Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Engenharia Econômica Parte 1 – Introdução A função financeira na empresa - desenvolve pesquisas e conhecimento sobre o desenvolvimento, implementação e difusão de prá5cas de sustentabilidade ambiental e social em processos produ5vos, produtos e serviços e cadeias produ5vas. - O NESE procura aproximar o conhecimento acadêmico da experiência corpora;va e divulgar os conhecimentos desenvolvidos e casos de sucesso através de encontros no ambiente empresarial e acadêmico. - O NESE ajuda a empresas a inovar para a sustentabilidade. Função Marketing à comunicar os produtos ou serviços de uma empresa para seu mercado de modo a gerar pedidos de serviços e produtos por consumidores; Função Desenvolvimento de Produto/serviço à criar novos produtos e serviços ou modificá-los, de modo a gerar solicitações futuras de consumidores; Função Produção à satisfazer às solicitações de consumidores por meio da produção e entrega de produtos e serviços; Slack, 2002. A função financeira na empresa Funções de Apoio Função Contábil-financeira àfornece informações para ajudas os processos decisórios econômicos e administrativos; Função Recursos Humanos à Recrutar e desenvolver os funcionários A função financeira na empresa Slack, 2002. A função financeira na empresa Slack, 2002. Russomano, 1995. A função financeira na empresa Russomano, 1995. A função financeira na empresa Nós decidimos criar uma empresa para produzir queijo coalho O que necessitamos? - Contratar pessoas (força de trabalho) - Construir instalações Qsicas - Comprar equipamentos, máquinas e ferramentas - Comprar matérias primas e insumos ⇒ inves5mento A função financeira na empresa Onde ir para obter os fundos necessários? - Capital próprio - Emprés;mo - Uma combinação de ambos ⇒ precisamos financiar o inves-mento A função financeira na empresa O que ocorrerá quando começarmos a vender? A empresa ganhará efe;vo (cash) Estaremos criando valor para os proprietários ⇒ O propósito da empresa é criar valor para o(s) proprietário(s) Como “devolver” valor aos proprietários? Através de fluxos de efe;vo em quan;dades e datas definidas ⇒ Em termos financeiros se deve decidir sobre os dividendos a entregar A função financeira na empresa - US, 1887: Arthur Wellington, "The Economic Theory of Railway Loca-on" à análise de viabilidade econômica para ferrovias. - Todo o fundamento da engenharia econômica se baseia na matemá;ca financeira, que se preocupa com o valor do dinheiro no tempo. - Engenharia econômica é importante para todos que precisam decidir sobre propostas tecnicamente corretas, “Em muitos casos, um engenheiro, melhor do que outros profissionais, pois é quem faz a análise, já que conhece os detalhes técnicos. A natureza da engenharia econômica Pode-se citar como exemplos de aplicação: à Efetuar o transporte de materiais manualmente ou comprar una correia transportadora; à Subs;tuição de equipamentos obsoletos; à Comprar carro a prazo ou à vista. A natureza da engenharia econômica [Definição] "...o conjunto de conhecimentos necessários à tomada de decisão sobre inves;mentos". [Níveis] (1) Matemá;ca Financeira (Fatores para tratar o valor do dinheiro no tempo). (2) Métodos de avaliação de alterna;vas (Valor Presente Líquido, Taxa de Retomo, ...) (3) assuntos específicos para complementar a tomada de decisões de inves;mento (Risco, Imposto de Renda, Sensibilidade, ...). A natureza da engenharia econômica [Princípios básicos] (1) Deve haver alterna;vas de inves;mentos. (2) As alterna;vas devem ser expressas em dinheiro. (3) As diferenças entre as alterna;vas são relevantes. (4) Sempre serão considerados os juros sobre o capital empregado. (5) As alterna;vas terão sempre o mesmo horizonte de atuação (n). A natureza da engenharia econômica [Princípios básicos] (6) Os critérios de aprovação de um projeto são os seguintes: à Critérios financeiros: disponibilidade de recursos; à Critérios econômicos: rentabilidade do inves;mento; à Critérios imponderáveis: fatores não conver;dos em dinheiro. A natureza da engenharia econômica Ferramenta para: Analisa o Valor do dinheiro ao longo do tempo vários fluxos de entrada e saída de dinheiro de caixa verificados em diferentes momentos. Diagrama de fluxo de caixa Diagrama de fluxo de caixa saída de dinheiro entrada de dinheiro tamanho das flechas deve ser proporcional ao valor Diagrama de fluxo de caixa Exemplo Uma pessoa empresta a outra R$ 10.000,00 à taxa de juro de 10% ao ano pelo prazo de 1 ano. Como expressar essa situação u;lizando um diagrama de fluxo de caixa? DADOS Capital: R$ 10.000,00 Taxa de juros: 10% a.a. Período de análise: 1 ano Juro: R$ 1.000,00 Montante: R$ 11.000,00 Fatores da engenharia econômica e seu uso X = Y(X/Y, i%, n) X é o valor que se deve calcular Y é o valor conhecido i é a taxa de juros n é o número de períodos (horizonte) Fatores da engenharia econômica e seu uso O fator Quan5dade Composta Pago Único (F/P, i%, n) Ao mul;plicar um valor presente P por este fator, corrige-se o seu valor para uma data futura, determinando o valor futuro F quando a taxa de juros efe;va é i. Fatores da engenharia econômica e seu uso O fator Quan5dade Composta Pago Único (F/P, i%, n) Exemplo: Uma empresa liberou recursos da venda de a;vos por R$230.000 e os aplicou em um banco que paga uma taxa de juros de 13% ao ano, quatro terá a empresa depois de 4 anos? Fatores da engenharia econômica e seu uso O fator Quan5dade Composta Pago Único (F/P, i%, n) Exemplo: Uma empresa liberou recursos da venda de a;vos por R$230.000 e os aplicou em um banco que paga uma taxa de juros de 13% ao ano, quatro terá a empresa depois de 4 anos? Fatores da engenharia econômica e seu uso Tomada de Decisão de InvesImento • Toda operação financeira é representada em termos de fluxos de caixa, ou seja, em fluxos futuros esperados de recebimentos (entradas) e pagamentos (saídas) de dinheiro. • É necessário que o método "resuma" toda a informação em um único "valor" e proporcione o critério de seleção comparando o valor encontrado com um "parâmetro”. Tomada de Decisão de InvesImento • A avaliação desses fluxos consiste, em essência, na comparação dos valores presentes, calculados segundo o regime de juros compostos a par;r de uma dada taxa de juros. • Em consideração ao conceito do valor do dinheiro no tempo, raciocínio básico das Engenharia Econômica, coloca-se como fundamental estudar-se aqueles métodos que levem em conta esse conceito. ⇒ Necessidade de seleção ⇒ O dinheiro como base única de comparação Tomada de Decisão de InvesImento Existem diversos métodos de avaliação de inves;mentos: - Valor Presente Líquido (VPL) - Valor Futuro Líquido (VFL) - Valor Uniforme Líquido (VUL) - Taxa de Retorno (TIR) - Período de Recuperação (Payback) - BeneOcio – Custo (C/B) - Índice de Lucra-vidade (IL) - Outros Taxa Mínima Aceitável Uma empresa pode financiar seus inves;mentos usando diversas fontes de financiamento, basicamente duas: Capital Próprio e Dívida. Cada fonte de financiamento tem um custo próprio, ou seja, uma taxa exigida pelos donos do dinheiro. Para avaliar alterna;vas de inves;mento, a empresa usará uma taxa de juros que será uma média ponderada dos custos (taxas)das diferentes fontes de financiamento considerando o risco próprio do inves;mento. Engenharia Econômica Parte 2 – Método do Valor Presente De forma geral, um sujeito econômico racional tem por obje;vo maximizar o "Valor Presente" de seus inves;mentos e aplicações em função de suas exigências de consumo e de suas caracterís;cas de oportunidades de inves;mento e aplicação. ⇒ Princípio da "maximização do valor presente" à tem como finalidade determinar um valor no instante considerado inicial. "A maximização do valor presente é o objeIvo financeiro racional PRINCIPAL para todos os invesIdores" Natureza do VPL à exige a definição prévia da TMA a ser empregada na atualização dos fluxos de caixa; à O VPL denota o resultado econômico da alterna;va financeira expressa em moeda atualizada (dinheiro no tempo zero). à (VPL>0) indica que um projeto de inves;mento é rentável e aceitável. [ Os capitais inves;dos serão remunerados pelos fluxos de entrada ob;dos pela exploração da a;vidade] Natureza do VPL • método do Valor Presente Líquido (VPL) para análise dos fluxos de caixa é calculado através da diferença entre o valor presente dos beneQcios ou receitas (fluxos posi;vos) e o valor presente dos pagamentos ou despesas (fluxos nega;vos). Cálculo do VPL Um engenheiro quer comparar através do VPL dois equipamentos de igual serviço, os custos estão discriminados abaixo (i=10% ao ano): Cálculo do VPL Um supervisor de uma indústria está tentando decidir entre as seguintes máquinas: Cálculo do VPL Determinar qual das máquinas se deverá selecionar sobre a base de uma comparação do VPL, se a empresa tem uma TMA de 15% ao ano. Engenharia Econômica Parte 3 – Método do Valor Uniforme Líquido à Conhecida uma taxa de juros, vários fluxos de receitas (entradas) e despesas (saídas), irregulares ou uniformes, de um fluxo de caixa, podem converter-se em uma série uniforme (A). à O valor uniforme de uma entrada (ou saída) de dinheiro é o valor equivalente uniforme (de 0 a n) desta entrada (ou saída), situado em qualquer instante do fluxo de caixa, considerando- se conhecida a taxa de juros que servirá de equivalência. Natureza do VUL Se ;vermos uma entrada igual a R$ 60 localizada no presente zero, e quisermos saber o valor uniforme equivalente desta entrada, no fluxo de caixa, onde n=5 meses e i=12% ao mês, teremos: Natureza do VUL Se a entrada es;vesse localizada no mês 2 e quiséssemos saber o valor uniforme equivalente dela nas mesmas condições anteriores: Natureza do VUL Natureza do VUL há predominância dos valores uniformes dos beneQcios em relação aos valores uniformes dos custos, e o inves5mento deveria ser aceito. VUL > 0 VUL < 0 VUL = 0 Valor uniforme líquido de um fluxo de caixa é a soma algébrica dos valores uniformes das entradas (posi;vas) com os valores uniformes das saídas (nega;vas). Natureza do VUL há predominância de saídas (custos), em lugar de entradas (beneQcios) Custo Uniforme Líquido (CUL) CUL = - VUL VUL > 0 VUL < 0 VUL = 0 há predominância dos valores uniformes dos custos em relação aos valores uniformes dos beneQcios, e o inves5mento deveria ser rejeitado. Natureza do VUL há uma igualdade dos valores uniformes dos beneVcios em relação aos valores uniformes dos custos. Neste caso será indiferente entre aceitar ou não o inves5mento. VUL > 0 VUL < 0 VUL = 0 Valor uniforme líquido de um fluxo de caixa é a soma algébrica dos valores uniformes das entradas (posi;vas) com os valores uniformes das saídas (nega;vas). Cálculo do VUL Cálculo do VUL Comparação pelo método do VUL de alternaIvas com vidas úteis iguais à Cálculo direto. A alterna;va com o maior VUL será a melhor. à Qual a melhor alterna;va? >VPL Cálculo do VUL Comparação pelo método do VUL de alternaIvas com vidas úteis diferentes à A principal vantagem do método do VUL é que não requer que a comparação seja feita sobre o mínimo múl;plo comum de períodos quando as alterna;vas têm vidas úteis diferentes. Cálculo do VUL Engenharia Econômica Parte 4 – Método da Taxa de Retorno Taxa de retorno é a taxa de juros paga sobre os saldos devedores de dinheiro tomado emprestado, de forma que o pagamento ou receita final leva o saldo devedor a zero, considerando os juros. à A taxa de juros que se expressa como porcentagem por período, por exemplo, i = 10% ao ano, e será sempre posi;va (i>0) “respeitando” o valor do dinheiro no tempo. Natureza da TR A taxa de juros i que faz o VPL igualar a zero é chamada de taxa interna de retorno (TIR), taxa de equilíbrio, retorno sobre os inves5mentos e é representada pelo símbolo i*. Taxa Interna de Retorno Não tem como finalidade a avaliação de rentabilidade de um determinado capital; ao contrário, o obje;vo da TIR é encontrar uma taxa intrínseca de rendimento. Cálculo Taxa Interna de Retorno Se a TIR de um projeto fosse 10% ao ano, a decisão de aceitar ou não esse inves;mento dependerá do valor da TMA do inves;dor (pessoa ou empresa): Cálculo Taxa Interna de Retorno Comparação pelo método da TIR de alternaIvas de invesImento Dois projetos de inves;mento X e Y Se os projetos X e Y, têm, respec;vamente, TIR de 30% ao ano e 40% ao ano e sendo a TMA de 10% ao ano, poderemos afirmar que os dois projetos, isoladamente considerados, são bem aceitáveis como inves;mentos? Se ambos dos projetos são aceitáveis, qual deles é a melhor alterna5va? Cálculo Taxa Interna de Retorno Análise incremental (Avaliação de múlIplas alternaIvas) Alternativas independentes - Quando mais de uma alternativa pode ser selecionada entre as alternativas que estão se avaliando - são usualmente analisadas comparando-as a padrões predeterminados (por exemplo, a TMA), não sendo necessário a comparação entre essas alternativas. Cálculo Taxa Interna de Retorno Análise incremental (Avaliação de múlIplas alternaIvas) Alternativas mutualmente excludente - Somente uma das alterna;vas é selecionada a par;r de um grupo de alterna;vas avaliada. - TIR não é recomendável Cálculo Taxa Interna de Retorno Análise incremental (Avaliação de múlIplas alternaIvas) Um fabricante de calças para criança está analisando a possibilidade de comprar uma máquina nova de costura, no mercado existem dois modelos: semi-automá5ca (S) e automá5ca (A). As es-ma-vas de cada uma delas são apresentadas na tabela abaixo: Determinar qual das máquinas deveria ser comprada, se a TMA é de 15% ao ano. Cálculo Taxa Interna de Retorno Análise incremental (Avaliação de múlIplas alternaIvas) Primeiro passo: Ordenar as alterna-vas e selecionar aquela que possui o maior inves-mento inicial. Segundo passo: Tabular as alterna-vas e calcular o fluxo de caixa líquido por ano Cálculo Taxa Interna de Retorno Análise incremental (Avaliação de múlIplas alternaIvas) Terceiro passo: Estabelecer o diagrama do fluxo de caixa incremental líquido, ou seja, da coluna da diferença entre as alterna-vas. Cálculo Taxa Interna de Retorno Análise incremental (Avaliação de múlIplas alternaIvas) Quarto passo: Estabelecer a equação de equilíbrio financeiro da taxa de retorno incremental para o fluxo de caixa líquido do diagrama anterior: 0 = -5.000+ 1.900 (P/A, i%, 10) – 11.000 (P/F, i%, 5) + 2.000 (P/F, i%, 10) Limitação Taxa Interna de Retorno Engenharia Econômica Parte 5 – Método do Prazo de Recuperação (Payback) Tempo necessário para recuperarmos nosso inves5mento inicial, A maior falha do método do prazo de recuperação consiste no fato de, tecnicamente, não se poder classificar alterna;vas na razão inversa do número de períodos de retorno. Natureza do Payback Exemplo: Se analisarmos duas alterna-vas A e B que apresentam prazos de retorno, respec-vamente, de 4 e 6 anos. Não podemos afirmar, com toda certeza de que a alterna-va A é a melhor, em virtude de ter o prazo menor. muitas vezes, não preferem a melhor alterna;va, isto é, a de maior lucro, mais sim a de menor prazo de recuperação do inves;mento, fato que limita o risco e possibilita que o dinheiro retornado seja novamente aplicado. Natureza do Payback Cálculo do Payback Com base na regra do prazo de recuperação ou período de payback, um inves;mento é aceitável quando seu período de payback calculado é inferior a algum número predeterminado de anos. Cálculo do Payback Um inves-dor está disposto a aplicar R$ 250.000,00 em algum projeto que permita recuperar o capital em um tempo não maior a 3 anos. Ele recebe uma proposta de inves-mento com os fluxos apresentados no diagrama de fluxo abaixo. Qual é a decisão de inves-mento, se o inves-dor usa uma TMA de 12% ao ano? Cálculo do Payback Cálculo do Payback n’ = 3,84 anos Referência ARAMAYO, J. S. Curso de engenharia economica. UFRN, 2004.
Compartilhar