietas LCD 
(Dietas de poucas 
calorias) 
Este tipo de dieta demonstrou ter bons resultados quando oferecidas lista de 
substituição de alimentos para pacientes, acompanhadas de registro diário de 
alimentação e acompanhamento em grupo ou individual. 
Características (Dietas de muito pouca calorias) 
 As VLCD, são adotas desde a década de 1970, para 
proporcionar perda de peso rapidamente. 
 Fornecem de 400 a 800 kcal/dia; 0,8 a 1,0g de ptn/kg/peso ideal dia (para preservar 
massa magra) 
Quantidades adequadas de ácidos graxos essenciais, 
vitaminas e minerais; 
 Exige consumo de 2 litros/dia de líquidos não 
calóricos; 
Duração de 4 a 16 semanas (perda de peso de 15 a 
20% em 12 a 16 semanas). 
 
DIETOTERAPIA 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
• Desvantagens: 
Colelitíase; 
Constipação intestinal; 
Fadiga; 
Dores musculares; 
 Intolerância ao frio; 
Queda de cabelo; 
Distúrbio hidroelétrolítico. 
Casos de óbito são relacionados à oferta proteica 
insuficiente. 
DIETOTERAPIA 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
Cardápio deve ser 
formulações líquidas ou 
consumo de pequenas 
porções de alimentos 
sólidos e suplementação 
de vitaminas e minerais. 
• Segundo European SCOOP-VLCD, o uso deste 
tipo de dietas estão associados a sucesso na 
perda de peso a longo prazo, 
• Porém seu custo é elevado, pelas formulações 
utilizadas e suplementos. 
DIETOTERAPIA 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013) 
Portaria Nº 30, de 13 de janeiro de 1998 (*) 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Companhias de seguro de vida americanas; 
Década de 50 começaram a ser desenvolvidas; 
1954 – foi apresentada à comunidade 
científica uma técnica cirurgica 
 
 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Limitação da capacidade 
de absorção de nutrientes. 
(ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
Riscos e complicações desta técnica: 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Sem controle adequado da 
absorção dos alimentos... 
Complicações severas de 
Desnutrição 
Estados nutricionais 
incompatíveis com a vida! 
(ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
• São aprovadas no Brasil quatro modalidades 
diferentes de cirurgia bariátrica (além do 
balão intragástrico, que não é considerado 
cirúrgico): 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio 
intestinal em “Y de Roux”); 
Banda gástrica ajustável; 
Gastrectomia vertical 
Duodenal Switch 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
(SBCBM, 2014) Vídeo 1 
Conforme os preceitos médicos, a indicação 
cirúrgica deve ser decidida sob a análise de três 
critérios: IMC, idade e tempo da doença. 
 
Em relação ao índice de massa corpórea (IMC) 
 
• IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de 
comorbidades. 
 
• IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades. 
 
• IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham 
obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na 
respectiva área da doença. É também obrigatória a constatação de 
“intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista. 
 
INDICAÇÃO PARA A CIRURGIA 
(SBCBM, 2014) 
Em relação à idade 
 
• Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, 
quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico 
recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por 
cirurgião e equipe multidisciplinar. A operação deve ser 
consentida pela família ou responsável legal e estes devem 
acompanhar o paciente no período de recuperação. 
• Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso 
entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe 
multidisciplinar. 
• Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade. 
• Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe 
multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de 
comorbidades, expectativa de vida e benefícios do 
emagrecimento. 
 
INDICAÇÃO PARA A CIRURGIA 
(SBCBM, 2014) 
Em relação ao tempo da doença 
Apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos dois 
anos e ter realizado tratamentos convencionais prévios. Além disso, ter 
tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados 
colhidos do histórico clínico do paciente. 
 
INDICAÇÃO PARA A CIRURGIA 
COTRAINDICAÇÃO PARA A CIRURGIA 
Limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar 
adequado; 
Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou 
drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são 
contraindicativos à cirurgia; 
Doenças genéticas. 
 
(SBCBM, 2014) 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
Classicamente, considera-se que a cirurgia bariátrica promoveria 
perda de peso por dois meios básicos: 
Restritivo: reduz a capacidade do reservatório gástrico/retardo 
do esvaziamento/indução de saciedade precoce. 
Disabsortivos: desfuncionalização de parte do intestino delgado, 
redução da absorção de Ptn, CHO e lip. 
Mecanismos de funcionamento das Operações 
Bariátricas 
BALÃO INTRA GÁSTRICO 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Método temporário; 
Introduzido com auxílio 
da endoscopia; 
Sua função: ocupar 
espaço no estômago; 
Sensação de plenitude, 
porém, não de saciez; 
Resistência limitada às 
secreções do estômago; 
Risco de rompimento. 
 (ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
• É considerado uma terapia auxiliar na redução 
de peso no pré-operatório. 
 
 
BALÃO INTRA GÁSTRICO 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
VÍDEO 2 
O balão é preenchido com 
500 ml do líquido azul de 
metileno, que, em caso de 
vazamento ou rompimento, 
será expelido na cor azul pela 
urina. 
O paciente fica com o balão por um 
período médio de seis meses. É 
indicado para pacientes com 
sobrepeso ou no pré-operatório de 
pacientes com super obesidade 
(IMC acima de 50 kg/m2). 
(SBCBM, 2014; ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
• Acessos utilizados para o procedimento 
operatório. 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
VIDEOLAPAROSCOPIA 
ABERTURA DO ABDÔMEN 
(ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y 
de Roux”) 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Percurso do 
alimentos 
Percurso dos 
sais biliares e 
enzimas 
pancreáticas 
Percurso de 
digestão e 
absorção 
(SBCBM, 2014; ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
Novo estômago 30 a 50ml 
Estômago inteiro 1500ml 
aproximadamente. 
Segmento do intestino é 
cortado e ligado ao novo 
estômago. 
Parte do intestino ligada ao 
estômago isolado é que leva 
as enzimas pancreáticas e a 
bile. 
Este procedimento reduz a superfície absortiva 
do intestino cerca de 200 cm, (o normal é de 
500 a 700 cm). 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y 
de Roux”) 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Estômago seccionado permanece com irrigação 
sanguínea normal, continua funcionante. 
(ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y 
de Roux”) 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Os pacientes obesos após a cirurgia de bypass gástrico tem menores respostas do 
cérebro à comida hedônica (por prazer) do que após banda gástrica 
Os pesquisadores estudaram 83 participantes que tinham perdido 
peso a partir de um bypass gástrico (n = 30) ou cirurgia de banda 
gástrica (n = 28) realizadas, em média, oito a nove meses antes, bem 
como um grupo de participantes não operados (n = 25) controle. Esses 
três grupos foram de peso corporal similar. 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y 
de Roux”) - PESQUISA 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Eles descobriram diferenças marcantes na resposta do cérebro a 
alimentos em pacientes após o bypass gástrico, em comparação com a 
cirurgia de banda gástrica. Os pacientes que tiveram bypass gástrico 
tiveram menos atividade nas regiões de recompensa do cérebro 
quando mostradas imagens de alimentos em comparação com aqueles 
que tinham a banda gástrica. 
(SCHOLTZ, et al., 2013) 
Pacientes após bypass gástrico também avaliaram alimentos 
altamente calóricos como menos atraentes ao olhar e menos 
agradável para comer, tinha hábitos alimentares mais 
saudáveis ​​e comeram menos gordura em sua dieta do que os 
pacientes após a banda gástrica ou o grupo controle não 
operado. 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Yde Roux”) - PESQUISA 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Tanto o bypass gástrico e pacientes de bandas tinham 
igualmente reduzidas a fome em comparação com o grupo 
não-operado, e os resultados não foram explicados pelas 
diferenças nos traços psicológicos entre os grupos cirúrgicos. 
(SCHOLTZ, et al., 2013) 
Os pesquisadores não encontraram evidências 
conclusivas sobre o que causou essas mudanças, mas elas 
foram observadas algumas diferenças no metabolismo 
dos pacientes que poderiam desempenhar um papel. 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y 
de Roux”) - PESQUISA 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
(SCHOLTZ, et al., 2013) 
Os níveis de hormônios intestinais chamados GLP-1 e PYY que 
nos fazem sentir completo depois de uma refeição foram 
maiores no grupo de bypass gástrico, assim como os níveis de 
sais biliares, que desempenham um papel na digestão. 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Banda gástrica ajustável 
Procedimento 
restritivo; 
Totalmente reversível; 
Pequena bolsa de 40 à 
50 ml 
 
(ZILBERSTEN; CARREIRA, 2011) 
VÍDEO 3 
• Técnica não recomendada para indivíduos que 
ingerem muito açúcar, superobesos; 
• Resultados insatisfatório? 
• Procedimento seguro, apresenta baixa 
mortalidade <0,1% 
 
 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Banda gástrica ajustável 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
IMEDIATAS – 
Hemorragias; 
Febre; 
Dor abdominal; 
Vômitos; 
 Infecções; 
Deslizamento da 
banda. 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Banda gástrica ajustável - COMPLICAÇÕES 
TARDIAS – 
Deslizamento da 
banda; 
Esofagite de refluxo; 
Dilatação da câmara 
gástrica superior; 
Erosão da banda; 
Infecções. 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
• Perda de peso ponderal de 40 à 50%; 
• Em 24 meses a perda de peso tende a ser 
menor do que em cirurgias mistas; 
• Acompanhamento adequado, a diminuição 
torna-se constante e efetiva; 
• Sucesso do resultado depende do paciente; 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Banda gástrica ajustável 
 
Mudanças no comportamento alimentar 
Restrição calórica 
REEDUCAÇÃO 
ALIMENTAR!!!! 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
 Procedimento restritivo; 
 Parte do estômago é ressecada, 
levando a menor ingestão 
calórica; 
 Indicadas para pacientes 
superobesos IMC > 50 kg/m²; 
 
 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Gastrectomia vertical (Sleeve) 
 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
VANTAGENS DA TÉCNICA 
 
 Menor incidência de 
anemia ferropriva; 
 Menor deficiência de 
cálcio; e 
 Menor Síndrome de 
Dumping 
Técnica mista; 
Gastrectomia vertical; 
Duodeno próximo ao 
piloro; 
Alça 
duodenopancreática 50 
a 100 cm da válvula 
ileocecal. 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Duodenal Switch 
 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013; SBCBM, 2014). 
Desvio intestinal leva a menor absorção de 
nutrientes, levando assim ao emagrecimento; 
Indicam perda de 70% do peso; 
Complicações 
Distúrbios do cálcio, ferro, magnésio, 
hipovitaminose; 
Deficiência proteica, fezes volumosas e mal 
cheirosas, flatulência e odor corporal. 
 
TÉCNICAS CIRURGICAS 
Duodenal Switch 
 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
• A cirurgia bariátrica altera as relações dos 
hormônios envolvidos na função de digestão e 
absorção. 
SECREÇÕES HORMONAIS DO TRATO 
GASTROINTESTINAL 
Grelina 
Estômago, 
Pâncreas, 
Hipotálamo 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
SECREÇÕES HORMONAIS DO TRATO 
GASTROINTESTINAL 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
Carboidratos 
Absorção ocorre principalmente no duodeno 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
Bypass gástrico, digestão e 
absorção dos CHO ficam restritas, 
jejuno médio e distal. 
A má absorção é um dos fatores que 
favorecem a ocorrência de diarreia 
osmótica pelo aumento de fermentação 
dos CHO não absorvidos pela microbiota 
intestinal. 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
Carboidratos 
Privação de CHO após cirurgia, principalmente 
simples, contribui para a melhora na tolerância 
aos CHO e perda de peso, além de evitar o 
desenvolvimento da Síndrome de dumping. 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
Alimento Hiperosmolar, que leva uma resposta vagal 
precoce (manifestada por sudorese, taquicardia etc.) e 
uma resposta tardia, relacionada pela rápida absorção de 
glicose e liberação de insulina, manifestando-se como 
hipoglicemia. 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
Proteínas 
• Depende da proporção à extensão da exclusão 
intestinal imposta; 
• Absorção acontece no duodeno e outra 
parcela importante no jejuno; 
• Técnicas disabsortivas ou mistas, reduzem a 
absorção de proteínas devido a redução das 
secreções gástricas e ,principalmete, da área 
absortiva. 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
 Proteínas 
Deficiência ocorre a curto prazo no pós-operatório, pela 
baixa ingestão e hipercatabolismo. 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
Deficiência Depleção do 
estado geral de 
saúde 
Hipoalbumineia 
Perda de massa 
magra 
Alterações na 
pele, edema e 
alopécia 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
Diminuição da 
absorção entre 57 
e 75% 
Lipídeos 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
Grande parte dos lipídeos presente nas 
dietas são absorvidos no jejuno e o 
restante , incluindo vitaminas lipossolúveis 
podem ser absorvidos por toda extensão 
do intestino. 
 Secreção de sais biliares, enzimas 
lipolíticas; 
 Entrada de alimentos que 
desencadeiam sua liberação; 
Alimento 
Sais biliares e 
enzimas 
lipolíticas 
Absorção de 
lipídeos 
(A
LV
A
R
EZ
-L
EI
TE
; 
D
IN
IZ
, 2
0
1
3
).
 
Lipídeos 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
Perda de peso 
Melhora de 
dislipidemias 
Porém, acarreta esteatorreia em alguns pacientes, 
principalmente os submetidos à técnicas dissabsortivas. 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
Absorção de Vitaminas 
lipossolúveis também 
ficam comprometidas !! 
Vitaminas e Minerais 
Vitaminas hidrossolúveis, lipossolúveis, minerais 
(Ferro, Cálcio, Zinco) 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-
OPERATÓRIO 
Pós-operatório imediato, fase de adaptação do trato gastrointestinal: 
Dieta Líquida e introdução dos alimentos devem ser gradativamente, 
progredindo com sucos, sopas e leites desnatados, em pequenas porções, cerca 
de 100ml ao longo de 1h. 
Após alta hospitalar: 
 
Dieta líquida restrita (por 30 dias), fracionada em pequenos 
volumes 150ml em 1h, com no mínimo 60g de proteína 
(ALVAREZ-LEITE; DINIZ, 2013). 
• De acordo com a SBCBM (2014). 
• Dieta deve garantir o repouso gastrointestinal, 
além de manter o paciente bem hidratado; 
• Primeiros 15 dias (dieta líquida); 
• No mínimo 1,5litro/dia (incluindo caldo de 
carnes (boi, aves e peixes), evitam o cálculo 
renal; 
• 20 ml de líquidos de 5 a 6 minutos. 
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-
OPERATÓRIO 
• Alimentos permitidos: 
Água (sem gás) e chás sem açúcar (exceto chá preto e mate); 
- Suco de frutas frescas, coado, sem açúcar; 
- Sucos concentrados light (sem adição de açúcar); 
- Caldos de carnes (boi ou ave ou peixe) coados; 
- Gelatina dietética (líquida); 
- Água de coco; 
- Bebida isotônica para os indivíduos que não são hipertensos e 
que não apresentem insuficiência renal; 
- Leite desnatado, coalhada desnatada, iogurte natural 
desnatado ou iogurte light líquido são permitidos e podem ser 
consumidos puros ou na forma de vitamina de leite ou iogurte 
batido com frutas (coados) ou com achocolatado dietético; 
- Leite e suco de soja light, tanto para pacientes intolerantes a 
leite de vaca como para os demais; 
- Evitar a ingestão de sopas industrializadas (pacote)e o uso de 
temperos industrializados em função do alto teor de sódio e 
gordura vegetal. 
- O uso de suplemento protéico, em pó, se faz necessário nesse 
período. 
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-
OPERATÓRIO 
(SBCBM, 2014) 
• Pós 15 dias, dieta pastosa, deve-se obedecer a 
mesma quantidade (20ml de 5 a 6 minutos). 
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-
OPERATÓRIO 
Não utilizar no primeiro mês, nenhum alimento 
sólido! 
Caldos de carnes (bovina, ave, peixe), canjas, ou creme de legumes bem cozidos, 
amassados ou liquidificados e passados na peneira duas vezes, são permitidos; 
 
- Caldos de feijão, lentilha e ervilha liquidificados e passados na peneira duas vezes, 
são permitidos; 
 
- Gelatina dietética na consistência firme; 
 
- As frutas também devem ser amassadas, raspadinhas e (ou) liquidificadas e passadas 
na peneira duas vezes (purê de frutas); 
(SBCBM, 2014) 
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-
OPERATÓRIO 
Pudim dietético preparado com leite desnatado e adoçante dietético também podem 
ser ingeridos; 
 
- As papas infantis (de frutas ou salgadas) industrializadas, podem ser ingeridas 
eventualmente; 
 
- O uso de suplemento protéico, em pó, deve ser indicado e será utilizado conforme 
prescrição nutricional; 
 
- A partir do segundo mês pós-cirúrgico, deve-se iniciar a ingestão de alimentos 
sólidos, sob orientação nutricional. 
Após 30 dias, iniciar a alimentação sólida 
gradativamente, dieta branda. 
A capacidade gástrica neste período é de 4 a 6 colheres de 
sopa. Devem-se utilizar talheres e pratos de sobremesa 
para realizar as refeições. 
(S
B
C
B
M
, 2
0
1
4
) 
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS 
PROTEÍNA 
Isolado proteico do leite 
Medida 4 colheres de sopa 
Proteína 14g 
Energia (kcal/ml) 1.0 
http://www.fortifit.com.br/?produto 
• Obesidade – quadro deletério da saúde; 
• 1° Opção para tratamento: 
Convencional: Reeducação alimentar e à pratica de 
atividade física, porém quando ocorre resistência a 
esse tratamento, a cirurgia bariátrica é considerada um 
tratamento eficiente; 
• C.B requer cuidadas tanto pré e pós-operatório; 
• Paciente, importante no autocuidado; 
• C.B não é mágica! 
Considerações finais 
REFERÊNCIAS 
ALVAREZ-LEITE, J. I.; DINIZ, M. T. C. Nutrição e metabolismo em cirurgia bariátrica. Ateneu, São 
Paulo, 2013. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME 
METABÓLICA . Diretrizes Brasileiras para Obesidade 3° edição, São Paulo, 2009. 
 
LICINIO, J.; NEGREIRO, A. B. Leptina: o diálogo entre adipócitos e neurônios. Arquivo Brasileiro de 
Endocrinologia e Metanolismo. v. 44, n. 3, São Paulo, Junho 2000. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portal Brasil. Disponível em:http://www.brasil.gov.br/saude/2013/08/obesidade-
atinge-mais-da-metade-da-populacao-brasileira-aponta-estudo. Acesso em 10/09/2014. 
 
ROMEIRO, C. E. M.; ZANESCO, A. O papel dos hormônios leptina e grelina na gênese da obesidade. 
Revista de Nutrição. v. 19, n.1, Campinas, Jan/Fev. 2006. 
 
SCHOLTZ, S.; et al. Obese patients after gastric bypass surgery have lower brain-hedonic responses to food 
than after gastric banding. Gut Online First, August 20, 2013 
 
 
ZILBERSTEN, B.; CARREIRA, D. M. Mitos e realidades sobre Obesidade e cirurgia bariátrica. 3³ edição 
– São Paulo, 2011.

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