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Introdução: Meio Ambiente e Poluição 
 
De maneira simples, define-se Meio Ambiente como “tudo aquilo que nos 
cerca”, englobando os elementos da natureza como a fauna, a flora, o ar, a 
água, sem esquecer os seres humanos. 
 
O conceito de meio ambiente é global e percebemos isso nas relações de 
equilíbrio entre os diversos elementos. 
 
Trata-se de uma área de conhecimento que envolve diversas disciplinas e 
suas práticas exigem profissionais das áreas de educação, tecnologia, 
administração, engenharia, biologia, física, química, geologia, etc. 
 
Desde a Revolução Industrial, o meio ambiente tem sido alterado 
intensamente pelas atividades humanas. Apesar da melhoria das condições 
de vida proporcionadas pela evolução tecnológica, observam-se diversos 
fatores negativos: 
 
• explosão populacional 
• concentração crescente da ocupação urbana 
• aumento do consumo com a utilização em maior escala de matérias primas 
e insumos (água, energia, materiais auxiliares de processos industriais) 
• piora da qualidade de vida 
 
Em conseqüência do aumento das atividades urbanas e industriais, agravou-
se a poluição, atingindo todos os elementos do meio ambiente. 
 
Assim, definimos poluição como: 
“degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que direta ou 
indiretamente: 
• prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população; 
• criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
• afetem desfavoravelmente a Biota (Conjunto de seres vivos de um 
ecossistema); 
• afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
• lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
ambientais estabelecidos”. 
 
Esse conceito de poluição está presente na Lei 6938, de 31/08/81, que trata 
da Política Nacional de Meio Ambiente. 
 
Quando a poluição de um recurso resulta em prejuízos à saúde do ser 
humano, dizemos que há contaminação. 
 
Isto ocorre como resultado de processos poluidores que lançam no ambiente 
substâncias tóxicas que causam prejuízos aos organismos. 
 
1) Desequilíbrios globais 
 
Muitos problemas ambientais do planeta foram provocados porque não foram 
consideradas as relações que existem entre os elementos que compõem o 
meio ambiente. 
 
Um distúrbio no solo, num curso d’água ou no ar em um determinado local, 
pode afetar um outro local de maneira complexa e inesperada. Por exemplo: 
 
• o desmatamento de florestas na Índia e no Nepal teve como conseqüência 
enchentes catastróficas em Bangladesh; 
• a emissão de certas substâncias químicas na atmosfera por anos a fio 
destruiu parte da camada de ozônio que protege a Terra; 
• o uso de combustível fóssil prejudica florestas em todo o mundo e contribui 
para mudanças climáticas em todo o globo terrestre. 
 
Alem disto, a degradação ambiental gera problemas políticos e econômicos 
num país, influindo na qualidade de vida do seu povo. 
 
Entre os problemas ambientais globais que vêm afligindo toda a humanidade 
podemos citar alguns exemplos: 
 
CHUVA ÁCIDA 
 
A chuva ácida é provocada pelos óxidos de nitrogênio e enxofre, proveniente 
de processos industriais e da combustão nos motores, lançados na atmosfera. 
Esses óxidos gasosos contaminam a água da chuva. A acidez da atmosfera 
provoca problemas de saúde, queima as plantas e deixa os lagos mais 
ácidos, provocando a morte das plantas e dos animais aquáticos. 
 Há hoje leis internacionais que obrigam as indústrias a usar filtros contra 
gases poluentes e os veículos atualmente são dotados de catalisadores. 
Manter o carro bem regulado ajuda a diminuir a poluição do ar. 
 
O mais grave da chuva ácida, que também ataca prédios e monumentos, é 
que ela não conhece fronteiras. Os poluentes produzidos em um local podem 
ser carregados pelos ventos centenas ou milhares de quilômetros de 
distância. 
 
Desta forma, passa a ser responsabilidade de todos adotar medidas que 
previnam ou reduzam as emissões destes poluentes na natureza. Alguns 
exemplos dessas medidas são: 
 
• a substituição do petróleo por fontes de energia não poluentes 
(aquecimento solar, energia eólica etc.); 
• a redução do teor de enxofre nos óleos combustíveis; 
• medidas para diminuir o tráfego em aglomerações urbanas, tais como o 
incentivo ao uso do transporte público e a implantação de rodízio de 
veículos automotores. 
 
EFEITO ESTUFA 
 
A energia proveniente do Sol atravessa o espaço e a atmosfera terrestre na 
forma de radiação. Em contato com a Terra, essa radiação transforma-se em 
calor, aquecendo a Terra e sua atmosfera fornecendo as condições 
necessárias à manutenção da vida no planeta. 
 
A queima de petróleo e seus derivados e as queimadas das matas provocam 
uma grande concentração de gás carbônico. Esse gás age na atmosfera de 
modo semelhante ao vidro em uma estufa de plantas: deixa passar a radiação 
solar e retém o calor, aumentando, gradativamente, a temperatura da Terra. 
 
A mudança de temperatura da Terra provoca alterações climáticas que afetam 
a agricultura e os ecossistemas. Nas áreas costeiras, podem ocorrer 
inundações. Pode também tornar áridas e desérticas terras hoje produtivas. 
 
Uma das maneiras de prevenir estes problemas é promover reflorestamento 
de grandes áreas, para aumentar a absorção do dióxido de carbono(gás 
carbônico). 
 
Os efeitos dos gases poluentes são agravados quando ocorre o fenômeno da 
inversão térmica. É sabido que o ar quente é mais “leve”, menos denso, que o 
ar frio, e tende a subir, enquanto o ar frio tende a descer. 
Porém, condições climáticas desfavoráveis podem inverter esse movimento 
do ar. No inverno, principalmente, o ar não se aquece e não sobe, impedindo 
o movimento das correntes de ar verticais que ajudam a dissipar as fumaças 
e os gases poluentes. 
 
Assim, os gases poluentes ficam presos nas camadas mais baixas da 
atmosfera, causando muito desconforto para a população, como irritação dos 
olhos, problemas respiratórios e intoxicação. 
 
DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO 
 
O elemento oxigênio, além de fazer parte do oxigênio(O2) no ar que 
respiramos, também se encontra na forma de O3, o ozônio, que compõe uma 
camada situada na alta atmosfera, entre 15 e 40 km de altitude. 
 
Essa camada tem a importante função de proteger a Terra dos efeitos nocivos 
dos raios ultravioletas do Sol e que podem causar câncer de pele e outros 
danos às espécies vivas. 
 
Nos últimos tempos, o mundo está alarmado por uma diminuição significativa 
das espessuras da camada de ozônio. A esse efeito foi dado o nome de 
buraco na camada de ozônio. 
 
Os cientistas atribuem o fato ao uso de CFC’s, compostos de Cloro, Flúor e 
Carbono, presentes em aerossóis e sistemas de refrigeração. Estes, quando 
lançados no ar, reagem destruindo as moléculas de ozônio. A proibição do 
uso destes compostos tem sido adotada por diversos países visando proteger 
a integridade dos sistemas ambientais globais. 
 
 
INVERSÃO TÉRMICA 
 
 
A inversão térmica, normalmente, é um processo natural provocado pelo 
encontro de massas de ar com temperaturas, umidade e pressão atmosférica 
diferentes. Em situações normais provoca a formação da neblina ou cerração, 
podendo chegar até a formação de geada. Em lugares onde este fenômeno 
ocorre com maior freqüência, como a neblina em Londres, na Inglaterra, nós 
chamamos de fog; nos lugares onde o ser humano esteja poluindo muito o ar, 
nós denominamos de smog ( ). Esta situação ocorre com muito freqüência 
nos grandes centro urbanos, principalmente naqueles que são mais 
industrializados e com muito tráfego de automóveis. 
Inversão térmica, como o próprio nome indica, é quando a temperatura do ar 
fica o contrário da normal, isto é, o avanço de uma massa de ar fria expulsa o 
ar mais quente para altitudeselevadas, ficando na superfície o ar mais frio 
dessa massa de ar. 
Uma das principais causas da inversão térmica em área muito poluída, é que 
o ar frio da superfície impede que o material poluído se disperse para altitudes 
mais elevadas, afetando assim o ar que as pessoas vão respirar. 
Você já notou que há sempre uma época do ano em que os problemas de 
saúde das crianças e das pessoas mais velhas se agravam, principalmente 
problemas de respiração? 
Você, que mora numa cidade grande, observe da próxima vez em que isto 
acontecer, que vai coincidir com as mudanças de temperatura na região em 
que está morando. 
 
INVERSÃO TÉRMICA 
 
 Troca de posicionamento da camada de ar quente - uma camada de ar frio 
impede que a camada de ar quente se eleve, formando um “tampão” na 
atmosfera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À noite = ar frio na superfície da terra (+ intenso no inverno) com 
esfriamento junto ao solo. Este esfriamento não afeta a zona mais 
alta, formando camada de ar quente. 
O excesso do material particulado impede a quebra da camada de ar 
quente, fazendo com que a energia que chega ao solo seja pequena, 
formando a inversão. 
 
Esta situação pode ser invertida pela qualidade do ar (+ umidade / 
menos emissão de partículas / menos poluentes). 
 
EPISÓDIOS AGUDOS PROVOCADOS PELA POLUIÇÃO DO AR 
 
Ano LOCAL N.º DE 
MORTES 
HISTÓRICO 
1930 BÉLGICA 
VALE DO RIO 
MEUSA 
 
 
60 
REGIÃO DE NUMEROSAS INDÚSTRIAS ONDE OCORREU INVERSÃO DE 
TÉRMICA PROVOCANDO CONGESTÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS 
ESPECIALMENTE EM CRIANÇAS E PESSOAS IDOSAS. 
1948 Usa 
DONNORA 
 
17 
REGIÃO DE INDÚSTRIAS METALÚRGICAS ONDE OCORREU INVERSÃO 
TÉRMICA PROVOCANDO CONGESTÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS. 
1950 MÉXICO 
 
POZA RICA 
 
 
32 
 
COMPOSTOS DE ENXOFRE EMITIDOS POR UMA INDÚSTRIA, 
PROVOCOU A INTERNAÇÃO DE 320 PESSOAS ACOMETIDAS DE 
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS E NERVOSOS DURANTE UMA INVERSÃO 
TÉRMICA. 
1952 BRASIL 
 
BAURU 
 
09 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS EM 150 PESSOAS, PROVOCADAS 
POR ALERGIA AO PÓ DE SEMENTE DE MAMONA, USADA NA 
FABRICAÇÃO DE ÓLEO. 
1957 INGLATERRA 1000 SMOG 
 
 
 AR FRIO 
 
 AR QUENTE 
 
 
 
 
 
 AR FRIO 
 
 
 
 
 AR MAIS FRIO 
 
 AR FRIO 
 
 AR QUENTE 
 
INVERSÃO QUEBRA DE INVERSÃO 
1960 INGLATERRA 800 SMOG 
1962 INGLATERRA 700 SMOG 
 
 
 
 
 
CONCENTRAÇÕES EMITIDAS POR VEÍCULOS 
 
Poluente (g/km) 
Veículo CO 
MONÓXIDO DE 
CARBONO 
Hc 
HIDRO 
CARBONETOS 
NOX 
ÓXIDO DE 
NITROGÊNIO 
ALDEÍDOS 
ANTERIOR A 80-GASOLINA 54,0 4,7 1,2 0,05 
ANO 84 GASOLINA 37,0 3,3 1,4 0,05 
ANO 84 ÁLCOOL 18,5 0,9 1,2 0,18 
ANO 86 GASOLINA 22,0 2,0 1,9 0,02 
ANO 86 ÁLCOOL 16,0 1,6 1,8 0,06 
 
 
NÍVEIS RELATIVOS DE POLUENTES EMITIDOS POR VEÍCULOS A 
GASOLINA E A DIESEL 
 
 
 
 
 
 
 
USOS DO AR 
 
1. Metabólico; 
2. Transporte; 
3. Comunicação; 
4. Processos industriais; 
5. Usos para combustão; 
= GASOLINA 
= DIESEL 
0
50
100
150
200
 CO HC Nox ODOR FUMAÇA
6. Lançamento e transporte de efluentes 
 
PQA = padrão de qualidade do ar 
 A intensidade, a concentração, a quantidade e as características dos 
poluentes de forma a considerá-los normais 
 
 
PE = padrão de emissão 
A intensidade, a concentração, a quantidade máximas dos poluentes de forma 
a torná-los permitidos. 
 
PCP = padrão de condicionamento e projeto 
Características e condições de lançamento dos poluentes, bem como as 
características e condições de localização e utilização de fontes poluidoras. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES DO AR 
 
1. Quanto ao estado físico 
2. Quanto a origem 
3. Quanto a composição 
4. Quanto aos efeitos fisiológicos (materiais, vegetação) 
 
 
 
1. QUANTO AO ESTADO FÍSICO 
 
 
Pode se apresentar sob a forma de gases e vapores 
 
Sólido: fumos = formados pela condensação de vapores. Provém de um sólido 
 Poeiras = ruptura mecânica de um sólido 
 
Líquido: névoas = rupturas mecânicas de um líquido 
 Neblinas = condensação de vapor de um líquido 
 
Smoke (fumaça): combustão de matéria orgânica 
 
Bruma seca: suspensão de material particulado em grandes concentrações 
 
Fuligem: parte sólida da fumaça 
 
Smog: smoke + fog = Nox + Hidrocarbonetos sob a ação do sol 
(Nox = Óxido Nitroso) 
 
 
2. QUANTO A ORIGEM 
 
 
POLUENTES PRIMÁRIOS: 
 
Sai da fonte de emissão e chega ao receptor sem transformações químicas. É fácil 
se chegar ao “culpado”. 
 
Exemplos: óxido de nitrogênio / Dióxido de enxofre / particulados / chumbo / 
mercúrio / etc. 
 
Características ambientais: 
 
- São estáveis 
- Integram nos ciclos biológicos; 
- São facilmente detectáveis em análise química; 
- Sua concentração depende da emissão e dispersão na atmosfera; 
- Controle direto na fonte; e 
- Solução: aperfeiçoamento e tecnologia. 
 
 
 
POLUENTES SECUNDÁRIOS: 
 
 
São emitidos, sofrem reações, são transformados e ataca o receptor. Não se 
descobre o “culpado”. 
 
- Formados na atmosfera a partir de poluentes primários; 
- São pouco estáveis (duração curta na atmosfera) e muito reativos; 
- Não integram na atmosfera por serem muito reativos; 
- Sua concentração depende dos percursores poluentes e da radiação que 
desencadeia reações seguintes; e 
- De difícil controle devido a dificuldade de descobrir a sua fonte (qual a origem). 
 
 
 
 
Exemplos: 
 
Ozônio: é extremamente reativo à oxidação 
- Na alta atmosfera retém raios ultra violetas 
- Na baixa atmosfera é tóxico 
 
 
 
PAN: componentes que formam a neblina ácida (raio UV e reação de Dióxido de 
nitrogênio) oxidante muito nocivo, causa mortalidade. 
 
NO BRASIL O PAN NÃO É MONITORADO. 
 
 
 
 
Zona interação química: surgem poluentes secundários 
 
Barreiras físicas: circulação atmosférica, serras (serra do mar), inversão térmica 
 
 
Principais fontes de poluentes primários do ar 
( CETESB, 1988) 
Fontes Poluentes 
 
COMBUSTÃO 
MATERIAL PARTICULADO 
DIÓXIDO E TRIÓXIDO DE ENXOFRE 
MONÓXIDO DE CARBONO, HIDROCARBONETOS 
 
PROCESSO INDUSTRIAL 
 
 
MATERIAL PARTICULADO (FUMOS, POEIRA) 
GASES – HIDROCARBONETOS 
 
 
QUEIMA DE RESÍDUO SÓLIDO 
 
 
MATERIAL PARTICULADO E GASES 
 
OUTRAS 
 
HIDROCARBONETOS, MATERIAL PARTICULADO 
 FONTES 
MÓVEIS 
VEÍCULOS - GASOLINA / 
DIESEL / ÁLCOOL, AVIÕES, 
BARCOS, 
MOTOCICLETAS, 
LOCOMOTIVAS, ETC. 
MATERIAL PARTICULADO, MONÓXIDO DE 
CARBONO, ÓXIDOS DE NITROGÊNIO, 
HIDROCARBONETOS, ÁCIDOS ORGÂNICOS 
FONTES NATURAIS MATERIAL PARTICULADO (POEIRAS), 
HIDROCARBONETOS 
 
 
Principais fontes de poluentes secundários do ar 
( CETESB, 1988) 
Fontes Poluentes 
REAÇÕES QUÍMICAS NA ATMOSFERA 
EX.: HIDROCARBONETOS + ÓXIDOS DE 
NITROGÊNIO (LUZ SOLAR) 
 
POLUENTES SECUNDÁRIOS – O3 , 
ALDEÍDOS, ÁCIDOS ORGÂNICOS, 
NITRATOS, ORGÂNICOS, AEROSSOL 
FOTOQUÍMICO, ETC. 
 
 
MONITORAMENTO 
 
SISTEMAS DE AMOSTRAGEM DE AR 
 
Passivos: por processo de adsorção. Substâncias que adsorvem poluentes e por 
análise química, “analisa-se” o teor, adquirindo a taxa média do 
poluente presente. 
 
Ativos: recolhem amostra, analisa e diagnostica. 
 
A chuva faz com que alguns poluentes do ar sejam lavados e passam a ser 
poluentes do solo. 
 
Plantas indicadoras: mostram na folha as conseqüências da poluição absorvendo 
a mesma. 
 São exemplo de “monitoramento ativo”. 
 
 
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR 
 
Visa a questão da saúde pública, não significam padrões de proteção de florestas ououtros seres vivos. 
 
PADRÕES NACIONAIS DE QUALIDADE DO AR 
(RESOLUÇÃO CONAMA N.º 3. DE 28/06/90) 
 
POLUENTES TEMPO DE 
AMOSTRAGEM 
PADRÃO 
PRIMÁRIO 
µµµµg/ m3 
PADRÃO 
SECUNDÁRIO 
µµµµg/ m3 
MÉTODO DE MEDIÇÃO 
PARTÍCULAS 
TOTAIS EM 
SUSPENSÃO 
24 horas (1) 
MGA (2) 
240 
 
80 
150 
 
60 
AMOSTRADOR DE 
GRANDES VOLUMES 
DIÓXIDO DE 
CARBONO 
24 HORAS (1) 
MAA (3) 
365 
80 
100 
40 PARAROSANÍLICA 
MONÓXIDO 
DE CARBONO 
01 HORA (1) 
08 HORAS (1) 
40.000 (35 
ppm) 
10.000 ( 9 ppm) 
40.000 (35 
ppm) 
10.000 ( 9 ppm) 
INFRAVERMELHO 
NÃO DISPERSIVO 
OZÔNIO 01 HORA (1) 
 
160 160 QUIMIOLUMINESCÊNCIA 
FUMAÇA 24 HORAS (1) 
MAA (3) 
150 
60 
100 
40 REFLETÂNCIA 
PARTÍCULAS 
INALÁVEIS 
24 HORAS (1) 
MAA (3) 
150 
50 
150 
50 
SEPARAÇÃO 
INERCIAL/FILTRAÇÃO 
DIÓXIDO DE 
NITROGÊNIO 
01 HORA (1) 
MAA (3) 
320 
100 
190 
100 QUIMIOLUMINESCÊNCIA 
(1) = NÃO DEVE SER EXCEDIDO MAIS QUE UMA VEZ AO ANO. 
(2) = MÉDIA GEOMÉTRICA ANUAL. 
(3) = MÉDIA ARITMÉTICA ANUAL. 
 
 
POLUENTES PARTICULADOS OU POEIRAS 
 
Metálicos: 
 
Quando apresentado de forma particulada, tem o poder acumulativo e, portanto, 
causa problemas ao meio ambiente. 
 
Quando acumula no sistema, passa a ser um problema muito sério (toxidade). 
 
 
Não metálicos: 
Quartzo (partículas de areia), rochas fragmentadas, cal, carbonatos, fertilizantes, 
amianto, etc. 
 
Não apresenta nenhum problema ao meio ambiente devido ao seu baixo percentual. 
 
 
Gases: 
 
Normalmente se dividem em dois grupos: 
 
Ácidos: (pH baixo) 
 
 Combina com a água e gera ácido 
 CL- / F- / NOX / SO2 / H2S = GERA H+ 
 
(Cloreto / Fluoreto / Óxido de Nitrogênio / Dióxido de Enxofre / Gás Sulfídrico = 
gera Hidrogênio) 
Oxidantes: (pH alto) 
 
Não se acumula e seu efeito maior é a queima (oxidação) 
 Ex.: Ozônio 
 Gera oxigênio livre = reativo e oxida 
 
 
EFEITOS CAUSADOS PELOS POLUENTES 
 
Ex.: - ácido fluorídrico = ataca o vidro 
- limão = ataca o mármore 
 
 
Chuva ácida (pH baixo) 
 
O pH depende do equilíbrio do gás carbônico dissolvido na água, gerando ácido 
carbônico e caindo o pH da água da chuva. 
 
Nh+4 → amônia = com a água possui caráter básico. 
 
 
DANOS PROVOCADOS PELA POLUIÇÃO DO AR 
EM MATERIAIS 
TIPO DE MATERIAL MANIFESTAÇÃO TÍPICA DO POLUENTE DANIFICANTE FATOR AMBIENTAL 
DANO 
VIDROS ALTERAÇÃO DA 
APARÊNCIA 
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS UMIDADE 
METAIS DANO À SUPERFÍCIE, 
PERDA DO METAL, 
EMBAÇAMENTO 
DIÓXIDO DE ENXOFRE; 
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS 
UMIDADE; 
TEMPERATURA 
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO 
DESCOLORAÇÃO DIÓXIDO DE ENXOFRE; 
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS; 
PARTÍCULAS 
UMIDADE 
PINTURA DESCOLORAÇÃO DIÓXIDO DE ENXOFRE; 
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS; 
PARTÍCULAS 
UMIDADE; FUNGOS 
COURO DESINTEGRAÇÃO DA 
SUPERFÍCIE, 
ENFRAQUECIMENTO 
DIÓXIDO DE ENXOFRE; 
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS 
 
PAPEL TORNA-SE QUEBRADIÇO DIÓXIDO DE ENXOFRE; 
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS 
LUZ SOLAR 
TECIDOS REDUÇÃO DE 
RESISTÊNCIA À TENSÃO; 
FORMAÇÃO DE MANCHAS 
DIÓXIDO DE ENXOFRE; 
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS 
UMIDADE; LUZ SOLAR; 
FUNGOS 
CORANTES DESBOTAMENTO DIÓXIDO DE NITROGÊNIO 
E DE ENXOFRE; 
OXIDANTES 
UMIDADE; LUZ SOLAR 
BORRACHA REDUÇÃO DE 
RESISTÊNCIA; 
ENFRAQUECIMENTO 
OXIDANTES LUZ SOLAR 
 
 
 
CONFERÊNCIAS DA ONU RELATIVAS AO MEIO AMBIENTE 
 
Histórico da consciência ambiental 
 
a) Décadas de 60 e 70 
 
Na década de 60, foi criada a Agência de Proteção Ambiental (EPA), órgão 
regulador das questões ambientais nos Estados Unidos. Com a entrada em 
funcionamento da EPA, diversas leis importantes são promulgadas naquele 
país, destacando-se as seguintes: 
 
• Lei do ar puro 
• Lei da água pura 
• Lei de controle de substâncias tóxicas 
• Lei federal sobre inseticidas e fungicidas 
 
Nessa época, a preocupação ambiental apresenta-se fortemente reativa: 
 
• trata-se de corrigir os danos causados ao meio ambiente, depois de 
sua ocorrência. Poucos esforços são feitos para prevenir esses 
danos; 
• dá-se ênfase ao tratamento “fim-de-tubo” - os poluentes gerados 
nos processos produtivos e de consumo são simplesmente tratados, 
sem se adotar medidas que reduzam sua quantidade ou eliminem a 
sua produção. 
 
A legislação ambiental preocupa-se basicamente em punir os culpados. É o 
domínio do sistema “comando e controle”,com proibições e multas. 
 
Tratava-se, pois, de produzir a qualquer custo. A poluição era vista como 
decorrência normal do processo industrial, símbolo do progresso e preço a ser 
pago por ele. 
 
Essa atitude ficou claramente demonstrada pelo Brasil, por ocasião da 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, 
realizada em 1972 (Estocolmo), em que nosso país defendeu o 
desenvolvimento a qualquer custo. 
 
A Conferência de Estocolmo foi marcada por duas posições antagônicas: 
 
 
• de um lado, os países desenvolvidos propondo um programa 
internacional de conservação dos recursos naturais, além de medidas 
preventivas imediatas, capazes de evitar um grande desastre; 
• do outro, os países em desenvolvimento, dentro de um quadro de 
miséria, com “seríssimos problemas de moradia, saneamento básico e 
doenças infecciosas e que necessitavam desenvolver-se 
economicamente. Questionavam a legitimidade das recomendações 
dos países ricos que já haviam atingido o poderio industrial com o uso 
predatório de recursos naturais e que queriam impor a eles complexas 
exigências de controle ambiental... (exigências) que poderiam 
encarecer e retardar a industrialização dos países em desenvolvimento” 
(São Paulo, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 1997). 
Ainda na Conferência de Estocolmo, a Assembléia Geral da ONU criou o 
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente –PNUMA. O PNUMA 
tem sede em Nairobi (Kenya) e seus objetivos são: 
 
• facilitar a cooperação internacional no campo do meio ambiente; 
• promover o desenvolvimento de conhecimento nessa área; 
• monitorar o estado do ambiente global; 
• chamar a atenção dos governos para problemas ambientais emergentes 
de importância internacional 
 
No final da década de 70, mais precisamente em 1978, surge na Alemanha o 
primeiro selo utilizado para a rotulagem de produtos considerados 
ambientalmente corretos. Trata-se do selo verde que recebeu o nome de 
“Anjo Azul”. 
 
b) Década de 80 
 
Em meados dos anos 80, algumas empresas começam a abandonar a visão 
de meio ambiente apenas como problema e custo. Essas empresas tornam-
se pioneiras na pesquisa de métodos ambientais para poupar dinheiro e 
aumentar suas vendas. A indústria começa a se dar conta de que, para se 
manter competitiva, precisa definir o meio ambiente como uma oportunidade 
de lucro. 
 
Assim por exemplo, a DuPont conseguiu economizar US$ 50 milhões por ano, 
de 1985 a 1990, por ter gerado 450 mil toneladas a menos de resíduos nesse 
período. 
 
A mudança de postura da indústria evidenci-se também, na multiplicação de 
selos verdes. Porém, os primeiros selos verdes ainda se apoiavam em 
critérios simples, como a redução ou a eliminação de uma ou mais 
substâncias poluentes mais significativas do produto. 
 
Os estudos elaborados pelos selos verdes procuram cobrir desde a produção 
até o descarte final do produto. Surge, assim, a idéia de “ciclo de vida”. 
 
Os selos criados na década de 80 foram os seguintes: 
1988- Canadá (Environmental Choice) 
1988- Países Nórdicos (White Swan) 
1989- Japão (Eco Mark) 
 
Em 1988 o Anjo Azul , pioneiro entre os selos ecológicos, já era aplicado em 
3.500 produtos diferentes. 
 
O selo ecológico, apesar de voluntário, adquire força pelas leis de mercado, 
atingindo simultaneamentea indústria e o consumidor. 
Os selos verdes incentivam a indústria a aplicar métodos de produção com 
menor impacto ambiental. Eles também induzem o consumidor a adquirir 
produtos ambientalmente corretos. 
 
Paralelamente, “os grupos ambientalistas começam a ter sucesso em suas 
ações destinadas a influenciar a política das empresas, após o boicote de 
ativistas à cadeia de lanchonetes Burger King, em razão da destruição da 
floresta tropical brasileira para aumentar as áreas ocupadas por gado de 
corte, o Fundo de Defesa Ambiental desenvolveu um trabalho com aquela 
empresa para ajudar a diminuir o uso de poliestireno e lançar grandes 
programas de reciclagem.” (Callenbach et Alli, 1995). 
 
A indústria química reage às pressões produzidas por uma imagem pública 
em constante deterioração e cria no Canadá, em 1984, o programa Atuação 
Responsável (RESPONSIBLE CARE). Esse programa atualmente é adotado 
obrigatoriamente pelos membros da Associação das Indústrias Químicas 
(Chemical Industries Association). 
 
A Atuação Responsável baseia-se nos princípios da gestão da qualidade total 
e inclui: 
 
- a avaliação dos impactos atuais e potenciais, devidos às atividades e 
produtos químicos , sobre a saúde, segurança e meio ambiente; 
- a prestação de informações a todos os interessados. 
 
 
 
Ainda na década de 80 é lançado o conceito de desenvolvimento sustentável, 
desenvolvimento que atende às necessidades presentes, sem comprometer 
os recursos disponíveis para as gerações futuras. Esse conceito é 
apresentado pela primeira vez, em 1987, no relatório “Nosso Futuro Comum”, 
da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Comissão 
Brundtland), criada em 1983 pela Assembléia Geral da ONU, sob influência 
da Conferência de Estocolmo. 
 
Segundo a Comissão, as políticas a serem desenvolvidas, dentro do conceito 
de sustentabilidade, devem atender aos seguintes objetivos: 
 
• retomar o crescimento como condição necessária para erradicar a 
pobreza; 
• mudar a qualidade do crescimento para torná-lo mais justo, eqüitativo 
e menos consumidor de matérias-primas e energia; 
• atender às necessidades humanas essenciais de emprego, 
alimentação, energia, água e saneamento; 
• manter um nível populacional sustentável; 
• conservar e melhorar a base de recursos; 
• reorientar a tecnologia e administrar os riscos; 
• incluir o meio ambiente e a economia no processo decisório 
(CMMAD; 1991, p.53) 
 
A preocupação com o futuro das pessoas, presente no conceito de 
desenvolvimento sustentável, é também algo novo no comportamento dos 
seres humanos. 
 
Esta preocupação exige um grande sentimento de solidariedade para com 
todos os seres vivos do planeta. 
 
Década de 90: 
 
Na década de 90 intensificou-se a criação dos selos verdes, atingindo tanto 
países desenvolvidos, como em vias de desenvolvimento: 
 
1991- França (NF- Environment) 
1991- Índia (Eco Mark) 
1992- Coréia (Eco Mark) 
1992- Singapura (Green Label) 
 
 
 
Esse novo grupo de rótulos ecológicos difere do primeiro, da década de 80, 
pois visam não apenas a eliminação de substâncias poluentes nos produtos, 
mas o impacto causado durante todo o ciclo de vida do produto. Trata-se de 
um novo conceito de desempenho ambiental dos produtos. 
 
A Comunidade Européia, por sua vez, vem instituindo uma série de medidas 
ambientais emitindo, por exemplo, regulamentos para rótulos ecológicos, para 
eco-auditorias, para embalagens e outros regulamentos que discutem as 
ações relacionadas com o ambiente e o desenvolvimento sustentável. 
 
 
 
- Conferência Cúpula da Terra (Rio-92) 
 
No final da década de 80 a ONU havia decidido organizar a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD). Esta 
Conferência, que ficou conhecida como “Cúpula da Terra” ou ECO 92, 
realizou-se no Rio de Janeiro em 1992 e contou com representantes de 172 
países, inclusive 116 chefes de Estado. 
 
Paralelamente à Conferência, 4000 entidades da sociedade civil do mundo 
todo organizaram o “Fórum Global das ONGs”. Note-se que em Estocolmo-72 
o número de ONGs havia sido bem menor, cerca de 500. O “Fórum Global” 
elaborou quase quatro dezenas de documentos e planos de ação, 
demonstrando o grau de organização e de mobilização atingido pelas ONGs 
nesta década final do século XX. 
 
Os documentos que resultaram da “Cúpula da Terra” foram os seguintes: 
 
I- Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento 
Composta de 27 princípios orientando um novo tipo de atitude do ser 
humano na Terra, por meio da proteção dos recursos naturais, da 
busca do desenvolvimento sustentável e de melhores condições de vida 
para todos os povos. 
 
II- Agenda 21 
 
É um importante plano de ação a ser implementado pelos governos, 
agências de desenvolvimento, organizações das Nações Unidas e 
grupos setoriais independentes em cada área onde a atividade humana 
afeta o meio ambiente. 
A execução da Agenda 21 deve levar em conta as diferentes condições 
dos países e regiões e a plena observância de todos os princípios 
contidos na Declaração do Rio Sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento. 
 
Trata-se de uma pauta de ações a longo prazo, estabelecendo os 
temas, projetos, objetivos, metas, planos e mecanismos de execução 
para diferentes temas da Conferência. Esse programa contém 4 
seções, 40 capítulos, 115 programas, e aproximadamente 2.500 ações 
a serem implementadas. 
 
As quatro seções da Agenda 21 abrangem os seguintes temas: 
 
• Dimensões Econômicas e Sociais: trata das relações entre meio 
ambiente e pobreza, saúde, comércio, dívida externa, consumo e 
população; 
• Conservação e Administração de Recursos: trata das maneiras 
de gerenciar recursos físicos para garantir o desenvolvimento 
sustentável; 
• Fortalecimento dos Grupos Sociais: trata das formas de apoio a 
grupos sociais organizados e minoritários que colaboram para a 
sustentabilidade; 
• Meio de Implementação: trata dos financiamentos e papel das 
atividades governamentais não governamentais. 
 
No Brasil, a Agenda 21 já está com versões propostas pelos Governos Federal 
e Estaduais, além de planos elaborados pelas prefeituras das capitais de 
Estado e de outros municípios. A Agenda 21 representa, atualmente, o 
resultado de um grande número de iniciativas da ONU que vão desde a 
Conferência Internacional sobre População - México -84, passando pela 
Conferência da Mulher (Nairobi-85), Protocolo de Montreal-87 sobre 
substâncias que agridem a camada de ozônio, até as conferências sobre 
educação ambiental (Tbilisi- 77) e educação (Tailândia-90). 
 
No Estado de São Paulo, a implementação da Agenda 21 foi iniciada 
através da criação de 10 programas prioritários contemplando o 
conjunto de capítulos do referido documento e que são os seguintes: 
 
• Programa Estadual de Apoio às ONGs, 
• Programa Estadual de Consumidor e Meio Ambiente, 
• Programa Estadual de Controle Ambiental; 
• Programa Estadual de Educação Ambiental; 
 
 
• Programa Estadual de Gestão Ambiental Descentralizada; 
• Programa Estadual de Mudanças Climáticas Globais; 
• Programa Estadual de Prevenção à Redução da Camada de Ozônio; 
• Programa Estadual de Proteção à Biodiversidade; 
• Programa Estadual de Recursos Hídricos; 
• Programa Estadual de Resíduos Sólidos. 
 
 
III- Princípio para a Administração Sustentável das Florestas 
 
Consenso global sobre o manejo, conservação e desenvolvimento 
sustentável de todos os tipos de florestas. Primeiro tratado da questão 
florestal a nível mundial, seu objetivo é a implantação da proteção 
ambiental de forma integral e integrada, sugerindo medidas para 
possibilitar a manutenção de todas as funções das florestas, que são 
apresentadas no documento. 
 
IV- Convenção da BiodiversidadeFoi assinada no Rio em 1992 por 156 Estados e tem como objetivos “ a 
conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus 
componentes e a divisão eqüitativa dos benefícios gerados com a 
utilização de recursos genéticos, através da transferência apropriada 
das tecnologias relevantes, levando-se em consideração todos os 
direitos sobre tais recursos, e através da transferência apropriada das 
tecnologias relevantes...”(Artigo 1 da Convenção). 
 
Na prática, assistimos ao registro de patentes, na Europa e Estados 
Unidos, de produtos retirados de espécimes vegetais, principalmente da 
Amazônia. Enquanto isso é feito, os países em desenvolvimento, que 
abrigam essa biodiversidade, continuam dependentes do know-how 
estrangeiro. 
 
V- Convenção sobre Mudança do Clima 
 
A Convenção sobre Mudança do Clima foi assinada em 1992, no Rio de 
Janeiro, por 154 Estados e reflete a preocupação com o aquecimento 
de nosso planeta e seus efeitos sobre a sobrevivência do ser humano e 
as condições adversas sobre os ecossistemas. 
 
 
O aquecimento do planeta é produzido pelo aumento de concentração 
na atmosfera terrestre dos chamados gases estufa (principalmente gás 
carbônico emitido pela queima de combustíveis fósseis). A polêmica 
que tem se arrastado até a Conferência da ONU em Kyoto(Japão) 
envolve a questão da redução de tais emissões aos níveis de 1990 (ou 
a níveis ainda inferiores), por parte dos países industrializados - 
principais responsáveis pelo efeito estufa. 
 
Em Kyoto, os Estados Unidos mostraram-se relutantes em aceitar a 
proposta da União Européia: emissões em 2010 deveriam ser 15% 
menores que as de 1990. Os Estados Unidos, inclusive, procuram 
estender aos países em vias de desenvolvimento o compromisso de 
reduzir suas emissões. Estes, reunidos no G-77, grupo que 
compreende cerca de 130 países em Desenvolvimento (inclusive o 
Brasil), insistem que a conta deve ser paga pelos principais 
responsáveis - o que pode ser perfeitamente observado na tabela 
seguinte. 
 
EMISSÃO DE CO2 - QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS 
 
 
(bilhões de toneladas de C em 1996) 
 
Ásia e Pacífico 
2 
América Latina 0,33 
América do Norte 
1,76 
Oriente Médio 
0,25 
União Européia 
0,96 
África 
0,20 
China + Europa Oriental 
0,90 
 
Fonte: World Energy Council Union of Concerned Scientists (Folha de São Paulo-02/12/97) 
 
PRESSÕES AMBIENTAIS SOBRE AS EMPRESAS 
 
O emprego de substâncias e tecnologias perigosas ao meio ambiente, tanto 
nas guerras, como para fins pacíficos, foi gerando ao longo do tempo um 
movimento de questionamento sobre sua legitimidade e conveniência. 
 
Abaixo apresentamos uma lista de alguns dos fatos principais que forjaram a 
consciência ambiental da sociedade, dos governos e das empresas e 
instituições. 
 
• 1914-1918 – Primeira Guerra Mundial - 1 300 000 mortos por 
envenenamento pelo gás mostarda 
• 1945 (agosto) – Hiroshima (Japão) - 30 000 mortes instantâneas no 
momento da explosão nuclear 
• 1968 (maio) - Europa e Mundo - Primeiros movimentos “verdes” 
• 1976 (10 de julho) - Seveso (Itália) : vazamento de dioxina 
• 1984 (dezembro)- Bhopal (Índia): vazamento de gás tóxico em uma 
fábrica de pesticidas, matou mais de 2.500 pessoas 
 
• 1986 (26 de abril) - Rússia (Tchernobil): a explosão de um reator 
produziu interdição de uma grande área atingida pela radiação, 
proibição da importação pelos países da Comunidade Européia, de 
produtos agrícolas e pecuários, suspeitos de contaminação pela 
radioatividade e oficialmente, 31 mortes 
• 1989 (24 de março) Alasca : o petroleiro Exxon Valdez derramou 40 
milhões de litros de petróleo na costa do Alasca, contaminando 
1.600 km de praias, matando mais de 33 mil pássaros e um número 
não conhecido de peixes e animais marinhos 
• e a lista pode ser aumentada com outros acidentes...mas com uma 
diferença atualmente: grande repercussão na imprensa falada e 
escrita, mobilização da população atingida e seus representantes 
políticos ou de organizações não governamentais. 
 
Todos estes fatos catastróficos foram produzindo uma mudança gradativa de 
posturas da sociedade e de suas instituições, bem como das empresas, 
principalmente aquelas que empregam tecnologias de alto impacto ambiental. 
 
Mas, a mudança de atitude é sempre uma coisa gradativa, lenta e incompleta. 
E, assim, em uma mesma empresa podemos encontrar, convivendo lado a 
lado, posturas conservadoras, indiferentes, ou renovadoras. 
 
Essas posturas podem ser resumidas da seguinte maneira: 
 
• Ausência da consciência em relação às responsabilidades pela 
poluição: “A poluição é um mal necessário, símbolo do progresso 
tecnológico e elemento obrigatório de suas atividades”. “Nosso negócio 
é produzir e dar emprego. A poluição não nos diz respeito” 
• Consciência sem comprometimento: “a poluição existe, mas outros 
devem cuidar dela”. 
Trata-se de uma atitude reativa: fazer apenas o necessário, para evitar 
multas e punições; não destinar esforços e recursos para atacar as 
fontes de poluição. 
• Comprometimento : a poluição é um problema que deve ser resolvido 
por todos nós e atacado diretamente nas fontes geradoras (postura pró- 
ativa) 
 
• Sustentabilidade: nosso compromisso também se estende às futuras 
gerações. Os recursos naturais não foram herdados por nós, de nossos 
antepassados, mas tomados emprestados de nossos descendentes. 
 
Entretanto, não é possível ignorar as marcas deixadas pelos acontecimentos 
que levaram às normas ambientais da série ISO 14000: 
• grandes acidentes ambientais divulgados amplamente pela mídia; 
• direitos assegurados aos cidadãos- código do consumidor; 
• direitos assegurados pela Constituição e pela legislação ambiental; 
• análise da contabilidade ambiental das empresas, por parte de 
acionistas, credores e seguradoras; 
• marketing verde (produtos cuja produção e/ou utilização causam menor 
impacto sobre o meio ambiente); 
• atividade crescente das ONGs, que adquiriram base científica e 
tecnológica mais fundamentada e, por isso, deixaram de ser 
consideradas como simplesmente alarmistas; 
• pressão dos consumidores, manifestada tanto pela escolha de 
produtos ambientalmente corretos, como pela utilização de todos 
mecanismos disponíveis para fazer valer seus direitos- quando se 
sentir prejudicado pelos produtos que adquiriram. 
 
As empresas que investiram numa imagem “mais verde”, utilizando 
processos menos poluidores, e que colaboraram para a preservação do 
meio ambiente são mais respeitadas, tem a simpatia do público e 
crescem mais do que as outras. 
 
CONTROLE DE POLUENTES ATMOSFÉRCOS 
 
 
 
 
POLUIÇÃO 
 
Definição: é qualquer tipo de matéria ou energia que ingressa no “sistema”, 
fora do padrão determinado como “normalidade” (o que espera em condições 
não alteradas do dia à dia). 
 
A poluição não se restringe à matéria, ou a um produto emitido pelo homem, 
na verdade, envolve mais que a matéria e o comportamento humano. 
 
 
Definição Segunda a LEI N.º 997 DE31/05/1976 – DECRETO 8468 DE 
08/09/1976, POLUIÇÃO É: “Matéria ou energia em quantidades tais que 
possam causar danos ou incômodos à população e danos aos materiais, flora 
e fauna.” 
 
 
POLUIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO 
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 1,25 bilhões de pessoas 
vive em cidades com níveis inaceitáveis de matéria particulada em suspensão 
na atmosfera. 
 
A poluição associa-se à idéia de modificação, tanto na estrutura quanto na 
composição dos ecossistemas, causando prejuízo aos seres vivos. Neste 
contexto está a atmosfera, que mais e mais sofre alterações devido à emissão 
de resíduo sólidos e gasosos em quantidade superior à sua capacidade de 
absorção. Essa poluição deriva de várias fontes: 
 
♦ Dos meios detransporte, que nas cidades são responsáveis pela maior 
parte da poluição atmosférica, pois emitem gases como o monóxido e o 
dióxido de carbono, óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre, derivados de 
hidrocarbonetos e chumbo; 
 
♦ Das industrias que, além do gás carbônico, também emitem enxofre, 
chumbo e outros metais pesados e diversos resíduos sólidos; 
 
♦ Das queimadas das matas que também geram altos índices de gás 
carbônico; 
 
♦ Da incineração de resíduos sólidos; 
 
♦ Da poluição natural provocada pelas erupções vulcânicas. 
 
 
 
PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DA ATUALIDADE 
 
Inúmeros são os problemas ambientais em todo mundo, atualmente. Desde 
uma simples embalagem plástica que se descarta até o vazamento de 
radioatividade das usinas nucleares e os resíduos eliminados pelas 
espaçonaves que investigam outros corpos celestes, há agressão à natureza. 
Em maior ou menor escala esses problemas acontece longe e perto de todos 
nós. Citaremos apenas alguns mais significativos, por se tratarem de 
questões que se estendem a todo o mundo. 
� Efeito estufa – O que é este efeito? 
 
� Desmatamento; 
 
� Camada de Ozônio; 
 
� Chuvas Ácidas e 
 
� Inversão Térmica. 
 
 
QUANTIFICAÇÃO DE EMISSÃO 
 
Destaca-se também a palavra quantidade e aqui tem-se uma abertura 
importantíssima para a base do controle da poluição do ar, pois já no 
conceito temos embutido a definição de padrões ou seja, das quantidades 
mínima de determinado poluente que se podem admitir nas chaminés 
(padrão de emissão) ou no meio ambiente (padrão de qualidade), sem 
que as mesma possam causar algum tipo de efeito danoso e se 
constituírem em poluição propriamente dita. Isto é muito importante, pois a 
poluição vai realmente existir a partir de determinada quantidade. Pode-se 
admitir a presença de quantidades residuais, que não causam efeito 
danosos e que também devem ser tecnicamente admitidas, pois não 
existem controle absolutos para os poluentes atmosféricos. Não existem 
equipamentos de controle da poluição do ar com 100% de eficiência. 
 
 
A presença de poluentes no ar atmosféricos é mais antiga do que a própria 
presença do homem na face da Terra. 
 
Os problemas de poluição atmosférica dos grandes centros urbanos estão, 
sem dúvida, relacionados com a queima de combustível, seja ela nas fontes 
de poluição denominada estacionária e móveis. 
 
O que são fonte estácionária e móvel? 
 
Fontes estacionária – fornos, caldeiras, inceneradores e outros 
equipamentos fixos constantes dos arranjos físicos dos nossos ambientes 
industriais, comerciais ou institucionais. 
 
Fontes móveis – constituindo-se estas dos nossos veículos automotores, 
ônibus, caminhões, trens, aviões, etc... 
 
 
FUMAÇA 
 
Mas por que a queima é tão importante? 
Por que a queima gera poluição do ar? 
Para responder estas questões, temos que conhecer o processo de 
combustão, que nada mais é do que uma reação de oxidação, ou seja, a 
reação de alguns composto presentes nos diversos combustíveis com o 
denominado comburente, o oxigênio presente no ar atmosférico. Dos 
composto presente nos combustíveis, o mais importante e o carbono ( C ), 
que ao reagir, de modo completo, com o oxigênio produz gás carbônico ( 
CO2) e liberando calor, que pode ser aproveitado para aquecimento de 
ambientes, cozimento de alimento, etc,. Porem é muito difícil ser esta 
transformação realizada totalmente de forma completa. Por melhor que o 
combustível se misture com o comburente, sempre haverá uma parcela de 
carbono presente que não consegue se oxidar, dando origem à fumaça, 
 
A Fumaça é constituída por aquelas partículas preta muito pequena, que 
notamos nas saídas das diversas chaminés como também nos tubos de 
descargas de gases dos veículos. Poderá haver também uma oxidação 
apenas parcial, originando-se o monóxido de carbono (CO), que pode, 
dependendo da concentração que alcançar, apresentar-se como um 
poluente terrível, causando efeitos muito graves ao organismo humano, pois 
tem a capacidade de ocupar o lugar do oxigênio transportando, pela 
hemoglobina do sangue, para os diversos órgãos do corpo humano, que 
necessitam de oxigênio para o desempenho das suas funções e não da 
substância indesejável e tóxica que é o monóxido de carbono (intoxicação). 
 
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR 
 
 
 
 
 
Variáveis consideradas para avaliação de qualidade do ar: 
 
• Material particulado (MP) 
• Dióxido de enxofre – SO2 
• Monóxido de carbono – Co 
• Oxidantes fotoquímicos 
 
 
Sinergismo: é a interferência de uma substância na ação de outra 
substância como se esta última estivesse em uma concentração 
maior ( a presença de uma substância potencializa o risco que a 
outra apresenta) 
 No caso de poluição do ar, o sinergismo ocorre na presença de 
material particulado e Dióxido de enxofre. 
 
 
 
MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO 
 
 
 
 
1. Planejamento territorial e zoneamento: 
 
• Descentralização industrial e urbana 
• Autorização para implantação de indústrias 
• Distribuição adequada das indústrias 
• Áreas de proteção sanitária (cinturões verdes) 
• Racionalização de transportes (coletivos, elétricos, escalonamento de 
horários, etc.) 
 
2. Eliminação ou minimização na fonte 
 
• Regulamentação restrita sobre matérias primas e operações industriais 
• Substituição de matéria prima 
• Modificações de processos ou operações 
• Manutenção e operação adequada dos equipamentos 
• Tratamento adequado e melhora do sistema de coleta de despejos, resíduos, 
esgotos, etc. 
• Disposição adequada dos resíduos 
• Lançamentos de acordo com condições meteorológicas. 
 
3. Tratamento efetivo antes do lançamento: 
 
• Ventilação local exaustora (VLE) utilizando equipamentos de controle de 
poluição (ECP) 
 
 
4. Diluição: 
 
• Chaminés 
 
5. Outras: 
 
• Legislação, fiscalização, educação, incentivos fiscais 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES DE POLUIÇÃO 
 
 
 
 
 
1. A queima de combustível, por não ser completa, há formação de resíduos; 
 
2. Grande problemática referente aos poluentes emitidos em forma de material 
particulado; 
 
3. Poluentes emitidos em forma de gases e vapores 
 
Exemplo: FORNO 
 
Poluição de oxidação de constituintes do combustível. Apresenta formas de 
poluição: 
 
Partículas - Poeira: ação mecânica (ex.: Vento na rua) 
- Fumaça: carbono que não oxida na queima 
- Fumos metálicos: sublimação de vapores de metais 
- névoas: condensação de partículas 
 
Poluentes 
Originados pela 
Queima incompleta 
- C: o carbono que não oxida e se libera em forma de 
fumaça; 
- C + o = Co: carbono oxidado parcialmente (poluente); 
- Hc: Hidrocarbonato não oxidado 
- ADL: evaporação sem ser oxidada 
- CO2: não é toxico e não possui odor, porém ocupa as 
camadas superiores da atmosfera e contribui para o ataque 
da camada de ozono (efeito estufa). 
- H2S: sulfeto de hidrogênio é um gás perigoso, de ação 
tóxica rápida. 
 
EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
 
 
 
 
 
 
 
O conjunto de equipamentos tem o objetivo de coletar partículas e os gases 
e vapores. O equipamento que faz as duas funções ao mesmo tempo, não 
trabalha eficientemente. 
 
Eficiência: quanto maior a retirada da poluição, mais eficiente. 
 
 
 ηηηη = massa retirada x 100 = massa que 
entra 
 
 
Massa retirada = a eficiência mais usada é referente à massa que o 
equipamento consegue retirar (existem números de 
partículas, porém é pouco usado). 
 
 
A característica mais importante na estimativa da eficiência, é o 
conhecimento da distribuição dos tamanhos das partículas poluentes (01 
mícron à 100 micra) 
 
µ = mícron : milésima parte de um milímetroAs partículas menores são mais difíceis de serem coletadas, variando a 
eficiência de acordo com o tamanho da partícula a ser coletada. 
 
 
Quanto menor a partícula pior é para a saúde pois, nem sempre o maior dano é 
causado pela quantidade mas sim pelas partículas inaladas, portanto as menores, 
sem considerar a sua toxidade (ex.: Chumbo). 
 
 
CONTROLE EM FONTES FIXAS 
 
 
Fornos, caldeiras, peneiras, etc. 
 
 
1 – MATERIAL PARTICULADO 
 
a) Coletores gravitacionais: 
 
Sistema de ventilação exaustora possui uma “câmara de sedimentação 
gravitacional” cujo mecanismo aproveita a ação da gravidade sobre a 
partícula (eficiência 10%). 
 
A câmara é um alargamento de duto que diminui a velocidade do 
efluente gasoso, ajudando a ação da gravidade, sedimentando as 
partículas na superfície de coleta do equipamento. 
 
É um equipamento de baixa eficiência, pois as partículas pequenas 
quase não são coletadas. Normalmente estes equipamentos são “pré-
coletores”, retendo as partículas maiores e deixando as menores para 
equipamentos seqüenciais mais eficientes. 
 
 
Para se aumentar à eficiência se faz uma câmara com bandejas, onde se 
espalha o efluente dando maior oportunidade à sedimentação das 
partículas, porém ocorre um aumento de perda de carga. 
 
b) Coletores centrífugos: 
 
A coleta das partículas é feita pela ação da força centrífuga sobre as 
mesmas. Ao entrar no equipamento o efluente gira em torno do mesmo e 
depois volta para o outro cilindro (um cilindro externo para a entrada e 
outro interno para a saída). 
 
 
As partículas são arrastadas para a parede do equipamento ficando 
presas, sendo que com uma agitação mecânica destas paredes as 
partículas são coletadas. 
 
 
Pode apresentar eficiência maior considerando partículas de mesmo 
tamanho. Sua eficiência aumenta quanto maior for a força centrífuga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÍDA DO GÁS 
LIMPO 
ENTRADA 
DO GÁS 
 
 
 
 
 
 
Apresenta maior eficiência que o “gravitacional”, portanto são considerados 
equipamentos de média eficiência. 
 
Vários conjuntos de ciclones trabalhando juntos são os chamados 
“multiciclones”, dimensionado de forma que a vazão total seja distribuída 
igualmente em todos os ciclones. 
 
c) Filtro de mangas 
 
Possui melhor eficiência (acima de 90%). Consiste em um sistema de 
filtros de pano, onde o efluente inicialmente passa por um sistema de 
sedimentação das partículas maiores e em seguida, por um duto de 
pano (mangas) onde ficam retidas as partículas menores. 
 
O sistema funciona por sucção e a coleta é feita pela superfície da 
manga. Quando o filtro fica sujo, o sistema perde a ação filtrante sendo 
necessário sua limpeza. 
 
Ex: Aspirador de pó. 
 
d) Precipitador eletrostático 
 
Possui eficiência acima de 90%. Tem a finalidade de carregar 
eletrostaticamente as partículas do efluente gasoso. Trabalhando com 
carga/coleta, segura até mesmo as partículas pequenas. 
 
Funciona carregando o material particulado com eletrodos, 
estabelecendo uma diferença de potencial grande e gerando campos 
eletromagnéticos e, desta forma, ionizando as partículas. Através do 
choque entre as partículas carrega as moléculas para em seguida passar 
por uma placa coletora. 
 
 
2 – GASES E VAPORES 
 
 
Principais poluentes emitidos na forma de gases: 
SAÍDA DO PÓ 
COLETADO 
 
SO2 = oxidação do enxofre 
Ozônio = poluentes secundários 
 
Primários: SO2, Monóxido de carbono, ÓXIDOS de nitrogênio, sendo que o 
principal poluente a nível industrial é o enxofre; Mercaptanas (compostos 
em concentrações baixas que causam incômodos); graxarias, etc. 
 
A “eficiência do controle” é a mesma só que não se trabalha com tamanhos 
de partículas e sim em relação a “massa do gás” poluente retirada do 
efluente gasoso. 
 
 
A) Incineração: 
 
Serve para destruir gases através da queima, aumentando a temperatura 
e destruindo os poluentes. 
 
O efluente gasoso entra no compartimento para pré aquecer e seguir 
para a câmara, onde um combustível auxiliar eleva a temperatura 
produzindo a queima do poluente. 
 
Este aumento de temperatura ocorre por queima de combustível no 
início do processo (ex.: Gás natural) que não causa resíduos para não 
gerar produto desta combustão, sendo que o resto do processo trabalho 
sozinho. 
 
B) torres de absorção 
 
Processo de absorção: analogia com transferência de calor 
 
Absorção: ação de absorver - fenômeno de transporte de massa do 
poluente de fase gasosa que passa para a fase líquida. 
 
Nas “torres de absorção” os gases ou vapores poluentes são retirados 
do efluente gasoso através da difusão, correspondendo à um processo 
de transporte de massa e estabelecendo um gradiente de concentração. 
 
Para o transporte de massa é necessário o gradiente de concentração, 
ou seja, a concentração de poluente no gás é alto e no líquido é zero; 
com o contato ocorre uma difusão (transporte) de massa. Este processo 
é ajudado pela solubilidade. 
 
A “torre de absorção” é uma coluna de enchimento (com materiais 
especiais), onde o efluente gasoso sobe percorrendo os caminhos 
preferenciais e o efluente líquido desce, favorecendo o contato entre as 
duas fases (gasosa e líquida). 
 
C) torre de adsorção 
 
Adsorção: transporte de massa de fase gasosa para a superfície de um 
sólido poroso. 
 
Na “torre de adsorção” tem-se um processo de difusão com o transporte 
do poluente para a superfície de um material sólido (adsorvente) 
retendo-se por ações físicas. 
 
Na fusão (transporte de massa) de poluentes em fase gasosa para a 
superfície de um sólido, normalmente é usado o carvão (carvão = 
altamente poroso). 
 
Normalmente se usa um leito de carvão onde o efluente gasoso se 
espalha. Também existe a adsorção química (com alterações e reações 
químicas no leito). 
 
D) condensador 
 
Equipamento de baixa eficiência. Faz o vapor se condensar, resfriando o 
efluente gasoso ou aumentando a pressão. Normalmente se usa a 
diminuição da temperatura fazendo o efluente gasoso passar por um 
trocador de calor (processo de refrigeração). 
 
O efluente não se mistura com o agente condensador (refrigeração). 
 
 
 
 
 
VENTILAÇÃO 
 
A ventilação de processos e operações que emitem contaminantes e a 
ventilação de ambiente em geral constituem um dos mais importantes métodos de 
controle, e sua apresentação representa o principal objetivo deste trabalho. 
Consiste na movimentação do ar por meios naturais ou mecânicos, quer 
introduzido-o num ambiente (insuflação – ventilação “entrada de ar para o 
ambiente”), quer retirando-o desse ambiente (exautão – lançamento do ar para 
fora do ambiente). 
 
O ar entra e sai continuamente de todo recinto ou edifício através das 
portas, janelas, fendas e outras aberturas. Se essa troca de ar é causada por 
condições naturais, diz-se que a ventilação é natural; se é efetuada por 
ventiladores ou outros meios mecânicos, a ventilação é chamada de mecânicas ou 
artificial. Dentro de recintos e edifícios, o ar é mantido em circulação por diferença 
de pressão, diferença de temperatura, pela movimentação dos ocupantes e 
equipamentos, e/ou por ventiladores. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 
 
Aspectos Gerais 
 
A importância da presença do ar em todos os ambientes de trabalho está além 
sua conhecida, mas esquecida, importância como fonte de oxigênio para o 
metabolismo do homem. Inicialmente o ar é o elemento que , de maneira contínua 
e permanente, independente de meios artificiais, mantém o contato direto entre o 
ambiente ocupacional e o meio ambiente geral. Contendo vapor d’água e 
estabelecendo a temperaturanatural do ambiente, é responsável pela sensação 
de conforto térmico; sendo o meio material de propagação das ondas sonoras, 
tem sua importância no conforto acústico; é um veículo que transporta as 
impurezas nele suspensas e dispersas até as vias de penetração e absorção do 
organismo; transporta essas mesmas impurezas do ambiente externo ao 
ocupacional e vice-versa. 
 
Devido a esses fatos, sua movimentação no ambiente de trabalho, conhecida 
como ventilação, quer provocada por meios naturais, quer por meios artificiais, 
deve ser criteriosamente planejada, executada e alterada quando necessário, a 
fim de que sejam prevenidos danos à saúde, segurança e bem-estar dos 
trabalhadores, e inclusive danos à propriedade. Essa movimentação do ar entre 
dois pontos, por meios naturais ou mecânicos, processa-se pelo estabelecimento 
de uma diferença de pressão entre os dois pontos. 
 
Evidentemente o ar pode ser condicionado artificialmente. Segundo definição 
da American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engeneers. 
ASHRAE. “ar condicionadpo é o processo de tratamento do ar de modo a controlar 
simultaneamente a temperatura, a umidade, a pureza e a distribuição, para tender 
as necessidades do recinto condicionado”, ocupado ou não pelo homem. As 
aplicações do ar condicionado são inúmeras, podendo ser citadas, entre outras, as 
seguintes: 
 
a) processos de fabricação de certos produtos que devem ser feitos em recintos 
com umidade, temperatura e pureza controladas; por exemplo, fabricação de 
produtos farmacêuticos, impressão de cores, salas de desenhos de precisão, 
etc.; 
 
b) conforto do indivíduo e produtividade; 
 
c) hospitais – salas de operação e de recuperação, quarto para tratamento de 
doentes alérgicos. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO 
 
O autor, Silas Fonseca classifica os sistemas de ventilação, segundo as 
principais finalidades a que se destinam, conforme segue. 
 
Ventilação geral (por insuflação, por exaustão, ou por insuflação-exaustão) 
 
VENTILAÇÃO PARA MANUTENÇÃO DO CONFORTO E EFICIÊNCIA DO 
HOMEM 
 
É conseguida através: 
 
a) do restabelecimento das condições atmosféricas alteradas pela presença do 
homem; 
b) da refrigeração do ar ou do homem; 
c) do aquecimento do ar no inverno. 
 
VENTILAÇÃO PARA MANUTENÇÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA 
DO HOMEM 
 
É conseguida através: 
 
a) da redução da concentração de aerodispersóides nocivos até que baixe a 
valores compatíveis com a saúde; 
b) da manutenção da concentração de gases, vapores e poeiras, inflamáveis ou 
explosivos, fora das faixas de inflamabilidade ou de explosão. 
 
VENTILAÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS POR 
IMPOSIÇÃO (POR IMPOSIÇÃO TECNOLÓGICA) 
 
Ventilação local (por exastão do ar, junto à fonte de produção de um 
poluente nocivo à saúde, antes de sua dispersão na atmosfera ambiente) 
 
A ventilação local visa, basicamente, à manutenção da saúde e da 
segurança do trabalhador, embora tenha influência, até certo ponto, nas condições 
relacionadas a seu conforto e eficiência. 
 
NECESSIDADES HUMANAS DE VENTILAÇÃO 
 
A ventilação de residências, espaços comerciais e escritórios, é necessária 
para controlar odores corporais, fumaça de cigarro, odores de cozinha e outras 
impurezas odoríferas, e não para manter a quantidade necessária de oxigênio ou 
remover o dióxido de carbono produzido pela respiração. Isso é verdadeiro, pois a 
construção-padrão de edifícios para ocupação humana não pode prevenir a 
infiltração ou a saída de substância e de quantidades de ar, mesmo quando todas 
as janelas, portas e aberturas no forro estiverem fechadas. Dados publicados 
sobre as quantidades de ar normalmente disponíveis pela ventilação natural ou 
infiltração indicam que a sufocação por deficiência de oxigênio ou excesso de gás 
carbônico, como resultantes da respiração humana, é potencialmente impossível 
em construções não subterrâneas. 
 
Composição do ar 
 
 A composição aproximada do ar sob três diferentes condições é dada na 
Tab. 1.1. simples cálculos, demonstrarão que o homem não requer mais do que 
algumas centenas de pés cúbicos de ar por hora para satisfazer suas demandas 
de oxigênio e diluir o dióxido de carbono em concentrações não-nocivas. 
Um homem, mesmo em trabalhos pesados, respira cerca de 40 litros de ar 
por minuto, consome cerca de 2 litro de oxigênio, e produz cerca de 1,7 litros de 
dióxido de carbono. 
 
Mackey oferece uma interessante hipótese sobre as alterações físicas e químicas 
que ocorrem com o ar interno num ambiente, como resultado da ocupação 
humana, como segue. Um adulto em repouso usa, em um minuto, cerca de 240 ml 
de oxigênio e produz cerca de 200ml de dióxido de carbono. 
 
A 70 oF, ele perde, em uma hora, cerca de 300 Btu de calor sensível e 0,1 libra de 
vapor d’água. Admitindo, para simplificação, que essas taxas permaneçam 
constantes ( o que não acontece na realidade), se um adulto estiver confinado a 
um ambiente completamente vedado e termicamente isolado, com 1.000 pés3 de 
volume, inicialmente a 70 oF (ignorando-se a umidade), a temperatura aumentará 
para 100 oF, em menos de duas horas, enquanto que serão necessárias 75 horas 
para reduzir o oxigênio para 16% e aumentar o dióxido de carbono para 5%. 
Nesse caso extremo, a alteração física é mais perigosa do que a alteração 
química. 
 
 
 
TABELA 1.1 composição do ar (porcentagem em volume) 
Coponente Ar externo (seco) 
Ar interno 
(21o C, U.R. 50%) 
Ar expirado 
(36o C, U.R. 100%) 
Gases inertes 79,00 78,00 75,00 
Oxigênio 20,97 20,69 16,00 
Vapor d’água 0,00 1,25 5,00 
Dióxido de carbono 0,03 0,06 4,00 
 
O dióxido de carbono como um índice das necessidades de ventilação 
 
Experiência já há muito realizadas (1963) concluíram que a concentração 
de dióxido de carbono no ar de ambientes ocupados não é um índice adequado 
das necessidades de ventilação, sob o ponto de vista de suprimento de ar exterior 
e intensidade de odor. 
 
 
 
 
 
 
TABELA 1.2 Quantidades recomendadas de ar por pessoa no 
ambiente 
 
Ar externo 
(pes3 / min. pessoa) 
Tipo de espaço ou ocupação 
5 – 10 Bancos, auditórios, igrejas, teatros, grandes lojas, espaços 
onde não se fuma, etc.. 
10 – 15 Apartamento, barbearias, institutos de beleza, quarto de hotel, espaços onde se fuma pouco 
15 – 20 Lanchonetes, restaurantes, quartos de hospitais, espaços 
onde se fuma moderadamente 
20 – 30 Bares, escritórios privados, espaço onde se fuma bastante 
30 – 60 Salas de reuniões, boates, espaço onde se fuma demasiadamente 
 
Efeito do tamanho do ambiente ocupado em função das necessidades de 
ventilação 
 
Grandes salas têm uma vantagem sobre as pequenas, pois agem como 
reservatórios, permitindo que os odores do corpo desapareçam com no mínimo 
suprimento de ar exterior e que haja máxima eficiência de ventilação. Uma 
pequena sala requererá um maior suprimento de ar por pessoa, para controle de 
odores. A tabela 1.3 apresenta as necessidades de ar para diluição de odores 
corporais, mostrando o que foi anteriormente mencionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 1.3 Necessidades de ar externo para diluição de odores 
corporais 
 
Volume do espaço 
(pés3 / pessoa) 
Suprimento de ar exterior 
( pés3/min. pessoa) 
Tipo de ocupantes 
100 29 Escolas de crianças 
100 25 Adultos sedentários 
200 21 Escolas de crianças 
200 16 Adultos sedentários 
300 17 Escolas de crianças 
300 12 Adultos sedentários 
500 11 Escolas de crianças 
500 7 Adultos sedentários 
 
Pés3 = 0,0283 m3 
 
M3 = 3531pés3 
 
 
 
 
TOXICOLOGIA INDUSTRIAL 
 
 
GENERALIDADES SOBRES TOXICOLOGIA 
 
A toxicologia pode se definida como o estudo das ações nocivas de produtos 
químicos sobre mecanismos biológicos.Evidentemente o toxicologista, na procura 
de informações relacionadas com essas ações nocivas, adquire também 
informações relevantes, quanto ao graus de segurança no uso desses produtos. 
 
A toxicologia moderna é um campo multidisciplinar, e depende do conhecimento e 
do desenvolvimento de uma série de ciências básicas como a física, a químicas, a 
físico-química, a biologia e, em particular, a bioquímica. Para adequada 
compreensão dos problemas toxicológicos são necessários conhecimentos da 
fisiologia, de estatística, e de saúde pública. A patologia é considerada parte da 
toxicologia, pois um efeito nocivo de um produto químico sobre uma célula, tecido 
ou órgão, deve manifestar-se necessariamente sob a forma de anormalidades 
grosseiras, microscópicas e sub-microscópicas. O campo mais intimamente ligado 
com a toxicologia é a farmacologia, pois o farmacologista deve compreender não 
somente os efeitos benéficos das substâncias químicas, mas também os efeitos 
nocivos dessas substâncias com fins terapêuticos. 
 A toxicologia tem se desenvolvido em três aspectos principais, dependendo 
do interesse presente: toxicologia ambiental, toxicologia econômica (utilitária), e 
toxicologia forense, conforme a Fig. 3.1. 
 
 A toxicologia ambiental é o ramo da toxicologia que trata da exposição 
casual do tecido biológico e, mais especificamente, do homem a produtos 
químicos basicamente poluentes de seu ambiente e de seus alimentos. É o estudo 
das causa, condições, efeitos e limites de segurança para tais exposições. 
 
 
Figura - Desenvolvimento da Toxicologia 
 
 
A toxicologia econômica é o ramo da toxicologia que trata dos efeitos 
nocivos de produtos químicos intencionalmente administrados ao tecidos 
biológicos, com o propósito de obter-se um efeito especifico. 
 
A toxicologia forense é o ramo da toxicologia que trata dos aspectos 
médico-legais de efeitos nocivos de substâncias químicas sobre os seres 
humanos. A toxicologia forense envolve as condições de exposição aos agentes 
tóxicos, quer acidentais, quer intencionais. 
 
 
 
 
 
AGENTES TÓXICOS 
 
INTRODUÇÃO 
 
O homem, desde o início da civilização, em sua procura por alimentos, deve 
Ter tentado comer uma variedade de materiais de origem vegetal e animal. 
É provável que, através dessa experiência, ele tenha determinado que 
certas substâncias, principalmente vegetais, quanto ingeridas, produziam doença 
ou causavam a morte, ou serviam como uma forma desejável de alimento. Por 
isso, parece razoável conceber que o homem logo reconheceu que havia 
conseqüências danosa ou benéfica associadas com a ingestão de materiais pelo 
seu organismo. Todos os materiais podiam ser colocados em duas classes: 
seguros ou nocivos. Assim, a palavra “veneno” seria o termo utilizado para os 
materiais que fossem benéficos e necessários para que o organismo funcionasse. 
 
Esse conceito, envolvendo a divisão dos produtos químicos em duas 
categorias, tem persistido até hoje e, como tal, serve um propósito útil na 
sociedade. Ele prontamente coloca certas substâncias animais e vegetais, e todos 
os produtos químicos distintamente nocivos, numa categoria, para a qual é dado o 
devido respeito. Contudo, num sentido estritamente cientifico, tal classificação não 
é segura. Reconhece-se, atualmente, que não é possível estabelecer uma 
rigorosa linha de separação entre materiais benéficos e materiais nocivos. A 
experiência tem mostrado que é mais razoável considerar a existência de graus de 
segurança e de graus de risco, na utilização de um determinado material. Mesmo 
a mais inócua das substâncias, quando absorvida pelo organismo humano em 
quantidades suficientemente elevadas pode ocasionar efeitos indesejáveis, ou 
mesmo distintamente nocivos. Do mesmo modo, o mais nocivo de todos os 
produtos químicos, pode ser absorvido, em quantidade suficientemente pequena, 
sem causar nenhum dano ao organismo. 
 
CONCEITO DE TOXICIDADE 
 
 Toxidade é uma propriedade inerente a todas matérias. Manifesta-se num 
ambiente fisiológico vivo, produzindo uma alteração indesejável do mesmo, que, 
se suficientemente intensa, é chamada de dano. O dano é produzido em resposta 
a alguma dose de uma substância. A dose é a quantidade da substância 
experimentada nem dado intervalo de tempo. Algebricamente, a dose pode ser 
expressa pela regra de Haber, em sua forma mais simples, 
 
Ct = K = algum ponto final, usualmente morte, onde C é a concentração e t o 
tempo. A constante K é usualmente LD50 ou LC50; LD50 é a dose de um agente 
tóxico que matará 50% de um grupo de animais de teste; LC50 é a concentração 
de uma dada substância que quando inala num determinado período de tempo, 
mata 50% dos animais sob o teste. 
 
A toxicidade pode também ser entendida como o efeito liquido de duas reações 
opostas: (1) substância tóxica agindo sobre o organismo, e (2) o organismo agindo 
sobre as substâncias tóxicas. O efeito liquido é uma redução no potencial tóxico. 
Isso pode ser observado na figura abaixo. O reconhecimento dessa duas reações 
opostas permite diversos prognósticos com relação à toxicidade: (a) a toxidade 
observada será sempre menor que a verdadeira, ou toxicidade potencial; 
 
figura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A figura acima mostra que diversas reações ocorrem em combinação para reduzir 
a concentração do agente tóxico através de uma série de vias de excreção e 
eliminação. Os processos metabólicos reduzem ainda mais a concentração efetiva 
do agente tóxico no organismo; contudo, muitas vezes, os produtos resultantes da 
desintoxicação podem aumentar a toxicidade. 
 Pelo fato de uma substância poder ser tóxica para um determinado 
espécime biológico e, ao mesmo tempo, inócua para outro, ao serem usados os 
termos tóxico e toxicidade, é necessário identificar i mecanismo biológico sobre o 
qual o efeito danoso é produzido. 
 
SINERGISMO E ANTAGONISMO 
 
Sinergismo pode ser definido como o aumento da toxicidade acima daquela 
comumente expressada, quando o agente tóxico é utilizado em combinação com 
outra substâncias. Antagonismo é a expressão oposta á toxicidade, quando duas 
ou mais substâncias estão presentes no organismo; o antagonismo pode resultar 
na completa eliminação dos efeitos tóxicos, ou a toxicidade pode ser parcialmente 
reduzida. 
 
RISCO E SEGURANÇA 
 
Pode-se conceituar risco como a probabilidade de ocorrência de um dano quando 
se utiliza a substância de um determinado modo e numa particular quantidade; e 
segurança como a certeza prática de que um dano não irá ocorrer quando a 
substância for utilizada de um determinado modo e numa particular quantidade. 
Observação. Toxicidade de uma substância; risco ou segurança no uso da 
substância. 
 
Os elementos básicos a serem considerados na avaliação de um risco no uso de 
uma substância são: 
 
a) toxicidade da substância usada; 
b) propriedades física da substância; 
c) probabilidade de absorção da substância pelo indivíduo; 
d) a extensão e a intensidade de exposição a essa substância; 
e) medidas de controle utilizadas. 
 
 
OCORRÊNCIA DOS AGENTES TÓXICOS 
 
Os agentes tóxicos, especificamente designados em saúde ocupacional como 
agentes químicos de doenças profissionais, podem ocorrer nos estado sólido, 
liquido ou gasoso. Quando no estado sólido ou liquido, podem apresentar-se 
finamente divididos e suspensos no ar como material particulado, com importante 
significado higiênico. 
 
Os agentes que se apresentam no estado gasoso são constituídos pelos gases e 
vapores, sendo que estes últimos representam o estado gasoso de materiais que 
são sólidos ou líquidos nas condições normais de pressão e temperatura. 
Uma das propriedades mais importante desses agentes é sua capacidade de 
misturar-se intimamente com o ar, tornando-se parte domesmo; inicialmente pode 
haver uma certa estratificação, devida as diferenças de densidade. Contudo, uma 
vez misturados, não há uma separação importante, apesar dessas diferenças. 
 As partículas sólidas e liquida suspensa no ar podem ser classificadas de 
acordo com sua formação em poeiras, fumos e névoas. 
 
 
 
 
 
 
Poeiras 
 
São partículas sólidas, em geral com diâmetros maiores que 1 micro, resultantes 
da desintegração mecânica de substância orgânicas ou inorgânicas, seja pelo 
simples manuseio, seja em conseqüência de operações de trituração moagem, 
peneiramento, broqueamento, polimento, detonação, etc. Como exemplo, 
podemos citar as poeiras de sílica, asbestos e carvão. 
 
Fumos 
 
São particulas sólidas, em geral com diâmetros menores que 1 m, resultantes da 
condensação de vapores, geralmente após volatilização de metais fundidos, e 
quase sempre acompanhada de oxigenação. Ao contrário das poeiras, os fumos 
tendem a flocular. Os fumos podem forma-se também pela volatilização de 
matérias orgânicas sólidas ou pela reação de substâncias químicas, como na 
combinação de ácidos clorídricos e amoníaco. 
 
VI- Névoas 
 
São particulas liquidas (goticulas), comumente com diâmetro entre 0,1 e 100 m, 
resultantes da condensação de vapores sobre certos núcleos, ou da dispersão 
mecânicas de liquidos, conseqüente a operações ou ocorrências como a 
nebulização, borbulhamento, respingos, etc. como exemplo podemos citar névoas 
de ácidos crônicos, de ácidos sulfúrico e de tinta pulverizada. 
 
CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICAS DOS AGENTES TÓXICOS 
 
Os tipos de ação fisiológicas de um agente tóxico sobre o organismo depende da 
concentração na qual está presente. Por exemplo, um vapor, numa determinada 
concentração, pode exercer sua principal ação como anestésico, enquanto que 
uma menor concentração do mesmo vapor pode, sem efeito anestésico, danificar 
o sistema nervoso, o sistema hematopoético, ou algum órgão visceral. Por esse 
motivo, é impossível, freqüentemente, colocar-se um agente tóxico nu,a única 
classe. Patty sugere a classificação que segue. 
 
VII- Irritantes 
 
São corrosivos e vesicantes em sua ação. Tem essencialmente o mesmo efeito 
sobre homens e animais, e o fator concentração é muito mais importante que o 
fator tempo de exposição. Algumas irritantes representativos são: 
 
a) irritante que afetam principalmente o trato respiratório superior – aldeídos 
(aldeídos acético, acroleína, aldeído fórmico), poeiras e névoas alcalinas, 
amônia, ácidos crônico, óxido de etileno, ácido clorídrico, fluoreto de 
hidrogênio, dióxido de enxofre; 
b) irritante que afetam principalmente o trato respiratório superior e os pulmões – 
bromo, cloro, óxido clorados, fluor, iodo, ozona, cloretos de enxofre, tricloreto 
de fósforo; 
c) irritantes que afetam principalmente o trato respiratório inferior – dióxido de 
nitrogênio, fosgênio, tricloreto de arsênio. 
 
VIII- Asfixiantes 
 
Exercem sua ação interferindo com a oxidação dos tecidos. Podem ser divididos 
em asfixiantes simples e químicos. Os asfíxiantes simples são fisiologicamente 
gases inertes que agem principalmente por diluição do oxigênio atmosférico 
abaixo da pressão parcial necessária para manter uma saturação de oxigenio do 
sangue suficiente para a respiração normal do tecido. Os asfixiantes químicos, por 
outro lado, através de uma ação química, impedem o transporte do oxigênio pelo 
sangue ou impedem a oxigenação normal dos tecidos, mesmo que o sangue 
esteja bem oxigenado. Seguem-se exemplos de asfixiantes. 
 
a) Asfixiantes simples: dióxido de carbono, etano, hélio, hidrogênio, metano, 
nitrogênio, óxido nitroso. 
b) Asfixiantes químicos: monóxido de carbono, que combina com a hemoglobina; 
cianogênio, cianeto de hidrogênio e nitrilas, que inibem a oxidação do tecido 
pela combinação com catalisadores celulares; anilina, metilanilina, 
dimetilinalina e toluidina, que formam metaemoglobina; nitrobenzeno, que 
forma metaemoglobina, baixa a pressão sanguinea, disturba e, finalmente, faz 
cessar a respiração; e sulfeto de hidrogênio, que causa paralisia respiratória. 
 
Narcóticos (anestésicos em seu estagio extremo de ação) 
 
Esse grupo exerce sua principal ação como simples anestesia, sem sérios efeitos 
sistêmicos, e seus membros têm uma ação depressiva sobre o sistema nervoso 
central, governada por suas pressões parciais no sangue que abastece o célebro. 
Por exemplo, hidrocarbonetos acetilênicos, hidrocarbonetos olefinícos, éter etilico, 
éter isopropílico, hidrocarbonetos parafinícos, acetonas alifáticas álcoois alifáticos. 
 
Tóxicos sistêmicos 
 
a) Materiais que causam danos a um ou mais órgão viscerais: a maioria dos 
hidrocarbonetos halogenados. 
b) Materiais que causam danos ao sistema hematopoético: benzeno, fenóis e, 
num certo grau, tolueno, xilol e naftaleno. 
c) Materiais que causam danos ao sistema nervoso: dissulfeto de carbono, álcool 
metílico, tiofeno. 
d) Metáis tóxico: chumbo, mercúrio, cádmo, antimônio, manganês, berílio, etc. 
e) Não-metais tóxico inorgânico: compostos de arsênio, fósforo, selênio e enxofre, 
fluoretos. 
 
Material particulado que não seja tóxico sistêmico 
 
a) Poeira que produzem fibrose: silica, asbesto. 
b) Poeira inerte: carborundo, carvão. 
c) Poeira que causam reações alérgicas: pólem, madeira, resina e muitas outras 
poeiras orgânicas. 
d) Irritantes: ácidos, álcalis, fluoretos cromatos. 
e) Bactérias e outros microrganismos. 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS PELOS SEUS EFEITOS TÓXICOS 
 
Não-venenosos 
 
São substâncias que não podem ser absorvidas pelos fluidos do organismo. Por 
exemplo, metilcelulose e alto polimeros. A maioria dos produtos comerciais 
contém baixos polimeros ou impurezas absorvíveis. 
 
Veneno por concentração 
 
São substâncias que produzem um efeito proporcional à quantidade presente no 
organismo, num dado instante. Podem ser: 
 
a) fisicamente tóxicos – óxido nitroso, éter etilico, narcóticos em geral; 
b) Farmacologicamente (ou bioquimicamente) tóxicos – compostos orgânicos 
fosforados, que atuam como inibidores irreversiveis da colinesterase, 
acetilcolina (Parathon, Pirazoxon, etc.) 
c) Fisiológicamente tóxicos – Butil Cellosove, que causa anemia hemofilitica 
(aumenta a fragilidade dos glóbulos vermelhos). 
 
IX- Veneno crônicos 
São substância que, sempre que a concentração nos fluidos do organismo passa 
um limite, causa um dano que não é reparado antes da próxima absorção. Por 
exemplo, o tetracloreto de carbono, que causa cirrose do figado. 
 
X- Veneno cumulativos 
São substâncias que armazenam no organismo, quando acima do nivel de 
tolerância no sangue (chumbo, flúor, DDT). 
XI- Veneno aditivos 
São substâncias tais que cada molécula das mesmas que entram no organismo 
produz um efeito permanente irreverssivel. Por exemplo, substância que causam 
câncer (?). 
 
TOXICIDADE AGUDA, SUBAGUDA E CRÔNICA 
XII- Toxicidade aguda 
Refere-se a efeito produzido por uma única penetração de um produto químico 
nos fluido do organismo – uma engolida, 8h de inalação, até 24 h de contato com 
a pele. 
(exemplo: Num poço de inspeção havia indicio de gás Sulfidrico – provocou morte) 
XIII- Toxicidade subaguda 
Refere-se a efeitos produzidos por penetração diárias ou freqüentes no 
organismo, durante poucos dias ou até mesmo um ano. 
XIV- Toxicidade crônica 
Refere-se a efeito produzidos pela penetração do agente tóxico durante pelo 
menos dois anos. 
TOXICIDADE SELETIVA E ASSOCIADA 
 
Toxicidade seletiva 
Os agente danificam certas células, órgão e espécies, e não outros, na mesma 
dosagem. Os compostos que constituem os pesticida são planejados para matar 
insetos, por exemplo, e não danificar o homem. Por exemplo, a seletividade do 
DDT está baseada

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