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aula 10 de Antropologia, aula e execicios

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Aspectos antropológicos e sociológicos da educação
Aula 10 – A Cultura da Escola em um Espaço Multicultural
Conceituar e analisar os conceitos de  multiculturalidade e interculturalidade em sua relação com as práticas de educação;
Definir as consequências destas perspectivas para a cultura escolar e para a cultura da escola.
Nos dias atuais, a consciência de que a realidade se transforma de modo constante e profundo se torna bastante generalizada. O mundo globalizado, profundamente influenciado pelos interesses presentes no mercado de consumo, permite que as diferentes realidades socioculturais estabeleçam pontos de contato, numa intensidade jamais registrada na história humana. 
Em regiões como a América Latina, assistimos a um processo de hibridização (miscigenação) cultural, que ressalta a consciência do caráter multicultural das diferentes sociedades latino-americanas. Contudo, nem sempre a evidência desta diversidade tem apontado num sentido de um convívio mais democrático entre as diferentes realidades culturais. Isto significa que, paralelamente a esta diversidade, em muitos segmentos da realidade social continua-se a reproduzir um discurso “engessado” e monocultural, marcado por um sentido de exclusão e com um caráter autoritário.
Estas práticas são encontradas, inclusive, ao nível da cultura escolar.
Esse tema será abordado nesta aula.
Refletir sobre o papel da educação em uma sociedade marcada pela multiculturalidade é algo recente no mundo ocidental e, de modo particular, na América Latina. 
 
Na verdade este é um processo que não surge a partir de questões exclusivamente pedagógicas, uma vez que sua origem está relacionada a questões de natureza política, ideológica e cultural, decorrentes, em muitos casos, a conflitos étnico-culturais.
O que pode ser percebido, como consequência inclusive de nossa herança colonial, é que as relações étnicas nas sociedades contemporâneas da América Latina apresentam-se como reflexos de estruturas de dominação e disputa pelo poder político. 
Neste sentido, mesmo constatando a presença de uma realidade social marcada pela multiculturalidade, é possível identificar um sentido homogeneizador na cultura escolar, o que estabelece uma desconexão entre esta e a cultura da sociedade, num sentido mais generalizado.
A cultura escolar, de um modo predominante, se apresenta como engessada, no sentido da reprodução de um único discurso, que seria aquele dos segmentos mais elitizados da sociedade. Desta forma criam-se verdadeiros apartheids socioculturais, ou processos de guetificação.
De modo conclusivo, fica evidente que a simples consciência do caráter multicultural da sociedade não estabelece, por si só, uma perspectiva mais democrática no que se refere às relações entre os diferentes grupos étnicos.
A construção de um sentido intercultural para as relações sociais envolve o diálogo e uma concreta inter-relação, entre as diferentes realidades culturais.
Neste sentido, é preciso:
Que se abandone a perspectiva etnocêntrica, que tem caracterizado as relações sociais, por exemplo, na sociedade brasileira;
Que o “outro” seja percebido apenas como diferente e não como algo “menor” em função da diferença.  
Sintetizando, a perspectiva intercultural para a educação envolve uma efetiva relação dialógica entre os diferentes segmentos sociais e grupos étnicos.
Para isto, é fundamental a existência de um espaço democrático, em que se possa fomentar a solidariedade e o respeito à diferença nas relações entre as diversas etnias.
É importante construir, ao nível das políticas educacionais, a valorização da diversidade cultural, garantindo a todos, em igualdade de condições e de forma digna, o direito à educação.
É relevante enfatizar, também, que esta perspectiva intercultural para a educação não pode ser reduzida a algumas atividades realizadas de modo esporádico. 
Este projeto deve assumir um sentido generalizado e abrangente, ao nível da cultura escolar e da cultura da escola, envolvendo todos os atores e todas as dimensões do sistema de ensino.
Enfim:
O caráter multicultural das sociedades latino-americanas.
A construção de uma perspectiva intercultural na cultura escolar e na cultura da escola.
	
		1.
		A cultura escolar nos dias de hoje, de um modo predominante, se apresenta como engessada, no sentido da reprodução de um único discurso, que seria aquele dos segmentos mais elitizados da sociedade. Como consequência disto, podemos afirmar:
		
	
	
	
	
	Que se democratiza a escola.
	
	
	Grupos de diferentes etnias interagem de forma harmônica na escola.
	
	
	Que se criam verdadeiros apartheids socioculturais, ou processos de guetificação.
	
	
	A escola está preparada para atender as diferenças.
	
	
	Que o caráter multicultural da sociedade estabelece, por si só, em uma perspectiva mais democrática no que se refere às relações entre os diferentes grupos étnicos dentro da escola.
	
	
		2.
		Kroeber (apud Roque Laraia, 2009) ao destacar a cultura como produção humana afirma que isso só foi possível devido a:
		
	
	
	
	
	Capacidade humana de observar os demais animais da natureza e imitá-los, pois os animais se adaptam melhor em qualquer ambiente geográfico.
	
	
	Possibilidade da comunicação oral e a capacidade de fabricação de instrumentos, capazes de tornar mais eficiente o seu aparato biológico.
	
	
	Capacidade humana de individualmente resolver problemas que lhe são apresentados, tornando esse conhecimento fruto de competências e habilidades independentes da vida social.
	
	
	Semelhança que o homem tem dos outros animais de inteligência concreta e conhecimento genético.
	
	
	Adaptação biológica que foi mais eficaz que os demais animais, tendo seu organismo modificado de acordo com o ambiente em que vive.
	
	
		3.
		Uma perspectiva intercultural da educação de forma abrangente envolve:
		
	
	
	
	
	Alunos e responsáveis.
	
	
	Professores e diretores da escola.
	
	
	Uma relação dialógica entre os diferentes segmentos sociais e grupos étnicos.
	
	
	A legislação municipal educacional da região onde a escola está inserida.
	
	
	Os sistemas de ensino da escola em questão.
	
	
		4.
		Para a construção de um sentido intercultural para as relações sociais, não é correto dizer que é preciso:
		
	
	
	
	
	Diálogo e uma concreta inter-relação, entre as diferentes realidades culturais.
	
	
	Diferenciar o s indivíduos em função de suas etnias.
	
	
	Fazer com grupos de diferentes etnias convivam de forma harmônica.
	
	
	Que se abandone a perspectiva etnocêntrica, que tem caracterizado as relações sociais, por exemplo, na sociedade brasileira.
	
	
	Que o ¿outro¿ seja percebido apenas como diferente e não como algo ¿menor¿ em função da diferença.
	
	
		5.
		"Não basta a natureza criar indivíduos altamente inteligentes, isto ela o faz com frequência, mas é necessário que coloque ao alcance desses indivíduos o material que lhes permita exercer a sua criatividade de uma maneira revolucionária" (Roque Laraia, 2009). Dentre as afirmações abaixo qual que melhor interpreta a ideia de Roque Laraia:
		
	
	
	
	
	O homem naturalmente irá desenvolver sua inteligência, bastando apenas ter aspectos biológicos para propiciar esse desenvolvimento.
	
	
	A inteligência humana terá um maior progresso se for colocada frente a outras invenções e ambientes culturais que agucem sua criatividade.
	
	
	A inteligência humana não depende de qualquer aspecto ou mecanismos externos para seu desenvolvimento e progresso.
	
	
	Por ser o único dotado de inteligência abstrata, o homem consegue ser inventor, criativo e inovador sem se relacionar com os outros.
	
	
	O homem tem mais possibilidades
criativas quanto investe em suas habilidades e competências individuais.
	
	
		6.
		Franz Boas, um dos fundadores da moderna antropologia, afirmou que o meio ambiente exerce um efeito limitado sobre a cultura humana e que não via evidências que pudessem sustentar a visão de que ele é o modelador primário da cultura. Nesse contexto, o autor faz uma crítica explícita a pressupostos contidos na corrente de pensamento que ficou conhecida como:
		
	
	
	
	
	Difusionismo.
	
	
	Evolucionismo.
	
	
	Escola sociológica Francesa.
	
	
	Determinismo Econômico.
	
	
	Determinismo Geográfico.

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