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DOENÇAS DO FEIJOEIRO

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DOENÇAS DO FEIJOEIRO
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DEFINIÇÃO
“Doença de planta é um processo dinâmico, no qual hospedeiro e patógeno, em íntima relação com o ambiente, se influenciam mutuamente, que resultam modificações morfológicas e fisiológicas ” Gaümann (1946).
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PATÓGENO
AMBIENTE
HOSPEDEIRO
DOENÇA
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PRINCÍPIO BIOLÓGICO SOBRE OS MÉTODOS DE CONTROLE – Whetzel (1925)
Exclusão: prevenção da entrada de um patógeno em área ainda não infestada. 
Através de medidas quarentenárias e legislações fitossanitárias promulgadas por órgãos governamentais, nacionais e internacionais.
Erradicação: eliminação de um patógeno de uma área em que foi introduzido, depende do espectro de hospedeiros, capacidade de disseminação do patógeno e da viabilidade econômica. 
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Proteção: formação de uma barreira protetora entre as partes suscetíveis do hospedeiro e do inoculo do patógeno antes da deposição. 
fungicida, época, dose e número de aplicações e das condições ambientais e operacionais.
Imunização: desenvolvimento de plantas resistentes, tolerantes ou imunes.
genética, química ou biológica.
Terapia: visa restabelecer a sanidade de um vegetal no qual o patógeno já estabeleceu relação parasitária, mediante a eliminação do patógeno infectante ou nas condições de reação das plantas.
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Marchionatto (1949)
Regulação: possibilita o controle de doenças bióticas e abióticas baseadas em modificações do ambiente, a eficiência depende do grau de influência de um determinado fator ambiental no desencadeamento do processo patológico e ou epidemiológico e da possibilidade de controle deste fator.
Evasão: visa a prevenção de doenças através de táticas de fuga dirigidas contra o patógeno e ou contra o ambiente favorável ao desenvolvimento da doença, na ausência de variedades resistentes, constitui na primeira opção de controle de doenças.
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Efeito do
homem sobre o ambiente
Solarização
Inundação
Manejo e Fertilidade do solo
Local e época de plantio
Práticas culturais
Efeito do
Homem sobre
o hospedeiro
Resistência
Espaçamento
Nutrição
Diversidade genética
Proteção biotecnologia
Efeito do Homem
Sobre o patógeno
Medidas de controle( biológico, químico e cultural)
Introdução e disseminação de patógenos
Engenharia genética
Macro e micro clima
Fatores físicos, químicos
 e biológicos do solo
Curto prazo
Suscetibilidade
Tamanho da cultura
Densidade de plantio
Arquitetura da planta
Uniformidade genética
idade
Raça, virulência e agressividade
Abundância e sobrevivência do inoculo
INFECÇÃO
LESÃO
ESPORULAÇÃO
SOBREVIVÊNCIA
DISSEMINAÇÃO
GERMINAÇÃO
DOENÇA
TEMPO
ESPAÇO
Azevedo, 1997
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PATÓGENO
AMBIENTE
HOSPEDEIRO
DOENÇA
ERRADICAÇÃO
ELIMINAÇÃO
PROTEÇÃO
IMUNIZAÇÃO
TERAPIA
REGULAÇÃO
EVASÃO
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INFECÇÃO
COLONIZAÇÃO
REPRODUÇÃO
SOBREVIVÊNCIA
DISSEMINAÇÃO
CICLO PRIMÁRIO
 CICLO
SECUNDÁRIO
HOSPEDEIRO DOENTE
ERRADICAÇÃO
EXCLUSÃO
PROTEÇÃO
IMUNIZAÇÃO
TERAPIA
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METODOS GERAIS DE CONTROLE
Resistência genética;
Sistema de produção e práticas culturais;
Definição da época de semeadura e região de cultivo;
Rotação de cultura;
Roguing ou eliminação de plantas infectadas;
Uso de sementes sadias;
Tratamento de sementes;
Controle biológico;
Controle químico.
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ANTRACNOSE
Agente causal:
Colletotrichum lindemuthianum (Sacc. & Magm.) Scrib. 
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ANTRACNOSE
Condições climáticas: ( favoraveis )
 Temperatura amena – 15 a 22°C
 Umidade relativa do ar – > 80%, por um período de 6 a 9 horas.
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EPIDEMIOLOGIA
A principal via de disseminação do fungo a longas distâncias são as sementes contaminadas, que originaram lesões nos cotilédones e atuarão como fonte de inóculo secundário;
Dentro de um mesmo campo, a doença é disseminada através de respingos de chuvas, orvalho - os esporos presentes nas lesões são unidos em massa gelatinosa, que só se dissolve na presença de água - ventos, insetos, homem, outros animais e implementos agrícolas que entram em contato com plantas doentes 
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SINTOMATOLOGIA
Os sintomas podem ser observados em todas as partes aéreas da planta e, ocasionalmente, nas raízes.
Nas folhas, as lesões ocorrem inicialmente na face abaxial, ao longo das nervuras, com pequenas manchas pardo-avermelhadas, as quais, posteriormente, se tornam de cor café-escura a negra.
É nas vagens que são observados os sintomas mais evidentes, caracterizados por lesões de formato variável, normalmente circulares, de coloração pardo-escura e deprimidas no centro.
Nas sementes atacadas, ocorrem manchas pardas ou negras, levemente deprimidas e de tamanho variável, podendo, inclusive, cobrir metade do grão. Os sintomas são mais notados em sementes claras. 
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Sintomas iniciais de antracnose nas nervuras da folha na face abaxial 
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Ataque severo, sendo observado ao longo das nervuras na face superior das folhas
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PRÁTICAS DE MANEJO
Utilizar cultivares resistentes;
Utilizar sementes sadias;
Efetuar o tratamento das sementes com fungicidas sistêmicos;
Não plantar por três anos em áreas onde ocorreu a doença;
Realizar o plantio em locais de clima árido, com irrigações artificiais ou, até mesmo, em regiões úmidas com temperaturas elevadas. 
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CONTROLE QUÍMICO
Tratamento de sementes:
 Captan
 Carboxin + Thiran
Tratamento foliar:
 Fentin hidroxide ( estanhado )
 Tebuconazole
 Tiofanato Metílico
 Chlorothalonil
 Trifloxystrobin + Propiconazole
 Piraclostrobin
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MÉTODO UTILIZADO NO CAMPO 
Rotação de culturas
Tratamento de sementes
Cultivares resistentes ou tolerantes
Controle químico:
1ª pulv. – 25 a 30 DAE
2ª pulv. – 40 a 45 DAE
3ª pulv. – 55 a 60 DAE
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MANCHA ANGULAR
Phaseoisariopsis griseola (Sacc.) Fer.
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MANCHA ANGULAR
Condições climaticas:
 Temperatura – 18 – 25°C;
 Umidade do ar alta favorecem a infecção e o desenvolvimento do fungo, enquanto a alternância com períodos de baixa umidade relativa do ar e presença de ventos favorecem a disseminação de esporos.
 
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SINTOMATOLOGIA
A doença afeta folhas, ramos e vagens. As lesões típicas aparecem na face inferior das folhas, que apresentam numerosas manchas pardas, angulares, delimitadas pelas nervuras que se tornam acinzentadas com a frutificação do fungo. 
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PRÁTICAS DE MANEJO
Utilizar sementes sadias. 
Utilizar cultivares resistentes. 
Realizar a rotação de cultura por dois anos. 
Destruir os restos culturais. 
Efetuar pulverizações com fungicidas.
Tratamento de sementes
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FERRUGEM
Agente causal:
Uromyces appendiculatus (Pers.) Unger
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CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
Temperaturas moderadas – 15 a 25 ºC 
Umidade relativa do ar – alta 
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SINTOMATOLOGIA
Os sintomas são encontrados principalmente nas folhas, ocorrendo também nas vagens e raramente nas hastes. Inicialmente surgem pequenas manchas esbranquiçadas, formando suaves elevações da superfície abaxial das folhas. Poucos dias após, surgem pústulas de tamanho variável e coloração ferruginosa nas duas superfícies das folhas com exposição de grande quantidade de esporos - os uredosporos.
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PRÁTICAS DE MANEJO
Efetuar a rotação de culturas. 
Destruir os restos culturais. 
Plantar cultivares resistentes. 
Evitar o plantio em áreas que tenham sido pesadamente atacadas por ferrugem na estação anterior. 
Aplicar fungicidas quando aparecem as primeiras pústulas. 
Reduzir a densidade do plantio. 
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MOFO BRANCO
Agente causal: 
 Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary
 O mofo-branco, é uma das doenças mais destrutivas pelo difícil controle e pela fato de ocorrer em mais de 200 gêneros de plantas, abrangendo 408 espécies de plantas.
 
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CONDIÇÕES FAVORAVEIS
Temperatura
– 11 a 25°C
Alta umidade relativa do ar e solo
Solo compactado
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EPIDEMIOLOGIA
É comum nas áreas irrigadas, pode ocorrer em lavouras não irrigadas.
Temperaturas amenas, aliadas às precipitações (chuvas) moderadas e contínuas. 
Na safra das "águas" é também comum, se ocorrerem quedas nas temperaturas, que podem favorecer o desenvolvimento do patógeno. Nessas condições, se o crescimento vegetativo das plantas for muito vigoroso, chegando a impedir o arejamento e a penetração de luz na cultura, a doença pode se tornar mais severa.
Um outro agravante em relação ao mofo-branco é o grande número de plantas hospedeiras que o fungo possui, tais como soja, algodão, alface, repolho, tomate rasteiro, ervilha, picão, carrapicho, mentrasto, caruru e vassoura, entre outras, o que dificulta sobremaneira a sua erradicação em áreas contaminadas. 
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SINTOMATOLOGIA
A doença inicia-se em reboleiras na lavoura, por ocasião do florescimento, especialmente nos locais onde há maior crescimento vegetativo e acamamento das plantas.
Os sintomas são visíveis nas folhas, hastes e vagens, começando com a formação de manchas encharcadas, seguida por crescimento micelial branco e cotonoso, que é característico do mofo-branco. 
Com o progresso da doença, as folhas murcham. Dentro e fora dos tecidos infectados são formadas partículas duras e negras, de formato irregular, facilmente visíveis a olho nu, que são os escleródios do fungo. 
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CICLO DE VIDA
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Fonte: IAC
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Escleródios de Sclerotinia Sclerotiorum. 
Formas e tamanhos. 
Contaminação concomitante com sementes.
Escleródios formados em meio de cultura.
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PRÁTICAS DE MANEJO
Primeiramente, deve-se fazer todo o possível para impedir a entrada do patógeno, pois, uma vez presente, é muito difícil erradicá-lo; 
É essencial, portanto, o uso de sementes sadias, de procedência conhecida e tratadas com fungicidas recomendados;
Deve-se também proceder à limpeza minuciosa dos implementos agrícolas, principalmente no caso de terem sido utilizados em áreas onde a doença já tenha sido constatada;
Evitar condições ambientais que favoreçam o desenvolvimento do patógeno.
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PRÁTICAS DE MANEJO
As plantas que apresentarem sintomas devem ser arrancadas e queimadas antes da formação dos escleródios; 
Se a área já estiver muito infestada, deve-se evitar o plantio de feijão e de outras plantas suscetíveis por um período de pelo menos cinco anos, dando-se preferência às gramíneas, como trigo, arroz, milho, sorgo, aveia ou pastagem; 
Em áreas de risco, deve-se adotar espaçamento maior entre as fileiras e menor número de plantas por metro;
Cultivares de porte ereto;
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PRÁTICAS DE MANEJO
Evitar o uso excessivo de adubação nitrogenada;
Aplicações preventivas de fungicidas apropriados;
Proibição do tráfego de pessoas e equipamentos provenientes de áreas infestadas;
Inspeção rigorosa da cultura durante a floração, quando há maior predisposição à doença, objetivando a detecção de pequenos focos visando ao seu controle;
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PRÁTICAS DE MANEJO
Manejo adequado da irrigação;
Combinação de fungicidas com diferentes ingredientes ativos;
Plantio direto na palha, como de braquiária, aumenta a população de microrganismos biocontroladores de S. Sclerotiorum, dificulta a entrada de luz necessária para a formação dos apotécios e a palha também forma barreira física, impedindo os ascósporos de alcançarem a camada superior da palhada.
O fungicida deve atingir o alvo: hastes, ramos, folhas, flores e pétalas, com cobertura adequada; repetir aplicações, conforme o monitoramento indicar necessidade, seguindo recomendações do fabricante.
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CONTROLE QUÍMICO
quintozene – TRATAMENTO DE SEMENTES
Fluazinam
Procymidone
Tiofanato Metílico
vinclozolin 
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MOSAICO DOURADO - VMDF
Agente causal 
 Bean golden mosaic vírus – BGMV
 O vírus possui partículas pareadas isométricas, cujo monômero mede, aproximadamente, 18-19nm.
 É limitado no floema 
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EPIDEMIOLOGIA
A transmissão do vírus ocorre com grande facilidade pela mosca-branca (Bemisia tabaci), porém não é transmitido por semente. 
A alta incidência do vetor nos primeiros 15 dias após a emergência favorece a disseminação da doença na fase precoce e tem graves conseqüências sobre a produtividade. 
O vírus pode sobreviver em diversas leguminosas, solanáceas e malváceas e em plantações mais velhas de feijão.
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SINTOMATOLOGIA
Os sintomas aparecem mais nitidamente nas plantas quando já tem 3 ou 4 folhas, formando mosaico de áreas verde-normais e amarelo-douradas. 
Um leve enrolamento nas folhas e nanismo da planta, com encurtamento dos entrenós podem ocorrer dependendo da variedade cultivada. 
Geralmente, ocorre acompanhando o mosaico, perda da dominância apical, com brotamento das gemas axilares e o retardamento da senescência foliar por tempo mais prolongado. Esses fenômenos parecem estar associados à alterações no nível endógeno de citocininas.
As vagens também desenvolvem-se mal, ficando deformadas e com poucas sementes, as quais podem apresentar deformações devido à doença.
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PRÁTICAS DE MANEJO
Eliminar as fontes de inóculo;
Isolar a plantação com outras culturas que não sejam hospedeiras do vírus ou do vetor, como milho, mandioca e sorgo;
Realizar o controle do inseto-vetor (mosca-branca) pela utilização de inseticidas sistêmicos;
Utilizar cultivares resistentes;
Efetuar o plantio de feijão em áreas distantes da cultura da soja. 
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OÍDIO - Erysiphe polygoni DCAllesher
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MACROPHOMINA
Podridão cinzenta do caule
Macrophomina phaseolina (Tass.) Goid.
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SCLEROTIUM
Sclerotium rolfsii Sacc.
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CRESTAMENTO BACTERIANO
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli

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