Buscar

MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Universidade Paulista
-UNIP-
Medidas Socioeducativas
Trabalho solicitado para ...
Araraquara
2017
1.Introdução
	Aplicadas por intervenção estatal as medidas socioeducativas, buscam coibir
a prática dos atos infracionais com enfoque na questão da conduta do adolescente.É como Carolina dos Santos disserta:
Luciano Alves Rossato, Paulo Eduardo Lépore e Rogério Sanches Cunha, definem tais medidas como uma medida jurídica aplicada em procedimento adequado ao adolescente autor de ato infracional. (ROSSATO et. al.; 2011, p. 330).
São divididas em dois grupos distintos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo, medidas em meio aberto, não privativas de liberdade (advertência, liberdade assistida, reparação do dano, prestação de serviço a comunidade) e das medidas privativas de liberdade (semiliberdade e internação).Medidas as quais estão elencadas no Capitulo IV, nosart. 112 a 130 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Veja-se:
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade
competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua
capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a
prestação de trabalho forçado.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental
receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às
suas condições.
	As medidas conhecidas como de meio aberto são aplicadas por meio do município em que ocorreu o fato delituoso, incumbindo ao Poder Público Federal a criação de programas dos atendimentos e execução de tais medidas. Quanto a sua aplicação , são utilizados métodos pedagógicos, psiquiátricos e psicológicos, com a intenção de proteger de forma integral o adolescente e reinseri-lo na sociedade. Sobre o tema Wilson Donizeti Liberati esclarece:
A medida socioeducativa é a manifestação do estado, em resposta ao ato infracional, praticado por menores de 18 anos, de natureza jurídica
impositiva, sancionatória e retributiva, cuja aplicação objetiva é inibir a reincidência, desenvolvida com finalidade pedagógico-educativa. Tem caráter impositivo, porque a medida é aplicada independentemente da vontade do infrator – com exceção daquelas aplicadas em sede de remissão que tem finalidade transacional. Além de impositiva, as medidas socioeducativas têm cunho sancionatório, porque, com sua ação ou omissão o infrator quebrou a regra de convivência dirigida a todos. E por fim, ela pode ser considerada uma medida de natureza retributiva, na medida em que é uma resposta do Estado a pratica do ato infracional praticado. (LIBERATI, 2006).
	Quando dá execução, as medidas socioeducativas devem obrigatoriamente ter a participação da família, objetivando a integração do adolescente na sociedade e também no seio familiar, visando também e principalmente a reincidência da conduta delituosa. 	
2.Discussão
2.1 Modalidades
1.Advertência 
	O artigo 155 do ECA, aduz : “A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada”.
[...] a advertência está vinculada a atos infracionais leves. Como resposta estatal, a advertência estaria caracterizando apenas um próximo passo depois de perdão, concedido por meio da remissão. Adverte-se o adolescente que o ato não está de acordo com a norma e que sua reincidência poderá implicar sanções. Então, a sanção está no ato de autoridade, de poder. Como antigamente eram as advertências familiares. (MENESES, 2008, p. 100).
Deverá ser aplicada ao adolescente quanto este praticar algum ato infracional de natureza leve e desde que exista prova de materialidade daquele ato além dos indícios de autoria suficientes, conforme o parágrafo único do artigo 114 do ECA.Dessa forma cabe ao juiz da Infância e da Juventude fazer a admoestação verbal ao adolescente, considerado como algo de suma importância pois alerta-o das consequências de uma possível reincidência na pratica do ato infracional dessa natureza ou de gravidade maior. É unanime o entendimento dos operadores do direito que a medida de admoestação deverá ser aplica somente uma vez, já que o estatuto não estabelece nada. Se por acaso o jovem infrator cometer outros atos aplicar-se-á nova medida socioeducativa, para que assim compreenda que não haverá impunidade.
2.Da obrigação de reparar o dano
A restituição do dano ou reparação deste consiste no ressarcimento ocasionado pela pratica do ato infracional, que somente será aplicado quando houver reflexos patrimoniais, buscando fazer com que o adolescente infrator se sinta responsável pelo ato que cometeu e busque ter os cuidados necessários para não causar novamente prejuízo a outem. Há três hipóteses elencadas em lei para o seu cumprimento, quais seja, a compensação do prejuízo por outro meio, a devolução da coisa e o ressarcimento do prejuízo, de acordo com o ECA também é possível a substituição da medida aplicável quando for inviável o seu cumprimento. Contudo essa medida deve ser cumprida de forma exclusiva pelo adolescente infrator,por ninguém mais, nem mesmo seus responsáveis. Deve ser verificado previamente se este tem capacidade para cumprir tal medida de modo que não fira o caráter desta. Se em algum momento for constatado que o adolescente infrator não possui recursos, a medida poderá ser substituída por outra que o Juiz da infância e juventude entender melhor e adequada. O artigo 116 do ECA, aduz sobre a obrigação de reparar o dano:
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente
restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra
forma, compense o prejuízo da vítima.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá
ser substituída por outra adequada.
3.Prestação de serviço à comunidade
 Já essa medida está prevista no artigo 117 do ECA, como sendo uma medida social com um grande apelo comunitário e educativo, já que as tarefas prestadas são de interesse geral, e refletem o ônus para o adolescente infrator, onde é aplicada conforme as aptidões pessoais do menor.Considerada como pena alternativa a privação de liberdade, pois essa atividade possui caráter eminentemente pedagógico, não obrigando o adolescente a realizara atividades de cunho vexatório ou humilhante .O serviço comunitário será prestado em local que possui indicação de técnicas ou funcionários que os referencie , logo esses funcionários serão devidamente capacitados, auxiliarem os adolescentes ,para que possam assumir deveres e responsabilidades semelhante aos previstos para os orientados da liberdade assistida.
4 Liberdade assistida
Entende-se por liberdade assistida o comparecimento periódico do
adolescente e seus pais ou responsáveis à instituição predeterminada objetivando receber entrevista com o orientador responsável de lhe informar a respeito de suas atividades.
A liberdade assistida constitui-se naquela que se poderia dizer “medida de ouro”. De todas as medias socioeducativas em meio aberto propostas pelo Estatuto, é aquela que maior complexidade, a reclamar a existência de uma estrutura de atendimento no programa de liberdade assistida apta a cumprir as metas estabelecidas no art.119 do Estatuto. Ao mesmo tempo se constitui na medida mais eficaz quando adequadamente executada, haja vista sua efetiva capacidade de intervenção na dinâmica de vida do adolescente e de sua família. (SARAIVA 2006, p.160)
Essa medida faz com que o adolescente permaneça próximo a sua família e em
convívio com a sociedade, ao mesmo tempo fica sob orientação, acompanhamento e auxilio, já que o objetivo é a conscientizaçãoe a não reincidência em atos infracionais, tendo como prazo mínimo seis meses, com a possibilidade de ser prorrogada a qualquer tempo, ou substituída por outra medida ou revogada, após a manifestação do orientador, do ministério publico e do defensor do menor.
5.Regime de semiliberdade
Consistente numa forma de restrição da liberdade do adolescente,a semiliberdade configura-se com o recolhimento do menor no período noturno, e desde que haja autorização judicial, permitindo a este a realização de atividades externas no período diurno.Dessa maneira o adolescente fica recolhido no período da noite na entidade, podendo estudar ou trabalhar no período diurno, conforme o que orevê oo artigo 120, do ECA.Ressalta-se que esta medida não possui prazo determinado para seu cumprimento, porém não poderá ultrapassar 3 anos, e deve ser reavaliada no período de 06 meses, cabendo também sua prorrogação, substituição, revogação ou regressão.
O adolescente que receber a aplicação dessa medida deve procurar meios para
sua escolarização, bem como, profissionalização, como forma de ser reinserido na
sociedade.
6.Internação
	A internação é uma das medidas mais extremas previstas no ECA, em seu artigo 112, e por esse caráter de extremidade ela se torna excepcional, logo é reservada apenas atos graves conforme os contidos no artigos 121 a 125 do ECA. Conforme o que expressa o artigo 122: “A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita
aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento”. Possui prazo máximo de 3 anos, e conserva-se até o momento que houver a readaptação do adolescente ao convívio da sociedade, ou até o menor completar 21 anos, porém após esse período o menor não obtém a liberdade automaticamente. Pelo fato de ter esse caráter excepcional, ela só poderá aplicada quando as outras medidas se mostrarem ineficazes. O artigo 121 do ECA , em seu parágrafo 4º permite que o adolescente autor do ato infracional possa ser colocado no regime de semiliberdade ou liberdade assistida, depois do período de 3 anos.Se o menor descumprir a medida, poderá voltar a internação, segundo o que aduz o III do artigo já citado .Há diferença portanto entre reincidência e reiteração apesar das duas poderem
causar a aplicação da medida de internação. Essa medida tem caráter pedagógico, visando à reintegração do adolescente que se encontra em conflito com a lei, já a outra possui também um caráter sancionatório em decorrência da lesão da conduta praticada. 
3.Conclusão
O ECA tem por intenção conferir as medidas socioeducativas mais um caráter pedagógico protetivo, do que propriamente punitivo, desse modo, se estas forem cumpridas e aplicadas devidamente a cada caso concreto, provavelmente serão eficazes conforme o objetivo proposto em sua criação. Assim, a legislação foi criada para solucionar o problema da criminalidade infanto-juvenil já que prioriza os métodos de educação, pedagógicos e psicológicos, visando conquistar a reinserção social do adolescente o quanto antes. 
4.Bibliografia 
CAROLINA DOS SANTOS, Jéssica . Medidas Sócioeducativas : -. 2017. 44 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Medidas Sócioeducativas )- Universidade de Araraquara-UNIARA, Araraquara, 2017. único.

Outros materiais