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Aula 00
Contabilidade Geral p/ ATRFB - 2016 (com videoaulas)
Professores: Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
00000000000 - DEMO
 
CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 72 
 
SUMÁRIO 
 
1 APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 1 
2 O CURSO, EDITAL E PROVA.......................................................................................... 2 
3 COMEÇANDO ............................................................................................................. 7 
4 OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE ..................................................................... 9 
5 BASE LEGAL PARA ESTUDO DA CONTABILIDADE ........................................................... 9 
6 O QUE É UMA SOCIEDADE? ....................................................................................... 10 
7 COMEÇANDO A ENTENDER A CONTAS ± PRIMEIRO CONTATO ........................................ 11 
8 RAZONETES ............................................................................................................ 12 
9 DESVINCULANDO A CONTABILIDADE DO DIREITO ....................................................... 13 
10 CONTINUANDO A CONTABILIZAÇÃO ........................................................................ 15 
11 O QUE EU DEVO SABER ATÉ AGORA? ...................................................................... 16 
12 MAIS LANÇAMENTOS PARA QUE VOCÊS POSSAM ENTENDER ...................................... 16 
13 INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS ........................................................ 18 
14 RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) ... 21 
14.1 CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ........................................... 21 
14.2 CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO ...................... 22 
15 SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE..................................................................... 23 
16 SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ............................................................ 25 
17 SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .......................................................... 26 
18 SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ................................. 27 
19 SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA, REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE 
CAIXA 34 
20 SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ............................................................... 37 
21 PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ..................................... 39 
22 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA .................................................... 39 
23 MAPA MENTAL DESTA AULA ................................................................................... 44 
24 QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................... 45 
25 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................... 79 
26 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................. 88 
 
 
1 APRESENTAÇÃO 
 
Olá, meus amigos. Como estão? Sejam bem-vindos ao 
Estratégia Concursos, simplesmente o melhor curso 
preparatório para concursos deste país! 
 
É com grande satisfação que estamos aqui para ministrar 
para vocês o curso de Contabilidade Geral para 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil. 
 
Antes de começarmos nosso curso, permita que nos apresentemos: 
 
Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda 
do Estado do Rio de Janeiro e professor de direito empresarial e 
contabilidade no site do Estratégia. 
 
AULA 00: NOÇÕES INICIAIS. 1. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS FUNDAMENTAIS. 
00000000000
00000000000 - DEMO
 
CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 72 
Autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial ± FCC 
e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo ± ESAF, este 
último em coautoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela 
Editora Método. 
 
Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da 
Fazenda do Estado de São Paulo, e professor de contabilidade para 
concursos no site do Estratégia. 
 
Lançamos juntos, pela Editora Método, o livro Contabilidade Avançada 
Facilitada para Concursos ± Teoria e questões e mais de 200 questões 
comentadas. Este livro é baseado nos Pronunciamentos Contábeis emanados do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis e está disponível para venda no site da 
editora e nas diversas livrarias. 
 
Contaremos também neste curso com o apoio do professor Julio Cardozo, 
Auditor Fiscal da Receita Estadual do Estado do Espírito Santo. O fórum 
de dúvida deste curso e os mapas mentais estarão, principalmente, a 
cargo dele. 
 
Vejam que somos três professores totalmente dedicados à sua aprovação. 
 
2 O CURSO, EDITAL E PROVA 
 
Pessoal, tendo em vista a reestruturação da carreira dos Auditores e 
Analistas da Receita Federal do Brasil, este concurso tornou-se, 
indubitavelmente, uma das melhores opções para aqueles que desejam 
estabilidade, excelente remuneração, atribuições de altíssimo nível (sem 
desmerecer qualquer cargo) e possibilidade de lotação de Norte a Sul do Brasil. 
Para quem não viu o novo plano de carreira da Receita Federal, vale a pena dar 
uma olhada no artigo escrito pelo Professor Ali Jaha, do Estratégia Concursos: 
 
Vamos aos principais pontos do Termo de Acordo: 
 
1. Reconhecimento legal da Receita Federal do Brasil como órgão essencial ao 
funcionamento do Estado. 
 
2. Alteração na estrutura remuneratória. A partir de 08/2016, os servidores 
deixarão de receber por subsídio para receber vencimento básico e bônus de 
eficiência (BE). 
 
4. O BE é composto das multas tributárias e aduaneiras arrecadadas, bem como 
do resultado da alienação das mercadorias apreendidas pela Receita Federal do 
Brasil. Em suma, o BE é uma participação sobre a arrecadação federal. 
 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 72 
5. Entre 08/2016 e 12/2016, o BE terá valor fixo (R$ 3.000,00 para Auditor e R$ 
1.800 para Analista) e a partir de 01/2017 terá valor variável. Sendo prudente, 
pode-se adotar um valor de R$ 5.000,00 para Auditor e R$ 3.000,00 para 
Analista já no início de 2017. 
 
6. O Programa de Formação voltará a ser etapa obrigatório do concurso para o 
ingresso no cargo de Auditor e de Analista. Em resumo, teremos 3 fases: Provas 
Objetivas, Provas Discursivas e Programa de Formação, como foi no concurso de 
2010 (o meu!). 
 
7. A promoção (troca de classe) do Auditor exigirá o cumprimento de curso de 
especialização ou de aperfeiçoamento por parte da autoridade tributária e 
aduaneira. Essa exigência não foi imposta aos Analistas. 
 
8. A Carreira Auditoria da Receita Federal do Brasil (ARFB) passa a se denominar 
Carreira Tributária e Aduaneira da Receita Federal do Brasil (TARFB), composta 
pelos cargos de Auditor-Fiscal e de Analista-Tributário. 
 
9. A tabela salarial foi reduzida de 13 para 9 níveis. E o valor inicial sofreu um 
reajuste considerável. 
 
10. Para ilustrar, segue a tabela salarial esquematizada para o exercício 2017: 
 
 
 
Portanto, não há dúvidas de que essas alterações vão tornar a carreira muito 
mais atraentee, por consequência, mais competitiva. 
 
Assim, preparar-se para este concurso exigirá dedicação ímpar! Mas, a 
boa notícia é que estamos aqui para ajudá-los. 
 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 72 
Contabilidade é simplesmente umas das disciplinas com maior peso no 
certame. Mas, por outro lado, é uma das matérias de que os candidatos 
mais relatam dificuldades! 
 
Então, nosso curso no Estratégia vai justamente na medida para a sua 
preparação! Será um curso objetivo, mas com a profundidade necessária para 
matar as questões de prova. 
 
E como será o curso? 
 
± Todas as aulas terão PDF + Vídeos 
± Serão muitas questões da ESAF comentadas. 
- Custo atualizado com a Revisão 08 do CPC. 
- Últimas questões da ESAF, incluindo a prova da ANAC/2016. 
± As aulas serão esquematizadas, apresentaremos muitas tabelas e recursos 
visuais para a melhor compreensão da matéria. 
± Ao final de cada aula teremos um resumo e mapas mentais para ajudar a 
memorização 
± Fórum de dúvidas. Temos um professor exclusivamente para responder as 
dúvidas do curso, o nosso amigo Julio Cardozo. 
 
 
 
 
 
 
Aula Data Conteúdo 
Aula 0 07.04.16 1. Princípios Contábeis Fundamentais. 
Aula 1 15.04.16 
2. Patrimônio: Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida 
(ou Patrimônio Líquido). 3. Diferenciação entre Capital e Patrimônio. 4. 
Equação Fundamental do Patrimônio. 5. Representação Gráfica dos Estados 
Patrimoniais. 6. Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 7. 
Contas: Conceito, Débito, Crédito e Saldo ± Teorias, Função e Estrutura das 
Contas ± Contas Patrimoniais e de Resultado. 11. Escrituração: Conceito e 
Métodos ± Lançamento Contábil: Rotina e Fórmulas. 
Aula 2 23.04.16 
9. Sistemas de Contas. Plano de Contas. 10. Provisões em Geral. Processo de 
Escrituração. Escrituração de Operações Financeiras. 12. Livros de 
Escrituração: Obrigatoriedade, Funções e Formas de Escrituração. Erros de 
Escrituração e suas correções. 13. Sistema de Partidas Dobradas. 14. 
Balancete de Verificação. 
Aula 3 01.05.16 Principais lançamentos contábeis. Noçõe de débito e crédito 
Aula 4 10.05.16 
15. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos 
Grupos e Subgrupos. 16. Classificação das contas. 
Aula 5 19.05.16 
15. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos 
Grupos e Subgrupos. 16. Classificação das contas. 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 72 
Aula Data Conteúdo 
Aula 6 27.05.16 16. Critérios de Avaliação do Ativo e Passivo e Levantamento do Balanço de 
acordo com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). 
Aula 7 06.06.16 Ativo imobilizado 
Aula 8 14.06.16 Escrituração de operações típicas 
Aula 
09 
22.06.16 
8. Apuração de Resultados. 17. Demonstração do Resultado do Exercício: 
Estrutura, Características e Elaboração de acordo com Lei nº 6.404/76. 18. 
Apuração da Receita Líquida, do Custo das Mercadorias ou dos Serviços 
Vendidos e dos Lucros: Bruto, Operacional e Não-Operacional do Exercício, do 
Resultado do Exercício antes e depois da Provisão para o Imposto sobre a 
Renda e para a Contribuição Social sobre o Lucro. 19. PIS/PASEP e COFINS - 
Regime cumulativo e não-cumulativo. 
 
A contabilidade veio prevista no edital de 2012 do seguinte modo: 
 
Contabilidade Geral: 1. Princípios Contábeis Fundamentais. 2. Patrimônio: 
Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio 
Líquido). 3. Diferenciação entre Capital e Patrimônio. 4. Equação Fundamental 
do Patrimônio. 5. Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais. 6. Fatos 
Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 7. Contas: Conceito, Débito, 
Crédito e Saldo ± Teorias, Função e Estrutura das Contas ± Contas Patrimoniais 
e de Resultado. 8. Apuração de Resultados. 9. Sistemas de Contas. Plano de 
Contas. 10. Provisões em Geral. 11. Escrituração: Conceito e Métodos ± 
Lançamento Contábil: Rotina e Fórmulas. Processo de Escrituração. Escrituração 
de Operações Financeiras. 12. Livros de Escrituração: Obrigatoriedade, Funções 
e Formas de Escrituração. Erros de Escrituração e suas correções. 13. Sistema 
de Partidas Dobradas. 14. Balancete de Verificação. 15. Balanço Patrimonial: 
Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 16. 
Classificação das Contas, Critérios de Avaliação do Ativo e Passivo e 
Levantamento do Balanço de acordo com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades 
por Ações). 17. Demonstração do Resultado do Exercício: Estrutura, 
Características e Elaboração de acordo com Lei nº 6.404/76. 18. Apuração da 
Receita Líquida, do Custo das Mercadorias ou dos Serviços Vendidos e dos 
Lucros: Bruto, Operacional e Não-Operacional do Exercício, do Resultado do 
Exercício antes e depois da Provisão para o Imposto sobre a Renda e para a 
Contribuição Social sobre o Lucro. 19. PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo 
e não-cumulativo. 
 
No quadro de matérias, veio do seguinte modo: 
 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 72 
 
 
Façamos uma análise detalhada do edital. 
 
- O edital cobra o conteúdo clássico de contabilidade, com um aspecto digno de 
nota: traz o entendimento sobre PIS/PASEP e COFINS em seus regimes 
cumulativo e não cumulativo. 
- Não caiu demonstração do valor adicionado, demonstração dos fluxos de caixa, 
demonstração das mutações do patrimônio líquido e demonstração de lucros ou 
prejuízos acumulados. 
- Diferentemente do edital de AFRFB, não foram cobrados os Pronunciamentos 
Contábeis. Os CPCs estão sendo cobrados sem que haja previsão expressa para 
tanto. Basta olhar as provas aplicadas nos concursos do ICMS RJ, ICMS RO, 
APOFP SP, Cuiabá, Niterói, entre outros. Assim, este curso não entrará em 
pormenores sobre os Pronunciamentos, mas tratará das normas na medida 
exata em que a legislação é exigida em certames de Contabilidade Geral 
- Contabilidade soma 10 questões de peso 2, num total de 20 pontos. 
- O candidato deveria acertar no mínimo 4 questões das 10 disponíveis para que 
não fosse eliminado do concurso. 
 
Assim, a disciplina é de extrema importância para a sua aprovação. 
 
É isso, pessoal! Esperamos encontrar vocês nos próximos encontros. 
 
Sigam as nossas redes sociais para muitas e muitas dicas de 
contabilidade para concursos: 
 
Periscope: @gabrielrabelo87 e @proflucianorosa 
Grupo de Estudos no Facebook: Clique aqui! 
 
 
 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
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Quaisquer dúvidas: 
 
Um abraço! 
 
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa. 
 
 
 
Vamos começar com o mínimo que você precisa saber de contabilidade 
para iniciar os seus estudos e, depois, estudemos o disposto na 
Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade (Princípios). 
 
3 COMEÇANDO 
 
Pessoal, se você está lendo essa aula, é possível que nunca teve um contato 
anterior com a contabilidade. Então, o nosso primeiro encontro cuidará de 
apresentar também o bê-á-bá da contabilidade. 
 
A primeira pergunta que deve vir a sua mente é a seguinte: o queé contabilidade? 
 
Eis uma pergunta interessante! Sabemos que existem diversos tipos de entidades 
(sociedades limitadas, sociedades anônimas, associações, fundações, órgãos públicos, 
etc.), correto? Essas pessoas jurídicas realizam diversos tipos de operações: compram 
matéria-prima, vendem mercadorias, pagam a conta de luz, pagam funcionários, 
movimentam dinheiro em banco. A contabilidade estuda e cuida do controle, do 
registro, de todos esses fatos. 
 
A contabilidade tem uma definição formal, que é a seguinte: 
 
Definição formal de contabilidade: Contabilidade é a ciência que estuda a 
pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de 
uma administração econômica (1º Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924). 
 
Se você é um grande investidor e quer empregar o seu capital em uma grande rede de 
supermercados brasileira, não vai querer esmiuçar contrato a contrato, pegar todas as 
notas fiscais de venda, de compra, para saber como anda a saúde financeira daquela 
companhia, não é? 
 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 72 
Pois então, a contabilidade irá te fornecer todas essas informações, de modo 
prático, através das demonstrações financeiras. A principal finalidade da 
contabilidade é fornecer informações aos seus usuários. 
 
 
Portanto, se você quer investir em uma empresa, não vá até ela procurar suas notas 
fiscais, seus contratos e procurar saber o quanto ela tem de lucro! Faça mais simples, 
veja a contabilidade. As grandes empresas, como as que têm ações em bolsa, 
publicam no mínimo anualmente as suas demonstrações contábeis. Basta lembrar 
que muitas vezes vemos nos noticiários as notícias: Banco X publica as suas 
demonstrações contábeis e tem crescimento de Y%. Empresa Petrolífera Z tem prejuízo 
de ordem histórica, e assim por diante. 
 
Assim, existe uma técnica contábil que reúne todos os documentos que contenham 
fatos contábeis, lançando-os nos livros contábeis respectivos, que darão suporte 
para a elaboração e publicação das demonstrações contábeis. Essa técnica contábil é 
chamada de escrituração1. É mais ou menos assim: 
 
Exemplo de fatos que são escriturados: 
 
 
 
1 *Quatro são as técnicas contábeis existentes (que serão estudadas oportunamente): escrituração, elaboração das 
demonstrações contábeis, auditoria e análise de balanços. 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
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Então, ao nos depararmos com os livros de uma entidade (e entendam por 
livros comerciais ou contábeis ± tratem como sinônimos ± principalmente o livro 
diário e razão), encontraremos todos esses fatos. 
 
Tudo bem, até aqui: pergunte-se se você sabe o que é e para que serve a 
contabilidade, então podemos seguir! 
 
4 OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE 
 
O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio. Por patrimônio, entenda o 
conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade. 
 
 
5 BASE LEGAL PARA ESTUDO DA CONTABILIDADE 
 
Pessoal, antes de começar a estudar a contabilidade, você deve saber que ela tem uma 
base legal para estudo. Esse alicerce, hoje, se encontra na Lei 6.404/76 (também 
chamada de Lei das Sociedades por Ações). 
 
Observação: nós esquematizamos e disponibilizamos gratuitamente essa lei para 
vocês. Ela pode ser encontrada clicando aqui! 
 
É extremamente importante, para todos os concursos que exijam contabilidade, que 
você saiba basicamente os artigos 175 a 204 desta legislação. Eles quem darão 
suporte para todo o estudo da contabilidade, quer seja nas aulas básicas, quer seja nas 
avançadas. 
 
Além dessa legislação, temos de saber que, a partir de 2007, nós 
tivemos a convergência da contabilidade nacional aos padrões 
internacionais. Mas, professores, o que é isso? Bom, para que 
pessoas do mundo inteiro possam investir em outros países, era 
necessária uma padronização da contabilidade. Afinal, imagine se 
uma informação contábil é tratada de modo diferente em cada um 
dos 193 países deste mundo. O que seria? 
 
Então, as tão faladas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 trouxeram essas mudanças, 
alterando a Lei 6.404/76. 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
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Com isso, surgiu o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que edita os chamados 
Pronunciamentos Contábeis ou CPCs que hoje são tão explorados em concursos. 
 
As normas do CPC não são vinculantes, mas os diversos entes reguladores editam 
normas idênticas, que passam a vincular quem esteja submetido à sua circunscrição 
(como o CFC, CVM, BACEN, SUSEP, ANEEL, ANS). 
 
 Portanto, para concursos, você terá de conhecer as seguintes leis/normas: 
 
Principais normas de contabilidade para concursos: 
 
- Lei 6.404/76 Æ Lei das sociedades por ações. Artigo 175 a 204. 
- Resolução 750/93 Æ Contém os princípios da contabilidade. 
- Lei 11.638/07 e 11.941/09 Æ As principais alterações promovidas por essas leis na 
Lei 6.404/76. 
- Pronunciamentos Contábeis Æ Depende do concurso que você irá realizar, mas se 
está estudando para qualquer dos concursos que citaremos a seguir, então você 
precisará conhecer (AFRFB, ATRFB, ICMS SP, ICMS RJ, outros ICMS, ISS diversos, 
Agente da Polícia Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, Perito da PF, Tribunais de Contas). 
 
6 O QUE É UMA SOCIEDADE? 
 
Pessoal, visto esses conceitos iniciais, vamos começar a falar um pouco da 
contabilidade propriamente dita. 
 
Precisaremos entender um pouco de direito empresarial. Mas, para a sorte de vocês, o 
Gabriel Rabelo é professor também desta disciplina. Vamos explicar! 
 
Quando desejamos iniciar um negócio não podemos simplesmente pegar um bocado de 
mercadorias e começar a vender por aí! Existe na legislação vigente uma figura que é 
chamada de empresário. O empresário pode ser individual (quando a própria pessoa 
natural decide explorar determinado empreendimento) ou sociedade empresária. 
 
Interessa-nos o estudo da sociedade empresária. Imagine que eu e você nos 
associamos. Desejamos abrir um grande e belo restaurante, totalmente inovador. Como 
eu disse, não podemos simplesmente começar a fazer comida e vender. Existe uma 
série de requisitos a serem cumpridos para que possamos ser empresário. Um deles é 
que criemos uma sociedade empresária para a exploração do negócio. Quando 
criamos uma sociedade, estamos dando origem a uma pessoa jurídica distinta da 
pessoa dos sócios. Essa pessoa jurídica é quem será sujeito de bens e direitos 
e não os sócios. 
 
Então, a partir do momento que temos o affectio societatis, que é a disposição em 
contrair a sociedade, criamos um ente que será o sujeito de direitos e obrigações. Não 
seremos nós pessoas físicas que contrataremos, mas sim a sociedade. Esse é o princípio 
da autonomia patrimonial, no direito empresarial. Na contabilidade, essa distinção da 
pessoa dos sócios para a pessoa jurídica é chamada de princípio da entidade. 
 
Princípio da entidade 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
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Pois bem, ainda no campo do direitoempresarial (aplicado à contabilidade), temos que 
um dos requisitos para a constituição de uma sociedade é a existência do capital 
social. O que é isso? Bom, em regra, os sócios precisam empregar recursos para que 
essa entidade comece D�³WHU�YLGD�SUySULD´��1mR�Ki�JHUDomR�HVSRQWkQHD�GR�SDWULP{QLR�
na entidade. Para que a entidade possa a começar a ter vida, os sócios precisam 
entregar uma quantia inicial. Essa quantia é chamada de capital social. 
 
Capital social: valor que os sócios entregam para a 
sociedade, para que a entidade possa ter início ou para 
ingressarem posteriormente no quadro societário. 
 
Observação: Aqui, estamos falando das sociedades empresárias, mas não só às 
sociedades a contabilidade é restrita. A contabilidade é também utilizada por 
sociedades simples, associações, fundações, órgãos governamentais, entre 
outros. Por isso, tecnicamente, o mais correto é a utilização da expressão 
entidade e não sociedade. 
 
7 COMEÇANDO A ENTENDER A CONTAS ± PRIMEIRO CONTATO 
 
Então, vamos supor o seguinte: Nós, Gabriel e Luciano, e você (sócio X) seremos 
sócios. Criaremos a sociedade Alfa Ltda, que terá sede física, e cujo objeto será a venda 
de mercadorias em um bairro nobre de São Paulo. 
 
O contrato social prevê: os sócios Gabriel e Luciano entregaram R$ 100.000,00 cada e 
o sócio X entrega R$ 50.000,00. Todo o valor será entregue em dinheiro. 
 
Então, a sociedade ficará assim: 
 
Capital social 
 
Gabriel 100.000,00 
Luciano 100.000,00 
Sócio x 50.000,00 
Total 250.000,00 
 
Portanto, pergunto: o capital social é um recurso que provém da entidade ou de 
terceiro? Da entidade, correto? É um recurso que pertence à própria entidade. A 
origem deste valor é o dinheiro que os sócios entregaram. Com efeito, entenda que o 
capital social é uma origem de recursos. É uma fonte de recursos própria. Os 
sócios estão entregando dinheiro para a sociedade, que vai ser aplicado em bens e 
direitos. 
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Sócios
Capital social Bens e direitos
Origem Aplicação
Entidade
 
Portanto, os sócios entregaram dinheiro (origem) para a sociedade, que irá 
aplicar em um bem, nesse caso chamado caixa (aplicação), já que foi dito, no 
contrato social, que seria entregue dinheiro. Aqui, já devemos começar a nos 
utilizar do raciocínio contábil: temos duas contas envolvidas, capital social (origem) e 
caixa (aplicação). 
 
Como raciocinar contabilmente? Três sócios entregam R$ 
250.000,00 para a sociedade. O que está acontecendo? 
 
Resposta: Bem, a sociedade está sendo constituída. O dinheiro que os sócios 
entregaram para a sociedade compõe uma conta chamada capital social. Essa 
origem terá algum tipo de aplicação, seja em bem, seja em direito. Neste caso, 
como o contrato exige a aplicação em dinheiro, irá para a conta caixa. Ficará 
no numerário da empresa. 
 
O conjunto de contas de que a entidade se utiliza é chamado de plano de contas. 
 
Agora, acresceremos mais um aspecto à aula. 
 
8 RAZONETES 
 
Na contabilidade, cada um desses componentes patrimoniais (capital social, caixa, 
bancos, estoques, investimentos, fornecedores, obrigações a pagar, empréstimos a 
pagar, entre outros) recebe o nome de conta. 
 
Portanto, a partir de agora, falaremos conta caixa, conta capital social, conta 
bancos e assim por diante. 
 
Então, meus amigos, toda vez que falarmos na movimentação dessas contas, 
precisaremos nos utilizar de uma coisa muito famosa na contabilidade. São os 
chamados razonetes. Eles têm a seguinte estrutura: 
 
Conta X
 
 
(OHV�WrP�D�IRUPD�GH�XP�³7´�PHVPR��(QWmR��DV�FRQWDV�VmR�PRYLPHQWDGDV�DWUDYpV�GRV�
razonetes. Os lançamentos são feitos dos dois lados dos razonetes. É como se 
fosse uma equação matemática e, ao final, devemos compensar os saldos. 
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500,00 300,00 
1.000,00 
Saldo 1.200,00 
Conta X
 
 
Pois bem! Vimos que o razonete tem dois lados. A partir de agora, queremos que vocês 
chamem o lado esquerdo do lado dos débitos! Queremos, também, que vocês 
chamem o lado direito de lado dos créditos! 
 
Muito importante! 
 
Lado do débito Lado do crédito
Conta X
 
 
Agora, vamos para um outro ponto muito importante da contabilidade. Galera, a 
contabilidade é como uma equação matemática. Há que existir igualdade entre os dois 
lados. O total dos débitos sempre terá que ser igual ao total dos créditos. Essa 
regra, em uma contabilidade regular, não comporta exceções. 
 
Então, no nosso lançamento: entrou dinheiro no capital social e entrou dinheiro no 
caixa. Sabemos que esses montantes se equivalem. Nos razonetes, ficará assim: 
 
250.000,00 250.000,00 
Capital social Caixa
Origem (capital próprio) Aplicação (bem)
 
 
*Observação: não se preocupe, por enquanto, em saber quais contas aumentam a débito e crédito. 
 
Vejam que os montantes são equivalentes. Temos R$ 250.000,00 de débito (no caixa) e 
R$ 250.000,00 de crédito no capital social. 
 
Mas, professores, nesse exemplo, o caixa aumentou, por que temos um débito? Eis 
um outro ponto importantíssimo da disciplina! Vamos lá! 
 
9 DESVINCULANDO A CONTABILIDADE DO DIREITO 
 
Meus amigos, chegamos a um outro ponto crucial para o entendimento da disciplina. 
Pedimos aqui encarecidamente o seguinte: desvinculem as noções de débito e 
crédito (falaremos lançamento a crédito e lançamento a débito) do sentido 
jurídico ou comum em que as palavras são utilizadas. 
As palavras débito e crédito no sentido comum ou no 
sentido jurídico têm um significado. Na contabilidade, 
possuem outro sentido, que pode ser diametralmente 
oposto ao que estamos acostumados. Explicamos. 
 
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No exemplo acima, tivemos a constituição de uma sociedade. Os sócios entregaram 
dinheiro, que foi para o caixa. O caixa aumentou. Mas ali, naquela ocasião, aumentou a 
débito. Ora, sem problema algum. Na contabilidade, os ativos (bens e direitos) 
aumentam a débito. E nada tem de errado com isso. É uma convenção! 
 
 
Ainda não vai ficar nem um pouco claro para vocês, mas tomem as seguintes notas: 
 
Conta O que são Exemplo Aumenta Diminui 
Ativo Bens e direitos Caixa, estoques Débito Crédito 
Passivo Obrigações Fornecedores Crédito Débito 
Patrimônio Líquido Capital próprio Capital social Crédito Débito 
Receitas "Ganhos"* Venda de merc. Crédito - 
Despesas "Perdas"* Desp. de salár. Débito 
 
*Os itens receitas e despesas estão assim gravados somente para fins didáticos. Mais à frente, 
serão conceituados pormenorizadamente. 
 
Voltando aos nossos conceitos. Querem ver um exemplo clássico de por que devemos 
parar de misturar as definições contábeis com as jurídicas? Vejamos! 
 
- Você vai ao banco. Infelizmente, é um péssimo mês (sabe como é, ainda não foi 
aprovado no concurso) e está no vermelho. Quando você tira o seu extrato, ele estará 
mais ou menos da seguinte forma: 
 
 
 
No final do seu extrato, negativo, provavelmente aparecerá algo do tipo: 
 
Saldo XXXX,XX D 
 
No banco, no seu extrato, o valor, por exemplo, 30,00 C representa um depósito feito 
em nosso favor. O valor 50,00 D, representaum saque, ou seja, saiu dinheiro do banco. 
Mas esqueça essa conotação! Sabe o que isso tem a ver com a contabilidade? Ela 
representa a contabilidade do banco e não a nossa (do correntista). 
 
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Quando você tem dinheiro a receber no banco, ele não tem uma obrigação contigo? 
Sim! Então, quanto mais obrigação o banco tem contigo, mais saldo credor ele 
terá, pois as obrigações aumentam a saldo credor. Olhe a tabela acima e entenderá. 
Parece difícil, não é? Mas logo se tornará lógico! 
 
Esqueçam, pois, os extratos bancários para estudar 
contabilidade. Esqueçam o sentido jurídico. Tirem da 
cabeça, também, a conotação de que débito é uma coisa 
ruim e crédito é uma coisa boa! Na contabilidade não 
funciona assim. Tudo o que estudaremos na contabilidade 
é uma convenção própria. Pense, a partir de agora, sob o 
ponto de vista da entidade, da empresa. Assimile essas informações e você 
aprenderá a disciplina. 
 
10 CONTINUANDO A CONTABILIZAÇÃO 
 
Vamos continuar o nosso exemplo: Depois que nós três (sócios) integralizamos o capital 
social, ele foi para o caixa. Mas a empresa houve por bem que seria mais seguro se 
depositássemos o dinheiro em um banco. Por isso, decidimos abrir uma conta no Banco 
do Brasil S.A, e transferimos todo o dinheiro para aquela instituição. O que vai 
acontecer? 
 
Como raciocinar contabilmente? Está saindo o dinheiro do caixa e será 
depositado em uma conta no banco. Correto? É um raciocínio simples. 
Vejamos: 
 
 
 
Então, o que deverá acontecer com o seu caixa, que tinha um valor de R$ 
250.000,00? Bom, deverá ficar zerado! Se não haverá dinheiro lá, não há que 
ficar qualquer valor nesta conta. 
 
250.000,00 250.000,00 250.000,00 
- - 
Caixa Bancos
 
 
É tudo o que estamos dizendo: é como uma equação. Se de um lado do razonete há um 
lançamento de valor X, do outro haverá um ou mais lançamentos de mesmo montante. 
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Aqui, o caixa já tinha um saldo inicial de R$ 250.000,00 (em preto) quando iniciamos o 
lançamento. Mas quando tiramos todo o dinheiro, essa conta caixa ficou zerada. Bom, 
se ela estava lançada a débito com o valor de R$ 250.000,00, para zerar, teremos de 
fazer um lançamento a crédito. E isso coincide com o que dissemos naquela tabela: 
 
Conta O que são Exemplo Aumenta Diminui 
Ativo Bens e direitos Caixa, estoques Débito Crédito 
 
O caixa é um bem, sendo um bem, é o que chamamos de ativo. Sendo um ativo, 
aumenta a débito e diminui a crédito. Só isso! Então, no nosso caso, diminuirá a 
crédito, pois estamos tirando o numerário desta conta. 
 
Por outro lado, na contrapartida, a conta bancos está aumentando! Afinal, o dinheiro foi 
parar lá. Então, a conta bancos é o que? É um direito da minha empresa! Eu tenho a 
disposição desse dinheiro no banco, quando eu achar melhor. Então, quando eu 
deposito um valor, está surgindo um direito para a entidade. Se é um direito, é um 
ativo! Se um ativo está aumentando, então ele aumentará a débito. É bem simples. 
Estão vendo? Por isso o lançamento fica dessa maneira: 
 
250.000,00 250.000,00 250.000,00 
- - 
Caixa Bancos
 
 
Esse é o raciocínio contábil! Se você nunca estudou, seja bem-vindo. 
 
11 O QUE EU DEVO SABER ATÉ AGORA? 
 
Pergunte-se se você já consegue, sozinho, responder aos seguintes questionamentos: 
 
1) O que é a contabilidade? Qual a sua finalidade? Qual o seu objeto? 
2) Como ela ajuda os seus usuários? 
3) Qual a principal lei hoje vigente para o estudo da ciência contábil? 
���2�TXH�p�XPD�VRFLHGDGH"�2V�³GRQRV´�GD�VRFLHGDGH�H�D�VRFLHGDGH�HPSUHViULD�VmR�D�
mesma coisa? 
5) Qual o princípio da contabilidade se refere à separação entre o patrimônio dos sócios 
e o da empresa? 
6) O que é um razonete? Quais são os dois lados de um razonete? 
7) Como fazer o lançamento da constituição de uma sociedade? 
8) Como raciocinar contabilmente? 
9) As noções de débito e crédito do mundo jurídico, GR� ³PXQGR� FRPXP´�� VmR� DV�
mesmas utilizadas na contabilidade? 
 
Se você souber responder a todas essas assertivas, então sugerimos que siga em 
frente. Caso contrário, releia mais uma vez tudo o que foi posto por aqui! 
 
12 MAIS LANÇAMENTOS PARA QUE VOCÊS POSSAM ENTENDER 
 
Até agora, a nossa situação está assim: 
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Lançamento contábil inicial ± constituição da sociedade 
 
250.000,00 250.000,00 
Capital social Caixa
 
 
Transferência do dinheiro do caixa para o banco: 
 
250.000,00 250.000,00 250.000,00 
- - 
Caixa Bancos
 
 
Agora, vamos imaginar uma compra de mercadoria a prazo, no valor de R$ 30.000,00. 
O pagamento se dará somente em 30 dias. 
 
Como raciocinar contabilmente? Está entrando mercadoria na minha empresa. 
Bom, se está entrando mercadoria, abriremos uma conta, chamada conta 
estoques ou mercadorias. Por outro lado, está saindo dinheiro do caixa ou do 
banco? Não! O pagamento será a prazo. Portanto, não estamos tirando 
dinheiro imediatamente, mas sim criando uma obrigação para pagar no prazo 
de 30 dias. Essa conta correspondente será chamada de conta fornecedores. 
 
Compra de mercadoria a prazo 
Conta estoque (bem) Conta fornecedores (obrigação) 
Aumentou, entrou mercadoria Aumentou, pois temos que pagar o fornecedor 
 
Agora, é só lembrar da nossa tabelinha: 
 
Conta O que são Exemplo Aumenta Diminui 
Ativo Bens e direitos Caixa, estoques Débito Crédito 
Passivo Obrigações Fornecedores Crédito Débito 
 
Então, quando tivermos esse raciocínio contábil, é só abrir os razonetes e lançar. 
Ficará: 
 
30.000,00 30.000,00 
Estoques Fornecedores
 
 
Vejam que o total dos lançamentos a débito e a crédito se equivalem! Na 
contabilidade, essa igualdade recebe o nome de método das partidas dobradas. 
 
Método das partidas dobradas: o total dos débitos sempre terá de ser igual ao 
total dos créditos! 
 
Agora, vamos fazer mais um lançamento: pagamento antecipado de metade do valor 
aos fornecedores, no valor de R$ 15.000,00. 
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Como raciocinar contabilmente? Galera, aqui está havendo o pagamento de 
metade das dívidas com fornecedores. A dívida é de R$ 30.000,00 e quitamos 
R$ 15.000,00. O que temos de fazer? Ora, saiu dinheiro do banco! Então, já 
sabemos inicialmente que vamos diminuir essa conta (que é onde está o nosso 
dinheiro). Adicionalmente, metade da dívida com o fornecedor terá de ser 
diminuída! Afinal, se um investidor olhar o nosso razonete, ela terá de saber 
que a dívida não é mais de R$ 30.000,00, mas sim de R$ 15.000,00. 
 
9HMDP�TXH�D�FRQWDELOLGDGH�UHIOHWH�D�³YLGD�UHDO´�GD�HPSUHVD��(OD�WHQWD�VH�DSUR[LPDU�DR�
máximo daquilo que acontece no cotidiano da entidade, para que os seus usuários 
possam ter informações fidedignas. Então,agora é só pensar: 
 
Pagamento do fornecedor 
Conta bancos (direito) Conta fornecedores (obrigação) 
Diminuiu, pois saiu dinheiro Diminuiu, pois pagamos uma parte da dívida 
 
Ficará assim: 
250.000,00 15.000,00 
235.000,00 
15.000,00 30.000,00 
15.000,00 
Fornecedores
Bancos
 
 
13 INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS 
 
Já temos muitas informações relevantes até aqui, mas agora, precisaremos introduzir 
mais algumas. Eu sei que são muitas informações, mas vida de concurseiro não tem 
jeito! Depois que passar, você pode optar em nunca mais olhar para um razonete 
novamente. 
 
Bom, a partir de agora, introduziremos alguns conceitos importantíssimos para o estudo 
da contabilidade. Sabemos que a contabilidade funciona basicamente assim: 
 
 
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Então, depois da escrituração, nós temos de elaborar as demonstrações contábeis. A 
principal demonstração contábil é o balanço patrimonial. 
 
O balanço patrimonial evidencia a situação patrimonial e financeira da entidade. É como 
se tirássemos uma foto da companhia em determinado ponto. Então, ao final do que 
chamamos de exercício social, pegamos todos os saldos das contas contábeis e 
colocamos nas diversas demonstrações contábeis. 
 
Querem ver como é um balanço patrimonial de fato? Trouxemos a seguir o balanço 
patrimonial do terceiro trimestre da 2015, da Petrobras. 
 
Balanço patrimonial ± Petrobras ± 3º trimestre/2015 
 
 
 
* Fonte: Para acessar o site, clique aqui! 
 
Portanto, gravem: a principal demonstração contábil é o balanço patrimonial! 
 
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O balanço patrimonial é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido! 
 
Grupo Origem ou aplicação? O que é?
Ativo Aplicação de recursos Representa os bens e direitos da entidade
Passivo Origem de recursos Representa as obrigações da entidade
Patrimônio líquido Origem de recursos Representa o capital próprio da entidade 
 
Graficamente, para nós, para estudo da disciplina e resolver questões faremos sempre 
algo do tipo: 
 
Ativo Passivo
PL
Origem
Origem
Aplicação
 
 
Assim, o capital aplicado em bens e direitos pode vir de duas fontes básicas: capital 
próprio (quando vem do PL) e capital de terceiros (quando vem do passivo, das 
obrigações). 
 
Portanto, vamos classificar as contas que vimos até aqui: 
 
- Capital social: Patrimônio líquido (capital dos sócios). 
- Caixa: Ativo (bem) 
- Bancos: Ativo (direito) 
- Estoques ou Mercadorias: Ativo (bem) 
- Fornecedores: Passivo (obrigação). 
 
Bom, pessoal. Se você olhar o total de todas as contas que já analisamos até agora, 
verá que o balanço patrimonial ficará assim: 
 
Caixa - Fornecedores 15.000,00 
Bancos 235.000,00 
Estoques 30.000,00 
Capital social 250.000,00 
Total 265.000,00 Total 265.000,00 
PL
Ativo Passivo
 
 
O que vocês notam neste balanço? O total do ativo sempre será igual ao total do 
passivo + patrimônio líquido! 
 
Na contabilidade, essa equação recebe o nome de equação fundamental da 
contabilidade. 
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Equação fundamental da contabilidade Æ Ativo = Passivo + PL 
 
Então, se temos um ativo total no valor de R$ 100,00 e um passivo exigível no valor de 
R$ 40,00. De quanto será o nosso PL? Isso! R$ 60,00. 
 
Ativo = P + PL 
100 = 40 + PL 
PL = 60,00. 
 
Até agora, todos os pontos foram de nivelamento, para aqueles que nunca 
tiveram contato com a disciplina! A partir de agora, passaremos a tecer 
detalhes mais profundos sobre a disciplina! Portanto: 
 
 
 
14 RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE 
(ATUALIZADA) 
 
14.1 CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
 
Art. 1º Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por esta 
Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício 
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
 
Antes os princípios eram chamados de princípios fundamentais da 
contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados como princípios de 
contabilidade. 
 
Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre a 
aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão. 
 
De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os 
órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de 
contabilidade. 
 
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
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A essência deve prevalecer sobre a forma! 
 
Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens 
registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa. 
Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o 
imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável 
que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no 
arrendatário, considerando a essência sobre a forma. 
 
Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este 
arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento 
mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo (entenda-se ativo por 
bens e direitos) de ALFA, mesmo que juridicamente seja uma propriedade de 
BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra de que na contabilidade devemos 
registrar somente os bens, direitos e obrigações da entidade que elabora as 
demonstrações contábeis. 
 
14.2 CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, 
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é 
o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
A importância deste artigo está em enaltecer a importância 
dos princípios de contabilidade, sendo a essência das 
doutrinas e teorias das ciências contábeis. Reconhece, ainda, 
o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade. 
 
Continuemos... 
 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
1) da Entidade; 
2) o da Continuidade; 
3) o da Oportunidade 
4) o do Registro Pelo Valor Original; 
5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
6) o da Competência 
7) o da Prudência. 
 
Decorem! São princípios da contabilidade: 
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Antes das alterações possuíamos sete 
princípios de Contabilidade. Agora, 
restaram-nos somente seis. O princípio da 
atualização monetária foi incorporado 
ao princípio do registro pelo valor 
original. 
 
 
15 SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
 
Art. 4º O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
 
Parágrafo único ± O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não 
resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
 
Com base no artigo 4º, os principais pontos sobre o princípio da entidade 
são: 
 
Princípio da entidade 
Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade 
Afirma a autonomia patrimonial 
Diferencia o patrimônio particular do patrimônio da sociedade 
Patrimônio pertence à entidade. Entidade não pertence ao patrimônio 
Soma ou agregação de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, 
mas unidade de natureza econômico contábil 
 
Quando A e B celebram contrato para constituir a sociedade 
Celta LTDA e entregam para esta entidade cada um o 
montante de R$ 100.000,00, não poderão, a seu bel prazer 
e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de necessidade. Uma vez 
constituída Celta LTDA, passa a existir distinção entre a sociedade e a figura de 
seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como princípio da 
autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na contabilidade, será 
chamada de princípio da entidade. 
 
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O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do 
patrimônio da pessoa jurídica. É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e 
não os seus sócios. Assim, é a sociedade que realiza a compra de mercadorias, 
pertencendo a ela (e não aos sócios) o produto que fora comprado. As receitas 
são reconhecidas pela entidade também e não como patrimônio pessoal dos 
sócios e assim por diante. Portanto, peca contabilmente o empresário individual 
que utiliza do dinheiro da empresa com a finalidade de efetuar pagamento de 
contas pessoais. 
 
Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo 
único do artigo 4º propõe que R� ´SDWULP{QLR� SHUWHQFH� j� HQWLGDGH�� PDV� D�
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-FRQWiELO´� Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um 
estabelecimento empresarial. Suponhamos que essa empresa possua um carro. 
Ora, este carro pertence à empresa, mas a empresa não pertence a este carro, 
de modo que pode o veículo sofrer operações como compra/venda, permuta, 
etc, sem que se altere a natureza da empresa. Assim, concluímos que o 
patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. 
 
A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-contábil. Por exemplo. Em alguns casos, a legislação manda que 
sejam elaboradas demonstrações consolidadas entre determinadas entidades, 
como empresas controladas ou coligadas com influência significativa, nos termos 
do CPC 36. Grosso modo, a consolidação das demonstrações contábeis é a união 
de demonstrações contábeis de entidade distintas numa só demonstração. Nesta 
hipótese não teremos uma nova entidade, mas somente uma unidade de 
natureza econômico-contábil, que será evidenciada, por exemplo, pelas 
demonstrações consolidadas. 
 
 
(FGV/Oficial de Chancelaria/MRE/2016) A Alfa & Beta Ltda. é uma empresa 
familiar de médio porte gerida por dois irmãos em sucessão aos seus pais. Após 
assumirem a gestão, adotaram algumas medidas com o objetivo de facilitar o 
controle das transações que afetavam a situação patrimonial da empresa. Uma 
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das medidas foi o registro de despesas pessoais dos sócios apenas quando do 
seu efetivo pagamento. Essa medida está em desacordo com o princípio do (a): 
 
a) entidade; 
b) prudência; 
c) oportunidade; 
d) valor original; 
e) unidade de caixa. 
 
Comentários: 
 
Uma vez que estavam registrando despesas dos sócios como se da entidade 
fossem, há grave ofensa ao princípio da entidade. 
 
Gabarito Æ A. 
 
16 SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
A empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição 
de que a entidade não será extinta, está em 
funcionamento contínuo. 
 
Princípio da Continuidade
 
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos 
ativos e passivos da empresa. 
 
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por 
exemplo, se eu comprei mercadorias por R$ 10.000,00, deverei registrá-las 
inicialmente no meu balanço patrimonial por este valor (preço de entrada). As 
máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a empresa pagou, 
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menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. Esse critério de 
avaliação é válido em função da continuidade esperada da empresa. 
 
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa 
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas 
serão vendidas. 
 
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade 
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de 
saída. 
 
No caso do passivo (obrigações da entidade), se a empresa tiver dívidas a longo 
prazo e houver descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado 
(ninguém vai ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os 
credores irão se habilitar junto à massa falida, enfim, vão tomar as providências 
necessárias para receber a dívida). 
 
17 SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, 
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade 
da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
A informação contábil necessita sertempestiva e 
íntegra (essas são as duas palavras chaves). A 
tempestividade ajuda de modo consistente na produção 
de informação para a tomada de decisões acertadas. 
Quanto mais tempestiva (rápida) uma informação, 
mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida 
produção de uma informação contábil pode estar 
desprovida de elementos que provem sua integridade e confiabilidade, e vice-
versa. 
 
Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à 
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente 
na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi 
tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em 
documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a 
fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação 
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 
 
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Anote-se que a relevância está ligada ao princípio da oportunidade, por isso é 
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação 
 
18 SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos 
valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 
Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original. Exemplo: Se 
compramos um carro por R$ 30.000,00, esse é o valor que deverá constar no 
registro inicial na contabilidade, o chamado custo histórico. 
 
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 
I ± Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; 
e 
 
Atentem-se! O custo histórico (inicial) pode ser tanto o valor pago ou a 
ser pago, como também o valor justo (valor de mercado) dos recursos 
que são entregues. Depende de como será registrado o item. 
 
Custo histórico 
Ativo 
Valor pago 
Valor a ser pago 
Valor justo ("valor de mercado") 
Passivo 
Valor recebido em troca da obrigação 
Valor necessário para liquidar o passivo 
 
Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo 
histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se 
adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo histórico, pois é 
o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso normal das 
operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem sofrer 
variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750 alude 
no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor 
realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária. 
 
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Atenção! Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de 
variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior 
profundidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por 
exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade 
(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se, 
ao longo da vida útil, percebemos que não recuperaremos com este veículo o 
valor pelo qual ele está registrado (valor recuperável), mas somente R$ 
25.000,00, faremos um ajuste em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor 
recuperável. Vocês não precisam, neste momento, se preocupar em entender o 
valor recuperável propriamente dito. Apenas entender que pode haver uma ou 
mais variações do custo histórico. Não trabalhamos, neste caso, com o conceito 
de valor presente, valor justo, atualização monetária e custo corrente. A este 
caso aplicou-se tão-somente o ajuste a valor recuperável. É essencial que isso 
fique claro. 
 
II ± Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a 
obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; 
 
Custo corrente 
Ativo Valor a ser pago na data das demonstrações 
Passivo Valor para liquidar a obrigação na data das demonstrações 
 
O que vem a ser o custo corrente? Vejamos. 
 
Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois, 
devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor. 
$WXDOPHQWH�� R� ³YDORU� GH� PHUFDGR´� p� FKDPDGR� GH� ³YDORU� MXVWR´�� (QWmR� DJRUD�
temos custo ou valor justo, dos dois o menor. 
 
Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos, 
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos. 
 
Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em 
estoque. 
 
O que seria o valor justo para o ácido sulfônico? 
 
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Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que 
a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem 
tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento 
comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela 
poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria 
menor que o valor justo). 
 
Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria 
gastar para comprar o produto dos fabricantes/vendedores de ácido sulfônico. 
 
Veja o texto da lei 6404/76: 
 
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, 
mediante compra no mercado; 
 
O que isso tem a ver com o custo corrente? 
 
Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou 
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. 
 
Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a 
empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la. 
 
Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem 
gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda. 
 
No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na 
fabricação de produtos acabados.Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$ 
10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para 
comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos 
UHFRQKHFHU�XPD�SHUGD��GHELWD�³GHVSHVD�FRP�SHUGD�HP�HVWRTXH�± UHVXOWDGR´��H�
FUHGLWD�³DMXVWH�SDUD�SHUGas prováveis em estoque ± retificadora do ativo). 
 
Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então 
não há perda. 
 
É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no 
caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima 
para fabricar os produtos acabados). 
 
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b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma 
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e 
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para 
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da 
Entidade; 
 
Valor realizável 
Ativo Valor obtido em uma venda de forma ordenada 
Passivo Valor pago para liquidar obrigação no curso normal do negócio 
 
Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O 
CPC 16, que trata sobre estoques, prescreve: 
 
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor 
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
 
O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável: 
 
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
 
Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com 
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de 
R$ 85,00. 
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera 
seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da 
Entidade; 
 
Em lição comezinha, valor presente, como o próprio nome sugere, é quanto vale 
hoje um ativo ou passivo pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está 
previsto na Lei 6.404/76 para ativos e passivos de longo prazo e para os de 
curto prazo (estes apenas quando houver efeito relevante) ± artigo 183, VIII e 
artigo 184, III, do seguinte modo: 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os 
seguintes critérios: 
 
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VIII ± os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão 
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. 
 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com 
os seguintes critérios: 
 
III ± as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não 
circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados 
quando houver efeito relevante. 
 
Se tenho um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no 
valor de R$ 200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu 
valor presente? É no valor de R$ 150.000,00. 
 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e 
 
Valor justo 
Ativo Ativo pode ser trocado em transação sem favorecimentos 
Passivo Passivo pode ser liquidado em transação sem favorecimentos 
 
Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre 
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que 
caracterizem uma transação compulsória�� $� QRUPD� GL]� D� SDODYUD� ³WURFDGR´��
Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ativo x 
dinheiro, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai 
corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura 
alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um 
negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo. 
 
Segundo a Lei 6.404/76: 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os 
seguintes critérios: 
 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em 
direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a 
longo prazo: 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação 
ou disponíveis para venda; 
 
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Gravem essa sutil diferença entre custo corrente, valor realizável e valor 
justo: 
 
 
 
Observação: nós fizemos um vídeo e disponibilizamos no YouTube que 
discrimina bem essa diferença entre os itens. Você pode assistir clicando aqui! 
 
 
 
(CESPE/Analista/STJ/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, 
mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os 
custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas 
mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda 
unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário 
para a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem 
favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado 
pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015. 
 
Com base na situação hipotética apresentada, julgue o próximo item, 
considerando os princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC). 
 
1) Em 31/7/2015, o valor justo de cada unidade da mercadoria adquirida era R$ 
11,00. 
 
2) Em 31/7/2015, o custo corrente unitário das mercadorias adquiridas era R$ 
7,80. 
 
3) Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, que indica o custo 
histórico como a base de mensuração a ser utilizada para o registro inicial dos 
componentes patrimoniais, cada unidade da mercadoria adquirida deve ser 
reconhecida ao preço de R$ 7,00. 
 
Comentários: 
 
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Custo histórico Æ 7,00. 
Custo corrente Æ Preço de reposição Æ 7,80 
Valor realizável Æ 12,50 
Valor realizável líquido de despesa de venda Æ 12,50 ± 1,50: 11,00 
Valor justo Æ Trocada no mercado Æ 12,50 
 
Item 1, portanto, incorreto. 
Item 2, portanto, correto. 
Item 3, portanto, correto. 
 
Por fim, vejamos a atualização monetária: 
 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis medianteo 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 
I ± a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II ± para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e 
III ± a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação 
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que 
prescrevia a Resolução 750/93 antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a 
mudança de posicionamento, tornando-VH� ³HVSpFLH´� GR� JHQpULFR� SULQFtSLR� GR�
Registro pelo Valor Original. 
 
(CESPE/Analista/MPU/2015) Nos casos em que são aplicados indexadores 
em contas de ativo com a intenção de representar a variação do poder aquisitivo 
da moeda corrente, em determinado período, há observância do princípio do 
registro pelo valor original. 
 
Comentários: Segundo a Resolução 750/93: 
 
e) Atualização monetária. § 2º São resultantes da adoção da atualização 
monetária: 
 
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III ± a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão 
somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, 
mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a 
traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado 
período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Pessoal, se há um contrato em que existe cláusula de atualização 
monetária, não há nada de errado com este instrumento. Todavia, a 
atualização monetária tem de ser usada com certa reserva na 
contabilidade. Isso ficará mais claro quando estudarmos balanço patrimonial. 
 
Gabarito Æ Correto. 
 
 
 
 
19 SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA, REGIME DE COMPETÊNCIA X 
REGIME DE CAIXA 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Pessoal, uma entidade com fins lucrativos, para sobreviver, basicamente, 
precisa gerar receitas. E, para que haja prosperidade, essas receitas precisam 
suplantar as despesas. Na contabilidade, as receitas (por exemplo, receita de 
vendas, receita de alugueis, receita de juros) e as despesas (por exemplo, custo 
da mercadoria vendida, despesas com comissão, ICMS sobre vendas) devem ser 
reconhecidas segundo o princípio da competência. 
 
O princípio da competência pressupõe a adoção do regime de competência. Em 
contraposição ao regime de caixa, que é o regime contábil que apropria as 
receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento, 
respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas. 
 
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Regime de competência é o que apropria receitas e despesas ao período de 
sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas 
ou do pagamento das despesas. 
 
 
 
 
(CESPE/Contador/DPU/2016) Conforme os princípios da prudência e da 
oportunidade, os efeitos das transações e outros eventos devem ser 
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do 
recebimento ou pagamento. 
 
Comentários: O item está incorreto, haja vista que versa sobre o princípio da 
competência. 
 
A Lei 6.404/76 é clara ao exigir que as demonstrações contábeis sejam 
elaboradas conforme o regime de competência. Senão vejamos. 
 
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, 
com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios 
de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios 
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o 
regime de competência. 
 
O regime a ser utilizado na contabilidade é o de competência. Assim, se 
temos uma conta de luz que vence em janeiro de 2010, referente a janeiro de 
2010, devemos lançar este valor como despesa em janeiro de 2010, mesmo se 
o pagamento se der, por exemplo, só em março de 2010. 
 
Se anteciparmos o pagamento de um empregado em junho de 2011, por um 
serviço que ele prestará somente em março de 2012, a despesa com salário só 
será lançada em março de 2012, pois é nesse período que houve a efetiva 
despesa. Funciona, resumidamente, deste modo: 
 
Regime de competência (princípio da competência): temos de olhar para o 
mês ao qual a conta se refere (o mês da prestação do serviço, o mês em que foi 
utilizada a luz, a água, recebida a mercadoria, etc). Não importa a data em que 
foi pago/recebido em espécie o valor. 
 
Por exemplo: Recebimento da fatura de luz em dezembro de 2009, referente ao 
mês de novembro de 2009, para pagamento em janeiro de 2010. Quando 
lançaremos como despesa de acordo com o regime de competência? 
 
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CONTABILIDADE GERAL PARA ATRFB/TEORIA E QUESTÕES ± AULA 00 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
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Ora, temos de procurar a quando a prestação, fatura, se refere. Utilizamos a luz 
em novembro. Então, em novembro devemos lançar como despesa, pelo 
lançamento: 
 
D ± Despesa com energia elétrica (Despesa ± Resultado) 
C ± Contas a pagar (Passivo) 
 
Aí, quando do pagamento, vamos fazer o lançamento para dar baixa no passivo, 
assim: 
 
D ± Contas a pagar XXXXX 
C ± Caixa XXXXX 
 
Não se preocupem com os lançamentos, pois serão estudados a partir 
da aula seguinte! 
 
Regime de caixa: é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no 
período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente, 
independentemente do momento em que são realizadas. 
 
Assim, para o regime de caixa, se o salário foi pago em dezembro, é neste mês 
que devemos considerar a despesa como incorrida. Se uma venda teve seu 
recebimento em janeiro, independentemente se a entrega das mercadorias for a 
posteriori, reconheceremos a receita em janeiro! E assim por diante. 
 
Continuemos o estudo da Resolução 750/93: 
 
Art. 9º. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a 
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10). 
 
Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega, 
devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que 
correspondam a essa venda. 
 
Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que 
contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas 
empresas podem se utilizar do regime de caixa. 
 
Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que: 
 
Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os 
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei 
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§

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