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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA Professor: Leopoldino “Júnior” e-mail: leopoldinojunior@faculdadescearenses.edu.br CURRÍCULO: • Graduado em Ciências Contábeis – Unifor • Pós Graduado em Controladoria e Finanças – Cv&C Ateneu • Analista de Custo / Coordenador Adm e Financeiro do Hospital Regional da Unimed • Gerente de Controladoria – Sistema Jangadeiro de Comunicação • Diretor Financeiro do São Camilo – Cura D’ars Pensamento: “Ninguém conhece tudo, Ninguém ignora tudo, Ninguém jamais conhecerá tudo, Ninguém jamais ignorará tudo, Por isso a vida é um eterno aprender.” Paulo Freire Disciplina: Planejamento Financeiro UNIDADE I CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES Empresa Introdução É a atividade econômica explorada pelo empresário, constituída pela produção e circulação de bens e serviços para o mercado; A empresa pode ser exercida pelo empresário individual (pessoa física). O Patrimônio do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. Ou pela sociedade empresarial (pessoa jurídica), normalmente sob a forma de sociedade limitada ou anônima. (com responsabilidade total ou parcial) Empresa De acordo com o art. 972 C.C, são proibidos de exercer atividade empresarial: Funcionários públicos; Militares da ativa (forças armadas) e policiais militares; Deputados e Senadores, que possuam contratos com o Estado; Magistrados e Membros do Ministério Público; Os Leiloeiros; Diplomatas de países estrangeiros no Brasil (salvo cônsules honorários); Os falidos, enquanto não reabilitados, etc.. Empresa Cônsules Honorários: Os Cônsules honorários poderão ser cidadãos brasileiros ou estrangeiros com disposição de agir, nos meios locais, em favor dos interesses do Estado brasileiro e de seus nacionais e que mantenham vínculos com o Brasil e, sobretudo, com a comunidade brasileira local. O exercício das funções consulares honorárias são de caráter gracioso, nada rercebendo o Cônsul honorário pelos serviços prestados. Classificação de Sociedades Origem A origem da sociedade empresarial deu-se no momento em que o homem percebeu que determinadas tarefas poderiam ser desenvolvidas de maneira mais eficiente se fossem realizadas por duas ou mais pessoas em comunhão de esforços e objetivos. No direito romano, houve as primeiras legislações a esse respeito. Na idade média –mercantilismo – surgiu o modelo mais próximo do que hoje se entende por sociedade empresarial. No renascimento – bastava para o ingresso na sociedade, a contribuição financeira, surgindo assim as sociedades de capitais. Classificação de Sociedades Introdução Sociedade é o acordo consensual em que duas ou mais pessoas se obrigam a conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim comum; Contratos: É o consenso entre pessoas que se comprometem a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômico, buscando a partilha, entre si, dos resultados auferidos. Classificação de Sociedades * Deve-se avaliar quanto a responsabilidade dos sócios: Não há como classificar a responsabilidade da empresa de acordo com a responsabilidade da sociedade, pois todas tem responsabilidades ilimitadas pelas suas obrigações. A classificação é feita de acordo com a responsabilidade dos sócios. Classificação de Sociedades SOCIEDADE ILIMITADA: SOCIEDADE LIMITADA: Classificação de Sociedades SOCIEDADE MISTA: SOCIEDADE DE CAPITAL: Classificação de Sociedades Define-se: “a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta”. Classificação de Sociedades ESPÉCIES DE AÇÕES: Classificação de Sociedades ESPÉCIES DE AÇÕES: Classificação de Sociedades ESPÉCIES DE AÇÕES: Classificação de Sociedades As diferenças entre LTDA e S.A.: Desde o capital social da empresa até os votos e a divisão dos lucros, existem muitas diferenças entre empresas de Sociedade Limitada (Ltda) e Sociedade Anônima (SA). Veja abaixo quais são elas em 4 elementos que compõem uma organização. Classificação de Sociedades 1. Regulamentação: As empresas de Sociedade Limitada (Ltda) são reguladas pelo Código Civil. Já as Sociedades Anônimas (SA) seguem o disposto na Lei 6.404/76, que dispõe sobre as sociedades por ações. Classificação de Sociedades 2. Capital Social: Nas empresas de Sociedade Limitada, o capital social é dividido através de cotas definidas em contrato social e distribuídas entre os sócios. Já no caso da Sociedade Anônima, o capital é dividido através de ações. Em ambos os casos a responsabilidade passa a ser proporcional ao capital investido pelos empreendedores, inclusive em caso de futuras dívidas. Classificação de Sociedades 3. Administração: A Sociedade Limitada possibilita que a administração seja feita por uma ou mais pessoas, desde que esteja previsto em contrato. Além disso, a Ltda também pode ser administrada por profissionais qualificados em gestão de empresas, mesmo que eles não sejam sócios. Para que isso ocorra, também deve estar estipulado no contrato social. Não há necessidade de prazo de mandato para os administradores. Classificação de Sociedades 3. Administração: Já a lei da Sociedade Anônima prevê transitoriedade no cargo. Ou seja, tanto diretoria quanto conselho não podem permanecer mais de três anos nos cargos sem que haja uma votação para os cargos. No entanto, a reeleição é permitida. Os administradores podem ser profissionais da área de administração de empresas, mesmo que não façam parte do grupo de acionistas, mas deve haver o cumprimento da lei. Classificação de Sociedades 4. Direito a voto: Na Sociedade Ltda, o direito a voto é proporcional ao número de cotas de cada membro, e cada cota dá direito a um voto. Na Sociedade Anômia, o sistema é parecido: o voto acontece por meio de ações ordinárias nominativas. Quanto maior esse número, maior a responsabilidade do acionista em relação ao poder administrativo. Classificação de Sociedades 4. Direito a voto: Participação nos lucros: Na Sociedade Limitada, se não houver nenhuma decisão prévia estipulada em contrato, irá prevalecer a decisão da maioria. Os lucros podem ser utilizados para investimentos ou distribuídos entre os sócios da empresa (Atentar para legislação específica). Já na Sociedade Anônima a divisão dos lucros está prevista em lei, e é feita obrigatoriamente em função de uma parcela estabelecida em estatutos. Estar em dia com o fisco também é uma exigência para a distribuição. “Se a empresa tiver débitos de tributos federais vencidos não poderá distribuir lucros ou dividendos”. Classificação de Sociedades Quais são as diferenças entre Eireli, sociedade limitada e empresário individual? EMPRESA DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI) A pessoa física que exerce atividade econômica sem sócios pode abrir uma Eireli. A principal diferença é que em caso de dívidas, o patrimônio pessoal do empresário não será usado para o cumprimento das obrigações. Resumindo, há uma separação dos bens pessoais dos da empresa. O capital social mínimo exigido para a abertura de uma empresa de responsabilidade limitada (Eireli) é de 100 salários mínimos. Classificação de Sociedades SOCIEDADE LIMITADA Para se abrir uma sociedade limitadaé necessário ter pelo menos um sócio. Em caso de dívidas, os sócios responderão também com seus bens pessoais, dentro da sua parcela na sociedade. Por exemplo: se há dois sócios e cada um deles responde com 50% na sociedade, em caso de dívidas, eles dividirão ao meio a responsabilidade de pagamento. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Assim como na Eireli, a pessoa física não precisa de sócios para abrir a sua empresa. Porém, em caso de dívidas, seus bens privados serão usados para os devidos pagamentos aos credores. Isso também vale para dívidas pessoais, em que bens da empresa podem ser usados para quitá-las. Se o empresário for casado em comunhão de bens, os bens do seu cônjuge também podem servir como pagamento. UNIDADE II Avaliação de Investimentos (Método de Custeio e Método da Equivalência Patrimonial) Avaliação dos Investimentos Os investimentos DO ATIVO PERMANENTE podem ser avaliados pelo método do custo de aquisição, atendendo ao Princípio do Registro pelo Valor Original, ou pelo método da equivalência patrimonial (MEP). O investimento é classificado no Ativo Permanente quando a intenção da empresa é mantê-lo no patrimônio no longo prazo (além do término do exercício seguinte). Método de Custo Baseia-se no fato de que a investidora registra somente as operações ou transações baseadas em atos formais, pois de fato, os dividendos são registrados como receita no momento em que são declarados e distribuídos; Por esse método, os investimentos são registrados pelo custo de aquisição, sendo admitido a revisão desse valor ao longo do tempo, deduzido das provisão para perdas. Custo de Aquisição??? O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido na transação, relativa ao aumento de capital, acrescidos dos encargos, como corretagens, tributos e etc. Método de Custo Segundo estipulação da Lei n° 6.404/76, deverá ser constituída uma provisão para cobrir as perdas prováveis na realização do valor do investimento quando comprovadas como permanentes. Normalmente, para determinar se uma empresa investidora tem perdas com seus investimentos em outras sociedades, é necessário saber qual a situação dessas outras sociedades. Para tanto, a base normal é obter as demonstrações contábeis dessas empresas e apurar o valor patrimonial dessas ações possuídas, para comparar com o valor registrado na conta de investimentos da investidora. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL O conceito básico do método da equivalência patrimonial é fundamentado no fato de que os resultados (positivos ou negativos) sejam reconhecidos (contabilizados) na investidora no momento de sua geração na investida, independentemente de serem ou não distribuídos por esta. A sistemática adotada pelo MEP contempla o fato econômico (Regime de Competência), que é a geração dos resultados, e não a formalidade de sua distribuição (Regime de Caixa). Aplicação do MEP É o reconhecimento pela investidora da variação sofrida no patrimônio líquido da investida, para um determinado período. O cálculo dar-se-á mediante a aplicação do percentual total de participação (X%), (que a investidora possui no capital social da investida), sobre o Patrimônio Líquido das empresas na qual a investidora tenha investimentos (PL). Ou seja, Classificação Quanto a Participação Participação direta; Participação indireta; Participação direta A D B C 20% 40% 60% Classificação Quanto a Participação Participação direta; Participação indireta; Participação indireta A D B C E 80% 70% 60% 40% 20% 30% Participação indireta de A em E Comparação entre os métodos A grande distinção entre o método de equivalência patrimonial e o método de custo pode ser vista a seguir: a) Método de Custo No método de custo, como verificado, os investimentos são avaliados ao preço de custo, menos provisão para perdas permanentes. Dessa forma, no método de custo não importa a geração efetiva dos lucros ou reservas, mas as datas e os atos formais de sua distribuição. Assim, deixa-se de reconhecer na empresa investidora os lucros e reservas gerados e não distribuídos pela coligada ou controlada. b) Método da Equivalência Patrimonial O conceito do método da equivalência patrimonial é baseado no fato de que os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma controlada ou coligada devem ser reconhecidos (contabilizados) no momento de sua geração, independentemente de serem ou não distribuídos. Comparação entre os métodos PATRIMÔNIO LÍQUIDO XXXX Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucro Ajustes de Valores Patrimoniais (-) Ações em Tesouraria (-) Prejuízos Acumulados RESULTADO DO EXERCÍCIO DESTINAÇÃO DOS RESULTADOS - DIVIDENDOS MÉTODO DE CUSTO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Classificação dos investimentos - MEP Investimentos avaliados pelo MEP de acordo com a Lei 6.404/76: Investimento em coligada Investimento em controlada Sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. Investimentos avaliados pelo MEP de acordo com o CPC 18(R2) Investimento em coligada Investimento em controlada Empreendimento controlado em conjunto (Joint Venture: ASSOCIAÇÃO SEM CARÁTER DEFINITIVO, PARA A REALIZAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO COMERCIAL - CONSÓRCIO) Avaliação pelo - MEP Empresas coligadas São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa na administração da investida. (art. 243, 1° - Lei nº 11.941/09 e CPC 18 (R2)). Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la (art. 243, 4°) Avaliação pelo - MEP Considera-se evidência de influência significativa na administração da coligada, quando: Quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la (art. 243,5°). A investidora fornecer assistência ou informações técnicas essenciais para as atividades da investida; Quando há o intercâmbio de diretores ou gerentes da investidora com sua investida; Há o uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos entre a investidora e sua investida. A investidora receber com afinco permanente da investida, informações contábeis detalhadas, bem como de planos de investimentos; Avaliação pelo - MEP Considera-se evidência de influência significativa na administração da coligada, quando: A investidora possuir participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições; A investidora possuir representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; A investidora poder eleger ou destituir pelo menos um dos administradores da investida; A investida tiver significativa dependência tecnológica e/ou econômica de sua investidora; Avaliação pelo - MEP Verdadeiro ou Falso para a classificação como Coligada: A empresa A possui 20% das ações ordinárias e 25% das ações preferenciais da empresa B; ( ) A empresa C possui 18% das ações ordinárias e 20% das preferenciais da empresa D; ( ) A empresa C possui 19% das ações ordinárias e 10% das preferenciais da empresa D, as duas tem em comum o gerente financeiro; ( ) A empresa E possui 15% das ações ordinárias e 30% das preferenciais da empresa F. A investidora possui representação na diretoria da investida; () Avaliação pelo - MEP Preencha corretamente e assinale qual pode usar o MEP: Empresas investidas B D F Quantidade das ações ordinárias 300.000 500.000 400.000 Quantidade das ações preferenciais 200.000 300.000 200.000 ======= ======= ======= Quantidade total das ações 500.000 800.000 600.000 Empresas investidoras A C E Quantidade de ações ordinárias possuídas 60.000 90.000 60.000 Quantidade de ações preferenciais possuídas 50.000 30.000 60.000 ======= ======= ======= Quantidade total das ações possuídas 110.000 120.000 120.000 Percentual de participação nas investidas % de participação nas ações ordinárias % de participação nas ações preferenciais % de participação total no capital das investidas Avaliação pelo - MEP Empresas controladas São aquelas em que a investidora detém, direta ou indiretamente, a maioria do capital social votante da investida de forma que lhe seja assegurado de modo permanente, o poder de eleger a maioria dos administradores e a preponderância nas decisões sobre políticas financeiras e operacionais da investida. Avaliação pelo - MEP Marque (Verdadeiro ou Falso) para as situações aonde temos empresas Controladora: A empresa A possui 48% das ações ordinárias e 62% das ações preferenciais da empresa B; ( ) A empresa C possui 90% das ações ordinárias e 45% das preferenciais da empresa D; ( ) A empresa E possui 20% das ações ordinárias e 95% das preferenciais da empresa F. ( ) A empresa E possui 81% das ações ordinárias e 93% das preferenciais da empresa F. ( ) Avaliação pelo - MEP Quais as empresas que a Investidora A possui investimento, que podem ser avaliadas pelo MEP? A B C 100% 90% A Controla ? Avaliação pelo - MEP Quais as empresas que a Investidora A possui investimento, que podem ser avaliadas pelo MEP? A 20% 40% B C 70% D 40% A pode avaliar pelo MEP as empresas ?? Avaliação pelo - MEP Exercício: 1) As empresas B, C e D investiram em A. Determine a classificação das sociedades e quais serão avaliadas pelo MEP. a) Capital Social de A 800.000 – Ações preferenciais no valor de R$10,00 800.000 – ações ordinárias no valor de R$ 10,00 b) Empresa B: ______________ e _______________ 480.000 – ações ordinárias c) Empresa C: ______________ e _______________ 260.000 – ações ordinárias 740.000 - ações preferenciais d) Empresa D: ______________ e _______________ 60.000 – ações ordinárias 60.000 – ações preferenciais Avaliação pelo - MEP Sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. Quando um grupo empresarial composto por diversas controladas que detenham participações pequenas em outras sociedades, as quais estão sob o mesmo comando, independentemente dessas participações conferirem ou não a seus detentores influência significativa, o método de equivalência patrimonial deve ser aplicado. Art. 265 da Lei 6.404/76 Avaliação pelo - MEP Sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum, nesse caso A é controladora? A D B C E 100% 90% 80% 25% 5% 15% 10% Cálculo da Participação de A em E = Quadro Resumo v v v v v Atenção! A legislação fiscal (art. 384 do RIR/99) determina que serão avaliados pelo método do patrimônio líquido das investidas, os investimentos relevantes em: [1] sociedades controladas; e [2] sociedades coligadas sobre cuja administração o investidor tenha influência ou de que participe com vinte por cento ou mais no capital social; Tal definição pode estar em desacordo com a Lei das S.A., pois, pode se ter um investimento avaliado por equivalência patrimonial, para efeitos societários, por estar sob um controle comum, mas não se encontrar como coligada ou controlada, para efeitos fiscais; Nesses casos SEMPRE respeitar em primeiro lugar a LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA e ajustar à parte fiscal. EXERCÍCIO 01 1. A investidora possui 30% das ações da investida avaliadas pelo MEP em 9.000. No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de 5.000. Qual o resultado da equivalência patrimonial. D.R.E PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA INVESTIDA ANTES DA APURAÇÃO DO RESULTADO: RESULTADO DO EXERCÍCIO: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINAL DA INVESTIDA: PARTICIPAÇÃO DA INVESTIDORA: VALOR CONTÁBIL DO INVESTIMENTO: RESULTADO DO MEP: UNIDADE III Avaliação do Ativo Imobilizado Conceito É considerado um bem que será mantido por uma empresa para que possa ser usado no fornecimento de mercadorias, serviços, locação de terceiros ou administrativa, que serão usados por mais de um período na empresas. Conforme estabelece o inciso IV, artigo 179, da Lei nº 6.404/1976, considera-se Ativo Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da companhia. Conceito Seu custo de aquisição em caso de compra de terceiro é determinado pelo valor de aquisição, mais os gastos englobado, tais como: instalação, gasto com transporte, prêmios de seguro pelo transporte, se for necessário, gasto com transferência do bem, etc. São classificados também no ativo imobilizado, os recursos aplicados na aquisição de bens não destinados a alugueis, que ainda não estão em operação, exemplo disso temos as construções em andamento, importações em andamento. Reconhecimentos do Ativo Segundo CPC (comitê de pronunciamentos contábeis) 27, será reconhecido um ativo imobilizado quando: • For provável que a empresa venha usufruir de recursos econômicos futuros na utilização do bem. • O valor do ativo poderá ser medido de forma confiável 1. O primeiro critério é avaliar o grau de certeza que o bem irá trazer, benefícios econômicos futuros. Reconhecimentos do Ativo 2. Um segundo critério para reconhecimento será o custo do ativo. Peças e equipamentos de serviços são mantidos em estoque e reconhecidos como despesas, assim é dado baixa quando forem consumidos. No entanto, as peças sobressalentes e equipamentos que forem usados por mais de um período ou usados exclusivamente na reposição de um determinado item do ativo imobilizado devem ser reconhecidos no ativo imobilizado. Reconhecimentos do Ativo 3. Um terceiro item garante que o ativo imobilizado deve ser revisado periodicamente para verificar se o valor real é menor que o valor contábil a fim de contabilizar provisão para perdas. 4. Um quarto item será identificar os tributos pagos na aquisição de bens do imobilizado, quando não há tributos recuperáveis, eles devem fazer parte do custo de aquisição. 5. As contribuições sociais incidentes sobre o faturamento ou receita bruta do valor das importações pagas pela pessoa jurídica na aquisição de bens destinados ao ativo imobilizado, deverão ser acrescidas ao custo, conforme art. 32 da Lei 10.865/2004. Perante a legislação do Imposto de Renda (PN CST nº 02/79), o imposto de transmissão na aquisição de bens imóveis (ITBI) pago pela pessoa jurídica na aquisição de bens do ativo imobilizado poderá, ao seu critério, ser registrado como custo de aquisição ou deduzido como despesa operacional. Imobilizados em Operação Nesta conta vamos classificar alguns exemplos de ativos imobilizados, lembrando que apenas serão considerados na nova lei os tangíveis. Terrenos: São registrados os valores relativos as propriedades da empresa onde são utilizados a operação dela, como: os terrenos onde se localiza a fábrica, produção, administração, filiais ou depósitos. Os terrenos não utilizados a alguma produção econômica sem especificação devemser considerados como investimentos. Edificações: Edifícios em operação, imóveis ocupados pela administração, fábrica, filial, depósitos de propriedade da empresa. Na conta de edificações não deve incluir contas que fazem parte da instalação como: instalações elétricas, hidráulicas e etc. Imobilizados em Operação Instalações: São os equipamentos, materiais e custo de implantação, relativos a instalações hidráulicas, sanitárias, de vapor, de ar-comprimido, de comunicações, de climatização, etc. Máquinas e equipamentos: São máquinas e equipamentos de produção econômica que não apenas auxiliam na produção, mas são usadas diretamente para a realização de bens e serviços na empresa. Móveis e utensílios: Relativos a cadeiras, mesas, móveis, arquivos e etc, desde que tenham valor mínimo relevante e vida útil acima de 1 ano. Imobilizados em Operação • A Medida Provisória 627/2013 visando corrigir tal defasagem e atualizar as terminologias utilizadas, determina que, a partir de 2015, o custo de aquisição de bens do ativo não circulante imobilizado e intangível não poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor unitário menor que R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não superior a um ano. Veículos: Todos os veículos da empresa, que se destinem para as atividades fins da empresa, administração, vendas, transportes e etc. Ferramentas e Peças de Reposição: São ferramentas de uso ou vida útil superior a 1(um) ano, mesmo sendo aceitável elas serem lançadas no imobilizado, também podem ser lançadas como despesas de ferramentas de pequeno valor, mesmo que sua vida útil seja superior a um ano. Imobilizados em Operação Benfeitorias em propriedade de terceiros : São Classificados os valores de construções em terrenos arrendados, benfeitorias e reformas em salas alugadas para administração ou produção. As benfeitorias serão amortizadas de acordo com o período de duração do contrato. Imobilizado em andamento Construções em andamento: Nessa conta são classificados os produtos gastos na construção do imóvel o qual será destinado à produção, tanto dos gastos diretos e indiretos, assim como mão-de-obra, materiais, entre outros, até que o imóvel fique pronto para ser reclassificado na conta do imobilizado. Importações em andamento: Na conta serão registrados os gastos com importação: fretes, comissões, seguros, impostos não recuperáveis, tarifas aduaneiras, etc. Começando a partir da assinatura do contrato, até que faça o desembaraço aduaneiro dos bens importados do grupo destinado ao ativo permanente. Imobilizado em andamento Consórcios: São adiantamentos por contas de bens destinados ao ativo permanente por meio de consórcio antes mesmo do recebimento do bem. Quando adquirido, o valor do bem será transferido para a conta especificada como imobilizado em operação, onde será feito a atualização das prestações pagas, que serão reconhecidas tendo sua contra partida a conta de resultado intitulada como variações monetárias passivas. Imobilizado em andamento Custo com demolições: Caso no terreno adquirido pela empresa haja um imóvel a ser demolido, o custo total da demolição será atribuído ao terreno. Avaliações de um Ativo Imobilizado Bens adquiridos: Serão estimados pelo valor de compra do fornecedor levando em consideração todos os gastos com a aquisição do produto. Os bens adquiridos por financiamentos e empréstimos devem ser lançados apenas ao valor dos bens, não levando em consideração os acréscimos de juros ou multas, que poderão ser lançados como despesas financeiras. Bens construídos: Os custos dos bens construídos correspondem aos gastos com materiais, mão-de-obra, encargos e outros gastos diretos e indiretos, relacionado à construção incorrida até a data da colocação dos mesmos em atividade. Bens incorporados ao capital: Os bens que forem incorporados ao Patrimônio líquido da empresa para formação do capital social serão registrados pelo seu valor de avaliação, estabelecido por três peritos ou por empresa especializada e aprovado em assembleia geral (art. 8º da lei nº 6.404/1976). Custos que não Devem ser Incorporados ao Imobilizado Custo para abrir novas instalações. • Custo para introduzir um novo produto ao mercado, como propaganda e promoção; • Custo de uma nova empresa ou produto que realizara novos negócios, e com isso necessitará de treinamentos aos empregados; • Custos com a administração ou outros custos indiretos; • Custo com manutenção diária, mão-de-obra, ou peças de pequenos valores, deve ser reconhecido como resultados incorridos. DEPRECIAÇÃO A depreciação de um ativo imobilizado corresponde à diminuição do valor do bem, em desgaste por uso, por motivos de ação da natureza ou obsolescência normal. A Perda do valor dos bens dos ativos imobilizado de uma empresa pelos motivos acima, será contabilizado como custos e na conta de resultado como despesas com depreciação, que terá como contra partida a depreciação acumulada, classificadas como contas retificadoras do ativo permanente (RIR/1999, art. 305). A taxa anual de depreciação a ser registrada na contabilidade dar-se-á em função do prazo o qual o bem possa gerar benefícios econômicos a empresa. Os custos e despesas com depreciação serão contabilizados mediante a aplicação da taxa de depreciação do referido bem, que terá limite pelo próprio valor do bem. * A Receita Federal fixou as taxas aceitáveis como dedutíveis. Depreciação Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil (NBC TG 27). Quando a empresa adquire um bem de duração não superior a um ano, o valor gasto na compra desse bem não estará sujeito a depreciação, devendo ser contabilizado com despesa. • Dica: Tripé do Imobilizado Regra geral, para identificar se deve imobilizar ou não um adquirido, vocês podem utilizar o Tripé do Imobilizado: 1. Durabilidade acima de 1 ano; 2. Valor relevante, acima de R$ 1.200; 3. Praticidade de controle; Depreciação Com o advento da Lei N. 11.638/2007, as regras para fixação dos prazos, bem como as taxas de depreciações, que até então eram definidas pelo Fisco, mudaram. Agora o que prevalece para determinar as quotas de depreciação é o prazo de vida útil econômico do bem e não mais a vontade do fisco. As empresas deverão efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no Imobilizado e no Intangível. Valor Depreciável: É o custo de um ativo, menos o seu valor residual; Valor Residual: É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda; Vida Útil: a) O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; b) O número de unidades de produção ou unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. Vida útil e taxa de depreciação A partir de 1º de Jan de 2008, os critérios para se determinar os prazos de vida útil e respectivas taxas de depreciação mudaram: Agora o plano inicial de depreciação pode continuar sendo elaboradas com base nos prazos e taxas fixados pela legislação tributária, porém, periodicamente as empresas devem fazer o “teste de recuperabilidade” (impairment). O teste consiste na comparação entre o valor contábil e o valor de venda. Este teste tem por fim a revisão e o ajuste dos critérios para determinação da vida útil e do cálculo da depreciação e amortização. Resolução CFC n.1.157/2009: Para ativos destinados à venda ou realização direta em dinheiro, arecuperabilidade se dá pela comparação dos valores contábeis x vendas, ou de provável recebimento; Já para ativos destinados a uso, considera-se o valor de venda ou o valor de uso, definido como valor presente dos fluxos de caixa futuros estimado, prevalecendo o maior do dois. Vida útil e taxa de depreciação As taxas de depreciação são fixadas pela legislação do Imposto de Renda. BEM PRAZO TAXA Automóveis Transporte Mercadorias 4 anos 25% Computadores e Periféricos 5 anos 20% Motocicletas 4 anos 25% Ainda temos: Critérios para Avaliar a Vida útil do Ativo Imobilizado A utilização esperada do ativo pela empresa; Os desgastes esperados, que dependem de fatores operacionais como o número de turnos durante os quais o ativo deve ser usado, bem como o cuidado e manutenção do ativo enquanto ocioso; A obsolescência técnica proveniente de alterações ou melhoramentos na produção, ou de uma alteração no mercado de procura para o serviço ou produção derivado do ativo; Limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo. Bens que Não Podem Ser Depreciados De acordo com o RIR/1999, art. 307, parágrafo único e seus incisos, não será admitida quota de depreciação relativamente a: Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções; Prédios ou construções não alugados nem utilizados pela pessoa jurídica na produção dos seus rendimentos, bem como aqueles destinados à revenda; Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte e antiguidades; Bens para os quais seja registrada quota de exaustão; Bens de pequeno valor, devem ser contabilizados em conta de despesa; Métodos de Depreciação A depreciação pode ser contabilizado por vários métodos e por vários critérios, a entidade pode optar pelo método mais viável ao longo da vida útil do ativo. Seguem abaixo alguns métodos: Método Linear; Método da Soma dos Algarismo dos Anos; Método das Horas de Trabalho; Método das Unidades Produzidas; Métodos de Depreciação Linear: Consiste na aplicação de taxas constantes durante o tempo de vida útil estimado para o bem. Por sua praticidade, esse método é o mais utilizado no Brasil, sendo também conhecido como método das quotas constantes. Ex.: Suponhamos que o tempo de vida útil de um determinado bem tenha sido estimado em 10 anos. Nesse caso qual a taxa anual de depreciação: 100% = taxa de depreciação Tempo de vida útil No exemplo acima a taxa de depreciação será de 10% a.a Métodos de Depreciação Soma dos Algarismos dos Anos: Consiste em estipular taxas variáveis, durante o tempo de vida útil do bem, adotando-se o seguinte critério: somam-se os algarismos que formam o tempo de vida útil do bem, obtendo-se, assim, o denominador da fração que determinará o valor da depreciação de cada período. Ex. Um bem tem a vida útil estimada em 10 anos, veja o cálculo da taxa de depreciação: 1ano + 2ano + 3ano + 4ano = 10 O número 10, será o denominador da fração que determinará a taxa de depreciação de cada ano. Podemos utilizar Taxas Crescentes ou Taxas Decrescentes (há bens que nos primeiros anos apresentam alta produtividade, que vai diminuindo com o passar do tempo). Métodos de Depreciação Taxas Crescentes: 1º ano = 1/10 2º ano = 2/10 3º ano = 3/10 4º ano = 4/10 O bem foi adquirido por 30.000 e instalado para uso em jan/x1. Calcule a taxa de depreciação pelo método Crescente: Calcule a taxa de depreciação pelo método Decrescente: Taxas Decrescentes: 1º ano = 4/10 2º ano = 3/10 3º ano = 2/10 4º ano = 1/10 Métodos de Depreciação Método das Horas de Trabalho: Consiste em estipular a taxa de depreciação com base no número de horas trabalhadas em cada período. O cálculo é feito da seguinte maneira: inicialmente estima-se em horas o tempo de vida útil do bem; a taxa de depreciação de cada período será calculada proporcionalmente em decorrência do número de horas trabalhada no respectivo período. Exemplo: Suponhamos que o tempo de vida útil de uma máquina de produção industrial tenha sido fixado em 1.920 horas. Considerando que no primeiro mês a máquina esteve em uso durante 96h, veja como calcularemos a taxa de depreciação do período: Métodos de Depreciação Método das Unidades Produzidas: Consiste em estipular a taxa de depreciação com base no número de unidades produzidas pelo Bem no período. O cálculo é feito da seguinte maneira: Inicialmente estima-se a quantidade de unidades que o bem produzirá durante o tempo de sua vida útil; Em seguida, a taxa de depreciação de cada período é calculada proporcionalmente em função da quantidade de unidades produzidas no respectivo período. Métodos de Depreciação Método das Unidades Produzidas: Exemplo: Uma determinada máquina industrial tenha a sua capacidade máxima de produção estimada em 50.000 unidades. Considerando que no primeiro mês de operação produziu 200 unidades, como calcularemos a taxa de depreciação do respectivo período: * Nesse método, a taxa de depreciação deve ser revisada pelo menos ao final de cada exercício, principalmente se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto. (NBC TG 23, item 61 da NBC TG 27) Cálculos de Depreciação Regra geral a depreciação é mensal, calculando e contabilizando mensalmente. O valor da quota mensal é obtido dividindo-se o valor anual por 12 meses. A depreciação pode ser ainda normal ou acelerada, diferenciando-se pela variação na taxa de depreciação aplicável, que poderá variar conforme o número de turnos de utilização do bem a ser depreciado. Cada turno corresponde a um período de 08h, assim, para calcular a depreciação acelerada poderá ser aplicado um dos coeficientes sobre a taxa normal utilizável: Coeficiente 1,0, para um turno de 8h de operação; Coeficiente 1,5, para dois turnos de 8h de operação; Coeficiente 2,0, para três turnos de 8h de operação. Cálculos de Depreciação Exemplo: Uma Bem cuja a taxa normal de depreciação é de 10% a.a, no ano de X1, operou durante dois turnos de oito horas cada, diariamente. Nesse caso, sua taxa anual de depreciação será acelerada, calcule a taxa de depreciação acelerada: Informações Complementares I. A depreciação inicia a partir do mês que o bem for instalado, isto é, a partir do mês que começar a operar e gerar benefícios para a empresa. Se um bem foi comprado em Jan e só for instalado e começar a operar em Abr, a depreciação será iniciada em Abr; II. Ainda que o bem comece a operar no último dia do mês, para fins de depreciação considera-se o mês integral; III. Quando um bem for depreciado 100%, e continuar em uso, não haverá mais cálculo nem contabilização de depreciação, até que seja efetuada a baixa definitiva; UNIDADE III Intangível INTANGÍVEL • Os executivos conhecem a contribuição da contabilidade nas tomadas de decisões referentes a dinheiro, a lucros e a perdas. • Entretanto nas últimas décadas, tem havido mudanças drásticas no que os economistas chamam de funções produtivas das empresas. • Os ativos intangíveis estão se tornando cada vez mais importantes e com relevância em relação aos ativos em geral. INTANGÍVEL Intensa busca por uma concepção e visão nova da empresa, objetivando a criação e extração de valor. Nasce o conceito de Capital Intelectual, como forma de evidenciar e potencializar a força dos recursos não materiais (intangíveis). Década de 1980INTANGÍVEL 38% 62% 85% Ativos Intangíveis Ativos Tangíveis 62% 1982 38% 15%’ 1992* 2001** Fonte: Mislav Vučić Incremento do valor dos Intangíveis (Valor Contábil - USA) * Brookings Institute **Baruch Lev Analysis of S&P 500 Companies INTANGÍVEL CONCEITO - Considera-se intangível os direitos que tenham por objeto os bens incorpóreos (imateriais) destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio (goodwill). (Inciso VI do artigo 179 da lei 6.404/76). INTANGÍVEL • O intangível portanto é composto exclusivamente por contas representativas de bens incorpóreos (imateriais) os quais, embora não possuindo existência corpórea, representam direitos de propriedade industrial ou comercial, legalmente conferidos a seus possuidores. (OSNI MOURA RIBEIRO) INTANGÍVEL - O QUE INCORPORAR? • Um Ativo Intangível deve ser reconhecido apenas se: • A) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao Ativo, serão gerados em favor da entidade; • B) o custo do Ativo possa ser mensurado com confiabilidade. ALGUNS EXEMPLOS DE INTANGÍVEIS: FUNDO DE COMERCIO - (GOODWILL) • FUNDO DE COMÉRCIO – É o valor que se paga a maior, isto é, além do valor justo dos Ativos por ocasião da compra do total ou de parte de uma empresa. • É o reconhecimento de vários elementos intangíveis que agregam valores à empresa tais como, Capital Intelectual, clientela, reputação no mercado, localização, etc. OBSERVAÇÕES SOBRE FUNDO DE COMÉRCIO. • 1 – Essa conta só pode ser AMORTIZADA após a aplicação do teste de recuperabilidade (A Redução do Valor Recuperável dos Ativos (Impairment) é uma das alterações da Lei 11.638/07 que através da CPC 01 define a metodologia a ser aplicada) ao final de cada período. • Se essa análise revelar que o valor de mercado do AGIO (FUNDO DE COMÉRCIO) é maior do que o valor contabilizado, não haverá AMORTIZAÇÃO, porém se for revelado que o valor de mercado for inferior ao valor contabilizado, a diferença será o valor da quota de amortização do período. MARCAS E PATENTES • Nesta conta são contabilizadas dois bens intangíveis. As Marcas e as Patentes. • Quando os valores forem inexpressivos pode-se utilizar uma conta única, porém se forem valores materiais expressivos, será de bom alvitre se contabilizar em contas segregadas. MARCAS E PATENTES • MARCAS – Registro da marca ocorre quando uma empresa paga a um profissional para Criar e registrar uma marca no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial. • CONTABIIZAÇÃO: • D- Marcas e Patentes • C- Caixa ou equivalente de caixa....... Pelo valor do registro e do serviço do profissional. O Valor substancial está ai? MARCAS E PATENTES • OBS – As marcas só poderão ser amortizadas , se tiverem prazos para sua utilização, caso contrário não poderá ser amortizada. • O registro da marca vigorará pelo prazo de dez anos, contados da data de concessão e prorrogável por períodos iguais e sucessivos. MARCAS E PATENTES • PATENTES – Conceituada pelo Artigo 6º. Da lei 9.279/1996, como segue: Ao autor de invenção, ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que garanta a propriedade ao autor, bem como seu uso e exploração exclusivas. As patentes de invenção (PI) tem duração de 20 anos. Já as de modelo de utilidade (MU), 15 anos. Após esse período, a patente passa ao chamado domínio público, o que significa dizer que qualquer pessoa poderá explorar o seu objeto e o seu titular ou inventor não poderá se opor à essa exploração. Modelo de Utilidade (MU): Estando a atividade inventiva ligada a modificações introduzidas em um "objeto" já conhecido, temos o Modelo de Utilidade (MU), que deve apresentar uma nova forma ou disposição do objeto, ou seja, deve resultar numa melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação, facilitando a atividade humana, e/ou melhorando sua eficiência, de uma maneira não óbvia para uma pessoa versada na técnica, resultando em uma melhor utilização para o fim a que se destina. PATENTES OBS 1- A contabilização será semelhante à contabilização das Marcas; OBS 2 – A amortização será de acordo com a vigência do prazo determinado pela legislação para cada item patenteado. MARCAS E PATENTES (VANTAGENS) • Ter exclusividade na sua utilização em todo o território nacional; • Poder impedir a utilização de sinais idênticos ou semelhantes; • Licenciar o seu uso, mediante remuneração; • Não correr o risco de ser obrigado a mudar sua marca e suspender a sua utilização; • Obter indenização pela utilização indevida por terceiros; • Incluir o valor da marca em seu capital social; LISTA DE CLIENTES • LISTA DE CLIENTES – É uma lista virtual ou adquirida por uma empresa, geralmente comprada de uma empresa de Marketing, e geralmente utilizada por tempo determinado. • CONTABILIZAÇÃO: ( compra a vista) • D- Lista de Clientes (Ativo Intangível) • C- Caixa ou equivalente de Caixa. LISTA DE CLIENTES • CONTABILIZAÇÃO: ( compra a prazo) • D- Lista de Clientes • C- Fornecedores ou Outras Contas a Pagar. OBS – Sua amortização dar-se-á pelo tempo que foi contratada a sua autorização de utilização da carteira. AVALIAÇÃO(MENSURAÇÃO) DE BENS DO INTANGÍVEL. • Método de Custo - Quando atribuímos aos bens do Ativo Intangível o seu valor original, ou seja, o custo de aquisição. • Método de Reavaliação – Esse método somente deve ser aplicado após o bem ter sido inicialmente registrado pelo valor do custo. • Consiste em reavaliar os ativos pelo VALOR JUSTO. AVALIAÇÃO(MENSURAÇÃO) DE BENS DO INTANGÍVEL. • VALOR JUSTO DE UM ATIVO – Consiste em avaliar por um preço negociado entre as partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. BAIXA DE BENS DO INTANGÍVEL. • Como regra geral, a baixa dos bens do intangível ocorrerá no momento em que a conta que registra sua amortização acumulada atingir 100% de seu valor. A contabilização será efetuada da seguinte forma: • D – AMORTIZAÇÃO ACUMULADA • C - CONTA REPRESENTATIVA DO BEM OU DIREITO
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