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2 AULA 2 Conceitos e Princípios do Direito Ambiental

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Disciplina:
Introdução ao Estudo do Direito
AULA 2 – Conceitos e Princípios do Direito Ambiental
Prof. Me. João Paulo Rocha de Miranda
Professor Assistente I do Curso de Direito do ICHS/CUA /UFMT
Advogado (UFMT) e Zootecnista (UFSM)
Doutorando em Direitos Humanos e Meio Ambiente (UFPA)
Mestre em Direito Agroambiental (UFMT)
Especialista em Sociedade e Desenvolvimento Regional (UFMT)
Especialista em Direito Ambiental e desenvolvimento Sustentável (FESPMP-MT/UNIC)
Vice-Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais OAB-BG/OAB-MT
Membro da Comissão Nacional de Meio Ambiente do CFMVZ
Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Animais Selvagens do CRMV-MT
CONTATOS:
E-mail: professormiranda@ufmt.br 
Blog: http://www.facebook.com/professormirandaufmt
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O ANTROPOCENTRISMO
Antropocêntrica
Vida em todas as suas formas
(Art 3º, PNMA)
Vida não humana só poderá ser tutelada para garantir sadia qualidade de vida do homem
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Disciplina: Direito Ambiental
	Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
	“Princípio 1 
	Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza. (...)”
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Disciplina: Direito Ambiental
DEFINIÇÃO DE MEIO AMBIENTE:
	“Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
	
	I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; (...)”
(Lei 6.938/81)
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Disciplina: Direito Ambiental
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2 OBJETOS DE TUTELA AMBIENTAL
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“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
(CF/88)
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Classificação do Meio Ambiente
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Meio Ambiente Natural
O meio ambiente natural ou físico é constituído:
 pelos elementos da biosfera;
 pelas águas;
 pelo solo e subsolo (inclusive minerais);
 pela fauna e flora.
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Meio Ambiente Natural
	Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
	§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
	I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (...)
	III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (...)
	VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. 
(CF/88)
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Meio Ambiente Artificial
O meio ambiente artificial é compreendido:
 Espaço Urbano Fechado:
 espaço urbano construído (conjunto de edificações);
 Espaço Urbano Aberto:
 equipamentos públicos.
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Meio Ambiente Artificial
Art. 225, CF/88;
Art. 182 e seguintes, CF/88;
Art. 22, XX, CF/88;
Art 5º, XXII e XXIII, CF/88;
Lei 10.257/2001 (Estatuto das Cidades).
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Meio Ambiente Cultural
O meio ambiente cultural é constituído:
 pelas formas de expressão;
 pelos modos de criar, fazer e viver;
 pelas criações científicas, artísticas e tecnológicas;
 pelas obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
 pelos conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
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Meio Ambiente Cultural
	 Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
	I - as formas de expressão;
	II - os modos de criar, fazer e viver;
	III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
	IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
	V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
(CF/88)
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Meio Ambiente do Trabalho
O meio ambiente do trabalho é caracterizado:
 pelo local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais relacionadas à saúde;
 pelo complexo de bens imóveis e móveis de uma empresa ou sociedade, objeto de direitos subjetivos privados e invioláveis da saúde e da integridade física dos trabalhadores que a frequentam.
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Meio Ambiente do Trabalho
	“Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
	(...)
	VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”
	“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
	(...)
	XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; (...)”
(CF/88)
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FONTES DO DIREITO AMBIENTAL
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FONTES DO DIREITO AMBIENTAL
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NATUREZA DOS PRINCÍPIOS DO
DIREITO AMBIENTAL
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POSITIVADOS
1 - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DIREITO À SAÚDE
	
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;
	
Art. 6o  São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
	
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
CF/88
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“Quando a ultima arvore tiver caído,
...quando o ultimo rio tiver secado,
...quando o ultimo peixe for pescado,
...vocês vão entender que dinheiro não se come.”
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Declaração de Estocolmo
Princípio 1 - O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadasem um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar, tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. A este respeito, as políticas que promovem ou perpetuam o apartheid, a segregação racial, a discriminação, a opressão colonial e outras formas de opressão e de dominação estrangeira são condenadas e devem ser eliminadas.
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Declaração de Estocolmo
Princípio 2 - Os recursos naturais da terra incluídos o ar, a água, a terra, a flora e a fauna e especialmente amostras representativas dos ecossistemas naturais devem ser preservados em benefício das gerações presentes e futuras, mediante uma cuidadosa planificação ou ordenamento.
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Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Princípio 1 - Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza.
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2 – Princípio do Desenvolvimento Sustentável
 “... desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.
(Nosso futuro comum – Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU - CMMAD, 1983 a 1987).
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PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
1972 - Conferencia Mundial de Meio Ambiente de Estocolmo.
1983 - Criada, pela Assembléia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), que foi presidida por Gro Harlem Brundtland, na época primeira-ministra da Noruega, com o objetivo de sistematizar as problemáticas envolvendo meio ambiente e desenvolvimento, elaborando propostas de intervenções e normas de cooperação internacional que pudessem orientar políticas e ações internacionais nesta matéria. 
1987 - Lançado o relatório “Our Common Future” (Nosso Futuro Comum), também conhecido como relatório “Brundtland“.
1991 - Cuidando do planeta Terra – Estratégia para o futuro da vida – IUCN/PNUMA/WWF.
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“... desenvolvimento sustentável é aquele que atende, da melhor forma possível, às necessidades atuais e futuras do homem, sem afetar o ambiente e a diversidade biológica”.
(Cuidando do planeta Terra – Estratégia para o futuro da vida – IUCN/PNUMA/WWF, 1991)
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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) elaboraram uma estratégia minuciosa para o futuro da vida sob o título: “Cuidando do planeta Terra” (Caring for the Earth 1991), onde estabeleceram 9 princípios de sustentabilidade da Terra:
Construir uma sociedade sustentável. 
Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. 
Melhorar a qualidade da vida humana. 
Conservar a vitalidade e a diversidade do planeta Terra. 
Permanecer nos limites da capacidade de suporte do planeta Terra. 
Modificar atitudes e práticas pessoais. 
Permitir que as comunidades cuidassem de seu próprio meio-ambiente. 
Gerar uma estrutura nacional para integrar desenvolvimento e conservação. 
Constituir uma aliança global.
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QUEM DEVE PAGAR POR ISSO?
3 - PRINCÍPIO POLUIDOR PAGADOR
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PRINCÍPIO POLUIDOR PAGADOR
 Recursos ambientais escassos;
 Seu uso gera sua redução e degradação;
 Internalizar os custos ambientais nos preços;
 Para não subsidiar o poluidor.
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4 - PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
É MELHOR PREVENIR QUE REMEDIAR...
... POIS NUNCA MAIS SERÁ A MESMA
APLICA-SE A IMPACTOS AMBIENTAIS JÁ CONHECIDOS
É O FUNDAMENTO DOS EIA/RIMA
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5-PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
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Princípio 15 - Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. 
(Declaração do Rio de 1992)
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
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III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;  
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;  
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
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VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
(CF/88)
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
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Princípio
in dubio pro natura
Na dúvida não intervenha no meio ambiente
6 - PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO
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(Declaração do Rio de 1992)
Princípio 10 - A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, colocando as informações à disposição de todos. Será proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que se refere à compensação e reparação de danos.
PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO
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(ANTUNES, 2013)
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(SARLET, 2014)
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A participação é baseada no direito das pessoas que podem ser afetadas a terem uma palavra a dizer sobre a determinação do seu futuro ambiental.
(Alexandre Kiss e Dinah Shelton)
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RELAÇÃO
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DIREITO À INFORMAÇÃO
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
(CF/88)
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DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
(CF/88)
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EIA/RIMA
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
[...]
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
(CF/88)
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 
7 - PRINCÍPIO DO LIMITE
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8 - PRINCÍPIO DA UBIQÜIDADE
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9 - PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO
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10 - PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE E POSSE
BOA TARDE!
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