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2. o que é arte estética e arquitetura (FAJ 2018)

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Estética: Campo de Estudos
O termo “Estética", em particular, foi 
cunhado pelo filósofo germânico Alexander 
Baumgarten em 1750, como relativo àquilo 
que é apreensível pelos sentidos, mas já 
referido à arte e à apreciação da beleza.
Estética (grego: Aesthesis)
Refere-se às coisas materiais, isto é, apreensíveis 
pelos sentidos, em oposição às coisas imateriais, 
que somente poderiam ser pensadas.
• Pensamento filosófico sobre Arte, mas 
também sobre toda cultural material humana 
 uma mesa ou uma colher também podem 
ser objetos de uma análise estética.
Immanuel Kant, filósofo também germânico, 
definiu a filosofia a partir de três campos de 
investigação, correspondentes as faculdades 
mentais humanas: compreensão (teórica); 
razão prática (prática) e a apreciação
(estética).
 Crítica: essa separação das faculdades mentais 
não é objetiva, mas sim uma abstração conceitual.
Estética: Campo de Estudos
Estética: Campo de Estudos
“Nos últimos duzentos anos, os filósofos tem 
continuamente ponderado sobre a significação e 
motivação das artes. O problema da arte tem até 
sido honrado como um departamento especial da 
filosofia sob o nome de “estética”, definida de várias 
formas como “a ciência do belo”, “ a teoria ou a 
filosofia do gosto”, ou, “a ciência da expressão” 
(Croce). 
“ ...juntamente com gracioso, bonito ou 
sublime, maravilhoso, soberbo e expressões 
similares – é um adjetivo que usamos 
frequentemente para indicar algo que nos 
agrada (sentidos). Parece que, assim, aquilo 
que é belo é igual àquilo que é bom e, de 
fato, em diversas épocas históricas criou-se 
um laço estreito entre o Belo e o Bom”. 
Umberto Eco
Belo
Gosto ou Prazer Estético
• Belo não se identifica apenas com o bom, 
mas com aquilo que desejamos, porque 
nos agrada (ideal);
• O estímulo sensorial foi durante muito tempo 
o centro do pensamento filosófico em relação 
a Arte;
• As noções de belo são mutáveis, então como 
definir concretamente a arte?
“Tudo o que exercita as ideias de dor e perigo; que produz a 
emoção mais forte que a mente é capaz de sentir; As ideais de dor 
são muito mais fortes do que as da área do prazer; Os tormentos 
que nos podem fazer sofrer são muito maiores em seu efeito no 
corpo e na mente que quaisquer prazeres”.
Edmund Burke. Observações sobre o Sentimento do Belo e do 
Sublime, 1764.
“Tanto o belo quanto o sublime são disposições da 
faculdade de sentir; Sublime 
é o que é absolutamente grande, acima de toda 
comparação.”
Imannuel Kant (1724 - 1804)
Sublime
Belo versus Sublime
A Beleza é acima de tudo uma qualidade objetiva dos corpos, “graças à 
qual eles despertam amor”, que atua sobre a mente humana através dos 
sentidos.
Edmund Burke opõe-se à ideia de que a Beleza consiste na proporção e na 
conveniência, e vê como típicas do Belo a variedade, a pequenez, a lisura, 
a variação gradual, a delicadeza, a pureza e a clareza da cor, assim como –
em certa medida – a graça e a elegância.
Estas predileções são interessantes na medida em que se opõem à sua 
ideia do Sublime, que implica a vastidão das dimensões, a aspereza e o 
descuido, a solidez mesmo maciça, a tenebrosidade. O Sublime nasce 
quando se desencadeiam paixões como o terror, prospera a obscuridade, 
evoca as ideias de potência, e daquela privação de que são exemplos o 
vazio, a solidão e o silêncio. Predomina no Sublime o não-finito, a 
dificuldade, a aspiração a alguma coisa sempre maior.
Umberto Eco, História da Beleza.
Sensações: para além do Belo
A função pragmática da beleza pode ser despertar 
amor em relação àquilo que uma obra de arte mostra, 
ao passo que a função da sublimidade seria despertar 
reverência. Contudo, há um grande número de outras 
sensações, como a repulsa, para despertar 
repugnância, a ridicularização, para despertar 
desprezo, ou então seria lascívia, para despertar 
sentimentos eróticos. 
Danto, Abuso da Beleza.
Bramante, (1444 - 1514) Tempietto de San Pietro in 
Montorio – Roma - 1506 
UM CONCEITO VAZIO
“O que fazia a arte funcionar era algo que parecia capturado pela 
formulação clássica de beleza, como sua referência ao equilíbrio, à 
proporção e a ordem. Mas, “belo!”, em si, tornou-se apenas uma 
expressão genérica de aprovação, com tão pouco conteúdo 
descritivo quanto um assovio emitido por uma pessoa na presença 
de algo que a empolgou de maneira especial. Assim, não foi uma 
perda tão grande para o discurso sobre a arte quando os primeiros 
positivistas passaram a pensar a beleza como algo completamente 
desprovido de sentido cognitivo. Dizer que algo é belo, na visão 
deles, não é descrever, mas expressar uma admiração geral. E isso 
poderia ser feito apenas dizendo “Uau!” ou arregalando os olhos e 
apontando para o objeto. Além daquilo que era descartado por ter 
“sentido emotivo”, a ideia de beleza afigurava-se como vazia (...) e 
isso contribuiu para a vacuidade da Estética”. 
Danto
O QUE É ARTE?
Cerâmicas Neolíticas
Como definir algo que escapa a limites, que se abrange tantas 
diferenças no tempo e no espaço?
Grutas de Lascaux, França 
[Paleolítico Superior, 15 000 a.C.]
Sainte-Chapelle, Paris
• Vivemos e agimos 
artisticamente -
esteticamente;
• A Arte, e suas definições, 
precisam estar além da 
contemplação estética;
• Múltiplos sentidos (ou 
dimensões);
enobrece, nobilita, valoriza, elogia
O que é Arte?
✓Acrescenta dificuldade a prática  rimas, ritmos, 
padrões, regras, técnicas;
✓Extraordinário: não se resume a uma necessidade, 
mesmo quando assume certas finalidades.
/ou/existe uma maneira objetiva de estabelecer 
qualidade artística?
Jackson Pollock. 
(1912-1956). 
Number 1, 1948. 
O que é Arte?
“Qualquer coisa” parece uma resposta insuficiente 
e decepcionante para a pergunta O que é arte?. 
Mas isso porque durante muito tempo se pressupôs 
que obras de arte constituíam um conjunto restrito 
e um tanto elevado de objetos que todo mundo 
seria capaz de identificar, restando apenas 
perguntar o que justifica esse prestígio. A marca da 
condição contemporânea na filosofia da arte é que 
uma definição precisa ser consistente com a 
abertura radical que tomou conta desse campo.
Danto
Reconhecemos a obra de arte pelo fato de que 
nenhuma ideia que ela suscita em nós, nenhum 
ato que ela nos sugere pode esgotá-la ou 
concluí-la [...]e não há lembrança, pensamento 
ou ação que possa anular-lhe o efeito ou 
libertar-nos inteiramente de seu poder.
Paul Valéry
Obra Aberta
Pintura Egípcia 
Mural
Preservada no Museu Nacional de 
Washington, EUA. 
Ateliê do escultor alemão Arno Breker, anos 1930.
TOTALITARISMO: definição total - solução para o “problema” da subjetividade!
Exposição de Arte Degenerada 1937
Exposição de Arte Degenerada 1937
“As nossas convicções mais 
profundas procuram confirmação 
na experiência da arquitetura”
Scruton, 1979
O BELO EM DISPUTA
Visões sociais também são esculpidas em pedra;
“(...) a História, não é somente escrita, mas ela é, 
literalmente, construída. A arquitetura e o 
planejamento urbano é espaço de representação de 
poder e políticas” (Argan)
 Manifestações de vontades políticas: edifícios 
governamentais e construções representativas como 
museus, teatros, salas de concerto, estádios.
Arquiteto: Albert Speer
Arquitetura 
Política
Poder
Germania, a capital que Hitler planejava construir para seu Império.
Arquiteto Albert Speer.
Guetos Nazistas:
Arquitetura da Segregação
Estética e Arquitetura
• Apreciação crítica resulta de a) percepção sensorial 
e b) a compreensão intelectual/imaginação;
• A qualidade é historicamente concebido;
A compreensãodo belo passa por 
um esforço reflexivo de 
decodificação das estruturas 
abstratas que estão na base da 
produção e/ou reconhecimento dos 
objetos belos (valores): os “códigos 
de beleza”
...nenhum edifício
pode ser ordenado
de modo adequado
sem analogia com a
justa proporção do
corpo humano.
Vitrúvio
Partenon
447 -432 a.C.
Mármore
Acrópole de Atenas, Grécia
O gosto se exercita no pensamento 
e se muda pelo pensamento.
Ele são adquiridos pela instrução, pela 
aquisição de conhecimentos e pelo 
desenvolvimento de valores.
▪ Gosto se discute
▪ O gosto não é um absoluto: ele se 
altera pela aproximação/compreensão
O gosto tem três níveis de
elementos (Holanda, 1994):
▪ Universais
▪ Culturais
▪ Individuais
UNIVERSAL
Elementos determinados pela
natureza de nossa espécie animal,
quer dizer, de nosso aparelho
perceptivo.
Experiência.
CULTURAL
Elementos relativos a determinado 
contexto social; valores 
(comunitários, de classe...)
Pensamento.
INDIVIDUAL
Elementos informados pelos
atributos pessoais de cada um de
nós, que interferem na maneira
pela qual percebemos e
desfrutamos a beleza.
Pensamento.
A preferência de um ou outro é
mais que mera satisfação.
▪ É o resultado do pensamento e da 
educação; 
▪ Exprime sentimentos morais, 
religiosos e políticos;
▪ É uma visão de mundo completa 
com que nossa identidade se 
confunde.
O exercício do gosto estético 
envolve
Pensamento
e
Experiência
Construção de um novo ponto de 
vista com relação à uma 
determinada obra
Edifícios:
1. Pateo do Colégio
2. Catedral da Sé
3. Teatro Municipal
4. Praça das Artes
5. Biblioteca Mário de Andrade
6. Galeria do Rock
7. Banespa
8. Edifício Viadutos
9. Copan
GRUPOS/DATAS : SEMINÁRIOS E MEMORIAL
/2017
PATEO DO COLÉGIO: 
CATEDRAL DA SÉ: 
TEATRO MUNICIPAL: 
PRAÇA DAS ARTES:
/2017
BIBLIO. MÁRIO DE ANDRADE:
GALERIA DO ROCK: 
BANESPA: 
COPAN: 
EDIFÍCIO VIADUTOS:
1° ETAPA: Pesquisa sobre o edifício
• Nome do projeto
• Nome do arquiteto, biografia do arquiteto, 
principais obras
• Datas: projeto, construção, inauguração
• Localização
• Área: terreno, edifício, ampliação, demolição
• Bibliografia e sites de referência
• Material gráfico: plantas, fotos
Estudos de caso

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