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DISCIPLINAS NORTEADORAS: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE, ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO, TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO.
 
 
DESAFIO PROFISSIONAL
1.INTRODUÇÃO
Segundo Mendes (2010), a palavra preconceito, é formada pelo prefixo latino “pré” (anterioridade, antecedência) e o substantivo “conceito” (opinião, julgamento, avaliação) sendo, portanto, o conceito formado antes de se ter os conhecimentos necessários; é a opinião formada previamente, sem ponderação, estando o preconceito racial, presente de várias formas no cotidiano, manifestando-se de modo declarado, quando pessoas discriminam as outras, com atitudes de desprezo e palavras de deboche e de forma dissimulada, por meio de gestos, risos ou no olhar de indiferença. 
Sabe-se que resgatar a memória histórica dos diferentes grupos étnico-raciais que compõe a nação brasileira e insistir em políticas educacionais que recuperem as culturas negadas e silenciadas no currículo escolar é algo urgente e necessário, uma vez que, reconhecer a história e a cultura é um passo importante para a aceitação das diferenças.
A maneira de lidar com as diferentes características de seus alunos (hábitos, costumes, visões de mundo) e sua compreensão do que é ser negro, homossexual, mulher, indígenas por meio da escola influencia e determina o tipo de conhecimento a ser produzido pela mesma, tonando importante agregar ao currículo escolar práticas e metodologias que possibilitem a construção de um sentimento de identificação, que regaste a história dos diferentes grupos étnicos-raciais que compõem a esfera escolar, sendo imprescindível que  o padrão sociocultural  dos  alunos relacione-se com o currículo escolar.
Constituindo uma nova ideologia para uma sociedade composta por diversas etnias, nas quais as marcas identitárias, como cor da pele, modos de falar, diversidade religiosa, fazem a diferença, pensar no multiculturalismo torna-se um dos caminhos para combater os preconceitos e discriminações ligados à raça, ao gênero, às deficiências, à idade e à cultura.
A escola sendo um ambiente privilegiado para iniciar o processo de conhecimento da diversidade cultural brasileira e promoção de respeito a todas as diferenças decorrentes de sua pluralidade. Pensar numa escola pública de qualidade é pensar na perspectiva de uma educação inclusiva. Construir um currículo multicultural é respeitar as diferenças raciais, culturais, étnicas, de gêneros e outros. 
Pensar num currículo multicultural é opor-se ao etnocentrismo e preservar valores básicos de nossa sociedade.
Como dito por Araújo (2012, p. 123) “É preciso transformar os diferentes espaços educativos em ambientes de inclusão; de combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação; de troca de ideias; de respeito à diversidade; de resgate da autoestima; de reconhecimento e valorização da história e identidade das minorias historicamente discriminadas, bem como, da afirmação do caráter pluriétnico e multicultural da nossa sociedade. Caso contrário, torna-se difícil que os grupos menos favorecidos tenham chances reais de melhorar as suas condições de vida”.
2.DIVERSIDADE ETNICO-RACIAL E OS DESAFIOS ENCOTRADOS NA ATUALIDADE
Responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diversificadas famílias, a escola, age também na construção da identidade da criança, sendo inúmeras vezes o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A escola é o local das descobertas para a criança, é lá que ela aprenderá a conviver ou não com críticas, competições, perdas e realizações, além de ser a instituição que ministra o conhecimento, o qual deve se basear em valores éticos e  democráticos,  sendo a  formação de cidadãos conscientes responsabilidade também da escola. Portanto, o trabalho de educação antirracista deve ser iniciado cedo, sobretudo na educação infantil, e o primeiro desafio é o entendimento da identidade, pois a dificuldades de auto aceitação para algumas crianças, decorre de um possível comprometimento de sua identidade com as atribuições negativas ao grupo social a qual faz parte, uma vez que, crianças que estão em processo de desenvolvimento emocional, cognitivo e social, ocorre internalização do discurso  alheio, sendo pelo olhar do outro que alguém se constituem como sujeito e é a qualidade desse  olhar que contribui para o grau de auto​estima do indivíduo.  
Preconceito, ou seja, conceito de algo desconhecido, formado a partir de crenças e juízos de valor que o homem sustenta sobre as diferenças raciais é aprendido quando se inicia o processo de socialização no seio da família, e em entidades sociais como a igreja e escola. O Brasil é um país onde a herança do preconceito racial ainda se faz muito presente, apesar de haver negação ou omissão ao problema. As marcas dessa herança cultural estão muitas vezes implícitas em letras de músicas, na mídia e também na Literatura Infantil, onde grande parte das histórias e contos apresentados às crianças enfatiza a cultura europeia, como Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel. Dessa forma fica explicito falta de preparo das escolas para receber alunos de diferentes grupos étnicos-raciais, mesmo que assegurados por leis como a 9.459, de 13 de maio de 1997 e a 7.716, de 5 de janeiro de 1989 que torna crime excluir e discriminar qualquer afro descendente. 
Responsável pelo desenvolvimento da capacidade de questionar, ter consciência de sua identidade e a qual grupo pertence, a instituição de ensino, torna-se o ambiente onde grupos sociais estão em constante diálogo e conflito, torando-se necessário o respeito e valorização a cultura das diferentes  famílias envolvidas no processo educativo.  O ambiente escolar deve ser via de acesso para o resgate de   identidade, auto​estima e autonomia das crianças, pois a escola é o ponto de encontro e embate das diferenças étnicas.
A Lei 10.639 traz importante contribuição na relação entre a formação e a atuação docente, pois o professor é  um elemento básico do ato pedagógico e um aliado significativo  para romper com os elos da  cadeia  da  alienação referente  ao preconceito, tornado obrigatória  a inclusão de  História e Cultura Afro-brasileira  nos currículos escolares, o que vem mobilizando as  escolas  quanto à  formação de professores  e  até  mesmo na  confecção de  materiais  didáticos, expandindo o horizonte conceitual e difundindo práticas educativas com intuito de findar atitudes racistas e irracionais do cotidiano de milhões de crianças e jovens brasileiros.
Atuando sobre a internalização dos valores universalmente aceitos e na  construção das identidades  dos que dela participam, a escola, é também espaço privilegiado de construção das identidades  individuais, sociais  e/ou culturais, encontrando-se no centro do debate  sobre a  questão étnico racial,  já que através  dela, ao longo da  história, foram preservadas  e  legitimadas  as  contradições e  desigualdades que  embasaram os  discursos  e práticas  discriminatórias em nossa sociedade. Portanto, o silenciamento e a invisibilidade da realidade de diferentes grupos étnicos-raciais, mantem mentalidades etnocêntricas e desestimulam crianças, jovens e adultos a conhecer e valorizar a sua própria cultura, assegurando assim a continuidade da sua comunidade. Na ausência de conteúdos curriculares que fortaleça a sua identidade étnica-cultural esses sujeitos passam a reivindicar para si o ideal de branqueamento. 
O preconceito é tão presente em dias atuais, sem distinção de sexo ou idade, que levam crianças e jovens ao fracasso e a evasão escolar mesmo com leis que os ampare de toda intolerância racial, como a Lei nº 12.288 que garante a efetivação da igualdade de 
oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos, além do combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. Tais leis colocamem urgência a necessidade de formulação de novas abordagens educacionais que tenha como princípio básico a diversidade humana e cultural que compõem o Brasil e o mundo.
A mudança nos métodos pedagógicos e uma formação docente que dê subsídios para os professores trabalharem com a diversidade de forma igualitária respeitando e valorizando as diferenças, são elementos imprescindíveis para estimular uma perspectiva cultural que abarque a complexidade das culturas e das experiências humanas. Pois, como descrito por Gomes (2003, p. 71), “a luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não pode se dar de forma separada e isolada e nem resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solitárias e excludentes”. Pedagogias que propiciem à expressão dos povos africanos, afro-brasileiros e indígenas, levando em consideração as especificidades e peculiaridades dos sujeitos – modo de ser, pensar, sentir, se relacionar e estar no mundo. 
3.PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: EDUCAÇÃO NÃO TEM COR
3.1 Público Alvo: Alunos da Educação Básica.
3.2 Objetivos
3.2.1 Objetivo geral: formação de uma educação escolar que integre as questões étnico-raciais, progredindo na discussão sobre desigualdades sociais, diferenças raciais, no direito de ser diferente, buscando assim, uma educação mais democrática.
3.2.2 Objetivos Específicos: a construção de uma escola que reconheça que os alunos são diferentes, que possuem culturas diversas, repensando o currículo, a partir da realidade existente dentro de uma lógica de igualdade e de direitos sociais. O objetivo principal é discutir atitudes e modos de pensar, através de estratégias de ações pedagógicas que contribuam para a valorização da diversidade de gênero e etnia, buscando o combate a discriminação e o preconceito, discutindo também características sociais e culturais atribuídas a gêneros, melhorando o rendimento, diminuindo a retenção e a evasão escolar e, 
principalmente, resgatando valores humanos que proporcionam a melhor convivência entre alunos, professores e membros da comunidade escolar. O projeto busca despertar nos alunos o respeito ao ser humano em todas as situações de diversidade, despertando o verdadeiro crescimento do ser humano. 
3.3 Metodologia
O trabalho será desenvolvido a partir de rodas de conversas, abrindo espaço para que se conheça a realidade de cada aluno presente, entendendo as relações de preconceito e identidade individuais, uma vez que a roda é o lugar para propor projetos, discutir problemas e encontrar soluções, levando os alunos a discutirem e analisarem questões que permeiam o ambiente escolar como, por exemplo, homofobia, racismo, bullying, preconceitos e intolerâncias. Os alunos deverão montar um texto coletivo sobre diferentes etnias a partir das observações discutidas e montar um cartaz sobre as novas visões adquiridas.
A Contação de histórias também terá destaque na sala de aula, utilizando textos e imagens que valorizam o respeito às diferenças, além da produção de panfletos com frases ditas pelos alunos para ser distribuídos na comunidade no entorno da escola. 
Conhecer músicas em diferentes línguas, e de diferentes origens, é uma boa ferramenta para estimular o respeito pelos diversos grupos humanos, pois a música desenvolve o senso crítico e prepara as crianças para outras atividades. 
Confeccionar em equipe, algumas bandeiras de diferentes países, expondo as mesmas. E em revistas, fazer uma pesquisa de figuras de personagens negros ou afro descendentes, para conversação e montagem de um painel. 
As ações do projeto planejadas nas reuniões pedagógicas não estão restritas à sala de aula, estendendo-se para o cotidiano da escola por meio de atividades como palestras, oficinas de dança e concursos de redação.
4.CONCLUSÃO
A concepção cultural brasileira caracteriza-se pela síntese de etnias e culturas, pela multiplicidade de visões acerca da miscigenação, ainda presas à desinformação e ao preconceito. Essa junção de características é ainda geradora de grandes conflitos, e a superação do racismo ainda presente em nossa sociedade é uma necessidade moral e uma tarefa política de grande importância, sendo a educação decisiva.
Segundo Pelbart (1993), faz-se necessário criar novas formas de relacionar-se com o diferente, com a diversidade, com o “outro” que não é mais um “mesmo” de mim. “Não basta reconhecer o direito às diferenças identitárias, com essa tolerância neoliberal tão em voga”, ou seja, a aceitação do outro e o convívio sem preconceitos são desafios diários.
Amplamente discutidas, a educação, cultura e relações étnico-raciais, a cultura escolar tem grande peso no processo de construção das identidades sociais e do complexo processo de humanização, faltando, entretanto, o entendimento de aspectos que envolvem a questão étnico-racial nas escolas, assim como dissociação de mitos e estereótipos, e representações sociais e valores negativos sobre grupos e sujeitos historicamente marginalizados, estigmatizados e oprimidos.
Mesmo que a discussão conste da formação inicial e continuada, os professores ainda encontram dificuldades em trabalhar com as leis 10.639/03 e 11.645/08 no cotidiano da sala de aula, sendo a educação brasileira ineficiente em vários aspectos, principalmente no que se refere à inclusão das temáticas e conteúdos contemplativos da diversidade étnico-racial e cultural do povo brasileiro e da humanidade. 
Portanto, faz-se necessário transformar os diferentes espaços educacionais, formais e informais, em espaços de inclusão, respeito e valorização da diversidade étnico-racial e cultural, e para isso, a criação de uma política educacional que fortaleça as já existentes e que prezem a inclusão de culturas negadas e silenciadas no currículo sem reduzi-las a uma série de lições ou unidades didáticas isoladas. 
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://portugues.uol.com.br/redacao/o-e-mail---um-genero-textual-meio-eletronico-. html>. Acesso em: 24 agos. 2017.
www.fazendogenero.ufsc.br/9/resources/anais/1278290917_ARQUIVO_Fazendo_ Genero_9_Texto_Competo_Raquel_Quadrado.pdf>. Acesso em: 25 agos. 2017.
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https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/viewFile/1833/1431. Acesso em 28 agos. 2017.
http://www.espacoacademico.com.br/007/07oliveira.htm. Acesso em 28 agos. 2017.
http://serra.multivix.edu.br/wp-content/uploads/2015/06/Racismo_Escola_um_desafio_ser_superado_ped.pdf. Acesso em 28 agos. 2017.
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http://www.seer.ufrgs.br/rbpae/article/view/19971. Acesso em 30 agost. 2017.
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