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* * Engª. Agrª. Drª. Cinei Teresinha Riffel PLANTAS INVASORAS (Fundamentos Básicos) * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS 1. CONCEITO: planta que vegeta em local ou época indesejável. São chamadas de plantas daninhas, erva daninha, mato ou inços. * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS 2. CARACTERISTICAS: Rusticidade: adaptação a ambientes desfavoráveis; Alta produção de sementes: caruru gigante (117.000 sem/pl), milhã (58.570 sem/pl); Multiplicação vegetativa; Dormência (longevidade): língua de vaca (100 anos) joá (15 anos); Agressividade – competição; Rápido desenvolvimento em todos os estádios. * RUSTICIDADE * Amaranthus sp. * Digitaria sp. * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS 3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO LOCAL DE OCORRÊNCIA: Agrófitas: são invasoras de culturas (capim-arroz, arroz-vermelho, papuã, milhã, etc) Monófitas: são invasoras de pastagens nativas (carqueja, mio-mio, etc); Hidrófitas: ocorre em locais alagados Emergentes: ilhas flutuantes (aguapé); Submersas: vivem dentro da água (Elódea); * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS Ancoradas: se desenvolvem sobre a água, mas fixas ao solo (grama-boiadeira); Anfíbias: podem viver tanto dentro como fora da água (chapéu de couro); Cledófitas: ocorrem após o cultivo de vários anos no mesmo local (barba de bode, samambaia, etc) Viárias: ocorrem ao longo de estradas, caminhos (buva, maria mole, erva lanceta, etc); * AGRÓFITAS * MONÓFITAS * HIDRÓFITAS - Emergentes * HIDRÓFITAS - Submersas * HIDRÓFITAS - Ancoradas * HIDRÓFITAS - Anfíbias * CLEDÓFITAS * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE VIDA: Folhas largas (dicotiledôneas): identifica-se pela nervura das folhas em forma de rede; Folhas estreitas (monocotiledôneas): todas as gramíneas que possuem folhas estreitas e nervuras paralelas. * DICOTILEDÔNEA * DICOTILEDÔNEA * MONOCOTILEDÔNEA * MONOCOTILEDÔNEA * MONOCOTILEDÔNEA DICOTILEDÔNEA NERVURAS * MONOCOTILEDÔNEA DICOTILEDÔNEA FOLHAS * MONOCOTILEDÔNEA DICOTILEDÔNEA PARTES FLORAIS 3 PÉTALAS 5 PÉTALAS * MONOCOTILEDÔNEA DICOTILEDÔNEA RAÍZES * MONOCOTILEDÔNEA DICOTILEDÔNEA TECIDO VASCULAR * MONOCOTILEDÔNEA DICOTILEDÔNEA FRUTO * * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO DE VIDA: ANUAIS: são aquelas que vivem um ano ou menos, se desenvolve de semente, produz folhas, flores sementes e morrem (caruru); BIANUAIS: são as que possuem ciclo parecidos as anuais , morrem após produzir flores e frutos, mas apenas no segundo ano. * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS: HÁBITOS DE CRESCIMENTO: eretas: picão-preto, guanxuma prostradas: carrapicho rasteiro, poaia branca; decumbentes: papuã, milhã, capim arroz; trepadeiras: corriola, balãozinho. * ERETAS * PROSTRADAS * DECUMBENTES * TREPADEIRAS * TREPADEIRAS * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS: BAINHA INVAGINANTE: estrutura tubular presente nas monocotiledôneas e que funciona como estrutura de proteção dos pontos de crescimento. * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS 5. CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS: ORIENTAÇÃO DAS FOLHAS: eretrófilas planófilas DIFERENCIAÇÃO DO SISTEMA RADICULAR: pivotante fasciculado * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS CARACTERISTICAS ESTRUTURAIS: CUTÍCULA: é uma estrutura de proteção que está presente em todas as plantas, podendo ser exógena ou endógena; PILOSIDADE: podem ser glabras ou pubescentes; PRESENÇA DE MERISTEMAS INTERCALARES: gramíneas; AUSÊNCIA DE CÂMBIO E FELOGÊNIO: são meristemas secundários que promovem o crescimento em espessura nas dico. São altamente sensíveis à ação dos herbicidas. * BIOLOGIA DAS PLANTAS INVASORAS CARACTERISTICAS FISIOLÓGICAS: Idade da planta tratada; Vigor e estado nutricional da planta: quanto menos nutrida, menor é a sensibilidade; Presença de substâncias orgânicas capazes de desencadear reações de ativação ou desativação dos produtos na planta (presença de enzimas). * PREJUÍZOS CAUSADOS PELAS PLANTAS INVASORAS Redução quantitativa da produção: ocorre através da competição (estresse biológico por água, luz e nutrientes) ou alelopatia (ação inibidora ou estimulante exercida sobre a espécie vegetal através da eliminação de toxinas via exudatos radiculares ou folhas, frutos e caule via substâncias voláteis e ainda pela ação de microrganismos nos restos vegetais em decomposição. Ex: aveia-preta diminui germinação de papuã no verão); * PREJUÍZOS CAUSADOS PELAS PLANTAS INVASORAS Redução qualitativa da produção: Presença de corriola (Ipomoea spp), cipozinho (Polygonum convolvulus), balãozinho (Cardiospermum halicacabum), arroz vermelho (Oryza sativa var. fátua); Depreciação do valor de terras agricultáveis: Ex: Capim maçambará – reprodução por sementes e rizomas – difícil controle. Hospedeiras preferenciais de algumas pragas e doenças; * PREJUÍZOS CAUSADOS PELAS PLANTAS INVASORAS 5. Podem tornar a água imprópria para o consumo humano: algumas algas desenvolvem odor característico na água; 6. Podem provocar alergia na época do florescimento; 7. Intoxicação alimentar nos animais domésticos: fedegoso (Cassia tora, C. ocidentalis), mio-mio (Bacharis coridifolia), samambaia (Pterydium aquilinum), etc. * Red. produção * * * * Depreciação * Intoxicação * Intoxicação * Intoxicação * BENEFÍCIOS CAUSADOS PELAS PLANTAS INVASORAS 1. Protegem o solo da erosão; 2. Adicionam MO ao solo; 3. São apícolas; 4. Medicinais; 5. Potencial de plantas úteis; 6. Abrigo para inimigos naturais de pragas e doenças; 7. Ornamentais. * ÓRGÃOS DE DISSEMINAÇÃO 1. Asas: língua de vaca; 2. Pappus: cálices que acompanham aquênios (carqueja); 3. Ganchos: estruturas de fixação (carrapicho); 4. Aristas: barba de bode; 5. Pilosidade: fixação e ventosas (Desmodium spp); 6. Carretilha: trevo de carretilha; 7. Farpas ou espículas: Bidens spp. * ÓRGÃOS DE DISSEMINAÇÃO 8. Sacos aéreos: Carex; 9. Rosetas: Soliva; Outras espécies serve-se de partes vegetativas como estolões, afilhos, rizomas, bulbos, tubérculos que são transportados do local de origem para outras áreas por diversos agentes de disseminação (capim quicuio – seus estolões são conduzidos entre os cascos dos animais ou eventualmente transportados nos rodados de veículos ou máquinas agrícolas). * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS 1. Prevenção: consiste em impedir ou evitar a infestação de plantas invasoras em áreas agrícolas ou pastagens nativas; evitar a introdução involuntária (contaminação de sementes); b) não alimentar animais com grãos ou feno que contenham sementes de invasoras antes que sua dormência seja quebrada; c) manter canais de irrigação isentos de plantas invasoras; * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS 1. Prevenção: consiste em impedir ou evitar a infestação de plantas invasoras em áreas agrícolas ou pastagens nativas; d) evitar a sementação de plantas invasoras que ocorrem em pastagens junto as cercas; e) limpeza de máquinas e implementos agrícolas antes de serem levados para outras áreas; f) legislação para a produção de sementes de plantas cultivadas ou no transporte das mesmas; * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS 2. Erradicação: consiste no extermínio total da planta invasora de determinada área. É um controle radical. É aplicado em pequenas áreas, como em sementeiras e viveiros. Pode ser feito por processos físicos (calor) ou químicos (brometo de metila); 3. Proteção ou controle: significa limitar o grau de infestação nas áreas agrícolas de forma que não cause dano econômico de modo qualitativo ou quantitativo; a) Controle cultural: consiste em utilizar as caracte- * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS rísticas ecológicas da cultura e das plantas invasoras de modo que a cultura leve vantagem competitiva com a invasora. Deve ser sistemático e integrado; a.1) medidas culturais: uso de sementes puras e com alta germinação e vigor preparo do solo e adubação adequada – maior capacidade de competição uso de práticas culturais adequadas: época de se- * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS meadura, arranjo de plantas na área, profundidade de semeadura, rotação e consórcio de culturas; b) Controle físico: irrigação: método eficaz para o combate das plantas de sequeiro – mata por asfixia, pois não possuem aerênquima; drenagem: é eficaz, no entanto se restringe as espécies aquáticas; fogo ou queima: é um método não seletivo indicado quando a invasora é tão densa que outro * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS método não resolve; roçadas: a eficiência depende do número de vezes e época em que é realizada; cobertura vegetal morta: diminui a incidência de luz e a variação da temperatura do solo; c) Controle mecânico: fica limitado à áreas pequenas ou como complemento de outro método (lavoura para produção de sementes); é eficiente dependendo do número de capinas, da época e do equipamento utilizado; * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS é dependente das condições ambientais, para as anuais diminui a proliferação e para as perenes aumenta; VANTAGENS: menor custo, não polui o ambiente, é seletivo, fácil manejo, amplo espectro de controle; DESVANTAGENS: depende das condições ambientais, não controla invasoras nas fileiras, provoca danos na cultura, erosão do solo, deve ser repetido, tempo necessário para a capina; * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS d) Controle químico: consiste na utilização de substâncias químicas sintéticas que tem a finalidade de inibir ou matar as plantas, não causando danos nas culturas além do ponto de recuperação das mesmas. Os herbicidas devem fazer parte de um sistema integrado de controle, e sua residualidade deve cobrir o período de competição da cultura. Os herbicidas devem ter as seguintes propriedades: devem ser fitotóxicos as ervas daninhas, devem ser seletivos, ter baixo custo, * SISTEMA DE COMBATE DE PLANTAS INVASORAS formulação conveniente, baixa toxicidade, residualidade. Este método apresenta as seguintes vantagens: acarreta grande economia de mão-de-obra; permite a rapidez na execução dos trabalhos; de uso fácil e seletivo; realiza um controle mais rápido e efetivo que qualquer outro método conhecido; não está sujeito aos excessos de chuvas; * FATORES QUE AFETAM A EFICIÊNCIA DOS HERBICIDAS volatilidade, solubilidade em água; dose do produto – teor de argila, MO; espécie da planta – cultura x invasora; tamanho da semente - > tamanho, > reserva; estrutura da planta – planas ou eritófilas; idade da planta – mais jovens, mais sensíveis; taxa de crescimento – planta que cresce rápido é mais sensível; * FATORES QUE AFETAM A EFICIÊNCIA DOS HERBICIDAS aplicação apropriada – tipo de bico, regulagem, altura da barra, pressão, bom equipamento, incorporação adequada; fatores climáticos – chuva, temperatura, vento, URar; incompatibilidade com outros insumos – herbicidas x inseticidas. * POSSÍVEIS CAUSAS DE FITOTOXIDADE Dose aplicada; Sensibilidade cultural – ocorre resposta diferente entre cultivares da mesma espécie; Sensibilidade por fator de crescimento – estádio em que o produto é aplicado; Resíduos anteriores; Lixiviação - herbicidas pré-emergentes – solubili-dade em água; * POSSÍVEIS CAUSAS DE FITOTOXIDADE Arrastamento pelo vento; Aplicação dirigida defeituosa; Incompatibilidade com outros insumos; Contaminação do equipamento com outros produtos; * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS A) quanto a sua seletividade: seletivos – são aqueles que não causam danos na cultura além do ponto de regeneração da mesma. Pode ocorrer fitotoxidade, mas é reversível. EX: Verdict e Select (clethodium) controla gramíneas na cultura da soja; Sanson (nicosulfuron) e OnDuty folhas largas e estreitas no milho; * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS A) quanto a sua seletividade: Não seletivos ou de ação total – são aqueles que não causam seletividade, controla todas as culturas. EX: Gramoxone (paraquat), Roundup, Glion (glifosate); * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS B) quanto a sua época de aplicação: se baseia no estágio de desenvolvimento da cultura e das ervas daninhas. Herbicidas pré-plantio (PP) – são aplicados com a finalidade de diminuir ou eliminar as ervas daninhas existentes antes da semeadura e de facilitar os trabalhos de preparo do solo com o objetivo de impedir o surgimento de novas ervas após o preparo do solo. EX: Diuron, clomazone, Glifosate. * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS B) quanto a sua época de aplicação: se baseia no estágio de desenvolvimento da cultura e das ervas daninhas. Herbicidas pré-plantio-incorporado (PPI) – são aplicados antes da semeadura e incorporados ao solo com o objetivo de evitar a perda do produto devido a alta volatilidade e baixa solubilidade, assegurando o contato da semente para maior eficiência de controle. * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS B) quanto a sua época de aplicação: se baseia no estágio de desenvolvimento da cultura e das ervas daninhas. Herbicidas pré-emergentes (PRE) – são todos os herbicidas que aplicam após o plantio e antes da emergência da cultura ou das ervas daninhas; podendo ser: Pré-emergente a cultura e planta daninha; Pré-emergente a cultura e não a daninha; Pré-emergente a erva daninha e não a cultura * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS B) quanto a sua época de aplicação: se baseia no estágio de desenvolvimento da cultura e das ervas daninhas. Herbicidas emergentes (E) – são aplicados quando a cultura ou as ervas daninhas estão emergindo ao solo. * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS B) quanto a sua época de aplicação: se baseia no estágio de desenvolvimento da cultura e das ervas daninhas. Herbicidas pós-emergentes (POS) – são aqueles herbicidas aplicados em qualquer etapa do desenvolvimento da cultura ou das ervas daninhas, podendo ser de 2 maneiras: não-dirigidos: a aplicação se realiza sobre a cultura e ervas de forma indiscriminada; dirigidos: evita contato com a cultura e maior contato com as ervas daninhas. * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS C) Grupos químicos: classificados por seletividade. Herbicidas seletivos – são aqueles que em certas doses e formas de aplicação, eliminam ou inibem o crescimento de algumas plantas e não causam danos a outras, encontrados em 3 tipos: herbicidas de contato (folhares); herbicidas seletivos sistêmicos (folhares); herbicidas seletivos sistêmicos (via solo). * CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS C) Grupos químicos: classificados por seletividade. Herbicidas seletivos não sistêmicos aplicados ao solo – exercem seletividade ate a germinação da cultura. Herbicidas não seletivos – exercem toxidade em toda a espécie de vegetação; não seletivos de contato não seletivos translocáveis ou sistêmicos não seletivos aplicados ao solo. * CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA APLICAÇÃO DE HERBICIDAS O uso de herbicidas na agricultura requer técnica e deve controlar as ervas daninhas sem ocasionar danos a cultura; as ervas são mais sensíveis aos herbicidas quando novas, no período de intensa movimen-tação da seiva; chuvas logo após a aplicação podem anular a eficiência , salvo mais de 3 horas de aplicação; evitar aplicação em horas do dia que tenham vento, principalmente os muito voláteis; * CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA APLICAÇÃO DE HERBICIDAS 5. A temperatura favorece ou retarda a ação dos herbicidas. A mais favorável está entre 15 e 20o C; 6. Aplicar exatamente a dose recomendada, pois quando superior poderá prejudicar a cultura e inferior não ter sucesso desejado; 7. Cobertura completa e uniforme da área, usar os bicos de tipo jato em leque; 8. Usar sempre água limpa para evitar entupimento dos bicos.
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