III UNIDADE MACRODINÂMICA

Prévia do material em texto

NASCIMENTO, E. NOTAS A RESPEITO DA ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA 
MICHEL AGLIETTA - 1974
ELE DEFENDEU SUA TESE DE DOUTORADO SOBRE REGULARIDADE DE ACUMULAÇÃO EM LONGOS PERÍODOS. ANALISOU OS CICLOS DO CAPITALISMO E SUA REGULARIDADE DENTRO DO PROCESSO DE ACUMULAÇÃO ATRAVÉS DE LONGOS PERÍODOS. SUA REVISÃO TEÓRICA DA HISTÓRIA ECONÔMICA TEM COMO CENTRO DE ANÁLISE A DINÂMICA ECONÔMICA. COMO O CAPITALISMO SE MOVE, O SEU CRESCIMENTO E SUAS CRISES, AO LONGO DO TEMPO E ESPAÇO.
 PARA ELE EXISTEM TRÊS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS NA ECONOMIA:
COMO ELA PASSA DE UM CRESCIMENTO FORTE E REGULAR PARA UM MOMENTO DE QUASE ESTAGNAÇÃO. (INSTABILIDADE ECONOMICA)
COMO NUMA MESMA ÉPOCA HISTÓRICA, EXISTEM DESEQUILÍBRIOS EM CERTOS PAÍSES, ENQUANTO OUTROS TÊM PROSPERIDADE. 
COMO AS CRISES SE REVERTEM DE ASPECTOS CONTRASTANTES AO LONGO DO TEMPO. (COMO ELA SE DÁ AO LONGO DO TEMPO EM DIFERENTES PAÍSES).
O PROBLEMA GERAL DA ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA É: COMO AS DINÂMICAS ECONÔMICAS E SOCIAIS VARIAM AO LONGO DO TEMPO, OU SEJA, EXPLICAR O CRESCIMENTO E SUAS CRISES CÍCLICAS. A ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA ANALISA A CRISE NO SISTEMA CAPITALISTA. COMO ACONTECE O PROCESSO DE CRESCIMENTE E DE CRISE. 
CONCEITO DE CRISE: EM CARÁTER GERAL, A CRISE É O PROCESSO DE BLOQUEIO DA REPRODUÇÃO ECONÔMICA. DEFINIÇÃO FEITA ATRAVÉS DA IDEIA DE MARXS, DE QUE A CRISE VEM DE VARIÁVEIS ENDOGÉNAS, OU SEJA, O SISTEMA CAPITALISTA TEM CRISES ATRAVÉS DO SEU PRÓPRIO SISTEMA DE REPRODUÇÃO. GERANDO UMA CONTRADIÇÃO COM O SEU PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO.
1° TIPO DE CRISE: OCORRE QUANDO UM CONJUNTO DE VARIÁVEIS SE ARTICULAM DESFAVORAVELMENTE À REPRODUÇÃO DO SISTEMA EM TRÊS CIRCUNSTÂNCIAS: 
PERTURBAÇÕES EXTERNAS OU INTERNAS
LUTAS SÓCIO-POLÍTICAS QUE DESAGREGAM AS FORMAS INSTITUCIONAIS
AS FORMAS ASSEGURADORAS DA ESTABILIDADE ENTRAM EM SATURAÇÃO
2° TIPO DE CRISE: ESSA É A DE MAIOR GRAVIDADE. QUANDO UM CLIMAX DE CONTRADIÇÕES COMPROMETE AS FORMAS INSTITUCIONAIS QUE ASSEGURAM A COERSÃO SOCIAL (AS INSTITUIÇÕES NÃO CONSEGUEM CONTER AS CONTRADICÕES). OBSERVA-SE NESSES CASOS UM BLOQUEIO DA DINÂMICA ECONÔMICA. DOIS CRITÉRIOS SÃO RESPONSÁVEIS POR CARACTERIZAR ESSA CRISE NO SISTEMA:
AS INSTABILIDADES ACUMULADAS PELO SISTEMA ECONÔMICO
A DINÂMICA DA ACUMULAÇÃO DESTRÓI AS PRÓPRIAS INSTITUIÇÕES (FORMAS DE REGULAÇÃO) QUE ASSEGURAM A REPRODUÇÃO SOCIAL.
A ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA QUER ENTENDER COMO FUNCIONA A DINÂMICA ECONÔMICA, COMO A ECONOMIA CRESCE E ENTRA EM CRISE. 
EM 1970 OCORRIA UM PROCESSO DE ESTAGFLAÇÃO (ESTAGNAÇÃO EXAGERADA COM INFLAÇÃO). DENTRO DESSE PROCESSO DE CRISE, AS TEORIAS NÃO CORRESPONDIAM MAIS À REALIZADA.
FRANÇA
- BOCARRA (ECONOMISTA DO PARTIDO COMUNISTA FRANCÊS)
 “TRATADO SOBRE O CAPITALISMO MONOPOLISTA”
BOCARRA AFIRMAVA QUE A CRISE (1970) ERA DE SUPERPRODUÇÃO, POIS, A RELAÇÃO DE TRABALHO E EXPLORAÇÃO NÃO DESENPENHAMVAM SEU PAPEL CENTRAL. ELE NÃO CONSEGUIA ENXERGAR AS DIFERENÇAS ENTRE AS CRISES DE 30 E DE 70. PARA ELE AMBAS ERAM CRISES DE SUPERPRODUÇÃO. UMA FOI POR FALTA DE DEMANDA EFETIVA E A OUTRA PRO EXECESSO DE DEMANDA EFEITVA.
DIANTE DA CRISE, TANTO O MARXISMO (NA FIGURA DE BOCARRA) QUANTO O NEO-KEYNESIANISMO NÃO IDENTIFICARAM OS NOVOS ASPECETOS DA CRISE. SURGE A ESCOLA DE REGULLAÇÃO FRANCESA. 
ORIGENS: 
A ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA PARTE DE UM DIAGNÓSTICO DAS CRISES NAS TEORIAS ECONÔMICAS, A PARTIR DE 1970, BASEADA NO KEYNESIANISMO (NEO-KEYNESIANOSMO) E MARXISMO. 
- A. GRAMSCI: A ESCOLA DE REGULAÇÃO UTILIZA DE SEU CONCEITO DE HEGEMONIA.
EM GRAMSCI CADA FASE DO CAPITALISMO É UM “BLOCO HISTÓRICO”. NESSES BLOCOS EXISTEM OS APARELHOS PRIVADOS DE HEGEMONIA. OU SEJA, CADA BLOCO HISTÓRICO SERIA A HEGEMONIA DE UM APARELHO PRIVADO QUE REPRESENTA UMA CLASSE. DENTRO DA BUSCA PELA HEGEMONIA, OS APARELHOS PRIVADOS VÃO DISPUTAR DENTRO DE UM JOGO POLÍTICO PARA REVERTER O BLOCO HISTÓRICO A SEU FAVOR. 
EXEMPLO: O FORDISMO É HEGEMÔNICO EM UM BLOCO HISTÓRICO ATÉ ENTRAR EM CRISE, JUNTO COM O KEYNESIANISMO. DANDO ESPAÇO PARA O SURGIMENTO DO TOYOTISMO, BASEADO NA ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL, ECONOMIA DE ESCOPO. ISSO SE CARACTERIZA COMO UMA MUDANÇA NO BLOCO HISTÓRICO.
A ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA PARTE DE GRAMSCI, CARACTERIZANDO CADA CICLO DA DINÂMICA ECONÔMICA, DENTRO DO PROCESSO DE HEGEMONIA (RELAÇÃO DE TRABALHO; RELAÇÃO ECONÔMICA). UM TRAÇO MARCANTE NA ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA É SUA OPSIÇÃO A TRADIÇÃO DE LEIS GERAIS. A ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA É UMA MISTURA DE MARX E KEYNES. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA:
PARTEM DO CONCEITO DE TRÊS MODOS REGULAÇÃO 
- DE BERNIS: O DE BERNIS VAI CLASSIFICAR REGULAÇÃO E ECONÔMIA COMO “FORÇAS DIVERGENTES, CERTAS NORMAS SOCIAIS, INSTITUIÇÕES, REGULARIDADES, FAZEM CONVERGIR ESSAS FORÇAS, GARANTINDO QUE OS CONFLITOS E DIVERGÊNCIAS NÃO SE AGUDIZEM.”. 
ENTÃO, REGULAÇÃO PARA A ESCOLA DE REGULAÇAO FRANCESA É COMO AS DIFERENTES FORMAS, FORÇAS E INSTITUIÇÕES, INTERAGEM PARA MANTER A REGULARIDADE NO PROCESSO DE REPRODUÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL, EM QUE, A CRISE, TEM ORIGEM NA FALTA DE INTERAÇÃO DELAS. A MAIS IMPORTANTE INSTITUIÇÃO QUE GARANTE A REGULAÇÃO É O ESTADO. O ESTADO É A MAIOR FORÇA QUE GARANTE O PROCESSO DE REPRODUÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL.
AGLIETTA: PARTINDO DO CONCEITO DE REGULAÇÃO DE D BERNIS “O QUE É NECESSÁRIO, DENTRO DO PROCESSO DE REGULAÇÃO, É QUE A REPRODUÇÃO SE REALIZE (HAJA CONSUMO) APESAR DE TUDO.”.
DENTRO DESSE PROCESSO DE REGULAÇÃO, QUANDO SE ESTUDA O CICLO ECONÔMICO SE PARTE DO CONCEITO DE DE BERNIS E AGLIETTA AFIRMA SER PRECISO QUE A REPRODUÇÃO SE REALIZE ANTES DE TUDO PARA MANTER-SE ESTABILIDADE. 
LIPIETZ: “REGULAÇÃO DE UMA RELAÇÃO SOCIAL É A MANEIRA PELA QUAL ESSA RELAÇÃO SE REPRODUZ, APESAR DE SEU CARÁTER CONFLITUAL, CONTRADITÓRIO.”.
APESAR DE TODAS AS CONTRADIÇÕES QUE EXISTEM NAS RELAÇÕES SOCIAIS, A REPRODUÇÃO DEVE SE REALIZAR E SE MANTER. POIS O CAPITALISMO SE MANTEM APESAR DAS CONTRADIÇÕES.
O CICLO DA ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA É IDENTIFICAR AS FORMAS QUE A SOCIEDADE CRIA PARA SUPERAR A NATUREZA CONTRADITÓRIA DE SUAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO ECONÔMICA. OS INSTRUMENTOS CAPAZES DE CONCEBER SUA CONTINUIDADE. OU SEJA, COMO ESSAS INSTITUIÇÕES SE REPRODUZEM DENTRO DO CICLO ECONÔMICO.
PARA ALFRED RIAM EXISTEM DUAS FORMAS DE CONCEBER REGULARIDADE, OU SEJA, COMO É SUA TRAGETÓRA: 
1ª A REPRODUÇÃO: COMO ELA SE REPRODUZ.
2ª A INTERAÇÃO DE TRAGETÓRIAS INDIVIDUAIS DOS AGENTES, PERSEGUINDO FINS.
O MODO DE REGULAÇÃO TEM TRÊS PROPRIEDADES:
1ª REPRODUZIR AS RELAÇÕES FUNDAMENTAIS
2ª SUSTENTAR E DIRIGIR O REGIME DE ACUMULAÇÃO
3ª ASSEGURAR A COMPATIBILIDADE DINÂMICA DE UM CONJUNTO DE DECISÕES DESCENTRALIZADAS
(POIS, SE O MODO E PRODUÇÃO CAPITALISTA É BASEADO NA PROPRIEDADE PRIVADA, AS DECISÕES SÃO DESCENTRALIZADAS). 
≠ ENTRE ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA E ESCOLA DE REGULAÇÃO NEOCLÁSSICA: A ESCOLA NEOCLASSICA É BASEADA NO CONCEITO DE ESTADO MINÍMO DO FRIDMAN (CRIAM-SE AGÊNCIAS REGULADORAS QUE SÓ INTERVEM NO MERCADO QUANDO TEM EXTERNALIDADES NEGATIVAS). 
JÁ A ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA PARTE DE COMO É UM CICLO ECONÔMICO E TIRAR SUA REGULARIDADE ATRAVÉS DE SUAS INSTITUIÇÕES, SENDO A PRINCIPAL, O ESTADO. (COMO O ESTADO ASSEGURA A REPRODUÇÃO SENDO ELA CONTRADITÓRIA E CONFLITUAL).
COMO SE GARANTE O PROCESSO DE ACUMULAÇÃO DENTRO DO CICLO ECONÔMICO, JÁ QUE ESTE É CONTRADITÓRIO, PRQ CAPITALISMO É BASEADO NA PROPRIEDADE PRIVADA. COMO ISSO SE SUSTENTA AO LONGO DO TEMPO. (COMO CONSEGUE ASSEGURAR A REPRODUÇÃO ECONÔMICA EM UM DETERMINADO PERÍODO, JÁ QUE O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA É BASEADO NA PROPRIEDADE PRIVADA?).
 
O MODO DE REGULAÇÃO É UM CONJUNTO DE FORMAS INSTITUCIONAIS QUE ASSEGURAM UM REGIME DE ACUMULAÇÃO E ISSO MUDA AO LONGO DO TEMPO. O REGIME DE ACUMULAÇÃO É A VALORIZAÇÃO DO CAPITAL, OU SEJA, ADICIONAR MAIS VALOR AO CAPITAL INICIAL. (ATRÁVES DAS TRÊS PROPRIEDADES: REPRODUZIR, SUSTENTAR, ASSEGURAR).
EXISTEM DUAS FORMAS DE REGULAÇÃO QUE ASSEGURAM, NO REGIME DE ACUMULAÇÃO, O PROCESSO DE CRESICMENTO ECONÔMICO: 
1ª INTENSIVO: QUANDO AS NORMAS DE REPRODUÇÃO SÃO CONSTANTEMENTE MODIFICADAS À MEDIDA QUE SE DA A ACUMULAÇÃ. TRATA-SEDE MUDANÇAS QUE NÃO SE REFERE APENAS A MUDANÇAS TECNOLÓGICAS (DOMÍNIO DA NATUREZA PARA A PRODUÇÃO DE BENS ÚTEIS), MAS TAMBÉM REGE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E AS FORMAS DO VOLUME DO CONSUMO SOCIAL. (INTENSIVO TECNOLOGICAMENTE, QUE GERA CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAL).
2ª EXTENSIVO: A ACUMULAÇÃO PROCESSA-SE ATRAVÉS DE UMA SIMPLES AMPLIAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO COM AS MESMAS TÉCNICAS.
APÓS O PROCESSO DE CRESIMENTO É PRECISO:
1º ANALISAR A EVOLUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E AS RELAÇÕES SOCIAIS (SALÁRIOS).
2º DEFINIR UM HORIZONTE TEMPORAL DE VALORIZAÇÃO DO CAPITAL (COMO ELE IRÁ SE VALORIZAR).
3º IDENTIFICAR COMO SE PROCESSA A DISTRIBUIÇÃO DO VALOR (DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA).
4º DETERMINAR A COMPOSIÇÃO DA DEMANDA.
5º ESTUDAR AS MODALIDADES DE ARTICULAÇÕES COM FORMAS NÃO CAPITALISTAS.
REGULAÇÃO FRANCESA É BASICAMENTE COMO A ECONOMIA CRESCE E DECRESCE ATRAVÉS DAS SUAS FORMAS INSTITUCIONAIS QUE GARANTEM SUA REGULARIDADE ECONÔMICA.
FORMAS INSTITUCIONAIS SÃO TODAS AS REGULARIDADES QUE ASSUMEM IMPORTÂNCIA DENTRO DA ANÁLISE TEMPORAL.
2 FUNDAMENTOS DE FORMAS INSTITUCIONAIS (MODOS DE REGULAÇÃO): 
- RELAÇÃO SALARIAL (CONTRATO SALARIAL) SEPARAÇÃO ENTRE PRODUTORES EMRESÁRIOS E TRABALHADORES
 - RELAÇÃO MERCANTIL (COMO AS MERCADORIAS SÃO VÁLIDAS SOCIALMENTE)
ALÉM DESSAS FORMAS INSTITUCONAIS, EXISTEM OUTRAS FORMAS CONSIDERADAS IMPORTANTES NA ESCOLA DE REGULAÇÃO:
- A FORMA MONETÁRIA: O ESTADO E A MODALIDADE DE ADESÃO AO REGIME INTERNACIONAL (MOEDA)
- A FORMA ESTADO 
- A MODALIDADE DE ADESÃO DO REGIME INTERNACIONAL (INTRODUÇÃO NAS ÁREAS ESTRATÉGICAS)
ESSAS FORMAS INSTITUCIONAIS OPERAM ATRAVÉS DE TRÊS MODALIDADES DE AÇÃO:
PAPEL DAS INSTITUIÇÕES NA DINÂMICA ECONÔMICA
OS AGENTES PRIVADOS OU COLETIVOS TERMINAM POR DEFINIR CERTO NÚMERO DE CONVENÇÕES QUE REGEM INTERESSES MÚTUOS
A COMUNIDADE DE UM SISTEMA DE VALOR OU DE REPRESENTAÇÃO É SUFICIENTE PARA SUBSTITUIR A ESPONTANEIDADE PELA ROTINA
QUATRO TESES QUE CARACTERIZAM A FORMA DE REGULAÇÃO:
O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES NA DINÂMICA ECONÔMICA
O QUE CADA SOCIEDADE TEM CONJUNTAMENTE E AS CRISES DE SUA ESTRUTURA
A RELAÇÃO SALARIAL SE ECONTRA NO CORAÇÃO DO CRESCIMENTO EM SEGUIDA DA CRISE PÓS GUERRA
NA POLÍTICA ECONÔMICA DE VISAR A EMERGÊNCIA DE UM NOVO MODELO DE DESENVOLVIMENTO
PERIODIZAÇÃO E CRISE ATUAL: COMO SE ENTENDE O PROCESSO DE CRISE ATUAL ATRAVÉS DE UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA SOBRE O CAPITALISMO.
- REVER ESQUEMAS DE CRESCIMENTO (REGIME DE ACUMULAÇÃO)
- AS FORMAS DE CONTROLE (MODOS DE REGULAÇÃO)
- E SUAS CONTRADIÇÕES (SE A UMA CENTRALIZAÇÃO DA RENDA, VAI GERAR CONTRADIÇÃO). 
TIRAR O PROCESSO DE REGULARIDADE QUE MANTENHA A CONTRADIÇÃO, OU SEJA, UM CICLO. COMO A SOCIEDADE SE REPRODUZ ATRAVÉS DO PROCESSO DE REPRODUÇÃO ECONÔMICA E COMO SE ASSEGURA A CONTRADIÇÃO. COMO A ECONOMIA CRESCE E QUAIS AS FORMAS DE CONTROLE (QUE SÃO OS MODOS DE REGULAÇÃO).
CONTRADIÇÃO DENTRO DO PROCESSO DE CRESCIMENTO
O PROGRAMA DE ESTUDO DA REGULAÇÃO FRANCESA, SÃO AS FORMAS DE REGULAÇÃO E PROCESSOS HISTÓRICOS. OS PERÍODOS DE CRESCIMENTO SÃO ETAPAS MARCADAS POR REGIMES DE ACUMULAÇÃO, OU SEJA, COMO CRESCE E COMO SE ASSEGURA O PROCESSO DE CRESCIMENTO ECONÔMICO: VAI SER CHAMADA DE ARTICULAÇÕES ENTRE OS DEPARTAMENTOS I E II:
I = BENS DE INVESTIMENTO
II = BENS DE CONSUMO
ELES ANALISAM O CAPITALISMO ATRAVÉS DO ESQUEMA DE REPRODUÇÃO DE MARX, QUE É D1= BENS DE INVESTIMENTO D2= BENS DE CONSUMO, PARA VER COMO A ECONOMIA CRESCE, PARA VER AS CONVERGÊNCIAS E AS FORMAS DE REGULARIDADE.
FORMAS DE REGULARIDADE: RELAÇÃO SALARIAL/ CONCORRÊNCIA/ GESTÃO DA MOEDA / INTERVENSÃO DO ESTADO
NA ESCOLA DE REGULAÇÃO FRANCESA OS REGIMES ACONTECEM NAS FASES DO CAPITALISMO:
1ª FASE DO CAPITALISMO, CORRESPONDENTE AO SÉCULO XIX, PREDOMINA O REGIME DE ACUMULAÇÃO EXTENSIVA, OU SEJA, EXPANDIR SEM INTRODUÇÃO DE NOVA TECNOLOGIA. CONSUBSTÂNCIADO A UM MODELO DE REGULAÇÃO CONCORRÊNCIAL E UM ESTADO CIRCUNSCRITO. 
TAL FASE SE ENCERRA COM DEPRESSÃO NO FIM DO SÉCULO, OU SEJA, 1929. 
2ª FASE DO CAPITALISMO CORRESPONDE A RETOMADA DO CRESCIMENTO, INICIADA AINDA NO FINAL DO SÉCULO PASSADO, COM O SURGIMENTO DE ESTRUTURAS MONOPOLISTAS NO NÍVEL DA CONCORRÊNCIA. 
3ª FASE DO CAPITALISMO ESTABILIZAÇÃO DO MODO DE REGULAÇÃO MONOPOLISTA
A CRISE ATUAL É DO REGIME DE ACUMULAÇÃO, OU SEJA, DO KEYNESIANISMO. O KEYNESIANISMO HOJE, PELA MACROECONÔMIA CONTEPORÂNEA É CONSIDERADO UM FRACASSO. 
CRÍTICAS QUE A ESCOLA DE REGULAÇÃO RECEBEU:
SEGUNDO POSSAS: ALTO NÍVEL DE ABSTRAÇÃO, OU SEJA, PARA POSSAS FALTAM DE MEDIAÇÕES.
SEGUNDO BOYER: É UMA TEORIA DESCRITIVA, OU SEJA, PURA SOCIOLOGIA.
SEGUNDO ROBERT NOEL: NÃO TEM UMA TEORIA DAS FORMAS INSTITUCIONAIS, OU SEJA, ELA É FUNCIONALISTA. É FUNCIONAL PARA O SISTEMA DO CAPITAL PRQ SEMPRE VAI SURGIR UM NOVO CICLO. NÃO SE PREOCUPA COM A SUPERAÇÃO DAS CONTRADIÇÕES QUE A ACUMULAÇÃO CAUSA.
AMORIM. R MACROECONOMIA NEOCLÁSSICA CONTEPORÂNEA
INTRODUÇÃO: 1970
A TEORIA NOVOCLÁSSICO SURGE ATRAVÉS DA CRISE DE 1970, A PARTIR DO BOJO DA CRISE DO NEOKEYNESIANISMO, ACOMPANHADA DA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA QUE INTRODUDUZIU A MICROELETRONICA NO PROCESSO PRODUTIVO. ESSA REVOLUÇÃO SERVIU DE BASE PARA A GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA, A DESREGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA, FIM DO PADRÃO OURO DOLAR, REDUÇÃO DO PAPEL DO ESTADO.
O NEOKEYNESIANISMO PERDE FORÇA NA TEORIA E NA PRÁTICA ATRAVÉS DO PROCESSO DE ESTAGFLAÇÃO. SUA SOLUÇÃO ERA AUMENTAR GASTOS DO GOVERNO COM POLÍTICA EXPANSIONISTA.
OS NOVOS-CLÁSSICOS SURGEM COM UMA POLÍTICA ECONÔMICA QUE REPENSA A MACROECONOMIA. O NEOKEYNESIANISMO NÃO ESTAVA CONSEGUINDO SUPERAR A CRISE DE 1970 (ESTAGNADO [DESEMPREGO] E ALTA INFLAÇÃO). 
SE O OBJETIVO DA MACROECONOMIA KEYNESIANA É COLOCAR A ECONOMIA NO PLENO EMPREGO, A NOVA MANEIRA DE PENSAR ECONOMIA NÃO ERA ESSA. OS NOVOS-CLÁSSICOS RESGATAM A TEORIA DE WALRAS. NUM MOMENTO HISTÓRICO EM QUE OS EUA ADOTAVAM CÂMBIO FLUTUANTE (FIM DO BRETON WOODS), O FIM DO PADRÃO OURO DOLAR (FUGA DE CAPITAIS DOS EUAS). A PARTIR DESSE PROCESSO OCORREU A FINANCEIRIZAÇÃO DA ECONOMIA E O PROCESSO DE DESREGULAMENTAÇÃO (AS ECONOMIAS PODEM CRIAR MOEDA SEM TER LASTRO).
PARA SOLICIONAR AS FUGAS DE CAPITAIS, OS EUA AUMETAM TAXA DE JUROS (PAUL VOLCKER PRESIDENTE BC-EUA), O AUMENTO DA TAXA DE JUROS GEROU UM PROCESSO EM QUE TODOS OS CAPITAIS DIGIRIAM-SE PARA OS EUA (MOBILIDADE DE CAPITAIS), ONDE HAVIA MAIOR LIQUIDEZ.
OS PAÍSES DA PERIFERIA TIVERAM QUE AUMENTAR MUITO A TAXA DE JUROS, DIMINUINDO INVESTIMENTO EM SISTEMA PRODUTIVO, AUMENTO DO DESEMPREGO.
DEBATE ECONÔMICO NESSA ÉPOCA:
1. HAVIA HEGEMONIA NEOKEYNESIANA, COM O MODELO IS-LM-BP E CURVA DE PHILLIPS ([1970] - ESCOLHA ENTRE DESEMPREGO E INFLAÇÃO). A SOLUÇÃO NEOKEYNESIANA NÃO TINHA RESPOSTA, NEM SOLUÇÃO PARA ESTAGFLAÇÃO.
≠NEO PARA PÓS-KEYNESIANOS: NOVOS KEYNESIANOS RESGATAM A IDEIA DOS NOVOS CLÁSSICOS COM APENAS UMA CARACTERÍSTICA KEYNESIANA. PÓS É O RESGATE DA TEORIA PURA DE KEYNES.
EM 1874 VON HAYEK GANHA O PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA POR REFUTAR O NEOKEYNESIANISMO: SURGIMENTO DOS NOVOS CLÁSSICOS.
OS NOVOS CLÁSSICOS PARTEM DO ATAQUE AOS NEOKEYNESIANOS, APONTANDO AS SEGUINTES FALHAS:
NA PRÁTICA -> HAVIA FALTA DE RIGOR NOS MODELOS MACRO-ECONOMÉTRICOS COM AS
VARIÁVEIS ENDOGENAS (SETOR RPRIVADO/MERCADO) E AS VARIÁVEIS EXÓGENAS (GOVERNO). AS VARIÁVEIS EXÓGENAS NÃO SÃO AFETADAS PELO SISTEMA ECONÔMICO. DANDO AO GOVERNO ENORME PODER DE INTERVENÇÃO NA ECONOMIA ATRAVÉS DOS MODELOS IS-LM.
NA PARTE TEORICA METODOLÓGICA -> PARA OS NOVOS CLÁSSICOS O AGENTE ECONÔMICO É RACIONAL E MAXIMIZADOR NO PRESENTE. LOGO, É CAPAZ DE APERFEIÇOAR SUAS EXPECTATIVAS NO FUTURO.
AUSÊNCIA DE UMA TEORIA DOS PREÇOS -> CONTROLAR PREÇO, NÃO ERA PREOCUPAÇÃO DOS NEOKEYNESIANOS. PARA OS NOVOS CLÁSSICOS, O “MERCADO” É A MELHOR FORMA DE EFICIÊNCIA PRODUTIVA E DISTRIBUTIVA. O MERCADO NÃO É MAIS O ESTADO. NOVOS CLÁSSICOS DEFENDEM O ESTADO MINÍMO, PROCESSO DE PRIVATIZAÇÕES, POIS O MERCADO É MAIS EFICIÊNTE.
A FONTE TEÓRICA DOS NOVOS CLÁSSICOS É LEON WALRAS E SUA IDEIA DE EQUILÍBRIO GERAL. 
O CONCEITO CHAVE SÃO AS EXPECTATIVAS RACIONAIS (SURGIU ATRAVÉS DE JOHN MUTH). O AGENTE ECONÔMICO É UM SER MAXIMIZADORRACIONAL, QUE, ATRAVÉS DAS INFORMAÇÕES LIMITADAS NO PRESENTE, FORMA UMA EXPECTATIVA E VERÁ QUAL A MELHOR CHANCE DE TER ESSA EXPECTATIVA EFETIVADA. A IDEIA ERA DE QUE AINDA EXISTIA CONCORRÊNCIA PERFEITA, POR QUE UM AGENTE RECIONAL CONSEGUIRIA CRIAR EXPECTATIVAS COM BASE NAS INFORMAÇÕES LIMITADAS NO PRESENTE, E NA MAIORIA DOS CASOS AS EXPECTATIVA SERIAM EFETIVADAS.
 O FIM TOTAL DO NEO-KEYNESIANISMO SE INICIOU COM O PROCESSO DE DESREGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA, FINACEIRIZAÇÃO DA ECONOMIA E DESTRUIÇÃO DO ESTADO DE BEM-SOCIAL.
EXPECTATIVAS RACIONAIS: 
CONCEITO: OS AGENTES ECONÔMICOS (SERES RACIONAIS E EGOÍSTAS) FORMAM SUAS EXPECTATIVAS COM INFORMAÇÕES LIMITADAS (MARKET CLEARING=CONCORRÊNCIA PERFEITA) DISPONÍVEIS NO PRESENTE. DISTRIBUINDO A PROBABILIDADE (FLEXIBILIDADE) SOBRE OS POSSÍVEIS EVENTOS (ESPERANÇA MATEMÁTICA), INTERPRETA DE FORMA SUBJETIVA DE MODO IDÊNTICO A TEORIA ECONÔMICA RELEVANTE A FORMA OBJETIVA. 
LOGO, AS EXPECTATIVAS RACIONAIS TEDEM, NA MÉDIA, A COINCIDIR COM OS VALORES EFETIVOS (COM A REALIDADE). PARA ISSO OCORRER, É NECESSÁRIO QUE NÃO TENHA REPETIÇÕES SISTÊMICAS DE ERROS. OS ERROS DEVEM SER IMEDIATAMENTE CORRIGIDOS E AS EXPECTATIVAS REFEITAS. 
O CICLO ECONÔMICO É BASEADO NO PROGRESSO TÉCNICO, QUE GERA CRESCIMENTO ECONÔMICO PELO LADO DA OFERTA, OS GANHOS DE PRODUTIVIDADE.
OS CICLOS SÃO CONSEQUÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
AS FLUTUAÇÕES NO NÍVEL DE EMPREGO SÃO CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS SETORIAIS (DESEMPREGO É FRICCIONAL)
AS VARIAÇÕES DA OFERTA DE MOEDA SÃO INCAPAZES DE EXPLICAR OS CICLOS ECONOMICOS. FAZEM POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA PARA CONTER INFLAÇÃO. PORTANTO, É INEFICAZ PARA AUMENTAR A RENDA.
ESTADO MINÍMO
CRÍTICA DOS NOVOSKEYNESIANO OS AOS NOVOS CLÁSSICOS:
NOVOS KEYNESIANOS NÃO PROPÕEM UMA MUDANÇA PROFUNDA
A ÚNICA DIFERENÇA ENTRE OS NOVOS KEYNESIANOS PARA OS NOVOS CLÁSSICOS É QUE, NO PRIMEIRO, OS AGENTES ECONÔMICOS SÃO OS FORMADORES DE PREÇOS, ELES DECIDEM SEUS PREÇOS E SUSTENTAM O VALOR. PORTANTO HÁ RIGIDEZ NOS PREÇOS.
ELES UTILIZAM AS MESMAS FERRAMENTAS DOS NOVOS CLÁSSICOS:
- AGENTES INDIVIDUAIS DOTADOS DE EXPECTATIVAS RACIONAIS
- AGENTES EGOÍSTAS E MAXIMIZADORES
- BUSCA DE FUNDAMENTOS MICRO-ECONÔMICOS PARA JUSTIFICAR FLUTUAÇÕES MACRO
- ABORDAGEM MATEMÁTICA
A DIFERENÇA FUNDAMENTAL É, AO SEREM CONSIDERADOS POR MOTIVOS MICRO, OS PREÇOS DEIXAM DE SER FLEXÍVEIS, OU SEJA, DEIXAM DE SER COMPETITIVOS. OS PREÇOS, PORTANTO SÃO RÍGIDOS. ISSO DESCARTA O MARKET CLEARING, O AJUSTE DO MERCADO AUTOMÁTICO.
O PERFEITO AJUSTE DO MERCADO NÃO OCORRE POR QUE OS PREÇOS SÃO RÍGIDOS POR TRÊS MOTIVOS:
1. CUSTO CONTRATOS NOMINAIS: OS PREÇOS NÃO PODEM SE ALTERAR FRENTE A MUDANÇAS NO CENÁRIO.
2. CUSTOS DE MENU: AS FIRMAS TEM VÁRIOS CUSTOS 
3. CONCORRÊNCIA IMPERFEITA: EXISTE MONOPÓLIO, CARTEL E OLIGOPÓLIO.
AS FLUTUAÇÕES CÍCLICAS ECONÔMICAS SÃO EXPLICADAS PELA RIGIDEZ DE PREÇOS E SALÁRIOS. RIGIDEZ SIGNIFICA CUSTOS ALTOS DE MANTER O SISTEMA PRODUTIVO. 
QUANDO NÃO HÁ VARIAÇÕES NOS PREÇOS, QUALQUER MUDANÇA DE CURTO PRAZO NO PIB NOMINAL EXPLICA-SE ATRAVÉS DE UMA ALTERAÇÃO NA PRODUÇÃO. SE NÃO HÁ FLEXIBILIDADE DOS PREÇOS, TORNA-SE JUSTIFICAVEL Á ATUAÇÃO GOVERNAMENTAL, POIS EXISTE UM MERCADO PROBLEMÁTICO, OU SEJA, INEFICIENTE, QUE PRECISA DE AÇÕES CORRETIVAS PARA FLEXIBILIZAÇÃO DOS PREÇOS E SALÁRIOS.
DIFERENÇA: NOVOS CLÁSSICOS E NOVOS KEYNESIANOS
TEM APENAS UMA HIPÓTESE POLÊMICA. ESSA ÚNICA DIFERENÇA VAI TER RESULTADOS DISPÁRES:
NOS NOVOS CLÁSSICOS:
EQUILÍBRIO GERAL WALRASIANO
AMBIENTE ECONÔMICO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA
AGENTES ECONÔMICOS NÃO TÊM INFORMAÇÕES COMPLETAS, E ISSO EXPLICA CHOQUES IMPREVISÍVEIS.
NÃO TEM PAPEL DO ESTADO
NOVOS KEYNESIANOS: 
RIGIDEZ NA MOVIMENTAÇÃO DOS PREÇOS
CONCORRÊNCIA IMPERFEITA – PREÇOS RÍGIDOS: A) FIRMAS FORMADORAS DE PREÇOS; B) PREÇOS: COMPORTAMENTO DO CONCORRÊNTE; C) ALTERAÇÕES NOS PREÇOS TEM UM CUSTO PARA ALTERÁ-LOS CONTINUAMENTE.
AS INFORMAÇÕES SÃO DESPRESÍVEIS, POR QUE AS FALHAS DE MERCADOS SÃO PELOS PREÇOS RÍGIDOS. 
O ESTADO INTERVEM. PAPEL DE AÇÕES CORRETIVAS.