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EMBOLIA PULMONAR NA GRAVIDEZ A Embolia pulmonar durante a gravidez é de difícil diagnóstico com terapêutica problemática.já que os metodos de investigação dessa patologia envolvem radiações ionizantes com exposição tanto da mãe como do feto.Assim.a identificação da embolia pulmonar é muitas vezes clínica.O tratamento também representa um dilema,já que o cumarínico atravessa a barreira placentária e atinge a circulação fetal,podendo resultar em para o feto. A trombose venosa profunda é a principal causa de embolia pulmonar,acarretando uma alta taxa de morbimortalidade no ciclo grávido-puerperal,sendo 90% dos casos resultantes de êmbolos procedentes dos membros inferiores e vasos pelvicos. A incidência da embolia pulmonar durante a gravidez varia entre 0,05 a 0,12 por 1 000 partos.Aproximadamente 30% a 50% das embolias são diagnosticadas apenas na necropsia.Cerca de 50% das pacientes com embolia pulmonar morrem entre 2h a 24h após o início dos sintomas. O sintoma mais importante é a dispnéia súbita e intensa acompanhada, ou não, de dor torácica,hemoptise , fadiga e síncope. Os sinais clínicos são vagos e inconsistentes.Na maioria das pacientes com embolia maciça há hipertensão de taquicardia, que muitas vezes dificulta a avaliação da ausculta cardíaca.A pressão venosa elevada,o ritmo de galope,a hipotensão arterial,a ausculta pulmonar podendo ser normal ou apresentar estertores e sibilos,o atrito pleural e a cianose (20% dos casos) são alguns sinais fisicos que podem estar presentes na embolia pulmonar. Os exames de laboratório são pouco específicos,podendo haver elevação da desidrogenase láctica e hipoxemia (PO2 menor que 60 mmHg).O eletrocardiograma pode apresentar sinais de cor pulmonal e agudo (sobrecarga aguda das câmaras diretas), o raio X de tórax pode mostrr a elevação do diafragma,oligoemia e condensação pulmonar. A cintilografia pode confimar a supeita diagnóstica ,indicar o grau de extensão e pemitir a evolução clínica e terapêutica. A angiografia pulmonar é muito importante para confirmar o diagnóstico,salientando-se que as alterações mais características ocorrem no início da fase aguda. Alguns autores apóiam a idéia de realizar a confirmação diagnóstica agressivamente,já que a embolia pulmonar não tratada acarreta uma mortalidade de 30%. A embolia pulmonar pode ser evitada com profilaxia para trombose venosa, principalmente de membros inferiores e pelve,com uso de meias elásticas,mobilização precoce e o uso de heparina subcutânea em pacientes com fatores de risco para a embolia,devendo ser continuada quer na gravidez, quer no puerpério. A heparina não atravessa a placenta e não representa perigo para o feto,sendo o tratamento de escolha . Deve ser iniciada em doses plenas por via endovenosa por pelo menos dez dias e mantida por via subcutânea até a alta ambulatorial.As principais complicações são hemorragias,aborto espontâneo, feto natimorto e mortalidade infantil precoce,variando entre 1% e 10%. A ligação da veia cava inferior é de alta efetividade, sendo que o implante do filtro tipo "guarda chuva " tem sido empregado com sucesso. A embolectomia com by pass cardiopulmonar tem mortalidade ainda inceitavelmente elevada. Os trombolíticos,como a estreptoquinase e a uroquinase , apresentam um índice de trombólise de 75%,devendo ser utilizados apenas nas pacientes estáveis e com embolia pulmonar maciça,naquelas que não repondem à heparina e em pacientes com moléstia cardiovascular concomitante.Pode-se utilizar, ainda ,em pacientes com trombose ileofemural residual ,comprovada por venografia. O diagnóstico e o tratamento da embolia pulmonar na gravidez , portanto , representam um sério desafio par o médico , já que a profilaxia é o melhor método para evitar essa patologia e suas consequências.
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