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IMPACTOS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELA OCUPAÇÃO IRREGUAR DO SOLO URBANO: Estudo do caso do loteamento Redentora em Paranaíba MS. UNOPAR-UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ Sistema de Ensino Presencial Conectado Curso SUPERIOR Gestão Ambiental IMPACTOS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELA OCUPAÇÃO IRREGUAR DO SOLO URBANO: Estudo do caso do loteamento Redentora em Paranaíba MS. Darçoni machado chaves Beatriz cristina freitas ferreira Rernanda da mota ramos Rozinei maria dos santos Vagner martins leite Valdeir ribeiro Trabalho em grupo apresentado ao Curso Tecnologia em Gestão Ambiental da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Saúde e meio Ambiente, planejamento Urbano Ambiental, Planejamento Agroflorestal e meio Ambiente, Estatística e Meio Ambiente. Atividades Interdisciplinares: Portfólio Individual. Prof. Kenia Luciana R.C. Trigueiro. Thiago Augusto Domingos. Willian Luiz da Cunha. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo conhecer uma área de fragilidade ambiental no município de Paranaíba – MS relacionada à questão e a gestão ambiental á partir de pesquisa de campo realizada no período de 09/11 a 12/11/2012. O método utilizado para a sua realização foi no primeiro momento uma pesquisa de campo qualitativa/ quantitativa realizada pelo grupo cuja meta foi à observação do espaço geográfico do município que está se modificando, saindo de sua condição de área rural para ser parte da zona urbana. Nesse momento também foi verificado as condições em que está acontecendo tal mudança e os impactos humanos e ambientais causados por esse processo. Outro ponto foi a mediação feita entre os membros da equipe de pesquisa e os moradores do local, que pediram para que suas identidades fossem preservadas.Portanto não será aqui apresentado o conteúdo completo desse trabalho. Em um segundo momento foi efetuado uma pesquisa de caráter bibliográfica no intuito de fundamentar e validar os resultados encontrados na fase anterior. Para a redação final desse texto foram realizadas reuniões entre os membros participantes para juntos proceder na análise e apresentação desses resultados 2. DESENVOLVIMENTO O município de Paranaíba - MS é também conhecido como a capital do Bolsão. “Localiza “se a uma latitude 19º40’38” Sul e a uma longitude 51º11’27” Oeste, estando a uma altitude de 374 metros. Possui uma área de 5423,68 km². A temperatura média anual é de 23 G°C, com precipitação pluviométrica anual de 1.300mm. O clima é tropical O município se encontra estrategicamente numa região de integração das economias do Brasil (Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás) situação que começa a ser explorada mais intensivamente com a construção do gasoduto e o fortalecimento das relações comerciais dentro do Mercosul. Situa-se no entroncamento de três macro-eixos de desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul. Está ao lado do eixo aquaviário leste, formando pelo Rio Paraná, rota de ligação fluvial com o MERCOSUL; É o ponto de partida do eixo Nordeste, que corta um para Costa Rica e segue a linha da Ferro norte,unindo-se e integrando-se aos demais Estados do Centro-Oeste e outras regiões; Insere-se dentro do raio de influência do eixo Leste-Oeste,basicamente determinado pela rota traçada pelo gasoduto no trecho Corumbá – Campo - Grande-Três Lagoas /Características geográficas :Área 5.402,778 km² População 40.259 hab. est. IBGE/2010 Densidade 7,16 hab./km² Altitude 374 mClima Tropical de altitude CwaFuso horário UTC-4 /Indicadores IDH 0,772 médios PNUD/2000 /PIB R$ 400.041.000,00 (MS: 11º) - IBGE/2007/PIB per capita R$ 10.266,00 IBGE/2007. Segundo matéria publicada pelo jornal local, analisa que os números populacionais do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – apontam para Paranaíba como sendo um dos piores, estando bem abaixo da média nacional. O município de Paranaíba conta com apenas 40.174 habitantes, conforme o Censo 2010 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Comparado ao Censo 2000, a população do município, que era de 38.406 pessoas, aumentou em 1.768 habitantes. Atualmente são 19.965 homens e 20.209 mulheres. No perímetro urbano vivem 35.731 e 4.443, na zona rural. A estimativa do IBGE era recensear 40.219 pessoas.população urbana corresponde a 88,95%, significa que o município tem uma população rural bem menor que a média nacional, de apenas 11,05%, com pouca gente no campo e muita gente nacidade.http://www.jornaltribunalivre.com/index.php?id=1291282595. Observando essas estatísticas pode-se assegurar que o processo de expansão urbana vem se realizando de maneira desorganizada e caótica, pois os bairros periféricos vão crescendo desordenadamente na medida em que as diferenças sociais também aumentam. Muitas pessoas têm procurado se estabelecer nesses bairros, mesmo sabendo que a maioria deles é clandestina ou irregular e não apresentam nenhum projeto de saneamento básico ou que tenham passado por um estudo que possa prever ou determinar os impactos ambientais. Segundo MOTTA, (2002) apud GROSTEIN, (1987) entende-se por loteamentos irregulares. (...) o processo de consolidação de loteamentos nas regiões periféricas dos centros urbanos, executados freqüentemente em desacordo com as legislações vigentes e gerando como conseqüência à ocupação de grande parte dessas áreas por pessoas de baixa renda, onde essas áreas deveriam ser preservadas no intuito de minimizar os impactos advindos das ocupações (MOTTA, 2002 apud GROSTEIN, 1987). Portanto e segundo BRASIL (1999), o loteamento estudado se enquadra dentro dessa condição de irregularidade o que vai contra a legislação vigente que determina que. De acordo com a Lei Federal 6766 de 19 de dezembro de 1979 que “Dispõe sobre o parcelamento urbano e dá outras providências” os loteamentos são denominados de subdivisões de glebas em lotes destinados a edificação, com abertura de vias de circulação, de logradouros públicos, modificação ou ampliação de vias existentes. A referida lei chamada de lei de parcelamento do solo urbano, sendo a mesma alterada pela lei 9.875 (BRASIL, 1999), Esclarecendo que essa lei teve como princípio a regulamentação nacional de atividades de parcelamento urbano, sendo definidos como condições e critérios para os loteamentos e ainda reza que o parcelamento do solo urbano só poderá ser realizado através de loteamentos ou desmembramentos de áreas conforme a Lei 6766 (BRASIL, 1979), ou seja, a legislação deixa bem claro que o ato de planejar é mais importante que o plano, e que para que esse plano esteja dentro das conformidades ambientais e legislativas se fazem necessário consultar o órgão ambiental competente para que haja uma interação entre a iniciativa privada e o poder público visando à minimização dos impactos sócio-ambiental e garantindo o bem estar público. O Bairro escolhido para tal estudo Chama-se residencial Redentora e localiza-se na periferia da cidade de paranaiba MS, onde foram ouvidas 5% da população correspondendo a 20 pessoas que demonstraram a preocupação e a insatisfação com o local, pois consideram a qualidade de vida muito precária, reclamam da distancia a ser percorrida até a região central da cidade, além de demonstrarem a insegurança pelos riscos a doenças aos quais estão expostos ainda não contam com coleta de lixo regular, rede de esgoto, nem asfalto, os detritos são despejados no córrego Ramalho tornando esse ambiente insalubre para a implantação de um bairro residencial, como mostra a figura 01. Esse crescimento desordenado está invadindo a área rural do município e tem causado enormes impactos ao meio ambiente o que acarreta danos ao bioma local pois as construções irregulares e os agrupamentos humanos em áreas de preservação ambiental são os maiores responsáveis por acidentes e catastrofes, como desabamento de encostasde morros por excesso de chuvas, enchentes, e outros mais. De acordo com MOTA (2003), [...] a ocupação de um ambiente natural, no processo de urbanização, geralmente ocorre com a remoção da cobertura vegetal. O desmatamento, quando feito de forma inadequada, resulta em vários impactos ambientais, tais como: modificações climáticas; danos à flora e fauna; descobrimento do solo, causando o incremento da erosão; remoção da camada fértil do solo,empobrecendo-o; assoreamento dos recursos hídricos; aumento do escoamento superficial da água e redução da infiltração; inundações. A construção de edificações, a pavimentação de ruas, e outros processos de ocupação nas cidades, resultam na impermeabilização do solo, causando graves impactos ambientais, como o aumento do escoamento superficial da água e orebaixamento do lençol freático. O aumento do volume de água escoado para os cursos d’água, associado ao assoreamento dos mesmos, resulta nas inundações, com prejuízos sociais e econômicos.Hoje é possível perceber que o crescimento, desordenado e precário, das cidades nas últimas décadas, muitas vezes decorrentes de urbanização irregular, sem infra-estrutura adequada, tem sido responsável pelo aume nto da pressão das atividades antrópicas sobre o meio ambiente, gerando efeitos grandiosos (impactos ambientais) para a cidade como um todo. Motta 2003 Todos os fenomenos impactantes estão presente e se comprova diante do grau de degração em que ocorre nesse ambiente. As margens do corrego Ramalho , tendo perdido a sua cobertura vegetal já começa a dar mostras esses resultados como pode-se observar na figura 02. Estudando o local onde a pouco tempo era um espaço rural e que ainda mantinha suas caracteristicas naturais foi verificado a existencia ainda restante de uma pequena área que apresenta sinais de preservação (Fig. 03). Trata-se de uma APP. – Área de Preservação Permanente- que ainda não foi invadida pelo processo de urbanização.Segundo informações buscadas no site ECO Desenvolvimento básico (20012). As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas nas quais, por imposição da lei, a vegetação deve ser mantida intacta, no sentido de garantir a preservação dos recursos hídricos, da estabilidade geológica e da biodiversidade, assim como o bem-estar das populações humanas. Como exemplo de APP está as áreas de mananciais, as encostas com mais de 45 graus de declividade, os manguezais e as matas ciliares. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/abril/ecod-basico-area-de-preservacao-permanente-app#ixzz2CDugF0S6 Porém os sinais de degradação aparecem logo que se avança ao longo do manancial, que alguns metros abaixo começam a receber o esgoto das casas recém construídas no local, mesmo assim, ainda conserva algumas plantas nativas do bioma do cerrado tais como, pitangueiras e arbustos carregados de guaviras. Ao penetrar um pouco mais pela mata ciliar o cheiro característico da água contaminada chama atenção até um ponto onde esse mesmo manancial recebia as águas de um outro córrego, esse já totalmente poluído. A descoberta dessa característica demonstra como as Leis Ambientais parecem não estar sendo efetivadas pelos órgãos competentes, pois de acordo com o Portal EcoDesenvolvimento.org. (2012) há uma legislação especifica para tal caso que determina. O regime de proteção das APP é bastante rígido: a regra é a intocabilidade, admitida excepcionalmente a supressão da vegetação apenas nos casos de utilidade pública ou interesse social legalmente previsto. A Lei nº 4.771, de 1965 (Código Florestal), apresenta dois tipos de APP, as criadas pela própria lei e as por ela previstas, mas que demandam ato declaratório específico do Poder Público para sua criação. Nesse local essas normas não são obedecidas como mostra a Fig. 05 retratando a forma como a expansão urbana está invadindo essa área, cujo solo frágil já começa a ceder por falta da cobertura vegetal e as águas já se encontram em um avançado processo de poluição. De acordo com Carlos e Lemos (2005), a diminuição ou a ausência da cobertura vegetal (Fig. 06) que funciona como condição imprescindível no controle da densidade, da umidade do solo e da proteção contra processos erosivos leva aos desabamentos das margens e o assoreamento dos mananciais hídricos promovendo com isso um grande desequilíbrio no bioma. Além disso, ainda fere a reivindicação da vegetação, como forma de paisagismo, como adorna de uma cidade em dispor de ambientes naturais. Nessa ótica pode-se definir a educação, a produção e cultura da cidade nas formas como ela se relaciona com as dinâmicas e processos constitutivos da natureza e da saúde de seus habitantes. Ainda os autores discorrem que os fatores que mais influenciam essa relação são. (...) A exclusão social é um dos principais marcos do processo de urbanização das cidades que possui uma visão econômica capitalista, pois acaba empurrando os mais pobres para áreas de menor valor econômico, ou seja, essas áreas são denominadas áreas de riscos, sem serviços e infra-estruruta adequada. Entretanto, acaba acarretando que essas pessoas ocupam áreas livres. Áreas que deveriam ser destinadas à proteção ambiental que vem a ser a áreas de preservação permanente, áreas públicas municipais que são compostas pelos (parques, jardins, escolas e outras), áreas reservadas para o escoamento natural das águas pluviais e muitas vezes com grande risco a saúde e o bem estar, acarretando assim em um maior problema na parte sócio-ambiental das cidades (FERREEIRA et al., 2005). Parece que essas formas de práticas são freqüentes nessa cidade, pois esse aparece como apenas um dos vários loteamentos irregulares existentes na sua periferia. Sendo, portanto, todos responsáveis por enorme impacto ambiental negativo da região.(fig.07). Pela Resolução CONAMA Nº. 001/1986, Impacto Ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causado por qualquer forma de matéria ou energia resultante de atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais. Ainda para o CONAMA considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades econômicas que afetem a saúde, segurança, bem - estar da população e o meio ambiente, conforme Resolução 001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente –CONAMA de 23 de janeiro de 1986 que "Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA".Fonte : http://www.pucgoias.edu.br Para explicar essas praticas, conforme Menezes apud Giudice (1999). (...) o estudo de Impactos Ambientais, resultantes da ação antrópica, tem o homem e a natureza como partes de um mesmo conjunto, os quais não podem ser dissociados, pois é sobre ela que o homem vai atuar, modificando-a e transformando-a, moldando-a às suas necessidades, ainda que de maneira irracional. É dessa maneira que o homem a percebe, e é essa percepção que vai nortear a ação a ser tomada, através da participação da sociedade num trabalho de conscientização para que aprenda a resolver os seus problemas, enfrentando suas dificuldades, se auto gerindo, ou através da espera da comunidade paternalista, ação do poder público. Menezes apud Giudice (1999). O descaso da população por falta de acesso a educação ambiental e do poder público em ignorar tais ocorrências é vista por ROLNIK et al., (2005) como fundamental para a continuidade de tais práticas, pois segundo o autor: " Com a exclusão dos setores não especializados do debate público em torno da política urbana causa efeitos de alta perversidade social e urbanística. Historicamente,a inexistência da interlocução popular produziu planos e leis urbanísticas, cujos padrões e parâmetros refletem apenas a maneira como as elites se instalam na cidade, com isso podemos determinar o quanto é ampla a desigualdade afetando vários setores que envolvem a sociedade. (ROLNIK et al., 2005)." Percebe-se, portanto que esse processo ocorre em cidades em todo o Brasil, pois faltam políticas públicas e fiscalização efetiva que dê a real atenção a tal fenômeno pois os governos municipais mostram se incapazes de acompanhar o ritmo acelerado da expansão urbana e não possuem capacidade técnica e financeira para que projetos de prevenção e de conformidade ambiental sejam implementados seriamente nos municípios. Assim como afirma WALCACER, (1981), p. 150. (...) Não era raro que as Prefeituras só viessem a tomar conhecimento de um loteamento quando muitas casas já estavam construídas. [...] os projetos de loteamentos submetidos a aprovação [...] costumavam guardar pouca relação com a realidade [...] [Nas prefeituras com recursos escassos] inteiramente despreparadas para sua função de disciplinar o uso do solo urbano, os projetos eram submetidos pró-forma [...] (WALCACER, 1981, p. 150). Sobre esse processo e quanto a ações necessárias para diminuir os conflitos sociais e impactos ambientais (Fig.10) MOTTA et al., (2002) acredita que: A degradação ambiental associada às estratégias de sobrevivência das populações de menores recursos das cidades tem origem nas condições socioeconômicas e na falta de opções a lugares acessíveis a moradia. Tornando assim em um aumento constante na degradação, advindo do grande crescimento desordenado das cidades, com isso a noções abrangente e abstrata como desenvolvimento urbano sustentável são referências condutoras de políticas e práticas, devendo ser flexíveis e socialmente construídas, isto é, resultantes da compreensão dos conflitos e embates presentes nos processos de expansão e transformação urbana (MOTTA et al., 2002). A não existência de rede de esgotos, a ineficiência na coleta de lixo e a insalubridade do solo, do ar, e dos lençóis freáticos dessa região tem sido responsável por inúmeros casos de doenças transmitidas por vetores, pois principalmente a ausência de rede de esgoto faz com que as casas próximas ao manancial despejem ai os seus resíduos, enquanto que as residências mais afastadas ainda façam uso de fossas sépticas. Mas essa prática segundo SANTOS, (1993) acontecem por que: "Devido à diferença de grau e de intensidade, todas as cidades brasileiras exibem problemáticas parecidas, independente do seu tamanho, tipo de atividade, região em que se inserem e outras. Esses elementos são os diferenciais, mas todas elas possuem problemas como os do emprego, dos transportes, do lazer, da habitação, água, esgotos, educação e saúde,são preocupantes de forma generalizada e relevam enormes carências, quanto maior a cidade,mais visíveis se tornam esses elementos (SANTOS, 1993)." Mas, partindo da interpretação de Fernandes (2002) (p. 244) que acredita que essas características se agravam através dos processos de segregação humana que se dá nos campos espacial, nas relações de exclusão social e nas ações de degradação ambiental. Para o autor mudanças são: “[...] necessário e urgente [considerando] que mais de 80 % da população total estão vivendo atualmente nas cidades. [...] o modelo urbano industrial já provocou mudanças sócio espaciais drásticas no Brasil, bem como conseqüências ambientais muito graves, cujas implicações podem ser tecnicamente comparadas aos efeitos das grandes catástrofes naturais.” Fernandes (2002) (p. 244) A partir dos pressupostos apresentados ao longo do texto, percebe-se que os motivos da desordem urbana instalada que resulta : no índice de desemprego crescente; no colapso da infra-estrutura urbana (água, energia elétrica e telefonia); a ineficiência de transporte coletivo urbano; no descaso para com a conservação da rede pluvial,na falta de atenção com a coleta de lixo e tratamento final de efluentes sanitários e resíduos urbanos; na precariedade do atendimento à população por escolas , atendimento e equipamentos de saúde, são consequências da ausência de políticas públicas concretas, efetivas e preventiva que promova ações e projetos voltados para resolver esses conflitos sociais além de outros como: o aumento da violência; a destruição da cobertura vegetal , a contaminação de mananciais hídricos. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento desse estudo foi muito importante por que permitiu a equipe de pesquisa, acadêmicos do Curso de tecnologia em gestão ambiental da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR – colocar em prática os conhecimentos teóricos oferecidos pela mesma. Durante a sua execução foi possível perceber os impactos ambientais causados no loteamento Redentora, localizado no município de Paranaiba, pela expansão urbana que acontece naquela área sem planejamento e de forma aleatória. A falta de planejamento e a ausência de saneamento básico é um dado bastante preocupante, pois coloca em risco a saúde daquela população. Porém o fato que mais nos chamou a atenção foi à falta de políticas públicas e de fiscalização dos órgãos competentes sobre o alto grau de degradação que aquele bioma vem sendo alvo nos últimos anos. Por ser uma área ás margens de mananciais hídricos, a ocupação humana deveria ser restrita, pois a maioria do espaço que se encontra ocupado deveria ter sido preservado por se tratar de APP ( Área de Preservação Permanente) o que foi percebido pela equipe devido as suas condições anteriores e as características que ainda conserva em trechos pontuais ao longo do leito do rio. Percebemos também que há uma necessidade urgente de intervenção por parte dos responsáveis pela secretaria do meio ambiente do município, na produção e execução de projetos voltados a refrear a degradação e também normatizar e legalizar as relações ali existentes, pois se nenhuma providencia for tomada aquele bioma estará fadado à destruição total. 4. DADOS BIBLIOGRAFICOS CONAMA. Resolução 001 de 23 janeiro de 1986.Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. Disponível em:http://www.pucgoias.edu.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/IMPACTOS%20S%C3%93CIOAMBIENTAIS%20PROVOCADOS%20PELAS%20OCUPA%C3%87%C3%95ES%20IRREGULARES.pdf Acesso em 13de Nov. de 2012. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução CONAMA nº. 001 (20/01/1986). – Disponível em: www.mma.gov.br/conana. Acesso 13/11/201. CARLOS, Ana Fani Alessandri; LEMOS Amélia Inês Geraïges. Dilemas Urbanos: Novas Abordagens sobre a Cidade. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2005. Disponível em:http://www.geo.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo11/075.pdf. Acesso em 13de Nov. de 2012. Direito urbanístico: uma visão sócio-jurídica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos / IBAM,1981. Disponível em: http://www.xienanpur.ufba.br/352.pdf. Acesso em 13de Nov. de 2012 FERREIRA, D. F. Impactos sócio-ambientais provocados pelas ocupações irregulares em áreas de interesse ambiental – Goiânia – GO: Artigo (Pós-graduandos em Gestão Ambiental). Universidade Católica de Goiás, 2005.disponível em :http://www.pucgoias.edu.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/IMPACTOS%20S%C3%93CIOAMBIENTAIS%20PROVOCADOS%20PELAS%20OCUPA%C3%87%C3%95ES%20IRREGULARES.pdf. Acesso em 13de Nov. de 2012. FERNANDES, E. Estatuto da cidade: o grande desafio para os juristas brasileiros. In CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO URBANÍSTICO, 2., 2002, Porto Alegre. Anais... Porto alegre: Editora, 2002. Disponível em:http://www.xienanpur.ufba.br/352.pdf Acesso em 13de Nov. de 2012 GIUDICE, Dante Severo. Impactos Ambientais em área de ocupação espontânea: (exemplo do bairro do Calabar,Salvador-BA). Salvador, 1999. Dissertação de Mestrado. Disponível em:http://www.geo.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo11/075.pdf. Acesso em 13de Nov. de 2012. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS IBGE -Disponível em:http://adrenaline.uol.com.br/forum/papo-cabeca/377018-ibge-brasil-dobra-numero-de-moradores.html . Acesso em 13de Nov. de 2012 MOTTA, D.M.Gestão do Uso do Solo Disfunções do Crescimento Urbano, Volume 1: Instrumento de Planejamento e Gestão Urbana em Aglomerações Urbanas: Uma análise Comparativa, Brasília, 2002. Disponível em:http://www.pucgoias.edu.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/IMPACTOS%20S%C3%93CIOAMBIENTAIS%20PROVOCADOS%20PELAS%20OCUPA%C3%87%C3%95ES%20IRREGULARES.pdf . Acesso em 13de Nov. de 2012. Os números populacionais do IBGE para Paranaíba. São piores que a média nacional. Disponível em: http://www.jornaltribunalivre.com/index.php?id=1291282595 . Acesso em 13 de nov. de 2012. ROLNIK, R. Estatuto da cidade guia para implementação pelos municípios e cidadãos, Brasília, 2005. SANTOS, M. A Urbanização Brasileira, São Paulo, 1993.Disponível em :http://www.pucgoias.edu.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/IMPACTOS%20S%C3%93CIOAMBIENTAIS%20PROVOCADOS%20PELAS%20OCUPA%C3%87%C3%95ES%20IRREGULARES.pdf . Acesso em 13de Nov. de 2012. Síntese das Informações de Paranaíba (MS) Disponível em:http://www.informacoesdobrasil.com.br/dados/mato-grosso-do-Sul . Acesso em 13 de Nov. de 2012. WALCACER, Fernando. A nova lei de loteamentos. In: PESSOA, Álvaro (Coord.). Direito urbanístico: uma visão sócio-jurídica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos / IBAM,1981.Disponível em : http://www.xienanpur.ufba.br/352.pdf . Acesso em 13de Nov. de 2012 http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/abril/ecod-basico-area-de-preservacao-permanente-app#ixzz2CDugF0S6
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