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R E S U M O D A S A U L A S Objetivando focar as partes mais importantes, de algumas aulas, que os alunos de semestres passados, tiveram mais dificuldades em absorver os conceitos básicos, faremos a partir de agora, um breve resumo dos assuntos abordados no material impresso da Disciplina de Contabilidade Geral I. AULA 1 – Por que fazer Contabilidade? O fazer e o entender Contabilidade datam de tempos remotos, na verdade surgiu no século XV. O homem primitivo não se preocupava apenas com a contagem (inventário) do seu rebanho, mas sim, com o crescimento, com a evolução de sua riqueza. Embora não houvesse ainda naquele tempo, noções contábeis, um controle já era feito, dimensionando todo seu rebanho. O fazendeiro administrava seus bens, sem saber que estava contabilizando e desenvolvendo funções, como a econômica e a administrativa. A Função Econômica advinha da evolução de seus bens, que nos tempos atuais seria a determinação do Lucro ou Prejuízo. Já a Função Administrativa seria todo o planejamento, controle, ou seja, as ações para um melhor resultado econômico. Na verdade, a Contabilidade Econômica envolve o resultado das ações ocorridas no passado, enquanto a Administrativa são aquelas relativas ao futuro. AULA 2 – A Bússola da Contabilidade O fazer contabilidade depende de um conjunto de regras que orientará as atividades do Contador. Na verdade essas regras, que poderão ser postulados, princípios, convenções, etc, surgiram da necessidade de se apresentar uma linguagem comum, para se preparar e interpretar os Relatórios Contábeis, que iremos entender na próxima aula. Para simplificar o entendimento sobre este tema usaremos apenas, a terminologia “Princípios Contábeis”, para definir esta linguagem do fazer contabilidade. Os Princípios Contábeis mais importantes são: 1 – ENTIDADE CONTÁBIL - qualquer indivíduo, empresa ou entidade, que efetue movimentações quantificáveis monetariamente, desde que haja necessidade de registros contábeis, será tratado com Entidade Contábil. - não há necessidade de conotação jurídica para ser uma Entidade Contábil, ou seja, dispensa registro em Junta Comercial, Secretaria da Fazenda, etc. - é importante, no entanto a distinção entre Pessoa Física da Pessoa Jurídica, principalmente quando o dono da empresa (pessoa física) reside nas instalações da empresa (pessoa Jurídica). 2 – CONTINUIDADE - contabilmente, as empresas são consideradas como empreendimento em prosseguimento, em operação, em andamento. - bens permanentes, ou seja, que tem vida útil longa, deverão ser avaliados pelo preço de aquisição, pois não se destinam à venda. - porém em processo de liquidação (descontinuidade), a avaliação desses bens será a preço de mercado (venda). 3 DENOMINADOR COMUM MONETÁRIO - bens, direitos e obrigações, que formam o patrimônio da empresa, deverão ser avaliados monetariamente através de uma única unidade, que no Brasil é o Real. 4 – OBJETIVIDADE - os registros contábeis deverão ter suporte em documentação que comprove sua legitimidade. Não havendo esta documentação, o Contador deverá chamar um Perito Contábil para avaliar aquela transação contábil. 5 – CUSTO HISTÓRICO COMO BASE DE VALOR - os registros contábeis serão efetuados com base no valor de aquisição dos bens. 6 – CONSITÊNCIA - deverá sempre, haver permanência dos mesmos critérios contábeis, pois em caso contrário, poderíamos dificultar a comparação dos relatórios contábeis. Porém quando houver mudança destes critérios, como por exemplo, avaliação do valor do estoque final no momento do inventário de mercadorias, deveremos colocar uma Nota Explicativa informando o método utilizado. 7 – MATERIALIDAD - em contabilidade deve-se levar em consideração apenas os fatos relevantes, analisar sempre o Custo X Benefício. 8 – CONSERVADORISMO - a posição conservadora (precaução) do contador será evidenciada no sentido de antecipar um prejuízo, se necessário, mas nunca um lucro que poderá não ser realizado. AULA 3 – RELATÓRIOS CONTÁBEIS Demonstrações Contábeis = Informes Contábeis = Relatórios Contábeis - é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. - são obrigatórios conforme a Lei 11.941/2009. São eles: - Balanço Patrimonial – BP - Demonstração do Resultado do Exercício – DRE - Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA - Demonstração do Valor Adicionado – DVA - são feitos para um exercício social, que na maioria das empresas, é de um ano, não havendo necessidade de coincidir com o ano civil. - Ano Civil – 01/01 à 31/12 – para efeito de Imposto de Renda - Exercício Social – período de um ano ou o Ciclo Operacional, valendo o que for maior. - Ciclo Operacional (Indústria) – período compreendido entre a compra da Matéria Prima e o recebimento das vendas, que podem ocorrer à vista ou a prazo. BALANÇO PATRIMONIAL - reflete a posição do Patrimônio (bens, direitos e obrigações), em determinado momento, normalmente, no fim do ano (31/12). REPRESENTAÇÃO GRÁFICA (convenção) Balanço Patrimonial em xx/xx/xxxx PASSIVO ATIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ATIVO (para ser classificado como Ativo deverá atender as exigências: - ser Bens ou Direitos - ser de sua propriedade – ser dono - ser mensurável em dinheiro – ter valor monetário - trazer para a empresa benefícios presentes e/ou futuros - BENS – seriam, por exemplo, o dinheiro em Caixa da empresa, Estoques de Mercadorias, Veículos, Móveis e Utensílios, etc. - DIREITOS – seria tudo que a empresa tem a receber, e que ainda se encontra sob a forma de papéis. Exemplos: Duplicatas a Receber = Clientes, derivadas das Vendas a Prazo, Promissórias a Receber, Depósitos Bancários, etc. - PASSIVO – seriam todas as obrigações (dívidas), que a empresa tem com terceiros (tudo que ela tem a pagar). Exemplos: Contas a Pagar, Promissórias a Pagar, Fornecedores = Duplicatas a Pagar, oriundas de Compras a Prazo, Empréstimos Bancários, Financiamentos, etc. PATRIMÔNIO LÍQUIDO – são os recursos dos proprietários (acionistas ou cotistas) aplicados na empresa. - a aplicação inicial chama-se Capital ou Capital Social. - na verdade, o Patrimônio Líquido é o somatório do Capital + Acréscimos de Capital (mais Bens injetados na empresa) + Lucros. NOVA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: Balanço Patrimonial em xx/xx/xxxx PASSIVO Obrigações ATIVO Bens + Direitos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital + Lucros + Acréscimos + Reservas - Equação Contábil: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido Diz-se: - Passivo = Capital de Terceiros = Fonte Externa de Recursos, já que nos recursos foram gerados externamente, ou seja, fora da empresa. - Patrimônio Líquido = Capital Próprio = Fonte Interna de Recursos, já que os recursos vieram de dentro da empresa. Outra Forma de Identificar Ativo(A), Passivo(P) e Patrimônio Líquido(PL): - Passivo e Patrimônio Líquido significam origem de recursos, que podem ser de terceiros (Passivo), ou próprios (Patrimônio Líquido). - Ativo significa aplicação de recursos oriundos do Passivo e do Patrimônio Líquido. Assim, aplica-se dinheiro no Caixa, em Estoques, em Móveis e Utensílios, etc. ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO OU APLICAÇÃO = ORIGEM BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/20X2 Empresa XYZ ATIVO PASSIVO BENS OBRIGAÇÕES Caixa Empréstimos Bancários Veículos Duplicatas a Pagar Estoques DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO Duplicatas a Receber Capital Ações de Outras Companhias Lucros Empréstimos aos Sócios Reservas AULA 4 – BALANÇO PATRIMONIAL – GRUPO DE CONTAS Se demonstrássemos um Balanço Patrimonial cujo Ativo, Passivoe Patrimônio Líquido fosse uma mistura de Bens, Direitos e Obrigações, possivelmente vocês teriam dificuldades em analisá-lo. Por isso, vocês devem agrupar as contas que tenham as mesmas características, ou seja, segundo os prazos de realização de recebimentos e pagamentos. A Lei das Sociedades por Ações agrupou o Balanço Patrimonial, seguindo o grau de Liquidez decrescente, vejamos, por exemplo, esta estrutura: BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/20X7 Empresa........................................................ ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa ................. Fornecedores ...................... Banco C/Movimento ................. Empréstimos ...................... Estoques ................. Salários a Pagar ..................... NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE - Realizável a Longo Prazo - Exigível a Longo Prazo Empréstimos Concedidos Sócios............ Financiamentos ...................... - Investimentos Obras de Arte .................. Ações de Outras Cias .................. Imóveis Alug. a Terceiros .................. - Imobilizado Veículos .................. Móveis e Utensílios .................. - Intangível PATRIMÔNIO LÍQUIDO Marcas e Patentes .................. Capital .................... Reservas de Lucros .................... TOTAL .................. TOTAL .................... Agora que você já viu uma estrutura patrimonial vamos entender a lógica de agrupamento destas contas. GRUPO DE CONTAS As contas do Ativo serão agrupadas de acordo com o seu grau de liquidez decrescente (capacidade de se transformar em dinheiro mais rapidamente), sendo assim primeiro teremos o grupo circulante, que é aquele de maior liquidez, vejamos: Ativo Circulante – serão agrupadas as contas que já são dinheiro (Caixa e Banco), mais aquelas que se converterão em dinheiro, até o término do próximo exercício social, ou seja, sua realização ocorrerá no curto prazo. Não Circulante – serão agrupadas as contas que se transformarão em dinheiro mais lentamente, em prazo superior ao término do próximo exercício social. Veja que neste grupo existem subgrupos: - Realizável a Longo Prazo – neste subgrupo serão agrupadas as contas relativas aos direitos, que levarão mais tempo para serem recebidos, ou seja, sua realização ocorrerá em prazo superior ao término do próximo exercício social. - Investimentos – serão classificadas as contas que não fazem parte da atividade operacional da empresa, não se destinam ao objetivo principal. - Imobilizado – são as contas necessárias a manutenção da atividade principal da empresa (operacional). São necessárias para o seu funcionamento. - Intangível – engloba neste subgrupo os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, destinados a manutenção da empresa, como por exemplo, as Marcas e Patentes e os Direitos Autorais. Você poderá observar que as contas do Passivo também seguem o grau decrescente, porém conforme as datas de seu vencimento, ou pagamento. Primeiro serão agrupadas as contas que serão pagas mais rapidamente, até aquelas que nem deverão ser pagas. Passivo Circulante – você deverá agrupar as contas que serão pagas mais rapidamente, que tenham vencimento até o término do próximo exercício social. Não Circulante – este grupo terá subgrupo, qual seja: - Exigível a Longo Prazo – que engloba as contas que serão pagas num prazo mais longo, vencimento superior ao término do próximo exercício social. Patrimônio Líquido – neste grupo você classificará as contas que não deverão ser pagas, pois pertencem aos donos do capital da empresa. São os recursos dos proprietários/acionistas aplicados na empresa, como também os lucros oriundos do resultado da empresa, que pertencem aos donos da empresa, muito embora não sejam, normalmente, distribuídos totalmente a eles. Para melhor entender estes conceitos de Circulante e Não Circulante, vocês devem entender a lógica de Curto e Longo Prazos no Balanço Patrimonial: CURTO PRAZO – vencimentos de direitos (Ativo Circulante) e obrigações (Passivo Circulante) até o término do próximo exercício social. LONGO PRAZO – vencimentos de direitos (Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo) e obrigações (Passivo Não Circulante – Exigível a Longo Prazo), com prazos superiores ao término do próximo exercício social). AULA 5 – REGIMES DE CONTABILIDADE E OUTROS PRINCÍPIOS BÁSICOS Até agora, abordamos, de maneira objetiva e simples, o Balanço Patrimonial (BP) e a Apuração de Resultado. Vimos o perfeito casamento entre eles, ou seja, o resultado (lucro ou prejuízo) está contido no Balanço Patrimonial. Quando abordamos Custos, Despesas e Receitas, observamos que não importava se elas foram geradas à vista ou a prazo, Isto porque seriam consideradas como integrantes da Apuração do Resultado. Vejamos: Exemplo: ◊ Em 20X0, a empresa obteve uma Receita de $10 milhões pela venda de mercadorias a prazo para recebimento em 20X1. ◊ Ainda em 20X0, adquiriu Material de Escritório, também a prazo, por $ 5 milhões, que foi totalmente consumido neste ano e pago em 20X1. ◊ Em que período contábil computaríamos esta receita e despesa? Regime de Competência dos Exercícios • Considera a receita gerada em determinado período (exercício social), não importando a data de recebimento da mesma. • Nos custos e despesas importam aqueles valores consumidos (incorridos, utilizados) em determinado período, sendo irrelevante o seu pagamento. AULA 06 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE Como já vimos anteriormente, o exercício social terá duração de pelo menos, 1 ano, e, a cada final do período será apurado o seu resultado (Lucro/Prejuízo). Então a cada final do exercício social as empresas farão o seu DRE, conforme disposição da Lei das S.As, vejamos sua estrutura: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO PARA........ Empresa............ RECEITAS OU VENDAS BRUTAS ............... ( - ) Deduções ............... RECEITAS OU VENDAS LÍQUIDAS ............... ( - ) Custo das Vendas ............... LUCRO BRUTO ............... (- ) Despesas Operacionais ............... LUCRO OPERACIONAL ............... Receitas Não operacionais ............... ( - ) Despesas Não Operacionais ................ LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA ................ ( - ) Provisão para Imposto de Renda ................ LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA ................ ( - ) Participações ................ LUCRO LÍQUIDO ................ Bem, esta é a estrutura básica, vamos agora detalhar este demonstrativo: DEDUÇÕES – não são custos nem despesas, são ajustes a própria receita, proporcionais ao custo das vendas. São eles: IPI – Imposto de Produtos Industrializados, ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, ISS – Imposto sobre Serviços, Devoluções de Vendas, Descontos, etc. CUSTO DAS VENDAS – são os gastos diretamente envolvidos no processo de produção (CPV), comercialização (CMV) e prestação de serviços (CSP). DESPESAS OPERACIONAIS – são aqueles gastos indiretamente envolvidos no processo de produção, comercialização e prestação de serviços, porém necessários para a manutenção da atividade operacional da empresa. São fundamentais para vender o produto, administrar a empresa e financiar as operações. São elas: Despesas de Vendas – abrangem desde a promoção do produto ou mercadoria até sua colocação junto ao consumidor. Exemplos: Comissões sobre Vendas, Propaganda, Provisão para Devedores Duvidosos ou Créditos de Liquidação Duvidosa, etc. Despesas Administrativas – são as necessárias para administrar a empresa. Exemplos: Salários do Contador, Administrador, Secretária, Material de Escritório ,Depreciação de Móveis e Utensílios do escritório,Alugueis do escritório, etc. Despesas Financeiras – são as remunerações aos capitais de terceiros. Exemplos: Juros Pagos, Comissões Bancárias, Descontos Concedidos (Duplicatas de Clientes pagas antecipadamente), etc. As Despesas Financeiras deverão ser compensadas com as Receitas Financeiras ( Juros Recebidos, Descontos Obtidos provenientes de pagamentos antecipados a Fornecedores) Variações Cambiais – são as variações ocorridas em virtude da perda do poder aquisitivo da moeda. Outras Despesas/Receitas Operacionais – são aquelas que não se enquadram nas anteriores. Exemplo: IPVA, IPTU, Venda de Sucatas, etc. RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS – são aquelas não relacionadas com a atividade operacional, atividade principal da empresa. São eventuais, não fazem parte do cotidiano empresarial, são aleatórias. Exemplo: Venda de Imobilizado acima ou abaixo do seu custo, perdas com geadas, chuvas, etc. PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA – é a parcela destinada ao pagamento do imposto de renda. Antes deste cálculo vamos entender alguns conceitos. O exercício social onde é gerado o lucro denomina-se “ANO BASE”. O exercício onde se paga o imposto de renda denomina-se “EXERCÍCIO FINANCEIRO” LUCRO REAL – é o lucro ajustado para as exigências da legislação do imposto de renda. Será calculado: LR = LAIR + Inclusões – Exclusões, onde. LAIR = Lucro Antes do Imposto de Renda Inclusões = Multas Fiscais, Depreciação acima do permitido, excesso de retirada dos sócios, etc. Exclusões = Prejuízos de exercícios anteriores, contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, etc. PARTICIPAÇÕES – são as parcelas previstas nos estatutos das empresas. Seguem a ordem aqui mostrada, são elas: Debêntures, Empregados e Administradores. Partes Beneficiárias e Contribuições e Doações, AULA 7 – Lucro ou Prejuízo? O confronto entre as Receitas e Custos/Despesas Demonstração do Resultado do Exercício – DRE Já sabemos que o exercício social terá duração de 1 ano, na maioria das empresas, e, que será apurado o seu resultado. Sendo assim no final de cada período todos os custos, despesas e receitas serão encerradas e transferidas para a Apuração do Resultado que resultará na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). No próximo período estas contas (Receitas, Custos e Despesas) iniciarão com saldo zero, ou seja, não se acumulam os seus saldos, como nas contas do Balanço Patrimonial (BP). A cada final do exercício social as empresas farão o sua Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), vejamos: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO PARA............ Empresa............................. RECEITA OU VENDA BRUTA ................................... ( - ) Deduções – 1 - ................................... RECEITA OU VENDA LÍQUIDA ................................... ( - ) Custo das Vendas – 2 - ................................... LUCRO BRUTO ................................... ( - ) Despesas Operacionais – 3 - ................................... LUCRO OPERACIONAL ................................... Receitas Não Operacionais – 4 - ................................... ( - ) Despesas Não Operacionais – 4 - ................................... LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA ................................... ( - ) Provisão para Imposto de Renda – 5 - ................................... LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA ................................... ( - ) Participações – 6 - ................................... LUCRO LÍQUIDO ................................... Esta DRE simplificada facilitará o entendimento de vocês nos detalhamentos, vejamos: A Receita ou Venda Bruta é o resultado da empresa em termos de vendas ou prestação de serviços, que incluirá itens que na verdade não define a Receita final do empresa, pois está considerando as Deduções que não representam entradas de dinheiro, vejamos: 1 – DEDUÇÕES – são ajustes a própria receita, proporcional ao Custo das Vendas. Exemplos: Devoluções (peças defeituosas) Abatimentos (são os Descontos Comerciais em decorrência do volume de Vendas) Impostos (IPI – Imposto de Produtos Industrializados, ISS – Imposto Sobre Serviços, ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) 2 – CUSTO DAS VENDAS – são os gastos diretamente envolvidos no processo de produção (CPV – Custo dos Produtos Vendidos), comercialização (CMV – Custo das Mercadorias Vendidas) ou prestação de serviços (CSP – Custo dos Serviços Prestados). Faz parte da atividade operacional (principal) da empresa. 3 – DESPESAS OPERACIONAIS – são os gastos indiretamente envolvidos no processo de produção, comercialização e prestação de serviços, e fazem parte também da atividade principal da empresa. São elas: Despesas com Vendas – abrangem desde a promoção até a colocação da mercadoria junto ao consumidor. Exemplos: Propaganda, Comissão de Vendas, Provisão para Devedores Duvidosos ou Créditos de Liquidação Duvidosa, etc. Despesas Administrativas – são os gastos nos escritórios visando o funcionamento da empresa. Exemplos: Salários do Contador, Administrador, Secretária, Assinaturas de Jornais e Revistas, Depreciação de Imobilizado do Escritório, etc. Despesas financeiras – são as remunerações aos capitais de terceiros. Exemplos: Juros Pagos ( empréstimos), Descontos Concedidos ( Duplicatas a Receber pagas antecipadamente), Comissões Bancárias, etc. Receitas financeiras – faz o confronto com as Despesas Financeiras, virá entre parênteses ( - ) se as Despesas forem maiores, ou somando as Despesas Operacionais quando as Receitas forem superiores. Exemplos: Aplicações a Prazo Fixo, Descontos Obtidos (Fornecedores pagos antecipadamente), etc. Variações Monetárias (variações cambiais) – são variações do poder aquisitivo da moeda em decorrência da inflação. Exemplo: Supondo que a Empresa Z contraiu um Empréstimo de 1.000 dólares em 01/01/2010, para pagamento em 31/12/2010. Em 01/01 – dólar cotado em 2,00 Em 31/12 – dólar cotado em 2,70 O valor do Empréstimo em Real seria: Em 01/01 – 1.000 x 2,00 = 2.000,00 Em 31/12 – 1.000 x 2,70 = 2.700,00 No final do ano a Empresa Z terá uma Despesa com Variação Cambial de 700,00 (2.700,00 – 2.000,00). Outras Despesas/Receitas Operacionais – são gastos que não se englobam nas despesas anteriores. Exemplos: IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), vendas de sucatas, etc. 4 – RECEITAS OU DESPESAS NÃO OPERACIONAIS – são aquelas não relacionadas com o objetivo principal da empresa, extra, eventual, fora da atividade operacional. Exemplos: Ganhos ou Perdas em Ações de Outras Companhias, Venda de itens do Imobilizado ou Investimentos (que poderá ter ganho ou perda, dependendo do valor da venda em relação ao seu custo histórico), 5 – PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA – parcela destinada ao pagamento do imposto de renda. Ano Base – exercício social onde é gerado o lucro antes do imposto de renda. Exercício Financeiro – exercício social onde é pago o imposto de renda. Cálculo da Provisão para Imposto de Renda LUCRO REAL(LR) – lucro ajustado para o cálculo do imposto de renda. LR = Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) + Inclusões - Exclusões Inclusões – são as multas fiscais em decorrência de atrasos de pagamentos, que antes eram classificadas como Despesas Financeiras, excesso de retirada pelos sócios, que era classificada como Despesas Administrativas, depreciação acima do permitido, etc. Exclusões – prejuízos de exercícios anteriores, lucro sobre mercadorias exportadas, algumas participações como Debêntures, Empregados, etc. 6 – PARTICIPAÇÕES – são as deduções ou parcelas a serem pagas, conforme previsto nos estatutos das empresas. Seguindo a seguinte ordem,o cálculo é feito sempre em relação ao saldo anterior: - Debêntures - Empregados - Administradores - Partes Beneficiárias - Contribuições e Doações Exemplo: Supondo que a Empresa Z tivesse no ano de 20X2 um Lucro Depois do Imposto de Renda de R$ 1.000.000,00, e que as participações fossem fixadas à base de 10%, teríamos: LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA 1.000.000,00 ( - ) Participação de Debêntures 100.000,00 ( - ) Participação de Empregados(10% de 900.000) 90.000,00 ( - ) Participação de Administradores(10% de 810.000) 81.000,00 ( - ) Partes Beneficiárias(10% de 729.000) 72.900,00 ( - ) Contribuições e Doações (10% de 656.100) 65.610,00 LUCRO LÍQUIDO 590.490,00 AULA 8 – A conversa entre as Demonstrações Contábeis – DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Balanço Patrimonial – é uma demonstração estática do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, em determinada data. É como tirássemos uma fotografia da empresa naquela data, onde poderíamos observar o saldo de cada conta, sem saber como foi sua evolução. Sabe-se apenas o saldo no início e no fim do ano (a movimentação desconhecemos). Já a Demonstração do Resultado do Exercício – é uma demonstração dinâmica que informa os resultados das operações ocorridas ao longo de um determinado período (1 exercício social), possibilitando conhecermos a movimentação daquele ano. - a verdade é que são demonstrações afins, e que a Demonstração do Resultado do Exercício está contida no Balanço Patrimonial (Lucros Acumulados – Pat. Líquido). DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS – DLPA - é o instrumento de integração entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. - sabemos que na verdade, apenas uma parte do Lucro Líquido é distribuído para os proprietários da empresa em forma de Dividendos. A maior parcela, normalmente, é retida na empresa, e reinvestida no negócio. - a destinação do Lucro Líquido para os proprietários (Dividendos), ou o reinvestimento na própria empresa, serão evidenciados na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), antes de serem indicados no Balanço Patrimonial). DRE PARA.............. DLPA PARA.............. RECEITA .............. LUCRO LÍQUIDO ..700............ ( - ) Custos .............. ( - ) Dividendos ...250........... LUCRO BRUTO .............. LUCRO RETIDO ...450.......... ( - ) Despesas .............. LUCRO LÍQUIDO ....700.......... BP EM ...../......../.......... ATIVO PASSIVO PAT. LÍQUIDO Capital .......... Lucros Acumu- Lados ou retidos .450...... Exemplo Prático: BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/X1 ATIVO PASSIVO 31/12/X0 31/12/X1 PAT. LÍQ. Capital ............. .............. Lucros Acum. 200 725 DRE para X1 DLPA PARA X1 RECEITA .............. Saldo em 31/12/X0 200 ( - ) Custos .............. + LL em X1 700 LUCRO BRUTO......... Lucro Disponível 900 ( - ) Despesas .............. ( - ) Dividendos 175 LUCRO LÍQ. 700 Saldo em 31/12/X1 725 - se a empresa em vez de lucro estiver apresentando prejuízos, também serão acumulados (prejuízo acumulado), e serão mostrados na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. - esta demonstração (DLPA) poderá ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Ambas serão abordadas em Contabilidade Geral II. AULA 11 E 12 – BALANCETE DE VERIFICAÇÃO, APURAÇÃO DO RESULTADO E BALANÇO PATRIMONIAL - para melhor entendermos toda a sequência dos lançamentos contábeis, até o Balanço Patrimonial Final, vamos a partir de um Balanço Patrimonial de uma empresa comercial, contabilizar as operações do ano seguinte, apurar o seu resultado, elaborar o Demonstrativo de Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial Final, vejamos: BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/X1 Cia Laranjada ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa 1.100 Fornecedores 500 Estoques 900 TOTAL 2.000 NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Imobilizado Capital 1.800 Instalações 500 Lucros Acumulados 200 TOTAL 2.000 TOTAL 2.500 TOTAL 2.500 Obs: O estoque era composto de 10 máquinas. As Instalações foram depreciadas a uma taxa de 10% ao ano. Operações do Ano X2: Venda de 50% do Estoque a prazo, por 1.800,00; Houve Despesa com Salários pagos à vista por 200,00; Houve também Despesa com Aluguel, pagos à vista por 400,00; e Foram pagos aos Fornecedores de Mercadorias 300,00. Para lançarmos estas transações do Ano X2, teremos que inicialmente abrir os razonentes com os saldos do exercício anterior, ou seja, do Ano X1, vejamos: a) Primeiro Passo Caixa Estoques Instalações 1.100 200 900 450 500 400 450 300 200 Fornecedores Capital Lucros Acumulados 300 500 1.800 200 200 700 900 Receita Duplicatas Receber CMV 1.800 1.800 1.800 450 450 Despesa Salário Despesa Aluguel Despesa Depreciação 200 200 400 400 50 50 Depreciação Acumulada ARE 450 1.800 200 400 50 700 b) Segundo Passo BALANCETE DE VERIFICAÇÃO EM 31/12/X2 Cia Laranjada CONTAS SALDO DEVEDOR CREDOR Caixa 200 Estoques 450 Instalações 500 ( - ) Depreciação Acumul. 50 Fornecedores 200 Capital 1.800 Lucros Acumulados 200 Receita 1.800 Duplicatas a Receber 1.800 Custo das Merc. Vend. 450 Despesa c/Salário 200 Despesa c/Aluguel 400 Despesa c/Deprec. 50 TOTAL 4.000 4.000 c) Terceiro Passo Encerramento das Contas de Resultado (Receita, Custos e Despesas), tornando o seu saldo zero, transferindo os lançamentos para a Apuração do Resultado do Exercício, razonete ARE. d) Quarto Passo DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO PARA X2 Cia Laranjada RECEITA LÍQUIDA 1.800 ( - )Custo das Mercadorias Vendidas 450 LUCRO BRUTO 1.350 ( - ) Despesas Operacionais Despesas Administrativas 650 LUCRO LÍQUIDO 700 e) Quinto Passo BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/X2 Cia Laranjada ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa 200 Fornecedores 200 Duplicatas Rec. 1.800 Estoques 450 TOTAL 2.450 NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Imobilizado Capital 1.800 Instalações 500 Lucros Acum. 900 ( - ) Deprec. Acum. 50 TOTAL 450 TOTAL 2.700 TOTAL 2.900 TOTAL 2.900
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