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Aulas Anotadas ― Execução (1ª aula)

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TEORIA GERAL DA TUTELA EXECUTIVA 
 
1. CONCEITO DE EXECUÇÃO 
É a prática de atos dispostos pelo Estado para realizar materialmente o direito declarado no 
título. Quando se pensa em execução não se pretende conferir ou declarar direitos, visto que 
objetivasse a efetivação do que já foi decidido, outorgado. Ressalte-se que na execução a tutela não é 
bipolar como na tutela cognitiva. Por fim perfaz-se a necessidade de sanções que são capazes de 
colaborar para a realização do direito material. 
 
2. ESPÉCIES DE EXECUÇÃO 
2.1. Quanto à origem do título e a forma como não 
executados: 
a) títulos judiciais¹ (art. 515, CPC) 
São aqueles produzidos no curso de um processo 
por meio de atividade jurisdicional ou paraestatal. Tais 
títulos, em regra, devem ser executados através de 
cumprimento de sentença, ou seja, no mesmo 
processo cognitivo que originou o título. 
 
b) títulos extrajudiciais (art. 784, CPC) 
São aqueles que possuem eficácia executiva decorrente de obrigações constituídas fora de uma 
relação processual, a execução de tais títulos acontece em processo autônomo, ou seja, aquele que 
provoca a jurisdição para obter a tutela satisfativa. 
 
2.2. Quanto à autonomia: 
a) Execução autônoma²: 
b) Execução sincrética³: 
 
2.3. Quanto à natureza da obrigação apresentada em juízo: 
a) Execução de pagar quantia (513 e 824, CPC) 
Ex. de Alimentos (528 e 911, CPC) 
Ex. Contra a Fazenda Pública (534 e 910, CPC) 
Ex. pela Fazenda Pública (Lei 6.830/80) 
__ 
1. Sentença • Decisão 
Interlocutória • Sentença 
Penal • S. Arbitrária • Decisão 
paraestatal • Decisão de 
Equivalente Jurisdicional. 
__ 
2. títulos judiciais ↔ execução sincrética 
3. títulos extrajudiciais ↔ execução autônoma 
b) Ex. de entregar coisa (art. 538 e 806, CPC) 
 
c) Ex. de obrigação de fazer e não fazer (536 e 814, CPC) 
 
2.4) Quanto à estabilidade do título: 
a) Definitiva 
É a execução que permite todos os atos 
coercitivos sancionatórios, pois o título não é 
mutável. 
 
b) Provisória 
A lei impõe certos obstáculos que garantem a 
possibilidade de reversão da execução, pois o 
título ainda é discutível
3. PRINCÍPIOS 
3.1) NULLA EXECUTIO SINE TITULO 
• 515 e 784, CPC; 
• Flexibilização com a execução provisória e c/ a cognição sumária. 
 
3.2) PATRIMONIALIDADE ou RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 
• Os bens do devedor respondem pelo crédito; 
• Prisão Civil. 
 
3.3) DISPONIBILIDADE ou DESFECHO ÚNICO 
• Busca do crédito; 
• Não se fala em mérito; 
• Disponibilidade do exequente DESISTIR da execução. 
 
3.4) MÁXIMA EFETIVIDADE4 e DA MENOR ONEROSIDADE5 
• Art. 797 CPC; 
• Art. 805, CPC; 
• Dignidade / boa-fé / questão patrimonial. 
 
__ 
4. A execução se realiza em favor ou interesse do credor. Desse modo, a intenção da execução é que atos coercitivos 
alcancem o crédito tutelado; 
5. Também conhecido como menor sacrifício para o devedor, tal princípio prevê que quando for possível a satisfação do 
crédito por um meio igualmente vantajosos para o credor, a execução será feita pelo meio menos gravoso. 
3.5) ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS 
• Poder geral executivo do juiz p/ comprimento da obrigação; 
• Art. 536, § 1º, CPC e 139, LV, CPC. 
 
3.6) ESPECIFICIDADE DA EXECUÇÃO 
• Espécie de obrigação 
 
3.7) LEALDADE PROCESSUAL 
• Art. 772 e 774, CPC. 
 
3.8) RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO EXEQUENTE 
• Art. 776 e 520, I, CPC 
 
ANOTAÇÕES

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