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Práticas Conservacionistas

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Práticas Conservacionistas de Solo e Água
INTRODUÇÃO
-Práticas conservacionistas: técnicas utilizadas para aumentar a resistência do solo ou 
diminuir as forças do processo erosivo.
� Vegetativas
� Edáficas
� Mecânicas
� PRÁTICAS DE CARÁTER VEGETATIVO� PRÁTICAS DE CARÁTER VEGETATIVO
⇒⇒⇒⇒ São aquelas em que se utiliza a vegetação para defender o solo contra a erosão.
⇒A densidade da cobertura vegetal é o princípio fundamental de toda proteção que se
oferece ao solo, preservando-lhe a integridade contra efeitos danosos da erosão.
Tipos de práticas de caráter vegetativo
1) Florestamento e reflorestamento
� Terras de baixa capacidade de produção
� Suscetíveis à erosão
� Solos muito inclinados, pobres ou muito erosados
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
PRÁTICAS DE CARÁTER VEGETATIVO
1) Florestamento e reflorestamento
� Pastagem
� Terrenos de baixa produção
� Grande perigo de erosão
� Manejo de pastos:
(a) o pasto deve ser mantido livre de ervas daninhas;
(b) quando a fertilidade do solo diminuir é conveniente a aplicação de um fertilizante químico
completo;
(c) aplicação de calcário, para reduzir a acidez do solo;
(d) pastos recém estabelecidos não devem ser pastoreados, favorecendo o crescimento
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
(d) pastos recém estabelecidos não devem ser pastoreados, favorecendo o crescimento
radicular;
(e) árvores para sombreamento devem estar longes dos cursos de água (partes mais altas do
terreno);
(f) evitar superpastejo.
� Plantas de cobertura
� Essas plantas destinam a manter o solo coberto durante o período chuvoso, a fim de
reduzir os efeitos da erosão e melhorar as condições físicas e químicas do solo.
� As leguminosas são bastante usadas (FBN)
� mantém o solo coberto no período chuvoso
� Evita o efeito da erosão
� Melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
� Retém a umidade do solo
� Melhora a aeração do solo
� Custo alto das sementes inviabiliza a utilização dessas plantas
� Não ser hospedeira de patógenos.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Não ser hospedeira de patógenos.
� Plantas de cobertura: leguminosas (crotalária, feijão guandu, feijão de porco, etc.
� Culturas em faixas
� Consiste na disposição das culturas em faixas de largura variável, de tal forma que a
cada ano se alternem plantas que oferecem pouca proteção ao solo com outras de
crescimento denso.
� Prática complexa: combina plantio em contorno, a rotação de culturas, as plantas de
cobertura e, em alguns casos o terraço;
� É o mais eficiente no controle da erosão eólica e hídrica;
� Deve ser orientada no sentido das curvas de nível do terreno (erosão hídrica);
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Deve ser orientada no sentido das curvas de nível do terreno (erosão hídrica);
� Deve ser colocada na direção contrária dos ventos dominantes (erosão eólica).
• Tipos:
- Faixas de exploração contínua: culturas nelas existentes permanecem de um ano para
o outro na mesma posição.
- Faixas de rotação: anualmente todas as culturas mudam de posição, segundo um
plano pré-estabelecido de rotação.
� Vantagens do sistema de culturas em faixas = plantio em contorno e da rotação de
culturas ⇒ diminuem a velocidade e o volume da enxurrada provocadas pelas
culturas mais abertas.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
culturas mais abertas.
� Cordões de vegetação permanente
São fileiras de plantas perenes e de crescimento denso, dispostas com determinado
espaçamento horizontal e sempre em contorno.
⇒ Culturas anuais cultivadas em faixas ou em rotação � intercaladas faixas estreitas de
vegetação cerrada, formando cordões de vegetação permanente.
⇒ Culturas perenes � os cordões são colocados entre as árvores, com determinado
espaço horizontal, formando barreiras para o controle da erosão.
⇒ Vantagens sobre os terraços: (a) simplicidade e facilidade de execução, mesmo sem
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
⇒ Vantagens sobre os terraços: (a) simplicidade e facilidade de execução, mesmo sem
grande precisão terão eficiência satisfatória, (b) facilita o emprego pelos agricultores que
disponham de poucos recursos técnicos.
� Cordões de vegetação permanente
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
Práticas Perdas de
Solo Água
----------------------t.ha-1------------------
Morro abaixo 26,1 6,9
Contorno 13,2 4,7
Quadro 1. Efeito de práticas conservacionistas em culturas anuais sobre as perdas
por erosão.
Contorno 13,2 4,7
Contorno + alternância de capinas 9,8 4,8
Cordões de cana-de-açúcar 2,5 1,8
Fonte: Bertoldo & Lombardi, 2005.
� Os cordões de vegetação deve ter de 2 a 3 m de largura.
⇒ A vegetação deverá agregar valor econômico para a propriedade e deverá ter as
seguintes características:
� Crescimento rápido e cerrado;
� Formação de uma barreira densa junto ao solo;
� Durabilidade;
� Não possuir caráter invasor para as terras de culturas adjacentes;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Não possuir caráter invasor para as terras de culturas adjacentes;
� Não fornecer abrigo para moléstias e pragas das culturas em que tiver intercalada.
⇒ Proteção de culturas perenes: deverão ser formados com plantas vigorosas, de
pequeno porte e de crescimento denso e fechado junto a superfície do solo, de modo
a formarem barreiras contra escoamento da enxurrada.
⇒ Os cordões de vegetação permanentes serão mais eficientes se formados em
contorno.
⇒ gramíneas e leguminosas (leucena).
� Alternâncias de capinas
� Consiste em fazer as capinas sempre pulando uma ou duas ruas, e, depois, passado
algum tempo, voltar para capiná-las, deixando, assim, sempre uma ou duas ruas
com mato imediatamente abaixo de outras recém-capinadas.
� VANTAGENS:
� O solo perdido pelas ruas limpas de mato será retida pelas ruas com mato que ficam
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
imediatamente abaixo.
� Custo praticamente nulo e operação muito simples
� Ceifa do mato
⇒ Consiste no corte das ervas daninhas a uma pequena altura da superfície do solo,
deixando intactos os sistemas radiculares dessas ervas e das plantas perenes e uma
pequena vegetação protetora de cobertura.
⇒ É uma maneira eficiente de controlar a erosão.
⇒ A freqüência das ceifas para o controle das ervas daninhas numa cultura perene
dependerá das seguintes condições:
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� condições locais de fertilidade do solo;
� do grau de infestação e espécies predominantes de ervas daninhas;
� da distribuição das chuvas.
� Ceifa do mato
� VANTAGENS:
� não há a desagregação da camada superficial do solo que facilita a erosão;
� não há a mutilação das raízes superficiais das plantas perenes cultivadas, com
sacrifício da produção;
� sem a eliminação da total da vegetação de cobertura do solo;
� manutenção da matéria orgânica do solo.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Cobertura morta
� A cobertura morta com restos de culturas consiste em uma das mais eficientes
práticas de controle da erosão, como a eólica e a hídrica.
⇒ VANTAGENS:
� Protege o solo contra o impacto das gotas de chuva;
� Faz diminuir o escoamento da enxurrada;
� Incorpora ao solo a matéria orgânica que aumenta a sua resistência ao processo
erosivo;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
erosivo;
� No caso da erosão eólica – protege o solo contra a ação direta dos ventos e impede
o transporte das partículas;
� Contribui para a conservação do solo;
� Diminui a temperatura do solo;
� Diminui as perdas por evapotranspiração;
� Melhora a estrutura do solo (camada superficial).
� Estimula a atividade microbiana do solo.
⇒⇒⇒⇒ DESVANTAGENS:� Exige área próxima destinada a produção de capim;
� Gasto com mão-de-obra;
� Transporte, corte e distribuição da palha de capim sobre o terreno.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
�Cobertura morta
Sistema de incorporação
Perdas de
Solo Água
t ha-1 % da chuva
Palha queimada 20,2 8,0
Palha enterrada 13,8 5,8
Palha na superfície 6,5 2,5
Quadro 2. Efeito do manejo dos restos culturais de milho sobre as perdas por erosão.
Fonte: Bertoldo & Lombardi Neto (2005).
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
Tratamentos Produção
kg ha-1 %
Milho, restos enterrados 3.783 100
Milho, restos enterrados + N 4.136 109
Milho, restos na superfície 3.765 99
Milho, restos na superfície + N 4.922 130
Quadro 3. Efeito da cobertura morta do solo na produção de milho.
�Cobertura morta
Milho e leguminosa, restos enterrados 3.855 100
Milho e leguminosa, restos enterrados +
N
5.012 130
Milho e leguminosa, restos na superfície 3.850 100
Milho e leguminosa, restos na superfície
+ N
4.712 122
Fonte: Bertoldo & Lombardi Neto (2005).
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
�Cobertura morta
� Faixas de bordadura e quebra-ventos
� Faixas de bordaduras: consistem em faixas estreitas formadas com plantas de
porte baixo e vegetação cerrada para conter os excessos de enxurrada que
possam escorrer sem provocar danos.
⇒⇒⇒⇒ Com largura de 3 a 5 m, são formadas na margem dos campos cultivados, ao
lado dos caminhos e dos canais escoadouros.
⇒⇒⇒⇒ FINALIDADE: controlar a erosão das bordas dos terrenos de cultura.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
⇒⇒⇒⇒ FINALIDADE: controlar a erosão das bordas dos terrenos de cultura.
� Quebra-ventos: consistem em uma barreira densa de árvores, colocadas a
intervalos regulares do terreno, nas regiões sujeitas a ventos fortes, nos
lugares suscetíveis de erosão eólica, de modo a formarem anteparos contra os
ventos dominantes.
FUNÇÃO:
� Reprimir a ação do vento na superfície do solo, protegendo as plantas
cultivadas e o solo contra a erosão eólica.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� PRÁTICAS DE CARÁTER EDÁFICO
� São práticas conservacionistas que, com modificações no sistema de cultivo, além
do controle de erosão, mantêm ou melhoram a fertilidade do solo.
� Eliminação e Controle do fogo
� Maneiras mais fáceis de econômicas de limpar um terreno recém derrubado;
� eliminar o trabalho e as dificuldades do enterrio de restos culturais;
� combater certas doenças ou pragas das culturas;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� combater certas doenças ou pragas das culturas;
� limpar as pastagens.
� Adubação verde
� É a incorporação, ao solo, de plantas especialmente cultivadas para esse fim
(leguminosas) ou de outras vegetações cortadas quando ainda verdes para serem
enterradas.
� protegem o solo contra ação direta da chuva;
� incorporação de matéria orgânica ao solo;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Adubação química
� As adubações químicas são praticadas visando ao aumento de produção da
cultura, mas, na realidade, asseguram a manutenção da fertilidade do solo.
� Adubação orgânica
� Incorporação de materiais orgânicos (animal e/ou vegetal) para melhoria da
fertilidade;
� Melhoria de condições físicas, químicas e biológicas
� Estercos e Compostos
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Estercos e Compostos
� Adição de M.O. no solo
� Fonte de nutrientes
� Calagem
� A calagem proporciona melhor cobertura vegetal do solo, o que reflete em
maior proteção contra o impacto das gotas de chuva, diminuindo, portanto, as
perdas de solo e de água pela erosão.
Adubação orgânica
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� PRÁTICAS DE CARÁTER MECÂNICO
� São aquelas que se recorre a estruturas artificiais mediante a disposição
adequada de porções de terra, com a finalidade de quebrar a velocidade de
escoamento da enxurrada e facilitar-lhe a infiltração do solo.
� Realizado em contorno (> eficiência): Regiões baixa ppt – Aumentar
armazenamento;
� Regiões alta ppt – Reduzir perdas de água e solo.
� Enxurrada ou água de escorrimento é aquela porção das chuvas que não penetra no 
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Enxurrada ou água de escorrimento é aquela porção das chuvas que não penetra no 
perfil do solo e escorre até os rios em forma corrente e superficial.
� Estimativa da Enxurrada ou Água de escorrimento – Depende da: área da bacia, 
intensidade da chuva e características da bacia (declividade, cobertura vegetal)
Q = [(C.I. A)/(360)] onde I = [3000/(t+40)]
- Q – Volume de água (m3/s);
- C – Coeficiente de escorrimento – Quadro 8.6, pag 115 – Bertoni e Lombardi Neto;
- I – Intensidade máxima (mm/h);
- A – Área da bacia (ha);
- I – Média de intensidade de chuva (mm/h);
- t – Duração da chuva (min.);
TIPOS DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTA DE CARÁTER MECÂNICO
� Distribuicão racional dos caminhos;
� Traçado usual dos caminhos considerando a topografia do terreno, ou seja, em contorno; 
� Nunca devem ficar morro abaixo;
� Locados em > número possível em nível.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Plantio em Nível (Cordão de contorno, Plantio em contorno ou Terraços de
base estreita)
• Conceito
� Pequeno terraço de base estreita, demarcado em nível ou desnível, com capim 
plantado sobre o camalhão;
� Controle – até 80% de perdas de água e solo
� Vantagens:
� Permite estabelecimento de outras práticas;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Permite estabelecimento de outras práticas;
� Firma os terraços;
� Diminui a velocidade de escorrimento da água da chuva;
� Retêm terra e adubo;
� Fornece forragem para animais em todo o ano;
� Capim (No. de animais, mão-de-obra, tipo de exploração – bovinocultura de 
leite/corte ou lavoura) – Elefante-anão, Falaris, Cana-de-açúcar.
� Plantio em Nível (Cordão de contorno, Plantio em
contorno ou Terraços de base estreita)
� Vantagens:
� Mais fácil e simples;
� Declive até 3% (>% associado a outras práticas –
terraço ou cordão);
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Essencial nos terraceamentos e cultivos sem faixas;
� Força o agricultor a adotar demais práticas culturais em
contorno.
Direção dos tratos culturais Produção de
grãos de milho
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
Plantio em Nível (Cordão de contorno, Plantio em contorno ou Terraços de
base estreita)
Quadro 4. Efeito da direção de tratos culturais na produção do
milho.
kg ha-1
Preparo morro abaixo e plantio morro abaixo 2.596
Preparo morro abaixo e plantio em contorno 3.123
Preparo em contorno e plantio morro abaixo 2.617
Preparo em contorno e plantio em contorno 3.196
� Terraceamento: 
� é uma prática mecânica de conservação do solo destinada ao controle da erosão 
hídrica, das mais difundidas e utilizadas pelos agricultores.
� baseia-se no parcelamento das rampas, isto é, em dividir uma rampa comprida 
(mais sujeita à erosão) em várias rampas menores (menos sujeitas à erosão), por 
meio da construção de terraços.
� Terraço é um conjunto formado pela combinação de um canal (valeta) e de um 
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
camalhão (monte de terra ou dique), construído a intervalos dimensionados, no 
sentido transversal ao declive, ou seja, construídos em nível ou com pequeno 
gradiente.
OS TERRAÇOS TÊM A FINALIDADE:
� reter e infiltrar, ou escoar lentamente, as águas provenientes da parcela do lançante
imediatamente superior, de forma a minimizar o poder erosivo das enxurradas
cortando o declive.
VANTAGENS:
� O terraço permite a contenção de enxurradas, forçando a absorção da água da
chuva pelo solo, ou a drenagemlenta e segura do excesso de água.
� Reduz a perda de solo em até 70-80% e de água em até 100%, desde que seja
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Reduz a perda de solo em até 70-80% e de água em até 100%, desde que seja
criteriosamente planejado (tipo, dimensionamento), executado (locado, construído)
e conservado (limpos, reforçados).
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Embora apresente custo elevado (e que aumenta com a declividade), esta prática é
necessária em muitas áreas agrícolas onde técnicas mais simples (como o plantio
em nível, as culturas em faixas ou a rotação de culturas), por si só, não são
suficientes para uma eficaz proteção do solo contra a erosão hídrica.
� Nem todos os solos e declives podem ser terraceados com êxito.
� Nos pedregosos ou muito rasos, com subsolo adensado, é muito dispendioso e difícil
manter um sistema de terraceamento.
� As dificuldades de construção e manutenção aumentam à medida que cresce a
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� As dificuldades de construção e manutenção aumentam à medida que cresce a
declividade do terreno.
� O uso do terraceamento é recomendado para declives superiores a 3%,
comprimentos de rampa maiores que 100 metros e topografia regular.
� Escolha do terraço: Características da chuva (quantidade,.intensidade, duração e
frequência) e do solo (profundidade, textura dos horizontes e permeabilidade).
CLASSIFICAÇÃO DOS TERRAÇOS
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� QUANTO A FUNÇÃO:
TERRAÇO EM NÍVEL (DE RETENÇÃO, ABSORÇÃO ou INFILTRAÇÃO):
� recomendado para solos com elevada permeabilidade, regiões de precipitações
baixas e até 12% de declividade.
� Função: interceptar a enxurrada e promover a infiltração da água no canal do
terraço.
TERRAÇO EM DESNÍVEL (COM GRADIENTE, DE DRENAGEM, COM DECLIVE OU
DE ESCOAMENTO):
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
DE ESCOAMENTO):
� recomendado para solos com permeabilidade lenta ou moderada (B textural e solos
rasos), regiões de precipitações elevadas e de até 20% de declividade.
� É um terraço que apresenta declive suave, constante (uniforme) ou variável
(progressivo), com uma ou as duas extremidades abertas.
� Função: interceptam a enxurrada e, ao invés de promover a sua infiltração no canal
do terraço, conduzem-na para um sistema de escoamento que pode ser uma grota
vegetada ou um canal escoadouro, sem que haja erosão no leito do canal.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
Quadro 5. Valores de declividade recomendados (%) para três grupos de solos, ao longo de
terraços locados com gradiente progressivo.
� QUANTO À LARGURA DA BASE OU FAIXA DE TERRA MOVIMENTADA:
� Refere-se à largura da faixa de movimentação de terra para a construção do 
terraço, incluindo o canal e o camalhão.
� TERRAÇO DE BASE ESTREITA OU CORDÃO DE CONTORNO
� faixa movimentada de até 3 metros;
� uso em declividades de 12-18% ou mais,
� em áreas pequenas e culturas perenes;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� normalmente do tipo Nichol’s;
� Cultivo sobre terraço apenas com ferramenta manual.
� TERRAÇO DE BASE MÉDIA
� Faixa de movimentação de terra de 3 a 6 m;
� Utilização em declividade de 10-12%;
� Necessitando de trator e arado.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� TERRAÇO DE BASE LARGA
� Faixa de movimentação de 6 a 12m;
� Adequado para declividades menores que 10%;
� Em solos de boa permeabilidade: até declividade de 20%;
� Possibilita o uso de máquinas no plantio, dentro do canal e sobre o camalhão;
� Normalmente construído em nível.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� QUANTO AO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO
� TIPO NICHOL’S OU CANAL
- movimentação de terra sempre de cima para baixo na rampa;
- estreita faixa de movimentação do terreno;
- indicado para declives inferiores a 18%;
- seção transversal do canal: aproximadamente triangular;
- implementos utilizados: arado reversível, pá carregadeira;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
- pode ser construído com arado quando a declividade é >10%;
- a faixa do canal não pode ser aproveitada para o cultivo;
� TIPO MANGUM OU CAMALHÃO
- durante a construção, a movimentação de terra é feita de cima para baixo, e de baixo
para cima;
- adequado para áreas com declives de até 12%;
- implementos utilizados: arado fixo ou reversível, lâmina mediana;
- canal mais largo e raso, e maior capacidade de armazenamento do que o Nichol’s;
- seção transversal do canal: aproximadamente parabólica;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
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Declividade (%) Tipos de terraço recomendados
2 – 8 Base larga
8 – 12 Base média
12 – 18 Base estreita
18 – 50 Em patamar
Quadro 6. Tipos de terraço recomendados de acordo com a declividade do
terreno. Fonte: PARANÁ (1994).
� QUANTO A FORMA DO PERFIL DO TERRENO:
TERRAÇO COMUM
� É a combinação de um canal com camalhão construído em nível ou com gradiente,
cuja função é interceptar a enxurrada, forçando sua absorção pelo solo ou a retirada
do excesso de água de maneira mais lenta, sem provocar erosão.
� Cada terraço protege a área de terra acima dele.
� A declividade máxima para sua construção é de 20%.
� Deve ser combinado com práticas vegetativas e sistemas de manejo que
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Deve ser combinado com práticas vegetativas e sistemas de manejo que
proporcionem proteção superficial, amenizando o impacto das gotas de chuva.
� É o tipo de terraço mais usado.
� TERRAÇO TIPO PATAMAR
� É construído através da movimentação de terra com cortes e aterros, que resultam
em patamares em forma de escada;
� No patamar deve ser plantada a cultura, e o talude deve ser recoberto com
vegetação rasteira, desde que não seja invasora, para manter sua estabilidade;
� Em solos pouco permeáveis esse tipo de prática não é recomendada;
� É construído manualmente ou com trator de esteira equipado com lâmina frontal;
� Em virtude do alto custo de construção, é normalmente recomendado para
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Em virtude do alto custo de construção, é normalmente recomendado para
exploração de culturas de alta rentabilidade econômica;
� É indicado para terrenos acima de 20% de declividade.
� TERRAÇOS TIPO BANQUETAS INDIVIDUAIS
� É utilizado quando o terreno apresenta obstáculos ou afloramentos de rochas ou
existe deficiência de máquinas ou implementos para construção do terraço tipo
patamar.
� São bancos construídos individualmente para cada planta, onde a movimentação de
terra se dá apenas no local onde se vai cultivar;
� indicados para culturas perenes;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� indicados para culturas perenes;
� As ferramentas empregadas são manuais: enxada e enxadão, porque são
construídas em áreas com declividade bastante acentuada, inadequado ao uso de
máquinas.
� TERRAÇOS TIPO BANQUETAS INDIVIDUAIS
� Vegeta-se com gramas a parte de aterro para melhor estabilidade e, finalmente,
espalha-se a terra raspada da superfície a fim de conservar a fertilidade da
banqueta.
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� TERRAÇO TIPO MURUNDUM OU LEIRÃO
� É o termo utilizado para terraço construído raspando-se o horizonte superficial do
solo (horizonte A), por tratores que possuem lâmina frontal, e amontoando-a para
formar um camalhão de avantajadas proporções (pode chegar a mais de 2 m).
� O murundum é recomendado para áreas com uso agrícola intensivo com declividade
máxima de 15%.
� Normalmente, esse tipo de terraço não segue dimensionamento adequado;
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
� Normalmente, esse tipo de terraço não segue dimensionamento adequado;
�Visando facilitar o trânsito de máquinas e caminhões na área agrícola, a distância
entre eles é maior do que a recomendada para os terraços comuns; de forma errada,
tenta-se compensar esta medida aumentando a dimensão do camalhão para segurar
maior volume de água.
� TERRAÇO TIPO MURUNDUM OU LEIRÃO
� LIMITAÇÕES:
� a remoção da camada mais fértil do solo prejudica o desenvolvimento das plantas na
área que foi raspada;
� por requerer grande movimentação de terra, seu custo de construção é elevado;
� pelo fato de ser locado com distâncias maiores, apresenta erosão acentuada e está
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sujeito a rompimento.
� TERRAÇO TIPO EMBUTIDO
� É mais difundido em áreas de plantio de cana-de-açúcar e sua forma assemelha-se
à dos murunduns;
� Apresenta pequena área inutilizada para o plantio, sendo construído normalmente,
com motoniveladora ou trator de lâmina frontal.
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
Quadro 7. Vantagens e Desvantagens dos terraços em nível e gradiente.
� PRINCIPAIS CAUSAS DO ROMPIMENTO DE TERRAÇOS
� Espaçamento excessivo entre terraços;
� Dimensionamento incorreto da seção transversal;
� Má locação dos terraços;
� Defeitos na construção, que fazem com que haja seções em que a crista do camalhão
se encontra em cota mais baixa;
� Presença de galerias no terraço: buracos feitos por tatu, formigueiros, raízes podres,
Práticas Conservacionistas de Solo e Água
etc;
� Presença de extremidades abertas nos terraços;
� Convergência para o terraço de águas vindas de for a da área terraceada, como
estradas, carreadores e outras áreas vizinhas;
� Movimento de máquinas e animais sobre o camalhão, provocando o seu rebaixamento;
� Abertura de sulcos e covas no camalhão;
�
� PRINCIPAIS CAUSAS DO ROMPIMENTO DE TERRAÇOS
� Falta de manutenção e limpeza do canal;
� Ocorrência de chuvas de alta intensidade;
� Construção de terraços em nível em solos de baixa permeabilidade;
� Presença de nascentes na área compreendida entre terraços.
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