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1 DDIIRREEIITTOO PPRROOCCEESSSSUUAALL CCIIVVIILL IIII –– 22001188//11ºº SSEEMM PPRROOFF.. EESSPP.. AANNDDRRÉÉ LLUUIISS CCAAMMAARRGGOO MMEELLLLOO MMAATTÉÉRRIIAA NNºº 44 DA FASE ORDINATÓRIA/SANEAMENTO OU ORDENAMENTO DO PROCESSO A fase de saneamento inicia-se após o escoamento do prazo de contestação. É possível que, após esse momento a fase postulatória se prolongue na hipótese de reconvenção ou denunciação da lide, ou aditamento da inicial. Os primeiros atos da fase de saneamento podem coincidir com a prática dos últimos atos da fase postulatória. Superadas estas possibilidade, o juiz poderá realizar as seguintes atividades: a) Verificar a necessidade de dar ao autor oportunidade para manifestar-se sobre a contestação. b) Sanar eventuais irregularidades ou proferir sentença sem resolução de mérito. c) Decidir sobre a necessidade de produção de provas ou não. d) Proferir sentença de mérito no estado em que encontra o processo. DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES Deverá o juiz quando das providências preliminares: 1. Verificar se o réu apresentou ou não contestação. 2. Se houver revelia, deve o magistrado verificar a regularidade da citação. 3. Examinar se deve (defesa indireta) ou não (defesa direta) intimar o autor para sobre ela se manifestar se presentes as hipóteses dos arts. 350 e 351 (réplica). 4. Se o réu apresentar defesa direta, mas trouxer documentos, deve o magistrado intimar o autor para manifestar-se sobre eles no prazo de 15 dias – art. 438, § 1º, do CPC. 5. Verificação de eventuais vícios sanáveis, e de cuja regularização dependa a resolução do mérito. (art. 352). 6. Determinar que as partes especifiquem as provas que pretendem produzir (art. 348) na hipótese de não aplicação dos efeitos da revelia. 7. Se a revelia decorrer de citação ficta ou se o réu revel for preso, deve o magistrado designar curador especial (art. 72, II, CPC). 8. Se o réu reconveio deve o magistrado intimar o autor para contestar a reconvenção em 15 dias. 9. Se o réu promoveu a denunciação da lide ou chamamento ao processo, o magistrado tomará as providências inerentes a essas intervenções. 10. Se o réu requerer a revogação da justiça gratuita concedida ao autor, o juiz, após ouvi-lo, decidirá a respeito. 2 DDIIRREEIITTOO PPRROOCCEESSSSUUAALL CCIIVVIILL IIII –– 22001188//11ºº SSEEMM PPRROOFF.. EESSPP.. AANNDDRRÉÉ LLUUIISS CCAAMMAARRGGOO MMEELLLLOO MMAATTÉÉRRIIAA NNºº 44 11. Se houver alegação de incompetência, o juiz decidirá e conforme a decisão a remeterá ao juiz competente. 12. O magistrado decidirá sobre eventual impugnação ao valor da causa apresentada pelo réu na contestação. 13. O magistrado deve verificar se é caso de intervenção do MP (art. 178 do CPC) ou de qualquer outro órgão/entidade cuja presença no processo seja obrigatória, por força de lei. DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO Ultrapassadas as providencias preliminares, ainda que nenhuma delas tenha se feito necessário (art. 353), cabe ao juiz decidir se o processo já pode ser julgado, desde logo, ou se há necessidade de prosseguimento, com a abertura da fase instrutória. Possíveis decisões: a) Constatar que há vícios insuperáveis que impedem o julgamento do pedido e extinguir o processo sem resolução de mérito (art. 485, c/c o art. 354 do CPC). b) Extinguir o processo com resolução do mérito, em razão de autocomposição total (art. 487, III, c/c art. 354 do CPC). c) Extinguir o processo com resolução do mérito pela verificação da ocorrência da decadência ou prescrição (art. 487, II, c/c art. 354 do CPC). d) Verificar que já é possível desde logo apreciar o mérito, sem necessidade de produção de provas, caso em que proferirá sentença em julgamento antecipado do mérito da causa (art. 487, I, c/c art. 355 do CPC), o que deverá ser previamente comunicado às partes em atenção ao princípio da cooperação. e) Proferir decisão de saneamento ou organização do processo, com ou sem audiência para produzi-la em cooperação com as partes (art. 357). • Sobretudo na audiência de saneamento e organização do processo em cooperação com as partes, pode-se celebrar outro negócio jurídico plurilateral típico: o calendário processual (art. 191 do CPC). As hipóteses “a”, “b”, “c” e “d” permitem decisões parciais, que digam respeito a apenas parte dos pedidos (arts. 354, § único, e 356, CPC). Nesse caso, teremos uma decisão interlocutória, impugnável por agravo de instrumento.
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