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Resumo de BAN 201

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Resumo de BAN 201
ZOOLOGIA DOS INVERTEBRADOS II
Filo Mollusca
Indivíduos celomados; protostomados (desenvolve a boca primeiro); animais de corpo mole; achatados dorsoventralmente; simetria bilateral; registro taxonômico desde a Idade Media.
Representantes: mariscos, ostras, lulas, polvos e caramujos.
Maioria marinha, possuidores de conchas; adaptação ao habitat; maioria de vida livre, alguns aderidos ao substrato, outros bentônicos (grupo que vive aderido ao substrato aquático); movimentos lentos.
Características gerais:
Epiderme rica em glândulas secretoras de muco; o muco evita desidratação e facilita na locomoção, lubrificação; glândulas específicas da formação da concha.
Celoma limitado aos nefrídeos, coração e parte intestinal; corpo circundado por uma formação carnosa – manto; o manto envolve o osfrádio, gonósporo e ânus. 
Concha: quando presente, é secretada pelo manto, composta de 3 camadas:
Perióstraco: camada proteica orgânica de conchiolina;
Prismática: prismas de CaCO3 imersos em matriz proteica (alguns tem 2 camadas);
Nácar: camada nacarada; lâminas de CaCO3 paralelas que formam a madrepérola;
* moluscos com concha interna tem apenas 1 camada, o perióstraco, que permite maior mobilidade; ex.: polvos, lulas, lebre do mar.
Rádula se encontra na região bucal; composta por dentes quitionosos, sua função é raspadora, para coleta de alimentos (pequenos microorganismos); o Odontóforo é uma base cartilaginosa e muscular protacta e retracta da rádula; 
Sistema digestivo completo incluindo um papo; intestino espiralado e trato ciliado pra seleção de partículas; região ectodérmica: boca, cavidade bucal e faringe; região endodérmica: esôfago, estômago, ceco e intestino; região ectodérmica posterior: reto e ânus; ocorre a ingestão (pela rádula); o saco do estilete libera um bastão de estilete cristalino no estômago onde se movimenta promovendo a liberação de enzimas e mucos das glândulas salivares; a digestão é extracelular, o intestino não participa nele se acumulam as partículas a serem excretadas pelo ânus. 
Sistema circulatório aberto (hemocele); composto por coração, aorta dorsal, vasos sanguíneos (prolongamentos da aorta); hemolinfa contém amebócitos e hemocianina (transporte de CO2); hemolinfa banha os órgãos dentro da cavidade, fora de vasos sanguíneos ou capilares; excetos cefalópodes. 
Sistema excretor: possui de 1 a 7 pares de metanefrídios, considerados ‘rins’; filtrar o líquido celomático da cavidade pericárdica.
Sistema nervoso e órgãos sensoriais: possui vários pares de gânglios, gânglio cerebral (cérebro); tentáculos cefálicos (recepção mecano-química); um par de olhos sobre a cabeça; um par de estatocistos (órgão de equilíbrio) nos pés; osfrádio (percepção de qualidade da água), um par na câmara inalante da cavidade do manto para detectar químicos indesejáveis. 
Reprodução: a fecundação externa ou interna; hermafroditas (não ocorre autofecundação); gametas liberados via nefridióporo para dentro da câmara exalante caindo na corrente de água; dioicos com receptáculo e bolsa seminal; ovócito e espermatozoide maduros entram na cavidade celômica e são transportados para o lado externo, os rins funcionam como gonoduto; ocorre cópula. 
Desenvolvimento: pós-fase gástrula vira larva trocófora, desenvolvimento direto; ou indireto com metamorfose: trocófora metamorfose larva véliger jovem adulto.
Ancestral hipotético Vivente: mudanças drásticas na morfologia; o ancestral tinha uma concha plana, coberta de conchiolina; originário de turbelários. Classe Aplacophora tem características primitivas e específicas, talvez um dos primeiros moluscos sem concha. 
* Outra hipótese: origem de um ancestral segmentado, anelídeo.
Classe Aplacophora:
Sem conchas; possivelmente a classe mais próxima do ancestral; pequenos e marinhos; cobertura de espículas calcárias; corpo vermiforme, com manto enrolado ventralmente para dentro; hermafroditas; fecundação externa; larva lecicotróficas; escavadores (rádula desenvolvida) de pequenos organismos; locomoção por cílios. Respiração: maioria sem brânquias, quando têm, é ciliada localizada na região da cavidade pericárdica. Não possuem nefrídeos. Sistema nervoso: gânglios pouco desenvolvidos; nervos na região bucal, pedal e vísceras; não possuem órgãos sensoriais. Reprodução: dioicos (gônadas pareadas ou ímpares) ou hermafroditas (gônadas pareadas); fecundação externa. 
Classe Monoplacophora:
São marinhos, pequenos e achatados; vivem nas profundezas; concha em formato de capuz, lapa, secretada pelo manto, tem cicatrizes circulares e camada nacarada; arranjo repetido de órgãos; pé distinto, rastejante e ventral com sola ciliada e glândulas produtoras de muco; respiração branquial, semelhante aos Gastropodas. Excreção através de 3 a 7 pares de metanefrídios localizados na região exalante. Sistema nervoso: gânglios pouco desenvolvidos; nervos na região bucal, pedal e vísceras; sem olhos, tentáculos sensoriais presentes ao redor da boca; não tem osfrádio. Reprodução: 2 pares de gônadas com gonoduto conectado aos metanefrídios; fecundação externa. 
Espécie mais comum é a Neopilina galathea, vivem em grandes profundidades podem ter escapado da competição, predação e outros fatores que levaram à extinção da classe.
Classe Polyplacophora:
São marinhos, adaptados para viverem aderidos à rochas e conchas, quítons. Possuem 8 valvas articuladas dorsalmente formando uma concha e um cinturião que pode ser, ou não, ornamentado com espículas; corpo achatado dorsoventralmente. São pastadores generalistas, a rádula consiste em uma fileira de 11 dentes (com 1 mediano). Não têm olhos e apêndices cefálicos, a cabeça é indefinida, e manto espesso; pé largo para fixar ao substrato duro. Quando se sentem ameaçados eles se enrolam, pois a concha é articulada (semelhante ao tatu). Reprodução: fecundação externa, com fase larval (+ fase véliger), depois da metamorfose véliger adulto, a larva afunda para região bentônica. 
A cabeça desenvolvida, a natureza da concha, as brânquias múltiplas e a ausência da larva véliger sugere que são divergentes da linha evolutiva principal dos Mollusca.
Classe Gastropoda:
Corpo assimétrico; cabeça com estatocistos, um par de tentáculos sensoriais, e outro par de tentáculos oculares; concha univalve, ou ausente em lesmas, espiralada, com alongamento na espira maior, formando uma cavidade sifonal para entrada e saída de água; pé localizado na massa visceral; a massa visceral sofre torção. São raspadores (rádula, saco radular e estilete cristalino presentes). Espécies aquáticas possuem ctenídeos (semelhante a brânquias); espécies terrestres tem no manto, um saco respiratório (trocas gasosas); 1 uni. ou 1 par de brânquias. Aquáticos possuem opérculo (placas calcárias que possibilitam que o animal se feche dentro da concha); terrestres possuem epifragma (formação muco-calcária que impede a passagem de conchiolina e mantém seu interior úmido). Sistema nervoso ganglionar em forma de ‘8’. Sistema sensorial: possuem osfrádio. Reprodução: hermafroditas ou dioicos; desenvolvimento direto para terrestres e fase larval para aquáticos. Divido em 3 subclasses: 
Subclasse prosobranchia: são exclusivamente marinhos; concha espiralada e cavidade palial anterior a cabeça, olhos na base do tentáculo, rádula presentão ou não; torção é evidente; reprodução por fecundação externa; gametas na cavidade do manto, expelem espermatozoides na água; não há cópula.
Subclasse pulmonata: concha espiral ou ausente; cavidade palial fechada, vascularizada, ‘falso pulmão’; torção da massa visceral; respiração aérea; ausência de ctenídeos; são hermafroditas; reprodução com corte e acasalamento, há transferência de espermatóforo.
Subclasse opisthobranchia: concha reduzida, interna ou ausente; distorção dos órgãos e cavidade palial do lado direito ou posterior à cabeça; são hermafroditas.
Aqueles que não têm conchas fazem uso de defesas químicas; evolução da concha planispiral: o incremento em altura proporciona abrigoem caso de perigo, bem como espaço para aumento da massa visceral; pode ser dextrogira ou levogira. As conchas primitivas eram plano espiral, com cada volta apoiada ao perímetro da volta precedente; melhor compactação e distribuição de peso: cada volta se apoia ao lado da precedente e a concha foi deslocada obliquamente ao corpo.
A torção resultava em auto poluição, o que foi resolvido com a modificação das fezes para bolinhas sólidas, e outras alterações na concha. Alimentam-se de algas, alguns são herbívoros, outros carnívoros ou onívoros; sugadores de citoplasma. Excreção: aquáticos, excretam amônia; terrestres, ácido úrico.
Classe Cephalopoda:
Exploram ambientes pelágicos (mar aberto). Corpo formado pela fusão da cabeça com a massa visceral e os pés, diferenciados em braços e tentáculos (de 8 a 10 braços, e 2 tentáculos); a concha é interna, externa ou ausente; possuem um sifão onde a água entra e sai, é também o que auxilia na locomoção, através de jato propulsão, é envolto de músculos rígidos e fortes; o funil é por onde saem excretas e a tinta; possuem simetria bilateral; o manto é cartilaginoso; o saco de tinta fica próximo ao intestino, e é conduzido até ao ânus para ser expelido, porém, por ter a cavidade do funil bem próxima ao ânus, a tinta sai pelo funil; osso de siba é a concha interna da Siba, feita de CaCO3, é utilizada para trato de aves canárias (polimento do bico). São carnívoros, predadores; captam a presa com o bico córneo e as dilaceram-nas; a rádula empurra os pedaços de carne para dentro (a rádula funciona como uma espécie de língua); se alimentam de peixes, crustáceos, camarões, lulas e bivalves; localizam a presa com os olhos; sistema digestivo completo em forma de U; bico córneo, rádula, glândulas salivares, esôfago, intestino e ânus. Sistema circulatório é fechado; possuem um coração braquial e sistêmico; crescimento e nado eficiente. Sistema nervoso bem desenvolvido, têm capacidade de aprendizado e memorização; cérebro envolto por um crânio cartilaginoso; olhos complexos, formadores de imagens com córnea, pupila, retina, íris e nervos ópticos; polvos são míopes; a visão é bem desenvolvida para profundidade e cor. Realizam trocas gasosas pelas brânquias (geralmente um par – Nautilus tem 2) e superfície corporal. Como defesa possuem cromatóforos que possibilita coloração (amarelo, vermelho e escuro) e camuflagem, - cromatóforos se movimentam na epiderme causando efeito de coloração e junto à bactérias, têm capacidade bioluminescente; o saco de tinta, que turva a água, possibilitando sua fuga; tinta antes era utilizada para escrita (tinta nanquim); caráter aposemático; atacam por emboscada e defendem seu território. Reproduzem por fecundação externa (na água) ou interna (na cavidade do manto); a cópula é frontal; são dioicos; o macho vem com o braço adaptador, hectocótilo, coleta um espermatófito em seu interior, no Saco de Needham, e o deposita na cavidade interna do manto da fêmea; o macho morre um pouco depois da cópula e seu hectocótilo cai; as fêmeas morrem pós-desova. As lulas vivem de 1 a 3 anos, e morrem pós-desova única; o Nautilus vive 15 anos ou mais, levam 10 anos para alcançar a maturidade, período em que a conch a cresce; tem metabolismo reduzido, são bem lentos; possuem de 36 a 39 tentáculos e concha externa. Polvos se locomovem por ondulações lentas, através das nadadeiras, ou por rastejamento com os tentáculos e ainda uma jato propulsão lenta; são contorcionistas, capazes de passar por orifícios estreitos: “Houdini do mar”. As lulas nadam ativamente; o manto forma uma cavidade que se enche de água, e ao se contrair a água é expulsa pelo sifão; nadam por jato propulsão (bem rápidos); a direção dos movimentos é de acordo ao oposto da direção do jato do sifão.
Subclasse Coloidea: tem a concha reduzida, interna ou ausente; lulas e polvos.
Subclasse Nautiloidea: tem concha externa; Nautilus. 
Subclasse Ammonoidea: extintos; concha externa; competiam com peixes cartilaginosos por alimentos.
Classe Bivalvia (Pelecyphoda): “Pés em forma de machado”.
Seres aquáticos ou bentônicos. As conchas calcárias são dotadas de duas valvas juntas por dobradiças. São seres filtradores, não apresentam rádula; ao entrar água pelo sifão pode haver entrada de microrganismos predados pelos bivalves, os resíduos são encaminhados pelos cílios para as brânquias e palpos, onde se acumulam e são retidas em cordões de muco, que são conduzidos pelos cílios até os palpos e direcionadas para a boca. As trocas gasosas ocorrem no manto e ctenídeos; o sifão inalante impulsiona a água através dos cílios em direção às brânquias, saindo pelo sifão exalante. Morfologia da concha: 1) Umbo, é a parte mais velha da concha; 2) ligamento e dentes evitam o deslizamento lateral das valvas; 3) cicatriz dos músculos adutores, envolvidos no fechamento das valvas; 4) linha palial, inserção do manto; 5) seio palial, sifão; o seio palial estando da direita ou esquerda indica qual é a valva, qual das valvas do ser está sendo analisada. Não possuem cabeça, nem olhos; os pés achatados facilitam na escavação em sedimentos moles; os sifões permitem o acesso à água limpa. Seus órgãos sensoriais são espalhados na massa visceral. Sistema nervoso é ganglionar. Reprodução por desova. 
Tridacna gigas: área sifonal exposta; tecidos coloridos e é simbionte com zooxantelas. 
Anodontites trapesialis: praga de peixes em açudes; transportados com as matrizes de peixes ou alevinos parasitados pelas larvas. Ovos depositados nas brânquias das fêmea. Injúrias: irritação dos peixes, proliferação de microrganismos. Controle: retirada das conchas pós-drenagem dos açudes. 
Mexilhão: produção comercial em fazendas marinhas; capturados por redes mexilhoneiras. Mityllus sp..
Limnoptera fortunei (Mexilhão dourado): super reprodução; invasão de tubulações e estruturas; perda de tanques, materiais e construções.
Vieiras congeladas: comercializada na China, culinária; Vieiras chilenas.
Produção de pérolas: pérolas são produtos de defesa resultantes da entrada de um corpo estranho que penetra no espaço interno da concha entre o manto e a valva; ocorre deposição de nácar, formando a pérola. Pérolas naturais são jogadas para fora da concha. Semente de 1 ano é transplantada; 3 anos depois pode ser comercializada. Pinctada máxima (pérola prateada, 2,1 anos); P. margaritifera (pérola preta, 3,9 anos).
Moluscos também são usados na confecção de joias e artesanato; como botões,	enfeites, brincos, aneis, colares etc. Pecten maximus e conchas de gastrópodes	também são usadas. 
Classe Scaphopoda: “pés em forma de barco”.
Pés alongados projetados ao interior dos substratos, com extremidade expandida, mecanismo de ancoragem; são cavadores. Acredita-se que sua origem deriva dos Pelecyphoda; Concha única, com duas aberturas; possuem manto dobrado e massa visceral fundida; não tem brânquias; Troca gasosa pelo manto, sem ctenídeos. Alimento é captado por captáculos sensoriais ao redor do pé; têm rádulas; ausência de olhos e tentáculos; são microcarnívoros. Fecundação é externa com fase véliger.
Filo Annelida
Vermes de corpo cilíndrico alongado e segmentado (homologia seriada – parte interna e externa repetidas - e metamerismo – repetição em série ao longo do corpo); podem variar de tamanho; evolução maior complexidade: presença de celoma, triploblásticos, sistema excretor elaborado etc. esqueleto hidrostático (possibilidade de ajuste à forma corpórea de acordo com o espaço em que o animal circula). Cabeça com prostômio (nódulo carnoso que recobre a boca) e peristômio (local onde está a boca); na parte posterior tem um pigídio (parte terminal, pós-segmentar, onde o ânus se encontra). A zona de crescimento fica à frente do pigídio, com células diferenciáveis e divisoras, formação de novos seguimentos a partir da parte posterior, os mais novos estão à frente do pigídio, os mais velhos após o prostômio. O corpo é coberto por uma cutícula colágena fibrosa; epiderme composta de glândulas secretoras de muco, cerdas de quitinaque se projetam para locomoção que é realizada com a movimentação da musculatura circular e longitudinal; peritônio é a camada que reveste a cavidade celômica A segmentação permite o controle individual, cada músculo contrai em sucessão configurando sua locomoção, também utilizada para escavação; parapódios (notopódio dorsal e neuropódio ventral contém feixe de cerdas) se locomovem com retração das acículas.
Locomoção por ondas laterais: poliquetas.
Contração e relaxamento alternado da musculatura longitudinal e circular.
Locomoção por ondas peristálticas: ologoquetas.
Alternância da contração muscular longitudinal e circular.
Locomoção por medi-palmos: hirudíneos.
Uutilizam as ventosas para locomoverem, ancorando ao substrato (ventosa posterior ancora estica ventosa anterior ancora ventosa posterior desloca, avança, ancora ... )
Sistema digestivo é completo, com boca e ânus; parte posterior e anterior de origem epidérmica; presença de papo (armazenamento), moela (trituração), ceco (aumento da superfície de absorção) e intestino com 2 regiões funcionais (anterior – extracelular, e posterior – absorção); boca faringe esôfago papo moela intestino ânus. O sistema circulatório é fechado, com presença de hemoglobina e ferritina; são 2 grandes vasos (dorsal – conduz para região anterior, e ventral – conduz para região posterior) interligados por capilares e vasos contráteis; fluxo unidirecional, mantido por contração dos vasos. A respiração é cutânea (mas a permeabilidade não é suficiente) e branquial; poliquetas associam os parapódios e cirros à respiração branquial; possui pigmentos respiratórios capazes de transportar O2 e facilitar a difusão (hemoglobina, ferro hemeritina e hemocianina). Sistema sensorial com foto-quimo-mecanoreceptores dispersos no tegumento; quando presentes, os olhos são capazes de determinas intensidade e fonte de luz; o SNC ganglionar é completo, com 2 cordões nervos ventrais, 1 par de gânglios por segmento, com nervos ligados aos músculos ciliares; gânglios cerebrais suprafaríngeos (região anterior) unidos por conexões formando um anel sobre a faringe. Excreção através de nefrídeos ou metanefrídios que retiram a excreta do celoma por um nefróstoma (estrutura em forma de funil ciliado); o que é útil retorna ao sangue, as toxinas ou substâncias em excesso são eliminadas pelo nefridióporo; excreção de água, íons, C O2, amônia, ureia e ácido úrico. Os oligoquetas são dioicos, o restante é monoico; oligoquetas e hirudíneos se reproduzem por fecundação cruzada e interna e o desenvolvimento é direto, os gametas masculinos são lançados para a fêmea que os armazenam na espermateca, o clitelo secreta o casulo de muco para resistir a dessecação e nutri os ovos – albuminação; em poliquetas a fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto, liberam os gametas na água, com formação de larva trocófora (tempo variado), metamorfose e transformação em juvenil; epitoquia algumas espécies são capazes de se reproduzir assexuadamente por divisão corpórea.
Minhocas são importantes ecologicamente, pois as fezes (húmus) são ricas em restos alimentares, que sofrem ação de bactérias decompositoras, fertilizando o solo; seu movimento escavador dentro do solo permite a aeração deste, favorecendo penetração de água e ar; o “verme palolo”, Eunice viridis é um poliqueta presente na culinária Fiji; as sanguessugas eram utilizadas antigamente para realizar sangria; em suas ventosas há liberação de hirudina, uma substância anticoagulante e anestésica.
Classe Polychaeta: “muitas cerdas”.
Possuem parapódios (cirros com feixes de cerdas) na lateral dos segmentos. Possuem tentáculos sensoriais e que auxiliam na alimentação. São dioicos, reprodução é simples, com estágio de larva trocófora. Principalmente marinhos, de vida livre, sedentários ou pelágicos; alguns endoparasitas, outros decompositores etc. 
Ordem Capitellida:
Família Arenicolidade: corpo espesso e carnoso; comedores de depósitos; vivem em terrenos arenoso ou lodoso.
Família Capitellidade: corpo alongado e fino; cavadores; comedores de depósito.
Família Maldanidae: cavam com a cabeça para baixo; liberam muco e formam tubos quando aderidos à areia; alimentam-se de depósitos.
Ordem Chaetopteridae: vermes de corpo carnoso, heterônomo; vivem em tubos revestidos de muco e em forma de ‘U’; alimentam-se de plâncton; filtradores.
Ordem Eunicida: são alongados e sedentários; vivem em tubos mucosos, chegam a abandonar o tubo para alimentar; são predadores e carnívoros. Ex. Eunice, Palola e Marphysa.
Família Lumbrineridae: detritívoros; ex. Ninoe.
Família Onuphidae: sésseis, caçadores; ex.Diopatra e Onuphis.
Ordem Myzostomida: são achatados e ovais; possuem ventosas com ganchos; simbiontes de equinodermos; ex. Asteriomyzostomum, Myzostoma.
Ordem Opheliidae: Família: Ophelidae; cavam substratos moles.
Ordem Spionida: 
Família Spionidae: palpos longos e enrolados, perfuram rochas e conchas de moluscos. 
Família Scarlibregmatidae
Ordem Orbiniida: Família Orbiniidae; cavadores marinhos.
Ordem Owennida: Família Oweniidae; pequenos e tubícolas.
Ordem Phyllodocida:
Família Alciopidae: alimentam-se de plâncton.
Famílias Aphroditidae, Gliceridae e Tomopleridae.
Família Syllidae: predadores.
Ordem Sabellida:
Família Sabellidae: tubícolas, protostomados com tentáculos plumosos – realização de trocas gasosas; ex: Bispurra, Sbella, Myxicola.
Família Serpulidae: tubícolas, filtradores; ex: Serpula, Hhydroides e Filograna.
Ordem Terebellida:
Família Terebellidae: tubícolas; boca com muitos tentáculos.
Família Pectinariidae: corpo curto e cônico, vive em tubos de areia.
Família Sabelariidae.
Classe Clitellata:
De ambientes terrestres, dulcícolas e alguns marinhos; são escavadores, bentônicos, tubícolas ou parasitas; importantes para a aeração e fertilização do solo (produção de húmus e formação de ‘vasos’, escavações no solo). Possuem um clitelo, é uma região glandular protuberada; importante papel na reprodução; é um espessamento da epiderme que segrega um casulo (onde os ovos ficam contidos durante o período de fecundação).
O que os difere dos poliquetos é a presença em hábitats terrestres e marinhos e que são escavadores. Também, os apêndices cefálicos são reduzidos, ou ausentes, e são hermafroditas.
Têm esqueleto hidrostático, com 4 feixes de cerda por segmento; corpo coberto de cutícula e muco, que umedece o corpo; têm poros. Camadas: cutícula epiderme músculos circulares e longitudinais.
São predadores e possuem uma faringe de sucção e produção de muco; detrívoros (alimentam-se de detritos), possuem um papo e moela, no sistema digestório; e ingerem depósitos (terra) durante a escavação, excretando terra (húmus), que fertiliza o solo. No sistema digestório está presente uma dobra intestinal (tiflossole) que aumenta a superfície de absorção. O desenvolvimento é direto, os aquáticos tem ovos ricos em vitelo e são maiores, os terrestres, tem ovos menores e com pouco vitelo; adultos emergem do casulo após, no mínimo 8 dias; minhocas chegam a viver até 6 anos. A reprodução é assexuada, ou sexuada, são hermafroditas; realizam cópula, encapsulamento; a fecundação é cruzada e a deposição de zigotos. A cópula ocorre com os vermes unidos ventralmente, em direções opostas, ambos são seminados, pode durar até 4horas para encher a espermateca. Na fecundação é formado um casulo a partir do clitelo, que libera muco, expelindo a camada de muco com o casulo. 
Por que minhocas não vivem em solo arenoso? Devido a baixa umidade, pouca quantidade de argila e dificuldade de desenvolvimento de plantas e microorganismos necessários para que o email se torne habitável para o verme.
Subclasse Oligochaeta: “poucos cerdas”.
Não possuem parapódios, e possuem poucas cerdas; maioria dulcícola, alguns terrestres (solos úmidos).
Subclasse Hirudinea: não possuem cerdas.
Presença de ventosas anterior e posterior (por onde alimentam, excretam e também, auxilia na locomoção); são ectoparasitas, predadoresespecializados, de vida livre, arborícolas (vivem em árvores, realizam bote) ou decompositores; dulcícolas, alguns marinhos, outros semi-terrestres; representante: sanguessuga, verme chato (não é cilindro como os outros do filo). Não possuem parapódios e cerdas; possuem ventosas anterior e posterior (utilizadas para alimentação, e locomoção por mede-palmos). O celoma e o número de segmentos foram reduzidos, são contados, internamente, 34 seguimentos (são contados os pares de gânglios por seguimento, 34 pares, 34 segmentos), e são metamerizados. Se alimentam de fluidos corporais, predadores de invertebrados e canibais, são detrívoros e hematófagos; são 3 pares de mandíbulas com dentritos na ventosa por onde suga o sangue, na mordida é liberada a hirudina, um anticoagulante e anestésico. Hirudo medicinalis é o mais utilizado em sangrias e redução de hematomas etc. O sistema nervoso é composto por 5 neurônios, grandes; o cérebro está no 5º segmento, gânglios dorsais e conectivos; órgãos sensoriais: ocelos, cromatóforos, papilas, células gustativas, órgãos táteis nos lábios, corpo, olhos e sensilas. A reprodução é cruzada e fertilização interna; o clitelo só aparece durante a época de fecundação; são hermafroditas. 
Sanguessugas sugam de 5 a 8 gramas de sangue, e quando o fazem, podem aumentar até a 5x o seu tamanho, e podem viver até 27 anos.
Filo Onycophora
Transição entre Annelida e Arthropoda; espécies terrestres com ancestrais marinhos; corpo segmentado com hábitos úmidos e realizam mudas periódicas (1 à 2 semanas).
Dividido em 2 famílias: Peripatidae e Peripatopsidae.
Possuem 3 apêndices, 01 par de cada: antenas (carnosas, como nos Anelídeos), papilas orais e mandíbulas; possuem de 13-43 pares de pernas locomotoras (fêmeas têm números diferentes) chamados lobópodes; apêndices e lobopódes não são articulados e não possuem musculatura intrínseca segmentar. Corpo quitinoso não calcificado, camada fina, flexível e permeável, não dividida em placas articuladas; celomados e possuem hemocele com seio pericárdico dorsal.
Locomoção: extensão e contração do corpo; musculatura lisa estriada; esqueleto hidrostático e cutícula fina auxiliam o animal à entrar em lugares estreitos. As pernas são lobos cônicos com uma garra terminal.
Alimentação: são carnívoros; glândulas de muco que secretam substância adesiva que aprisiona e endurece a presa; mandíbulas; glândulas salivares que secretam saliva no corpo da presa, começando a digestão externamente e são sugados pela boca. 
Sistema Circulatório e trocas gasosas: sistema circulatório aberto e sangue incolor; coração dorsal; óstios (por onde o sangue retorna ao coração); trocas gasosas por traqueias que se comunicam com o exterior através de espiráculos.
Sistema excretor: nefrídeos com nefridióporo (na base do pé) espelhados por todo o segmento.
Sistema nervoso e órgãos dos sentidos: gânglio cerebral bilobado; olhos nas extremidades das antenas e nervos na região orasl; cordões ventrais; são fotonegativos; corpo coberto por sensilas (cerdas sensoriais).
Sistema reprodutor: são dioicos (1 espécie é partenogênica); extremidade do útero abre-se atrás de um gonóporo; espermatozoides reunidos num espermatóforo; ocorre acasalamento; ovíparos, vivíparos ou ovivivíparos.
Filo Arthropoda
São simétricos bilateralmente; metamerizados com músculos intrínsecos e extrínsecos; evolução: exoesqueleto rígido, surgimento de hemocele, perda dos cílios, ganho de articulações; perda dos músculos ciliares; divisão em tagmas especializados (tagmose) e órãos excretores fechados; estruturas para troca gasosa capaz de ultrapassar a barreira do esqueleto; independente da água, colonização de hábitat terrestre.
Divididos em 5 grupos: Trilobitomorpha (trilobitas, extintos); Crustacea (caranguejos, camarões); Hhexapoda (insetos); Myriapoda (lacraias, piolho-de-cobra); Cheliceriformes (límulos, aracnídeos, picnogônides etc.).
Sistema circulatório: aberto, hemocele; vaso dorsal musculoso coração.
Exoesqueleto rígido e articulado; vantagens: proteção contra predação, estresse fisiológico, controle homeostático; forção para ancoramento dos músculos e deposição de hidrocarbonetos envolvidos na comunicação; reserva energética (alimentação da exúvia); problemas: restrição ao crescimento e locomoção. Necessária a ocorrência de ecdise (muda), em períodos da troca de exoesqueleto o animal fica desprotegido, propício ao ataque dos predadores. A ecdise é mediada por hormônios; glândulas da epiderme digerem a cutícula e fazem deposição de cálcio para uma nova camada.
Cutícula: secretada pela epiderme.
Epicutícula: camada lipoproteica (cemento); camada de certa (contra dessecação); cuticulína (endurecimento do exoesqueleto, esclerotização); canais responsáveis pelo transporte de cera.
Procutícula: exocutícula (mais externa) e endocutícula (mais interna).
Epiderme: secreção de cutícula.
Membrana basal: hemocele.
Mineralização: deposição de carbonato de cálcio na cutícula externa.
Sistema digestivo: boca ventral e ânus posterior; divisão do intestino em estomodeu e proctodeu (origem ectodérmica, bem desenvolvido e revestido de cutícula), e mesenteron (une as duas partes, origem endodérmica). O estomodeu é responsável pela ingestão, transporte, armazenamento e digestão mecânica; o mesenteron, pela digestão química e absorção, secreta enzimas, possui cecos digestivos revestidos por uma membrana peritrófica; e o proctodeu é responsável pela absorção de água e preparação de material fecal. A membrana peritrófica protege as microvilosidades; barreira contra microorganismos e onde ancoram as proteínas de transporte; impede que materiais não digeríveis sejam ligados.
Sistema circulatório e trocas gasosas: hemocele aberta; hemolinfa vai no sentido coração hemocele banhando órgãos internos e o sangue volta pelo seio pericárdico e óstios.
Excreção e Osmorregulação: crustáceos tem um único par de nefrídeos; aracnídeos têm até 4 pares que se abrem na base das glândulas coxais; o número de nefrídeos foi reduzido; alguns possuem o túbulo de Malpighi, estendem na hemocele a partir do trato digestivo. Artrópodes terrestres secretam ácido úrico.
Sistema nervoso e órgãos sensoriais: não há hierarquia cerebral; são 3 gânglios (proto- e deutocérebro no 1º gânglio; tritocérebro no 2º e outros gânglios relacionados às mandíbulas e maxilas. Um cordão nervoso ganglionado estendendo ao longo dos segmentos do corpo. Possuem mecano-, quimiorreceptores recebem estímulos originados nas sensilas; fotorrecepção: ocelos simples e complexos, com lentes e olhos compostos; ocorre sobreposição de imagens (desvantagem); unidades fotorreceptores (omatídeos).
Reprodução: maioria são dioicos, ocorre acasalamento formal; fertilização é interna e realizam cuidado parental.
Subfilo Chelicerata: grande maioria terrestre; tagmas: cefalotórax (prossoma: pré-segmento + 6 segmentos) e abdome (opistossoma: até 12 segmentos + télson); merotomata (mesossoma e metassoma); não têm antena (áceros) e cabeça não definida; quelíceras e pedipalpos: apêndices especializados.
Classe Arachinida: 11 ordens; ápteros, áceros e octópodes; a carapaça cobre o prossoma; o opistossoma pode ou não ser segmentado; ausência de apêndices, ou são modificados em fiandeiras (aranhas) ou pentes (escorpiões). Quelíceras: pinças didáctilas, estiletes simples, ou garras; apreensão e inoculação; emissão de fios-de-seda; pedipalpos: função sensorial e auxilio na defesa. Carnívoros com digestão fora do corpo; excreção nitrogenada: glândulas coxais (saco terminal) e túbulos de Malpighi; trocas gasosas por traqueias e pulmão foliáceo; sistema nervoso é uma massa ganglionar sobre o esôfago; espermatóforo lança esperma.
Ordem Scorpiones: são noturnos, terrestres; não habitam regiões frias; predam outros artrópodes; opistossoma é alongado, o mesossoma tem 7 segmentos e metassoma5; télson modificado, na forma de espinho podendo conter uma glândula de veneno na extremidade. Quelíceras são curtascom 3 artículos; pedipalpos com quelas. Olhos medianos e pares laterais; gonóporo com opérculo genital no primeiro segmento do mesossoma. Pente (apêndices sensoriais) no segmento 2 do mesossoma, são importantes para a percepção de superfície e para a cópula. Possuem um par de pulmões foliáceos (3º ao 6º segmento do metassoma) seguido por um aparelho picador (agulhão) derivado do télson (ferrão) que pode conter glândulas de veneno. Reprodução: o macho coloca o espermatóforo no chão, trás a fêmea numa corte dançante e encaixa o poro genital dela no espermatóforo; os filhotes vão rastejando para o abdômen da mãe; são vivíparos. Interesse médico: escorpião amarelo nocivo.
Ordem Araneae: possuem cefalotórax (opistossoma) e abdômen (prossoma); possuem 4 pares de pernas locomotoras, não têm antenas e são áceros; possuem um par de pedipalpos e 1 de quelíceras (a garra presente na extremidade da quelíceras serve para diferenciar as aranhas venenosas das outras; o palpo serve para reconhecer o sexo do animal, machos tem aparelho copulador); quelíceras na vertical são classificadas como ortogonatas (glândulas depositam pouco veneno), quelíceras na horizontal, são as labidognata (altamente venenosas). Possuem até 8 olhos (fator taxonômico). Aranhas atacam a presa e a digestão inicia-se extracorpórea, jogando a teia na presa, a teia contem enzimas digestivas que corroem a presa, produzindo um caldo que é sugado pela aranha. Fiandeiras é uma estrutura que secreta a seda (que serve para produção da teia, ou reprodução), a seda é produzida pelas glândulas sericígenas. A seda é uma secreção proteica que produzida na forma líquida, se solidifica, podendo ser puxada pelas fiandeiras (podem se compor em até 3 pares); nem todas as aranhas produzem teia, MAS, todas produzem seda; as sedas podem ser utilizadas para fabricação de ninho para refúgio e hibernação; fêmeas podem envolver os ovos numa ooteca; o macho usa a seda no processo de transferência de sêmen para os órgãos copulatório, teia espermática, os machos deixam um rastro de seda até o espermatóforo para a fêmea seguir. Aerostação: dispersão da espécie; as aranhas jovens se penduram no fio de seda e se deixam levar pelo vento. Fio de guia: segurança do animal, previne contra quedas. As teias servem para captura de presa, aranhas com pernas mais longas fabricam teias mais largas, aranhas com pernas curtas produzem teias mais compactas.
Por que as aranhas não ficam presas em suas próprias teias? O centro e os raios da teia são secos, apenas a região de captura é pegajosa, a aranha se move entre os fios intercalados, sem cola, em sua estrutura, as aranhas apresentam garras extras que facilitam a locomoção na teia e também cerdas serrilhadas em seu último segmento. 
Órgãos sensoriais: olhos bem desenvolvidos, vão de 2 à 8; ajudam na detecção de movimento, aranhas de caverna, algumas, não possuem olho. Possuem pelos tubulares, quimiorreceptores, pelos tarsais (olfato), tricobótrios (mecanoreceptores detecção de corrente de ar) e cerdas táteis. Reprodução: machos possuem embo copulatório; eles tecem a teia espermática que a fêmea irá seguir, e armazenam uma gota de esperma numa cavidade especializada do pedipalpo (diferenciado), após a corte e o acasalamento, o macho insere o pedipalpo na fêmea depositando a gota de espera na abertura genital da fêmea. As fêmeas depositam os ovos na ooteca, que podem prender em alguma vegetação ou carregar consigo; não possuem fase larval. 
Qual o risco das aranhas aos humanos? Animais tímidos, maioria venenosos, pouco tóxicos; ação do veneno: neurotóxica, proteolítica e hemolítica. 
Aranhas de interesse médico – Brasil: 
Armadeira: não produz teia, são errantes e noturnas; dão bote! Peçonha neurotóxica e picada dolorosa e pode ser fatal; soroterapia necessária.
Aranha marrom: pequenas, sedentárias e noturnas; peçonha proteolítica/hemolítica; fatal; picadas ao acaso, muito dolorosa, necrosiva; soroterapia necessária.
Viúva-negra (Latrodectus): pequena, sedentária; peçonha neurotóxica e picada dolorosa; soroterapia necessária.
Tarântulas: “aranhas de jardim”; dóceis e de grande porte. Caranguejeiras: raramente causam acidentes, causadoras de dermatite – pelos urticantes.
Ordem Opiliones: cefalotórax (prossoma) e abdome (opistossoma) fundidos; segmentação externa visível, 01 par de quelíceras e pedipalpos, com patas articuladas e longas. Dimorfismo sexual: fêmeas adultas possuem ovopositor e machos, pênis. São predadores de gastrópodes; as quelíceras servem para manipular a presa; não se alimentam de fluídos. Têm comportamento noturno, cuidado parental, tanatose e associações defensivas. Alto grau de endemismo, nível global, principalmente Brasil! Importância ecológica: cavernícolas – ligação de O2 e ecossistema. 
	
	Opiliones
	Araneae
	Cefalotórax e abdome
	Fundidos
	Separado pelo pedicelo
	Quelíceras
	Em forma de pinça
	Gancho inoculador de veneno
	Olhos
	Máximo 02
	Até 8 olhos
	Fiandeiras
	Ausentes, não há produção de ceda
	Presentes, produzem ceda
	Abdome
	Segmentado
	Não segmentado
Ordem Acari: parasitas ou vetores de doenças bacterianas ou virulentas, aquáticos ou terrestres; importância em nível de saúde pública. Fusão completa (cefalotórax e abdome). Representantes: Galhas (parasita de plantas) e carrapatos (vertebrados). Gênero Amblyoma vetor da febre maculosa; ciclo trioxeno (3 hospedeiros); fases larval e ninfa; amplamente distribuído geograficamente. 
Classe Insecta: Ampla disseminação graças ao pequeno porte, e curto tempo de geração; sistema sensorial sofisticado, metamorfose e capacidade de voar. Importância no ecossistema: manutenção da fauna e flora; reciclagem de nutrientes; polinização; fonte de compostos fármacos, alimentos e matéria-prima. Vetores de doenças médico-veterinárias (pragas agrícolas e urbanas). Morfologia externa: corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, 03 pares de perna e podem ter asas; camada de cutícula composta de quitina (resistência, proteção); cabeça com olhos compostos (cada unidade é um omatídeo), ocelos (1 a 3, controlam o movimento do voo, alterações cíclicas e luminosidade), antenas e aparelho bucal (classificados pela direção); estematas (1 a 7 de cada lado, órgão visual de larvas e insetos holometábolos, sensíveis à luz, baixa resolução). Biomimética; 
tórax segmentado, cada segmento com 01 par de patas, com ou sem asas (2º e 3º segmento); prótorax – mesotórax – metatórax; abdome de 9 a 11 segmentos. 
Anatomia interna: músculos estriados que permitem diversos movimentos inclusive carregar pessoas maiores que sua carga; esqueleto interno envolvido na locomoção; sistema de alavanca entre músculo e cutícula realizam flexão e extensão entre as placas; circulação aberta (hemocele); hemolinfa (transporte de 02, alimentos, hormônios etc), o sistema circulatório não participa da troca gasosa!!! Troca gasosa realizada pelo sistema traqueal, O2 entra por espiráculos, passando pela traqueia, traquéolas e atingi os tecidos; conversão de O2 em CO2 por difusão simples, e o CO2 sai por caminho inverso; insetos aquáticos possuem brânquias; sistema endócrino libera neurosecreções responsáveis pelo crescimento e metamorfose, processos metabólicos entre outros; sistema digestório: estomodeu (ingestão, trituração e armazenamento), mesêntero (produção, digestão e absorção) e proctodeu (absorção de água, formação e eliminação de fezes); excreção pelos túbulos de Malpighi; sistema nervoso composto de cérebro, cordão nervoso e gânglios espalhados, ramificados; células sensoriais: estímulos mecânicos, sensilas (toque, posição e vibrações); tímpano (percepção); timba (sons, fricção das asas); infoquímicos (estímulos químicos, antenas (gosto e cheiro), ferormônios e aleloquímicos); ferormônios. Reprodução sexuada, com possibilidade de partenogênese e alguns hermafroditas; dimorfismo: fêmeas têm poro genital e macho pênis e ducto espermático; os espermatozoides são armazenados na espermateca (fêmea), os óvulosliberados pelo oviduto são fecundados quando passam na espermateca; corte e cópula.
	
	Ametábolos
	Hemimetábolos
	Holometábolos
	Fases
	Ovos – ninfas – adultos 
	Ovos – ninfas – adultos
	Ovos – larvas/lagartas – pupa – adultos
	Metamorfose
	Incompleta
	Incompleta
	Completa
	Semelhanças
	Jovens semelhantes aos adultos
	Jovens semelhantes aos adultos
	x
	Diferenças
	Diferentes no tamanho e maturidade sexual
	Ausência de asas e órgãos reprodutivos
	Jovens são diferentes dos adultos
Insetos sociais: interação com a própria espécie; cooperação, organização, ações coordenadas e coincidentes. Insetos eussociais (verdadeiros): divisão de trabalho, castas, cooperação de todos para cuidar da colônia e sobreposição de gerações; rainha macho soldado operário. Insetos pré-sociais: solitários (constroem ninhos e fornece alimentos para a prole; besouro); subssocial (todas as fêmeas podem reproduzir); comunal (filhas que escolhem nudificar no seu ninho natal); quasisociais (membros da mesma geração, cuidam da prole, e todas as fêmeas reproduzem); semisociais (irmãs da rainha põe ovos, e não as filhas); vantagens da socialidade: proteção contra clima adverso, contra predadores, divisão de tarefas (maior tempo para reprodução), maior exploração de recursos, estocagem de alimentos.
Subfilo Crustaceae: representado por caranguejos, camarões pulgas, lepas, tatuzinhos de jardim etc; maioria aquáticos e de vida livre; alguns pelágicos, parasitar, cavadores.
Classe Malacostraca: trocas gasosas por respiração traqueal, pseudotraqueal ou cutânea; tem coração com vaso dorsal e capilares; circulação aberta.
Ordem Isopoda: adaptados ao meio terrestre-úmido; proteção contra dessecação, alguns enrolam (proteção da área ventral); pseudotraqueias (respiração, são invaginações na superfície); fototaxianegativa e hábitos noturnos. Importância: cadeia alimentar, culinária, economia, ecológica. Possuem 02 pares de antenas (diferença com Arthropoda) e possuem mandíbula (diferente dos Chelicerata); são onívoros, detritívoros, filtradores, predadores, herbívoros, parasitas etc. Morfologia externa: corpo dividido em tagmas (cabeça, anterior, e tronco, posterior), télson na extremidade posterior; cabeça encoberta por carapaça e 2 antenas e 3 apêndices bucais; representante: paguro, corpo mole, torcido; siri: carapaça e patas achatadas; tagma posterior com pereópodes (perna toráxica) e pleópodes (perna abdominal); apêndices semelhantes. Sistema nervoso com cérebro (dividido em protocérebro – inverva os olhos; deutocérebro – inverva as antenulas; tritocérebro – inveva a região oral); órgãos sensoriais mecano e quimiorreceptores, cerdas, estatocistos; fotorreceptores (ocelos e olhos compostos). Reprodução: dioicos, com fecundação interna e cópula; desenvolvimento direto ou indireto, ovíparos; dimorfismo sexual: machos possuem apêndices modificados; corte, acasalamento (ferormônios, bioluminescência, quelípodas; machos atraem a fêmea); cuidado parental e alguns casos de partenogênese. Decompositores, representam a macrofauna; praga da madeira; Decomposição do solo: manutenção da estabilidade das comunidades; funcionamento do ecossistema e formação de matéria orgânica e produção vegetal; mineralização de nutrientes e recuperação de órgãos degradados. Importância fitossanitária: aumenta a população, prejudica os órgãos jovens das lantas e raízes; Limnoria sp. praga de madeiras. 
Ordem Decapoda: 03 primeiros pares de apêndices são modificados em maxilipides; os 5 pares restantes são patas similiares; o 1º par de patas é o mais forte, quelípode.
Ordem Stomatopoda: 01 par de antenas trirrenes, 1 par unirreme e 1 par de olhos grandes e compostos pendunculados; o 2º par de toracópodes: periopóde (garras raptoriais, preênseis e subqueladas).
Ordem Amphipoda: possue gnatópodos (2º e 3º par de pernas dimorfismos sexual; os do macho servem para agarrar a fêmea); cirrópodos (salto); olhos sésseis e antenas diferenciadas em maxilipides (alimentação). Herbívoros e filtradores. Trocas gasosas por brânquias, têm hemocianina; excreção realizada por glândulas nas antenas. Reprodução, ferormônios. São bioindicadores de poluição ambiental e monitoramento de metais pesados; elevam a taxa de respiração do solo; manutenção de aquários.
Microcustáceos: 02 pares de antenas.
Classe Phyllopoda: vivem em ambientes hostis de água doce; produção de cistos. Curto ciclo de vida. Tagmose e apêndices.
Ordem Anostraca: representante: Artemia. Apêndices birremes, pequeno escudo cefálico; olhos pedunculados ou náuplio. Carapaça ausente; suspensívoros e raspadores. 
Ordem Diplostraca: Carapaça bivalve e corpo reduzido; representantes: pulgas d’água; maioria de água doce. 
Subordem Cladócera: desenvolvimento é direto; embriões ficam retidos no efíbio (bolsa incubadora); reprodução assexuada, machos anões realizam partenogênese; ovos com pouco vitelo. Ciclomorfose: alternância morfológica sazonal. 
Ordem Notostraca: não vivem no oceano. Ovos resistentes, ciclo de vida curta. Causam danos ao cultivo de arroz; dioicos; hermafroditas ou partenogenéticos. 
Classe Copepoda: marinhos, parasitas, simbiontes; dominam o primeiro nível trófico; escudo cefálico desenvolvido; antênula unirreme (comprida) e antênula ramificada (curta); coração pericárdico, locomoção por natação rápida (ciclopodes apêndices toráxicos; aclópodes 2º par de antenas). As antênulas funcionam como paraquedas sensoriais; migração vertical diária (de dia ficam no fundo e à noite, vão para a superfície). Seres dioicos com fertilização interna; transferência via espermatóforo; dimorfismo sexual; fecundação externa; estágios de náuplio e copepodito.
Classe Ostracoda: tronco reduzido com menor nº de apêndices; carapaça bivalve; alimentam-se e locomovem por apêndices cefálicos; não possuem brânquias e a respiração é cutânea. 
Classe Cirripedia: exclusivamente marinhos, sésseis e alguns parasitas; estágios de larva; representantes: cracas e lepas. Arquitetura corpórea (bauplan) modificada; não possuem abdome, télson ou antenas; conchas calcáreas que protegem os cirros. Aderem-se à objetos flutuantes. realizam troca gasosa por cerros. Lepas tem pedúnculos quando não estão na forma parasitária, não possuem télson, coração ou olhos compostos na forma adulta. Alimentação de partículas que ficam presas nas cerdas que são varridas para dentro pelos cirros. Se fixam no substrato pelas antenas; larva ciprial: secretam glândulas de cimento para se fixar ao substrato. Parte principal do corpo: capítulo. Cracas tem haste (pedúnculo); cracas parasitas são dioicas e as sésseis são hermafroditas; importância econômica: pragas de embarcações, culinária ou artesanato.
Subfilo Uniramia: apresentam apêndices não-ramificados e mandíbulas não-articuladas; trocas gasosas por traqueias; 01 par de antenas; excreção por túbulos de Malpighi.
Classe Diplopoda: piolho de cobra; lentos. São mandibulados com cabeça, tórax (colo) e abdome; mandíbulas e maxilas; segmentos duplos (diplossegmentos) com 02 pares de pata, cada. Respiração traqueal e desenvolvimento direto. Cabeça: antenas curtar com olhos compostos e mandíbulas grandes, maxilas achatadas e amplas, chamadas gnatoquilário; não existe o 2º par de maxilas. Tronco, chamado de colo, não possui patas; tem poros com glândulas repugnatórias que liberam repelentes; têm 4 espiráculos por diplossegmento. Reprodução: dimorfismo sexual, fêmas com gonóporo e machos com gonópodos. Presença de télson.
Classe Chilopoda: centopeias e lacraias; rápidas. Carnívoros, predadores; respiração traqueal e excreção por túbulos de Malpighi. São dioicos com transferência indireta por espermatóforos. Cabeça com 01 par de antenas e 02 pares de ocelos; possuem pinças de veneno e maxilípedes. Tronco com patas fortes e garras.

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