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EDUCAÇÃO E SAÚDE - Onde Estamos e Para Onde Vamos?

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EDUCAÇÃO E SAÚDE
ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?
INTRODUÇÃO
A educação em saúde é um campo multifacetado, para o qual convergem diversas concepções, das áreas tanto da educação, quanto da saúde, as quais espelham diferentes compreensões do mundo, demarcadas por distintas posições político-filosóficas sobre o homem e a sociedade.
o conceito de educação em saúde se sobrepõe o conceito de promoção da saúde, como uma definição mais ampla de um processo que abrange a participação de toda a população no contexto de sua vida cotidiana e não apenas das pessoas sob risco de adoecer. 
Existe varias maneiras de entender e fazer educação.
É dar informações, transmitir conhecimentos sobre saúde e profilaxia das doenças. 
É persuadir as pessoas sobre o que é melhor para elas.
Isso é coisa de escola, meu trabalho é fiscalizar se a população esta cumprindo “a norma”.
Bem... Pode ser uma forma de ajudar o povo a saber mais sobre as doenças, mas será que com isso ele vai ter mais saúde?
...pra mim, a moça do Posto de Saúde disse que se eu seguir o que elas ensinam eu vou ter mais saúde. 
E nós... O que entendemos por educação? Como iremos desenvolver nossa pratica como futuros nutricionistas? O que estará por trás dela? 
Repensando a nossa pratica
Muitas vezes, na prática, a educação tem sido considerada apenas como divulgação, transmissão de conhecimentos e informações, de forma fragmentada e, muitas vezes, distante da realidade de vida da população ou individuo. 
Você tem que comer de 3 em 3 horas, 6 refeições/dia
Como irei me alimentar 6 vezes ao dia, se tenho dinheiro para bancar apenas duas?
Nossas práticas: os problemas e desafios? 
Recomendação de práticas distintas por instituições diferentes e relacionada a uma mesma ação que se espera da população.
Recomendação de práticas com barreiras socioeconômicas ou culturais que dificultam e/ou restringem a sua execução.
Despreocupação com o universo conceitual da população, achando que tudo depende da transmissão do conhecimento técnico. 
Barreiras socioeconômicas 
E, para nós! O que é Educação? E o que esperamos da educação?
Uma maneira de perceber se uma atividade educativa está de acordo com uma proposta de educação transformadora é descobrir para que ela serve. 
Faz a gente pensar?
Ajuda a criar um conhecimento novo?
Aumento o nosso interesse em conhecer mais 
Leva em consideração o conhecimento que já temos sobre o assunto? 
Ajuda a resolver as situações problemas do dia-a-dia?
Quanto mais respostas 
SIM
Melhor será nossa forma de participar das soluções de problemas de saúde.
Saber técnico e saber popular? Qual a diferença?
“Cenoura é boa pra vista”. 
A vitamina A presente na cenoura auxilia na saúde ocular. 
O saber técnico, ao se encontrar com o saber popular, não pode dominá-lo. A relação entre esses dois saberes não poderá ser a transmissão unidirecional, vertical e/ou autoritária
mas deverá ser uma relação de diálogo, bidirecional e democrática. 
A comunidade nossa de cada dia
Modelos de comunicação: Paternalista ou diretivo; Modelo mecanicista e modelo participativo. 
Modelo paternalista: dá ênfase à fonte e ao conteúdo da mensagem e não ao depositário das mensagens.
Receptor
Emissor
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Modelo mecanicista: enfatiza os resultados. Aos elementos FONTE e RECEPTOR, acrescenta um caminho de regresso ou retorno-RETROALIMENTAÇÂO- cujas funções são o controle e a comprovação, controlando assim os efeitos das mensagens.
Modelo Participativo: enfoque dialógica, na qual o emissor e perceptor são interlocutores de um processor horizontal, o que significa que ambos são emissores e receptores. 
A participação que temos e a que queremos
Conceito de participação: “fazer parte”; “ter parte de algo”; “tomar parte de algo”.
Saúde como um direito de todos e dever do Estado, sem descartar o papel e a responsabilidade do indivíduo e dos grupo.
“os novos termos do SUS necessitam de uma maior e amis profunda participação popular.
A criação de uma identidade reciproca entre o SUS e a população.
Viabiliza-se a mutua transparência as pessoas são sujeitos e não objeto dos serviços de saúde. 
Buscar-se a identificação entre o SUS e a população, permitindo a abordagem epidemiológica e o controle social dos serviços.
Permite-se a interferência, no nível decisório, por meio dos Conselhos de saúde. 
Modelos de Participação/ qual é o nosso lugar
Informação: direção manda você obedece.
Consulta facultativa: direção solicita opinião da equipe se quiser.
Consulta obrigatória : mais a decisão ainda é da direção.
Elaboração de recomendações: você elabora recomendações que a chefia pode ou não levar em conta. 
Co-gestão/colegiado: as decisões são tomadas em conjunto (funcionários e direção).
Delegação: e delegada á equipe, pelo dirigente, a tomada de decisão com responsabilidades assumida. 
Auto-Gestão: todos participamos, tomamos decisões e agimos de acordo com o preestabelecido coletivamente
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Aprendemos a participar, participando. 
O ensinar e o aprender: podemos optar?
Todos os processos educativos, assim como as técnicas educativas que são instrumentos de ensino-aprendizagem, se baseiam em uma determinada concepção de “como conseguir que as pessoas aprendam e modifiquem sua prática.
Essa concepção e fundamentada em um determinado modelo ou enfoque do que seja educar.
Modelo tradicional ( educação bancaria): ênfase nos conteúdos temáticos/ objetivo: ensinar, transmitir 
Modelo condutor: ênfase nos efeitos/objetivo: treinar, faze, transmitir técnicas e condutas.
Modelo Participativo: ênfase no processo/ objetivo: pensar, refletir, transformar-se e transformar. 
Educação Problematizadora
Chamada por Paulo Freire de pedagogia problematizadora, enfatiza que a experiência que deve ser valorizada é a observação grupal da própria realidade, o diálogo e a participação na ação transformadora das condições de vida.
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Qual é a educação que queremos?
O profissional de saúde tem o compromisso de compartilhar seu conhecimento técnico específico, reconhecendo que a população, por sua vez, tem experiências e um saber que devem ser levados em conta. 
A educação como tarefa teórica/prática se caracteriza por uma relação de aprendizagem em que não existem o “educador que ensina” e a ‘população que aprende”, mas um grupo que, por meio do trabalho e da reflexão, vai produzindo seu próprio conhecimento, e vai aprendendo a conhecer, a partir da realidade objetiva sentida. 
CONCLUSÃO
Educação e saúde
ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?
Referências 
CUNHA, léa et al. Educação em Saúde Planejando as Ações Educativas Teoria e Prática/Manual para a operacionalização das ações educativas no SUS - São Paulo, 2001. 
SCHALL, T. Virgínia. Educação em saúde: novas perspectivas/Virgínia T. Schall  Instituto Oswaldo Cruz e Centro de Pesquisa René Rachou  Fundação Oswaldo Cruz- Rio de Janeiro, 1999.
 
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