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Nações Unidas e a proteção das minorias

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Universidade Paulista
-UNIP-
Nações Unidas e a proteção das minorias
Trabalho solicitado ....
Araraquara
2017
1.Introdução
Questões conceituais
Um dos mais amplos sistemas de proteção às minorias tem sido proporcionado pelo sistema das Nações Unidas, apesar disso atualmente este não está completamente desenvolvido, conquanto o fato de que muitos grupos minoritários e muitos direitos das minorias ainda estão fora do âmbito de proteção das provisões normativas existentes. Esse é um projeto pelo qual desenvolvimento como herança da atuação sob a Liga das Nações. Nesse sentido, contudo vários tratados internacionais concluídos foram registrados pela história, com objetivo de proteção das minorias, estes não formavam propriamente um conjunto sistemático de proteção efetiva. Após 1ª Guerra Mundial que ganhou consistência.
São discutidos assuntos de diversos temas, porém, os que mais interessam e preocupam os grupos minoritários são tratados nos pactos, tratados, convenções e outros atos internacionais, correlatamente a decisões do Comitê de Direitos Humanos, formando o conjunto de instrumentos para proteção das minorias. Nesse âmbito, o dispositivo normativo mais importante que dá regimento as Nações Unidas é o artigo 27 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos, que expressa :
Nos Estados em que haja minorias étnicas, religiosas ou lingüísticas, as pessoas pertencentes a essas minorias não poderão ser privadas do direito de ter, conjuntamente com outros membros de seu grupo, sua própria vida cultural, de professar e praticar sua própria religião e usar sua própria língua. 
2.Discussão
2.1. Conceito de minoria
	As Nações Unidas não elaboraram um conceito formal de minoria que fosse universalmente aceita. Em 1950 houve o primeiro esforço desenvolvido pela Sub-Comissão para Prevenção da Discriminação e Proteção das Minorias, quando sugeriu:
 I - o termo minoria inclui, dentro do conjunto da população, apenas aqueles grupos não dominantes, que possuem e desejam preservar tradições ou características étnicas, religiosas ou lingüísticas estáveis, marcadamente distintas daquelas do resto da população; 
II - tais minorias devem propriamente incluir um número de pessoas suficiente em si mesmo para preservar tais tradições e características e 
 III- tais minorias devem ser leais ao Estado dos quais sejam nacionais.
A ONU desenvolveu conceitos quanto a definição de minoria , do elemento político ser nacional ou cidadão do Estado em que habite, porém necessário se faz possuir a condição a ser reconhecido direito enquanto minoria.  O Comitê de Direitos Humanos, órgão de monitoramento instituído pelo Pacto dos Direitos Civis e Políticos, das Nações Unidas, em seu Comentário Geral de forma curiosa, aduz no artigo 27 que protege todas as pessoas pertencentes aos grupos minoritários, e que estes não precisam ser cidadãos do Estado parte. Além disso, o Estado parte não pode restringir os direitos contidos no artigo 27 estritamente a seus cidadãos.
2.2. Tipos de minorias listadas para proteção
	Uma das principais críticas feitas com relação ao aritgo 27 do Pacto do Direitos Civis e Políticos, é que nem todas as espécies de minorias são protegidas sob o seu manto. Contudo as minorias étnicas, religiosas ou linguísticas estão sob proteção do artigo já citado.
As Minorias religiosas são determinados grupos que declaram e praticam uma religião (não simplesmente uma outra crença) que se diferencia das que são praticadas pela maioria da população. Aspecto essa de grande relevância, a conceituação de religião, para a busca da proteção. Walker entende que religião envolve crença em, e conciliação de poderes considerados superiores ao homem, ou seja, sobrenaturais e que são considerados como reguladores e controladores do curso da vida humana além do curso natureza. Esse conceito engloba elementos de crença, um corpo de dogma, atos de profissão de fé, e ritual. No Brasil são minorias religiosas os judeus, budistas, evangélicos, mulçumanos, praticantes de candomblé (religião iorubá), espíritas entre outros.
 	Já as linguísticas são grupos que usam uma língua , seja entre seus membros do grupo ou em público, algo que o faz diferente daquele utilizado pela maioria, bem como da adotada oficialmente pelo Estado. Não se faz necessário que a língua seja escrita. Contudo, meros dialetos que se diferenciam da língua da maioria não possuem status de língua de um grupo minoritário. Da mesma forma que religião, e, a seguir, etnia, precisam ser definidas, da mesma maneira que a expressão língua, as minorias linguísticas.Língua aqui é utilizada como sinônimo de linguagem, com significado de método humano e não instintivo de comunicar ideias, sentimentos e desejos, por meio de um sistema de sons e símbolos sonoros.Logo é notável a importância do tema seja para os grupos majoritários seja as minorias que o reconhecimento da existência de uma comunidade cujo patrimônio se distingue e é tornado especial precisamente pelo modo de comunicação de seus sentimentos, suas idéias, seus valores, etc. A língua constrói uma diversidade cultural, definindo fronteiras, define marcos e limites ou os supera, fazendo com que todas tenham a mesma importância e valor e acima de tudo sejam respeitadas.
As minorias étnicas são grupos que apresentam fatores que as distinguem em relação a questão de termos de experiências históricas compartilhadas e sua adesão a certas tradições e tratos culturais, que consequentemente são diferentes dos apresentados pela maioria da população, vez que a mistura de culturas é bem comum.
2.3. Direitos das minorias e direitos individuais 
O artigo 27 do Pacto confere ênfase básica sobre direitos dos indivíduos, integrantes de grupos minoritários, embora os mesmos possam ser gozados em comunhão com os demais integrantes do grupo. Esse contexto pode impedir a utilização de instrumentos de defesa coletiva, quando se invocar a violação desses direitos, valendo-se do Artigo 1 do Primeiro Protocolo Opcional ao Pacto dos Direitos Civis e Políticos. Foi considerado pelo Comitê de Direitos Humanos, órgão de monitoramento do Pacto dos Direitos Civis e Políticos que em algumas circunstâncias tratam-se de direitos coletivos, e assim sendo devem ser protegidos. 
2.4. Conteúdo dos direitos das minorias 
 
Não existe um conjunto de direitos o qual os grupos minoritários façam parte ou sejam vinculados. Entretanto, o regime de quem governa os direitos das minorias deve seguir os princípios de igualdade e não discriminação .Porém, isso não quer dizer que o Artigo 27 do Pacto traz de forma implícita o direito à não discriminação. Contudo significa que os membros de uma minoria não devem ser colocados em posição inferiorizada pela só pertinência ao grupo. Eles possuem o mesmo direito que a maioria, ou seja, têm direito de gozar da igualdade na lei e nos fatos. A lei impede discriminação de qualquer espécie, enquanto igualdade nos fatos pode em alguns casos envolver a necessidade de um tratamento diferenciado porém com a finalidade de alcançar um resultado que estabeleça um equilíbrio entre situações diferentes. Esses princípios comandam a fruição de todos os direitos reconhecidos a cada um pelo Pacto dos Direitos Civis e Políticos ou qualquer outro tratado, pacto, convenção ou ato internacional, pela constituição ou outra norma doméstica. Mesmo que não haja um conjunto mínimo de direitos estabelecido em Lei conferidos a minorias, é possível estabelecer alguns que são considerados básicos: direito à existência, à identidade, direito a medidas positivas.
3.Conclusão
As Nações Unidas trazem a clara existência de um sistema normativo internacional de respeito, promoção e proteção às minorias étnicas, linguísticas e religiosas. Este é constituído a partir do artigo 27 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos, porém recebe contribuições de vários outros instrumentos normativos de ordem internacionais, como a Convenção para Prevenção e Punição do Genocídio, Convenção para Eliminaçãoda Discriminação Racial, bem assim a Declaração Universal de Direitos Humanos, como Declarações de direitos e a Declaração Universal dos Direitos das Minorias, editada recentemente.  
O Direito Constitucional Brasileiro esta em conformidade com essas normas e princípios internacionais, contudo não há nem conhecimento e nem os estudo suficientes a conferir maior eficácia às disposições fundamentais da Carta de 88.  Por outro lado, necessário se faz aos juristas brasileiros ouvir e interagir com outros cientistas sociais - geógrafos, linguistas, historiadores, sociólogos, antropólogos, etc. -, para que haja a compreensão de modo plural a realidade das minorias étnicas, linguísticas, e religiosas. É de suma importância que seja compreensível que uma democracia pluralista é feita também de minorias, diferentes da sociedade envolvente, contudo menores em número, mas não em direitos.
4.Bibliografia
MARIZ MAIA, Luciano . Os Direitos das Minorias Étnicas: -. -. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/lucianomaia/lmaia_minorias.html>. Acesso em: 19 nov. 2017.

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