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Direito do Trabalho I - Princípios

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DIREITO DO TRABALHO – PRINCÍPIOS 
CONCEITO DE PRINCÍPIO 
▪ Princípios são proposições gerais 
inferidas na cultura e ordenamento 
jurídicos que guiam a criação, 
revelação, interpretação e 
aplicação do direito. 
 
FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS 
▪ Os princípios têm três funções 
principais: instrutiva, interpretativa 
e normativa. 
 
Instrutiva – Norteia o legislador na 
criação das leis. 
 
Interpretativa – Auxilia diretamente 
nas decisões dos aplicadores do 
direito, no momento de tomar 
decisões. 
 
Normativa - ou integrativa, os 
princípios preenchem lacunas em 
casos não previstos por lei. 
PRINCÍPIOS TRABALHISTAS 
▪ Princípio da Proteção – garante 
proteção à parte hipossuficiente da 
relação de trabalho, ou seja, ao 
trabalhador. Se subdivide em três: 
 
a) Norma mais favorável – Fica 
garantido que sempre, 
independente de lei específica ou 
hierarquia entre as normas, 
sempre será aplicada aquela mais 
benéfica ao trabalhador. 
 
Exceção: Quando se tratar de Direito 
Processual (quando envolver o 
trabalhador, reclamante e o 
reclamado), não será aplicada a 
norma mais favorável, e sim a norma 
padrão. 
 
Exemplo: Se houver uma portaria na 
empresa que rege uma prescrição 
trienal (3 anos) para a reclamação 
trabalhista, ela será invalida, pois 
processualmente a prescrição da 
reclamação trabalhista é de dois 
anos prevista em seu art. 7º, XXIX da 
CF/88. 
 
b) Da condição mais benéfica – Este 
princípio determina que se houver 
alguma alteração no contrato que o 
torne menos favorável ao 
empregado, tal alteração não irá 
produzir efeitos, tendo em vista que o 
empregado tem direito adquirido à 
norma mais favorável. (Súmula 51 
do TST) 
 
c) In dubio pro operário – Quando 
houver dúvida em relação à 
interpretação de uma norma ou 
quanto à validade de uma decisão, 
deve-se sempre favorecer para o 
lado do empregado. 
 
▪ Princípio da Primazia da realidade 
– Os fatos valem mais do que as 
provas documentais. 
 
Exemplo: em um contrato de trabalho 
de um professor, consta que ele 
ministrava 6 aulas por semana em 
um determinado colégio, mas de fato 
ministrava 20. Em uma possível 
disputa na Justiça do Trabalho, com 
o auxílio de testemunhas e outros 
tipos de prova, o que valerá são os 
acontecimentos reais – no caso, o 
fato de ele realizar 20 aulas. 
 
▪ Princípio da Continuidade – em 
tese, todo contrato de trabalho 
deve ter prazo indeterminado, ou 
seja, ele só cessa quando existe um 
motivo expresso em lei para que isso 
ocorra (Súmula 212 do TST). 
 
Exceção: Contratos de experiência, 
tempo de duração máxima de 90 
dias. 
 
▪ Princípio da Inalterabilidade 
Contratual Lesiva – São vedadas 
alterações contratuais que resultem 
em prejuízo ao trabalhador. 
DIREITO DO TRABALHO – PRINCÍPIOS 
Exceção: É previsto pelo art. 7º da 
CF, prevê redução salarial por meio 
de negociação coletiva (sindicatos). 
 
Em caso de rebaixamento de 
trabalhador do patamar de cargo de 
confiança para cargo efetivo, o 
salário também poderá retroagir. 
 
▪ Princípio da Intangibilidade 
Salarial – previsto no artigo 462 da 
Consolidação das Leis do Trabalho, 
proíbe que o empregador promova 
descontos salariais fora dos casos 
expressamente previstos em lei. 
 
▪ Princípio da Irrenunciabilidade de 
Direitos – É vedado ao trabalhador 
renunciar qualquer direito disposto 
em lei. 
 
Exemplo: É proibido ao trabalhador 
abrir mão de seu 13º, por exemplo. 
Se o trabalhador assinar um contrato 
firmando este objeto, o contrato se 
tornará nulo. 
 
Nos casos onde, por exemplo, o 
funcionário vende uma parte de suas 
férias, ou na justiça onde os valores 
de FGTS e outros direitos são 
negociados por valor em dinheiro, é 
chamado de “transição” e não de 
renúncia de direitos. 
 
EXTRAS 
 
▪ Súmula 51 do TST: 
 
I – As cláusulas regulamentares, que 
revoguem ou alterem vantagens 
deferidas anteriormente, só atingirão 
os trabalhadores admitidos após a 
revogação ou alteração do 
regulamento. 
 
II – Havendo a coexistência de dois 
regulamentos da empresa, a opção 
do empregado por um deles tem 
efeito jurídico de renúncia às regras 
do sistema do outro. 
▪ Súmula 212 do TST: 
 
O ônus de provar o término do 
contrato de trabalho, quando 
negados a prestação de serviço e o 
despedimento, é do empregador, 
pois o princípio da continuidade da 
relação de emprego constitui 
presunção favorável ao 
empregado.

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