Buscar

Ortopedia e Traumatologia para Fisioterapia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Ortopedia e Traumatologia para Fisioterapia
Prof. Gustavo Braga
Ementa
Fundamentos Básicos na área de Ortopedia e Traumatologia: Osteologia, histo-fisiologia e patologia óssea. Fisiopatologia e patologias mais comuns na área ortopédica e traumatológica. Exames físicos e clínicos. Sinais e sintomas. Técnicas cirúrgicas mais utilizadas. Fraturas e luxações: conceitos básicos e classificação. Doenças osteometabólicas, infecção osteoarticular, complicações de fraturas. Avaliação radiológicas das fraturas e luxações.
Objetivos
Definir os principais conceitos relacionados à Traumatologia e Ortopedia, Oferecer subsídios para que o aluno seja capaz de realizar uma anamnese e exame físico adequada ao quadro clínico do paciente, Descrever as principais patologias decorrentes de traumas no sistema músculo-esquelético.
Conteúdo Programático
-- Fundamentos básicos em ortopedia e traumatologia:
Introdução ao estudo do sistema musculoesquelético
Componentes do sistema musculoesquelético (osso, cartilagem, ligamentos, músculos, tendões, fáscias, sinóvias e bursas)
- Avaliação ortopédica:
Sinais e sintomas
Exame físico e clínico (anamnese)
Classificação das fraturas, lesões musculares, cartilaginosas e ligamentares, tendinites e edemas.
- Principais patologias em ortopedia e traumatologia:
Fisiopatologia, quadro clínico, radiologia e exames complementares
Membros Superiores: Ortop. (ombro, cotovelo, punho e mão), Traumato (clavícula, úmero, cotovelo, carpo e metacarpo, dedos)
Membros Inferiores: Ortop. (Quadril, joelho, tornozelo e pé) Traumato. (Cintura pélvica, fêmur, joelho, perna, tornozelo e pé.
Coluna Vertebral: Ortop. (hérnia lombar e toráxica, artrose, listeses) Traumato 
- Técnicas cirúrgicas mais utilizadas
- Doenças osteometabólicas e infecção osteoarticular.
Bibliografia
Básica:
 Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. HERBERT, S.; XAVIER, R.; PARDINI Junior......
Avaliação musculoesquelética. MAGGE, D.J
Trauma: atendimento pré-hospitalar. OLIVEIRA, Beatriz Ferreira Monteiro.
Complementar:
Exercícios terapêuticos
HALL, C.M.; BRODY, L.T.; TARANTO,G.
Enfermagem em ortopedia e traumatologia.
DONAHOO, Clara A,; DINON, Joseph H.
Introdução
Ortopedia: especialidade que cuida das doenças e deformidades dos ossos, músculos, ligamentos, articulações e demais componentes do aparelho locomotor.
Traumatologia: especialidade que lida com traumas do aparelho musculoesquelético.
Iniciou na época da Roma antiga aonde foram desenvolvidas técnicas cirúrgicas para reparo de fraturas.
Introdução
Fisioterapia traumato-ortopédica: cuida da avaliação, prevenção e tratamento das disfunções (distúrbios cinéticos funcionais) do aparelho músculo-esquelético. 
Fisioterapia Desportiva
Introdução
Fisioterapia Traumatológica: Lesões ósseas dos MMSS, MMII, Cintura pélvica e coluna.
Trauma abdominal: cirurgião geral (víceras)
Trauma Craniano: Neurocirurgião
Trauma face: cirurgião buco-maxilo-facial
Sistema Músculo Esquelético
Sistema Dinâmico (Homeostasia)
Quando submetido a estresse extremo reage de forma muito específica.
Adaptativa: resposta bem sucedida ao estresse, sem colapso.
Colapso temporário (lesão)
Colapso definitivo (morte)
Sistema Músculo Esquelético
Estresse
Carga única aguda acima do limite máximo de tolerância.
 Falha imediata pela incapacidade de resistir a carga aplicada (tendinite, bursites agudas)
Sobrecarga repetitiva crônica. 
O sistema funciona até que seja alcançado um limite de fadiga, havendo falha no decorrer do tempo (fratura por estresse em corredores)
Sistema Músculo Esquelético
Inflamação
Sistema Músculo Esquelético
Atleta extensão de joelho na mecanoterapia com 50kg Lesão Repouso (atrofia, encurtamento, perda da capacidade aeróbica, diminuição de ADM e liquido sinovial...) diminuição da capacidade do tecido em suportar o estresse antes aplicado (50kg)
Sistema Músculo Esquelético
O ideal para uma reparação é quando o sistema biológico se adapta com sucesso ao novo ambiente, antes que a falência ocorra.
Força
Hipertrofia 
Condicionamento físico
Sistema Músculo Esquelético
Componentes do sistema
Ossos
Músculos
Ligamentos
Cartilagens
Bursas
Fáscia
Sinóvias
Osso
Tecido conjuntivo (colágeno + hidroxiapatita de cálcio)
Massa óssea: genética + meio ambiente
Osso cortical, osso esponjoso e periósteo
Crescimento ósseo: Placa epifisária e periósteo
Células: Osteoblastos, Osteócitos e Osteoclastos 
Cartilagem
Tecido conjuntivo
Condrócitos e Condroblastos (produzem matriz extracelular de proteogilcanas e de colágeno de alto teor hídrico.
- Colágeno= resistência tênsil
- Proteoglicanas= resistência compressiva
Cartilagem
Cartilagem
Com a idade ocorre uma diminuição no conteúdo hídrico e aumento das pontes cruzadas de colágeno, resultando em um tecido mais quebradiço e menos maleável, com menos capacidade de resistir a carga de tensão, torção e compressão.
Cartilagem
Cartilagem
Restauração lenta e inconsistente
Ocorre substituição por fibrocartilagem que é menos eficiente mecanicamente.
Não existe vascularização e a nutrição é dada através do líquido sinovial.
Hialina: articulações
Fibrocartilagem: meniscos, discos intervertebrais (rico em elastina)
Ligamentos
Tecido conjuntivo denso e organizado
Formado por colágeno e elastina
Boa força tênsil (colágeno)
Certa elasticidade (elastina)
São estabilizadores estáticos
Estabilizadores (limita mov).
Guia (mov. Ósseo)
Relação Colágeno x Elastina
LCA
Rico em colágeno e pouca elastina
Maior tensão
Menos alongamento
Ligamento Amarelo Coluna
Rico em elastina e pouco colágeno
Maior elasticidade 
Menor tensão
Ligamentos
Resistem mais as cargas lentas do que cargas rápidas.
Carga rápida= lesão intraligamentar
Carga lenta= lesão na interface ligamento/osso ou próximo a ela.
Rupturas ligamentares levam a osteoartrose prematura.
Apresentam pouca vascularização (cicatrização parcial), porém grande inervação
Ligamentos
Ruptura ligamentar completa: pouca dor ao estiramento (teste)
Ex: gaveta anterior joelho (LCA)
Ruptura ligamentar parcial: muita dor ao estiramento.
Ex: estresse em valgo ou varo joelho (ligam. Colaterais)
Músculos
Miofibrilas
Fibras tipo I, IIa e IIb (definidas pelo arsenal químico usado para gerar ATP e tbm por outras características funcionais).
- A genética, o treinamento e doenças musculares podem afetar a composição do músculo em relação as fibras.
Epimísio, Perimísio e Endomísio 
Músculos
Estabilizadores dinâmicos e responsáveis pelos movimentos corporais.
Tipos de contração (isométrica e isotônica)
Músculos agonistas, sinergistas e antagonistas.
Tendões
União músculo-osso ou outras estruturas
Composto por colágeno, onde suas fibras são orientadas no sentido do movimento muscular.
Suportam 2x a força máxima que os músculos podem exercer sobre eles.
 Então como os tendões se romperem?
Tendões
As lesões ocorrem normalmente na junção musculotendínea.
Alguns são recobertos por bainha sinovial (lubrificar e guiar em direção a inserção óssea)
Dedo em gatilho
Sinóvia
Tecido sinovial (interna as articulações e nas bursas)
Função: produzir liquido sinovial e fagocitar fragmentos estranhos.
Inflamação: aumento do liq. Sinovial causando dor intensa devido a alta inervação.
Bursa tem a função de diminuir atrito entre estruturas (tendão/osso, tendão/tendão)
Fáscia
Tecido conjuntivo denso e frouxo
Tipos: 
Superficial (sob a pele)
Profunda (abaixo da superficial e tbm envolve cabeça, tronco e membros)
Subserosa envolve orgãos do tórax, abdomem e pelve.
Fáscia
A superficial contém gordura, vasos sanguineos e nervos. É fina e solta.
A profunda é densa e resistente, o perimísio e o periósteo são elementos da fáscia profunda. Conecta diferentes grupos musculares (cadeias). É contínua podendo gerar tensão em local distante quando tracionada por músculo em contração.
Avaliação
 Bom diagnóstico Conhecimento: Anatomia, Biomecânica,
fisiologia e Cinesiologia.
Informações obtidas através da observação e palpação são fundamentais para determinar se a patologia apresentada tem origem no aparelho locomotor ou não. 
Independente da região avaliada a sequência lógica e organizada deve ser mantida.
Avaliação
História clínica
Antecedentes
Profissão
Atividade esportiva
Cirurgias
Medicamentos
Exames complementares 
Exame Físico
Exame Físico
Paciente desnudo (bata ou avental)
Iluminação adequada (minimizar sombras)
Paciente no meio da sala (livre movimentação e para que o examinador possa observá-lo de vários ângulos)
Avaliar a simetria das estruturas, referências ósseas, atrofias e desalinhamentos.
Fazer a comparação bilateral.
Movimentos Ativos
Fornece informações sobre os tecidos Contráteis ( músculos e tendões) e não contráteis (ligamentos, ossos)
Avalia quantidade (amplitude e mobilidade) e qualidade (ritmo, simetria e força) dos movimentos.
Se a movimentação ativa for satisfatória, seguimos para o teste de resistência muscular, caso contrário seguimos para movimentação passiva.
Movimentos Passivos
Avalia tecidos não contráteis (cápsulas, fáscias, ligamentos, raiz nervosa)
Ainda assim os músculos podem influenciar (encurtamento)
Pcte relaxado, movimentos lentos e suaves
Se a dor estiver presente antes do limite mecânico esperado a condição é considerada aguda (dor limitante)
Movimentos Resistidos
Contração isométrica (máxima e progressiva)
Isolar a unidade musculotendínea como causa da dor. 
Classificar a resposta como:
Forte: manter contração contra resistência moderada.
Fraca: incapaz e gerar força para opor-se a resistência
Indolor: nível de dor inalterado mesmo com a resistência aplicada
Dolorosa: grau de dor aumenta com a resistência
Relação Dor X Força
Resposta forte e dolorosa: lesão em alguma parte do músculo ou tendão.
Resposta fraca e indolor: ruptura completa de músculo/tendão, interrupção da inervação do músculo.
Resposta fraca dolorosa: fratura, lesão grave ou lesão metatástica.
Resposta forte e Indolor: estruturas normais.
 (Cyriax 1979) 
Teste Manual dos Músculos
Avalia cada músculo individualmente.
Conhecer de forma precisa a função do músculo a ser testado
Escala de 0 a 5 
Testes de Estiramento Neural
Utilizado para determinar se há compressão neural.
Os nervos podem ser testados através do seu estiramentos para reproduzir ou piorar sintomas.
Compressão e Distração
Podem ser utilizadas para avaliar se os sintomas aumentam ou diminuem com as manobras.
Distração Compressão aliviando os sintomas
Compressão pressão sintomas
Sinais X Sintomas
A diferença entre sintoma e sinal é que o sinal é aquilo que pode ser percebido por outra pessoa sem o relato ou comunicação do paciente e o sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação do próprio paciente.
Sinais X Sintomas
 sintomas são os relatos, as queixas, aquilo que o paciente diz ao fisioterapêuta durante a avaliação. É uma queixa subjetiva, o que a pessoa está sentindo ou sentiu.
 sinais de uma doença são as imagens, os sons e outros dados objetivos que o fisioterapêuta vê, escuta, ausculta (com o auxílio do estetoscópio) e sente quando realiza o exame físico. 
Sinais e sintomas de uma doença são coisas distintas pois dependem da perspectiva de quem está contando a história ou avaliando a situação na relação fisio-paciente.
Estudem e façam atividades físicas
Fraturas
Fraturas
É uma interrupção da continuidade do osso
que leva à incapacidade de transmissão de
carga devido à perda da sua integridade
estrutural.
Classificação das Fraturas
Quanto ao isolamento do foco de fratura
Fechada: não há comunicação do foco com o meio externo
Exposta: o foco de fratura comunica-se com o meio externo através de lesão em diferentes graus das partes moles. São exemplos fraturas que ocorrem nos membros,fraturas pélvicas com comunicação com cavidade retal ou vaginal e fratura da mandíbula com comunicação com a cavidade oral.
Classificação das Fraturas
2. Quanto ao traço de fratura
Completa ou incompleta
Simples (único traço) ou cominutiva (vários fragmentos)
Transversa/oblíqua/espiralada (torção)
Classificação das Fraturas
3. Quanto a localização do traço
Diafisária: divide em 3 partes iguais (1/3 proximal, medio e distal)
Metafisária
Epifisária: intra ou extra articular, e afetando ou não a cartilagem epifisária (crescimento) 
Classificação das Fraturas
Classificação das Fraturas
4. Quanto ao desvio da fratura
	Causado pelo mecanismo da lesão, por ação muscular ou ação da gravidade.
Desvio no Plano Frontal:
- Medial: o fragmento distal da fratura está transladado medialmente em relação ao fragmento proximal e ambos mantém, mais ou menos, o paralelismo
Classificação das Fraturas
- Desvio Lateral: o fragmento distal da fratura está transladado lateralmente em relação ao
	fragmento proximal.
- Desvio em valgo - os fragmentos formam uma angulação em que o vértice do ângulo aponta em direção da linha mediana.
- Desvio em varo - os fragmentos formam uma angulação em que o vértice do ângulo aponta em direção lateral.
Classificação das Fraturas
b) Desvio no plano Sagital:
- Desvio anterior - o fragmento distal da fratura encontra-se transladado anteriormente em relação ao fragmento proximal e ambos mantém, mais ou menos, o paralelismo.
Desvio posterior - o fragmento distal da fratura encontra-se transladado posteriormente em relação ao fragmento proximal e ambos mantém, aproximadamente, o paralelismo.
- Desvio angular anterior/posterior - os fragmentos formam uma angulação de vértice anterior/posterior. O desvio posterior, em algumas regiões é também chamado recurvado (ou recurvato).
Classificação das Fraturas
Desvios no plano transversal:
- Desvio em rotação externa / interna. São também dados do fragmento distal em relação ao fragmento proximal.
Varo, desvio medial, desvio rotacional e desvio medial com cavalgamento.
Classificação das Fraturas
Classificações especiais
a) Subperiosteal (tórus, ou toro): Típica fratura que ocorre
na criança em que, devido à extrema elasticidade do osso, ele
"amassa" ao invés de quebrar .
b)Galho verde: Típica fratura que ocorre na criança em que,
devido à extrema elasticidade do osso, um dos córtices
quebra e o outro fico "amassado".
c) Patológica: É uma fratura que ocorre em um osso que foi previamente enfraquecido por um processo patológico. As causas podem ser gerais como osteoporose senil, hiperparatireoidismo, osteogenese imperfecta, etc., ou locais, como cistos, tumores
Classificação das Fraturas
Impactada: É um tipo de fratura provocada por uma força axial o que faz com que haja penetração de um fragmento ósseo no outro.
Fratura por fadiga ou estresse: Esta fratura instala-se vagarosamente devido à confluência de microfraturas que surgem em decorrência de pequenos traumatismos ou esforços aplicados ciclicamente no osso.
Fratura Subperiosteal
Fratura Galho Verde
Classificação das Fraturas
Tratamento conservador ou cirúrgico
Indicações típicas de tratamento conservador:
1. Fraturas incompletas ou sem desvios;
2. Fraturas fechadas diafisárias e metafisárias nas crianças;
3. Fraturas diafisárias de tíbia do adulto sem desvio;
4. Fraturas de coluna vertebral sem instabilidade ou sem grande achatamento;
5. Fratura de Colles clássica. (metáfise distal do rádio com desvio para o dorso da mão)
Indicações típicas de tratamento cirúrgico:
1. Fraturas expostas;
2. Fraturas em que não se consegue redução adequada;
3. Fraturas com atraso de consolidação;
4. Fraturas diafisárias do fêmur, transtrocantéricas ou do colo do fêmur;
5. Fraturas diafisárias de tíbia do adulto com desvio.
6. Fraturas associadas a lesões vasculonervosas;
7. Fraturas intra-articulares com desvio;
8. Certas fraturas envolvendo a cartilagem de crescimento;
9. Fraturas patológicas em lesões malignas.
Complicação de fraturas
Fase Aguda - lesões vasculonervosas, hemorragia excessiva, síndrome de compartimento.
Fase Intermediária - infecção (fratura exposta), perda de redução, falência ou escape do material de síntese.
Fase Tardia - não consolidação, consolidação viciosa, refratura.
Fratura na criança
Fratura na criança
A placa de crescimento é uma estrutura delicada e importante, localizada na região epifisária dos ossos longos, sendo responsável pelo crescimento longitudinal do osso longo. Se fraturada, pode ser irremediavelmente lesada provocando sequelas futuras relacionadas com o crescimento ósseo, como deformidade ou encurtamento do membro.
Fratura na criança
Há diferentes tipos de fraturas na placa de
crescimento sendo algumas mais danosas que
outras. Baseado nisto, surgiram classificações
que tentam correlacionar o tipo de lesão com o prognóstico e, consequentemente, com o tipo de tratamento.
Fratura na criança
TIPO I - a fratura atinge horizontalmente a cartilagem de crescimento. Tem bom prognóstico porque o plano de clivagem é na região das células hipertrofiadas e não atinge a camada germinativa. Tratamento conservador.
TIPO II - semelhante ao tipo I, só que há um fragmento metafisário triangular. Valem as mesmas considerações quanto ao prognóstico e tratamento.
Fratura na criança
TIPO III - o traço de fratura atinge verticalmente o núcleo de crescimento, da superfície articular até a cartilagem de crescimento e, depois, segue por esta estrutura até a periferia do osso. Tem mau prognóstico, pois com a consolidação secundária, forma-se calo ósseo interno que bloqueia o crescimento na região da fratura. Com o tempo surge deformidade, tem tratamento cirúrgico.
Fratura na criança
TIPO IV - o traço de fratura atinge a articulação; o núcleo de ossificação, cruza a cartilagem de crescimento e termina na metáfise. Valem as mesmas considerações para o tipo III.Tratamento cirúrgico.
TIPO V - Esmagamento da cartilagem de crescimento provocado por força axial. Esta lesão
	não aparece na radiografia inicial, é bastante grave e não há tratamento específico. Só é
	diagnosticada retrospectivamente, com o surgimento da sequela.
Fratura na criança
Lesões Musculares
Lesões Musculares
As lesões musculares estão entre as mais frequentes lesões da traumatologia desportiva e podem provocar impotência funcional em graus variáveis, dependendo das características, como o tipo de lesão, o tamanho e a localização.
Lesões Musculares
1. Diretas e Indiretas
• Lesões diretas são decorrentes das situações de impacto, geradas durante as quedas ou traumatismos de contato.
• Lesões indiretas ocorrem na ausência de contato e são observadas mais frequentemente nas modalidades esportivas que exigem grande potência na realização dos movimentos
Lesões Musculares
As contusões e lacerações musculares são causadas por traumatismos diretos e são mais frequentemente encontradas nos esportes de contato, enquanto os estiramentos musculares são lesões indiretas e ocorrem principalmente nos esportes individuais e com grande exigência da potência muscular.
Lesões Musculares
2) Traumáticas e Atraumáticas
• Lesões traumáticas são representadas pelas contusões, lacerações e pelo estiramento muscular.
• Lesões atraumáticas são representadas pelas cãibras e pela dor muscular tardia
Lesões Musculares
3. Parciais ou Totais
• Lesões parciais acometem parte do músculo.
• Lesões totais abrangem a totalidade do músculo e acarretam deformidade aparente (o ventre muscular encurta-se no sentido da sua
	origem óssea durante a contração muscular), causa assimetria e perda da movimentação ativa.
Lesões Musculares
Lesões Musculares
Qualquer que seja a causa de uma lesão muscular, ocorrerá a presença de células lesadas. As consequências das lesões celulares são: a dor aguda, a dor de origem tardia, o edema, as possíveis deformidades anatômicas, e a disfunção muscular
Lesões Musculares
Contusão: O traumatismo direto desencadeia um processo inflamatório imediato, com dor localizada, edema, presença ou não de hematoma, impotência funcional com limitação da força e da mobilidade articular, rigidez e dor ao alongamento passivo. Os músculos mais frequentemente acometidos por contusões são: quadríceps e gastrocnêmicos.
Lesões Musculares
Lesões Musculares (classificação contusão quadríceps)
Leve: dor localizada, amplitude de movimento articular maior do que 90 graus, marcha normal;
Moderada: dor e edema moderados, amplitude de movimento articular < 90º e > 45º , marcha antálgica, impotência ao subir escadas e ao levantar-se de uma cadeira sem dor;
Grave: dor e edema intensos, amplitude de movimento articular < 45º , marcha antálgica, deambulação com muletas.
Lesões Musculares
Laceração Muscular
	As lacerações musculares são resultantes de traumatismos graves em sua maioria penetrantes e menos freqüentemente acometem os praticantes de esportes.
Lesões Musculares
Estiramento Muscular
	O estiramento muscular é considerado uma lesão indireta, caracterizada pelo alongamento das fibras além dos limites normais (fisiológicos).
	Ocorre predominantemente durante as contrações musculares excêntricas
Lesões Musculares
Os esportes mais freqüentemente envolvidos são o atletismo, o futebol; em geral todos os esportes que demandam rápida aceleração e desaceleração, como as corridas de velocidade, os saltos, os chutes, as mudanças bruscas de direção e as rotações.
Lesões Musculares
Os músculos mais freqüentemente atingidos são os isquiotibiais, o quadríceps femoral e o tríceps surral, que apresentam em comum as seguintes propriedades: são biarticulares e têm um predomínio de fibras tipo II (fibras de contração rápida).
Classificação dos estiramentos
O’Donoghue classificou os estiramentos musculares em 3 graus, de acordo com a gravidade da lesão e as dimensões do tecido comprometido:
Grau I: Lesão de extensão ≤ a 5% da secção transversa do músculo. Sem perda da função ou força e há pequena resposta inflamatória.
Classificação dos estiramentos
Ressonância magnética da coxa com imagem em hipersinal em T2
identificando lesão muscular do bíceps da coxa.
Classificação dos estiramentos
Grau II: Lesão com dimensões > 5% e < 50% da secção transversa do músculo. Caracterizada pelos mesmos achados da lesão de primeiro grau, com maior intensidade e geralmente localizada na junção miotendínea.
Classificação dos estiramentos
Grau III : Lesão superior a 50% do músculo ou ruptura completa, acompanhada de perda de função, presença de defeitos palpáveis (retração muscular) e presença de edema e hematoma importante.
Ressonância magnética da coxa (corte coronal) com imagem de desinserção
proximal do músculo semitendíneo
Lesões Musculares
Dor Muscular de início tardio (DMT)
	A Dor Muscular Tardia (DMT) é um fenômeno freqüente que acomete indivíduos que iniciaram uma atividade física após um período de inatividade, reiniciaram a atividade com volume ou intensidade desproporcionais ao condicionamento físico, ou mesmo naqueles sem o hábito de praticar esportes, que realizaram uma carga de exercício muscular vigoroso.
Lesões Musculares
iniciam geralmente algumas horas após o término da atividade física, sendo mais intensos ao redor de 24 a 48 horas.
A DM T apresenta relação direta com a sobrecarga mecânica, a degradação do colágeno, a excreção urinária de hidroxiprolina e a elevação dos níveis de mioglobina.
Lesões Musculares
Fatores que pré dispõem as lesões musculares
Tais fatores são: as deficiências de flexibilidade, os desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas (agonistas e antagonistas), as lesões musculares pregressas (reabilitação incompleta), os distúrbios nutricionais, os distúrbios hormonais, as alterações anatômicas e biomecânicas, as infecções e os fatores relacionados ao treinamento (o aquecimento inadequado, a incoordenação de movimentos, a técnica incorreta, a sobrecarga e a fadiga muscular).
Tendinites
Tendinites
Os tendões são compostos por fibras que são colocadas paralelamente umas às outras. Ao serem sobrecarregados esses tendões podem sofrer microlesões das quais, em condições normais, se recuperam sem problemas. 
Porém, se são sobrecarregados por bastante tempo ou com uma intensidade alta, ou se não tiverem tempo de se descansar após o esforço, essas microlesões não são curadas.
 Isso leva as fibras dos tendões a se desorganizarem, ou seja, elas deixam de se colocar paralelamente umas às outras e se “entrelaçam”, e ficam mais frágeis. Isso as torna menos capazes de resistir ao tracionamento e mais fracas, sendo que quando exigidas geram dor.
Tendinites
O surgimento de uma tendinopatia é multifatorial
músculos fracos: músculos fracos via de regra possuem tendões fracos.
o desalinhamento articular, especialmente durante a realização de um movimento, tira o tendão de seu alinhamento.
 erros ao se realizar uma prática esportiva podem favorecer o surgimento de uma Tendinopatia. Isso pode acontecer pelo fato de alguém realizar um esforço muito maior do que aquele que o tendão aguenta, como correr distâncias muito longas, saltar muitas vezes ou levantar pesos excessivos, dentre outras.
Tendinites
atividades diárias repetitivas: Pessoas que digitam muito, tocam instrumentos musicais por horas, erguem o braço acima da cabeça repetidas vezes podem vir a desenvolver uma Tendinopatia, especialmente se tiverem com músculos fracos e/ou realizando os movimentos de forma inadequada ou desalinhada.
músculos muito tensos: músculos muito curtos ou tensos colocam sobrecarga constante nos tendões. O ideal é um músculo com uma tensão normal, que permita aos tendões estarem numa posição adequada. Além disso, músculos muito curtos podem favorecer o desalinhamento articular.
idade: a composição do tendões se altera de acordo com a idade, devido a isso pessoas mais velhas estão mais predispostas a desenvolver Tendinopatias que pessoas mais jovens.
Tendinites
Classificação:
Tendinite, Paratendinite e Tendinose, são nomenclaturas usuais. Tendinite é a inflamação "dentro" do tendão.Paratendinite envolve apenas a inflamação da camada externa do tendão. E Tendinose, descreve um tendão com alterações degenerativas significativas. Outro termo empregado é a, Tenossinovite. Do ponto de vista sintomático é muito semelhante ao da tendinite, entretanto, no aspecto da localização, tenossinovite é a inflamação que ocorre nas bainhas sinoviais que envolvem os tendões, responsáveis por reduzirem a fricção no movimento. O processo inflamatório instalado produz subprodutos que são "pegajosos" e proporcionam uma maior aderência do tendão a bainha sinovial, causando dor.
Tendinites
CAUSAS:
 Sobrecarga quando o atleta / desportista realiza um esforço maior que suas possibilidades reais.
 Microtraumatismo de Repetição (Overuse) quando a repetição exagerada de um mesmo movimento com ou sem resistência, leva a uma inflamação do tendão.
 Processo Degenerativo dos Tendões em função do excesso de uso, poderá assim o tendão, passar a um processo degenerativo permanente que poderá inviabilizar prática das atividades.
 Calcificações aumento no depósito de cálcio na bainha do tendão faz com que apareçam estas calcificações, surgindo assim, tendinites calcáreas e rupturas parciais do tendão.
 Ruptura perda da solução de continuidade do tendão, por traumatismo direto, e processos degenerativos tendinosos.
Tendinites
GRAU I - Dor após Atividade
GRAU II - Dor no Início e após a Atividade
GRAU III - Dor Durante a Atividade + Limitação da Função
GRAU IV - Ruptura
Tendinites
Edema
Edema
Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células.
EDEMA:
Diminuição da Pressão osmótica das proteínas
Aumento da pressão hidrostática
Aumento da permeabilidade capilar
Obstrução dos vasos linfáticos
Retenção de sódio
Edema
Edema
Edema
Edema
Edema
Edema
Edema
Edema

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais