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Estética: Campo de Estudos O termo “Estética", em particular, foi cunhado pelo filósofo germânico Alexander Baumgarten em 1750, como relativo àquilo que é apreensível pelos sentidos, mas já referido à arte e à apreciação da beleza. Estética (grego: Aesthesis) Refere-se às coisas materiais, isto é, apreensíveis pelos sentidos, em oposição às coisas imateriais, que somente poderiam ser pensadas. • Pensamento filosófico sobre Arte, mas também sobre toda cultural material humana uma mesa ou uma colher também podem ser objetos de uma análise estética. Immanuel Kant, filósofo também germânico, definiu a filosofia a partir de três campos de investigação, correspondentes as faculdades mentais humanas: compreensão (teórica); razão prática (prática) e a apreciação (estética). Crítica: essa separação das faculdades mentais não é objetiva, mas sim uma abstração conceitual. Estética: Campo de Estudos Estética: Campo de Estudos “Nos últimos duzentos anos, os filósofos tem continuamente ponderado sobre a significação e motivação das artes. O problema da arte tem até sido honrado como um departamento especial da filosofia sob o nome de “estética”, definida de várias formas como “a ciência do belo”, “ a teoria ou a filosofia do gosto”, ou, “a ciência da expressão” (Croce). “ ...juntamente com gracioso, bonito ou sublime, maravilhoso, soberbo e expressões similares – é um adjetivo que usamos frequentemente para indicar algo que nos agrada (sentidos). Parece que, assim, aquilo que é belo é igual àquilo que é bom e, de fato, em diversas épocas históricas criou-se um laço estreito entre o Belo e o Bom”. Umberto Eco Belo Gosto ou Prazer Estético • Belo não se identifica apenas com o bom, mas com aquilo que desejamos, porque nos agrada (ideal); • O estímulo sensorial foi durante muito tempo o centro do pensamento filosófico em relação a Arte; • As noções de belo são mutáveis, então como definir concretamente a arte? “Tudo o que exercita as ideias de dor e perigo; que produz a emoção mais forte que a mente é capaz de sentir; As ideais de dor são muito mais fortes do que as da área do prazer; Os tormentos que nos podem fazer sofrer são muito maiores em seu efeito no corpo e na mente que quaisquer prazeres”. Edmund Burke. Observações sobre o Sentimento do Belo e do Sublime, 1764. “Tanto o belo quanto o sublime são disposições da faculdade de sentir; Sublime é o que é absolutamente grande, acima de toda comparação.” Imannuel Kant (1724 - 1804) Sublime Belo versus Sublime A Beleza é acima de tudo uma qualidade objetiva dos corpos, “graças à qual eles despertam amor”, que atua sobre a mente humana através dos sentidos. Edmund Burke opõe-se à ideia de que a Beleza consiste na proporção e na conveniência, e vê como típicas do Belo a variedade, a pequenez, a lisura, a variação gradual, a delicadeza, a pureza e a clareza da cor, assim como – em certa medida – a graça e a elegância. Estas predileções são interessantes na medida em que se opõem à sua ideia do Sublime, que implica a vastidão das dimensões, a aspereza e o descuido, a solidez mesmo maciça, a tenebrosidade. O Sublime nasce quando se desencadeiam paixões como o terror, prospera a obscuridade, evoca as ideias de potência, e daquela privação de que são exemplos o vazio, a solidão e o silêncio. Predomina no Sublime o não-finito, a dificuldade, a aspiração a alguma coisa sempre maior. Umberto Eco, História da Beleza. Sensações: para além do Belo A função pragmática da beleza pode ser despertar amor em relação àquilo que uma obra de arte mostra, ao passo que a função da sublimidade seria despertar reverência. Contudo, há um grande número de outras sensações, como a repulsa, para despertar repugnância, a ridicularização, para despertar desprezo, ou então seria lascívia, para despertar sentimentos eróticos. Danto, Abuso da Beleza. Bramante, (1444 - 1514) Tempietto de San Pietro in Montorio – Roma - 1506 UM CONCEITO VAZIO “O que fazia a arte funcionar era algo que parecia capturado pela formulação clássica de beleza, como sua referência ao equilíbrio, à proporção e a ordem. Mas, “belo!”, em si, tornou-se apenas uma expressão genérica de aprovação, com tão pouco conteúdo descritivo quanto um assovio emitido por uma pessoa na presença de algo que a empolgou de maneira especial. Assim, não foi uma perda tão grande para o discurso sobre a arte quando os primeiros positivistas passaram a pensar a beleza como algo completamente desprovido de sentido cognitivo. Dizer que algo é belo, na visão deles, não é descrever, mas expressar uma admiração geral. E isso poderia ser feito apenas dizendo “Uau!” ou arregalando os olhos e apontando para o objeto. Além daquilo que era descartado por ter “sentido emotivo”, a ideia de beleza afigurava-se como vazia (...) e isso contribuiu para a vacuidade da Estética”. Danto O QUE É ARTE? Cerâmicas Neolíticas Como definir algo que escapa a limites, que se abrange tantas diferenças no tempo e no espaço? Grutas de Lascaux, França [Paleolítico Superior, 15 000 a.C.] Sainte-Chapelle, Paris • Vivemos e agimos artisticamente - esteticamente; • A Arte, e suas definições, precisam estar além da contemplação estética; • Múltiplos sentidos (ou dimensões); enobrece, nobilita, valoriza, elogia O que é Arte? ✓Acrescenta dificuldade a prática rimas, ritmos, padrões, regras, técnicas; ✓Extraordinário: não se resume a uma necessidade, mesmo quando assume certas finalidades. /ou/existe uma maneira objetiva de estabelecer qualidade artística? Jackson Pollock. (1912-1956). Number 1, 1948. O que é Arte? “Qualquer coisa” parece uma resposta insuficiente e decepcionante para a pergunta O que é arte?. Mas isso porque durante muito tempo se pressupôs que obras de arte constituíam um conjunto restrito e um tanto elevado de objetos que todo mundo seria capaz de identificar, restando apenas perguntar o que justifica esse prestígio. A marca da condição contemporânea na filosofia da arte é que uma definição precisa ser consistente com a abertura radical que tomou conta desse campo. Danto Reconhecemos a obra de arte pelo fato de que nenhuma ideia que ela suscita em nós, nenhum ato que ela nos sugere pode esgotá-la ou concluí-la [...]e não há lembrança, pensamento ou ação que possa anular-lhe o efeito ou libertar-nos inteiramente de seu poder. Paul Valéry Obra Aberta Pintura Egípcia Mural Preservada no Museu Nacional de Washington, EUA. Ateliê do escultor alemão Arno Breker, anos 1930. TOTALITARISMO: definição total - solução para o “problema” da subjetividade! Exposição de Arte Degenerada 1937 Exposição de Arte Degenerada 1937 “As nossas convicções mais profundas procuram confirmação na experiência da arquitetura” Scruton, 1979 O BELO EM DISPUTA Visões sociais também são esculpidas em pedra; “(...) a História, não é somente escrita, mas ela é, literalmente, construída. A arquitetura e o planejamento urbano é espaço de representação de poder e políticas” (Argan) Manifestações de vontades políticas: edifícios governamentais e construções representativas como museus, teatros, salas de concerto, estádios. Arquiteto: Albert Speer Arquitetura Política Poder Germania, a capital que Hitler planejava construir para seu Império. Arquiteto Albert Speer. Guetos Nazistas: Arquitetura da Segregação Estética e Arquitetura • Apreciação crítica resulta de a) percepção sensorial e b) a compreensão intelectual/imaginação; • A qualidade é historicamente concebido; A compreensãodo belo passa por um esforço reflexivo de decodificação das estruturas abstratas que estão na base da produção e/ou reconhecimento dos objetos belos (valores): os “códigos de beleza” ...nenhum edifício pode ser ordenado de modo adequado sem analogia com a justa proporção do corpo humano. Vitrúvio Partenon 447 -432 a.C. Mármore Acrópole de Atenas, Grécia O gosto se exercita no pensamento e se muda pelo pensamento. Ele são adquiridos pela instrução, pela aquisição de conhecimentos e pelo desenvolvimento de valores. ▪ Gosto se discute ▪ O gosto não é um absoluto: ele se altera pela aproximação/compreensão O gosto tem três níveis de elementos (Holanda, 1994): ▪ Universais ▪ Culturais ▪ Individuais UNIVERSAL Elementos determinados pela natureza de nossa espécie animal, quer dizer, de nosso aparelho perceptivo. Experiência. CULTURAL Elementos relativos a determinado contexto social; valores (comunitários, de classe...) Pensamento. INDIVIDUAL Elementos informados pelos atributos pessoais de cada um de nós, que interferem na maneira pela qual percebemos e desfrutamos a beleza. Pensamento. A preferência de um ou outro é mais que mera satisfação. ▪ É o resultado do pensamento e da educação; ▪ Exprime sentimentos morais, religiosos e políticos; ▪ É uma visão de mundo completa com que nossa identidade se confunde. O exercício do gosto estético envolve Pensamento e Experiência Construção de um novo ponto de vista com relação à uma determinada obra Edifícios: 1. Pateo do Colégio 2. Catedral da Sé 3. Teatro Municipal 4. Praça das Artes 5. Biblioteca Mário de Andrade 6. Galeria do Rock 7. Banespa 8. Edifício Viadutos 9. Copan GRUPOS/DATAS : SEMINÁRIOS E MEMORIAL /2017 PATEO DO COLÉGIO: CATEDRAL DA SÉ: TEATRO MUNICIPAL: PRAÇA DAS ARTES: /2017 BIBLIO. MÁRIO DE ANDRADE: GALERIA DO ROCK: BANESPA: COPAN: EDIFÍCIO VIADUTOS: 1° ETAPA: Pesquisa sobre o edifício • Nome do projeto • Nome do arquiteto, biografia do arquiteto, principais obras • Datas: projeto, construção, inauguração • Localização • Área: terreno, edifício, ampliação, demolição • Bibliografia e sites de referência • Material gráfico: plantas, fotos Estudos de caso
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