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AULA 1. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA ZOOLÓGICA Prof. Karin Collier Terra - milhões de diferentes tipos de organismos vivos compartilhando a biosfera. Reconhecimento dessas espécies está intimamente relacionado à história do homem. Evolução – uso de animais e plantas para sua alimentação, cura de doenças, fabricação de armas, objetos agrícolas e abrigo. 1. INTRODUÇÃO Transmitir experiências adquiridas/denominar plantas e animais. Documento zoológico mais antigo - trabalho grego de medicina, do século V a.C., que continha uma classificação simples dos animais comestíveis, principalmente peixes. Quase 4000 idiomas diferentes- padronizar a linguagem para os seres vivos. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO Reino Animal e Vegetal. Microscópio, entre outras técnicas Protista, Plantae e Animalia. Outro sistema de classificação: Monera (bactérias e cianofíceas), Protista (demais algas, protozoários e fungos), Plantae ou Metaphyta (desde briófitas até as angiospermas) e Animalia ou Metazoa (desde espongiários até mamíferos). EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO ATUALMENTE/Whittaker (1969). Um reino procariótico = Monera, Quatro reinos eucarióticos: Protista - deu origem aos outros três grupos restantes Plantae, Animalia Fungi Tais grupos, na maioria multicelulares, diferem fundamentalmente no seu modo nutricional. Diferença – modo de nutrição. 2. SISTEMÁTICA Taxonomia ou Sistemática é o ramo das ciências naturais que se ocupa com a classificação dos organismos. Existe uma Taxonomia Animal e uma Taxonomia Vegetal (cada uma com seus princípios e regras particulares). 2.1 O Conceito de Espécie Species - latim - "tipo". Espécies = diferentes tipos de organismos. “Organismos que se cruzam entre si, sem normalmente cruzar-se com representantes de outros grupos". Semelhanças estruturais e funcionais, Similaridades bioquímicas e mesmo cariótipo, Capacidade de reprodução entre si. Útil para os animais, não para os vegetais. Não se aplica a organismos que não se reproduzem sexualmente. 2.2 Outros Grupos Taxonômicos REINO FILO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE Categorias taxonômicas 1. Obrigatórias → Phylum ou Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. 2. Facultativas: Subphylum/Subfilo, Superclasse, Subclasse, Infraclasse, Coorte, Superordem, Subordem, Infraordem, Superfamília, Tribo, Subtribo, Subgênero, Subespécie. 3 Regras de Nomenclatura Mark Catesby (1740) - tordo (sabiá americano)/ Turdus minor cinereo-albus non maculatus, “tordo pequeno branco-acinzentado sem manchas” - denominação muito extensa. Carl von Linné (1735) - sueco, botânico e médico Systema Naturae - 10ª edição - 1758 = nomenclatura mais simples, nomenclatura binomial Firmada posteriormente - I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898. Exemplo de Lineu: Pantera: nome científico = Panthera leo Onça: nome científico = Panthera onca Panthera onca Nome do gênero Epíteto específico Gênero é um conjunto de espécies semelhantes Epíteto específico é o termo que designa a espécie Regras definidas = Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. Nomes científicos são latinizados, Podem ser derivados de qualquer outra língua ou de nomes de pessoas ou lugares; A maioria dos nomes é derivada de palavras latinas ou gregas, Geralmente refere-se a alguma característica do animal ou do grupo denominado. 3 Regras de Nomenclatura Na designação científica os nomes devem ser em latim ou grego ou, então, latinizados. *Anthropoidea (gr.: anthropus → homem) * Marsupialia (lat.: marsupium → bolsa) * Homo (lat.: homo → homem) 3 Regras de Nomenclatura Todo nome científico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itálico, se for impresso, ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos. * Australopithecus afarensis * Mesosaurus brasiliensis * Australopithecus africanus 3 Regras de Nomenclatura Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o primeiro termo para designar o seu gênero e o segundo, a sua espécie. Aedes aegypti Aēdēs - grego αηδής = "odioso“ ægypti - latim = "do Egipto“ Reino: Animalia Filo: Artrophoda Classe: Insecta Ordem: Diptera Família: Culicidae Gênero: Aedes Espécie: A. aegypti 3 Regras de Nomenclatura Gênero = escrito com inicial maiúscula. Espécie = inicial minúscula Exceção - denominação específica em homenagem a pessoa célebre. Exemplo: Trypanosoma Cruzi, - o termo Cruzi é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse grande sanitarista brasileiro. Em trabalhos científicos, após o nome do organismo é colocado, por extenso ou abreviadamente, o nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e data da primeira publicação. Exemplo: Cachorro: Canis familiaris Lineu ou L., 1758. 3 Regras de Nomenclatura A designação para espécies é binomial, mas para subespécies é trinomial. Exemplo: Mycobacterium tuberculosis hominis (tuberculose humana) Mycobacterium tuberculosis bovis (tuberculose bovina) Mycobacterium tuberculosis avis (tuberculose aviária) 3 Regras de Nomenclatura Zoologia: Família = idae ao radical correspondente ao nome do gênero-tipo (gênero mais característico da família). Subfamília = inae. Exemplos: Gato - gênero: Felis; família: Felidae; sufamília: Felinae. Cascavel - gênero: Crotalus; família: Crotalidae; sufamília: Crotalinae. 3 Regras de Nomenclatura Terminações fixas: * Tribo → ini (Hominini) * Subfamília → inae (Homininae) * Familia → idea (Hominidae) * Superfamília → oidea (Hominoidea) * Subordem → ina/dina (Hominina) 3 Regras de Nomenclatura Lei da prioridade: Se diversos autores denominarem um mesmo organismo diferentemente, prevalece sempre aquela mais antiga, ou seja, a primeira denominação. Nomes patronímios são nomes próprios e, portanto, não aceitam traduções, devendo ser latinizados na declinação masculina (“i”) ou na feminina (“ae”). * Paranthropus boisei → du Bois * Latimeria chulmanae → Chulmann * Carodinia vieirai → Vieira * Ramapithecus nyanzae → Nyanz 3 Regras de Nomenclatura Nomes de subespécie, espécies, subgêneros e gêneros devem aparecer sempre grifados ou em itálico no texto. * “Aparentemente deste mesmo estoque de Australopithecus anamensis ancestral evoluiu o Australopithecus bahrelghazali, aparentado e contemporâneo do Australopithecus afarensis” 3 Regras de Nomenclatura Lei da Tautonomia → Os nomes específico, genérico, subespecífico e subgenérico (na composição do nome) podem ser repetidos. * Gorilla gorilla * Smilodon populator populator * Rattus rattus * Paranthropus robustus robustus 3 Regras de Nomenclatura Quando uma espécie é reclassificada em outro gênero, o nome do autor da primeira classificação deve aparecer entre parênteses após o novo nome. * Zinjanthropus boisei Leakey, 1959 → Paranthropus boisei (Leakey) * Pithecanthropus erectus Dubois, 1983 → Homo erectus (Dubois) 3 Regras de Nomenclatura Lei da prioridade → para que um nome científico tenha validade faz-se necessário a atenção de certos requisitos: * A concordância do nome com as regras do Cód. Intern. de Nomencl. Zool. * A descrição do organismo por meio de fotografiase desenhos. * A falta de algum requisito pode determinar a invalidação do nome. 3 Regras de Nomenclatura Nomina Nuda (nome nulo) → Nome não está em concordância com o Cód. Intern. de Nomencl. Zool. Homonímia → O nome escolhido já foi usado para denominar outro táxon. Sinonímia → Um mesmo animal recebe duas denominações distintas. Incertae Sedis → Grupo com posição taxonômica ainda não determinada. 3 Regras de Nomenclatura
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