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Prévia do material em texto

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROFª GRACINDA AUGUSTA MACHADO
BÁRBARA COLOSSI FELIPPE 
DIEGO FERNANDES CUSTÓDIO
EMÍLIO MARTINS LUNARDI
FABRÍCIA MACHADO FERNANDES
ORIVAN SANTOS DA COSTA
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL NO AMBIENTE ESCOLAR
IMBITUBA
2012
BÁRBARA COLOSSI FELIPPE 
DIEGO FERNANDES CUSTÓDIO
EMÍLIO MARTINS LUNARDI
FABRÍCIA MACHADO FERNANDES
ORIVAN SANTOS DA COSTA
 
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL NO AMBIENTE ESCOLAR
Projeto Interdisciplinar apresentado às disciplinas de História, Geografia e Matemática do Curso de Ensino Médio Regular da Escola de Educação Básica Profª Gracinda Augusta Machado
Orientadores
Prof. Esp. Diego Fernandes Custódio
Prof. Esp. Luiz Harley Caires
Prof. Andreza Carvalho
IMBITUBA
2012
SUMÁRIO
	1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO.............................................................................
	03
	1.1. Título do Projeto ..........................................................................................................
	03
	1.2. Autores .........................................................................................................................
	03
	1.3. Orientação ....................................................................................................................
	03
	1.4. Duração ........................................................................................................................
	03
	2 OBJETO........................................................................................................................
	04
	2.1. Tema .............................................................................................................................
	04
	2.2. Delimitação do Tema ...................................................................................................
	04
	2.3. Questão-problema ........................................................................................................
	04
	2.4. Justificativa ..................................................................................................................
	04
	3 OBJETIVOS...................................................................................................................
	08
	3.1. Objetivo Geral .............................................................................................................
	08
	3.2. Objetivos Específicos...................................................................................................
	08
	4 ABRANGÊNCIA ..........................................................................................................
	09
	4.1. Série – Disciplina – Conteúdos ....................................................................................
	09
	4.2. Atividades ....................................................................................................................
	09
	5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..............................................................
	11
	5.1. Sentindo na Pele ...........................................................................................................
	11
	5.2. Jogos de Cooperação.....................................................................................................
	13
	5.3. Seminário Escolar de Ética e Cidadania.......................................................................
	15
	6 RECURSOS ..................................................................................................................
	17
	7 CRONOGRAMA .........................................................................................................
	18
	8 AVALIAÇÃO ...............................................................................................................
	18
	9 PRODUTO FINAL ......................................................................................................
	18
	10 REFERÊNCIAS ...........................................................................................................
	19
�
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
TÍTULO DO PROJETO
A prática interdisciplinar como ferramenta de inclusão social no ambiente escolar.
AUTORES
Profª Bárbara Colossi Felippe
Historiadora
E-mail: bahzinhah@hotmail.com 
Profº Diego Fernandes Custódio
Historiador
E-mail: dkfernandes_his@hotmail.com 
Profº Emílio Martins Lunardi
Historiador
E-mail: emiliolunardi@hotmail.com 
Profª Fabrícia Machado Fernandes
Historiadora
E-mail: fahhh.fernandes@gmail.com 
Profº Orivan Santos da Costa
Historiador
E-mail: orivansc@gmail.com 
ORIENTAÇÃO
Prof. Dr. José Antônio dos Santos Silva
1.4. DURAÇÃO
O projeto prevê a duração de 8 Semanas.�
OBJETO 
2.1. TEMA
Inclusão Social
2.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
Inclusão Social no âmbito da Rede Pública Estadual de Ensino
2.3. QUESTÃO-PROBLEMA
Como promover a Inclusão Social do aluno portador de necessidades especiais no trabalho cotidiano em sala de aula?
2.4. JUSTIFICATIVA
A política de inclusão social é uma inovação no âmbito escolar, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de todos à educação, conforme prevê o diploma normativo máximo de nosso país:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
[...]
Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; (BRASIL, 1988)
Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na concretização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades.
Faz-se necessário clarear o sentido da inclusão, como inovação, tornando-o compreensível, aos que se interessam pela educação como um direito de todos, que precisa ser respeitado. Devemos também demonstrar a viabilidade da inclusão pela transformação geral das escolas, visando a atender aos princípios deste novo paradigma educacional.
 O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico.
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, deacordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão.
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Pois não apenas os deficientes são excluídos, mas também os que são pobres, os que não vão às aulas porque trabalham, os que pertencem a grupos discriminados, os que de tanto repetir desistiram de estudar.
Para este sucesso atingir seu pleno ápice, é necessário que a intervenção seja feita de maneira interdisciplinar, integrando diferentes áreas e múltiplos especialistas.
Para Câmara (1999, p.15),
A interdisciplinaridade deve ser pensada como entre ciências, por um lado, considerando o território de cada uma delas e, ao mesmo tempo, identificando possíveis áreas que possam se entrecruzar, buscando as conexões possíveis. E essa busca se realiza por meio de um processo dialógico que permite novas interpretações, mudança de visão, avaliação crítica de pressupostos, um aprender com o outro, uma nova reorganização do pensar e do fazer. 
A inclusão não prevê a utilização de métodos e técnicas de ensino específicas para esta ou aquela deficiência. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o professor considera o nível de possibilidades de desenvolvimento de cada um e explora essas possibilidades, por meio de atividades abertas, nas quais cada aluno se enquadra por si mesmo, na medida de seus interesses e necessidades, seja para construir uma ideia, ou resolver um problema, realizar uma tarefa. Eis aí um grande desafio a ser enfrentado pelas escolas regulares tradicionais, cujo paradigma é condutista, e baseado na transmissão dos conceitos, esquecendo-se dos aspectos procedimentais e atitudinais.
O trabalho coletivo e diversificado nas turmas e na escola como um todo é compatível com a vocação da escola de formar as gerações. É nos bancos escolares que aprendemos a viver entre os nossos pares, a dividir as responsabilidades, repartir as tarefas. O exercício dessas ações desenvolve a cooperação, o sentido de se trabalhar e produzir em grupo, o reconhecimento da diversidade dos talentos humanos e a valorização do trabalho de cada pessoa para a consecução de metas comuns de um mesmo grupo.
Neste sentido, a interdisciplinaridade aparece como meio de promover a interação das disciplinas sem fragmentação entre si.
A interdisciplinaridade surge para propiciar a interdependência entre as ciências e/ou entre as disciplinas evitando a fragmentação entre elas, pois a compartimentalização das ciências impede o homem de conhecer e analisar a teia de relações complexas existente entre elas, prejudicando uma visão de unidade, ou seja, a de globalidade entre os conhecimentos disciplinares. (Projeto Aprender, 2004, p.63)
Consta ainda no documento que,
[...] ao planejar uma aula, o professor precisa buscar relações, formas de integrações e articulação interdisciplinar entre os diversos conteúdos estudados, para possibilitar ao aluno uma visão mais abrangente, mais global sobre o que esta sendo objeto de estudo, evitando assim, o estudo de disciplinas estanques descontextualizados, isolados... respeitando nível do conhecimento e compreensão dos alunos frente ao que tiver sendo enfocado. (Projeto Aprender, 2004, p.65). (Grifo nosso)
Dessa forma, é imperativo a criação de ações e projetos que visem a curto, médio e longo prazo a concretização do processo de inclusão social no ambiente escolar com base na prática interdisciplinar, tendo em vista que percebemos, ao longo de nosso processo de amadurecimento pedagógico, que ainda são raras as práticas que, de fato, promovem uma intervenção direta no ambiente escolar e social, e produzem os efeitos esperados de inclusão. 
De certo que a inclusão se concilia com uma educação para todos e com um ensino especializado no aluno, mas não se consegue implantar uma opção de inserção tão revolucionária sem enfrentar um desafio ainda maior: o que recai sobre o fator humano. Os recursos físicos e os meios materiais para a efetivação de um processo escolar de qualidade cedem sua prioridade ao desenvolvimento de novas atitudes e formas de interação, na escola, exigindo mudanças no relacionamento pessoal e social e na maneira de se efetivar os processos de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, a formação do pessoal envolvido com a educação é de fundamental importância, assim como a assistência às famílias, enfim, uma sustentação aos que estarão diretamente implicados com as mudanças é condição necessária para que estas não sejam impostas, mas imponham-se como resultado de uma consciência cada vez mais evoluída de educação e de desenvolvimento humano.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Promover a inclusão social no âmbito escolar através da prática interdisciplinar e da conscientização dos diferentes atores da comunidade escolar buscando a democratização do acesso, garantia de permanência dos alunos nas escolas e fortalecimento da cidadania.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Incentivar o respeito às diferenças sociais, físicas, de gênero, fisiológicas, entre outras;
Buscar a qualidade de ensino, concebido segundo os princípios da Educação Inclusiva;
Conscientizar os alunos, professores e direção da importância da Inclusão Social no âmbito escolar;
Elucidar as possibilidades de interação entre alunos regulares e incluídos, de modo a desconstruir barreiras entre os diferentes;
Incentivar diálogo entre o professor II e o professor titular quanto à prática pedagógica da Educação Inclusiva;
Possibilitar a interação entre as disciplinas como alternativa para a Educação Inclusiva.
ABRANGÊNCIA
 SÉRIE – DISCIPLINAS – CONTEÚDOS
A aplicação deste projeto é voltada para os alunos do 6
º Ano do Ensino Fundamental. Elegeu-se a Escola de Educação Básica Professora Gracinda Augusta Machado, localizada à Rua Nove de Julho, Bairro Nova Brasília, Distrito de Mirim, Município de Imbituba/SC.
Para maior clareza, as disciplinas e conteúdos previstos estão dispostos no quadro abaixo:
	Disciplinas / Conteúdos
	História
	Língua Portuguesa
	Ciências
	O Homem em Sociedade
Valores e Regras Sociais
O desenvolvimento da vida em grupo
Cultura e Sociedade
O Homo sapiens e o Ser Humano
	Produção Textual
Ortografia
Gêneros Literários
	O Surgimento da Vida
As diferentes formas de vida
	Ensino Religioso
	Geografia
	Arte
	Respeito às Diferenças
O Eu e o Outro
	Adaptação do Espaço Geográfico
O homem transforma o espaço
	Representação das ideias
	Inglês
	Educação Física
	Matemática
	Bullyng
	Olimpíadas e Paraolimpíadas
Desenvolvimento de Habilidades Motoras
	Raciocínio Lógico
Construçãode Gráficos
Sistematização de informações
 ATIVIDADES 
As atividades deste projeto serão divididas em três etapas, conforme a tabela abaixo:
	Etapa
	Atividade
	Descrição
	1ª
	“Sentindo na pele”
	Consiste na tentativa de fazer com que os alunos compreendam através da prática a dificuldade que o aluno incluído sofre diariamente na vida e principalmente no cotidiano escolar.
	2ª
	Jogos de Cooperação
	Consiste na tentativa de socialização e incentivo do espírito de cooperação, independentemente de quaisquer limitações que algum indivíduo possa apresentar.
	3ª
	Seminário Escolar
	Consiste na realização de uma pesquisa por parte dos alunos e professores, bem como socialização desta com a comunidade escolar, no intuito de planejar estratégiaspara tornar a escola de fato inclusiva.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia empregada para a aplicação deste projeto deve prever a possibilidade e necessidade transformadora do ser humano.
Segundo Paulo Freire (1985):
"para ser válida a educação deve levar em conta o fato primordial do homem,ou seja, sua vocação ontológica, que é tornar-se sujeito, situado no tempo e no espaço, no sentido de que vive em sua época precisa, em um lugar preciso, em um contexto social e cultural precisos. O homem é um ser com raízes espaço-temporais e cabe-lhe a transformação" (p.158).
Ancorados nestes pressupostos iniciamos a construção do objetivo de qualidade do ensino, optando por construir como eixo estruturante deste projeto a Educação Inclusiva.
Acreditar que todas as crianças têm possibilidade de aprender envolve não só uma ruptura com uma cultura preconceituosa, que avalia o aluno com deficiência como incapaz de aprender na escola regular, mas implica em saber trabalhar com grupos heterogêneos de alunos, que têm tempos e potencial de aprendizagem diferentes.
Segundo Paulo Freire (1985), “é preciso rejeitar de qualquer forma estas atitudes discriminatórias, pois a prática preconceituosa ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia”.
Consideramos ainda a escola como um pólo aglutinador da comunidade, portanto um espaço público que deve ser aberto às necessidades educacionais da população a que serve direta e indiretamente.
“A não realização desse pressuposto isolaria e restringiria a escola a um papel de reprodutor do conhecimento, defasada em relação às transformações vividas pela sociedade" (S.E.F.P., 1998).
Entendemos que somente através de relações democráticas é que poderemos fazer com que os homens tornem-se iguais, na condição comum de cidadãos, ainda que diferentes entre si.
Neste sentido, organizou-se as atividades propostas no item 4.2 de maneiras sistemática, estabelecendo critérios mínimos para consecução das mesmas.
“Sentindo na pele”
Nesta primeira atividade propõe-se uma tentativa de “sentir na pele” as dificuldades dos alunos incluídos, fazendo com que cada aluno possa sentir parte daquelas dificuldades que a maioria dos alunos incluídos acaba sofrendo. Essa tentativa dar-se-á por meio de simulações provocadas pelos professores no cotidiano de sala de aula.
Situação 01 – O Guia e o Deficiente Visual
Material: Vendas de Tecido
Disposição: No início da simulação, todos os participantes formam duplas
Desenvolvimento: Um dos integrantes da dupla é vendado, de modo que não possa enxergar. O outro aluno servirá de guia para o aluno que está sem enxergar. Ambos terão que percorrer um trajeto com obstáculos cotidianos. Este trajeto será definido pelo professor, dentro do próprio ambiente escolar. No retorno, os alunos invertem os papéis. Ao final, deverá ser questionado aos alunos como foi passar por esta experiência.
Objetivos:
- compreender as dificuldades cotidianas de um deficiente visual
- estimular o espírito de confiança
- promover a ajuda mútua
Situação 02 – Obstáculos para Cadeirante
Material: Cadeira de Rodas, 
Disposição: Os alunos deverão fazer uma fila única
Desenvolvimento: Capa aluno, um a um, sentado em uma cadeira de rodas, deverá percorrer um circuito definido pelo professor, com alguns obstáculos encontrados na própria escola. Ao final, cada aluno deverá relatar o que sentiu ao percorrer o circuito.
Objetivos:
- compreender as dificuldades cotidianas de um deficiente físico
- incentivar o debate sobre a acessibilidade no ambiente escolar
Situação 03 – Escola de Surdos, Alunos Ouvintes
Material: Nenhum 
Disposição: Os alunos deverão estar em sala de aula, normalmente, aguardando a próxima aula.
Desenvolvimento: Os alunos serão orientados a permanecer em sala, e manterem silêncio absoluto. Para isso, eleger-se-á um monitor. Logo em seguida, entrará na sala o (a) professor(a) que ministrará a aula do dia. Este (a) professor (a) começará a ministrar a aula em libras, não falando nenhuma palavra. O professor deverá tentar de todas as maneiras fazer ser entendido pela classe, no entanto, sem pronunciar uma palavra. Em seguida, deve-se revelar a classe qual a ideia proposta, e questionar aos alunos como eles se sentiram enquanto não entendiam o que o professor tentava informar a eles.
Objetivos:
- compreender as dificuldades cotidianas de um deficiente auditivo
- incentivar o debate sobre a inserção da Linguagem Brasileira de Sinais no currículo escolar.
5.2. Jogos de Cooperação
Jogo 01 – Caiu na rede, é amigo: 
Material: Nenhum. 
Disposição: Todos à vontade, destaca-se um aluno para começar, sendo este o “pegador”. 
Desenvolvimento: Dado o sinal de início, o jogador sorteado para começar o jogo corre em perseguição a todos os outros. O que for apanhado deverá dar-lhe a mão e, assim, unidos, partirão á conquista de outro. Os novos amigos incorporar-se-ão ao grupo dos perseguidores, unindo as mãos em fileira, que será a rede. Correrão assim em perseguição aos que estiverem dispersos. Os fugitivos tentarão escapar. O jogo termina quando se formar uma grande rede com todos os jogadores.
Objetivos: 
- incentivar o trabalho em equipe. 
- desenvolver hábitos e habilidades de trabalho em grupo. 
- desenvolver habilidades motoras, tais como, andar, correr e desviar. 
Jogo 02 – Bola no Ar
Material: Uma bola leve
Disposição: Todos em pé, formando um grande círculo. 
Desenvolvimento: Uma pessoa inicia o jogo dentro do círculo, segurando uma bola. 
Ela deverá lançar a bola para o alto ao mesmo tempo em que chama o nome de alguém que está no círculo, e volta para o círculo. Quem foi chamado deverá entrar no círculo e segurar a bola antes que caia no chão, e lançar a bola novamente, dizendo outro nome. O jogo continua até que todos tenham sido apresentados. 
Objetivos: 
- conhecer o grupo. 
- observar a observação e atenção. 
- descontrair o grupo.
Jogo 03 - Futpar
Material: Uma grande bola colorida. 
Disposição: Dois grupos formados com os participantes de mãos dadas, só os goleiros sem par. 
Desenvolvimento: os pares não podem soltar as mãos, o restante das regras permanece igual ao do futebol comum.
Variações: 
- Todos do mesmo grupo devem tocar na bola antes de fazer o gol. 
- A dupla que marcar o gol passa para o outro grupo. 
- Um dos participantes da dupla, de olhos vendados, sendo guiado pelo outro.
Objetivos: 
- adquirir hábitos saudáveis de relações interpessoais. 
- incentivar o espírito de grupo. 
- desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr, girar, flexionar e saltar. 
Jogo 04 – Basquetebol Cooperativo
Material: Uma bola de basquete. 
Disposição: Dois grupos com o mesmo número de participantes numa quadra de basquete. 
Desenvolvimento: Começamos com o jogo convencional, depois aos poucos vamos incorporando elementos cooperativos, tais como: 
- Todos passam: A bola deve ser passada entre todos os jogadores do grupo antes de ser arremessada à cesta. 
- Todos fazem a cesta: O grupo só atingirá o objetivo se todos os participantes de um mesmo grupo fizerem cesta durante o jogo. 
- Passe misto: A bola deve ser passada alternadamente, entre meninos e meninas. 
- Cesta mista: Uma hora vale cesta de menina, outra só de menino. 
Objetivos: 
- incentivar o espírito de equipe. 
- desenvolver habilidades motoras, tais como: correr, girar, lançar e receber.
Jogo 05 – Tênis de Mesa em Equipe 
Espaço necessário: Sala ampla, pátio ou quadra. 
Material: Mesa de jogo tênis de mesa e raquetes. 
Disposição: No início do jogo, todos os participantes formam duplas. Com o passar do tempo o facilitador vai incorporando mais pessoas às equipes, cada uma com uma raquete nas mãos. 
Desenvolvimento: O jogo começa de forma tradicionale vai sendo transformado com a inclusão de várias pessoas de cada lado da mesa. O objetivo é que cada um toque uma vez na bolinha e evite que ela caia fora da mesa. Outro objetivo será manter a bolinha o maior tempo possível sem cair fora da mesa, contando com os participantes dos dois lados da mesa para isso. 
Objetivos: 
- estimular a cooperação. 
- reforçar o trabalho em equipe. 
- desenvolver habilidades motoras básicas.
5.3. Seminário Escolar de Ética e Cidadania – “Lidar com as Diferenças”
O tema das diferenças e de como a escola lida com elas, pode gerar um interessante trabalho de campo, envolvendo alunos e alunas na compreensão de si mesmos e da realidade em que vivem.
A sugestão é que os estudantes, em duplas, realizem entrevistas sobre a história escolar das pessoas. O público-alvo deve ser constituído de pessoas que estão fora da escola, excluídas do sistema educacional ou que abandonaram os estudos muito cedo. Assim, podem ser incluídas na amostra pessoas portadoras dos mais diversos tipos de deficiência, crianças e adolescentes em conflito com a lei ou egressas de sistemas escolares socioeducativos, alunos que trabalham, homossexuais, indígenas, negros, moradores de rua, que por alguma razão tiveram de deixar a escola ou a ela não tiveram acesso. Se a escola quiser, pode focar a amostra em um ou alguns desses grupos sociais.
O primeiro passo, portanto, é organizar um roteiro semiestruturado para as entrevistas, de forma que algumas das informações pretendidas apareçam em todas elas.
Dentre as informações fundamentais, sugerimos:
Por que você não está estudando? (ou por que e quando abandonou a escola?)
Quando estava na escola, como você se sentia? E como era tratado porseus colegas e professores?
Você é capaz de relatar alguma situação de discriminação ou preconceito que viveu no ambiente escolar?
O que precisaria ser diferente para que você continuasse seus estudos?
O segundo passo é sistematizar as informações coletadas, buscando dar-lhes uma organização coerente com os objetivos deste projeto. Nesta etapa, os docentes das diversas áreas serão fundamentais, em especial os professores de História, Língua Portuguesa, Matemática e Geografia.
Os dados percentuais de evasão escolar poderão ser trabalhados pela disciplina de matemática; por sua vez, as disciplinas de História e Geografia poderão avaliar junto aos alunos os padrões temporais e espaciais dos dados coletados pelos colegas, observando também ocorrências culturais significativas na comunidade; e ainda, a disciplina de Língua Portuguesa poderá auxiliar na construção do relatório final dos resultados obtidos.
A realização de redações individuais sob a percepção de cada um sobre o resultado da pesquisa também poderá ser trabalhada em conjunto por estas disciplinas.
Além disso, pode-se incluir a percepção dos alunos nas atividades anteriores (citadas nos itens 5.1.1 e 5.1.2).
Por fim, a escola deve encontrar maneiras de socializar os resultados, dentro de cada sala de aula e de forma coletiva, para toda a comunidade. Neste sentido, sugere-se a realização de um seminário escolar sobre Ética e Cidadania, no qual o tema central seja a inclusão social na escola.
Dependendo dos resultados obtidos com a pesquisa dos alunos, o enfoque pode recair sobre: as dificuldades nas relações professor-aluno; as discriminações e preconceitos; a falta de políticas públicas para lidar com as diferenças dentro da escola; os sentimentos das pessoas excluídas; a busca de caminhos que melhorem a qualidade das relações escolares; o estudo de propostas que ajudem a transformar a comunidade escolar em uma escola realmente inclusiva.
6. RECURSOS
Para a realização deste projeto, faz-se necessário alguns recursos, conforme disposto nas tabelas abaixo:
Tabela 01: Recursos Físicos e Financeiros
	Material
	Quantidade
	Valor Unitário (R$)
	Valor Total (R$)
	Vendas de Tecido
	15 un.
	2,00
	30,00
	Cadeira de Rodas*
	01 un.
	 994,65
	 994,65
	Bola de Volei*
	01 un.
	15,00
	15,00
	Bola Colorida
	01 un.
	5,00
	5,00
	Bola de Basquete
	01 un.
	29,90
	29,90
	Papel Ofício (A4)
	02 resmas
	12,50
	25,00
	Valor Total (R$)
	1099,55
* Estes materiais poderão ser conseguidos a título de empréstimo ou a escola já possua algum destes.
Tabela 02 – Recursos Humanos
	Profissional
	Quantidade
	Interprete de Libras
	01
	Articuladores para cada atividade lúdica
	02
7. CRONOGRAMA
	Atividades
	1ª Sem.
	2ª Sem.
	3ª Sem.
	4ª Sem.
	5ª Sem.
	6ª Sem.
	7ª Sem.
	8ª Sem.
	Etapa 01
	
	
	
	
	
	
	
	
	Etapa 02
	
	
	
	
	
	
	
	
	Etapa 03
	
	
	
	
	
	
	
	
8. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser processual e diagnóstica, levando em consideração o desenvolvimento dos objetivos específicos antes e durante a realização do projeto, bem como a tentativa de alcançar plenamente o objetivo geral do projeto, em curto, longo e médio prazo ao findar o produto final.
9. PRODUTO FINAL
O produto final esperado é a conclusão com êxito do “Seminário Escolar de Ética e Cidadania – Lidando com as Diferenças”.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição da República Federativa. 1988.
CÂMARA, Maria Lúcia Botêlho. Interdisciplinaridade e formação de professores na UCG: uma experiência em construção. Brasília, 1999. Dissertação (mestrado). Faculdade de Educação, Universidade de Brasília. 
CUNHA, Aldeneia S. da; OLIVEIRA; Ana Cecília de; ARAÚJO, Leina A. (Org). A Supervisão no contexto escolar: Reflexões Pedagógicas. Manaus. UNINORTE; 2006.
FAZENDA, Ivani Catarina (Org.) Práticas interdisciplinares na escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
FELTRIN, Antonio Efro. Inclusão Social na Escola: quando a pedagogia se encontra com a diferença. São Paulo: Paulinas, 2004.
GADOTTI, Moacir. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. 14ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
GOIÁS. Secretaria de Educação, Superintendência de Ensino Fundamental. Projeto Aprender – Textos para estudo – I Capacitação Municipal, junho de 2004.
PROJETO Aprender. Superintendência do Ensino Fundamental. Secretaria Estadual de Educação de Goiás.
SARAIVA, Emerson; SOUZA, Kelly Christiane de. Eu, Tu, nós: Olhares sobre a educação. Manaus: Editora Valer / Foppi, 2006.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad. 2002.
FREIRE. P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra. 1978.
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