Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ELETRÔNICA DE POTÊNCIA - TRANSISTORES DE POTÊNCIA - Professor Lucas Tenório de Souza Silva 1 – TRANSISTORES DE POTÊNCIA 1 – TRANSISTORES DE POTÊNCIA Diferente do diodo, os transistores podem ser utilizado como uma chave controlada, que é utilizado para efetuar o controle de potência de forma eficaz. Principais aplicações dos transistores como chave eletrônica na Eletrônica de Potência: Construção de choopers (DC-DC) Construção inversores (DC-AC). Os transistores mais utilizados para Chaveamento são: Transistor Bipolar de Junção (TBJ ou BJT) Transistores de Efeito de Campo Metal-Oxido-Semicondutor (MOSFET). 1 – TRANSISTORES DE POTÊNCIA Transistor BJT: Controle por corrente de base (IB) Circuitos de acionamentos são mais complexos Aplicações mais caras do que as do MOSFET. Menor queda de tensão e preferível para alta tensão em relação a do MOSFET (VCE<VDS); Transistor MOSFET: Controle por tensão de gate (VGS); Circuito de acionamento mais simples em relação a do BJT. Maior velocidade de chaveamento em relação a do BJT. Maior Perda de Potência em Condução. 1 – TRANSISTORES DE POTÊNCIA Para reduzir as limitações dos BJT e MOSFET, o transistor bipolar de porta isolada (IGBT) surgiu. Transistor IGBT: Dispositivo próprio para alta tensão Baixa queda de tensão (menor perda) Requer circuitos de acionamento mais simples Possui velocidade de chaveamento maior que o BJT. IGBT (formato TBJ) IGBT (formato MOSFET) IGBT (Circuito Equivalente) 2 – TRANSISTORES BJT 2 – TRANSISTORES BJT Controle feito pela corrente de Base IB Existem dois tipos de transistores bipolares: NPN e PNP; Possuem três terminais: Coletor; Base e Emissor; Terminologias do Transistor e principais Equações: Tensão: NPN: VCE, VBE e VCB / PNP: VEC, VEB e VBC; Corrente: NPN e PNP: IC, IB e IE (sentidos diferentes) VVBE 7,0 BC II BCE III EBBCEC BECBCE VVVPNP VVVNPN : : B C I I E C I I 2 – TRANSISTORES BJT As junções são polarizadas dependendo da aplicação: Amplificadores (região ativa) Chaves Eletrônicas (região de Corte ou região de Saturação); Os tipos de configuração de circuitos com transistor podem ser: Base comum (BC) Emissor comum (EC) Coletor comum (CC) 2 – TRANSISTORES BJT As curvas características do transistor são obtidas da seguinte maneira: Entrada: relação de corrente e tensão de entrada para um valor de “tensão de saída” constante. Saída: relação de corrente e tensão de saída para um valor de “corrente de entrada” constante. A maioria das aplicações com transistores BJT utiliza a configuração emissor comum, que apresenta: fixoVcomVfI OUTININ :)( fixaIcomVfI INOUTOUT :)( Entrada Saída Corrente IB IC Tensão VBE VCE Valo Fixo VCE IB 2 – TRANSISTORES BJT A curva característica de saída do transistor é dividida em três regiões, e esta relacionada com a aplicação do transistor: Região Ativa (Amplificação) Região de Saturação Região de Corte Saturação Corte Ativa Fixa VCE Fixa IB 2 – TRANSISTORES BJT 2.1 – Principais Parâmetros do Transistor Os principais parâmetros encontrados nos datasheets dos transistores são: Máxima corrente de coletor: IC Máxima tensão coletor-emissor: VCEO(tensão VCE com Base aberta) Potência do transistor: PD Faixa de Betta do transistor: HFE – CC; Hfe – AC Tensão coletor-emissor de saturação: VCE(sat) Faixa de Tensão base-emissor (Ativo ou Saturado): VBE(on) Frequência de Chaveamento: fT. Valor máximo de temperatura de junção: Tjmax CECD VIP 2 – TRANSISTORES BJT 2.2 – Transistor BJT como Chave O transistor funciona como chave transitando entre as regiões de corte e saturação. Região de Saturação: Corrente de base é alta suficiente para polarizar diretamente as junções A corrente Ic(sat) será elevada, limitada pelo circuito; Tensão Vce(sat) será baixa, entre 1V e 2V. Região de Corte: Corrente de base é praticamente zero, suficiente para polarizar reversamente as duas junções; A corrente Ic(corte) é praticamente zero (fuga). Tensão Vce será igual a tensão da fonte. 2 – TRANSISTORES BJT O circuito transistorizado possui configuração EC polarizado com Duas Fontes. A polarização (dimensionamento) do circuito é feita considerando que o transistor na região de Saturação. Analisando as malhas de entrada e saída: Entrada: Saída: O dimensionamento deve levar em conta os parâmetros do transistor, como por exemplo: Icmax, Ibmax, VCEO, betta e frequência de chaveamento. Bsat BEE B I VV R Csat CARGACEsatCC c I VVV R Bsat Csat sat I I 2 – TRANSISTORES BJT A corrente de carga (IL=Icsat - submentida) não deve ultrapassar a máxima corrente do transistor (Icmax - suportável): A tensão da fonte (Vcc - submetida) não pode ser superior a tensão de coletor-emissor com base aberta (Vceo - suportável) O valor do betta de saturação (sat), se não for informado, deve ser utilizado o menor valor de betta informado pelo fabricante (ex: : 10 – 50) da seguinte maneira: # Geralmente o betta do BJT de potência é baixo, mas em alguns casos, para confirma a saturação pode utilizar (ex: : 120 – 600): transistordoMaxalNoCARGACsat III __)min( )min( alNoCARGAFonteCEO VVV mínSat 12 10 120 Sat 10 mín Sat 10Sat 2 – TRANSISTORES BJT Ao calcular Ibsat com o sat, a corrente de base deverá ser menor do que a corrente máxima da base (Ibsat<Ibmax): Quando não for informado o valor do Vcesat, este deve ser igual a zero para o dimensionamento do resistor Rc: Csat CARGACC c Csat CARGACEsatCC c I VV R I VVV R transistordoMaxBBsat sat alNoCARGA II I __ )min( 2 – TRANSISTORES BJT Exemplo: Projete um circuito transistorizado (auxiliar) para acionar um motor de 110 V a partir de um microcontrolador com saída TTL: O circuito TTL apresenta apenas dois níveis lógicos (0V-5V) O transistor possui: VBE=0,8V ICmax=3A; Faixa do Beta entre 10 e 30; VCEsat= 1,2V VCEO=60V; O relé possui tensão e corrente nominal de Vrelé=5V e Irelé(acionamento)=50mA. Objetivo: determine o resistor Rc, IBsat e o resistor Rb. 2 – TRANSISTORES BJT Cálculo de Rc, que limita a corrente do coletor. Observe a malha que envolve resistor RC e encontre VRc: Com a corrente do coletor (Ic) e a faixa do beta (10 e 50) do transistor, então encontra-se a corrente de base para saturar. Com a corrente de base, encontra-se o RB: AIIAII CRCreléRC 305,0 max 116 05,0 2,1512 cR Csat CARGACC c I VV R 10Bsat mAA I I Bsat Csat Bsat 5005,0 10 05,0 Bsat BEE b I VV R 840 005,0 8,05 bR 2 – TRANSISTORES BJT 2.3 – Perdas no Transistor BJT de Potência Perdas nos transistores de potência são relevantes. Há fontes de perdas nos transistores de potência: Perdas durante a estado de saturação (condução); Perdas durante o estado de corte (não condução)ou perda por fuga; Perdas no Chaveamento (transição) Perda por Corte Perda por Saturação Perda por Ligar Perda por Desligar Perda por Corte 2 – TRANSISTORES BJT Perdas durante a estado de saturação ocorre na: Base: Coletor: Perda total é dada por: # Se potência dissipada pela Base for pequena, pode considerar que as perdas total quando esta satura é de: Perdas durante a estado de corte ocorre no: Coletor (corrente de fuga - Ifuga ou Ileak), ou seja: BsatBEB IVP )( CsatCEC IVP )( BsatBECsatCEONSat IVIVPP )()( CsatCEONSat IVPP )( fugaCCCcorteCEOffCorte IVIVPP )( 2 – TRANSISTORES BJT Perdas no chaveamento é calculada com: Tensão VCEcorte, ou seja tensão da fonte de alimentação (Vcc) Corrente Icsat desconsiderando a tensão de VCEsat Tempo de transição (ts ou td). Perda total durante o chaveamento: VVCEsatC CC Csat R V I 0 fttIVP dsCsatCCtransição ][ 6 1 Ttttt f dsOFFON 11 2 – TRANSISTORES BJT 2.4 – Cuidados com Transistor BJT O transistor deve ser protegido contra: Sobrecorrente: Ocorre quando o transistor esta saturado e ocorre o efeito de realimentação positiva: Evita-se identificando valores de aumento de Corrente Ic ou de redução de VCE e interrompendo o fluxo de Ic curto-circuitando os terminais com uma chave automática em paralelo. Tensão Inversa: O transistor não consegue bloqueiar tensões inversas entre coletor e emissor, pois é um componente de tensão contínua. Evita-se colocando um diodo anti-paralelo entre os terminais . tItIfixaI CCB )( 2 – TRANSISTORES BJT Transitório do Chaveamento: Assim como no circuito com diodo, é utilizado circuito conhecido como snubber para limitar a tensão no dispositivo durante o chaveamento. Sem RCD Com RCD 2 – TRANSISTORES BJT Área de Operação Segura: Os fabricantes especificam limites suportável do transistor para operação segura baseada no gráfico de saída do transistor (VCE x IC). Limites: 1) Máxima Tensão VCE 2) Limite entre: Corte e Ativa 3) Limite entre: Saturação e Ativa 4) Máxima Corrente IC 5) Máxima Potência P=VCExIC 6) Limite quando IC e VCE são elevados 2 – TRANSISTORES BJT 2.5 - Circuito com a Configuração Darlington Esta configuração possui impedância de entrada elevada, permitindo que o circuito seja acionado por um circuito mais simples, com alta resistência interna, pequeno valor de corrente (IB) e custo reduzido. É um circuito utilizado principalmente para obter ganhos de corrente maiores (). Esse par de transistores pode ser obtido pela conexão física de dois transistores, ou fabricado em um único chip, ou pode ser. Desvantagens: Queda de tensão maior (Vcesat); Perda por condução maior; Baixa velocidade de Chaveamento. 2 – TRANSISTORES BJT A relação de ganho da configuração tipo Darlington pode ser obtida da seguinte maneira: Substituindo Betta1 e multiplicando o termo restante por IB2/IB2 tem: Substituindo IB2: Que pode ser aproximado por: A corrente de base é dada por: 1 1 1 B C I I 1B C total I I 2 2 2 B C I I EtotalB BEBECC B RR VVV I )1( 21 21 CCC III 112 BCB III 1 2 21 12 22 1 21 22 1 1 2 1 1 B B BB BC BB BC B C B C total I I II II II II I I I I 1221121 1 11 21 )1( B BC total I II 121221 total 2 – TRANSISTORES BJT Exemplo da Configuração Darlington: Dados do Transistor Q1: IC1=20A ; Betta1=20 Dados do Transistor Q2: IC2=100A ; Betta2=10 a) Determine a corrente de base requerida para saturar a configuração tipo Darlington? b) Qual a corrente de base requerida por Q2, caso este seja usado isoladamente? 21 CCC III 1B C total I I 23010201020 total 121221 total AIII CCC 1201002021 A I I total C B 522,0 230 120 1 2 2 2 B C I I A I I CB 10 10 100 2 2 2 3 – TRANSISTORES MOSFET 3 – TRANSISTORES MOSFET Controle feito por tensão VGS Existem dois tipos de transistores MOSFETs: Intensificação(mais utiliza) e Depleção / Canal N e P Possuem três/quatro terminais: Drain, Source, Gate e Substrato (em curto com source) Terminologias do Transistor: Tensão: VDS, VGS e VDG; Corrente: ID = IS, IG = 0A Intensificação Depleção 3 – TRANSISTORES MOSFET Principais características: Possui alta frequência de chaveamento Possui alta impedância de entrada (gate), e desta forma a corrente da entrada é praticamente igual a zero; Apropriado para aplicações de baixa potência; Pequena Perda por Chaveamento; Possui queda de tensão VDS(sat) considerável quando esta ligado. Neste caso, VDS(sat) pode ser aproximadamente 4V para ID(sat). 3 – TRANSISTORES MOSFET As equações dependem dos tipos de MOSFETs: Intensificação: Precisa criar o canal Não tem corrente sem VGS Equação: Depleção: Já possui o canal Existe corrente sem VGS Equações: ; 0 2 TGSDTGS DTGS VVkIVV AIVV TGSDSsat VVV 2 )( )( TligadoGS ligadoD VV I K 2 1 Po GS DSSD V V ii 3 – TRANSISTORES MOSFET Curva de Transcondutância Fixa IB Saturação Corte Triodo Curva de Saída (VGS-Fixo) A curva característica de saída do transistor é dividida em três regiões, e esta relacionada com a aplicação do transistor: Região de Saturação (Amplificação) Região de Triodo Região de Corte 3 – TRANSISTORES MOSFET DSDSD IVP 2 )( )( TONGS OND VV I K 2310 4,18 K 3.1 – Principais Parâmetros do Transistor É importante observa especificações do tipo: Especificações de Máximas: VDS: 500V VGS: 30V IDmax: 18,4A; PD: 220W: Características ON x OFF: VGS(th): 2 a 4 volts ID(on)/ VGS =10V: 18,4 RDS(on): 0,22 2/376,0 VAK 3 – TRANSISTORES MOSFET 3.2 – Transistor MOSFET como Chave O transistor tipicamente usado como chave é o mosfet de enriquecimento (sem o canal), por conta da simplificação do circuito de acionamento. A polarização do circuito é semelhante polarização com VGS constante. O transistor funciona como chave transitando entre as regiões de corte e triodo . 3 – TRANSISTORES MOSFET Região Triodo (condução) VGS suficiente para que a corrente do circuito seja limitada apenas pelo circuito. A corrente ID(carga) será elevada, limitada pela carga; Tensão VDS(on) será baixa, até 4V. Região Corte (Bloqueio) VGS deve ser menor que VT (VGS(th)) Tensão VDS será igual a da fonte Vcc. TGS VV CCDSD VVeIAssim 0: )(arg)( onDSaDconDS RIV AIVV DTGS 0 TGSDSsatonDS VVVV )( 2 )( )( TligadoGS ligadoD VV I K ;2arg TGSDsataDc VVkII 3 – TRANSISTORES MOSFETS 3.3 – Perdas no Transistor MOSFET de Potência Assim como foi para o BJT, o MOSFETtem como fontes de perdas de potência: Perdas durante a estado de Ôhmico (condução): Perdas durante o estado de Corte (não condução) ou perda por fuga; Perdas no Chaveamento (transição) T T IVP OFFVGSDDSOFF )0(max T T IVP ONaDconDSON arg)( T T IRP ONDonDSON 2 )( fttIVP dsaDcDStransição ][ 6 1 maxargmax CCDS VV max CCDS VV max VVDSL CC aDc R V I 0 maxarg Ttttt f dsOFFON 11 OFFON ON tt t d 3 – TRANSISTORES MOSFETS Exemplo: Perdas no Transistor MOSFET Um Mosfet tem os seguintes parâmetros abaixo: ID(VGS=0V): 2mA; RDS(on): 0,3; ts:100ns; td:200ns Dados do circuito: Vcc=100V; RL=19,7 ; f=40kHz; d=50%; Determine a perda total de potência, a potência na carga, a potência na fonte e a eficiência do circuito. Cálculo de ID (enxerga o Mosfet como um resistor) Calculo de VDS(on): )(onDSCARGA DD D RR V I AID 5 3,07,19 100 )()( onDSDonDS RIV VV onDS 5,13,05)( 3 – TRANSISTORES MOSFETS Determinação de VDSmax (tensão VDS quando este não conduz) Período T (inverso da frequência de chaveamento): Tempos Ton e Toff (dependem do duts-cycle d) Perda do MOSFET no estado de condução: Calculo de Poff (potência do Mosfet no estado de corte) DDCorteDSDS VVV )((max) VVDS 100(max) chavef T 1 sT 63 10251040 1 OFFON ON tt t d dsOFFON ttttT stt OFFON 7,242,01,025 stON 35,125,07,24 stOFF 35,12 WPON 705,325 35,12 53,0 2 T T IRP ONDonDSON 2 )( T T IVP OFFVGSDDSOFF )0(max mWPOFF 8,98 25 35,12 002,0100 3 – TRANSISTORES MOSFETS Perda no chaveamento: Calculo de Potencia da Carga Cálculo da Potência fornecida pela Fonte Calculo do Rendimento do Circuito (Relação entre potência de carga e Potência da Fonte) fttIVP dsaDcDStransição ][ 6 1 maxargmax 39 1040]10300[076,5100 6 1 transiçãoP AI aDc 076,5 7,19 100 maxarg WPtransição 02,1 T t IR T t R V P ONDCARGA ON CARGA CARGA CARGA 2 2 WPCARGA 30,243 25 35,12 57,19 2 PERDASCARGAFONTE PPP WWP TransiçãoCorteLigado FONTE 12,248)02,10988,0705,3(30,243 %100 FONTE CARGA P P %06,98%100 12,248 30,243 3 – TRANSISTORES MOSFET 3.4 – Cuidados com Transistor MOSFET O MOSFET também deve ser protegido de sobretensão, sobrecorrente e transitório. Alguns MOSFETs já possuem sensores internos de corrente e de temperatura, além de circuitos de acionamento do gate que anula o efeito da tensão do gate em casos de sobrecorrente e transitório. Sobretensão: O problema de sobretensão no MOSFET ocorre no estado de corte, quando a tensão entre Drain-Source é ultrapassada e força a condução. Evita-se especificando o MOSFET com tensão VDSmax (suportável) maior que a tensão de alimentação VCC. Outra solução, é colocar um resistor não-linear (varistor – resistência reduz com aumento da tensão) em paralelo com o MOSFET para desviar assim o fluxo de corrente por ele. CCDS VV max 3 – TRANSISTORES MOSFET Sobrecorrente: Durante a condução, a temperatura elevar e exceder a temperatura da junção Tj, danificando o componente. Uma solução simples é assegurar que o fluxo de corrente nunca vai exceder 75% do valor nominal. A utilização de sensores (Termostatos) também pode agir no desligamento do MOSFET quando a temperatura ultrapassar o valor predeterminado. Utilização de mecanismos de refrigeração (Dissipadores, Resfriamento Forçado (Ventilação; Condicionadores de Ar) pode auxiliar na manutenção da temperatura. 3 – TRANSISTORES MOSFET Corrente Inversa Quando há inversão de polariadade de VDS, o Mosfet não consegue bloquear a tensão reversa, prejudicando no acionamento do transistor. Para evitar, geralmente o Mosfet possui internamente em sua estrutura um diodo antiparalelo (Diodo de Corpo). Este diodo serve para permitir um caminho de retorno para a corrente para a maioria das aplicações de chaveamento. Diodo de Corpo 3 – TRANSISTORES MOSFET 3.5 - MOSFET em SÉRIE e em PARALELO A necessidade de controlar valores de corrente e tensão elevada, faz com que MOSFETs sejam conectados em série ou paralelo. Série: suporta tensões mais altas (equivalente a um divisor de tensão), que um único componente não suportaria individualmente. A conexão série complementares (Canal N com P) pode ser utilizada para construir inversores Paralelo: alimenta cargas com corrente que um único MOSFET não suportaria. Estes MOSFET compartilham igualmente a corrente por causa do coeficiente positivo de temperatura de RDS(on). 1)(1 DonDSjD IRTI 4 – TRANSISTORES IGBT 4 – TRANSISTORES IGBT IGBTs são transistores bipolares de porta isolada, que mesclam as características de: Baixa queda de tensão em condução, do Transistor BJT; Excelente chaveamento, simplificação do circuito de acionamento e a alta impedância de entrada, do transistor MOSFET; O IGBT: Pode substituir o MOFET em aplicações com corrente e tensão elevadas Possui velocidade de chaveamento intermediária, maior que o BJT e menor que o Mosfet; Não possui diodo de corpo, possuindo assim problema no bloqueio de tensão inversa (suporta até 10V). 4 – TRANSISTORES IGBT O IGBTs possui três terminais: Coletor, Emissor e Gate; Simbologia: IGBT (formato TBJ) IGBT (formato MOSFET) IGBT (Circuito Equivalente) 4 – TRANSISTORES IGBT 4.1 – Funcionamento do IGBTs: O princípio de funcionamento do IGBT é bem similar ao MOSFET de Potência. A condução acontece quando: VCE deve ser polarizada positivamente VGE deve ser maior que a Tensão Limiar - VGE(th). O bloqueio do IGBT ocorrerá quando: Basta zerar a tensão do Gate VGE ou quando esta for menor VGE(th). 4 – TRANSISTORES IGBT A curva característica (Vce x Ic) informa como o IGBT funciona. Este transistor também possui três regiões: Ativa; Saturação; Corte # Observe que para uma tensão de gate próximo ou menor que a tensão limiar (Vge<Vth), o transistor estará na região de corte (não conduz). Ativa Corte Satura 4 – TRANSISTORES IGBT 4.2 – Perdas do IGBT como Chave O IGBT funciona como chave transitando entre as regiões de corte e saturação. Assim como o BJT e o MOSFET, o IGBT possui perdas em: Condução (Saturação): Bloqueio (Corte): pode ser desconsiderada por ser baixíssima: Chaveamento (Transição). T T IVP ONonConCEON )()( OFFON ON tt t d T T IVP OFFoffCoffCEOFF )()( CCoffCE VV )( fttIVP dsCoffCEtransição ][ 6 1 max)( VVDSL CC C R V I 0 max Ttttt f dsOFFON 11 CARGA onCEFonte onC R VV I )( )( 4 – TRANSISTORES IGBT Exemplo: Perdas no Transistor IGBT Um Mosfet tem os seguintes parâmetros abaixo: VCE(on): 2V; ts:2,5s; td:1 s Dados do circuito: Vcc=220V; RL=10 ; f=10kHz; d=60%; Determine a perda total de potência, a potência na carga, a potência na fonte e a eficiência do circuito. Cálculo de ID(on) Determinação de VCEmax (tensãoVCE quando este não conduz) CARGA onCECC onC R VV I )( )( AID 8,21 10 2220 CCCEoffCE VVV max)( VV offCE 100)( 4 – TRANSISTORES IGBT Período T (inverso da frequência de chaveamento): Tempos Ton e Toff (dependem do duts-cycle d) Perda do IGBT no estado de condução: Perda do IGBT no estado de bloqueio é tão pequena que pode ser desprezada (Poff =0W). OFFON ON tt t d dsOFFON ttttT stt OFFON 5,9615,2100 stON 9,576,05,96 stOFF 6,38chavefT 1 sT 63 101001010 1 T T IVP ONonConCEON )()( WPON 07,42 100 5,96 8,212 4 – TRANSISTORES IGBT Perda no chaveamento: Calculo de Potencia da Carga Cálculo da Potência fornecida pela Fonte Calculo do Rendimento do Circuito (Relação entre potência de carga e Potência da Fonte) AIC 0,22 10 220 max WPtransição 23,28 T t IR T t R V P ONDCARGA ON CARGA CARGA CARGA 2 2 WPCARGA 64,2751 100 9,57 8,2110 2 PERDASCARGAFONTE PPP WP TransiçãoCorteLigado FONTE 99,2821)23,280,007,42(64,2751 %100 FONTE CARGA P P %51,97%100 99,2821 64,2751 fttIVP dsCoffCEtransição ][ 6 1 max)( kPtransição 10]5,3[22220 6 1 5 – TRANSISTORES UJT 5 – TRANSISTORES UJT O transistor de unijunção UJT possui apenas uma junção PN (um grão altamente dopado numa barra levemente dopada). A principal aplicação do UJT esta na construção de circuitos pequenos e simples responsáveis por gerar pulsos de acionamento de transistores e tiristores. O transistor três terminais: Base 1; Base 2 e Emissor 5 – TRANSISTORES UJT O funcionamento do UJT pode facilmente ser entendido com o circuito equivalente abaixo, considerando: Um resistor fixo: RB2 ; Um resistor variável: RB1 Um diodo representando a junção. O UJT deve ser polarizado da seguinte maneira: VB2B1 positivo; VEB1 positivo; Com VEB1=0V, o UJT possui resistência interbase (RBB) elevada e uma corrente IBB baixa e considerável, mas o UJT ainda esta bloqueado. 5 – TRANSISTORES UJT O UJT conduz quando a tensão do emissor é suficiente para polarizar a junção de forma direta e assim RB1 reduzirá, para isto é necessário conhecer a tensão do ponto entre os resistor RB1 e RB2. A tensão no ponto entre RB1 e RB2 dada pelo parâmetro η (êta - Intrinsic standoff ratio), fornecida pelo fabricante do componente e que possui valor típico de 0,6. VVVVVVConduz BBEE : 21 1: BB B RR R TensãodeDivisor 5 – TRANSISTORES UJT A curva característica (IE x VEB1 para VBB fixa) ajuda a entender melhor o funcionamento do UJT A curva pode ser dividida em três regiões: Região de Resistência Negativa Região de Saturação Região de Corte 5 – TRANSISTORES UJT Observa-se que: Para fazer o UJT conduzir, é necessário que VEB1 atingir Vp e ter o mínimo de corrente de IE = Ip. Após atingir Vp e Ip, a corrente elevará rapidamente sendo limitada pelo circuito e a tensão: Reduzirá com a corrente (Ip – Iv) : na região de resistência negativa (característica utilizada por circuitos osciladores) ; Aumentará com a corrente: na região de saturação (IE > Iv) 5 – TRANSISTORES UJT 5.1 – Principais Parâmetros do UJT É importante observa especificações do tipo: Especificações de Máximas: VB1E VB2E IFrms IEM Características Elétricas: RBBO η (relação) Iv: corrente de vale Vv: tensão de vale BBV VV .1,0 5 – TRANSISTORES UJT 5.2 – Oscilador de Relaxação – Aplicação do UJT O oscilador de relaxação é um circuito em que a frequência é controlada pela carga e descarga de um capacitor. O circuito do oscilador de relaxação é dado pela figura abaixo: Circuito Equivale 5 – TRANSISTORES UJT O circuito do oscilador de relaxação funciona da seguinte maneira: 1º Instante (Carregamento do Capacitor) O capacitor carrega através do resistor R1 e do potenciômetro P1; UJT permanece cortado: 2º Instante (Descarregamento do Capacitor) Tensão do capacitor atinge a tensão de pico do UJT: Junção polarizada diretamente e, assim, conduz. Resistência do RB1 cai para um valor próximo de zero Capacitor descarrega rapidamente pelo resistor R3. Tensão do capacitor atinge a tensão de Vale (Vv) e o UJT entra em estado de corte e reinicia o ciclo de oscilação. PCCONDUZ VVUJT :PECCORTADO VVVUJT : VVV BBP 1º 2º 5 – TRANSISTORES UJT Funções dos componentes do circuito oscilador: R1- Limita a corrente do circuito e frequência máxima do oscilador; P1- Controla a corrente e o tempo de carregamento do capacitor, e assim a frequência de oscilação do circuito. C – Controla a frequência de disparo e corte do UJT. R2 – Propicia estabilidade térmica ao Circuito ( depende de Vcc e ): Com aumento de temperatura: V e η diminuem, então Vp diminui. Sem R2: VBB é constante=VCC, pois VR3 é pequena. Assim, se a temperatura aumentar, Vp≥VD+ηVBB reduz e modificará a frequência (aumentará). Com R2: VBB=VCC-VR2 deixa de ser constante. Quando a temperatura aumenta, RBB aumenta, IBB e VR2 diminui e faz VBB aumentar. Assim Vp≥VD+ ηVBB não modifica muito pois VBB compensa a redução de VD e η diminuem. R3 – é a saída do circuito (VR30,6V) e modifica o tempo de descarga. 5 – TRANSISTORES UJT Exemplo: Dimensionamento do Circuito Oscilador: Um circuito oscilador com o transistor UJT é utilizado para acionar de SCR. Este oscilador possui os seguintes dados: R2 – Considerando que Vp = Vcc e VR30,6V (evitar o disparo do circuito posterior), então IBB – É dada pela tensão VCC e a Resistência em série do circuito. ]51[4 1,04 56,0 :26462 12 KHzkHzfAI VVmAI KR NUJTDados VV P BBVV BB CC 1 )( 3 3 2 RP RCC BB VV VV RR 82,1811 6,012.6,0 )6,012.(6,0 52 KR 6,03 2 3 32 R BB RCC BB CC BB V RR VV RRR V I mAIBB 20,2 82,1815000 6,012 5 – TRANSISTORES UJT R3 – Considerando que VR3 0,6V e IBB já calculada, então: VBB – A tensão entre as bases, quando o UJT esta cortado, é dada por: Vcp – a tensão do capacitor para o disparo: RE – O resistor do emissor (associação em série de R1 com P1) é calculado para uma faixa de valores. O objetivo do oscilador é permite que o UJT funcione na região de resistência negativa. Dimensionar a Resistência Máxima para garantir o disparo: Corrente minima(Ip) BB R I V R 33 73,272 00220,0 6,0 3R BBBBBB IRV VVBB 00,110022,05000 3RBBCP VVVV VVCP 9,76,07,0116,0 P PCC PRE I VV R )max( 11 MR PRE 025,1 000004,0 9,712 )max( 11 5 – TRANSISTORES UJT Dimensionar a resistência Mínima para garantir a interrupção: Corrente máxima(Iv): Portanto: O Calculo do Capacitor depende do Período ou Frequência que pode ser aproximada ao período de carregamento do capacitor(t2- t1). O descarregamento ocorre sobre R3 e é muito rápido, sendo despresível. V VCC RE I VV R )min( 1 kR RE 73,2 004,0 1,112 )min( 1 kRk PRE 025,173,2 )( 11 CPCC VCC VV VV CPRT ln)( 11(max) CPCC VCC VV VV CRT ln1(min) 5 – TRANSISTORES UJT Para dimensionar o capacitor(C) e especificar o resistor (R1) e o potenciômetro (P1), deve-se achar a relação entre eles e escolher ou valor do capacitor ou do resistor. PCC VCC VV VV ln (max) (min) (min) (max) 1 1 f T f T FRCMínimoTempo 61 1054,204 978,05000 1 :_ k C T R 633,13 978,010001075 1 9 (max) (max) kkkPPRR então 906,10727,2633,13111(max) 0; 9,712 1,112 ln 5000 1 11min PCRT max111max 9,712 1,112 ln)( 1000 1 PCPRT kRenFCEscolhe 727,275: 1 10 – EXERCÍCIOS AHMED, Ahsfaq. Eletrônica De Potência. Pearson Education do Brasil Ltda, 2002. Capitulo 3: Estão aptos a fazer todos exercícios Preferencialmente: 9 até o 16. 10 – EXERCÍCIOS RASHID, Muhammad H.; Eletrônica de Potência: Dispositivos, Circuitos e Aplicações; PEARSON; Makron Books Capitulo X 10 – EXERCÍCIOS 10 – EXERCÍCIOS
Compartilhar