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“Conhecer os efeitos biológicos dos raios-x é fundamental para usar a radiação como um meio seguro de auxiliar de diagnóstico.” A radiação provoca efeitos deletérios ao organismo, independentemente da quantidade de exposição. Não se conhecem, com precisão, os efeitos biológicos da radiação para pequenas doses tanto para desenvolver uma lesão (nível somático), como para provocar mutação (nível genético). Efeitos somáticos – afetam apenas o indivíduo que foi exposto Efeitos genéticos – são aqueles que podem ocorrer nos descendentes dos indivíduos irradiados devido à irradiação das células germinativas (FENYO-PEREIRA, 2013). Roentgen - morreu de câncer de duodeno em 1923 Edmond Kells – sofreu várias amputações (WHITE; PHAROAH, 2007) Classificação: Efeitos DETERMINÍSTICOS somáticos Efeitos ESTOCÁSTICOS somáticos Efeitos ESTOCÁSTICOS genéticos Efeitos determinísticos somáticos: São os efeitos deletérios para o corpo de uma pessoa. Ex.: eritema e catarata. Efeitos estocásticos somáticos: São aqueles que podem se desenvolver. Seu desenvolvimento é aleatório. Ex.: Leucemia e certos Tumores. São efeitos produzidos no feto ou embrião pela exposição durante a gestação Direta – a ação da radiação faz-se diretamente sobre a célula, quebrando ligações químicas de moléculas biológicas Indireta – mecanismo da radiólise O principal risco associado a exames de radiodiagnóstico é a ocorrência de efeitos estocásticos, principalmente efeitos genéticos e carcinogênese, sendo muito raro o desencadeamento de efeitos determinísticos, como queimaduras. O risco de indução de câncer fatal por uma radiografia panorâmica de 1: 1.000.000 e por uma radiografia intra- oral de 1: 10.000.000. (ABBOT, 2000) Armazenamento dos filmes radiográficos e líquidos processadores Observar prazo de validade Armazená-los em geladeira ou em lugares livres de alta temperatura , protegidos de luzes e distante da área onde se utilizam as radiações X Processamento químico adequado dos filmes radiográficos (caixa portátil deve vedar a entrada de luz; soluções químicas devem ser trocadas periodicamente ) Arquivamento dos exames radiográficos (cartelas plásticas flexíveis e transparentes, identificadas e datadas ) Manutenção periódica Filtro de alumínio (tem a finalidade de barrar os raios x que apresentam comprimentos de ondas maiores ; esse tipo de radiação não é capaz de atravessar as estruturas anatômicas e sensibilizar os filmes radiográficos , entretanto aumenta a dose de radiação recebida pelo paciente) Aparelhos radiográficos Colimador ou diafragma – restringe as áreas expostas á radiação, limita a produção de radiação secundaria “a área exposta aos raios x na face do paciente não deve ser ter mais de 7 cm de diâmetro ou 6 cm na extremidade do localizador”. Aparelhos radiográficos Os marcadores de tempo, ou timer, devem ser eletrônicos Os aparelhos atuais não devem ser inferiores a 70kvp (portaria 453/98) Aparelhos radiográficos Posicionadores de filmes periapicais e interproximais devem, sempre que possível, ser utilizados Técnica do paralelismo – menos exposição da face Utilizar filmes radiográficos de maior sensibilidade (filmes E e F) Avental e colar plumbíferos PROTEÇÃO DO PACIENTE Distância de 2m Biombos de chumbo Nunca segurar o filme na boca do paciente Uso de dosímetros Proteção do operador Proteção do operador Proteção do meio ambiente Feixe de radiação primário incida em direção a parede Líquidos processadores não devem ser dispensados no esgoto VÍDEO Evitar repetições Observação do paciente durante o exame radiográfico Crianças e pacientes especiais Dificuldades anatômicas “O principal risco é a contaminação por saliva nas áreas de trabalho e equipamentos.” Infecção viral causada por hepatite B Vírus da Imunodeficiência adquirida Tuberculose Feridas frias causadas pelo vírus do Herpes Simples Rubéola; Sífilis; Difteria; Caxumba; Gripe Uso de luvas em todos os procedimentos, trocadas a cada paciente Uso de Óculos de proteção Filmes com proteção de PVC Todos os posicionadores para filmes/blocos de mordida/ aletas de mordidas/ devem ser lavados e depois autoclavados Apesar de o risco ser muito baixo, é importante considerar que os efeitos da radiação podem ser acumulativos; por isso, todos os dentistas têm a responsabilidade profissional com seus pacientes, sua equipe e a si mesmo de minimizar todos os riscos que possam estar associados à radiação. ABBOTT, Paul. Are dental; radiographs safe?. Australian dental journal, v. 45, n. 3, p. 208-213, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Portaria nº 453. Brasília/DF: Diário Oficial da União, 1998 FENYO-PEREIRA, M. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. São Paulo: Santos, 2013.
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