Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SÉRIES DE FOURIER Prof. Me. Ayrton Barboni SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 2. SÉRIES DE FOURIER ................................................................................................ 1 2.1. Funções Periódicas ................................................................................................... 2 2.2. Funções seccionalmente diferenciáveis ..................................................................... 3 2.3. Funções de arcos múltiplos ....................................................................................... 4 2.4. Coeficientes de Fourier .............................................................................................. 5 3. A EXPANSÃO DE UMA FUNÇÃO f EM SÉRIE DE FOURIER ......................... 7 3.1. Integração de algumas funções trigonométricas ........................................................ 8 3.2. O cálculo dos coeficientes da série de Fourier ............................................................ 8 3.2.1. Cálculo de a0 .......................................................................................................... 8 3.2.2. Cálculo de an .......................................................................................................... 9 3.2.3. Cálculo de bn .......................................................................................................... 9 3.3. Exercícios Resolvidos .............................................................................................. 10 3.4. Exercícios Propostos ................................................................................................ 15 4. FUNÇÕES PARES E ÍMPARES ................................................................................ 16 4. 1. Exercícios Resolvidos ............................................................................................. 17 4.2. Exercícios Propostos ................................................................................................ 22 5. FUNÇÕES PERIÓDICAS DE PERÍODO SIMÉTRICO p = 2 ............................... 23 5.1. Exercícios Resolvidos .............................................................................................. 23 5.2. Exercícios Propostos ................................................................................................ 26 6. FUNÇÕES PERIÓDICAS EM INTERVALOS NÃO SIMÉTRICOS ....................... 27 6.1. Exemplo Resolvido .................................................................................................. 27 6.2. Exercícios Propostos ................................................................................................ 28 7. FUNÇÕES NÃO-PERIÓDICAS EM QUALQUER INTERVALO .......................... 29 7.1. Exemplos Resolvidos ............................................................................................... 30 7.2. Exercícios Propostos ................................................................................................ 34 8. RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................................................... 35 8.1. Exercícios propostos em 3.4 ............................................................................................35 8.2. Exercícios propostos em 4.2 ............................................................................................37 8.3. Exercícios propostos em 5.2 ............................................................................................39 8.4. Exercícios propostos em 6.2 ............................................................................................43 8.5. Exercícios propostos em 7.2 ............................................................................................45 9. GRÁFICOS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS: ....................................................... 54 10. TABELA DE INTEGRAIS MAIS UTILIZADAS ................................................... 66 Bibliografia: ..................................................................................................................... 67 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 1 SÉRIES DE FOURIER 1. INTRODUÇÃO Jean Baptiste Joseph Fourier (1768-1830), estudando a propagação de calor em corpos sólidos e admitindo que tal propagação devesse ocorrer por ondas, acabou por descobrir as Séries de Fourier, conforme conceito introduzido no livro “Theorie Analytique de la Chaleur ”, escrito em 1822. A proposta de Fourier é a de escrever uma função periódica em série trigonomé- trica cujos termos são formados apenas por senos e cossenos de arcos múltiplos. As séries de Fourier têm aplicações em estudos de matemática, vibrações, sinais digitais, eletricidade, etc. Diferentemente das séries de Taylor, em que as funções necessitam serem deriváveis até certa ordem num intervalo para que os polinômios de Taylor, de grau cada vez maior, possam se aproximar da função a partir de um dos pontos do intervalo de convergência da série (Fundamentos de Matemática - Cálculo e Análise – Cálculo Diferencial e Integral a Duas Variáveis – LTC), os polinômios trigonométricos, formados por soma de alguns termos de senos ou cossenos da série de Fourier, aproximam a função periódica de modo global, como veremos. 2. SÉRIES DE FOURIER As séries de Fourier podem expressar uma função seccionalmente diferenciável e |periódica em uma série trigonométrica de senos e cossenos de arcos múltiplos: 1 2 1 2 0 cos( ) cos(2 ) ... cos( ) ... sen( ) sen(2 ) ... sen( ) ... (I) 2 n n a a x a x a nx b x b x b nx Se (I) for convergente 1 , então representará a função f , periódica, com período 2 , visto que as funções seno e cosseno envolvidas têm período comum 2 . O estudo será estendido para outras funções com períodos diferentes de 2 . A série de Fourier de f é a série trigonométrica: 0 1 *( ) ( cos( ) sen( ) ), . (II) 2 n n n a f x a nx b nx n 1 “Se f é 2-periódica com f e f’ continuas por partes (ver 2.2 Funções seccionalmente diferenciáveis) em [- , ], então a série (I) converge em cada ponto do intervalo para a média aritmética dos limites laterais de f ”. As hipóteses desta proposição são apenas suficientes para a convergência da série. Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 2 Vamos entender o que significam: Função periódica, função seccionalmente diferenciável e, também, efeitos dos arcos múltiplos (argumentos) x, 2x, 3x, ... e dos coeficientes de Fourier 0 1 2, , , ... ,a a a 1 2 3, , , ...b b b nas funções senos e cossenos da série trigonométrica. 2.1. Funções Periódicas Uma função : , ( ),f y f x é periódica de período p se existe *p tal que ( ) ( ), .f x p f x x Isto é, os valores de f (x) se repetem a cada escolha de ( ), .x np n Apresentamos a função : , ( ) sen( ),f f x x que é periódica de período 2p (Fig 1), visto que sen( ) sen( 2 ), .x x x Devemos entender que p=2π é apenas um dos muitos períodos de f, pois, no exemplo acima, 4p é também período da função seno, pois é fato que sen( 4 ) sen( ),x x .x OBSERVAÇÃO 1: a) Toda função real de variável real constante é periódica de período p, * .p b) O menor valor de p de uma função periódica não constante é chamado de período fundamental. x y 1 -1 2x+2 x+40 x p = 4 = 2 = 2 Fig 1 = 2 p p p Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 3 2.2. Funções seccionalmente diferenciáveis Uma função : , ( ),f y f x é seccionalmente diferenciável se : 1º) f é seccionalmente contínua Uma função f é seccionalmente contínua se, restrita a cada intervalo I , possuir um número finito de descontinuidades com saltos finitos. Isto é, os limites laterais nos pontos de descontinuidade são finitos. Foi escolhido na Fig 2 um intervalo [a, b] do domínio de f e, nele, vemos uma quantidade finita de pontos de descontinuidade. Os limites laterais em cada um destes pontos têm valor finito. Entendemos que as funções seccionalmente contínuas são limitadas e integráveis em [a, b]. 2º) A derivada de f também é seccionalmente contínua (Fig 3) y x x xa b Fig 2 1 2 y x x xa b Fig 3 1 2 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 4 Outros exemplos de função : , ( ),f y f x seccionalmente diferenciável de período = 2p : 1) ( ) = , e ( 2 ) ( )f x x x f x f x 2) , se 0 ( ) = e ( 2 ) ( ) , se 0 x x f x f x f x x x 3) , se 0 ( ) = e ( 2 ) ( ) , se 0 x x f x f x f x x x 4) 2( ) = , e ( 2 ) ( )f x x x f x f x 2.3. Funções de arcos múltiplos Se : , ( ),f y f x é periódica de período p, então a função : ,g * ( ) ( ),g x f a x a , é periódica de período . p a Veja o exemplo onde se tem f (x) = sen(x) e g(x) = sen(2x) , com 0 2 .x O período fundamental da função g é metade do período fundamental da função f. Se o argumento da função g fosse (x/2), veríamos que o período de g seria o dobro do período de f . Faça o gráfico e confira! OBSERVAÇÃO 2: a) As equações de onda mostram que sua frequência e período estão relacionados com o número real positivo k 1 que multiplica x nos argumentos: Sendo k > 1, a nova função terá seu período reduzido e frequência aumentada k vezes em relação a função original e sendo 0 < k < 1, veremos situação inversa. x y p = Fig 4 0 2 fg 1 - 1 p = Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 5 b) Se as funções f e g são periódicas de período p, então a função produto f.g é também periódica, mas não necessariamente de mesmo período fundamental de f e g . ( . )( ) ( ). ( ) ( ). ( ) ( . )( )f g x p f x p g x p f x g x f g x Exemplo: As funções de sentenças f(x) = 2sen(x) e g(x) = cos(x) têm período fundamental = 2p , mas a função de sentença ( . )( )=2sen( ).cos( )= sen(2 )f g x x x x tem período fundamental . 2.4. Coeficientes de Fourier É importante, para entendermos o propósito dos coeficientes de Fourier, que se observem os seguintes fatos: a) Se uma função periódica, de período p e valor máximo igual a *M , for multiplicada por *k , então a nova função terá valor máximo (k M ) e o mesmo período p . Exemplo 1: Sejam ( ) sen( ), 2f x x p e ( ) 3sen( ), 2 .g x x p x y 0 1 - 1 - 3 3 p = Fig 5 f g Máx Máx Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 6 Exemplo 2: Sejam ( ) cos( ), 2i x x p e 1 ( ) cos( ), 2 . 2 h x x p O valor máximo de cada função é chamado de AMPLITUDE. Vemos nas Fig 5 e Fig 6 que as funções f e i têm amplitudes iguais a 1, a função g tem amplitude 3 e h tem amplitude 1/2. As figuras mostram também que as funções f e i diferem em FASE. A diferença de fase entre elas é / 2. b) Sendo as funções f e g periódicas de mesmo período p, então toda função h, h(x) = a f (x) + b g (x) , a e b reais (combinação linear de f e g), é periódica de período p. O exemplo acima (Fig 7) mostra as funções f , g e h reais de variável x real, tais que : f (x) = sen(x), g (x) = cos(x) e h(x) = sen(x) + 3 cos(x) x y 1 - 1 0 p = Máx Máx 1/2 - 1/2 i h Fig 6 x y 1 - 1 0 p = gf Fig 7 h Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 7 E, na Fig 8, o gráfico de h tal que h(x) = 2 cos(x) + sen(2x) + 2/3 cos(3x) é: Note que o gráfico do polinômio trigonométrico h, na Fig 8, parece se aproximar dos segmentos de retas em forma de “V”. Entendemos do exposto, que os polinômios trigonométricos são combinações lineares formadas de algumas funções senos ou cossenos de arcos múltiplos, que convenientemente escolhidas e multiplicadas por coeficientes adequados, são capazes de aproximarem fortemente dos valores de uma função periódica (p/exemplo: “V”) a cada x real do seu domínio. Vejamos, abaixo, como se obtém os coeficientes da série de Fourier. 3. A EXPANSÃO DE UMA FUNÇÃO f EM SÉRIE DE FOURIER Suponhamos que f seja uma função periódica, com período 2 , e que possa ser representada por uma série de Fourier. Assim, para facilitar o trabalho, consideremos a sentença (II) na forma: 1 2 1 2 0( ) cos( ) cos(2 ) ... cos( ) ... sen( ) sen(2 ) ... sen( ) ... 2 n n a f x a x a x a nx b x b x b nx Queremos obter os coeficientes: a0 , a1 , a2 , a3 , ... , b1 , b2 , b3 , ... dos termos da série trigonométrica para que ela represente a função f. x 1 - 1 0 p = g f h - 3 3 y Fig 8 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 8 É conveniente, para este propósito, que nos lembremos das integrais envolvendo as funções senos e cossenos: 3.1. Integração de algumas funções trigonométricas A obtenção das integrais de senos e cossenos de arcos múltiplos, bem como das integrais com produtos de combinações destas funções, serão facilitados se os seus períodos forem entendidos a partir do intervalo [–π, π]. Assim, *,n k , teremos: a) sen( ) cos( ) 0nx dx nx dx b) sen( )cos( ) 0nx kx dx c) 0 se sen( ) sen( ) se n k nx kx dx n k d) 0 se cos( ) cos( ) se n k nx kx dx n k Convidamos o nobre leitor a comprovar a veracidade dos resultados acima. 3.2. O cálculo dos coeficientes da série de Fourier Tomemos a sentença (II) : 1 2 1 2 0( ) cos( ) cos(2 ) ... cos( ) ... sen( ) sen(2 ) ... sen( ) ... 2 n n a f x a x a x a nx b x b x b nx e consideremos os casos: 3.2.1. Cálculo de a0 Integrando (II), membro a membro, em [ , ]x teremos: 0 1 2 1 2( ) cos( ) cos(2 ) ... sen( ) sen(2 ) ... 2 a f x dx a x dx a x dx b x dx b x dx Sabemos de 3.1(a) que as integrais envolvendo senos e cossenos de arcos múltiplos em [ , ] são iguais a zero. Logo, 0( ) 0 0 ... 0 0 ... e, dai, 2 a f x dx dx Utilize as seguintes identidades para as comprovações de b), c) e d): p + q p q p q 2 2 sen( )+sen( )= 2sen .cos p q p + q p q 2 2 sen( ) sen( )= 2sen .cos p + q p q p q 2 2 cos( )+cos( )= 2cos .cos p +q p q p q 2 2 cos( ) cos( )= 2sen .sen Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 9 0 0 0 0 0 0( ) ( ) 22 2 2 2 2 a a a a a f x dx dx dx x a Logo, 0 1 ( )f x dxa 3.2.2. Cálculo de an Multiplicando (II) por cos(k x), *k um valor escolhido com o propósito de obter ak , teremos: 1 2 1 2 0( )cos( ) cos( ) cos( )cos( ) cos(2 )cos( ) ... cos( )cos( ) ... 2 ... sen( )cos( ) sen(2 )cos( ) ... sen( )cos( ) ... n n a f x k x k x a x k x a x k x a n x k x b x k x b x k x b n x k x Integrando, membro a membro, segue que: 0 1 2 1 2 cos( ) cos( ) cos( ) cos(2 ) cos( ) cos( ) cos( ) sen( ) cos( ) sen(2 ) cos( ) sen( ) cos( ) ( ) cos( ) ... ... 2 ... ... ... n n kx dx x kx dx x kx dx nx kx dx x kx dx x kx dx nx kx dx f x kx dx a a a a b b b Sabemos de 3.1.(a) que cos( ) 0k x dx , de 3.1.(b) que todas as integrais de coeficientes bi(i = 1,2,3, ... ) são iguais a zero e de 3.1.(d) que apenas a integral com n = k tem valor igual a π. Logo, 0 1 2 1 2( )cos( ) .0 .0 .0 ... ... .0 .0 ... 2 n a f x n x dx a a b ba Daí, 1 ( )cos( )n f x nx dxa 3.2.3. Cálculo de bn Multiplicando (II) por sen(k x) , *k um valor escolhido para se obter bk, e a integrando, membro a membro, teremos analogamente ao 3.2.2 que : 1 ( )sen( )n f x n x dxb Resumindo: Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 10 Se f é uma função seccionalmente diferenciável e periódica, com período 2 , e que pode ser representada por uma série de Fourier, então 1 0 *( ) ( cos( ) sen( ) ), 2 n n n a f x a n x b n x n sendo, 0 1 ( ) ,f x dxa 1 ( )cos( ) en f x n x dxa 1 ( )sen( )nb f x n x dx As fórmulas que calculam a0, an e bn são conhecidas como Fórmulas de Euler. 3.3. Exercícios Resolvidos Obtenha a expansão em série trigonométrica das funções reais de variável indicadas a baixo : 1) 0 se 0 ( ) e ( 2 ) ( ) se 0 x f x f x f x x 0 1 ( )f x dxa = 0 0 1 0dx dx 00 1 1 dx x 0 0 0 sen( ) ( ) cos( ) cos( ) cos( ) 1 1 1 0. . 0n nx n f x nx nx nxdx dx dxa 0 0 1 1 1 ( )sen( ) 0.sen( ) .sen( ) [1 cos( )]n f x nx dx nx dx nx dx n n b Sendo 1 se = impar cos( ) 1 se = par n n n , então 2 se impar 0 se par n n b n n Assim, teremos: 1 2 2 2 sen[(2 1) ] sen( ) sen(3 ) sen(5 ) ... 2 2 1 3 5 2 2 1 ( ) n n x x x x n f x Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 11 Gráfico de f : Gráfico de f é aproximado pelo polinômio: 2 2 2 P ( ) sen( ) sen(3 ) 2 1 3 x x x Gráfico de f é aproximado por: 3 2 2 2 P ( ) sen( ) sen(3 ) sen(5 ) 2 1 3 5 x x x x 0 x y Fig 9 0 x y Fig 10 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 12 Nota: a) A medida que aumenta a quantidade de termos dos polinômios trigonométricos da série de Fourier que representa a função, vemos os gráficos (dos polinômios) se aproximarem cada vez mais do gráfico da função. b) O valor dos polinômios convergem para a média aritmética dos limites laterais da função em seus pontos de descontinuidade. No caso, / 2. c) O valor da série alternada + +1 = 1 1 (-1) 2 1 n n n é / 4. Considerando a série obtida acima, temos, em / 2 , que: 3 5 7 2 2 2 2 1 1 1 ( ) 2 sen( ) sen( ) sen( ) sen( ) ... 2 2 3 5 7 f Logo, 1 1 1 2 1 ... 2 3 5 7 , daí, 1 1 1 2 1 ... 3 5 7 2 . Portanto, 1 1 1 1 ... 3 5 7 4 -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2) se 0 ( ) e ( 2 ) ( ) se 0 x f x f x f x x 0 1 ( )f x dxa = 0 0 1 dx dx 0 0 0x x 0 0 1 1 ( )cos( ) .cos( ) .cos( ) 0n f x nx dx nx dx nx dxa 0 x y Fig 11 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 13 0 0 0 0 1 1 ( )sen( ) .sen( ) .sen( ) cos( ) cos( ) 2 [1 cos( )] f x nx dx nx dx nx dx nx nx n n n n nb Se 1 se = impar cos( ) 1 se = par n n n , então 4 se impar 0 se par n n n n b Assim, teremos: 1 4 4 4 4 sen[(2 1) ] sen( ) sen(3 ) sen(5 ) sen(7 )... 4 1 3 5 7 2 1 ( ) n n x x x x x n f x O gráfico de f na Fig 12 é aproximado pelo polinômio: 5 4 4 4 4 4 sen( ) sen(3 ) sen(5 ) sen(7 ) sen(9 ) 1 3 5 7 9 P ( ) x x x x xx Vemos que o gráfico do polinômio P5 se aproxima dos valores de f e converge para a média aritmética dos limites laterais da função em seus pontos de descontinuida- de, No caso, 0. ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 3) se 0 ( ) e ( 2 ) ( ) 0 se 0 x x f x f x f x x 0 1 ( )f x dxa = 2 0 0 01 1 ( ) 0 2 2 x x dx dx 0 x y Fig 12 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 14 0 0 00 2 2 2 2 1 1 ( )cos( ) ( ).cos( ) 0.cos( ) 1 1 cos( ) 1 0 0 [1 cos( )] 1 1 sen( ) cos( ) cos( ) n f x nx dx x nx dx nx dx n n n n n x nx nx x nx dx n n a 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 2 2 se impar 0 se par n n n n a 0 0 1 ( )sen( ) 0.sen( ) 1 ( )sen( )n x nx dx nx dxf x nx dxb 0 2 0 1 cos( ) sen( )1 sen( ) x nx nx n n x nx dx 1 cos( ) 1 cos( ) cos( ) (0 0) ( 0) n n n n n n 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 1 impar 1 par se se n n n n n b Temos que 0 1 cos( ) sen( ) 2 ( ) n n n a nx b nx a f x Assim, 2 2 1 2 1 cos sen 0.cos(2 ) sen(2 ) cos(3 ) sen(3 ) 2 3 3 ... 4 ( ) x x x x x xf x 2 1 2 1 1 cos sen sen(2 ) cos(3 ) sen(3 ) sen(4 ) ... 4 2 9 3 4 ( ) x x x x x xf x Agrupando os termos em cossenos e em senos, segue: 2 1 1 cos (2 1)2 sen( ) ( 1) (2 1)4 ( ) n n n n x nx n n f x O gráfico de f na Fig 13 é aproximado pelo polinômio: 7 2 2 1 2 cos sen cos(3 ) sen(2 ) cos(5 ) 4 9 2 25 1 2 1 2 1 sen(3 ) cos(7 ) sen(4 ) cos(9 ) sen(5 ) 3 49 4 81 5 2 1 2 1 cos(11 ) sen(6 ) cos(13 ) sen(7 ) 121 6 169 7 P ( ) x x x x x x x x x x x x x x x Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 15 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3.4. Exercícios Propostos Determinar as séries de Fourier das funções dadas por: 1) f (x) = x + π , com –π <x< π e f (x + 2π) = f (x) Resp: 1 1 1 2 sen( ) sen(2 ) sen(3 ) sen(4 ) ... 2 3 4 ( ) x x x xf x 2) se 0 ( ) 0 se 0 x x f x x f (x + 2π) = f (x) Resp: 2 ... sen(2 ) 2cos(3 ) sen(3 ) 2cos( ) sen( ) 4 2 3 3 1 ( ) x x x x xf x 3) f(x) = x 2 , com –π < x ≤ π e f(x + 2π) = f(x) Obter, também, a soma da série: a) 1 2 1 1( 1) n n n b) 1 2 1 n n x y Fig 13 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 16 Resp: 2 2 1 1 14 cos( ) cos(2 ) cos(3 ) cos(4 ) ... 3 4 9 16 ( ) x x x xf x x 2 1 1 2 1 a) ( 1) 12 n n n Utilize: (0)f 2 1 2 1 b) 6 n n Utilize: ( )f Obs: Veja no parágrafo 9 os gráficos dos exercícios propostos acima. 4. FUNÇÕES PARES E ÍMPARES Consideremos as funções f e g reais de variável x real. A função f é par se, para todo x de seu domínio, existir (-x) tal que f(-x) = f(x) A função g é ímpar se, para todo x de seu domínio, existir (-x) tal que g(-x) = -g(x) Exemplos: f(x) = cos(x) g(x) = sen(x) A integral definida de uma função ímpar num intervalo simétrico [-a, a] é zero, * +a . Vemos que a simetria de g ocorre a partir da origem do sistema cartesiano, assumindo valores positivos a direita de 0 e, de mesmo módulo, negativos a esquerda de 0 (isto é, g(–x) = –g(x)) em π, π]. E, neste caso, a integral definida da região limitada por g, eixo x e o intervalo π, π] é dada pela soma das integrais definidas de π, 0] e de [0, π], isto é, nas regiões onde g é negativa e onde é positiva. Vemos, também, que a integral definida de g é igual a zero em qualquer intervalo simétrico [-a, a], onde a é real positivo. Temos, no exemplo da Fig 15, que g(x) = sen(x) é ímpar. A simetria da função par ocorre em relação ao eixo y do sistema cartesiano, pois assume iguais valores para cada x e –x. A integral definida de uma função par num intervalo simétrico [-a, a] será zero somente para determinados valores de a. Veja, no x y x-x f(-x) f(x) Fig 14 x y x -x g(-x) g(x) Fig 15 -1 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 17 exemplo da Fig 14, que f(x) = cos(x) é função par e tem integral igual a zero apenas nos intervalos *, , .n n n Neste caso, a = n π. O cálculo dos coeficientes 0 1 ( ) ,f x dxa 1 ( )cos( )n f x nx dxa e 1 ( )sen( )n f x nx dxb pode ser facilitado se soubermos que f é par ou é ímpar: 1º) Se f é ímpar, então a0 será zero e, também, an o será , pois o produto de uma função ímpar por outra par (como se torna o integrando de an ) resulta em função ímpar. 2º) Se f é par, então bn será zero, pois o produto de uma função par por outra ímpar (como se torna o integrando de bn ) resulta em função ímpar. OBSERVAÇÃO 3: a) O produto de duas funções ímpares é par. Sejam f e g funções ímpares, sendo I = D( ) D( )f g ) , então I, ( ) I tem-se ( . )( ) ( ). ( ) ( ). ( ) ( ). ( ) ( . )( )x x f g x f x g x f x g x f x g x f g x . Daí, ( f.g ) é par. b) O produto de duas funções pares é par. Sejam f e g funções pares, sendo I = D( ) D( )f g ) , então I, ( ) I tem-se ( . )( ) ( ). ( ) ( ). ( ) ( . )( )x x f g x f x g x f x g x f g x . Daí, (f.g) é par. c) O produto de duas funções uma par e outra ímpar é ímpar. Sejam f par e g ímpar, sendo I = D( ) D( )f g ) , então I, ( ) I tem-se ( . )( ) ( ). ( ) ( ). ( ) [ ( ). ( )] ( . )( )x x f g x f x g x f x g x f x g x f g x Daí, ( f.g ) é ímpar. Nota: Se o integrando nas fórmulas que calculam os coeficientes a0, an ou bn for uma função par no intervalo [-π, π], então estes coeficientes poderão ser obtidos pelo dobro de suas integrais calculadas no intervalo [0, π]. Este procedimento é incorreto se o integrando é função ímpar. Neste caso, o coeficiente deve ser obtido pela soma das integrais nos intervalos [-π, 0] e [0, π]. A soma obtida será igual a zero. 4. 1. Exercícios Resolvidos Obtenha a expansão em série trigonométrica das funções reais, de variável real x, indicadas a baixo: 1) f (x) = – x, com –π <x ≤ π e f (x + 2π) = f (x) Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 18 A função f é ímpar, pois f (– x) = – (– x) = x = – f (x), –π < x ≤ π. Temos, pela nota da Observação 3, que 0 0na a . Cálculo de nb : (o seu integrando é função par) 2 1 1 1 ( ) sen( ) ( ).sen( ) ( ).sen( ) 1 cos( ) sen( ) 1 sen( ) cos( ) 1 2 2 cos( ) cos( ) n f x nx dx x nx dx x nx dx x nx nx nx x nx n n n n n n n n b Veja de outro modo: (ver nota da OBSERVAÇÃO 3) 0 0 2 0 0 1 ( ) sen( ) ( ).sen( ) ( ).sen( ) cos( ) sen( ) 2 sen( ) cos( ) cos( ) 2 2 cos( ) 2 2 2 n f x nx dx x nx dx x nx dx x nx nx nx x nx n n n n n n n n b Se 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 2 se impar 2 se par n n n n n b Portanto, a série de Fourier de f é dada por: 1 1 1 sen( ) ( ) 2[ sen( ) sen(2 ) sen(3 ) ...] 2 ( 1) 2 3 n n nxf x x x x n O gráfico de f na Fig 16 abaixo é aproximado por 4 2 2 2 2 sen( ) sen(2 ) sen(3 ) sen(4 ) 1 2 3 4 P ( ) x x x xx Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 19 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2) f (x) = – x2 com –π <x ≤ π e f (x + 2π) = f (x) A função f é par, pois f (– x) = – (– x)2 = – x2 = f (x), –π <x ≤ π. Temos, pelo item 2º) do cálculo dos coeficientes 0a , na e nb discutidos em 4., que 0nb . Sendo as regiões limitadas pelo gráfico de f, eixo x e intervalos [ - , 0] e [0, ] de mesma área, então podemos obter os coeficientes da série de Fourier do seguinte modo: Cálculo de a0 e an : (os integrandos são funções pares) 0 0 2 ( )f x dxa = 0 3 3 2 2 0 2 2 2 2 3 3 3 x x dx 2 2 0 00 2 2 2 ( )cos( ) .cos( ) .cos( )n f x nx dx x nx dx x nx dxa 2 2 3 2 2 0 2 sen( ) 2 cos( ) 2sen( ) 2 2 cos( ) 4cos( ) n x nx x nx nx n n n n n n n a Fig 16y x Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 20 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 2 2 4 se impar 4 se par n n n n n a Portanto, 2 2 1 2 2 2 1 1 1 cos( ) ( ) 4[cos( ) cos(2 ) cos(3 ) ...] 4 ( 1) 3 32 3 n n nx f x x x x n O gráfico de f na Fig 17 é aproximado por 3 2 2 2 4 4 4 cos( ) cos(2 ) cos(3 ) 3 1 2 3 P ( ) x x xx Nota: Se f não for par e nem ímpar, então deveremos calcular todos os coeficientes de Fourier utilizando as fórmulas de Euler. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3) se 0 ( ) e ( 2 ) ( ) se 0 x x f x f x f x x x Sendo as regiões limitadas pelo gráfico de f, eixo x e intervalos [ - , 0] e [0, ] de mesma área, então podemos obter os coeficientes da série de Fourier do seguinte modo: Fig 17 x y 0 f(x) = -x 2 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 21 0 0 2 ( )f x dxa = 2 2 2 0 0 2 2 2 ( ) 2 2 x x dx x 2 2 2 0 0 0 2 2 ( )sen( ) cos( ) 2 cos( ) 1 2 [1 cos( )] 2 2 ( )cos( ) ( ).cos( ) x nx nx n n n n n n n n f x nx dx x nx dxa 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 2 4 se impar 0 se par n n n n a ( ) 1 ( )sen( ) 0. integrando imparn f x nx dxb Assim, teremos: 1 2 4 4 4 4 cos[(2 1) ] cos( ) cos(3 ) cos(5 ) ... 2 9 25 2 (2 1) ( ) n n x x x x n f x O gráfico de f na Fig 17ª é aproximado pelo polinômio: 1 4 cos( ) 2 P ( ) xx Vemos, neste exemplo, que a aproximação de f pelos polinômios trigonométricos ocorre mais rapidamente. Isto é, não necessitamos de polinômios com muitos termos para obtermos uma boa aproximação de f . Tente você o gráfico: 3 4 4 4 cos( ) cos(3 ) cos(5 ) 2 9 25 P ( ) x x xx ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- x y Fig 17 a Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 22 4.2. Exercícios Propostos Determinar as séries de Fourier das funções dadas por 1) ( 2 ) ( )( ) , , f x f xf x x x 1 1 Resp : 2 sen( ) ( ) ( 1)n n nx f x n 2) 2 2 ( ) , ( 2 ) ( ) , 0 , 0 x f x f x f x x x x 2 2 11 4 (2 1) 2 1 2 sen(2 ) Resp : sen[(2 1) ] 2 2 ( ) nn n n nx n x n f x 3) 3 ( 2 ) ( )( ) , , f x f xf x x x 2 3 1 6 Resp : sen( )( ) 2 ( 1)n n n n nxf x ’ 4) ( ) , ( 2 ) ( ) , 0 , 0 f x f f x x x x x x 2 1 4 Resp : 2 cos[(2 1) ] ( ) (2 1) n n x f x n 5) ( ) , ( 2 ) ( ) , 0 , 0 f x f f x x x x x x 2 1 4 Resp : 2 cos[(2 1) ] ( ) (2 1) n n x f x n Obs: Veja no parágrafo 9 os gráficos dos exercícios propostos acima. Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 23 5. FUNÇÕES PERIÓDICAS DE PERÍODO SIMÉTRICO p = 2 A série de Fourier que representa funções de período = 2p pode ser generalizada para representar funções periódicas de período p = 2, simétrico em relação a origem do sistema cartesiano, fazendo uma simples mudança de escala de variável. Se imaginarmos que f (t) possui período 2, então t poderá ser dado por: 2 = 2 t x (onde x é a variável da função de período 2π) e 2 = 2 x t . Nota: Vemos, nas sentenças acima, que sendo x tem-se que =t . A série de Fourier que representa uma função f de período 2é dada por: 0 1 *( ) ( cos( ) sen( ) ), . (III) 2 n n n n t n ta f t a b n onde 0 1 ( ) ,f t dta 1 ( )cos( ) en n t f t dta 1 ( )sen( )n n t b f t dt OBSERVAÇÃO 4: a) Fazendo veremos retornar as fórmulas deduzidas para o intervalo [–π , π]. b) A série de Fourier de uma função par, que possui período fundamental de 2 , terá o cálculo de bn igual a zero. E, sendo ímpar, terá os cálculos de a0 e an iguais a zero. 5.1. Exercícios Resolvidos Obtenha a expansão em série trigonométrica das funções reais de variável indicadas a baixo : 1) ( ) , sendo 2 2, ( ) ( 4)f x x x f x f x . Temos p = 2 = 4 e = 2. Vemos que a função f é par. Logo, bn = 0. Devemos obter: a0 e an . Utilizaremos a letra “ x ”, ao invés de t, na obtenção da série de Fourier da função dada (de período p = 4), para ser coerente com a variável apresentada em f . Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 24 Cálculo dos coeficientes: Temos que se 2 0 ( ) e 2. se 0 2 x x f x x x x 222 2 2 0 0 0 1 1 (2) ( ) 22 2 2 x f t dt x dx x dxa 2 2 2 0 1 1 (2) ( )cos( ) cos( ) cos( ) 2 2 2 2 n n t n x n x f t dt x dx x dxa 2 2 2 2 2 2 0 0 2 sen( ) 4cos( ) 42 2cos( ) cos( ) 1 2 n n x n x x n x x dx n n n n a 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 2 2 8 se impar 0 se par n n n n a Logo, 2 2 2 2 2 2 2 1 (2 1) cos 2 (2 1) 2 8 1 8 3 8 5 8 ( ) cos( ) cos( ) cos( ) ... 1 2 2 3 2 5 2 n n x n x x x f x x O gráfico de f na Fig 18 é aproximado por: 2 2 2 8 8 3 P ( ) 1 cos cos 2 9 2 ( ) ( ) x x x ----------------------------------------------------------------------------------------------------- x y 0 2-2 4-4 2 Fig 18 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 25 2) ( ) , sendo 2 2, ( ) ( 4)f x x x f x f x . Temos p = 2 = 4 e =2. Vemos que a função f é ímpar. Logo, a0 = an = 0. Devemos obter: bn . Utilizaremos a letra “ x ”, ao invés de t, na obtenção da série de Fourier para a função dada (de período p = 4), para ser coerente com a variável apresentada em f . Cálculo dos coeficientes: 2 2 2 0 1 1 (2) ( )sen( ) sen( ) sen( ) 2 2 2 2 n n t n x n x b f t dt x dx x dx 2 2 2 2 0 0 2 cos( ) 4sen( ) 42 2sen( ) cos( ) 2 n x n x x n x x dx n n n n 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 4 se impar 4 se par n n n b n n Logo, 1 1 sen 4 1 2 1 3 4 2 ( ) sen( ) sen( ) sen( ) ... ( 1) 2 2 2 3 2 n n n x x x x f x x n O gráfico de f na Fig 19 é aproximado por: 2 4 4 2 P ( ) sen( ) sen( ) 2 2 2 x x x x y 0 2-2 4-4 2 Fig 19 -2 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 26 5.2. Exercícios Propostos Determinar as séries de Fourier das funções dadas por: 1) ( ) , sendo 1 1, ( ) ( 2)f x x x f x f x Resp: 2 2 2 1 4 1 1 cos( ) cos(3 ) cos(5 ) ... 2 53 ( ) x x xf x ou 2 1 2 1 4 cos[(2 1) ] 2 (2 1) ( ) n n x n f x 2) * 0 2 1 ( ) 1 1 , ( ) ( 4), 0 1 2 se x f x k se x f x f x k se x Resp: 2 1 3 1 5 cos( ) cos( ) cos( ) ... 2 2 2 5 23 ( ) k k x x x f x ou 1 1 (2 1) cos 2 2 ( 1) 2 2 1 ( ) n n n x k k n f x 3) 2( ) , sendo 1 1, ( ) ( 2)f x x x f x f x Resp: 2 2 2 1 4 1 1 cos( ) cos(2 ) cos(3 ) ... 3 2 3 ( ) x x xf x ou 1 2 1 2 1 4 cos[ ] ( 1) 3 ( ) n n n x n f x 4) se 0 1 ( ) , ( ) ( 2) 1 se 1 2 x x f x f x f x x x Sugestão: Reduzir ao intervalo [–1, 1] Fazer: ( ) 1 , ( 1 0)f x x x e ( ) , (0 1)f x x x Resp: 2 2 2 4 1 1 cos( ) cos(3 ) cos(5 ) ... 3 5 ( ) x x xf x 2 1 1 sen( ) sen(3 ) cos(5 ) ... 3 5 x x x ou 2 1 1 2 4 cos[(2 1) ] 2 sen[(2 1) ] (2 1) 2 1 ( ) n n n x n x n n f x Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 27 5) 1 se 1 1 ( ) , ( ) ( 4) 0 se 1 3 x f x f x f x x Sugestão: Reduzir ao intervalo [–2, 2] Fazer: f(x) = 0, (-2 < x < -1) , f(x) = 1, (-1 < x < 1) e f(x) = 0 , (1< x < 2) Resp: 1 2 1 3 1 5 cos( ) cos( ) cos( ) ... 2 2 3 2 5 2 ( ) x x x f x ou 1 1 (2 1) cos 1 2 2 ( 1) 2 2 1 ( ) n n n x n f x Obs: Veja no parágrafo 9 os gráficos dos exercícios propostos acima. 6. FUNÇÕES PERIÓDICAS EM INTERVALOS NÃO SIMÉTRICOS Suponhamos que f seja uma função periódica de período p = 2 , definida no intervalo não simétrico ] a, a +2 [, a . Se f é uma função que pode ser representada por uma série de Fourier, então: 0 1 *( ) ( cos( ) sen( ) ), . (IV) 2 n n n n t n ta f t a b n onde 2 0 a a 1 ( ) ,f t dta 2a a 1 ( )cos( ) en n t f t dta 2a a 1 ( )sen( )n n t b f t dt 6.1. Exemplo Resolvido Obtenha a expansão em série trigonométrica da função f real de variável real: ( ) 1 , sendo 1 5, ( ) ( 4)f x x x f x f x A função f é periódica, definida no intervalo [1, 1+2 [ , com p = 2 4 , logo, 2 . Solução: 22 1 4 1 5 0 1 a a 2 1 1 ( ) ( 1) ( ) 1 4 2 2 f x dx x dx x xa Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 28 1 4 1 5 2 2 2 2 1 2 (2) a a 2 1 1 ( )cos( ) ( 1)cos( ) ( ) 5 5 2( 1)sen( ) 4cos( ) 2sen( ) cos( ) cos( ) 1 22 2 2 2 2 2 n n x n x f x dx x dx n x n x n n n x n nn n n a 1 4 1 2 5 2 2 2 1 2a a 2 (2) 5 2 2 2 1 1 ( )sen( ) ( 1) sen( ) ( ) 5 2( 1)cos( ) 4sen( ) 2cos( ) sen( ) sen( ) 1 22 2 2 n n x n x n x n n f x dx x dx n x n x n nn n n b Substituindo n = 1, 2, 3, 4, ... nas formas de na e nb e, depois, transferindo estes resultados para (IV), teremos: n =1 n=2 n=3 n=4 n=5 n=6 ... na 4 / 0 4/(3 ) 0 4 /(5 ) nb 0 4 /(2 ) 0 4 /(4 ) 0 4 4 1 1 3 1 ( ) cos( ) sen( ) cos( ) sen(2 ) ... 2 2 2 3 2 4 x x f x x x Veja o gráfico de f e do polinômio trigonométrico P3 abaixo representados: 6.2. Exercícios Propostos Determinar as séries de Fourier das funções dadas por 1) ( ) = 3f x x , sendo 1 3x , ( ) = ( 4)f x f x y x 4 1-1 50 Fig 20 - 4 -3 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 29 Resp: 2 2 3 1 ( ) = 2 2cos sen( ) cos sen(2) ... . 2 3 2 2 x x f x x x 1 1 1 (2 1) 2 cos 2 sen[ ] ( ) 2 2 ( 1) ( 1) 2 1 n n n n n x n x n f x n 2) 2( ) = 1f x x , sendo 1 3x , ( ) = ( 2)f x f x Resp: 2 2 ... 1 2 cos 2sen( ) cos 2 sen(2 ) 2 2 10 4 1 2 ( ) = cos 3 sen 3 . 3 3 3 1 x x x xf x x x 2 1 1 1 4 cos10 [ ] sen[ ] ( ) ( 1) 2 ( 1) 3 n n n n n x n x f x n n 3) 2( ) = 2f x x x , sendo 1 2x , ( ) = ( 1)f x f x Resp: 2 2 22 2 ( ) = 1 cos 2 sen(2 ) cos 6 sen 6 3 2 1 1 1 1 cos 4 sen(4 ) ... 3 2 2 3 1 +f x x x x xx x 2 2 1 1 cos[2 ] sen[2 ]2 1 1 ( ) 3 n n n x n x n n f x Obs: Veja no parágrafo 9 os gráficos dos exercícios propostos acima. 7. FUNÇÕES NÃO-PERIÓDICAS EM QUALQUER INTERVALO Suponhamos que f seja uma função real de variável real, NÃO-periódica e definida no intervalo ] a, a +2 [, a . A nossa pretensão é escrevê-la em Série de Fourier... Se a = 0, então a estratégia que será utilizada é a de construir uma função h, periódica, de em , que seja ímpar (ou par) e coincida com os valores de f em ] 0,2 [ a) Se h for ímpar, então a sua expansão em série de Fourier (formada por senos de arcos múltiplos) coincidirá com f apenas no intervalo ] 0, 2 [ . b) Se h for par, então a sua expansão em série de Fourier (formada por cossenos de arcos múltiplos) coincidirá com f apenas no intervalo ] 0, 2 [ . Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 30 Se a ≠ 0, então construiremos uma função h, de em , periódica de intervalo não-simétrico (ver parágrafo 6.) tal que coincida com os valores de f em ] a, a +2 [ . Assim, teremos ( ) ( ), ]a, a 2 [.f x h x x Observação: Caso a ≠ 0 e 0 ]a, a 2 [ , então é possível construir h, de em , periódica de intervalo simétrico que seja par ou ímpar e que coincida com os valores de f em ] a, a + 2 [ . Ver 7.2 - Exercícios Propostos – (5). 7.1. Exemplos Resolvidos 1) Vamos expandir a função :]0,3[ , ( ) 4 ,f f x x em uma série de Fourier, cujos termos são formados de senos de arcos múltiplos ou, também, podendo ser formados de cossenos de arcos múltiplos, conforme a construção de h seja ímpar ou par. a) Construir uma função h par e periódica de período p = 6 : Fazer ( ) ( ) 4 , ]0,3[h x f x x e ( ) ( ) 4 ( ) 4 , ] 3,0[h x f x x x . Assim, 4 se 3 0 ( ) 4 se 0 3 x x h x x x , onde se nota que h é par: ( ) ( )h x h x . Visto que 2 6p , então 3 . Calculando os coeficientes da série de Fourier: 0 * 1 ( ) ( cos( ) sen( ) ), . (III) 2 n n n n t n ta h t a b n temos que bn = 0 e 2 0 3 3 0 0 1 (2) 2 2 15 ( ) (4 ) 4 5 3 3 2 3 2 x a f t dt x dx x 3 0 1 (2) ( )cos( ) (4 )cos( ) 3 3 n n t n x f t dt x dxa 2 2 2 2 0 3 3(4 )sen 9cos 2 63 3 1 cos( ) 3 n x n x x n n n n 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 2 2 12 se impar 0 se par n n n n a Portanto, Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 31 2 2 2 2 2 1 (2 1) 3 cos 5 12 1 3 1 5 5 12 ( ) cos( ) cos( ) cos( ) ... 2 3 3 3 23 5 (2 1) n n x x x x h x n A função f estará definida estabelecendo-se : 2 2 1 (2 1) 3 cos 5 12 ( ) ( ) , 0 3 2 (2 1) n n x f x h x x n b) Construir uma função h ímpar e periódica de período p = 6 : Fazer h(x) = f(x) = 4 – x, ]0, 3[ e h(– x) = – f(– x) = – [4 – (– x)] = – 4 – x, ]– 3, 0[ Assim, 4 se 3 0 ( ) 4 se 0 3 x x h x x x , onde se vê que h é ímpar: ( ) ( )h x h x Visto que 2 6p , então 3 . Calculando os coeficientes da série de Fourier: Temos que: 0 0naa e 2 2 3 0 3 0 3(4 ) cos( ) 9sen( ) 4 cos( )3 3 1 (2) ( )sen( ) (4 )sen( ) 3 3 2 2 3 n n t n x n x x n n n n n x b f t dt x dx y x 4 3-3 60 Fig 21 1 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 32 1 se =impar cos( ) 1 se = par n n n , então 10 se impar 6 se par n n n b n n Portanto, 1 1 10 6 2 10 3 6 4 ( ) sen( ) sen( ) sen( ) sen( ) ... 3 2 3 3 3 4 3 10 (2 1) (2 ) sen sen 63 3 (2 1) 2 n n x x x x x n x n x n n h A função f estará definida estabelecendo-se : 10 3 2 10 3 ( ) ( ) sen( ) sen( ) sen( ) ..., 0 3 3 3 3 3 x x x f x h x x 2) Vamos expandir a função :[ 1, 1[ , ( ) 1,f f x x em uma série de Fourier. A função f não é periódica! Devemos construir uma função h periódica, com período não simétrico, que contenha f. Isto é, h(x) = x + 1, sendo h(x) = h(x + p), p = 2. Obtida a série de Fourier de h, a função f será definida por restrição ao domínio de h ao intervalo [ 1, 1[. y x 4 3-3 6 0 Fig 22 -4 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 33 Temos que 0 1 ( ) ( cos( ) sen( ) ), 2 n n n n x n xa h x a b onde p = 2 = 2 e = 1. Determinação dos coeficientes de Fourier: 2 1 1 1 0 1 1 1 21 1 ( ) ( 1) 2 (1) 2 x a h t dt x dx x 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 1 1 2 cos 1 (1) 1 ( ) ( 1)cos( ) ( 1) sen( ) cos( ) cos( ) cos( ) (0 ) (0 ) 0 n n t a h t dt x n x dx x n x n x n n n n n n 1 1 1 1 2 2 1 1 2 sen 1 (1) 1 ( ) ( 1) sen( ) ( 1) cos( ) sen( ) 2cos( ) 2cos( ) ( 0) (0 0) n n t b h t dt x n x dx x n x n x n n n n nn Tem-se que: 2 , imparn n n b e 2 , parn n n b Assim, 2 2 2 2 2 ( ) sen( ) sen(2 ) sen(3 ) sen(4 ) ... 2 1. 2 3 4 h x x x x x 1 1 2 sen( ) ( ) 1 ( 1) ,n n n x h x x n . Portanto,1 1 2 sen( ) ( ) 1 1 ( 1) , [ 1, 1 [n n n x f x x x n x y Fig. 23 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 34 7.2. Exercícios Propostos Dada a função f com domínio restrito num intervalo, construir uma função g par ou ímpar que contenha a função f e obter com ela uma série de Fourier para a função f. 1) ( ) 1, 0 4f x x x Rep. 2 2 2 2 2 16 16 3 16 5 ( ) 3 cos cos cos ...,0 4 4 3 4 5 4 x x x f x x é par ou 12 8 2 12 3 ( ) sen sen cos ...,0 4 4 2 4 3 4 x x x f x x é ímpar. Ou, também, 2 2 1 16 ..., 0 4 (2 1) cos 4 ( ) 3 (2 1)n x n x f x n (par) 1 (2 1) 4 , 0 4 2 2sen 4 4 2 1 2 3sen ( ) n n x x n x n n f x (ímpar) 2) ( ) 2, 0 3f x x Resp. 8 8 3 8 5 ( ) sen sen cos ..., 0 3 3 3 3 5 3 x x x f x x (ímpar) ou 1 (2 1) 3 , 0 3 8 2 1 3sen ( ) n n x x n f x . 3) 0 se 0 1 ( ) 1 se 1 3 x f x x x Resp. (par) 2 2 2 2 2 2 2 9 9 2 9 4 9 5 ( ) cos cos cos cos ..., ]0,3[ 3 3 3 3 2 3 2 4 5 x x x x f x x ou 2 2 2 2 2 6 4, 5 12 4, 5 , ]0, 3[ 2 ( ) 3 2 3 3 2 4 3 24 4,5 3 4 sen sen sen sen ... 3 3 3 3 4 3 xf x x x x x 4) 2( ) 4 , 0 1f x x x Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 35 Resp: Considerando f par 2 2 2 2 2 2 2 4 4 4 4 ( ) cos cos 2 cos 3 cos 4 ..., ]0,1[ 11 3 2 3 4 f x x x x x x 2 1 2 1 , 0 1 cos11 4 ( 1) 3 ( ) n n n x x n f x Considerando f ímpar 3 3 3 7 4 1 7 4 ( ) 2 sen( ) 2 sen(2 ) 2 sen(3 ) ..., ]0,1[ 2 3 3 f x x x x x 5) ( ) 2, 2 4f x x x (Refere-se aos intervalos ]a, a + 2 [ , sendo a ≠ 0) Vemos que 0 ]a, a 2 [ . Assim, partindo de h ímpar, vamos obter f 2 2 2 2 1 2 3 2 3 ( ) ( ) 4 sen 4 sen 4 sen ... 4 2 4 3 4 x x x h x f x , ]2,4[x . Obs: Veja no parágrafo 9 os gráficos dos exercícios propostos acima. 8. RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS 8.1. Exercícios propostos em 3.4 1) ( ) ( 2 )( ) , , f x f xf x x x 2 0 1 1 1 2 2 ( ) ( ) x xa f x dx x dx 2 cos( )1 1 1 ( )sen( ) 0( )cos( ) ( )cos( )n nx n x nx n a f x nx dx x nx dx 2 sen( )1 1 1 ( )cos( ) ( )sen( ) ( )sen( )n nx b n x nx n f x nx dx x nx dx 2cos( )1 (2 )cos( ) n n n n p/ n = ímpar, 2 nb n e p/ n = par, 2 nb n Temos que: 1 1 2 2 2 ( ) sen sen 2 sen 3 ... 2 1 2 3 2 sen( ) sen(4 ) ( 1) 4 n n f x x x x nx x n Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 36 2) , se 0 ( ) ( 2 ) 0, se 0 ( ) , x x f x f x x f x 0 20 0 0 2 1 1 1 (0) 2 ( ) ( ) x dx xa f x dx x dx 2 00 cos( )1 1 1 ( )sen( ) ( )cos( ) ( )cos( )n nx n x nx n a f x nx dx x nx dx 2 2 2 1 cos( ) 1 0 0 [1 cos( )] 1 n n n n n Se n = ímpar, 2 2 na n e se n = par, 0na . 2 00 sen( )1 1 1 ( )cos( ) ( )sen( ) ( )sen( )n nx b n x nx n f x nx dx x nx dx 1 0 0 0 1 n n . Temos que: 2 1 ( ) cos sen sen 2 ... 2 2 2 1 1 1 cos(3 ) sen(3 ) sen(4 ) 4 3 3 4 f x x x x x x x 2 sen 2 ( ) 2cos sen ... . 2 1 2cos(3 ) sen(3 ) sen(4 ) 4 3 3 4 x f x x x x x x 3) 2 ( ) ( 2 )( ) , , f x f xf x x x 3 2 2 0 2 3 1 1 1 3 ( ) x a f x dx x dx 2 3 2 2 2 cos( ) 2sen( )1 1 1 sen( )( )cos( ) cos( )n x nx nx n n x nx n a f x nx dx x nx dx 2 2 2 2 1 2 cos( ) 2 cos( ) 1 4 cos( ) 4cos( ) 0 0 0 0 n n n n n n n n p/ n = ímpar, 2 4 na n e p/ n = par, 2 4 na n Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 37 2 2 2 3 2 sen( ) 2cos( )1 1 1 cos( ) ( )sen( ) sen( )n x nx nx b n n x nx n f x nx dx x nx dx 3 3 2 2cos( ) 2cos( ) cos( ) 2cos( ) 0 0 1 0 n n n n n n n n Temos que: 2 2 2 2 1 2 2 1 2 2 cos cos 2 cos 3 cos 4 ( ) 4 4 4 4 ( 1) cos( ) ... 4 3 1 2 3 4 3 n nx x x x f x x nx n Nota: a) P/ x = 0 tem-se 1 2 2 1 2 1 1 1 1 0 (0) 4 1 ... 0 4 ( 1) 3 4 9 16 3 n nf n e , daí, 1 2 1 2 1 ( 1) 12 n n n b) P/ x = π tem-se 1 2 2 2 2 21 1 1 1( ) 4 1 ... 4 3 4 9 16 3 n f n e , daí, 1 2 2 1 6 n n . 8.2. Exercícios propostos em 4.2 1) ( 2 ) ( )( ) , , f x f xf x x x Temos que f é ímpar: f( x) = x = f(x) 2 0 0 0 (2) (2) (2) sen( )( )cos( ) ( )sen( ) ( )sen( )n nx b n x nx n f x nx dx x nx dx cos( ) 2cos( ) 0 0 0 (2) n n n n Se n = ímpar, 2 nb n e se n = par, 2 nb n . 1 12sen 2 sen 3 ( ) ... 2 2 22sen( ) 2sen(4 ) sen( ) ( 1) 1 3 4 n nx x f x x x x nx n 2) 2 2 ( ) , ( 2 ) ( ) , 0 , 0 x f x f x f x x x x Séries de Fourier Prof.Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 38 Temos que f é ímpar: f( x) = ( x ) 2 = x2 = f(x) e, daí, 0 0na a 2 0 0 (2) (2) ( )sen( ) ( )sen( )nb f x nx dx x nx dx = 2 3 2 0 (2) 2 sen( ) 2cos( )( )cos( ) x nx nx n n x nx n 2 3 3 (2) 2cos( ) 2cos( ) n n n n n Se n = ímpar, 2 2 3 3 3 2 2 42 2 n n n n n n b e se n = par, 2 nb n . 2 3 2( ) 2 2 2 4 2 4 sen( ) sen(2 ) sen(3 ) sen(4 ) ... 2 3 3 4 f x x x x x 1 1 2 3 sen(2 ) ( ) (2 )(2 1) 2 4 sen[(2 1) ] 2 2 1 n n nx f x nn n x n 3) 3 ( 2 ) ( )( ) , , f x f xf x x x Temos que f é ímpar: f( x) = ( x ) 3 = x3 = f(x) e, daí, 0 0na a 3 0 0 (2) (2) ( )sen( ) ( )sen( )nb f x nx dx x nx dx = 2 3 4 3 2 0 (2) 3 sen( ) 6 cos( ) 6sen( )( )cos( ) x nx x nx nx n n n x nx n = 3 2 3 3 (2) 6 6 cos( ) ( 1) .2nn n n nn 3 2 2 3 3 2 3 ( ) 2 2 sen(2 ) 2 sen(3 ) ... 6 6 6 sen( ) 1 1 2 2 3 3 f x x xx x 1 2 3 3 ( ) 6 2 ( 1) sen( )n n f x x nx n n 4) ( ) , ( 2 ) ( ) , 0 , 0 x f x f x f x x x x Temos que f é par: f( x) = ( x) = f(x) e, daí, 0nb Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 39 0 2 2 0 0 0 0 2 2 1 1 1 ( )( ) ( ) x x x dxa f x dx x dx 0 0 1 1 1 ( )cos( ) cos( ) ( )cos( )na f x nx dx x nx dx x nx dx ou = 2 00 2 cos( ) 2 (1 cos( )) 2 2 ( )sen( ) ( )cos( ) nx n n n x nx x nx dx n Se n = ímpar, 2 4 na n e se n = par, 0na . 1 2 2 2 cos cos 3 cos 5 ( ) ... 4 4 4 4 cos[(2 1) ] 2 3 5 2 (2 1) n x x x f x n x n 5) ( ) , ( 2 ) ( ) , 0 , 0 x f x f x f x x x x Temos que f é par: f( x) = ( x) π = x π = f(x) e, daí, 0nb 0 2 2 0 0 0 0 2 2 1 1 1 ( )( ) ( ) x x x xx dxf x dx x dxa 0 0 1 1 ( )cos( ) ( )cos( ) ( )cos( )na f x nx dx x nx dx x nx dx 0 2 2 0 2 1 ( )sen( ) cos( ) ( )sen( ) cos( ) 2 [1 cos( )] x nx nx x n nx n n n n n n Se n = ímpar, 2 4 na n e se n = par, 0na . 1 2 2 2 4cos( ) 4cos(3 ) 4cos(5 ) 4 cos[(2 1) ] ... 2 3 5 2 (2 1) ( ) n x x x n x n f x 8.3. Exercícios propostos em 5.2 1) ( ) , sendo 1 1, ( ) ( 2)f x x x f x f x Outro modo: ( ) , ( 2) ( ) , 1 0 , 0 1 x f x f x f x x x x , com p = 2 = 2, =1 Temos que f é par: f( x) = ( x) = x = f(x) e, daí, 0nb Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 40 2 1 0 1 0 0 2 (2) 2 1 1 x a xdx 1 0 1 2 2 2 2 0 sen( ) cos( ) 2 [cos( ) 1] 1 (2) 2 1 cos( )n n x x n x n x n n n n a x dx Se n = ímpar, 2 2 4 na n e se n = par, 0na . 1 2 2 2 2 2 2 2 1 4 4 4 1 4 cos[(2 1) ] cos( ) cos(3 ) cos(5 ) ... 2 3 5 2 (2 1) ( ) n n x x x x n f x x 2) *( ) , ( 4) ( ), 0, 2 1 , 1 1 0, 1 2 f x f x f x k x k x x , com p = 2 = 4, = 2 Temos que f é par: f( x) = f(x) e, daí, 0nb 0 1 1 0 0 (2) . 2 (1). kx ka k dx 1 0 1 0 2 sen( ) 2 2 2 sen( ) 2 (2) 2 cos( )n k n x n n n x k n a k dx n 1 2 3 4 5 6 7 na 2k 0 2 3 k 0 2 5 k 0 2 7 k 2 1 3 1 5 1 7 cos( ) cos( ) cos( ) cos( ) ... 2 2 2 5 2 7 23 ( ) k k x x x x f x ou 1 1 (2 1) cos 2 ( 1) 2 1 2 2 ( ) n n n x n k k f x 3) 2 ( 2) ( )( ) , 1 1, f x f xf x x x , com p =2 = 2, =1 Temos que f é par: f( x) = ( x) 2 = x 2 = f(x) e, daí, 0nb Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 41 1 1 2 0 0 0 3(2) 1 3 2 2 3 x a x dx 1 3 3 0 1 2 2 2 2 2 2 0 sen( ) 2 cos( ) 2sen( ) 4cos( ) 1 (2) 2 1 cos( )n n x x n x x n x n x n n nn n a x dx Se n = ímpar, 2 2 4 na n e se n = par, 2 2 4 na n . 1 2 22 2 2 2 2 2 1 2 1 4cos( ) 4cos(2 ) 4cos(3 ) 1 4 cos[ ] ... ( 1) 3 1 2 3 3 ( ) n nx x x n x n f x x 4) ( ) , ( 2) ( ) 1 0 1, , 1 2 x f x f x f x x x x Reduzir a intervalo simétrico: ( ) , ( 2) ( ) 1 0 1 1 , , 0 x f x f x f x x x x Temos que p = 2 = 2, logo, =1. 0 12 2 1 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 (1) (1) 2 2 2 2 ( 1) x x xxdxa x dx 0 1 1 0 1 1 (1) (1) ( 1)cos( ) cos( )n x n x dx x n x dxa 0 1 1 0 2 2 2 2 ( 1)sen( ) cos( ) sen( ) cos( )x n x n x x n x n x n nn n 2 2 2 22 2 2 2 1 cos( ) cos( ) 1 0 0 0 0 n n n n n n 2 2 2 2 2 2 2cos( ) 2 2 [cos( ) 1] n n n n n Se n = ímpar, 2 2 4 na n e se n = par, 0na . 0 1 1 0 1 1 (1)(1) ( 1)sen( ) ( )sen( )nb x n x dx x n x dx Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 42 0 1 1 0 2 2 2 2 ( 1)cos( ) sen( ) cos( ) sen( )x n x n x x n x n x n nn n 1 cos( ) 1 0 0 0 0 0 0 [1 cos( )] n n n n n Se n = ímpar, 2 nb n e se n = par, 0nb . 2 2 2 4 cos(3 ) cos(5 ) 2 sen(3 ) sen(5 ) ( ) cos( ) ... sen( ) ... 3 5 3 5 x x x x f x x x 2 1 1 2 4 cos[(2 1) ] 2 sen[(2 1) ] (2 1) 2 1 ( ) n n n x n x n n f x 5) ( ) , ( 4) ( ) 11, 1 0, 1 2 f x f x f x x x Reduzir a intervalo simétrico: ( ) 1 , ( 4) ( ) 1 1 0, 2 , 1 0, 1 2 f x f x f x x x x A função é par de período p = 2 = 4, logo, =2 e 0nb 0 1 1 0 0 (2) . 1 2 1 xa dx 1 0 1 0 2 sen( ) 2 2 2 sen( ) 2 (2) 2 1.cos( )n n x n n n x n a dx n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 na 2 0 2 3 0 2 5 0 2 7 0 2 9 3 5 7 2cos 2cos 2cos 2cos 1 2 2 2 2 ... 2 3 5 7 ( ) x x x x f x Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 43 1 1 (2 1) cos 1 2 2 ( ) ( 1) 2 2 1 n n n x f x n 8.4. Exercícios propostos em 6.2 1) ( ) 3 , sendo 1 3, ( ) ( 4)f x x x f x f x , com p = 2 = 4, = 2. 2 0 33 1 1 1 2 1 4 2 2 . 3(3 ) xa xx dx 2 2 3 1 3 1 2(3 )sen 4cos 1 2 2 22 1 2 (3 )cos( )n n x n x x n n n x a x dx 2 2 2 2 3 4cos 8sen 4cos 1 2 2 2 2 n n n n n n 2 2 3 1 3 1 2(3 )cos 4sen 1 2 2 22 1 2 (3 )sen( )n n x n x x b n n n x x dx 2 2 2 2 3 4sen 8cos 4sen 1 2 2 2 2 n n n n n n Obter para cada n, *n , os valores de na e nb : n 1 2 3 4 5 na 4 0 4 3 0 4 5 nb 0 2 0 1 0 Séries de Fourier Prof. Me. Ayrton Barboni https://sites.google.com/site/ayrtonbarboni 44 4 4 2 4 3 2 4 5 ( ) cos sen x cos sen 2 x cos ... 2 2 3 2 2 5 2 x x x f x 2 2 3 1 2 5 2 2cos sen x cos sen 2 x cos ... 2 3 2 2 5 2 x x x 1 1 1 (2 1) cos sen2 2 ( ) 2 ( 1) ( 1) 2 1 2 n n n n n x n x f x n n 2) 2( ) 1 , sendo 1 3, ( ) ( 2)f x x x f x f x ,
Compartilhar