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FICHAMENTO PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS

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FICHAMENTO
Samarco: o papel da empresa no empoderamento das pessoas
Disciplina: PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS (NPG1575/2683719) Turma: PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS
ALUNO: RHIDEYK HUMBERTO ALMEIDA ALVES
Brasília, fevereiro de 2018
Samarco: o papel da empresa no empoderamento das pessoas
RO S A MA RI A F I SCH E R 
Referência:
Este caso foi elaborado pelos Pesquisadores Associados Paulo da Rocha Ferreira Borba, Luciana Rocha de Mendonça, Monica Bose e Elidia Novaes, sob a supervisão da Professora Rosa Maria Fischer, todos pertencentes ao CEATS - USP. Este caso é parte da coleção de casos da “Social Enterprise Knowledge Network - SEKN” tendo sido desenvolvido para fins didáticos e como fundamento para discussões em sala de aula.
Resumo:
“( ) Somos uma empresa brasileira fornecedora de ferro de alta qualidade para a indústria siderúrgica mundial, criando valor para todas as partes interessadas.” (Pag. 1)
Os trabalhos daquela manhã estavam em andamento e o presidente do Conselho de Administração da Samarco resgatava a missão da empresa, para que todos a tivessem em mente durante as atividades vespertinas. O evento era parte da reflexão conjunta de planejamento da estratégia corporativa a partir de 2004.
Sérgio Dias, Gerente de Meio Ambiente da Empresa, foi chamado a apresentar suas propostas para a área socioambiental, cujo debate tomaria todo o período da tarde.
Uma nova abordagem
Sérgio iniciou sua exposição afirmando que “a responsabilidade social é um de nossos bens mais preciosos, atendendo aos interesses de todos os stakeholders”. Em sua fala, também ressaltara os demais valores da Samarco, que priorizavam a saúde e segurança das pessoas e a proteção ao meio ambiente na condução das atividades. Em sua opinião, todas as ações da Samarco deveriam pautar-se por procedimentos éticos e a empresa estava empenhada em consolidar uma cultura de responsabilidade social, que propiciasse padrões de desempenho elevado e de relacionamento focado na criação de valor para todas as partes. Para ilustrar sua exposição, apresentara o “Programa de Educação Popular Ambiental de Bento Rodrigues”, executado no ano anterior em uma pequena comunidade do entorno da empresa, com o objetivo de “contribuir para o desenvolvimento da comunidade, por meio do engajamento efetivo dos moradores”.
Após pedirem os pratos, José falou com firmeza:
Eu sei que a atuação social da empresa junto às comunidades vem ganhando importância ao longo dos anos. Já enfrentamos situações difíceis por conta da resistência de organizações da sociedade civil às obras de ampliação da fábrica e depois, da dragagem do porto. A intervenção de movimentos sociais organizados gerou atrasos nas obras e episódios de perda de competitividade - os números confirmam isso. Mas você sabe que eu reproduzo a opinião de vários executivos da empresa.
Seria um almoço indigesto. Impaciente, Sérgio respondeu:
Não vejo dessa forma. O Programa de Bento Rodrigues buscava o engajamento efetivo dos moradores. A experiência que vivemos lá aponta para a necessidade de redefinirmos nossas práticas de atuação social.
Por outro lado, Sérgio lembrava-se das palavras contidas nos novos textos institucionais sobre o relacionamento da Empresa com as Comunidades:
“A Samarco orgulha-se de fazer parte da vida das pessoas. É por isso que ela investe na busca pelo desenvolvimento, não só econômico, mas também social e ambiental. Por meio de iniciativas focadas na geração de renda, empreendedorismo, saúde, educação e cultura, a Samarco incentiva a auto sustentabilidade das comunidades vizinhas às suas unidades industriais e por onde passam os Minerodutos. Priorizando diálogo e transparência, a Samarco reconhece as potencialidades, valores e interesses de cada comunidade contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas. ”
Sérgio sabia que muitos executivos acreditavam na força destas palavras e apoiavam iniciativas locais voltadas para o desenvolvimento socioambiental. Isso lhe deu novas forças para iniciar as atividades daquela tarde.
A Samarco Mineração S.A.
A Samarco foi fundada em 1974 como um projeto industrial ligado a duas empresas: a Samitri, do grupo Belgo-Mineira, e a norte-americana Marcona Corporation. Suas origens remontam ao ano de 1971, quando Samitri e Marcona iniciaram conversações para, juntas, explorarem o itabirito – mineral com baixo teor de ferro, que, até então, não era explorado no Brasil. A Samitri possuía grandes jazidas do minério e a Marcona detinha a tecnologia para transportá-lo através do Minerodutos. Em 1998, no primeiro ano pós-expansão, as vendas aumentaram para 11,7 milhões de toneladas, com 81,5% de pelotas. Ainda nesse ano, a empresa fez sua primeira exportação para a China.
Em 2003, a Samarco era um complexo industrial integrado de lavra, beneficiamento, transporte e pelotização de minério de ferro, controlada em partes iguais pela empresa de mineração brasileira Companhia Vale do Rio Doce3 e pela anglo-australiana BHP Billiton4. Produzia pelotas de minério de ferro para os processos siderúrgicos de redução direta e alto-forno, e finos5 de minério concentrado. Sua capacidade anual de produção era de 14 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro e 1,5 milhão de toneladas de finos. Naquele ano, ela computou participação de 17% no mercado mundial, ocupando a segunda posição no ranking de exportadoras transoceânicas de pelotas de minério de ferro. A produção de finos excedeu sua capacidade de produção em 2 toneladas.
A atuação social da Samarco junto às comunidades em torno de suas unidades produtivas vinha ganhando importância ao longo dos anos. A empresa enfrentara situações difíceis decorrentes da resistência de Organizações da Sociedade Civil às obras de ampliação da fábrica de Germano (MG), entre os anos de 1996 e 1997, e de dragagem do porto, entre 2000 e 2001. A intervenção de movimentos sociais organizados gerou atrasos nas obras e, consequentemente, episódios de perdas de competitividade.
Em 2003, a empresa investiu 0,12% (US$ 555,000) de sua receita líquida anual9 em contribuições para a sociedade (vide Anexo 3). Desse total destinado, mais de 50% foram para projetos desenvolvidos pela própria empresa. Houve também doações em espécie, em produtos e serviços. Os projetos sociais eram vinculados às áreas de Recursos Humanos, Comunicação e Meio Ambiente e o investimento era avalizado por seus principais acionistas, principalmente pela CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), que detinha 50% das ações da empresa e se destacava no setor pelas ações sociais. Embora o montante de recursos investidos pelas maiores empresas do setor de mineração em projetos sociais fosse proporcional ao investimento feito pela Samarco, na visão de Sergio, “a empresa tinha essas iniciativas como parte da sua estratégia, entendendo a responsabilidade social como um diferencial para o bom desempenho no setor, extrapolando o mero cumprimento da legislação ambiental vigente”.
O aumento da produção de minério de ferro e as constantes quebras de recorde de transporte pelo mineroduto acarretaram a decisão de construir um segundo mineroduto. Em 1997, a Samarco transportara 9,5 milhões de toneladas de concentrado de minério de ferro por aquela via, enquanto que, em 2002, foram transportados 14,99 milhões de toneladas. Essa tubulação passava por uma pista com 35 metros de largura, denominada Faixa de Servidão, que cortava 25 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e tinha capacidade para bombear até 15,5 milhões de toneladas/ano de concentrado de minério de ferro. Segundo estudos preliminares, a construção do segundo mineroduto, assegurada pelo investimento de US$ 1,2 bilhão, acarretaria a criação de 6.000 empregos diretos e indiretos, sendo 450 empregos fixos. Para suprir a necessidade de mão-de-obra, a empresa implementou, na região do mineroduto, o Programa de Formação e Recuperação da Qualificação Profissional, proporcionando melhor capacitação da mão-de-obralocal para a realização da obra.
O Programa de Educação Popular Ambiental de Bento Rodrigues
A Samarco coordenou e financiou o programa do qual participaram, desde o planejamento das atividades, empregados da empresa e pessoas da própria comunidade. US$ 10 mil anuais, em média, foram destinados à iniciativa. O objetivo do programa era contribuir para o desenvolvimento da comunidade através do engajamento efetivo dos moradores na identificação de seus principais problemas e na busca de soluções, através da educação ambiental e do estímulo ao desenvolvimento de associações da sociedade civil.
Na primeira fase, entre 1997 e 1998, estudantes universitários realizaram um diagnóstico social das demandas da comunidade. 
Para o Presidente da Associação Comunitária de Bento Rodrigues, isso se justificava porque “a população local, naquela época, era pouco organizada, o que gerava uma postura passiva”.
Com essa constatação, percebeu-se a necessidade de mudanças no programa a partir de 1999, de modo que a segunda fase, entre 1999 e 2000, foi marcada pela tentativa de fortalecimento da organização comunitária e pela melhoria da infraestrutura local. A ideia era garantir uma base para que a comunidade resolvesse seus problemas de maneira autônoma. Essa tentativa foi representada principalmente pela criação da Associação Comunitária de Bento Rodrigues. 
A terceira fase, de 2001 a 2003, caracterizou-se pelo incentivo à identificação e ao desenvolvimento de novas propostas de atividades produtivas pelos membros da comunidade, além do exercício sistemático da gestão participativa para a discussão de questões locais relacionadas a educação, meio ambiente, saúde, trabalho e renda, cultura, lazer e cidadania. 
O término formal da iniciativa ocorreu em 2003, e seus resultados mais tangíveis foram: a redução no número de repetências entre os alunos de 1ª a 4ª séries (de 30% para 5%) e de evasão escolar (de 30% para menos de 10%), diminuição da carência nutricional e queda de 30% na incidência de verminoses, redução do número de queimadas na região (de oito para duas ocorrências/ano), ampliação das alternativas de trabalho para a população local, como o trabalho com hortaliças e a participação em uma agroindústria local, coordenada pela Ahobero. 
Para Sergio Dias, “o aprendizado gerado por essa experiência fez com que a Samarco reavaliasse sua forma de relacionamento com as comunidades”. Embora esta reavaliação causasse muitas controvérsias dentro da organização, a Samarco definiu que os próximos programas deveriam considerar alternativas de condução que trouxessem resultados mais significativos.
O Projeto Salvamar
No processo de desenvolvimento de sua Política Ambiental, com vistas à certificação ISO 14000, a Samarco criou um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) cuja implementação envolveu, entre outras atividades, a elaboração de um Plano de Emergência de Derrame de Óleo. 
Em dois anos e meio de programa, foram recolhidos, reciclados e reutilizados mais de 1.500 litros de óleo. Na praia do Perocão, cerca de 250 pescadores estiveram diretamente envolvidos com o projeto. Em novembro de 2001, o Salvamar era lançado em Anchieta, onde os 600 pescadores e donos de embarcações cadastrados passaram a depositar o óleo lubrificante usado nos coletores ecológicos.
O projeto conseguiu a adesão de praticamente 100% dos pescadores de Guarapari, além de atrair pescadores de regiões próximas, alcançando cerca de mil participantes. A quantidade de óleo recolhida nos coletores também ultrapassou o volume previsto pela empresa, de 40 litros de óleo por mês. Em meados de 2002, a média de recolhimento alcançava cerca de 80 litros mensais.
O Salvamar tornou-se um dos principais atrativos para os acionistas da Samarco, que buscam conhecê-lo em suas visitas à Empresa. O projeto também é incluído na avaliação da sustentabilidade da empresa e tem servido como estímulo para que seus empregados proponham novas ideias voltadas para a promoção do desenvolvimento ambiental sustentável.
Desdobramentos
Como parte das atividades daquela tarde, os executivos seriam organizados em grupos menores para aprofundar os temas em discussão. Sérgio e José participavam do mesmo grupo.
Lembrou do novo desafio na expansão do mineroduto e no desenvolvimento das comunidades da faixa de servidão e prosseguiu apresentando o GAIA – Grupo de Aplicação Interdisciplinar à Aprendizagem, uma organização não-governamental especializada em implementar programas na área de gestão socioambiental, diagnóstico e educação para meio ambiente, segurança, saúde, geração de renda e responsabilidade social.
O GAIA fizera uma proposta para a atuação social da Samarco na faixa de servidão do mineroduto. Era o PROECOS (Programa de Educação e Comunicação para Responsabilidade Social), um programa que buscava melhorar a imagem da empresa nas proximidades das instalações, o envolvimento das comunidades na elaboração de projetos socioambientais sustentáveis e a construção de uma rede de parceiros para o atendimento dessas demandas locais após o término do programa.
Esse mesmo levantamento que você citou há pouco mostrou que os habitantes da região acreditam que a geração de empregos e a abertura de acessos rodoviários seriam consequências positivas decorrentes da instalação do segundo mineroduto. Ora, podemos potencializar esses benefícios através do PROECOS, melhorando muito nosso relacionamento com as comunidades. Além disso, há o risco de que as comunidades da faixa de servidão se organizem com entidades ambientalistas e órgãos governamentais, atravancando o processo de construção do segundo mineroduto. Não preciso me estender sobre as experiências negativas que afetaram os negócios e a nossa competitividade, como o atraso das obras de ampliação da fábrica em 1996 e da dragagem do porto em 2000. A metodologia do PROECOS parte de um diagnóstico local e procura identificar as lideranças comunitárias, ou seja, pessoas e organizações que serão os empreendedores das iniciativas. A previsão de trabalho do GAIA é de dois anos (2004-2006) em cada local. Vocês podem analisar o orçamento que eles prepararam.
Em silêncio até aquele momento, Paulo Rabelo, Diretor Operacional da Samarco, levantou-se e ponderou:
Precisamos começar considerando nossas experiências, como os resultados alcançados em Bento Rodrigues e no Salvamar, e analisando os dados financeiros da empresa. Depois, vamos avaliar a proposta do GAIA, considerando a relação custo-benefício do PROECOS. Devemos nos debruçar sobre estes dados e informações, para decidir se seguimos em frente com o PROECOS ou para onde vamos.
Principais Impactos Ambientais Decorrentes Da Mineração
No Brasil, os principais problemas oriundos da mineração podem ser englobados em quatro categorias: poluição da água, poluição do ar, poluição sonora, e subsidência do terreno.
Em geral, a mineração provoca um conjunto de efeitos não desejados que podem ser denominados de externalidades. Algumas dessas externalidades são: alterações ambientais, conflitos de uso do solo, depreciação de imóveis circunvizinhos, geração de áreas degradadas e transtornos ao tráfego urbano. Estas externalidades geram conflitos com a comunidade, que normalmente têm origem quando da implantação do empreendimento, pois o empreendedor não se informa sobre as expectativas, anseios e preocupações da comunidade que vive nas proximidades da empresa de mineração. (BITAR, 1997). BITAR, O. Y. Avaliação da recuperação de áreas degradadas para mineração Região Metropolitana de São Paulo. SP 1997.
Fonte: MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE NO BRASIL - Relatório Preparado para o CGEE - PNUD – Contrato 2002/001604. Autor: Carlos Eugênio Gomes Farias. Contribuição: José Mário Coelho, DSc. Outubro de 2002.
Características Gerais do PROECOS
Introdução
As atividades de extração e beneficiamento de minério de ferro, transporte por mineroduto e pelotização, podem se constituir em uma referência positiva de relacionamento com as comunidades envolvidas por esses processos. Visa contribuir para queos citadinos dos municípios atingidos por estas atividades possam atuar na geração de iniciativas de melhorias socioambientais sustentáveis. Assim, este trabalho permitirá que a empresa construa um relacionamento contínuo com as comunidades vizinhas e o planejamento da ampliação da Samarco, para os próximos anos, envolvendo a otimização e a expansão de suas operações.
Objetivos
Fortalecer a imagem e a marca da Samarco como empresa de responsabilidade social corporativa e comunitária (política integrada de qualidade, meio ambiente, segurança, saúde, recursos humanos e relacionamento comunitário).
Promover o desenvolvimento socioeconômico local e regional sustentável nas áreas de influência das instalações da Samarco nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Público Alvo
A Fase Piloto será realizada nos municípios sob a influência das operações da Samarco, envolvendo produção mineral, beneficiamento, transporte por mineroduto, unidades de operação de bombas e válvulas, pelotização e carregamento de navios. O público beneficiário do programa são proprietários rurais, líderes comunitários, de associações e ONGs, professores e técnicos do poder público.
Etapas
O programa prevê a realização do Plano de Ação de setembro de 2004 a agosto de 2006 com as seguintes etapas: Diagnóstico Socioambiental; Articulação Interinstitucional; Seminários nos Municípios; Formação e Acompanhamento de Agentes de Desenvolvimento Sustentável; e Monitoramento dos Projetos de Geração de Renda. Fonte: GAIA
Outros Programas Socioambientais da Samarco
Projeto Árvores - Era um projeto de educação ambiental e reflorestamento urbano que visava à melhoria do ar e da qualidade de vida nas comunidades de Ubu, Parati, Recanto do Sol, Guanabara e Castelhanos (ES). O trabalho de arborização de ruas e casas atendia a uma demanda da própria comunidade e era organizado pela Samarco – que fazia a doação de mudas de árvores frutíferas e ornamentais – e executado em regime de mutirão pelos moradores.
Casa da Árvore - Programa de televisão produzido pela TV Inconfidentes de Ouro Preto em parceria com a Samarco, para despertar a consciência ambiental de crianças e adolescentes. Eram mostradas atividades lúdicas, entrevistas e reportagens que ofereciam dicas de comportamentos corretos do ponto de vista ambiental, de hábitos que precisavam ser mudados, referentes à preservação de recursos naturais, conservação de energia, coleta seletiva e reaproveitamento de materiais, entre outras.
Projeto Sorria Rio Pardo - Tratava-se de um programa de mobilização da comunidade de Muniz Freire (ES) para a coleta seletiva e para evitar a poluição do Rio Pardo. Em parceria com a Prefeitura e com o Instituto de Desenvolvimento Ambiental e Florestal (IDAF), incluía ações de educação ambiental, diagnóstico e busca de soluções de problemas socioambientais nas comunidades ribeirinhas.
Tavivamar - Projeto de preservação das tartarugas marinhas em extinção, desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Anchieta (ES) e o projeto Tamar/Ibama, buscando garantir a reprodução das espécies e conscientizando turistas e usuários das praias no sentido de não interferir no processo reprodutivo. Seis das nove praias do município eram mantidas como áreas de desova.
Curso de Educação Ambiental / Prêmio Samarco de Meio Ambiente - O trabalho buscava capacitar os professores de escolas públicas de Mariana, Ouro Preto e Ponte Nova (MG) e Anchieta, Guarapari, Alegre Guaçuí e Muniz Freire (ES), transformando-os em agentes multiplicadores capazes de estimular o interesse e envolvimento da comunidade escolar com as questões ambientais. Após o curso, a Samarco abria inscrições para o Prêmio Samarco de Meio Ambiente em que eram reconhecidos e valorizados os projetos de educação e preservação ambiental.
Limpa Carmo - Projeto de educação ambiental e limpeza do ribeirão que atravessava a comunidade de Mariana (MG). Em 2002, houve o envolvimento de mais de 40 voluntários em atividades de conscientização nas escolas do município e plantio de mudas às margens do ribeirão. Fonte: Site da Samarco Mineração
Anexo 1 – Elementos Básicos da legislação ambiental brasileira relacionada à atividade de mineração
No Brasil, a mineração, de um modo geral, está submetida a um conjunto de regulamentações, onde os três níveis de poder estatal possuem atribuições com relação à mineração e o meio ambiente. Em nível federal, os órgãos que têm a responsabilidade de definir as diretrizes e regulamentações, bem como atuar na concessão, fiscalização e cumprimento da legislação mineral e ambiental para o aproveitamento dos recursos minerais são os seguintes:
Ministério do Meio Ambiente – MMA: responsável por formular e coordenar as políticas ambientais, assim como acompanhar e superintender sua execução;
Ministério de Minas e Energia – MME: responsável por formular e coordenar as políticas dos setores mineral, elétrico e de petróleo/gás;
Secretaria de Minas e Metalurgia – SMM/MME: responsável por formular e coordenar a implementação das políticas do setor mineral;
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM: responsável pelo planejamento e fomento do aproveitamento dos recursos minerais, preservação e estudo do patrimônio paleontológico, cabendo-lhe também superintender as pesquisas geológicas e minerais, bem como conceder, controlar e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o território nacional, de acordo o Código de Mineração;
Serviço Geológico do Brasil – CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais): responsável por gerar e difundir conhecimento geológico e hidrológico básico, além de disponibilizar informações e conhecimento sobre o meio físico para a gestão territorial;
Agência Nacional de Águas – ANA: Responsável pela execução da Política Nacional de Recursos Hídricos, sua principal competência é a de implementar o gerenciamento dos recursos hídricos no país. Responsável também pela outorga de água superficial e subterrânea, inclusive aquelas que são utilizadas na mineração.
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA: responsável por formular as políticas ambientais, cujas Resoluções têm poder normativo, com força de lei, desde que, o Poder Legislativo não tenha aprovada legislação específica;
Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH: responsável por formular as políticas de recursos hídricos; promover a articulação do planejamento de recursos hídricos; estabelecer critérios gerais para a outorga de direito de uso dos recursos hídricos e para a cobrança pelo seu uso.
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis – IBAMA: responsável, em nível federal, pelo licenciamento e fiscalização ambiental;
Centro de Estudos de Cavernas – CECAV (IBAMA): responsável pelo patrimônio espeleológico.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que é exigido para o licenciamento ambiental de qualquer atividade de aproveitamento de recursos minerais e dele se distingue, tem sua definição, normas e critérios básicos, e diretrizes de implementação estabelecidos pela Resolução do CONAMA no 1/86. O EIA, a ser elaborado obrigatoriamente por técnicos habilitados, deve estar consubstanciado no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), o qual é submetido ao órgão de meio ambiente estadual competente, integrante do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), para análise e aprovação.
Nesta fase, o RIMA deve ser tornado público para que a coletividade ou qualquer outro interessado tenha acesso ao projeto e a seus eventuais impactos ambientais e possa conhecê-los e discuti-los livremente, inclusive em audiência pública.
A aprovação do EIA/RIMA é o requisito básico para que a empresa de mineração possa pleitear o Licenciamento Ambiental do seu projeto de mineração.
A obtenção do Licenciamento Ambiental (LA) é obrigatória para a localização, instalação ou ampliação e operação de qualquer atividade de mineração objeto dos regimes de concessão de lavra e licenciamento.

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