Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Práticas Conservacionistas de Solo e Água INTRODUÇÃO -Práticas conservacionistas: técnicas utilizadas para aumentar a resistência do solo ou diminuir as forças do processo erosivo. � Vegetativas � Edáficas � Mecânicas � PRÁTICAS DE CARÁTER VEGETATIVO� PRÁTICAS DE CARÁTER VEGETATIVO ⇒⇒⇒⇒ São aquelas em que se utiliza a vegetação para defender o solo contra a erosão. ⇒A densidade da cobertura vegetal é o princípio fundamental de toda proteção que se oferece ao solo, preservando-lhe a integridade contra efeitos danosos da erosão. Tipos de práticas de caráter vegetativo 1) Florestamento e reflorestamento � Terras de baixa capacidade de produção � Suscetíveis à erosão � Solos muito inclinados, pobres ou muito erosados Práticas Conservacionistas de Solo e Água PRÁTICAS DE CARÁTER VEGETATIVO 1) Florestamento e reflorestamento � Pastagem � Terrenos de baixa produção � Grande perigo de erosão � Manejo de pastos: (a) o pasto deve ser mantido livre de ervas daninhas; (b) quando a fertilidade do solo diminuir é conveniente a aplicação de um fertilizante químico completo; (c) aplicação de calcário, para reduzir a acidez do solo; (d) pastos recém estabelecidos não devem ser pastoreados, favorecendo o crescimento Práticas Conservacionistas de Solo e Água (d) pastos recém estabelecidos não devem ser pastoreados, favorecendo o crescimento radicular; (e) árvores para sombreamento devem estar longes dos cursos de água (partes mais altas do terreno); (f) evitar superpastejo. � Plantas de cobertura � Essas plantas destinam a manter o solo coberto durante o período chuvoso, a fim de reduzir os efeitos da erosão e melhorar as condições físicas e químicas do solo. � As leguminosas são bastante usadas (FBN) � mantém o solo coberto no período chuvoso � Evita o efeito da erosão � Melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. � Retém a umidade do solo � Melhora a aeração do solo � Custo alto das sementes inviabiliza a utilização dessas plantas � Não ser hospedeira de patógenos. Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Não ser hospedeira de patógenos. � Plantas de cobertura: leguminosas (crotalária, feijão guandu, feijão de porco, etc. � Culturas em faixas � Consiste na disposição das culturas em faixas de largura variável, de tal forma que a cada ano se alternem plantas que oferecem pouca proteção ao solo com outras de crescimento denso. � Prática complexa: combina plantio em contorno, a rotação de culturas, as plantas de cobertura e, em alguns casos o terraço; � É o mais eficiente no controle da erosão eólica e hídrica; � Deve ser orientada no sentido das curvas de nível do terreno (erosão hídrica); Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Deve ser orientada no sentido das curvas de nível do terreno (erosão hídrica); � Deve ser colocada na direção contrária dos ventos dominantes (erosão eólica). • Tipos: - Faixas de exploração contínua: culturas nelas existentes permanecem de um ano para o outro na mesma posição. - Faixas de rotação: anualmente todas as culturas mudam de posição, segundo um plano pré-estabelecido de rotação. � Vantagens do sistema de culturas em faixas = plantio em contorno e da rotação de culturas ⇒ diminuem a velocidade e o volume da enxurrada provocadas pelas culturas mais abertas. Práticas Conservacionistas de Solo e Água culturas mais abertas. � Cordões de vegetação permanente São fileiras de plantas perenes e de crescimento denso, dispostas com determinado espaçamento horizontal e sempre em contorno. ⇒ Culturas anuais cultivadas em faixas ou em rotação � intercaladas faixas estreitas de vegetação cerrada, formando cordões de vegetação permanente. ⇒ Culturas perenes � os cordões são colocados entre as árvores, com determinado espaço horizontal, formando barreiras para o controle da erosão. ⇒ Vantagens sobre os terraços: (a) simplicidade e facilidade de execução, mesmo sem Práticas Conservacionistas de Solo e Água ⇒ Vantagens sobre os terraços: (a) simplicidade e facilidade de execução, mesmo sem grande precisão terão eficiência satisfatória, (b) facilita o emprego pelos agricultores que disponham de poucos recursos técnicos. � Cordões de vegetação permanente Práticas Conservacionistas de Solo e Água Práticas Perdas de Solo Água ----------------------t.ha-1------------------ Morro abaixo 26,1 6,9 Contorno 13,2 4,7 Quadro 1. Efeito de práticas conservacionistas em culturas anuais sobre as perdas por erosão. Contorno 13,2 4,7 Contorno + alternância de capinas 9,8 4,8 Cordões de cana-de-açúcar 2,5 1,8 Fonte: Bertoldo & Lombardi, 2005. � Os cordões de vegetação deve ter de 2 a 3 m de largura. ⇒ A vegetação deverá agregar valor econômico para a propriedade e deverá ter as seguintes características: � Crescimento rápido e cerrado; � Formação de uma barreira densa junto ao solo; � Durabilidade; � Não possuir caráter invasor para as terras de culturas adjacentes; Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Não possuir caráter invasor para as terras de culturas adjacentes; � Não fornecer abrigo para moléstias e pragas das culturas em que tiver intercalada. ⇒ Proteção de culturas perenes: deverão ser formados com plantas vigorosas, de pequeno porte e de crescimento denso e fechado junto a superfície do solo, de modo a formarem barreiras contra escoamento da enxurrada. ⇒ Os cordões de vegetação permanentes serão mais eficientes se formados em contorno. ⇒ gramíneas e leguminosas (leucena). � Alternâncias de capinas � Consiste em fazer as capinas sempre pulando uma ou duas ruas, e, depois, passado algum tempo, voltar para capiná-las, deixando, assim, sempre uma ou duas ruas com mato imediatamente abaixo de outras recém-capinadas. � VANTAGENS: � O solo perdido pelas ruas limpas de mato será retida pelas ruas com mato que ficam Práticas Conservacionistas de Solo e Água imediatamente abaixo. � Custo praticamente nulo e operação muito simples � Ceifa do mato ⇒ Consiste no corte das ervas daninhas a uma pequena altura da superfície do solo, deixando intactos os sistemas radiculares dessas ervas e das plantas perenes e uma pequena vegetação protetora de cobertura. ⇒ É uma maneira eficiente de controlar a erosão. ⇒ A freqüência das ceifas para o controle das ervas daninhas numa cultura perene dependerá das seguintes condições: Práticas Conservacionistas de Solo e Água � condições locais de fertilidade do solo; � do grau de infestação e espécies predominantes de ervas daninhas; � da distribuição das chuvas. � Ceifa do mato � VANTAGENS: � não há a desagregação da camada superficial do solo que facilita a erosão; � não há a mutilação das raízes superficiais das plantas perenes cultivadas, com sacrifício da produção; � sem a eliminação da total da vegetação de cobertura do solo; � manutenção da matéria orgânica do solo. Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Cobertura morta � A cobertura morta com restos de culturas consiste em uma das mais eficientes práticas de controle da erosão, como a eólica e a hídrica. ⇒ VANTAGENS: � Protege o solo contra o impacto das gotas de chuva; � Faz diminuir o escoamento da enxurrada; � Incorpora ao solo a matéria orgânica que aumenta a sua resistência ao processo erosivo; Práticas Conservacionistas de Solo e Água erosivo; � No caso da erosão eólica – protege o solo contra a ação direta dos ventos e impede o transporte das partículas; � Contribui para a conservação do solo; � Diminui a temperatura do solo; � Diminui as perdas por evapotranspiração; � Melhora a estrutura do solo (camada superficial). � Estimula a atividade microbiana do solo. ⇒⇒⇒⇒ DESVANTAGENS:� Exige área próxima destinada a produção de capim; � Gasto com mão-de-obra; � Transporte, corte e distribuição da palha de capim sobre o terreno. Práticas Conservacionistas de Solo e Água �Cobertura morta Sistema de incorporação Perdas de Solo Água t ha-1 % da chuva Palha queimada 20,2 8,0 Palha enterrada 13,8 5,8 Palha na superfície 6,5 2,5 Quadro 2. Efeito do manejo dos restos culturais de milho sobre as perdas por erosão. Fonte: Bertoldo & Lombardi Neto (2005). Práticas Conservacionistas de Solo e Água Tratamentos Produção kg ha-1 % Milho, restos enterrados 3.783 100 Milho, restos enterrados + N 4.136 109 Milho, restos na superfície 3.765 99 Milho, restos na superfície + N 4.922 130 Quadro 3. Efeito da cobertura morta do solo na produção de milho. �Cobertura morta Milho e leguminosa, restos enterrados 3.855 100 Milho e leguminosa, restos enterrados + N 5.012 130 Milho e leguminosa, restos na superfície 3.850 100 Milho e leguminosa, restos na superfície + N 4.712 122 Fonte: Bertoldo & Lombardi Neto (2005). Práticas Conservacionistas de Solo e Água �Cobertura morta � Faixas de bordadura e quebra-ventos � Faixas de bordaduras: consistem em faixas estreitas formadas com plantas de porte baixo e vegetação cerrada para conter os excessos de enxurrada que possam escorrer sem provocar danos. ⇒⇒⇒⇒ Com largura de 3 a 5 m, são formadas na margem dos campos cultivados, ao lado dos caminhos e dos canais escoadouros. ⇒⇒⇒⇒ FINALIDADE: controlar a erosão das bordas dos terrenos de cultura. Práticas Conservacionistas de Solo e Água ⇒⇒⇒⇒ FINALIDADE: controlar a erosão das bordas dos terrenos de cultura. � Quebra-ventos: consistem em uma barreira densa de árvores, colocadas a intervalos regulares do terreno, nas regiões sujeitas a ventos fortes, nos lugares suscetíveis de erosão eólica, de modo a formarem anteparos contra os ventos dominantes. FUNÇÃO: � Reprimir a ação do vento na superfície do solo, protegendo as plantas cultivadas e o solo contra a erosão eólica. Práticas Conservacionistas de Solo e Água � PRÁTICAS DE CARÁTER EDÁFICO � São práticas conservacionistas que, com modificações no sistema de cultivo, além do controle de erosão, mantêm ou melhoram a fertilidade do solo. � Eliminação e Controle do fogo � Maneiras mais fáceis de econômicas de limpar um terreno recém derrubado; � eliminar o trabalho e as dificuldades do enterrio de restos culturais; � combater certas doenças ou pragas das culturas; Práticas Conservacionistas de Solo e Água � combater certas doenças ou pragas das culturas; � limpar as pastagens. � Adubação verde � É a incorporação, ao solo, de plantas especialmente cultivadas para esse fim (leguminosas) ou de outras vegetações cortadas quando ainda verdes para serem enterradas. � protegem o solo contra ação direta da chuva; � incorporação de matéria orgânica ao solo; Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Adubação química � As adubações químicas são praticadas visando ao aumento de produção da cultura, mas, na realidade, asseguram a manutenção da fertilidade do solo. � Adubação orgânica � Incorporação de materiais orgânicos (animal e/ou vegetal) para melhoria da fertilidade; � Melhoria de condições físicas, químicas e biológicas � Estercos e Compostos Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Estercos e Compostos � Adição de M.O. no solo � Fonte de nutrientes � Calagem � A calagem proporciona melhor cobertura vegetal do solo, o que reflete em maior proteção contra o impacto das gotas de chuva, diminuindo, portanto, as perdas de solo e de água pela erosão. Adubação orgânica Práticas Conservacionistas de Solo e Água � PRÁTICAS DE CARÁTER MECÂNICO � São aquelas que se recorre a estruturas artificiais mediante a disposição adequada de porções de terra, com a finalidade de quebrar a velocidade de escoamento da enxurrada e facilitar-lhe a infiltração do solo. � Realizado em contorno (> eficiência): Regiões baixa ppt – Aumentar armazenamento; � Regiões alta ppt – Reduzir perdas de água e solo. � Enxurrada ou água de escorrimento é aquela porção das chuvas que não penetra no Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Enxurrada ou água de escorrimento é aquela porção das chuvas que não penetra no perfil do solo e escorre até os rios em forma corrente e superficial. � Estimativa da Enxurrada ou Água de escorrimento – Depende da: área da bacia, intensidade da chuva e características da bacia (declividade, cobertura vegetal) Q = [(C.I. A)/(360)] onde I = [3000/(t+40)] - Q – Volume de água (m3/s); - C – Coeficiente de escorrimento – Quadro 8.6, pag 115 – Bertoni e Lombardi Neto; - I – Intensidade máxima (mm/h); - A – Área da bacia (ha); - I – Média de intensidade de chuva (mm/h); - t – Duração da chuva (min.); TIPOS DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTA DE CARÁTER MECÂNICO � Distribuicão racional dos caminhos; � Traçado usual dos caminhos considerando a topografia do terreno, ou seja, em contorno; � Nunca devem ficar morro abaixo; � Locados em > número possível em nível. Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Plantio em Nível (Cordão de contorno, Plantio em contorno ou Terraços de base estreita) • Conceito � Pequeno terraço de base estreita, demarcado em nível ou desnível, com capim plantado sobre o camalhão; � Controle – até 80% de perdas de água e solo � Vantagens: � Permite estabelecimento de outras práticas; Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Permite estabelecimento de outras práticas; � Firma os terraços; � Diminui a velocidade de escorrimento da água da chuva; � Retêm terra e adubo; � Fornece forragem para animais em todo o ano; � Capim (No. de animais, mão-de-obra, tipo de exploração – bovinocultura de leite/corte ou lavoura) – Elefante-anão, Falaris, Cana-de-açúcar. � Plantio em Nível (Cordão de contorno, Plantio em contorno ou Terraços de base estreita) � Vantagens: � Mais fácil e simples; � Declive até 3% (>% associado a outras práticas – terraço ou cordão); Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Essencial nos terraceamentos e cultivos sem faixas; � Força o agricultor a adotar demais práticas culturais em contorno. Direção dos tratos culturais Produção de grãos de milho Práticas Conservacionistas de Solo e Água Plantio em Nível (Cordão de contorno, Plantio em contorno ou Terraços de base estreita) Quadro 4. Efeito da direção de tratos culturais na produção do milho. kg ha-1 Preparo morro abaixo e plantio morro abaixo 2.596 Preparo morro abaixo e plantio em contorno 3.123 Preparo em contorno e plantio morro abaixo 2.617 Preparo em contorno e plantio em contorno 3.196 � Terraceamento: � é uma prática mecânica de conservação do solo destinada ao controle da erosão hídrica, das mais difundidas e utilizadas pelos agricultores. � baseia-se no parcelamento das rampas, isto é, em dividir uma rampa comprida (mais sujeita à erosão) em várias rampas menores (menos sujeitas à erosão), por meio da construção de terraços. � Terraço é um conjunto formado pela combinação de um canal (valeta) e de um Práticas Conservacionistas de Solo e Água camalhão (monte de terra ou dique), construído a intervalos dimensionados, no sentido transversal ao declive, ou seja, construídos em nível ou com pequeno gradiente. OS TERRAÇOS TÊM A FINALIDADE: � reter e infiltrar, ou escoar lentamente, as águas provenientes da parcela do lançante imediatamente superior, de forma a minimizar o poder erosivo das enxurradas cortando o declive. VANTAGENS: � O terraço permite a contenção de enxurradas, forçando a absorção da água da chuva pelo solo, ou a drenagemlenta e segura do excesso de água. � Reduz a perda de solo em até 70-80% e de água em até 100%, desde que seja Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Reduz a perda de solo em até 70-80% e de água em até 100%, desde que seja criteriosamente planejado (tipo, dimensionamento), executado (locado, construído) e conservado (limpos, reforçados). Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Embora apresente custo elevado (e que aumenta com a declividade), esta prática é necessária em muitas áreas agrícolas onde técnicas mais simples (como o plantio em nível, as culturas em faixas ou a rotação de culturas), por si só, não são suficientes para uma eficaz proteção do solo contra a erosão hídrica. � Nem todos os solos e declives podem ser terraceados com êxito. � Nos pedregosos ou muito rasos, com subsolo adensado, é muito dispendioso e difícil manter um sistema de terraceamento. � As dificuldades de construção e manutenção aumentam à medida que cresce a Práticas Conservacionistas de Solo e Água � As dificuldades de construção e manutenção aumentam à medida que cresce a declividade do terreno. � O uso do terraceamento é recomendado para declives superiores a 3%, comprimentos de rampa maiores que 100 metros e topografia regular. � Escolha do terraço: Características da chuva (quantidade,.intensidade, duração e frequência) e do solo (profundidade, textura dos horizontes e permeabilidade). CLASSIFICAÇÃO DOS TERRAÇOS Práticas Conservacionistas de Solo e Água � QUANTO A FUNÇÃO: TERRAÇO EM NÍVEL (DE RETENÇÃO, ABSORÇÃO ou INFILTRAÇÃO): � recomendado para solos com elevada permeabilidade, regiões de precipitações baixas e até 12% de declividade. � Função: interceptar a enxurrada e promover a infiltração da água no canal do terraço. TERRAÇO EM DESNÍVEL (COM GRADIENTE, DE DRENAGEM, COM DECLIVE OU DE ESCOAMENTO): Práticas Conservacionistas de Solo e Água DE ESCOAMENTO): � recomendado para solos com permeabilidade lenta ou moderada (B textural e solos rasos), regiões de precipitações elevadas e de até 20% de declividade. � É um terraço que apresenta declive suave, constante (uniforme) ou variável (progressivo), com uma ou as duas extremidades abertas. � Função: interceptam a enxurrada e, ao invés de promover a sua infiltração no canal do terraço, conduzem-na para um sistema de escoamento que pode ser uma grota vegetada ou um canal escoadouro, sem que haja erosão no leito do canal. Práticas Conservacionistas de Solo e Água Quadro 5. Valores de declividade recomendados (%) para três grupos de solos, ao longo de terraços locados com gradiente progressivo. � QUANTO À LARGURA DA BASE OU FAIXA DE TERRA MOVIMENTADA: � Refere-se à largura da faixa de movimentação de terra para a construção do terraço, incluindo o canal e o camalhão. � TERRAÇO DE BASE ESTREITA OU CORDÃO DE CONTORNO � faixa movimentada de até 3 metros; � uso em declividades de 12-18% ou mais, � em áreas pequenas e culturas perenes; Práticas Conservacionistas de Solo e Água � normalmente do tipo Nichol’s; � Cultivo sobre terraço apenas com ferramenta manual. � TERRAÇO DE BASE MÉDIA � Faixa de movimentação de terra de 3 a 6 m; � Utilização em declividade de 10-12%; � Necessitando de trator e arado. Práticas Conservacionistas de Solo e Água � TERRAÇO DE BASE LARGA � Faixa de movimentação de 6 a 12m; � Adequado para declividades menores que 10%; � Em solos de boa permeabilidade: até declividade de 20%; � Possibilita o uso de máquinas no plantio, dentro do canal e sobre o camalhão; � Normalmente construído em nível. Práticas Conservacionistas de Solo e Água � QUANTO AO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO � TIPO NICHOL’S OU CANAL - movimentação de terra sempre de cima para baixo na rampa; - estreita faixa de movimentação do terreno; - indicado para declives inferiores a 18%; - seção transversal do canal: aproximadamente triangular; - implementos utilizados: arado reversível, pá carregadeira; Práticas Conservacionistas de Solo e Água - pode ser construído com arado quando a declividade é >10%; - a faixa do canal não pode ser aproveitada para o cultivo; � TIPO MANGUM OU CAMALHÃO - durante a construção, a movimentação de terra é feita de cima para baixo, e de baixo para cima; - adequado para áreas com declives de até 12%; - implementos utilizados: arado fixo ou reversível, lâmina mediana; - canal mais largo e raso, e maior capacidade de armazenamento do que o Nichol’s; - seção transversal do canal: aproximadamente parabólica; Práticas Conservacionistas de Solo e Água Práticas Conservacionistas de Solo e Água Declividade (%) Tipos de terraço recomendados 2 – 8 Base larga 8 – 12 Base média 12 – 18 Base estreita 18 – 50 Em patamar Quadro 6. Tipos de terraço recomendados de acordo com a declividade do terreno. Fonte: PARANÁ (1994). � QUANTO A FORMA DO PERFIL DO TERRENO: TERRAÇO COMUM � É a combinação de um canal com camalhão construído em nível ou com gradiente, cuja função é interceptar a enxurrada, forçando sua absorção pelo solo ou a retirada do excesso de água de maneira mais lenta, sem provocar erosão. � Cada terraço protege a área de terra acima dele. � A declividade máxima para sua construção é de 20%. � Deve ser combinado com práticas vegetativas e sistemas de manejo que Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Deve ser combinado com práticas vegetativas e sistemas de manejo que proporcionem proteção superficial, amenizando o impacto das gotas de chuva. � É o tipo de terraço mais usado. � TERRAÇO TIPO PATAMAR � É construído através da movimentação de terra com cortes e aterros, que resultam em patamares em forma de escada; � No patamar deve ser plantada a cultura, e o talude deve ser recoberto com vegetação rasteira, desde que não seja invasora, para manter sua estabilidade; � Em solos pouco permeáveis esse tipo de prática não é recomendada; � É construído manualmente ou com trator de esteira equipado com lâmina frontal; � Em virtude do alto custo de construção, é normalmente recomendado para Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Em virtude do alto custo de construção, é normalmente recomendado para exploração de culturas de alta rentabilidade econômica; � É indicado para terrenos acima de 20% de declividade. � TERRAÇOS TIPO BANQUETAS INDIVIDUAIS � É utilizado quando o terreno apresenta obstáculos ou afloramentos de rochas ou existe deficiência de máquinas ou implementos para construção do terraço tipo patamar. � São bancos construídos individualmente para cada planta, onde a movimentação de terra se dá apenas no local onde se vai cultivar; � indicados para culturas perenes; Práticas Conservacionistas de Solo e Água � indicados para culturas perenes; � As ferramentas empregadas são manuais: enxada e enxadão, porque são construídas em áreas com declividade bastante acentuada, inadequado ao uso de máquinas. � TERRAÇOS TIPO BANQUETAS INDIVIDUAIS � Vegeta-se com gramas a parte de aterro para melhor estabilidade e, finalmente, espalha-se a terra raspada da superfície a fim de conservar a fertilidade da banqueta. Práticas Conservacionistas de Solo e Água � TERRAÇO TIPO MURUNDUM OU LEIRÃO � É o termo utilizado para terraço construído raspando-se o horizonte superficial do solo (horizonte A), por tratores que possuem lâmina frontal, e amontoando-a para formar um camalhão de avantajadas proporções (pode chegar a mais de 2 m). � O murundum é recomendado para áreas com uso agrícola intensivo com declividade máxima de 15%. � Normalmente, esse tipo de terraço não segue dimensionamento adequado; Práticas Conservacionistas de Solo e Água � Normalmente, esse tipo de terraço não segue dimensionamento adequado; �Visando facilitar o trânsito de máquinas e caminhões na área agrícola, a distância entre eles é maior do que a recomendada para os terraços comuns; de forma errada, tenta-se compensar esta medida aumentando a dimensão do camalhão para segurar maior volume de água. � TERRAÇO TIPO MURUNDUM OU LEIRÃO � LIMITAÇÕES: � a remoção da camada mais fértil do solo prejudica o desenvolvimento das plantas na área que foi raspada; � por requerer grande movimentação de terra, seu custo de construção é elevado; � pelo fato de ser locado com distâncias maiores, apresenta erosão acentuada e está Práticas Conservacionistas de Solo e Água sujeito a rompimento. � TERRAÇO TIPO EMBUTIDO � É mais difundido em áreas de plantio de cana-de-açúcar e sua forma assemelha-se à dos murunduns; � Apresenta pequena área inutilizada para o plantio, sendo construído normalmente, com motoniveladora ou trator de lâmina frontal. Práticas Conservacionistas de Solo e Água Práticas Conservacionistas de Solo e Água Quadro 7. Vantagens e Desvantagens dos terraços em nível e gradiente. � PRINCIPAIS CAUSAS DO ROMPIMENTO DE TERRAÇOS � Espaçamento excessivo entre terraços; � Dimensionamento incorreto da seção transversal; � Má locação dos terraços; � Defeitos na construção, que fazem com que haja seções em que a crista do camalhão se encontra em cota mais baixa; � Presença de galerias no terraço: buracos feitos por tatu, formigueiros, raízes podres, Práticas Conservacionistas de Solo e Água etc; � Presença de extremidades abertas nos terraços; � Convergência para o terraço de águas vindas de for a da área terraceada, como estradas, carreadores e outras áreas vizinhas; � Movimento de máquinas e animais sobre o camalhão, provocando o seu rebaixamento; � Abertura de sulcos e covas no camalhão; � � PRINCIPAIS CAUSAS DO ROMPIMENTO DE TERRAÇOS � Falta de manutenção e limpeza do canal; � Ocorrência de chuvas de alta intensidade; � Construção de terraços em nível em solos de baixa permeabilidade; � Presença de nascentes na área compreendida entre terraços. Práticas Conservacionistas de Solo e Água
Compartilhar