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ATUALIZAÇÃO EM CURATIVOS 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
A saúde é uma área de trabalho no qual a 
pesquisa científica é sempre ativa; os 
constantes progressos permitem melhorar a 
conduta clínico-cirúrgica e 
consequentemente a possibilidade de 
reparação dos clientes. Portanto, o crescente 
avanço científico na área de curativos tem 
favorecido o processo cicatricial e melhorado 
a qualidade de vida dos pacientes portadores 
de feridas. 
 
1.2. Objetivos 
 
Atualizar o profissional de enfermagem e 
estudantes de enfermagem acerca dos 
mecanismos de cicatrização das feridas e 
sobre os curativos mais modernos utilizado 
no tratamento de feridas. 
Possibilitar ao aluno o conhecimento teórico 
sobre os estágios da cicatrização de feridas 
permitindo-o selecionar o curativo adequado. 
Esclarecer dúvidas a cerca dos produtos mais 
utilizados no tratamento de feridas, seus 
benefícios, mecanismo de ação e contra-
indicações. 
 
1.3. Premissas 
 
Historicamente, o tratamento de feridas tem 
como filosofia, a proteção das lesões contra a 
ação de agentes externos físicos, mecânicos 
ou biológicos. A preocupação com a 
contaminação exógena por microrganismos 
fez com que fossem instituídas técnicas de 
curativo, onde o princípio básico era a 
manutenção do curativo limpo e seco. 
Atualmente, após a realização de estudos 
científicos que comprovaram os benefícios 
do meio úmido para a cicatrização das 
feridas, foram desenvolvidos diversos 
curativos biocompatíveis que possibilitam a 
cicatrização da ferida de maneira mais rápida 
e eficiente. 
Nos últimos anos houve uma explosão na 
quantidade de novos produtos de tratamento 
das feridas. Estes produtos foram elaborados 
para ter um efeito funcional. 
 
2. O HISTÓRICO DOS 
CURATIVOS 
 
Desde a era pré-histórica eram preparadas 
cataplasmas de folhas e ervas com o intuito 
de estancar a hemorragia e facilitar a 
cicatrização. Com o passar do tempo e 
evolução das civilizações foram 
aperfeiçoados vários métodos como 
emplastros de ervas, mel, cauterização das 
feridas com óleos ferventes ou ferro quente, 
desinfecção com álcool proveniente do 
vinho, utilização de banha de origem animal, 
cinzas, incenso, mirra dentre outros. 
Os egípcios eram habilidosos no processo de 
embalsamento, para o tratamento de feridas 
utilizavam o conceito de ferida limpa, com a 
utilização de óleos vegetais, e ocluída com 
cataplasmas e faixas de algodão. 
Winter em 1962 demonstrou que o meio 
úmido, enzimas como as colagenases e 
proteinases capacitam as células para 
migrarem através da ferida para as áreas 
úmidas onde há fibrina. Como a epitelização 
significa migração celular, o meio úmido 
favorece condições fisiológicas para a 
cicatrização. 
Quando permitimos a uma ferida secar e 
formar uma crosta, as células epiteliais 
necessitam penetrar mais profundamente na 
lesão para encontrar um plano de umidade 
que permita sua proliferação. Assim sendo, 
uma ferida seca exigirá maior atividade 
metabólica e necessitará de mais tempo para 
a cura. A crosta também é um fator que 
prejudica a visualização da evolução do 
processo cicatricial e muitas vezes impedem 
 
 
 
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o diagnóstico precoce de complicações 
infecciosas. 
 
 
 
3. A IMPORTÂNCIA DA 
ABORDAGEM 
INTERDISCIPLINAR NO 
TRATAMENTO DAS FERIDAS 
 
A formação de um grupo interdisciplinar 
para avaliar as feridas é importante, pois 
cada profissional abordará uma área 
específica e ao mesmo tempo se preocupará 
com a outra área que paralelamente está 
sendo tratada por outro profissional, de 
forma que o tratamento seja integral, global, 
possibilitando a troca de informações entre 
os profissionais. 
É necessária a avaliação inicial abrangente 
com todos os profissionais para traçarem um 
plano de cuidado adequado a esse paciente 
portador de ferida, compreendendo assim as 
questões biopsicossociais da doença. 
 
4. A PELE 
 
Definição 
A pele ou cútis é o manto de revestimento do 
organismo, indispensável à vida e que isola 
os componentes orgânicos do meio externo. 
A pele apresenta grandes variações ao longo 
de sua extensão, sendo ora mais elástica e 
flexível, ora mais rígida. 
 
 
 
 
 
Anatomia da Pele 
 
 Camadas da pele 
 
 Epiderme: é um epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado de origem 
ectodérmica. Composta por cinco 
camadas: 
 Camada Basal: É também chamada 
germinativa, apresenta intensa 
atividade mitótica, sendo responsável 
pela constante renovação da 
epiderme. Forma uma membrana que 
separa a epiderme da derme. 
 Camada Espinhosa: Suas células 
possuem ramificações que saem do 
citoplasma. Possui tonofibrilas e 
desmossomas que tem função de na 
manutenção da coesão das células da 
epiderme e consequentemente na sua 
resistência ao atrito. Quanto maior a 
exposição ao atrito maior será esta 
camada. 
 Camada granulosa: Célula em cujo 
citoplasma são observado os grânulos 
grosseiros e basófilos (grânulos de 
querato-hialina que vão contribuir 
para a constituição do material 
interfilamento da camada córnea. 
 Camada Lúcida: Células achatadas, 
hialinas e eosinófilos, cujo núcleo e 
organelas desapareceram. O 
citoplasma consiste em numerosos 
filamentos compactados e envolvidos 
por material elétron denso. Ainda se 
podem ver desmossomas entre as 
células. 
 Camada Córnea: Constituída por 
células achatadas mortas e sem 
núcleo. Citoplasma com grande 
quantidade de substâncias córnea, 
uma escleroproteína chamada 
queratina. 
 
 
 
 
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 Derme: É o tecido conjuntivo sobre o 
qual se apóia a epiderme. Espessura 
máxima de 3 mm na região plantar. 
 Camada Papilar: Delgada, 
constituída por tecido conjuntivo 
frouxo, ela penetra nas papilas 
dérmicas. Nesta camada foram 
descritas fibrilas especiais de 
colágeno, que se inserem na 
membrana basal e penetra 
profundamente na derme com a 
função de prender a derme a 
epiderme. 
 Camada Reticular: Mais espessa 
constituída por tecido conjuntivo 
denso. Apresenta menos células e 
fibras colágenas mais abundantes e 
espessas do que a camada papilar. 
 Hipoderme: (camada subcutânea): É 
formada por tecido conjuntivo frouxo 
que une de maneira pouco firme a 
derme aos órgãos subjacentes. A 
hipoderme poderá ter uma camada 
variável de tecido adiposo, 
dependendo da região e nutrição, 
formando uma camada chamada 
Panículo Adiposo o mesmo 
proporciona isolamento térmico, com 
isso confere proteção contra o frio. 
 
 
 
 
 
 
5. CARACTERIZAÇÃO DAS 
FERIDAS 
 
Definição de Ferida 
 
Toda e qualquer ruptura da integridade de 
um tecido ou órgão, podendo atingir desde a 
epiderme até estruturas mais profundas como 
fáscias, músculos e órgãos cavitários. 
 
 
 
Classificaçãode Feridas de Acordo Com a 
Etiologia 
 
 Agudas: incisões cirúrgicas, traumas, 
térmicas e infecciosas. 
 Crônicas: Feridas ulcerativas (úlcera 
por pressão). Enfermidades 
dermatológicas (psoríase) 
 Drenantes: fístulas, drenos e 
estomas. 
 
 Classificação de Feridas Quanto ao 
Rompimento das Estruturas 
 
 Abertas: sem aproximação de 
bordas. 
 Fechadas: com aproximação e sutura 
de bordas. 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação de Feridas Quanto à 
Profundidade / Comprometimento 
Estrutural 
 
 Superficial: até a derme 
 Profunda Superficial: até o 
subcutâneo 
 Profunda Total: músculo e 
estruturas adjacentes 
 
 Classificação Geral de Feridas 
 
 Feridas Abertas que cicatrizam por 
2ª intenção, são classificadas 
segundo aparência em: 
 
 Necrótica: presença de placa 
necrótica dura (escara) ou tecida 
necrosado. 
 Infectada: presença de processo 
inflamatório e exsudação supurativa. 
 Com crosta: exsudação que 
solidificou. 
 Granulada: formação de tecido novo 
(angiogênese) e matriz do colágeno. 
 Epitelizada: formação e migração de 
células epiteliais sobre a superfície 
durante o processo de cicatrização. 
 
 
 
 Classificação de Feridas: Presença 
ou Ausência do Exsudato (Aspecto) 
 
 Exsudato fibrinoso: passagem de 
proteínas plasmática pela parede do 
vaso. 
 Fibrina: é uma proteína insolúvel, 
que se forma durante o processo de 
coagulação. Na ferida se apresenta 
aderida aos tecidos e tem cor 
esbranquiçada ou amarelada. 
 Padrões Mistos: serosanguinolento, 
seropurulento, serofibrinoso e 
fibrinopurulento. 
 Coloração: Esbranquiçada, 
amarelada e esverdeada. 
 Odor: Inodoro, fétido e pútrido. 
 Derivados de fístulas: biliar, 
entérica, urinária, pancreática e 
fecalóide. 
 
 Formato e Tamanho da Ferida 
 
O formato e tamanho da ferida podem mudar 
durante o processo de cicatrização. No início 
quando retiram os tecidos necróticos e/ou 
desvitalizado, a ferida parece aumentar de 
tamanho. Isso ocorre porque a dimensão real 
da ferida era mascarada pelo tecido 
necrótico. 
É importante realizar a monitorização do 
formato e tamanho da ferida para definir o 
curativo ideal. 
 
 Localização da Ferida 
 
No exame físico do paciente se identifica a 
localização da ferida e evidenciam-se áreas 
com grandes possibilidades para 
contaminação, por exemplo, em região sacra. 
 
 Aparência da Ferida 
 
A aparência da ferida está relacionada com a 
etapa de cicatrização ou com uma 
complicação. As feridas abertas podem ser 
classificadas como: necróticas, infectadas, 
com crosta, granuladas e epitelizadas. 
Ressalta-se que algumas feridas podem 
pertencer a mais de uma categoria 
denominada ferida mista. 
 
 
 
 
 
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 Estadiamento das Feridas 
 
Estágio I: Inicio da Lesão Hiperemia 
 
Pele intacta com hiperemia de uma área 
localizada, geralmente sobre proeminência 
óssea. 
 
 
Estágio II 
 
Perda parcial de espessura da pele, 
envolvendo a epiderme, derme ou ambas. 
UP é superficial, pode ter forma de abrasão, 
bolha, vesícula ou cratera rasa. 
 
 
Estágio III 
 
Perda de pele de espessura total envolvendo 
dano ou necrose do tecido subcutâneo que 
pode se estender para baixo mais fáscia do 
músculo é preservada. 
Apresenta-se como úlcera profunda, com ou 
sem comprometimento do tecido adjacente 
(túneis). 
 
 
 
Estágio IV: 
 
Perda de pele com destruição extensa 
envolvendo todos os tecidos, assim como 
danos e/ou necrose aos músculos, ossos e 
tendões. 
Descolamentos, túneis e fistulas podem estar 
associados com UP de estágio IV. 
 
 
 
Requisitos para estadiar uma ferida 
 
Enfermeiro deve saber avaliar: epiderme, 
derme, tecido subcutâneo. 
Enfermeiro deve saber diferenciar: tecido 
granulado, músculos, tendões e ossos. 
As características lesionam devem ser 
observadas, pois influenciam diretamente na 
conduta e escolha do tratamento adequado: 
localização, dimensões da ferida, tipo e 
quantidade de exsudatos, condições do leito 
da lesão (tipo de tecido), conteúdo 
microbiano, pele Perilesional. 
 
6. FISIOLOGIA DA 
CICATRIZAÇÃO 
 
O processo de cicatrização de feridas é 
composto por várias etapas tais como: 
 
 
 
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inflamação, reconstrução, epitelização e 
maturação. 
 
 Inflamação: A reação inflamatória é 
uma reação local não-especificada a 
danos no tecido e/ou invasão 
bacteriana. Ela é uma parte 
importante dos mecanismos de defesa 
do corpo e é a parte fundamental no 
processo de cicatrização. Os sinais de 
inflamação são: dor, rubor, calor e 
edema. Esta etapa dura de quatro a 
cinco dias e requer recursos 
energéticos e nutricionais. 
 Reconstrução: Nesta fase o oxigênio 
tecidual estimula os macrófagos para 
criar fatores de angiogênese que 
instiga o processo de angiogênese. Os 
capilares não danificados estimulam a 
germinação de células que crescem 
na direção da superfície formando 
uma rede dentro da ferida fornecendo 
nutrientes e oxigênio (tecido de 
granulação). 
 Epitelização: Trata-se da fase em 
que a ferida é coberta por células 
epiteliais. Nas feridas fechadas essa 
fase começa logo no segundo dia. No 
entanto, nas feridas abertas, é 
necessário que a cavidade da ferida 
seja preenchida com tecido de 
granulação antes da epitelização 
poder começar. 
 Maturação: Durante a fase da 
maturação, a ferida se torna menos 
vascularizada. As fibras de colágeno 
são reorganizadas de forma que 
formam ângulos com as margens da 
ferida. O tecido da cicatriz presente é 
remodelado e lentamente fica igual 
ao tecido normal. 
 
 
 
 
Tipos de Cicatrização: 
 
Dependendo da maneira com foi produzida a 
lesão, podemos classificar o processo 
cicatricial em: 
 
 Cicatrização por primeira 
intenção: 
Ocorre quando há perda mínima de 
tecido e as bordas são passiveis de 
ajuste por sutura. Neste tipo de lesão 
o curativo é utilizado apenas para 
proteção não havendo necessidade de 
manutenção do meio úmido. O 
curativo pode ser removido até após 
48 horas. 
 Cicatrização por segunda intenção: 
Ocorre quando há perda acentuada do 
tecido e não há possibilidade de 
fechamento dos bordos. O tempo de 
cicatrização será invariavelmente 
superior e o curativo deve ser 
utilizado com tratamento da lesão, 
havendo necessidade de manutenção 
do meio úmido. 
 Cicatrização por terceira intenção 
ou mista: Ocorre quando há fatores 
que retardam o processo cicatricial 
por primeira intenção e há 
necessidade de deixar a lesão aberta 
para drenagem ou para debelar uma 
Infecção. Posterior ao tratamento a 
lesão poderá ser fechada por primeira 
intenção. 
 
7. TRATAMENTO DE PACIENTES 
COM FERIDAS 
 
Naassistência ao paciente portador de 
feridas se faz necessário uma abordagem 
holística, com um levantamento do histórico 
do paciente e a avaliação das condições 
atuais, incluindo o físico, psicológico e o 
espiritual. 
 
 
 
 
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Dentre os cuidados físicos estão: 
 
 Idade 
 Estado Nutricional 
 Patologias de base: diabetes, 
hipertensão arterial, dislipidemia 
 Infecções 
 Mobilidade no leito 
 Duração da internação hospitalar 
 Incontinência urinária 
 Higiene 
 
Dentre os cuidados psicológicos estão: 
 
 Medo da morte 
 Estresse 
 Impotência 
 Baixa auto-estima 
 Desânimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados espirituais: 
 
A espiritualidade tem conceitos divergentes 
no campo da saúde. Todavia ela pode ser 
compreendida com um sentido dentro de nós 
que responde a realidades infinitas da vida. 
 
8. PREVENÇÃO DA ÚLCERA POR 
PRESSÃO 
 
 É o melhor remédio para o problema 
da úlcera de pressão e deve ser 
compartilhada entre os profissionais 
de saúde, pacientes e familiares. 
 Mudar de decúbito e redistribuir o 
peso a cada 2 horas. 
 Alivia a pressão e aumenta a 
resistência da pele a lesões. 
 Diminuir o tempo se houver 
hiperemia ou lesão instalada. 
 Elevar o decúbito em no máximo 30º. 
 Evita a fricção e principalmente o 
cisalhamento. 
 Elevar o decúbito do cliente em mais 
de 30º somente por 2 horas, incluir 
esta posição na mudança rotineira de 
decúbito. 
 
 
 
 Solicitar avaliação nutricional 
 Uma nutrição adequada aumenta a 
tolerância dos tecidos à pressão. 
 Prover líquidos e dieta conforme 
prescrição médica 
 Importante oferecer o aporte calórico 
descrito pelo médico ou nutricionista 
para um melhor desempenho na 
prevenção da úlcera de pressão. 
 
N u n c a! 
 
• Utilize bóias, almofadas, luvas e 
colchões de água. 
• Pastas e cremes que aderem à pele e 
que sejam de difícil remoção. 
• Bóias com furo no centro. (exceto 
para proteger a cadeira higiênica) 
• Panos juntamente com a fralda. 
• Deixe restos de alimentos caídos na 
cama do paciente. 
• Deixe o lençol ou camisola do 
paciente dobrada sob a pele. 
 
 
 
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• Utilize placas hidrocolóides grossas e 
opacas. 
• Deixe o paciente em uma posição que 
você não gostaria de estar. 
 
9. O AMBIENTE IDEAL PARA 
CICATRIZAÇÃO 
 
Atualmente, há uma vasta gama de curativos 
utilizados no tratamento de feridas no 
mercado. Esses curativos foram elaborados 
para ter um efeito funcional possuindo 
algumas características tais como: manter a 
alta umidade da interface ferida/curativo, 
permitir trocas gasosas, remover o excesso 
de exsudato, impermeável a bactéria, 
fornecer isolamento pérvio, ser isento de 
partículas e tóxicos contaminadores das 
feridas e permitir sua remoção sem causar 
trauma na ferida. 
 
1) Manter a umidade da ferida: Deve-se 
manter o leito da ferida úmido, 
permitindo assim que as células 
epiteliais deslizem pela superfície da 
ferida. Portanto na limpeza das 
feridas abertas, não há a necessidade 
de secar a superfície da ferida. Deve-
se secar a pela ao redor da ferida para 
ajudar manter o novo curativo fixado. 
2) Retirar o excesso de exsudato: O 
curativo deve ter um pouco de 
absorvência. Em algumas situações 
serão necessários a utilização de 
curativo secundário. 
3) Permitir trocas gasosas: A hipóxia do 
tecido é fundamental para estimular a 
angiogênese na ferida em processo de 
cicatrização. Pois, a falta de oxigênio 
estimula o crescimento de arcos 
capilares na ferida que trazem 
oxigênio com eles. 
4) Isolamento térmico: Pesquisas 
evidenciaram que leva três horas para 
a atividade mitótica retornar a sua 
velocidade normal. Portanto, as 
feridas não devem ser limpas com 
soluções frias e sim mornas. 
5) Impermeável à bactéria: um dos 
objetivos do curativo é criar uma 
barreira entre a ferida e o ambiente. 
6) Isento de partículas e tóxicos 
contaminadores de feridas: As 
partículas prolongam a reação 
inflamatória afetando a velocidade da 
cicatrização. 
7) Retirar sem traumas: a utilização de 
curativos secos diretamente na 
superfície da ferida é a causa 
principal de trauma. 
 
10. PRINCÍPIOS PARA 
REALIZAÇÃO DO CURATIVO 
 
Atentar para a Dor: medicar se necessário. 
Curativo anterior: observar aspecto, 
quantidade do exsudato e odor. 
 
Limpeza 
 
 Usar SF 0,9% morno 
 Lavar sempre com seringa de 20 mL 
e agulha 40x12 
 Irrigar a ferida de cima para baixo. 
 Se houver necrose esfregar uma gaze 
úmida ao mesmo tempo em que 
irrigamos. 
 Se houver granulação, nunca 
esfregamos. 
 
Pele Íntegra 
 
 Manter borda o mais íntegra possível. 
 Realizar limpeza (clorexidina 
degermante) 
 Manter a pele seca 
 Proteger efeitos danosos como 
maceração, fitas adesivas, dermatites 
químicas. 
 Preencher espaços mortos 
 
 
 
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11. CURATIVOS 
 
Por definição, curativo é todo material 
colocado diretamente por sobre uma ferida, 
cujos objetivos são: evitar a contaminação de 
feridas limpas; facilitar a cicatrização; 
reduzir a infecção nas lesões contaminadas; 
absorver secreções, facilitar a drenagem de 
secreções, promoverem a hemostasia com os 
curativos compressivos, manter o contato de 
medicamentos junto à ferida e promover 
conforto ao paciente. 
Os curativos podem ser abertos ou fechados, 
sendo que os fechados ou oclusivos são 
subdivididos em úmidos e secos. Os 
curativos úmidos têm por finalidade: reduzir 
o processo inflamatório por vaso-
constricção; limpar a pele dos exsudatos, 
crostas e escamas; manter a drenagem das 
áreas infectadas e promover a cicatrização 
pela facilitação do movimento das células. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. PRODUTOS MAIS UTILIZADOS 
NO TRATAMENTO DAS 
 
FERIDAS 
 
 As soluções mais utilizadas nos 
curativos são: 
 
- Soro fisiológico para limpeza e como 
emoliente; 
- Atualmente, a solução mais utilizada 
para limpeza das lesões/ feridas é 
solução fisiológica 0,9%. 
 
 
 Alginatos 
 
 
 
São sais de polímero natural acido algínico 
derivado de algas marinhas marrons. Estes 
curativos apresentam-se em embalagens 
individuais estéreis. 
 
Mecanismo de ação: o sódio presente no 
exsudato e no sangue interage com o cálcio 
presente no curativo promovendo uma troca 
iônica que auxilia no desbridamento 
autolítico, tem alta capacidade de absorção e 
resulta na formação de um gel que mantêm o 
meio úmido para cicatrização. 
Indicações: feridas abertas altamente 
exsudativas com ou sem infecção e lesões 
cavitárias com necessidade de estimulo 
rápido de do tecido de granulação. 
 
 
 
 
Contra-indicações: lesões por queimaduras 
ou lesões superficiais e feridas sem ou com 
pouca exsudação.alginatos hidrocolóides hidrogel espumas películas
exsudação; 
feridas 
contaminadas
exsudação; 
granulação; 
epitelização
granulação,feri
das secas, 
epitelização
exsudação; 
granulação
epitelização
curativo; 
tiras
curativo; 
pasta; 
curativo; 
gel
Curativo
curativo 
(secundário)
 
 
 
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 Papaína 
 
É uma enzima proteolítica extraída do látex 
da caricapapaya. 
Indicação: em todo tecido necrótico, 
particularmente naqueles com crosta. 
Mecanismo de ação: ação antiinflamatória, 
bactericida e cicatricial; atua como 
desbridante. 
Modo de usar: preparar a solução em frasco 
de vidro, irrigar a lesão e deixar gaze 
embebida na solução. 
Observações: a diluição é feita de acordo 
com a ferida: 10% em tecido necrosado, 6% 
nas com exsudato purulento e 2% naquelas 
com pouco exsudato. 
 
 Hidrocolóide 
 
 
 
Partículas hidroativas em polímero inerte 
impermeável. 
Indicação - lesões não infectadas com ou 
sem exsudato, áreas doadoras e incisões 
cirúrgicas. 
Mecanismo de ação - promove barreira 
protetora, isolamento térmico, meio úmido, 
prevenindo o ressecamento, desbridamento 
autolítico, granulação e epitelização. 
Modo de usar - irrigar a lesão com soro 
fisiológico, secar as bordas e aplicar 
hidrocolóide e fixar o curativo à pele. 
Observações: não deve ser utilizado para 
feridas infectadas. 
 
 Ácidos Graxos Essenciais (AGEs) 
 
São óleos derivados dos vegetais poli-
insaturados. A composição do produto 
comercializado para o tratamento de feridas 
e: Acido Linoléico, Acido Caprilíco, Ácido 
Capríco, Vitaminas A e E e Lecitina de Soja. 
Indicações: Prevenção e tratamento de 
úlceras de pressão e tratamento de lesões 
abertas com ou sem infecção. 
Contra-Indicações: Lesões com necrose 
tecidual sem desbridamento. 
Mecanismo de ação: Os AGEs possuem 
ação quimiotática. São precursores de 
substâncias farmacologicamente ativas 
envolvidas no processo de divisão celular e 
diferenciação epidérmica (tromboxanes e 
prostaglandinas- e possui capacidade de 
modificar reações inflamatórias e 
imunológicas, alterando funções 
leucocitárias e acelerando o processo de 
granulação tecidual. 
 
 Ácidos graxos essenciais lipídios 
insaturados ricos em ácido linoléico 
 
Indicação - todos os tipos de lesões, 
infectadas ou não, desde que desbridadas 
previamente. 
Mecanismo de ação - promove quimiotaxia 
para leucócitos, facilita a entrada de fatores 
de crescimento nas células, promove 
proliferação e mitose celular, acelerando as 
fases da cicatrização. 
Modo de usar - irrigar a lesão com soro 
fisiológico, aplicar AGE por toda a área da 
ferida e cobrir. 
Observações - não é agente desbridante, 
porém estimula o desbridamento autolítico. 
 
 Curativo de Carvão Ativado 
 
 
 
 
 
 
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Uma cobertura estéril para ferimentos, de 
baixa aderência, envolto por uma camada de 
tecido selado em toda sua extensão, com uma 
almofada impregnada por carvão ativado e 
prata a 0,15%. 
Mecanismo de Ação: o carvão ativado 
adsorve o exsudato e filtra o odor enquanto a 
prata exerce poder bactericida local pela 
liberação de prata. 
Contra-Indicações: Não deve ser utilizado 
em queimaduras, pois a prata pode provocar 
dor. O curativo não deve ser cortado para 
não ocorrer liberação do carvão ativado na 
lesão. 
 
 Sulfadiazina de Prata 
 
É um composto solúvel e com ação 
adstringente derivado de sais de prata com 
propriedades anti-séptica local. 
Mecanismo de ação: o íon prata causa 
precipitação de proteínas e age diretamente 
na parede celular e membrana citoplasmática 
da célula bacteriana, exercendo ação 
bactericida imediata e ação bacteriostática 
residual pela liberação de pequenas 
quantidades de prata iônica. 
Indicações: prevenção de colonização e 
tratamento de queimaduras. 
 
 Membranas ou Filmes 
Semipermeáveis 
 
 
 
É um material estéril com possibilidade de 
uso como cobertura primária ou secundária 
indicado principalmente para oclusão de 
lesões planas pouco exsudativas. São 
transparentes, facilitando a visualização das 
características da lesão e permitindo maior 
mobilidade ao paciente. 
Composição: filme de poliuretano, 
transparente, elástico, semipermeável, 
aderente a superfícies secas. 
Mecanismo de ação - Proporciona ambiente 
úmido, favorável a cicatrização 
permeabilidade seletiva, permitindo a 
difusão gasosa e evaporação de água. 
Impermeável a fluidos e microorganismos. 
Indicação - Fixação de cateteres vasculares; 
proteção de pele íntegra e escoriações; 
prevenção de úlceras de pressão por fricção, 
cobertura de incisões cirúrgicas limpas com 
pouco ou nenhum exsudato; cobertura de 
queimaduras de 1º e 2º grau; cobertura de 
áreas doadoras de enxerto. 
 
 
 
Contra indicações - Feridas com muito 
exsudato; Feridas infectadas. Trocar quando 
perder a transparência. 
 
 HIDROGEL 
 
 
 
É um composto de água, carboximetil-
celulose (CMC) e propileno-glicol (PPG) 
 
 
 
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que forma um hidrogel transparente e incolor 
com função de remover tecidos necróticos 
através do desbridamento autolítico. 
Mecanismo de ação: a água (77,7%)- 
mantém o meio úmido, a CMC (2,3%)- 
facilita as propriedades reidratantes e de 
desbridamento e o PPG (20%)- estimula a 
liberação do exsudato. 
Indicação: remoção de tecido necrótico em 
lesões cavitárias. 
 
 Protetores Cutâneos para Ostomias 
 
Descrição: São compostos de gelatina, 
pectina, carboximentilcelulose sódica e 
polisobutileno de uso tópico com a mesma 
função de proteger e regenerar a epiderme 
Peri-ostomias e Peri-fístulas. 
 
Apresentações: 
 
Pó - indicado em lesões úmidas e escoriado 
da pele Peri-ostomal. Sua função é secar e 
forma uma película protetora para fixação da 
placa. 
Pasta - indicada para correção de 
imperfeições do estoma. Sua função é de 
selante da pele com o estoma através da 
formação de um anel ao redor do estoma. 
Placa - indicada para a proteção e 
regeneração da pele Peri-ostomal e fixação 
da bolsa. 
Indicações: Peri-fístulas ou Peri-ostomias. 
 
 Pomadas Enzimáticas 
 
São compostos de enzimas especificas para 
determinados substratos com o objetivo de 
auxiliar no desbridamento da lesão, 
entretanto não ha dados conclusivos sobre 
sua ação como estimulador do processo 
cicatricial. 
Composição - colagenase lostridiopeptidase 
A e enzimas proteolíticas. 
Mecanismo de ação - age seletivamente 
degradando o colágeno nativo da ferida. 
Indicação - desbridamento enzimático suave 
e não invasivo de lesões. 
Contra-Indicação - Feridas com 
cicatrização por primeira intenção. Não 
utilizar por mais de 15 dias. Trocar o 
curativo a cada8 horas. 
Observações: há controvérsias quanto à 
eficácia das pomadas enzimáticas como 
estimulador da granulação e epitelização, 
visto que com o aumento dos níveis de ação 
das proteinases, temos a degradação dos 
fatores de crescimento e dos receptores de 
membrana celular, que são importantes para 
o processo de cicatrização. 
 
 Curativo Adesivo com 
Hidropolimeros 
 
 
 
É um curativo altamente absorvente para 
feridas com baixa a moderada exsudação e 
que proporciona um ambiente úmido 
facilitador do processo de granulação. Este 
curativo é mais aderente devido à presença 
de uma camada de hidropolímero com 
capacidade de expansão e manutenção da 
adesão do curativo a lesão. 
 Mecanismo de ação: Proporciona um 
ambiente úmido e estimula o desbridamento 
autolítico. Absorve o exsudato e expande-se 
delicadamente à medida que absorve o 
exsudato. 
Indicações: Tratamento de feridas abertas 
não infectadas. 
Contra-indicações: Queimadura de 3º grau; 
lesões com vasculite ativa; 
 
 
 
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Feridas colonizadas e infectadas, com tecido 
desvitalizado. 
 
 Curativos Impregnados com Prata 
 
 
Mecanismo de Ação: Os íons de prata 
destroem a parede celular da bactéria, 
interagem com o DNA inibindo a divisão 
celular e interferem na função celular da 
bactéria. 
Indicações: 
Feridas com risco ou sinais clínicos de 
infecção 
Feridas com retardo no processo de 
cicatrização. 
 
Observações: 
 
- Curativos com prata não são eficazes 
contra biofilme. 
- Necrose e película protegem a 
bactéria. A eficácia dos íons de prata 
por isto é altamente limitada. 
- Curativos com prata não podem 
realizar a limpeza da ferida 
(desbridamento). 
- A limpeza da ferida é necessária 
quando a ferida está coberta com 
necrose, fibrina e pus. Nestes casos é 
necessário uma limpeza cirúrgica, 
enzimática ou auto-lítica. 
- Curativos contendo prata não podem 
ser considerados como terapia 
antibiótica, só podem ser 
considerados como terapia 
complementar. 
 
12. CARACTERÍSTICAS 
IMPORTANTES DOS 
CURATIVOS 
 
 Capacidade de absorção. 
 Que permita intercâmbio gasoso e 
passagem do vapor de água. 
 Que seja uma barreira efetiva frente 
aos microorganismos. 
 Que seja um isolante térmico 
 Que seja uma barreira mecânica. 
 Capacidade de manter o meio úmido, 
de forma adequada para o processo 
de epitelização. 
 Que não seja irritante e nocivo para a 
pele ao redor da lesão. 
 Que não seja aderente ao leito da 
ferida. 
 Que seja estéril. 
 
 
13. CUIDADOS BÁSICOS DE 
ASSEPSIA NO CURATIVO 
 
 Lavar as mãos com água e sabão 
antes e após a realização do curativo. 
 Utilizar instrumento estéril. 
 Obedecer aos princípios da assepsia 
para evitar a contaminação do 
material. 
 Utilizar luvas estéreis (se for utilizar 
pinças estéreis não é necessário). 
 Curativos removidos para a inspeção 
da lesão devem ser obrigatoriamente 
trocados. 
 No caso de vários curativos, sempre 
realize o curativo menos 
contaminados antes do mais 
contaminado. 
 
 
 
 
 
 
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14. CURATIVOS DE CATETERES, 
INTRODUTORES, FIXADORES 
EXTERNOS 
 
O processo de limpeza é fundamental na 
realização de qualquer curativo, entretanto 
nem todos os procedimentos de curativos 
visam à cicatrização da ferida, pois há lesões 
realizadas intencionalmente para inserções 
de dispositivos com fins diagnósticos e 
terapêuticos, cujo cuidado é o de manutenção 
do curativo seco, com a finalidade de 
prevenir a colonização. 
Estes dispositivos devem permanecer limpos 
e o uso de solução antisséptica de PVPI ou 
clorexidina, minimiza a colonização 
bacteriana. 
A área de inserção deve ser inspecionada 
diariamente para a detecção precoce de sinais 
de infecção. 
 
 
 
15. CURATIVOS EM DRENOS 
 
No curativo do dreno deve ser realizada 
limpeza com solução salina 0,9% separado 
do curativo da incisão cirúrgica, e o primeiro 
a ser realizado será sempre o do local menos 
contaminado. 
O curativo com dreno deve ser mantido 
limpo. Isto significa que o número de trocas 
está diretamente relacionado à quantidade de 
drenagem. 
Locais de inserção dos drenos devem ser 
protegidos no horário do banho. 
Devem ser utilizadas bolsas coletoras para 
controle de débito nos casos de drenagem 
aberta (penrose ou tubular). 
 
 
 
16. CURATIVOS EM FERIDAS 
 
Em feridas abertas o curativo deve ser 
mantido limpo, ocluído e com manutenção 
do meio úmido. Não é recomendado o uso de 
curativo seco. Deve-se umidificar a ferida 
com soro fisiológico a 0,9% e secar somente 
a bordas da ferida. 
Indica-se a limpeza de feridas por meio de 
irrigação com solução fisiológica morna e 
sob pressão. Essa irrigação é capaz de 
remover partículas, bactérias e exsudato. Não 
recomendar esfregar o leito da ferida, pois 
causa destruição do tecido neoformado. 
O tipo do tratamento local depende do tipo e 
das condições da ferida. O número de troca 
do curativo está relacionado à quantidade de 
drenagem e às características da secreção, 
devendo ser trocado sempre que o curativo 
secundário estiver saturado. 
A troca de curativos pode baixar a 
temperatura da superfície em vários graus. 
Por isso, não se deve limpá-las com solução 
fria nem deixá-las expostas por períodos 
prolongados. 
 
 
 
 
 
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17. DESBRIDAMENTO 
 
Desbridamento é o ato de remover da 
ferida o tecido desvitalizado e/ou 
material estranho ao organismo. Ele é 
essencial para o tratamento de 
feridas, pois para que haja reparação 
tecidual, o tecido necrótico deve ser 
removido. 
 
 SEMPRE antes de iniciar um 
desbridamento devemos: 
 
- Avaliar se o paciente tem prognóstico 
- Avaliar condição vascular do 
paciente 
- Observar se há sinais flogísticos no 
local. 
- Somente o profissional 
ENFERMEIRO e MÉDICO podem 
legalmente realizar um 
desbridamento mecânico com 
material pérfuro-cortante. 
- Realizar cursos e praticar com um 
Enfermeiro que tenha prática antes de 
realizar um desbridamento 
 
Deve-se desbridar a lesão sempre que esta 
apresentar tecido desvitalizado: 
 
- Necrose de coagulação – 
caracterizada pela presença de crosta 
preta e/ou escura. 
- Necrose de liquefação – caracterizada 
pelo tecido amarelo/esverdeado. 
- Quando a lesão apresentar infecção 
e/ou presença de secreção purulenta. 
 
 Técnicas de desbridamento: 
 
- Mecânico 
- Cirúrgico 
- Químico 
 
1. Desbridamento cirúrgico: consiste 
na remoção do tecido necrótico 
através de procedimento cirúrgico. É 
a técnica mais rápida e efetiva para a 
remoção da necrose, principalmente 
quando o cliente necessita de 
intervenção urgente, como nos casos 
em que há presença de celulite ou 
sepse. O desbridamentocirúrgico 
deverá ser realizado como técnica 
rigorosa asséptica. 
2. Desbridamento Mecânico: Consiste 
na aplicação de força mecânica 
diretamente sobre o tecido necrótico 
a fim de facilitar sua remoção, 
promovendo um meio ideal para a 
ação de coberturas primárias. 
3. Desbridamento Enzimático: 
consiste na aplicação tópica de 
enzimas desbridantes diretamente no 
tecido necrótico. É um método 
prático, seguro e pode também ser 
associado ao desbridamento cirúrgico 
ou mecânico. 
 
18. LASERTERAPIA NO 
TRATAMENTO DE FERIDAS 
 
A partir da década de 1960 foram realizados 
estudos sobre os efeitos biológicos da 
laserterapia na reparação tecidual, 
sucessivamente outras pesquisas 
demonstraram a aplicabilidade clínica e hoje 
a laserterapia é aplicada no tratamento de 
feridas. 
Para ser utilizado na reparação tecidual o 
raio laser deve possuir ótima interação com o 
tecido cutâneo. O laser pode ser composto de 
vários gases, tais como: CO2, Diodo, 
Neodímio (Nd) e Hélio- Neônio (HeNe). O 
laser HeNe é o mais empregado na reparação 
tecidual. 
Durante o tratamento da laserterapia, o leito 
da lesão deve ser úmido, como por exemplo, 
com ácido graxo essencial (AGE) e hidrogel. 
 
 
 
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O curativo deve ser substituído, em média, a 
cada 12 ou 24 horas e toda vez que for 
contaminado. 
 
Indicação 
 
Atua como coadjuvante no tratamento de 
feridas superficiais e profundas, limpas ou 
infectadas. 
 
Contra-Indicação 
 
- Tratamento de lesões neoplásicas, já 
que pode estimular seu 
desenvolvimento. 
- Clientes portadores de retinopatias 
 
Efeitos Terapêuticos da Laserterapia 
 
- Proliferativo: aumenta a neo-
angiogênese, a síntese de 
fibroblastos, colágeno e ATP 
(adenosina Trifosfato). 
- Fibrinolítico: facilita fibrinólise. 
- Anti-edematogênico: facilita o 
retorno venoso linfático, devido à 
ação vasodilatadora dos capilares. 
- Antiinflamatória: interfere na síntese 
de prostaglandina, aumentando a 
permeabilidade capilar. 
- Analgésico: libera substâncias 
quimiotáxicas, que estimulam a 
liberação de endorfinas, 
normalizando o potencial elétrico da 
membrana celular. 
- Bactericida: aumenta a quantidade de 
interferon, potente agente natural. 
 
Técnicas de aplicação 
 
- Técnica Pontual: é aplicado em 
determinados pontos da borda da 
ferida. 
- Técnica de varredura externa: é 
aplicada em toda a borda da ferida. 
- Técnica de varredura interna: é 
aplicada dentro da própria lesão. 
- Técnica de varredura mista: são 
aplicadas, de forma conjunta, as 
varreduras internas e externas. 
- Técnica associada: são aplicadas, de 
forma conjunta, a pontual e a 
varredura mista. 
 
19. OXIGENOTERAPIA 
HIPERBÁRICA NO 
TRATAMENTO DE FERIDAS 
 
A medicina hiperbárica possui dois grandes 
ramos de atividade: 
a- dedicado a atividade profissional de 
mergulhadores, aeronautas e trabalhadores 
sob ar-comprimido, prevalecendo uma 
abordagem voltada à saúde ocupacional; 
b- referente às aplicações clinicas da 
oxigenoterapia hiperbárica (OHB). O 
tratamento é efetuado em varias sessões, cujo 
nível de pressão, duração, intervalos e 
número total de aplicações são variáveis de 
acordo com as enfermidades. A OHB 
consiste na inalação de oxigênio puro com a 
pressão do ambiente aumentada de duas a 
três vezes acima de seu valor normal, 
estando o cliente no interior de uma câmara 
hiperbárica. Durante as sessões ocorre um 
aumento de 10 a 20 vezes na quantidade de 
oxigênio dissolvido nos tecidos. 
 
Aplicações Clínicas 
 
 Inúmeras são as indicações da OHB 
determinadas por vários protocolos aceitos 
internacionalmente: 
 
1. Embolias gasosas. 
2. Doença descompressiva. 
3. Embolia traumática pelo ar. 
Envenenamento por monóxido de 
carbono ou intoxicação por fumaça. 
 
 
 
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Envenenamento por cianeto ou 
derivados cianídricos. 
4. Gangrena gasosa clostridiana. 
Doença de Fournier. 
5. Outras infecções necrotizantes de 
tecidos moles: celulites, fasceíte e 
miosites, deiscência de sutura. 
6. Isquemias agudas traumáticas: lesão 
por esmagamento, síndrome 
compartimental, re-implante de 
extremidades amputadas e outras. 
Retalhos ou enxertos comprometidos 
ou de risco. 
Vasculites agudas de etiologia 
alérgica, medicamentosa ou por 
toxinas biológicas (aracnídeos ofídios 
e insetos). 
Queimadura complexa. 
7. Lesões refratárias: úlceras de pressão, 
vasculogênica, neuropática (pé 
diabético e outras). 
8. Lesões por radiação: radiodermite, 
osteorradionecrose e lesões actinicas 
de mucosas. 
Osteomielite crônica. 
9. Hipoacusia por ototoxidade a agentes 
quimioterápicos. 
10. Anemia aguda nos casos de 
impossibilidade de transfusão 
sanguínea. 
 
Características do tratamento de feridas 
com oxigenoterapia hiperbárica 
 
- Na OHB o cliente deve estar dentro 
da câmara hiperbárica. Estas podem 
ser multiclientes ou monoclientes. As 
multiclientes comportam 
simultaneamente várias pessoas. Ela 
é despressurizada com ar 
comprimido, sendo que nesta 
situação o oxigênio é respirado 
através das máscaras ou capuzes 
especiais. 
- As câmaras monoclientes permitem a 
acomodação apenas do próprio 
cliente, é pressurizada diretamente 
com oxigênio puro não havendo 
necessidade de dispositivos especiais 
para a inalação deste gás. 
- Antes de ser iniciada a terapia, o 
cliente deverá ser submetido à 
anamnese e exame clínico completo, 
com particular atenção ao tímpano e 
sistema pulmonar. Ele deverá ser 
informado sobre todas as medidas de 
segurança como: utilização de 
vestimenta adequada fornecida, 
retirar todo objeto de uso pessoal que 
possa originar fagulhas elétricas, pois 
o oxigênio é altamente inflamável. 
- A OHB atua acelerando a formação 
do tecido de granulação e como 
coadjuvante no controle de infecção. 
Seus resultados são evidentes no 
tratamento de fascites necrotizantes 
extensas e síndrome de Fournier. 
- Em condições hiperbáricas a ação do 
oxigênio possui alguns mecanismos 
de particular interesse fisiológico, 
como: 
 
1. Efeito anti-edematogênico facilitando 
o retorno venoso. 
2. Ação microbicida através da inibição 
da biossíntese de aminoácidos, do 
transporte através da membrana 
bacteriana e da síntese e degradação 
do DNA da bactéria. 
3. Ação bioquímica oxidativa 
deslocando substâncias tóxicas. 
4. Efeito sinérgico com outras drogas, 
como antibióticos sistêmicos. 
5. Efeito regenerativo facilitando a 
neoangiogênese e a formação de 
colágeno. 
 
 
 
 
 
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20. ATENÇÃO DO ENFERMEIRO 
AO PACIENTE COM VITILIGO 
 
A assistência de enfermagem ao paciente 
com vitiligo incluem alguns cuidados tais 
como: 
 
- É fundamental o atendimento ao 
cliente portador de vitiligo com a 
maior brevidade possível, avaliandocom a equipe do serviço a aplicação 
de protocolos de atendimento, 
buscando reduzir e recuperar a cor da 
pele nas regiões detectadas. 
- Conhecer as condições sócio-
econômicas e culturais em que vive o 
paciente observando para as 
condições físicas, de sustento 
financeiro da família, suas crenças, 
seus hábitos culturais e valores 
associados aos fatores afetivos-
culturais e sociais. 
- Ter na família os elementos 
facilitadores do processo de cuidar do 
paciente, por isso envolvê-lo na 
consulta favorecendo a promoção da 
saúde ao paciente. 
- Uma vez diagnosticado vitiligo, 
(busque manter os pressupostos 
teóricos, metodológicos e filosófico 
que fundamentaram sua prática) 
oferecendo suporte que garanta a 
família e ao paciente, o atendimento, 
acesso ao serviço de saúde, com um 
sistema de referência que dê 
respostas eficazes e eficientes à 
família e ao paciente. 
- Implementar Grupo Terapêuticos de 
Auto- ajuda, estimulando e 
incentivando o uso das terapêuticas 
alternativas junto com uma equipe 
multidisciplinar, para orientação e 
apoio ao paciente com vitiligo e o uso 
de fitoterapia, homeopatia, 
pseudocatase, helioterapia, UVB, 
extrato de placenta humana, kuva, 
fenilalanina tópica e sistêmicas e 
antioxidantes. 
 
21. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO 
AO PACIENTE COM DOENÇA 
FALCIFORME E PORTADOR 
DE ÚLCERA DE PERNA 
 
- As úlceras de perna estão presentes 
em 8% a 10% das pessoas com 
Doença Falciforme (DF), 
principalmente nos adolescentes e 
nos adultos jovens. 
- Ocorrem em geral no terço inferior da 
perna, sobre e ao redor dos maléolos 
medial ou lateral e em algumas 
ocasiões sobre a tíbia ou o dorso do 
pé. 
- Um percentual de 75% das pessoas 
com úlcera de perna tem genótipo SS. 
- Sua etiologia pode ser traumática, por 
contusões ou picadas de inseto, 
espontânea e por hipóxia tissular 
devido a crise vaso-oclusiva crônicas. 
- São lesões exsudativas, de tamanho 
variável, com margem definida, 
bordas em relevo, recoberta por 
película amarela e susceptível a 
infecção. São extremamente 
dolorosas, de difícil tratamento e com 
alto índice de recorrência. 
- Deve-se fazer o diagnóstico 
diferencial com úlcera venosa, úlcera 
diabética, úlcera isquêmica, úlcera 
neuropática, úlcera por pressão e 
outras. 
- O envolvimento da pessoa com o 
estímulo do autocuidado é de 
essencial importância, não somente 
na prevenção, como no sucesso do 
tratamento. 
- Tratamento preventivo: inspecionar a 
pele diariamente, higiene corporal 
adequada, evita traumatismo e 
 
 
 
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picadas de insetos, usar calçados 
adequados, hidratar a pele com creme 
a base de ureia, com óleo mineral ou 
vegetal; ingerir bastante líquido; fazer 
repouso com as pernas elevadas e 
manter acompanhamento médico 
regular. 
 
Tratamento tópico: 
 
1- Limpeza da lesão com soro 
fisiológico em jato não gelado. 
2- Métodos desbridamento autolítico ou 
enzimático para retirada do tecido 
necrótico e evitar o desbridamento 
mecânico. 
3- Utilizar coberturas interativas, com 
alginato de cálcio, hidrofibra, 
conforme as características 
apresentadas pela lesão. 
4- Em algumas situações utilizar 
bandagens elásticas (Bota de Unna) 
para o retorno venoso e aquecimento 
do membro. 
5- Coberturas interativas com prata deve 
ser utilizado para tratar feridas 
infectadas ou criticamente 
colonizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATUALIZAÇÃO EM CURATIVOS 
 
Avaliação 
 
1) Assinale a alternativa errada com 
relação às indicações da 
Oxigenoterapia Hiperbárica. 
 
a) Embolias gasosas. 
b) Doença descompressiva. 
c) Intoxicação alimentar 
d) Embolia traumática pelo ar. 
 
2) As feridas podem ser classificadas de 
acordo com profundidade / 
comprometimento estrutural, exceto 
em: 
 
a) Necrótica 
b) Profunda superficial 
c) Superficial 
d) Profunda total 
 
3) Antes de iniciar um desbridamento 
devemos realizar alguns 
procedimentos, exceto: 
 
a) Avaliar se o paciente tem 
prognóstico. 
b) Avaliar condição neurológica do 
paciente 
c) Avaliar condição vascular do 
paciente 
d) Observar se há sinais flogísticos no 
local. 
 
4) Quanto à presença de exsudato 
assinale a alternativa errada: 
 
a) Fibrina é a passagem de proteína 
plasmática pela parede do vaso. 
b) Exsudato fibrinoso é a passagem da 
proteína plasmática pela parede do 
vaso. 
c) A fibrina na ferida se apresenta 
aderida aos tecidos e tem cor 
esbranquiçada ou amarelada. 
d) Os padrões mistos incluem: 
serosanguinolenta, seropurulenta, 
serofibrinoso, fibrinopurulenta. 
 
5) O processo de cicatrização de feridas 
é composto por várias etapas, 
assinale a alternativa errada: 
 
a) Inflamação 
b) Reconstrução 
c) Derme 
d) Maturação 
 
6) São características do curativo ideal, 
exceto: 
 
a) Capacidade de absorção. 
b) Que evite intercâmbio gasoso e 
passagem do vapor de água. 
c) Que seja uma barreira efetiva frente 
aos microorganismos. 
d) Que seja um isolante térmico 
 
7) Na assistência ao paciente portador 
de feridas se faz necessário uma 
abordagem holística, com um 
levantamento do histórico do 
paciente e a avaliação das condições 
atuais, incluindo o físico, psicológico 
e o espiritual. Sobre os cuidados 
físicos assinale a alternativa 
verdadeira: 
 
a) Incontinência urinária 
b) Estresse 
c) Impotência 
d) Medo 
 
8) Sobre os produtos mais utilizados no 
tratamento das feridas, assinale a 
alternativa errada: 
 
 
 
 
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a) Membranas ou Filme semipermeável: 
são compostos de gelatina, pectina, 
carboximentilcelulose sódica e 
polisobutileno de uso tópico com a 
mesma função de proteger e 
regenerar a epiderme Peri-ostomias e 
Peri-fístulas. 
b) Alginatos: são sais de polímero 
natural acido algínico derivado de 
algas marinhas marrons. 
c) Hidrocolóides: Partículas hidroativas 
em polímero inerte impermeável. 
Indicado para lesões não infectadas 
com ou sem exsudato, áreas doadoras 
e incisões cirúrgicas. 
d) Curativo de carvão ativado é uma 
cobertura estéril para ferimentos, de 
baixa aderência, envolto por uma 
camada de tecido selado em toda sua 
extensão, com uma almofada 
impregnada por carvão ativado e 
prata a 0,15%. 
 
9) Com relação à Sulfadiazina de prata, 
assinale a alternativa verdadeira: 
 
a) Contra- Indicações: prevenção de 
colonização e tratamento de 
queimaduras. 
b) É um composto insolúvel e com ação 
adstringente derivado de sais de prata 
com propriedades anti-séptica local. 
c) Mecanismo de Ação: o carvão 
ativado adsorve o exsudato e filtra o 
odor enquanto a prata exerce poder 
bactericidalocal pela liberação de 
prata. 
d) Mecanismo de ação: o íon prata causa 
precipitação de proteínas e age 
diretamente na parede celular e 
membrana citoplasmática da célula 
bacteriana, exercendo ação 
bactericida imediata e ação 
bacteriostática residual pela liberação 
de pequenas quantidades de prata 
iônica. 
 
10) São efeitos Terapêuticos da 
Laserterapia, exceto: 
 
a) Proliferativo: aumenta a neo-
angiogênese, a síntese de 
fibroblastos, colágeno e ATP 
(adenosina Trifosfato). 
b) Fibrinolítico: facilita fibrinólise. 
c) Inflamatória e neurológico: ajuda na 
síntese de neurotransmissores e 
prostaglandina, diminuindo 
vascularidade capilar. 
d) Analgésico: libera substâncias 
quimiotáxicas, que estimulam a 
liberação de endorfinas, 
normalizando o potencial elétrico da 
membrana celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
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Médico-Cirúrgico. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. 
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Tradução: Eliane Kanner. São Paulo: 
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7- MALAGUTTI, William (org). 
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Manual Real, 9ª Ed, 2007. 
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10- WALDOW, Vera Regina. Cuidado 
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11- SMELTZER, Suzanne C.; BARE, 
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