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POLIGNO DE WILLIS

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FISIOTERAPIA
2° período
Polígono de Willis
Vascularização do sistema nervoso
IPATINGA
2017
ANA BEATRIZ SOARES
BRUNA CASSIA
DOUGLAS CORREIA DE OLIVEIRA
JAQUELINE SENA DE ANDRADE
THAYRONE ANDRADE SILVA
Polígono de Willis
Vascularização do sistema nervoso
Trabalho apresentado à disciplina de
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas
Nervoso e Cardiorespirátorio
Da Faculdade Pitágoras de Ipatinga.
Orientador: Profª Patricia Coelho
IPATINGA
2017
1. INTRODUÇÃO
Thomas Willis é considerado um dos maiores neuroanatomistas de todos os tempos. Uma de suas
grandes contribuições foi a descrição das grandes artérias da base do crânio, nomeadas de Polígono de
Willis. Também enfatizou a interconecção entre estas artérias dando importância a circulação colateral
existente caso houvesse obstrução de alguma destas artérias.
Apesar da beleza anatômica do Polígono de Willis, sua funcionalidade encontra-se em apenas 30% da
população. As variações anatômicas destes vasos que constituem o Polígono são bastantes regulares
permitindo as seguintes afirmações:
- Não ocorre comunicação entre o sistema carotídeo e vértebro-basilar em 16% da população devido a
hipoplasia/aplasia das artérias comunicantes posteriores (AcoP). Em 45% da população ocorre prejuízo
funcional de apenas uma das AcoP, portanto após manobra de compressão carotídea cervical
(HoksBergen e Cols 2000) não há aumento do fluxo em P1 em mais de 20% da linha de base.
- A artéria comunicante poterior tem sua origem sanguínea diretamente da artéria carótida interna
(Padrão Fetal) em 13% da população, havendo redução de seu fluxo quando há compressão carótida
comum cervical.
- A artéria comunicante anterior (AcoA) é responsável pela interligação entre as artérias cerebrais
anteriores sendo o marco de divisão anatômica entre A1(pré AcoA) e A2 (pós AcoA). O prejuízo
funcional da AcoA observa-se através do não incremento fluxo sanguíneo reverso no segmento de A1
após manobra de compressão carotídea cervical, 4%. O prejuízo funcional de A1 ocorre em apenas 1%
da população.
A aplicação destes conhecimentos da anatomia cerebrosvascular a beira leito através da análise Doppler
Transcraniano permite exercer o neurointensivismo em sua integralidade: "monitoração multimodal
prevenção de lesões secundárias".
2. Vascularização do sistema Nervoso
O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu
metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e
glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo muito intenso. Quedas na
concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo
sanguíneo ao encéfalo não são toleradas por um período muito curto.
A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após
cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células
nervosas não se regeneram.
O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração.
Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual
ao seu próprio peso.
2.1 Polígno de Willis
O polígono de Willis ou círculo de Willis (também chamado de círculo arterial cerebral ou círculo
arterial de Willis) é um círculo de artériasque suprem o cérebro. Essa estrutura arterial é muito relevante
para a circulação sanguínea e para o correto funcionamento do cérebro.
A principal função das artérias do círculo arterial cerebral – além da óbvia circulação de sangue e
fornecimento de oxigênio – é a existência de redundância na circulação cerebral. Em outras palavras,
sua grande importância está no fato de que a organização circular permite que o fluxo sanguíneo ocorra
de maneira eficiente. Isso significa que se uma das artérias necessárias para o cérebro que fazem parte do
polígono de Willis for bloqueada ou tiver seu fluxo reduzido, o sistema circular arterial permite que o
fluxo através das outras artérias supra o cérebro. Isso reduz os riscos ou a gravidade de uma isquemia,
por exemplo.
Componentes
 Artéria cerebral anterior (esquerda e direita)
 Artéria comunicante anterior
 Artéria carótida interna (esquerda e direita)
 Artéria cerebral posterior (esquerda e direita)
 Artéria comunicante posterior (esquerda e direita)
A artéria basilar e a artéria cerebral média, apesar de irrigarem o cérebro, não são consideradas parte do
polígono.
3. Vascularização Arterial do Encéfalo
O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: Vértebro-basilar (artérias vertebrais)
e Carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na
base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as
principais artérias para vascularização cerebral.As artérias vertebrais se anastomosam originado a
artéria basilar, alojada na goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam
a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral
anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante
anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias
comunicantes posteriores.
4. Artéria Carótida Interna
Sistema Carotídeo
Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo
pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a
dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, dividi-se em dois ramos terminais: as artérias
cerebrais média e anterior. A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral
irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum.
Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são freqüentemente referidos como a circulação
anterior do encéfalo.
5. Artéria Vertebral e Basilar
Sistema Vértebro-basilar
As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias
subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames transversos das primeiras
seis vértebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnoide, penetrando
no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível
do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias
vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores posteriores.
A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as
artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além das cerebrais
posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto,
suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. O sistema vértebro-basilar e
seus ramos são freqüentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo.
6. Aneurisma cerebral e o polígono de Willis
Com relação a localização aproximadamente 85% dos aneurismas cerebrais se desenvolvem na porção
anterior do “Polígono de Willis”, envolvendo as artérias carótidas internas e seus ramos maiores que
vascularizam as porções anterior e média do cérebro.
Os locais mais comuns incluem a artéria comunicante anterior - 30-35% - geralmente em homens; a
bifurcação da carótida interna e artéria comunicante posterior - 30-35% - geralmente em mulheres;a
bifurcação da artéria cerebral média - 20%; a bifurcação da artéria basilar e as outras artérias que fazem
a circulação posterior - 5%. Em 20% dos casos o paciente apresenta mais de um aneurisma.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Uston C. Dr. Thomas Willis' famous eponym: the circle of Willis. J Hist Neurosci. 2005 Mar;14
http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1130-14732009000200003&lng=pt&nrm=is
o
8. IMAGENS
POLÍGONO DE WILLIS – ESQUEMA
ARTÉRIAS DO ENCÉFALO – VISTA INFERIOR Resumo da vascularização encefálica
	Componentes
	Aneurisma cerebral e o polígono de Willis

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