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Introdução: Meio Ambiente e Poluição De maneira simples, define-se Meio Ambiente como “tudo aquilo que nos cerca”, englobando os elementos da natureza como a fauna, a flora, o ar, a água, sem esquecer os seres humanos. O conceito de meio ambiente é global e percebemos isso nas relações de equilíbrio entre os diversos elementos. Trata-se de uma área de conhecimento que envolve diversas disciplinas e suas práticas exigem profissionais das áreas de educação, tecnologia, administração, engenharia, biologia, física, química, geologia, etc. Desde a Revolução Industrial, o meio ambiente tem sido alterado intensamente pelas atividades humanas. Apesar da melhoria das condições de vida proporcionadas pela evolução tecnológica, observam-se diversos fatores negativos: • explosão populacional • concentração crescente da ocupação urbana • aumento do consumo com a utilização em maior escala de matérias primas e insumos (água, energia, materiais auxiliares de processos industriais) • piora da qualidade de vida Em conseqüência do aumento das atividades urbanas e industriais, agravou- se a poluição, atingindo todos os elementos do meio ambiente. Assim, definimos poluição como: “degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que direta ou indiretamente: • prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população; • criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; • afetem desfavoravelmente a Biota (Conjunto de seres vivos de um ecossistema); • afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; • lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”. Esse conceito de poluição está presente na Lei 6938, de 31/08/81, que trata da Política Nacional de Meio Ambiente. Quando a poluição de um recurso resulta em prejuízos à saúde do ser humano, dizemos que há contaminação. Isto ocorre como resultado de processos poluidores que lançam no ambiente substâncias tóxicas que causam prejuízos aos organismos. 1) Desequilíbrios globais Muitos problemas ambientais do planeta foram provocados porque não foram consideradas as relações que existem entre os elementos que compõem o meio ambiente. Um distúrbio no solo, num curso d’água ou no ar em um determinado local, pode afetar um outro local de maneira complexa e inesperada. Por exemplo: • o desmatamento de florestas na Índia e no Nepal teve como conseqüência enchentes catastróficas em Bangladesh; • a emissão de certas substâncias químicas na atmosfera por anos a fio destruiu parte da camada de ozônio que protege a Terra; • o uso de combustível fóssil prejudica florestas em todo o mundo e contribui para mudanças climáticas em todo o globo terrestre. Alem disto, a degradação ambiental gera problemas políticos e econômicos num país, influindo na qualidade de vida do seu povo. Entre os problemas ambientais globais que vêm afligindo toda a humanidade podemos citar alguns exemplos: CHUVA ÁCIDA A chuva ácida é provocada pelos óxidos de nitrogênio e enxofre, proveniente de processos industriais e da combustão nos motores, lançados na atmosfera. Esses óxidos gasosos contaminam a água da chuva. A acidez da atmosfera provoca problemas de saúde, queima as plantas e deixa os lagos mais ácidos, provocando a morte das plantas e dos animais aquáticos. Há hoje leis internacionais que obrigam as indústrias a usar filtros contra gases poluentes e os veículos atualmente são dotados de catalisadores. Manter o carro bem regulado ajuda a diminuir a poluição do ar. O mais grave da chuva ácida, que também ataca prédios e monumentos, é que ela não conhece fronteiras. Os poluentes produzidos em um local podem ser carregados pelos ventos centenas ou milhares de quilômetros de distância. Desta forma, passa a ser responsabilidade de todos adotar medidas que previnam ou reduzam as emissões destes poluentes na natureza. Alguns exemplos dessas medidas são: • a substituição do petróleo por fontes de energia não poluentes (aquecimento solar, energia eólica etc.); • a redução do teor de enxofre nos óleos combustíveis; • medidas para diminuir o tráfego em aglomerações urbanas, tais como o incentivo ao uso do transporte público e a implantação de rodízio de veículos automotores. EFEITO ESTUFA A energia proveniente do Sol atravessa o espaço e a atmosfera terrestre na forma de radiação. Em contato com a Terra, essa radiação transforma-se em calor, aquecendo a Terra e sua atmosfera fornecendo as condições necessárias à manutenção da vida no planeta. A queima de petróleo e seus derivados e as queimadas das matas provocam uma grande concentração de gás carbônico. Esse gás age na atmosfera de modo semelhante ao vidro em uma estufa de plantas: deixa passar a radiação solar e retém o calor, aumentando, gradativamente, a temperatura da Terra. A mudança de temperatura da Terra provoca alterações climáticas que afetam a agricultura e os ecossistemas. Nas áreas costeiras, podem ocorrer inundações. Pode também tornar áridas e desérticas terras hoje produtivas. Uma das maneiras de prevenir estes problemas é promover reflorestamento de grandes áreas, para aumentar a absorção do dióxido de carbono(gás carbônico). Os efeitos dos gases poluentes são agravados quando ocorre o fenômeno da inversão térmica. É sabido que o ar quente é mais “leve”, menos denso, que o ar frio, e tende a subir, enquanto o ar frio tende a descer. Porém, condições climáticas desfavoráveis podem inverter esse movimento do ar. No inverno, principalmente, o ar não se aquece e não sobe, impedindo o movimento das correntes de ar verticais que ajudam a dissipar as fumaças e os gases poluentes. Assim, os gases poluentes ficam presos nas camadas mais baixas da atmosfera, causando muito desconforto para a população, como irritação dos olhos, problemas respiratórios e intoxicação. DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO O elemento oxigênio, além de fazer parte do oxigênio(O2) no ar que respiramos, também se encontra na forma de O3, o ozônio, que compõe uma camada situada na alta atmosfera, entre 15 e 40 km de altitude. Essa camada tem a importante função de proteger a Terra dos efeitos nocivos dos raios ultravioletas do Sol e que podem causar câncer de pele e outros danos às espécies vivas. Nos últimos tempos, o mundo está alarmado por uma diminuição significativa das espessuras da camada de ozônio. A esse efeito foi dado o nome de buraco na camada de ozônio. Os cientistas atribuem o fato ao uso de CFC’s, compostos de Cloro, Flúor e Carbono, presentes em aerossóis e sistemas de refrigeração. Estes, quando lançados no ar, reagem destruindo as moléculas de ozônio. A proibição do uso destes compostos tem sido adotada por diversos países visando proteger a integridade dos sistemas ambientais globais. INVERSÃO TÉRMICA A inversão térmica, normalmente, é um processo natural provocado pelo encontro de massas de ar com temperaturas, umidade e pressão atmosférica diferentes. Em situações normais provoca a formação da neblina ou cerração, podendo chegar até a formação de geada. Em lugares onde este fenômeno ocorre com maior freqüência, como a neblina em Londres, na Inglaterra, nós chamamos de fog; nos lugares onde o ser humano esteja poluindo muito o ar, nós denominamos de smog ( ). Esta situação ocorre com muito freqüência nos grandes centro urbanos, principalmente naqueles que são mais industrializados e com muito tráfego de automóveis. Inversão térmica, como o próprio nome indica, é quando a temperatura do ar fica o contrário da normal, isto é, o avanço de uma massa de ar fria expulsa o ar mais quente para altitudeselevadas, ficando na superfície o ar mais frio dessa massa de ar. Uma das principais causas da inversão térmica em área muito poluída, é que o ar frio da superfície impede que o material poluído se disperse para altitudes mais elevadas, afetando assim o ar que as pessoas vão respirar. Você já notou que há sempre uma época do ano em que os problemas de saúde das crianças e das pessoas mais velhas se agravam, principalmente problemas de respiração? Você, que mora numa cidade grande, observe da próxima vez em que isto acontecer, que vai coincidir com as mudanças de temperatura na região em que está morando. INVERSÃO TÉRMICA Troca de posicionamento da camada de ar quente - uma camada de ar frio impede que a camada de ar quente se eleve, formando um “tampão” na atmosfera. À noite = ar frio na superfície da terra (+ intenso no inverno) com esfriamento junto ao solo. Este esfriamento não afeta a zona mais alta, formando camada de ar quente. O excesso do material particulado impede a quebra da camada de ar quente, fazendo com que a energia que chega ao solo seja pequena, formando a inversão. Esta situação pode ser invertida pela qualidade do ar (+ umidade / menos emissão de partículas / menos poluentes). EPISÓDIOS AGUDOS PROVOCADOS PELA POLUIÇÃO DO AR Ano LOCAL N.º DE MORTES HISTÓRICO 1930 BÉLGICA VALE DO RIO MEUSA 60 REGIÃO DE NUMEROSAS INDÚSTRIAS ONDE OCORREU INVERSÃO DE TÉRMICA PROVOCANDO CONGESTÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS ESPECIALMENTE EM CRIANÇAS E PESSOAS IDOSAS. 1948 Usa DONNORA 17 REGIÃO DE INDÚSTRIAS METALÚRGICAS ONDE OCORREU INVERSÃO TÉRMICA PROVOCANDO CONGESTÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS. 1950 MÉXICO POZA RICA 32 COMPOSTOS DE ENXOFRE EMITIDOS POR UMA INDÚSTRIA, PROVOCOU A INTERNAÇÃO DE 320 PESSOAS ACOMETIDAS DE PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS E NERVOSOS DURANTE UMA INVERSÃO TÉRMICA. 1952 BRASIL BAURU 09 DOENÇAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS EM 150 PESSOAS, PROVOCADAS POR ALERGIA AO PÓ DE SEMENTE DE MAMONA, USADA NA FABRICAÇÃO DE ÓLEO. 1957 INGLATERRA 1000 SMOG AR FRIO AR QUENTE AR FRIO AR MAIS FRIO AR FRIO AR QUENTE INVERSÃO QUEBRA DE INVERSÃO 1960 INGLATERRA 800 SMOG 1962 INGLATERRA 700 SMOG CONCENTRAÇÕES EMITIDAS POR VEÍCULOS Poluente (g/km) Veículo CO MONÓXIDO DE CARBONO Hc HIDRO CARBONETOS NOX ÓXIDO DE NITROGÊNIO ALDEÍDOS ANTERIOR A 80-GASOLINA 54,0 4,7 1,2 0,05 ANO 84 GASOLINA 37,0 3,3 1,4 0,05 ANO 84 ÁLCOOL 18,5 0,9 1,2 0,18 ANO 86 GASOLINA 22,0 2,0 1,9 0,02 ANO 86 ÁLCOOL 16,0 1,6 1,8 0,06 NÍVEIS RELATIVOS DE POLUENTES EMITIDOS POR VEÍCULOS A GASOLINA E A DIESEL USOS DO AR 1. Metabólico; 2. Transporte; 3. Comunicação; 4. Processos industriais; 5. Usos para combustão; = GASOLINA = DIESEL 0 50 100 150 200 CO HC Nox ODOR FUMAÇA 6. Lançamento e transporte de efluentes PQA = padrão de qualidade do ar A intensidade, a concentração, a quantidade e as características dos poluentes de forma a considerá-los normais PE = padrão de emissão A intensidade, a concentração, a quantidade máximas dos poluentes de forma a torná-los permitidos. PCP = padrão de condicionamento e projeto Características e condições de lançamento dos poluentes, bem como as características e condições de localização e utilização de fontes poluidoras. CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES DO AR 1. Quanto ao estado físico 2. Quanto a origem 3. Quanto a composição 4. Quanto aos efeitos fisiológicos (materiais, vegetação) 1. QUANTO AO ESTADO FÍSICO Pode se apresentar sob a forma de gases e vapores Sólido: fumos = formados pela condensação de vapores. Provém de um sólido Poeiras = ruptura mecânica de um sólido Líquido: névoas = rupturas mecânicas de um líquido Neblinas = condensação de vapor de um líquido Smoke (fumaça): combustão de matéria orgânica Bruma seca: suspensão de material particulado em grandes concentrações Fuligem: parte sólida da fumaça Smog: smoke + fog = Nox + Hidrocarbonetos sob a ação do sol (Nox = Óxido Nitroso) 2. QUANTO A ORIGEM POLUENTES PRIMÁRIOS: Sai da fonte de emissão e chega ao receptor sem transformações químicas. É fácil se chegar ao “culpado”. Exemplos: óxido de nitrogênio / Dióxido de enxofre / particulados / chumbo / mercúrio / etc. Características ambientais: - São estáveis - Integram nos ciclos biológicos; - São facilmente detectáveis em análise química; - Sua concentração depende da emissão e dispersão na atmosfera; - Controle direto na fonte; e - Solução: aperfeiçoamento e tecnologia. POLUENTES SECUNDÁRIOS: São emitidos, sofrem reações, são transformados e ataca o receptor. Não se descobre o “culpado”. - Formados na atmosfera a partir de poluentes primários; - São pouco estáveis (duração curta na atmosfera) e muito reativos; - Não integram na atmosfera por serem muito reativos; - Sua concentração depende dos percursores poluentes e da radiação que desencadeia reações seguintes; e - De difícil controle devido a dificuldade de descobrir a sua fonte (qual a origem). Exemplos: Ozônio: é extremamente reativo à oxidação - Na alta atmosfera retém raios ultra violetas - Na baixa atmosfera é tóxico PAN: componentes que formam a neblina ácida (raio UV e reação de Dióxido de nitrogênio) oxidante muito nocivo, causa mortalidade. NO BRASIL O PAN NÃO É MONITORADO. Zona interação química: surgem poluentes secundários Barreiras físicas: circulação atmosférica, serras (serra do mar), inversão térmica Principais fontes de poluentes primários do ar ( CETESB, 1988) Fontes Poluentes COMBUSTÃO MATERIAL PARTICULADO DIÓXIDO E TRIÓXIDO DE ENXOFRE MONÓXIDO DE CARBONO, HIDROCARBONETOS PROCESSO INDUSTRIAL MATERIAL PARTICULADO (FUMOS, POEIRA) GASES – HIDROCARBONETOS QUEIMA DE RESÍDUO SÓLIDO MATERIAL PARTICULADO E GASES OUTRAS HIDROCARBONETOS, MATERIAL PARTICULADO FONTES MÓVEIS VEÍCULOS - GASOLINA / DIESEL / ÁLCOOL, AVIÕES, BARCOS, MOTOCICLETAS, LOCOMOTIVAS, ETC. MATERIAL PARTICULADO, MONÓXIDO DE CARBONO, ÓXIDOS DE NITROGÊNIO, HIDROCARBONETOS, ÁCIDOS ORGÂNICOS FONTES NATURAIS MATERIAL PARTICULADO (POEIRAS), HIDROCARBONETOS Principais fontes de poluentes secundários do ar ( CETESB, 1988) Fontes Poluentes REAÇÕES QUÍMICAS NA ATMOSFERA EX.: HIDROCARBONETOS + ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (LUZ SOLAR) POLUENTES SECUNDÁRIOS – O3 , ALDEÍDOS, ÁCIDOS ORGÂNICOS, NITRATOS, ORGÂNICOS, AEROSSOL FOTOQUÍMICO, ETC. MONITORAMENTO SISTEMAS DE AMOSTRAGEM DE AR Passivos: por processo de adsorção. Substâncias que adsorvem poluentes e por análise química, “analisa-se” o teor, adquirindo a taxa média do poluente presente. Ativos: recolhem amostra, analisa e diagnostica. A chuva faz com que alguns poluentes do ar sejam lavados e passam a ser poluentes do solo. Plantas indicadoras: mostram na folha as conseqüências da poluição absorvendo a mesma. São exemplo de “monitoramento ativo”. PADRÕES DE QUALIDADE DO AR Visa a questão da saúde pública, não significam padrões de proteção de florestas ououtros seres vivos. PADRÕES NACIONAIS DE QUALIDADE DO AR (RESOLUÇÃO CONAMA N.º 3. DE 28/06/90) POLUENTES TEMPO DE AMOSTRAGEM PADRÃO PRIMÁRIO µµµµg/ m3 PADRÃO SECUNDÁRIO µµµµg/ m3 MÉTODO DE MEDIÇÃO PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO 24 horas (1) MGA (2) 240 80 150 60 AMOSTRADOR DE GRANDES VOLUMES DIÓXIDO DE CARBONO 24 HORAS (1) MAA (3) 365 80 100 40 PARAROSANÍLICA MONÓXIDO DE CARBONO 01 HORA (1) 08 HORAS (1) 40.000 (35 ppm) 10.000 ( 9 ppm) 40.000 (35 ppm) 10.000 ( 9 ppm) INFRAVERMELHO NÃO DISPERSIVO OZÔNIO 01 HORA (1) 160 160 QUIMIOLUMINESCÊNCIA FUMAÇA 24 HORAS (1) MAA (3) 150 60 100 40 REFLETÂNCIA PARTÍCULAS INALÁVEIS 24 HORAS (1) MAA (3) 150 50 150 50 SEPARAÇÃO INERCIAL/FILTRAÇÃO DIÓXIDO DE NITROGÊNIO 01 HORA (1) MAA (3) 320 100 190 100 QUIMIOLUMINESCÊNCIA (1) = NÃO DEVE SER EXCEDIDO MAIS QUE UMA VEZ AO ANO. (2) = MÉDIA GEOMÉTRICA ANUAL. (3) = MÉDIA ARITMÉTICA ANUAL. POLUENTES PARTICULADOS OU POEIRAS Metálicos: Quando apresentado de forma particulada, tem o poder acumulativo e, portanto, causa problemas ao meio ambiente. Quando acumula no sistema, passa a ser um problema muito sério (toxidade). Não metálicos: Quartzo (partículas de areia), rochas fragmentadas, cal, carbonatos, fertilizantes, amianto, etc. Não apresenta nenhum problema ao meio ambiente devido ao seu baixo percentual. Gases: Normalmente se dividem em dois grupos: Ácidos: (pH baixo) Combina com a água e gera ácido CL- / F- / NOX / SO2 / H2S = GERA H+ (Cloreto / Fluoreto / Óxido de Nitrogênio / Dióxido de Enxofre / Gás Sulfídrico = gera Hidrogênio) Oxidantes: (pH alto) Não se acumula e seu efeito maior é a queima (oxidação) Ex.: Ozônio Gera oxigênio livre = reativo e oxida EFEITOS CAUSADOS PELOS POLUENTES Ex.: - ácido fluorídrico = ataca o vidro - limão = ataca o mármore Chuva ácida (pH baixo) O pH depende do equilíbrio do gás carbônico dissolvido na água, gerando ácido carbônico e caindo o pH da água da chuva. Nh+4 → amônia = com a água possui caráter básico. DANOS PROVOCADOS PELA POLUIÇÃO DO AR EM MATERIAIS TIPO DE MATERIAL MANIFESTAÇÃO TÍPICA DO POLUENTE DANIFICANTE FATOR AMBIENTAL DANO VIDROS ALTERAÇÃO DA APARÊNCIA SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS UMIDADE METAIS DANO À SUPERFÍCIE, PERDA DO METAL, EMBAÇAMENTO DIÓXIDO DE ENXOFRE; SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS UMIDADE; TEMPERATURA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DESCOLORAÇÃO DIÓXIDO DE ENXOFRE; SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS; PARTÍCULAS UMIDADE PINTURA DESCOLORAÇÃO DIÓXIDO DE ENXOFRE; SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS; PARTÍCULAS UMIDADE; FUNGOS COURO DESINTEGRAÇÃO DA SUPERFÍCIE, ENFRAQUECIMENTO DIÓXIDO DE ENXOFRE; SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS PAPEL TORNA-SE QUEBRADIÇO DIÓXIDO DE ENXOFRE; SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS LUZ SOLAR TECIDOS REDUÇÃO DE RESISTÊNCIA À TENSÃO; FORMAÇÃO DE MANCHAS DIÓXIDO DE ENXOFRE; SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS UMIDADE; LUZ SOLAR; FUNGOS CORANTES DESBOTAMENTO DIÓXIDO DE NITROGÊNIO E DE ENXOFRE; OXIDANTES UMIDADE; LUZ SOLAR BORRACHA REDUÇÃO DE RESISTÊNCIA; ENFRAQUECIMENTO OXIDANTES LUZ SOLAR CONFERÊNCIAS DA ONU RELATIVAS AO MEIO AMBIENTE Histórico da consciência ambiental a) Décadas de 60 e 70 Na década de 60, foi criada a Agência de Proteção Ambiental (EPA), órgão regulador das questões ambientais nos Estados Unidos. Com a entrada em funcionamento da EPA, diversas leis importantes são promulgadas naquele país, destacando-se as seguintes: • Lei do ar puro • Lei da água pura • Lei de controle de substâncias tóxicas • Lei federal sobre inseticidas e fungicidas Nessa época, a preocupação ambiental apresenta-se fortemente reativa: • trata-se de corrigir os danos causados ao meio ambiente, depois de sua ocorrência. Poucos esforços são feitos para prevenir esses danos; • dá-se ênfase ao tratamento “fim-de-tubo” - os poluentes gerados nos processos produtivos e de consumo são simplesmente tratados, sem se adotar medidas que reduzam sua quantidade ou eliminem a sua produção. A legislação ambiental preocupa-se basicamente em punir os culpados. É o domínio do sistema “comando e controle”,com proibições e multas. Tratava-se, pois, de produzir a qualquer custo. A poluição era vista como decorrência normal do processo industrial, símbolo do progresso e preço a ser pago por ele. Essa atitude ficou claramente demonstrada pelo Brasil, por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972 (Estocolmo), em que nosso país defendeu o desenvolvimento a qualquer custo. A Conferência de Estocolmo foi marcada por duas posições antagônicas: • de um lado, os países desenvolvidos propondo um programa internacional de conservação dos recursos naturais, além de medidas preventivas imediatas, capazes de evitar um grande desastre; • do outro, os países em desenvolvimento, dentro de um quadro de miséria, com “seríssimos problemas de moradia, saneamento básico e doenças infecciosas e que necessitavam desenvolver-se economicamente. Questionavam a legitimidade das recomendações dos países ricos que já haviam atingido o poderio industrial com o uso predatório de recursos naturais e que queriam impor a eles complexas exigências de controle ambiental... (exigências) que poderiam encarecer e retardar a industrialização dos países em desenvolvimento” (São Paulo, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 1997). Ainda na Conferência de Estocolmo, a Assembléia Geral da ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente –PNUMA. O PNUMA tem sede em Nairobi (Kenya) e seus objetivos são: • facilitar a cooperação internacional no campo do meio ambiente; • promover o desenvolvimento de conhecimento nessa área; • monitorar o estado do ambiente global; • chamar a atenção dos governos para problemas ambientais emergentes de importância internacional No final da década de 70, mais precisamente em 1978, surge na Alemanha o primeiro selo utilizado para a rotulagem de produtos considerados ambientalmente corretos. Trata-se do selo verde que recebeu o nome de “Anjo Azul”. b) Década de 80 Em meados dos anos 80, algumas empresas começam a abandonar a visão de meio ambiente apenas como problema e custo. Essas empresas tornam- se pioneiras na pesquisa de métodos ambientais para poupar dinheiro e aumentar suas vendas. A indústria começa a se dar conta de que, para se manter competitiva, precisa definir o meio ambiente como uma oportunidade de lucro. Assim por exemplo, a DuPont conseguiu economizar US$ 50 milhões por ano, de 1985 a 1990, por ter gerado 450 mil toneladas a menos de resíduos nesse período. A mudança de postura da indústria evidenci-se também, na multiplicação de selos verdes. Porém, os primeiros selos verdes ainda se apoiavam em critérios simples, como a redução ou a eliminação de uma ou mais substâncias poluentes mais significativas do produto. Os estudos elaborados pelos selos verdes procuram cobrir desde a produção até o descarte final do produto. Surge, assim, a idéia de “ciclo de vida”. Os selos criados na década de 80 foram os seguintes: 1988- Canadá (Environmental Choice) 1988- Países Nórdicos (White Swan) 1989- Japão (Eco Mark) Em 1988 o Anjo Azul , pioneiro entre os selos ecológicos, já era aplicado em 3.500 produtos diferentes. O selo ecológico, apesar de voluntário, adquire força pelas leis de mercado, atingindo simultaneamentea indústria e o consumidor. Os selos verdes incentivam a indústria a aplicar métodos de produção com menor impacto ambiental. Eles também induzem o consumidor a adquirir produtos ambientalmente corretos. Paralelamente, “os grupos ambientalistas começam a ter sucesso em suas ações destinadas a influenciar a política das empresas, após o boicote de ativistas à cadeia de lanchonetes Burger King, em razão da destruição da floresta tropical brasileira para aumentar as áreas ocupadas por gado de corte, o Fundo de Defesa Ambiental desenvolveu um trabalho com aquela empresa para ajudar a diminuir o uso de poliestireno e lançar grandes programas de reciclagem.” (Callenbach et Alli, 1995). A indústria química reage às pressões produzidas por uma imagem pública em constante deterioração e cria no Canadá, em 1984, o programa Atuação Responsável (RESPONSIBLE CARE). Esse programa atualmente é adotado obrigatoriamente pelos membros da Associação das Indústrias Químicas (Chemical Industries Association). A Atuação Responsável baseia-se nos princípios da gestão da qualidade total e inclui: - a avaliação dos impactos atuais e potenciais, devidos às atividades e produtos químicos , sobre a saúde, segurança e meio ambiente; - a prestação de informações a todos os interessados. Ainda na década de 80 é lançado o conceito de desenvolvimento sustentável, desenvolvimento que atende às necessidades presentes, sem comprometer os recursos disponíveis para as gerações futuras. Esse conceito é apresentado pela primeira vez, em 1987, no relatório “Nosso Futuro Comum”, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Comissão Brundtland), criada em 1983 pela Assembléia Geral da ONU, sob influência da Conferência de Estocolmo. Segundo a Comissão, as políticas a serem desenvolvidas, dentro do conceito de sustentabilidade, devem atender aos seguintes objetivos: • retomar o crescimento como condição necessária para erradicar a pobreza; • mudar a qualidade do crescimento para torná-lo mais justo, eqüitativo e menos consumidor de matérias-primas e energia; • atender às necessidades humanas essenciais de emprego, alimentação, energia, água e saneamento; • manter um nível populacional sustentável; • conservar e melhorar a base de recursos; • reorientar a tecnologia e administrar os riscos; • incluir o meio ambiente e a economia no processo decisório (CMMAD; 1991, p.53) A preocupação com o futuro das pessoas, presente no conceito de desenvolvimento sustentável, é também algo novo no comportamento dos seres humanos. Esta preocupação exige um grande sentimento de solidariedade para com todos os seres vivos do planeta. Década de 90: Na década de 90 intensificou-se a criação dos selos verdes, atingindo tanto países desenvolvidos, como em vias de desenvolvimento: 1991- França (NF- Environment) 1991- Índia (Eco Mark) 1992- Coréia (Eco Mark) 1992- Singapura (Green Label) Esse novo grupo de rótulos ecológicos difere do primeiro, da década de 80, pois visam não apenas a eliminação de substâncias poluentes nos produtos, mas o impacto causado durante todo o ciclo de vida do produto. Trata-se de um novo conceito de desempenho ambiental dos produtos. A Comunidade Européia, por sua vez, vem instituindo uma série de medidas ambientais emitindo, por exemplo, regulamentos para rótulos ecológicos, para eco-auditorias, para embalagens e outros regulamentos que discutem as ações relacionadas com o ambiente e o desenvolvimento sustentável. - Conferência Cúpula da Terra (Rio-92) No final da década de 80 a ONU havia decidido organizar a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD). Esta Conferência, que ficou conhecida como “Cúpula da Terra” ou ECO 92, realizou-se no Rio de Janeiro em 1992 e contou com representantes de 172 países, inclusive 116 chefes de Estado. Paralelamente à Conferência, 4000 entidades da sociedade civil do mundo todo organizaram o “Fórum Global das ONGs”. Note-se que em Estocolmo-72 o número de ONGs havia sido bem menor, cerca de 500. O “Fórum Global” elaborou quase quatro dezenas de documentos e planos de ação, demonstrando o grau de organização e de mobilização atingido pelas ONGs nesta década final do século XX. Os documentos que resultaram da “Cúpula da Terra” foram os seguintes: I- Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Composta de 27 princípios orientando um novo tipo de atitude do ser humano na Terra, por meio da proteção dos recursos naturais, da busca do desenvolvimento sustentável e de melhores condições de vida para todos os povos. II- Agenda 21 É um importante plano de ação a ser implementado pelos governos, agências de desenvolvimento, organizações das Nações Unidas e grupos setoriais independentes em cada área onde a atividade humana afeta o meio ambiente. A execução da Agenda 21 deve levar em conta as diferentes condições dos países e regiões e a plena observância de todos os princípios contidos na Declaração do Rio Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Trata-se de uma pauta de ações a longo prazo, estabelecendo os temas, projetos, objetivos, metas, planos e mecanismos de execução para diferentes temas da Conferência. Esse programa contém 4 seções, 40 capítulos, 115 programas, e aproximadamente 2.500 ações a serem implementadas. As quatro seções da Agenda 21 abrangem os seguintes temas: • Dimensões Econômicas e Sociais: trata das relações entre meio ambiente e pobreza, saúde, comércio, dívida externa, consumo e população; • Conservação e Administração de Recursos: trata das maneiras de gerenciar recursos físicos para garantir o desenvolvimento sustentável; • Fortalecimento dos Grupos Sociais: trata das formas de apoio a grupos sociais organizados e minoritários que colaboram para a sustentabilidade; • Meio de Implementação: trata dos financiamentos e papel das atividades governamentais não governamentais. No Brasil, a Agenda 21 já está com versões propostas pelos Governos Federal e Estaduais, além de planos elaborados pelas prefeituras das capitais de Estado e de outros municípios. A Agenda 21 representa, atualmente, o resultado de um grande número de iniciativas da ONU que vão desde a Conferência Internacional sobre População - México -84, passando pela Conferência da Mulher (Nairobi-85), Protocolo de Montreal-87 sobre substâncias que agridem a camada de ozônio, até as conferências sobre educação ambiental (Tbilisi- 77) e educação (Tailândia-90). No Estado de São Paulo, a implementação da Agenda 21 foi iniciada através da criação de 10 programas prioritários contemplando o conjunto de capítulos do referido documento e que são os seguintes: • Programa Estadual de Apoio às ONGs, • Programa Estadual de Consumidor e Meio Ambiente, • Programa Estadual de Controle Ambiental; • Programa Estadual de Educação Ambiental; • Programa Estadual de Gestão Ambiental Descentralizada; • Programa Estadual de Mudanças Climáticas Globais; • Programa Estadual de Prevenção à Redução da Camada de Ozônio; • Programa Estadual de Proteção à Biodiversidade; • Programa Estadual de Recursos Hídricos; • Programa Estadual de Resíduos Sólidos. III- Princípio para a Administração Sustentável das Florestas Consenso global sobre o manejo, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas. Primeiro tratado da questão florestal a nível mundial, seu objetivo é a implantação da proteção ambiental de forma integral e integrada, sugerindo medidas para possibilitar a manutenção de todas as funções das florestas, que são apresentadas no documento. IV- Convenção da BiodiversidadeFoi assinada no Rio em 1992 por 156 Estados e tem como objetivos “ a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a divisão eqüitativa dos benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos, através da transferência apropriada das tecnologias relevantes, levando-se em consideração todos os direitos sobre tais recursos, e através da transferência apropriada das tecnologias relevantes...”(Artigo 1 da Convenção). Na prática, assistimos ao registro de patentes, na Europa e Estados Unidos, de produtos retirados de espécimes vegetais, principalmente da Amazônia. Enquanto isso é feito, os países em desenvolvimento, que abrigam essa biodiversidade, continuam dependentes do know-how estrangeiro. V- Convenção sobre Mudança do Clima A Convenção sobre Mudança do Clima foi assinada em 1992, no Rio de Janeiro, por 154 Estados e reflete a preocupação com o aquecimento de nosso planeta e seus efeitos sobre a sobrevivência do ser humano e as condições adversas sobre os ecossistemas. O aquecimento do planeta é produzido pelo aumento de concentração na atmosfera terrestre dos chamados gases estufa (principalmente gás carbônico emitido pela queima de combustíveis fósseis). A polêmica que tem se arrastado até a Conferência da ONU em Kyoto(Japão) envolve a questão da redução de tais emissões aos níveis de 1990 (ou a níveis ainda inferiores), por parte dos países industrializados - principais responsáveis pelo efeito estufa. Em Kyoto, os Estados Unidos mostraram-se relutantes em aceitar a proposta da União Européia: emissões em 2010 deveriam ser 15% menores que as de 1990. Os Estados Unidos, inclusive, procuram estender aos países em vias de desenvolvimento o compromisso de reduzir suas emissões. Estes, reunidos no G-77, grupo que compreende cerca de 130 países em Desenvolvimento (inclusive o Brasil), insistem que a conta deve ser paga pelos principais responsáveis - o que pode ser perfeitamente observado na tabela seguinte. EMISSÃO DE CO2 - QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (bilhões de toneladas de C em 1996) Ásia e Pacífico 2 América Latina 0,33 América do Norte 1,76 Oriente Médio 0,25 União Européia 0,96 África 0,20 China + Europa Oriental 0,90 Fonte: World Energy Council Union of Concerned Scientists (Folha de São Paulo-02/12/97) PRESSÕES AMBIENTAIS SOBRE AS EMPRESAS O emprego de substâncias e tecnologias perigosas ao meio ambiente, tanto nas guerras, como para fins pacíficos, foi gerando ao longo do tempo um movimento de questionamento sobre sua legitimidade e conveniência. Abaixo apresentamos uma lista de alguns dos fatos principais que forjaram a consciência ambiental da sociedade, dos governos e das empresas e instituições. • 1914-1918 – Primeira Guerra Mundial - 1 300 000 mortos por envenenamento pelo gás mostarda • 1945 (agosto) – Hiroshima (Japão) - 30 000 mortes instantâneas no momento da explosão nuclear • 1968 (maio) - Europa e Mundo - Primeiros movimentos “verdes” • 1976 (10 de julho) - Seveso (Itália) : vazamento de dioxina • 1984 (dezembro)- Bhopal (Índia): vazamento de gás tóxico em uma fábrica de pesticidas, matou mais de 2.500 pessoas • 1986 (26 de abril) - Rússia (Tchernobil): a explosão de um reator produziu interdição de uma grande área atingida pela radiação, proibição da importação pelos países da Comunidade Européia, de produtos agrícolas e pecuários, suspeitos de contaminação pela radioatividade e oficialmente, 31 mortes • 1989 (24 de março) Alasca : o petroleiro Exxon Valdez derramou 40 milhões de litros de petróleo na costa do Alasca, contaminando 1.600 km de praias, matando mais de 33 mil pássaros e um número não conhecido de peixes e animais marinhos • e a lista pode ser aumentada com outros acidentes...mas com uma diferença atualmente: grande repercussão na imprensa falada e escrita, mobilização da população atingida e seus representantes políticos ou de organizações não governamentais. Todos estes fatos catastróficos foram produzindo uma mudança gradativa de posturas da sociedade e de suas instituições, bem como das empresas, principalmente aquelas que empregam tecnologias de alto impacto ambiental. Mas, a mudança de atitude é sempre uma coisa gradativa, lenta e incompleta. E, assim, em uma mesma empresa podemos encontrar, convivendo lado a lado, posturas conservadoras, indiferentes, ou renovadoras. Essas posturas podem ser resumidas da seguinte maneira: • Ausência da consciência em relação às responsabilidades pela poluição: “A poluição é um mal necessário, símbolo do progresso tecnológico e elemento obrigatório de suas atividades”. “Nosso negócio é produzir e dar emprego. A poluição não nos diz respeito” • Consciência sem comprometimento: “a poluição existe, mas outros devem cuidar dela”. Trata-se de uma atitude reativa: fazer apenas o necessário, para evitar multas e punições; não destinar esforços e recursos para atacar as fontes de poluição. • Comprometimento : a poluição é um problema que deve ser resolvido por todos nós e atacado diretamente nas fontes geradoras (postura pró- ativa) • Sustentabilidade: nosso compromisso também se estende às futuras gerações. Os recursos naturais não foram herdados por nós, de nossos antepassados, mas tomados emprestados de nossos descendentes. Entretanto, não é possível ignorar as marcas deixadas pelos acontecimentos que levaram às normas ambientais da série ISO 14000: • grandes acidentes ambientais divulgados amplamente pela mídia; • direitos assegurados aos cidadãos- código do consumidor; • direitos assegurados pela Constituição e pela legislação ambiental; • análise da contabilidade ambiental das empresas, por parte de acionistas, credores e seguradoras; • marketing verde (produtos cuja produção e/ou utilização causam menor impacto sobre o meio ambiente); • atividade crescente das ONGs, que adquiriram base científica e tecnológica mais fundamentada e, por isso, deixaram de ser consideradas como simplesmente alarmistas; • pressão dos consumidores, manifestada tanto pela escolha de produtos ambientalmente corretos, como pela utilização de todos mecanismos disponíveis para fazer valer seus direitos- quando se sentir prejudicado pelos produtos que adquiriram. As empresas que investiram numa imagem “mais verde”, utilizando processos menos poluidores, e que colaboraram para a preservação do meio ambiente são mais respeitadas, tem a simpatia do público e crescem mais do que as outras. CONTROLE DE POLUENTES ATMOSFÉRCOS POLUIÇÃO Definição: é qualquer tipo de matéria ou energia que ingressa no “sistema”, fora do padrão determinado como “normalidade” (o que espera em condições não alteradas do dia à dia). A poluição não se restringe à matéria, ou a um produto emitido pelo homem, na verdade, envolve mais que a matéria e o comportamento humano. Definição Segunda a LEI N.º 997 DE31/05/1976 – DECRETO 8468 DE 08/09/1976, POLUIÇÃO É: “Matéria ou energia em quantidades tais que possam causar danos ou incômodos à população e danos aos materiais, flora e fauna.” POLUIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 1,25 bilhões de pessoas vive em cidades com níveis inaceitáveis de matéria particulada em suspensão na atmosfera. A poluição associa-se à idéia de modificação, tanto na estrutura quanto na composição dos ecossistemas, causando prejuízo aos seres vivos. Neste contexto está a atmosfera, que mais e mais sofre alterações devido à emissão de resíduo sólidos e gasosos em quantidade superior à sua capacidade de absorção. Essa poluição deriva de várias fontes: ♦ Dos meios detransporte, que nas cidades são responsáveis pela maior parte da poluição atmosférica, pois emitem gases como o monóxido e o dióxido de carbono, óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre, derivados de hidrocarbonetos e chumbo; ♦ Das industrias que, além do gás carbônico, também emitem enxofre, chumbo e outros metais pesados e diversos resíduos sólidos; ♦ Das queimadas das matas que também geram altos índices de gás carbônico; ♦ Da incineração de resíduos sólidos; ♦ Da poluição natural provocada pelas erupções vulcânicas. PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DA ATUALIDADE Inúmeros são os problemas ambientais em todo mundo, atualmente. Desde uma simples embalagem plástica que se descarta até o vazamento de radioatividade das usinas nucleares e os resíduos eliminados pelas espaçonaves que investigam outros corpos celestes, há agressão à natureza. Em maior ou menor escala esses problemas acontece longe e perto de todos nós. Citaremos apenas alguns mais significativos, por se tratarem de questões que se estendem a todo o mundo. � Efeito estufa – O que é este efeito? � Desmatamento; � Camada de Ozônio; � Chuvas Ácidas e � Inversão Térmica. QUANTIFICAÇÃO DE EMISSÃO Destaca-se também a palavra quantidade e aqui tem-se uma abertura importantíssima para a base do controle da poluição do ar, pois já no conceito temos embutido a definição de padrões ou seja, das quantidades mínima de determinado poluente que se podem admitir nas chaminés (padrão de emissão) ou no meio ambiente (padrão de qualidade), sem que as mesma possam causar algum tipo de efeito danoso e se constituírem em poluição propriamente dita. Isto é muito importante, pois a poluição vai realmente existir a partir de determinada quantidade. Pode-se admitir a presença de quantidades residuais, que não causam efeito danosos e que também devem ser tecnicamente admitidas, pois não existem controle absolutos para os poluentes atmosféricos. Não existem equipamentos de controle da poluição do ar com 100% de eficiência. A presença de poluentes no ar atmosféricos é mais antiga do que a própria presença do homem na face da Terra. Os problemas de poluição atmosférica dos grandes centros urbanos estão, sem dúvida, relacionados com a queima de combustível, seja ela nas fontes de poluição denominada estacionária e móveis. O que são fonte estácionária e móvel? Fontes estacionária – fornos, caldeiras, inceneradores e outros equipamentos fixos constantes dos arranjos físicos dos nossos ambientes industriais, comerciais ou institucionais. Fontes móveis – constituindo-se estas dos nossos veículos automotores, ônibus, caminhões, trens, aviões, etc... FUMAÇA Mas por que a queima é tão importante? Por que a queima gera poluição do ar? Para responder estas questões, temos que conhecer o processo de combustão, que nada mais é do que uma reação de oxidação, ou seja, a reação de alguns composto presentes nos diversos combustíveis com o denominado comburente, o oxigênio presente no ar atmosférico. Dos composto presente nos combustíveis, o mais importante e o carbono ( C ), que ao reagir, de modo completo, com o oxigênio produz gás carbônico ( CO2) e liberando calor, que pode ser aproveitado para aquecimento de ambientes, cozimento de alimento, etc,. Porem é muito difícil ser esta transformação realizada totalmente de forma completa. Por melhor que o combustível se misture com o comburente, sempre haverá uma parcela de carbono presente que não consegue se oxidar, dando origem à fumaça, A Fumaça é constituída por aquelas partículas preta muito pequena, que notamos nas saídas das diversas chaminés como também nos tubos de descargas de gases dos veículos. Poderá haver também uma oxidação apenas parcial, originando-se o monóxido de carbono (CO), que pode, dependendo da concentração que alcançar, apresentar-se como um poluente terrível, causando efeitos muito graves ao organismo humano, pois tem a capacidade de ocupar o lugar do oxigênio transportando, pela hemoglobina do sangue, para os diversos órgãos do corpo humano, que necessitam de oxigênio para o desempenho das suas funções e não da substância indesejável e tóxica que é o monóxido de carbono (intoxicação). PADRÕES DE QUALIDADE DO AR Variáveis consideradas para avaliação de qualidade do ar: • Material particulado (MP) • Dióxido de enxofre – SO2 • Monóxido de carbono – Co • Oxidantes fotoquímicos Sinergismo: é a interferência de uma substância na ação de outra substância como se esta última estivesse em uma concentração maior ( a presença de uma substância potencializa o risco que a outra apresenta) No caso de poluição do ar, o sinergismo ocorre na presença de material particulado e Dióxido de enxofre. MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO 1. Planejamento territorial e zoneamento: • Descentralização industrial e urbana • Autorização para implantação de indústrias • Distribuição adequada das indústrias • Áreas de proteção sanitária (cinturões verdes) • Racionalização de transportes (coletivos, elétricos, escalonamento de horários, etc.) 2. Eliminação ou minimização na fonte • Regulamentação restrita sobre matérias primas e operações industriais • Substituição de matéria prima • Modificações de processos ou operações • Manutenção e operação adequada dos equipamentos • Tratamento adequado e melhora do sistema de coleta de despejos, resíduos, esgotos, etc. • Disposição adequada dos resíduos • Lançamentos de acordo com condições meteorológicas. 3. Tratamento efetivo antes do lançamento: • Ventilação local exaustora (VLE) utilizando equipamentos de controle de poluição (ECP) 4. Diluição: • Chaminés 5. Outras: • Legislação, fiscalização, educação, incentivos fiscais FONTES DE POLUIÇÃO 1. A queima de combustível, por não ser completa, há formação de resíduos; 2. Grande problemática referente aos poluentes emitidos em forma de material particulado; 3. Poluentes emitidos em forma de gases e vapores Exemplo: FORNO Poluição de oxidação de constituintes do combustível. Apresenta formas de poluição: Partículas - Poeira: ação mecânica (ex.: Vento na rua) - Fumaça: carbono que não oxida na queima - Fumos metálicos: sublimação de vapores de metais - névoas: condensação de partículas Poluentes Originados pela Queima incompleta - C: o carbono que não oxida e se libera em forma de fumaça; - C + o = Co: carbono oxidado parcialmente (poluente); - Hc: Hidrocarbonato não oxidado - ADL: evaporação sem ser oxidada - CO2: não é toxico e não possui odor, porém ocupa as camadas superiores da atmosfera e contribui para o ataque da camada de ozono (efeito estufa). - H2S: sulfeto de hidrogênio é um gás perigoso, de ação tóxica rápida. EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR O conjunto de equipamentos tem o objetivo de coletar partículas e os gases e vapores. O equipamento que faz as duas funções ao mesmo tempo, não trabalha eficientemente. Eficiência: quanto maior a retirada da poluição, mais eficiente. ηηηη = massa retirada x 100 = massa que entra Massa retirada = a eficiência mais usada é referente à massa que o equipamento consegue retirar (existem números de partículas, porém é pouco usado). A característica mais importante na estimativa da eficiência, é o conhecimento da distribuição dos tamanhos das partículas poluentes (01 mícron à 100 micra) µ = mícron : milésima parte de um milímetroAs partículas menores são mais difíceis de serem coletadas, variando a eficiência de acordo com o tamanho da partícula a ser coletada. Quanto menor a partícula pior é para a saúde pois, nem sempre o maior dano é causado pela quantidade mas sim pelas partículas inaladas, portanto as menores, sem considerar a sua toxidade (ex.: Chumbo). CONTROLE EM FONTES FIXAS Fornos, caldeiras, peneiras, etc. 1 – MATERIAL PARTICULADO a) Coletores gravitacionais: Sistema de ventilação exaustora possui uma “câmara de sedimentação gravitacional” cujo mecanismo aproveita a ação da gravidade sobre a partícula (eficiência 10%). A câmara é um alargamento de duto que diminui a velocidade do efluente gasoso, ajudando a ação da gravidade, sedimentando as partículas na superfície de coleta do equipamento. É um equipamento de baixa eficiência, pois as partículas pequenas quase não são coletadas. Normalmente estes equipamentos são “pré- coletores”, retendo as partículas maiores e deixando as menores para equipamentos seqüenciais mais eficientes. Para se aumentar à eficiência se faz uma câmara com bandejas, onde se espalha o efluente dando maior oportunidade à sedimentação das partículas, porém ocorre um aumento de perda de carga. b) Coletores centrífugos: A coleta das partículas é feita pela ação da força centrífuga sobre as mesmas. Ao entrar no equipamento o efluente gira em torno do mesmo e depois volta para o outro cilindro (um cilindro externo para a entrada e outro interno para a saída). As partículas são arrastadas para a parede do equipamento ficando presas, sendo que com uma agitação mecânica destas paredes as partículas são coletadas. Pode apresentar eficiência maior considerando partículas de mesmo tamanho. Sua eficiência aumenta quanto maior for a força centrífuga. SAÍDA DO GÁS LIMPO ENTRADA DO GÁS Apresenta maior eficiência que o “gravitacional”, portanto são considerados equipamentos de média eficiência. Vários conjuntos de ciclones trabalhando juntos são os chamados “multiciclones”, dimensionado de forma que a vazão total seja distribuída igualmente em todos os ciclones. c) Filtro de mangas Possui melhor eficiência (acima de 90%). Consiste em um sistema de filtros de pano, onde o efluente inicialmente passa por um sistema de sedimentação das partículas maiores e em seguida, por um duto de pano (mangas) onde ficam retidas as partículas menores. O sistema funciona por sucção e a coleta é feita pela superfície da manga. Quando o filtro fica sujo, o sistema perde a ação filtrante sendo necessário sua limpeza. Ex: Aspirador de pó. d) Precipitador eletrostático Possui eficiência acima de 90%. Tem a finalidade de carregar eletrostaticamente as partículas do efluente gasoso. Trabalhando com carga/coleta, segura até mesmo as partículas pequenas. Funciona carregando o material particulado com eletrodos, estabelecendo uma diferença de potencial grande e gerando campos eletromagnéticos e, desta forma, ionizando as partículas. Através do choque entre as partículas carrega as moléculas para em seguida passar por uma placa coletora. 2 – GASES E VAPORES Principais poluentes emitidos na forma de gases: SAÍDA DO PÓ COLETADO SO2 = oxidação do enxofre Ozônio = poluentes secundários Primários: SO2, Monóxido de carbono, ÓXIDOS de nitrogênio, sendo que o principal poluente a nível industrial é o enxofre; Mercaptanas (compostos em concentrações baixas que causam incômodos); graxarias, etc. A “eficiência do controle” é a mesma só que não se trabalha com tamanhos de partículas e sim em relação a “massa do gás” poluente retirada do efluente gasoso. A) Incineração: Serve para destruir gases através da queima, aumentando a temperatura e destruindo os poluentes. O efluente gasoso entra no compartimento para pré aquecer e seguir para a câmara, onde um combustível auxiliar eleva a temperatura produzindo a queima do poluente. Este aumento de temperatura ocorre por queima de combustível no início do processo (ex.: Gás natural) que não causa resíduos para não gerar produto desta combustão, sendo que o resto do processo trabalho sozinho. B) torres de absorção Processo de absorção: analogia com transferência de calor Absorção: ação de absorver - fenômeno de transporte de massa do poluente de fase gasosa que passa para a fase líquida. Nas “torres de absorção” os gases ou vapores poluentes são retirados do efluente gasoso através da difusão, correspondendo à um processo de transporte de massa e estabelecendo um gradiente de concentração. Para o transporte de massa é necessário o gradiente de concentração, ou seja, a concentração de poluente no gás é alto e no líquido é zero; com o contato ocorre uma difusão (transporte) de massa. Este processo é ajudado pela solubilidade. A “torre de absorção” é uma coluna de enchimento (com materiais especiais), onde o efluente gasoso sobe percorrendo os caminhos preferenciais e o efluente líquido desce, favorecendo o contato entre as duas fases (gasosa e líquida). C) torre de adsorção Adsorção: transporte de massa de fase gasosa para a superfície de um sólido poroso. Na “torre de adsorção” tem-se um processo de difusão com o transporte do poluente para a superfície de um material sólido (adsorvente) retendo-se por ações físicas. Na fusão (transporte de massa) de poluentes em fase gasosa para a superfície de um sólido, normalmente é usado o carvão (carvão = altamente poroso). Normalmente se usa um leito de carvão onde o efluente gasoso se espalha. Também existe a adsorção química (com alterações e reações químicas no leito). D) condensador Equipamento de baixa eficiência. Faz o vapor se condensar, resfriando o efluente gasoso ou aumentando a pressão. Normalmente se usa a diminuição da temperatura fazendo o efluente gasoso passar por um trocador de calor (processo de refrigeração). O efluente não se mistura com o agente condensador (refrigeração). VENTILAÇÃO A ventilação de processos e operações que emitem contaminantes e a ventilação de ambiente em geral constituem um dos mais importantes métodos de controle, e sua apresentação representa o principal objetivo deste trabalho. Consiste na movimentação do ar por meios naturais ou mecânicos, quer introduzido-o num ambiente (insuflação – ventilação “entrada de ar para o ambiente”), quer retirando-o desse ambiente (exautão – lançamento do ar para fora do ambiente). O ar entra e sai continuamente de todo recinto ou edifício através das portas, janelas, fendas e outras aberturas. Se essa troca de ar é causada por condições naturais, diz-se que a ventilação é natural; se é efetuada por ventiladores ou outros meios mecânicos, a ventilação é chamada de mecânicas ou artificial. Dentro de recintos e edifícios, o ar é mantido em circulação por diferença de pressão, diferença de temperatura, pela movimentação dos ocupantes e equipamentos, e/ou por ventiladores. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Aspectos Gerais A importância da presença do ar em todos os ambientes de trabalho está além sua conhecida, mas esquecida, importância como fonte de oxigênio para o metabolismo do homem. Inicialmente o ar é o elemento que , de maneira contínua e permanente, independente de meios artificiais, mantém o contato direto entre o ambiente ocupacional e o meio ambiente geral. Contendo vapor d’água e estabelecendo a temperaturanatural do ambiente, é responsável pela sensação de conforto térmico; sendo o meio material de propagação das ondas sonoras, tem sua importância no conforto acústico; é um veículo que transporta as impurezas nele suspensas e dispersas até as vias de penetração e absorção do organismo; transporta essas mesmas impurezas do ambiente externo ao ocupacional e vice-versa. Devido a esses fatos, sua movimentação no ambiente de trabalho, conhecida como ventilação, quer provocada por meios naturais, quer por meios artificiais, deve ser criteriosamente planejada, executada e alterada quando necessário, a fim de que sejam prevenidos danos à saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores, e inclusive danos à propriedade. Essa movimentação do ar entre dois pontos, por meios naturais ou mecânicos, processa-se pelo estabelecimento de uma diferença de pressão entre os dois pontos. Evidentemente o ar pode ser condicionado artificialmente. Segundo definição da American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engeneers. ASHRAE. “ar condicionadpo é o processo de tratamento do ar de modo a controlar simultaneamente a temperatura, a umidade, a pureza e a distribuição, para tender as necessidades do recinto condicionado”, ocupado ou não pelo homem. As aplicações do ar condicionado são inúmeras, podendo ser citadas, entre outras, as seguintes: a) processos de fabricação de certos produtos que devem ser feitos em recintos com umidade, temperatura e pureza controladas; por exemplo, fabricação de produtos farmacêuticos, impressão de cores, salas de desenhos de precisão, etc.; b) conforto do indivíduo e produtividade; c) hospitais – salas de operação e de recuperação, quarto para tratamento de doentes alérgicos. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO O autor, Silas Fonseca classifica os sistemas de ventilação, segundo as principais finalidades a que se destinam, conforme segue. Ventilação geral (por insuflação, por exaustão, ou por insuflação-exaustão) VENTILAÇÃO PARA MANUTENÇÃO DO CONFORTO E EFICIÊNCIA DO HOMEM É conseguida através: a) do restabelecimento das condições atmosféricas alteradas pela presença do homem; b) da refrigeração do ar ou do homem; c) do aquecimento do ar no inverno. VENTILAÇÃO PARA MANUTENÇÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO HOMEM É conseguida através: a) da redução da concentração de aerodispersóides nocivos até que baixe a valores compatíveis com a saúde; b) da manutenção da concentração de gases, vapores e poeiras, inflamáveis ou explosivos, fora das faixas de inflamabilidade ou de explosão. VENTILAÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS POR IMPOSIÇÃO (POR IMPOSIÇÃO TECNOLÓGICA) Ventilação local (por exastão do ar, junto à fonte de produção de um poluente nocivo à saúde, antes de sua dispersão na atmosfera ambiente) A ventilação local visa, basicamente, à manutenção da saúde e da segurança do trabalhador, embora tenha influência, até certo ponto, nas condições relacionadas a seu conforto e eficiência. NECESSIDADES HUMANAS DE VENTILAÇÃO A ventilação de residências, espaços comerciais e escritórios, é necessária para controlar odores corporais, fumaça de cigarro, odores de cozinha e outras impurezas odoríferas, e não para manter a quantidade necessária de oxigênio ou remover o dióxido de carbono produzido pela respiração. Isso é verdadeiro, pois a construção-padrão de edifícios para ocupação humana não pode prevenir a infiltração ou a saída de substância e de quantidades de ar, mesmo quando todas as janelas, portas e aberturas no forro estiverem fechadas. Dados publicados sobre as quantidades de ar normalmente disponíveis pela ventilação natural ou infiltração indicam que a sufocação por deficiência de oxigênio ou excesso de gás carbônico, como resultantes da respiração humana, é potencialmente impossível em construções não subterrâneas. Composição do ar A composição aproximada do ar sob três diferentes condições é dada na Tab. 1.1. simples cálculos, demonstrarão que o homem não requer mais do que algumas centenas de pés cúbicos de ar por hora para satisfazer suas demandas de oxigênio e diluir o dióxido de carbono em concentrações não-nocivas. Um homem, mesmo em trabalhos pesados, respira cerca de 40 litros de ar por minuto, consome cerca de 2 litro de oxigênio, e produz cerca de 1,7 litros de dióxido de carbono. Mackey oferece uma interessante hipótese sobre as alterações físicas e químicas que ocorrem com o ar interno num ambiente, como resultado da ocupação humana, como segue. Um adulto em repouso usa, em um minuto, cerca de 240 ml de oxigênio e produz cerca de 200ml de dióxido de carbono. A 70 oF, ele perde, em uma hora, cerca de 300 Btu de calor sensível e 0,1 libra de vapor d’água. Admitindo, para simplificação, que essas taxas permaneçam constantes ( o que não acontece na realidade), se um adulto estiver confinado a um ambiente completamente vedado e termicamente isolado, com 1.000 pés3 de volume, inicialmente a 70 oF (ignorando-se a umidade), a temperatura aumentará para 100 oF, em menos de duas horas, enquanto que serão necessárias 75 horas para reduzir o oxigênio para 16% e aumentar o dióxido de carbono para 5%. Nesse caso extremo, a alteração física é mais perigosa do que a alteração química. TABELA 1.1 composição do ar (porcentagem em volume) Coponente Ar externo (seco) Ar interno (21o C, U.R. 50%) Ar expirado (36o C, U.R. 100%) Gases inertes 79,00 78,00 75,00 Oxigênio 20,97 20,69 16,00 Vapor d’água 0,00 1,25 5,00 Dióxido de carbono 0,03 0,06 4,00 O dióxido de carbono como um índice das necessidades de ventilação Experiência já há muito realizadas (1963) concluíram que a concentração de dióxido de carbono no ar de ambientes ocupados não é um índice adequado das necessidades de ventilação, sob o ponto de vista de suprimento de ar exterior e intensidade de odor. TABELA 1.2 Quantidades recomendadas de ar por pessoa no ambiente Ar externo (pes3 / min. pessoa) Tipo de espaço ou ocupação 5 – 10 Bancos, auditórios, igrejas, teatros, grandes lojas, espaços onde não se fuma, etc.. 10 – 15 Apartamento, barbearias, institutos de beleza, quarto de hotel, espaços onde se fuma pouco 15 – 20 Lanchonetes, restaurantes, quartos de hospitais, espaços onde se fuma moderadamente 20 – 30 Bares, escritórios privados, espaço onde se fuma bastante 30 – 60 Salas de reuniões, boates, espaço onde se fuma demasiadamente Efeito do tamanho do ambiente ocupado em função das necessidades de ventilação Grandes salas têm uma vantagem sobre as pequenas, pois agem como reservatórios, permitindo que os odores do corpo desapareçam com no mínimo suprimento de ar exterior e que haja máxima eficiência de ventilação. Uma pequena sala requererá um maior suprimento de ar por pessoa, para controle de odores. A tabela 1.3 apresenta as necessidades de ar para diluição de odores corporais, mostrando o que foi anteriormente mencionado. TABELA 1.3 Necessidades de ar externo para diluição de odores corporais Volume do espaço (pés3 / pessoa) Suprimento de ar exterior ( pés3/min. pessoa) Tipo de ocupantes 100 29 Escolas de crianças 100 25 Adultos sedentários 200 21 Escolas de crianças 200 16 Adultos sedentários 300 17 Escolas de crianças 300 12 Adultos sedentários 500 11 Escolas de crianças 500 7 Adultos sedentários Pés3 = 0,0283 m3 M3 = 3531pés3 TOXICOLOGIA INDUSTRIAL GENERALIDADES SOBRES TOXICOLOGIA A toxicologia pode se definida como o estudo das ações nocivas de produtos químicos sobre mecanismos biológicos.Evidentemente o toxicologista, na procura de informações relacionadas com essas ações nocivas, adquire também informações relevantes, quanto ao graus de segurança no uso desses produtos. A toxicologia moderna é um campo multidisciplinar, e depende do conhecimento e do desenvolvimento de uma série de ciências básicas como a física, a químicas, a físico-química, a biologia e, em particular, a bioquímica. Para adequada compreensão dos problemas toxicológicos são necessários conhecimentos da fisiologia, de estatística, e de saúde pública. A patologia é considerada parte da toxicologia, pois um efeito nocivo de um produto químico sobre uma célula, tecido ou órgão, deve manifestar-se necessariamente sob a forma de anormalidades grosseiras, microscópicas e sub-microscópicas. O campo mais intimamente ligado com a toxicologia é a farmacologia, pois o farmacologista deve compreender não somente os efeitos benéficos das substâncias químicas, mas também os efeitos nocivos dessas substâncias com fins terapêuticos. A toxicologia tem se desenvolvido em três aspectos principais, dependendo do interesse presente: toxicologia ambiental, toxicologia econômica (utilitária), e toxicologia forense, conforme a Fig. 3.1. A toxicologia ambiental é o ramo da toxicologia que trata da exposição casual do tecido biológico e, mais especificamente, do homem a produtos químicos basicamente poluentes de seu ambiente e de seus alimentos. É o estudo das causa, condições, efeitos e limites de segurança para tais exposições. Figura - Desenvolvimento da Toxicologia A toxicologia econômica é o ramo da toxicologia que trata dos efeitos nocivos de produtos químicos intencionalmente administrados ao tecidos biológicos, com o propósito de obter-se um efeito especifico. A toxicologia forense é o ramo da toxicologia que trata dos aspectos médico-legais de efeitos nocivos de substâncias químicas sobre os seres humanos. A toxicologia forense envolve as condições de exposição aos agentes tóxicos, quer acidentais, quer intencionais. AGENTES TÓXICOS INTRODUÇÃO O homem, desde o início da civilização, em sua procura por alimentos, deve Ter tentado comer uma variedade de materiais de origem vegetal e animal. É provável que, através dessa experiência, ele tenha determinado que certas substâncias, principalmente vegetais, quanto ingeridas, produziam doença ou causavam a morte, ou serviam como uma forma desejável de alimento. Por isso, parece razoável conceber que o homem logo reconheceu que havia conseqüências danosa ou benéfica associadas com a ingestão de materiais pelo seu organismo. Todos os materiais podiam ser colocados em duas classes: seguros ou nocivos. Assim, a palavra “veneno” seria o termo utilizado para os materiais que fossem benéficos e necessários para que o organismo funcionasse. Esse conceito, envolvendo a divisão dos produtos químicos em duas categorias, tem persistido até hoje e, como tal, serve um propósito útil na sociedade. Ele prontamente coloca certas substâncias animais e vegetais, e todos os produtos químicos distintamente nocivos, numa categoria, para a qual é dado o devido respeito. Contudo, num sentido estritamente cientifico, tal classificação não é segura. Reconhece-se, atualmente, que não é possível estabelecer uma rigorosa linha de separação entre materiais benéficos e materiais nocivos. A experiência tem mostrado que é mais razoável considerar a existência de graus de segurança e de graus de risco, na utilização de um determinado material. Mesmo a mais inócua das substâncias, quando absorvida pelo organismo humano em quantidades suficientemente elevadas pode ocasionar efeitos indesejáveis, ou mesmo distintamente nocivos. Do mesmo modo, o mais nocivo de todos os produtos químicos, pode ser absorvido, em quantidade suficientemente pequena, sem causar nenhum dano ao organismo. CONCEITO DE TOXICIDADE Toxidade é uma propriedade inerente a todas matérias. Manifesta-se num ambiente fisiológico vivo, produzindo uma alteração indesejável do mesmo, que, se suficientemente intensa, é chamada de dano. O dano é produzido em resposta a alguma dose de uma substância. A dose é a quantidade da substância experimentada nem dado intervalo de tempo. Algebricamente, a dose pode ser expressa pela regra de Haber, em sua forma mais simples, Ct = K = algum ponto final, usualmente morte, onde C é a concentração e t o tempo. A constante K é usualmente LD50 ou LC50; LD50 é a dose de um agente tóxico que matará 50% de um grupo de animais de teste; LC50 é a concentração de uma dada substância que quando inala num determinado período de tempo, mata 50% dos animais sob o teste. A toxicidade pode também ser entendida como o efeito liquido de duas reações opostas: (1) substância tóxica agindo sobre o organismo, e (2) o organismo agindo sobre as substâncias tóxicas. O efeito liquido é uma redução no potencial tóxico. Isso pode ser observado na figura abaixo. O reconhecimento dessa duas reações opostas permite diversos prognósticos com relação à toxicidade: (a) a toxidade observada será sempre menor que a verdadeira, ou toxicidade potencial; figura A figura acima mostra que diversas reações ocorrem em combinação para reduzir a concentração do agente tóxico através de uma série de vias de excreção e eliminação. Os processos metabólicos reduzem ainda mais a concentração efetiva do agente tóxico no organismo; contudo, muitas vezes, os produtos resultantes da desintoxicação podem aumentar a toxicidade. Pelo fato de uma substância poder ser tóxica para um determinado espécime biológico e, ao mesmo tempo, inócua para outro, ao serem usados os termos tóxico e toxicidade, é necessário identificar i mecanismo biológico sobre o qual o efeito danoso é produzido. SINERGISMO E ANTAGONISMO Sinergismo pode ser definido como o aumento da toxicidade acima daquela comumente expressada, quando o agente tóxico é utilizado em combinação com outra substâncias. Antagonismo é a expressão oposta á toxicidade, quando duas ou mais substâncias estão presentes no organismo; o antagonismo pode resultar na completa eliminação dos efeitos tóxicos, ou a toxicidade pode ser parcialmente reduzida. RISCO E SEGURANÇA Pode-se conceituar risco como a probabilidade de ocorrência de um dano quando se utiliza a substância de um determinado modo e numa particular quantidade; e segurança como a certeza prática de que um dano não irá ocorrer quando a substância for utilizada de um determinado modo e numa particular quantidade. Observação. Toxicidade de uma substância; risco ou segurança no uso da substância. Os elementos básicos a serem considerados na avaliação de um risco no uso de uma substância são: a) toxicidade da substância usada; b) propriedades física da substância; c) probabilidade de absorção da substância pelo indivíduo; d) a extensão e a intensidade de exposição a essa substância; e) medidas de controle utilizadas. OCORRÊNCIA DOS AGENTES TÓXICOS Os agentes tóxicos, especificamente designados em saúde ocupacional como agentes químicos de doenças profissionais, podem ocorrer nos estado sólido, liquido ou gasoso. Quando no estado sólido ou liquido, podem apresentar-se finamente divididos e suspensos no ar como material particulado, com importante significado higiênico. Os agentes que se apresentam no estado gasoso são constituídos pelos gases e vapores, sendo que estes últimos representam o estado gasoso de materiais que são sólidos ou líquidos nas condições normais de pressão e temperatura. Uma das propriedades mais importante desses agentes é sua capacidade de misturar-se intimamente com o ar, tornando-se parte domesmo; inicialmente pode haver uma certa estratificação, devida as diferenças de densidade. Contudo, uma vez misturados, não há uma separação importante, apesar dessas diferenças. As partículas sólidas e liquida suspensa no ar podem ser classificadas de acordo com sua formação em poeiras, fumos e névoas. Poeiras São partículas sólidas, em geral com diâmetros maiores que 1 micro, resultantes da desintegração mecânica de substância orgânicas ou inorgânicas, seja pelo simples manuseio, seja em conseqüência de operações de trituração moagem, peneiramento, broqueamento, polimento, detonação, etc. Como exemplo, podemos citar as poeiras de sílica, asbestos e carvão. Fumos São particulas sólidas, em geral com diâmetros menores que 1 m, resultantes da condensação de vapores, geralmente após volatilização de metais fundidos, e quase sempre acompanhada de oxigenação. Ao contrário das poeiras, os fumos tendem a flocular. Os fumos podem forma-se também pela volatilização de matérias orgânicas sólidas ou pela reação de substâncias químicas, como na combinação de ácidos clorídricos e amoníaco. VI- Névoas São particulas liquidas (goticulas), comumente com diâmetro entre 0,1 e 100 m, resultantes da condensação de vapores sobre certos núcleos, ou da dispersão mecânicas de liquidos, conseqüente a operações ou ocorrências como a nebulização, borbulhamento, respingos, etc. como exemplo podemos citar névoas de ácidos crônicos, de ácidos sulfúrico e de tinta pulverizada. CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICAS DOS AGENTES TÓXICOS Os tipos de ação fisiológicas de um agente tóxico sobre o organismo depende da concentração na qual está presente. Por exemplo, um vapor, numa determinada concentração, pode exercer sua principal ação como anestésico, enquanto que uma menor concentração do mesmo vapor pode, sem efeito anestésico, danificar o sistema nervoso, o sistema hematopoético, ou algum órgão visceral. Por esse motivo, é impossível, freqüentemente, colocar-se um agente tóxico nu,a única classe. Patty sugere a classificação que segue. VII- Irritantes São corrosivos e vesicantes em sua ação. Tem essencialmente o mesmo efeito sobre homens e animais, e o fator concentração é muito mais importante que o fator tempo de exposição. Algumas irritantes representativos são: a) irritante que afetam principalmente o trato respiratório superior – aldeídos (aldeídos acético, acroleína, aldeído fórmico), poeiras e névoas alcalinas, amônia, ácidos crônico, óxido de etileno, ácido clorídrico, fluoreto de hidrogênio, dióxido de enxofre; b) irritante que afetam principalmente o trato respiratório superior e os pulmões – bromo, cloro, óxido clorados, fluor, iodo, ozona, cloretos de enxofre, tricloreto de fósforo; c) irritantes que afetam principalmente o trato respiratório inferior – dióxido de nitrogênio, fosgênio, tricloreto de arsênio. VIII- Asfixiantes Exercem sua ação interferindo com a oxidação dos tecidos. Podem ser divididos em asfixiantes simples e químicos. Os asfíxiantes simples são fisiologicamente gases inertes que agem principalmente por diluição do oxigênio atmosférico abaixo da pressão parcial necessária para manter uma saturação de oxigenio do sangue suficiente para a respiração normal do tecido. Os asfixiantes químicos, por outro lado, através de uma ação química, impedem o transporte do oxigênio pelo sangue ou impedem a oxigenação normal dos tecidos, mesmo que o sangue esteja bem oxigenado. Seguem-se exemplos de asfixiantes. a) Asfixiantes simples: dióxido de carbono, etano, hélio, hidrogênio, metano, nitrogênio, óxido nitroso. b) Asfixiantes químicos: monóxido de carbono, que combina com a hemoglobina; cianogênio, cianeto de hidrogênio e nitrilas, que inibem a oxidação do tecido pela combinação com catalisadores celulares; anilina, metilanilina, dimetilinalina e toluidina, que formam metaemoglobina; nitrobenzeno, que forma metaemoglobina, baixa a pressão sanguinea, disturba e, finalmente, faz cessar a respiração; e sulfeto de hidrogênio, que causa paralisia respiratória. Narcóticos (anestésicos em seu estagio extremo de ação) Esse grupo exerce sua principal ação como simples anestesia, sem sérios efeitos sistêmicos, e seus membros têm uma ação depressiva sobre o sistema nervoso central, governada por suas pressões parciais no sangue que abastece o célebro. Por exemplo, hidrocarbonetos acetilênicos, hidrocarbonetos olefinícos, éter etilico, éter isopropílico, hidrocarbonetos parafinícos, acetonas alifáticas álcoois alifáticos. Tóxicos sistêmicos a) Materiais que causam danos a um ou mais órgão viscerais: a maioria dos hidrocarbonetos halogenados. b) Materiais que causam danos ao sistema hematopoético: benzeno, fenóis e, num certo grau, tolueno, xilol e naftaleno. c) Materiais que causam danos ao sistema nervoso: dissulfeto de carbono, álcool metílico, tiofeno. d) Metáis tóxico: chumbo, mercúrio, cádmo, antimônio, manganês, berílio, etc. e) Não-metais tóxico inorgânico: compostos de arsênio, fósforo, selênio e enxofre, fluoretos. Material particulado que não seja tóxico sistêmico a) Poeira que produzem fibrose: silica, asbesto. b) Poeira inerte: carborundo, carvão. c) Poeira que causam reações alérgicas: pólem, madeira, resina e muitas outras poeiras orgânicas. d) Irritantes: ácidos, álcalis, fluoretos cromatos. e) Bactérias e outros microrganismos. CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS PELOS SEUS EFEITOS TÓXICOS Não-venenosos São substâncias que não podem ser absorvidas pelos fluidos do organismo. Por exemplo, metilcelulose e alto polimeros. A maioria dos produtos comerciais contém baixos polimeros ou impurezas absorvíveis. Veneno por concentração São substâncias que produzem um efeito proporcional à quantidade presente no organismo, num dado instante. Podem ser: a) fisicamente tóxicos – óxido nitroso, éter etilico, narcóticos em geral; b) Farmacologicamente (ou bioquimicamente) tóxicos – compostos orgânicos fosforados, que atuam como inibidores irreversiveis da colinesterase, acetilcolina (Parathon, Pirazoxon, etc.) c) Fisiológicamente tóxicos – Butil Cellosove, que causa anemia hemofilitica (aumenta a fragilidade dos glóbulos vermelhos). IX- Veneno crônicos São substância que, sempre que a concentração nos fluidos do organismo passa um limite, causa um dano que não é reparado antes da próxima absorção. Por exemplo, o tetracloreto de carbono, que causa cirrose do figado. X- Veneno cumulativos São substâncias que armazenam no organismo, quando acima do nivel de tolerância no sangue (chumbo, flúor, DDT). XI- Veneno aditivos São substâncias tais que cada molécula das mesmas que entram no organismo produz um efeito permanente irreverssivel. Por exemplo, substância que causam câncer (?). TOXICIDADE AGUDA, SUBAGUDA E CRÔNICA XII- Toxicidade aguda Refere-se a efeito produzido por uma única penetração de um produto químico nos fluido do organismo – uma engolida, 8h de inalação, até 24 h de contato com a pele. (exemplo: Num poço de inspeção havia indicio de gás Sulfidrico – provocou morte) XIII- Toxicidade subaguda Refere-se a efeitos produzidos por penetração diárias ou freqüentes no organismo, durante poucos dias ou até mesmo um ano. XIV- Toxicidade crônica Refere-se a efeito produzidos pela penetração do agente tóxico durante pelo menos dois anos. TOXICIDADE SELETIVA E ASSOCIADA Toxicidade seletiva Os agente danificam certas células, órgão e espécies, e não outros, na mesma dosagem. Os compostos que constituem os pesticida são planejados para matar insetos, por exemplo, e não danificar o homem. Por exemplo, a seletividade do DDT está baseada
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