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Trabalho sobre Eutanásia

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Universidade Paulista
-UNIP-
Eutanásia
Trabalho solicitado para ...
Araraquara
2017
1.Introdução 
	
Um tema que gera grande polêmica, e muita discussão, a eutanásia que tem seu significado como “boa morte” ou “morte apropriada” (no grego o prefixo eu = beleza ; sufixo tanatos = morte).Assim pode-se definir uma classificação sobre o tema:
a) Eutanásia Ativa: é o ato deliberador de provocar a morte por fins misericordiosos ,sem sofrimento do paciente. 
b) Eutanásia Passiva ou Indireta: a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação de 
terminalidade, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma 
medida extraordinária, com o objetivo de minorar o sofrimento. 
c) Eutanásia de Duplo Efeito: quando a morte é acelerada como uma efeito
indireto das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal.
	A sociedade tende a interpretar que o feito de promover a morte antes do esperado por um motivo de compaixão, e diante de um sofrimento penoso ainda seja bastante discutido, já que não há entendimento pacífico. Já no âmbito religioso, boa parte da maioria das religiões são contra a Eutanásia. Exemplo disso, é o Judaísmo, estes entendem que a eutanásia e o suicídio assistido são uma ofensa a Deus. Para o Espiritismo, religião também desfavorável a aprovação da eutanásia entende que a esta interrompe a depuração do espírito encarnado pela enfermidade pois lhe traria sérios problemas no retorno ao plano espiritual, para os muçulmanos a morte piedosa é entendida como um pecado. Em contrassenso a isso, os budistas é uma das únicas religiões que tem aceitado, desde que o sofrimento de se manter vivo seja pior que a morte, porém se faz necessário analisar cada caso.
2.Discussão
	Já para países como a Inglaterra, Suíça, Holanda, Itália, Noruega, 
República Theca, há penalização atenuada para essa conduta. Para a ceara jurídica, a maioria das Legislações dos países latinos a prática da Eutanásia é entendida como uma forma de homicídio privilegiado (Colômbia, Cuba, Bolivia, Costa Rica, Uruguai). Sendo até considerado, no Peru, como uma ausência de delito, excepcionalmente se por motivo egoístico. Já Nos Estados Unidos, a questão tema do livre arbítrio das legislações estaduais. Porém, em recente decisão da Corte Suprema norte-americana passou a ser matéria de competência legislativa da União. 
Em contraposição a essas interpretações, as legislações européias são muito mais benevolentes. A HOLANDA em 2001 tornou-se o primeiro país do mundo a legalizar a eutanásia, por exemplo.Com 46 votos a favor e 28 contra o Senado aprovou a lei que permitira aos médicos abreviar a vida dos doentes terminais. Já do lado de fora do Parlamento com sede em Haia, havia cerca de 10 mil pessoas protestando contra a aprovação da referida lei que já havia passado pela câmara do deputados em novembro de 2000.Mesmo com o intenso número de protestos, as pesquisas mostrava que 90% dos holandeses apoiavam a legalização da eutanásia. 
	São necessários para a realização legitima da eutanásia, preencher três 
requisitos:
• Que o paciente tenha uma doença incurável e esteja com dores insuportáveis ;
• O paciente deve Ter pedido, voluntariamente, para morrer; 
• E necessário à opinião de um segundo médico sobre o caso. 
 	Devem então os médicos que praticarem a eutanásia respeitar as regras rigorosas, além de que o caso será enviada para uma comissão ,composta por um médico, um jurista e um especialista em Ética, encarregadas de fiscalizar se os requisitos foram cumpridos.
No ano de 1980, o Vaticano divulgou certa declaração sobre o tema, afirmando que: “Nada nem ninguém pode de qualquer forma permitir que um ser humano seja morto, seja 
ele feto ou um embrião, uma criança ou adulto, um velho ou alguém sofrendo de uma doença incurável, ou uma pessoa que esteja morrendo.” 
Atualmente no Brasil a eutanásia é crime, podendo caracterizar o ilícito penal de várias formas, exemplo disso seria: caso um terceiro, médico ou familiar do doente terminal lhe dê a morte, estaremos diante do homicídio, que, eventualmente teria tratamento penal privilegiado, atenuando-se a pena, pelo relevante valor moral que motivou o agente, assim o juiz poderia reduzir a pena de um sexto a um terço. Portanto , a única forma que a lei brasileira aceita a eutanásia, ou melhor dizendo que esta não pune, é quando o doente, absolutamente sozinho se mata, por iniciativa e vontade própria, assim dessa forma, não há maneira de se punir nem a tentativa, já que se o agente quer se dar a pana máxima, como seria possível atribuir uma punição para que não reitere nessa conduta. Logo , para o Direito Penal, considera-se a eutanásia como crime de Homicídio. Dessa forma, entendeu o Legislador que o princípio a Vida deve ser observado, e respeitado, assim como define o parágrafo 1° do artigo 121, do Código Penal in verbis “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida ã injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço” , entretanto , é interpretado como homicídio privilegiado, concedendo a redução da pena variável de um sexto e um terço , configura-se como causa de diminuição de pena incidente na terceira fase da aplicação da pena.
Fernando Capez, discorre:
“NA REALIDADE O HOMICIDIO PRIVILEGIADO NÃO DEIXA DE SER O HOMICIDIO PREVISTO NO TIPO BASICO (CAPUT) CONTUDO EM VIRTUDE DA PRESENCA DE CERTAS CIRCUNSTANCIAS SUBJETIVAS QUE CONDUZEM A UMA MENOR REPROVACAO SOCIAL DA CONDUTA HOMICIDA, O LEGISLADOR PREVE UMA CAUSA ESPECIAL DE ATENUACAO DA PENA”. 
	Porquanto, ainda pune-se o homicídio Privilegiado, porém havendo uma diminuição da sua reprovabilidade diante da redução do seu contraste com as exigências ético-jurídicas da consciência comum. Os valores que estruturam a sociedade se vinculam aos princípios que consequentemente estão ligados a relevância social, por isso esse valor é superior, vez que demonstra o caráter enobrecedor do ser humano em circunstâncias normais. Então quando se interpreta essa valoração, mede-se o valor adequado daquilo que a moral média considera como nobre e merecedor de indulgência. Vale salientar que deve ser considerado de forma 
objetiva, segundo os padrões da sociedade, e não de forma subjetiva de acordo com a 
opinião do agente. 
	O Brasil como signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos , tem como dever obedecer tais dispositivos, como o artigo 4° : “Toda pessoa tem direito de que se 
respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei, em geral, desde o momento da 
concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”. Já que este se correlaciona com o princípio a vida, estabelecido na Constituição.
	Então a dúvida sobre ser lícito dispor da própria vida em razão de abreviar sofrimento, perdura, e ainda questiona-se se um indivíduo em estado vegetativo em um hospital ,está vivo?
3.Conclusão
 
A discussão em torno da Eutanásia é no que diz respeito a se contrapor ao mais 
relevante direito constitucionalmente assegurado: A VIDA. O art.5º da Constituição Federal garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, referindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade. Considerado como o mais fundamental de todos os direitos é pré-requisito à existência e consequentemente exercício de todos os demais direitos. É por esse motivo que o direito humano mais sagrado que não pode ser renunciado, assim o ordenamento jurídico não confere aos cidadãos o direito de morrer.Em um artigo Ives Granda da Silva , em “O direito Constitucional comparado e a Inviolabilidade da Vida Humana” , discorreu sobre o tema:
 “O direito à vida, talvez mais do que qualquer outro, 
impõe o reconhecimento do estado para que seja protegido e, principalmente, o direito à vidado insuficiente... O Estado deve proteger o direito à vida do mais fraco a partir da Teoria do Suprimento. Por esta razão, o aborto e a eutanásia são violações ao direito natural à vida, principalmente porque exercidas contra insuficientes”
	Seguindo essa linha de pensamento é dever do Estado preservá-lo tanto mais quanto for insuficiente o seu titular .Logo conclui-se que ordenamento jurídico não é justo sem respeito a esse direito; não permanecendo no tempo nenhuma civilização que o desrespeita. 
Dessa forma não se sabe ao certo se a conduta de punir uma pessoa pelo delito de homicídio seria extremamente rigorosa, que por generosidade, compaixão põe fim ao sofrimento de um indivíduo que já não tem mais mera expectativa de viver no sentido mais literal da palavra, mesmo havendo uma diminuição obrigatória da pena? 
 
Além do mais, a dificuldade em proporcionar todo o apoio e carinho de que necessita o paciente é tão grande que parece muito mais fácil aproveitar-se da extrema debilidade física e emocional do doente terminal, para assim o convencer das presumíveis vantagens de uma morte aliviada do que levar a vida até o fim sem desistir, e morrer com verdadeira dignidade? 
 
 	 Destarte, a sociedade hesita em regulamentar, entretanto a existência de casos comoventes levam a buscar além das discussões sobre o assunto, uma solução mais justa para todos. 	
4.Bibliografia 
SAMPAIO PAMPLONA, SHEYLA. EUTANÁSIA: ATO DE GENEROSIDADE OU CRIME?. -. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/4359285/eutanasia>. Acesso em: 26 out. 2017
D'URSO, Luíz Flávio Borges. A eutanásia No Brasil. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, II, n. 6, ago 2001. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revi%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20sta_artigos_leitura&artigo_id=5440>. Acesso em out 2017.

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