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ETA E ETE

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ETA E ETE
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
ENGENHARIA CIVIL
ANAÍSA RIBEIRO FERREIRA 
LETICIA GABRIELLA DE AQUINO CAFFARELLO
MARIA JOSÉ SANTOS SILVA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DO ESGOTO
Santos – SP
Março/2015
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
ENGENHARIA CIVIL
ANAÍSA RIBEIRO FERREIRA – 116277
LETICIA GABRIELLA DE AQUINO CAFFARELLO - 116468
MARIA JOSÉ SANTOS SILVA - 133077
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA E ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DO ESGOTO
RESUMO
Este trabalho avaliou todos os procedimentos realizados para o tratamento de água e esgoto, não é nada mais que remoção de impurezas antes do seu consumo, causadas por substâncias presentes no meio ambiente como micro-organismo e sais minerais, necessitando de tratamento para remover as impurezas que podem ser prejudiciais ao homem. Levantaram-se as características da ETE implantada, para isso tanto a água como também o esgoto passam por várias etapas até que o liquido seja 100% (cem por cento) tratado, trazendo benefícios à sociedade e ao governo.
Palavras-chave: Tratamento de água e esgoto, eficiência ETE, poluição.
Sumário
LISTA DE FIGURAS 6
1. INTRODUÇÃO 7
2. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA (ETA) 8
2.1 Importância 8
2.2 Doenças causadas por águas contaminadas e por teores inadequados de certas substâncias 9
2.2.1 Febre Tifóide 9
2.2.1 Febre Paratifoide 10
2.2.2 Hepatite Infecciosa 10
2.2.3 Poliomielite (Paralisia Infantil) 11
2.2.4 Cólera 11
2.2.5 Esquistossomose (Via Cutâneo - Mucosa) 11
2.2.6 LEPTOSPIROSE 12
2.2.7 CÁRIE DENTÁRIA 12
2.2.8 FLUOROSE DENTÁRIA 12
2.3 Etapas do processo detratamento 12
2.3.1 Captação 12
2.3.2 Bacia de Tranquilização 13
2.3.3 Floculação 13
2.3.4 Decantação 13
2.3.5 Filtragem 14
2.3.6 Desinfecção 14
2.3.7 Cloração 14
2.3.8 Alcalinização 15
2.3.9 Fluoretação 15
2.3.10 Distribuição 15
3. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DO ESGOTO 16
3.1 O que é esgoto? 16
3.2 Razões para tratar os esgotos 16
3.3 Processos de tratamento 16
3.3.1 Processos físicos 17
3.3.2 Processos químicos 17
3.3.3 Seus principais processos são: 17
3.3.4 Processos biológicos 17
3.4 Como funciona a ETE 18
3.4.1 Tratamento preliminar 18
3.4.2 Gradeamento 19
3.4.3 Desarenação 19
3.5 Tratamento Primário 20
3.5.1 Floculação 20
3.5.2 Decantação Primária 21
3.5.3 Peneira Rotativa 21
3.6 Tratamento Secundário 22
3.6.1 Processos Aeróbios 22
3.6.2 Processos Anaeróbios 23
3.6.3 Tanque de Aeração 23
3.6.4 Decantação Secundária e Retorno do Lodo 23
3.6.5 Elevatória do Lodo Excedente - Descarte do Lodo 24
3.7.1 Adensamento do Lodo 24
4. REPORTAGENS 27
5. ENTREVISTAS 30
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Estação de tratamento da água 
FIGURA 2 - Fase Líquida
FIGURA 3 – Gradeamento
FIGURA 4 – Caixa de areia ABES 
FIGURA 5 – Decantação primária
FIGURA 6 - Peneira Rotativa
FIGURA 7 – Peneira Rotativa
FIGURA 8 – Tanque de Aeração
FIGURA 9 – Estação de Tratamento de Água de Cubatão
FIGURA 10 – Andrenandes Sincerre Gonçalves
1. INTRODUÇÃO
A água que existe hoje na natureza é a mesma que existia a milhões de anos quando se formou a primeira nuvem e ocorreu a primeira chuva. 
Apenas 3% de toda a água do planeta é doce, mas desses, apenas 0,5% estão nos rios e lagos, pois 75% estão congeladas nascalotas polares e 24,5% constituem as águas subterrâneas.
A água provenientes de represas e rios contém resíduos provenientes do meio ambiente, para não ser prejudicial ao homem, ela tem que passar pela Estação De Tratamento Da Água (ETA). A ETA é onde é feita todo o processo de tratamento da água, afim de purifica-la para que ela se torna própria para o consumo humano. Para que isso seja possível, a água passa por processos físicos e químicos.
Segundo dados obtidos pela Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo IBGE em 2008, a água tratada não chega a 21,4% das residências no país. Em São Paulo está localizada uma das maiores estações de tratamento do mundo, a de Guaráu, parte do Sistema Cantareira. 
Basicamente, a Estação de Tratamento de esgoto (ETE) convencional, tem a finalidade de promover um tratamento de esgotos domésticos, afim de torná-lo em condição de ser lançado ais rios, riachos, lagos ou ao mar.
2. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA (ETA)
A água que é usada para diversas atividades cotidiana é captada das represas, rios e lagos por meio de bombas. As estações usam filtros e vários produtos químicos para limpar a água que sai pelas torneiras das casas. A água captada das represas, rios e lagos por meio de bombas. Para que ela seja tratada, limpa e sem cheiro, passa por cerca de 3 horas dentro de uma Estação de Tratamento da Água, o processo todo inclui entre outras etapas as fases de decantação da sujeira, filtragem, cloração e fluoração.
Figura 1 - Estação de Tratamento de água(http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/ag_tratamento.gif)
2.1 Importância
Segundo Antonio Batista Guedes e Jose Maria Teixeira de Carvalho, o tratamento da água tem importância sanitária e econômica:
“Seu uso para abastecimento passa previamente pôr tratamento objetivando atender as seguintes finalidades:
a) De ordem sanitária, através de: 
- controle e prevenção de doenças; 
- Implantação de hábitos higiênicos ( banho, limpeza de utensílios, etc. ) 
- Facilitar limpeza pública; 
- Facilitar práticas desportivas; 
- Proporcionar conforto e bem estar 
b) De ordem estética, através de : 
- Correção de cor, turbidez, odor e sabor 
c) De ordem econômica, através de : 
- Aumenta a vida média pela diminuição da mortalidade; 
- Aumenta a vida produtiva do indivíduo, quer pelo aumento da vida média, quer pela diminuição de tempo perdido com doenças; 
- Facilitar a instalação de indústrias, inclusive turismo; 
- Facilitar o combate a incêndios.”
2.2 Doenças causadas por águas contaminadas e por teores inadequados de certas substâncias
Segundo pesquisa realizada por Antonio Batista Guedes e Jose Maria Teixeira de Carvalho, as doenças causadas por águas não tratadas corretamente são:
2.2.1 Febre Tifóide 
Sintomas - infecção bacteriana generalizada, caracterizando-se pôr febre contínua, aparecimento de manchas róseas no abdômen, dor de cabeça, língua seca, constipação intestinal (prisão de ventre), diarreia. Transmissão - o homem infectado elimina pelas fezes e urina as bactérias, constituindo as fontes de infecção. Os veículos usuais são: água contaminada, moscas, leite, alimentos, etc. 
Profilaxia - tratamento da água deabastecimento. Disposição adequada dos dejetos humanos. Fervura ou pasteurização do leite. Saneamento dos alimentos, especialmente os que se consomem crus. Controle de moscas. Vacinação. Educação sanitária do público, etc. 
2.2.1 Febre Paratifoide 
Sintomas - infecção bacteriana, que com frequência começa subitamente com febre contínua, manchas róseas no tronco e comumente diarreia. 
Transmissão - análoga a febre tifoide. 
Profilaxia - são as mesmas recomendadas para a Febre Tifoide. 
Obs.: é uma moléstia do sangue e dos tecidos. 
2.2.2 Hepatite Infecciosa 
Sintomas - infecção aguda que se caracteriza pôr febre, náusea, mal estar, dores abdominais, seguida de icterícia, perda de apetite, possibilidade de vômitos, fadiga, dor de cabeça, etc. É uma moléstia do sangue e dos tecidos. 
Transmissão - o homem que é o reservatório pode eliminar o vírus da hepatite através das fezes e sangue. A transmissão ocorrerá ingerindo água, leite, alimentos, etc., contaminados. Também se transmite pôr sangue, soro ou plasma proveniente de pessoas infectadas que no caso de haver tomado injeção e a seringa não tendo sido bem lavada poderá contaminar outra pessoa sadia que pôr ventura venha usar tal seringa com resíduo de sangue do indivíduo infectado. 
Profilaxia - saneamento dos alimentos, disposição adequada dos dejetos humanos, higiene pessoal, uso da água tratada, controle de mosca, etc. Prevenção quanto ao uso de seringas e agulhas não convenientemente esterilizadas.No caso de transfusão de sangue tomar cuidado se o doador está infectado. 
2.2.3 Poliomielite (Paralisia Infantil)Sintomas - doença que se caracteriza pelo aparecimento de febre, mal estar, dor de cabeça, etc. e nos casos mais graves, verifica-se paralisia dos músculos voluntários, predominantemente dos membros inferiores. 
Transmissão - a pessoa infectada (reservatório) elimina o vírus pelas fezes(fonte de poluição). A veiculação hídrica não é muito comum. A transmissão mais comum é pelo contágio direto e pelas gotículas do muco e saliva expelidas pelas pessoas infectadas. 
Profilaxia - saneamento do meio ambiente. Imunização. Precaução no controle de pacientes, comunicantes e do meio ambiente imediato, etc. 
2.2.4 Cólera 
Sintomas - infecção bacteriana intestinal aguda que se caracteriza pôr inicio súbito de vômito, diarreia aquosa com aspecto de água de arroz, desidratação rápida, cianose (coloração azul da pele ), colapso, coma e morte. 
Transmissão - o indivíduo infectado (reservatório) elimina pelas fezes ou vômitos as bactérias “VIBRIÃO COLÉRICO”, são transportados para o elemento sadio através dos veículos comuns: água contaminada, alimentos crus, moscas, etc. 
Profilaxia - educação sanitária do público. Vacinação, Disposição adequada dos dejetos humanos. Proteção e tratamento da água de abastecimento. Saneamento dos alimentos. Fervura ou pasteurização do leite, etc. 
2.2.5 Esquistossomose (Via Cutâneo - Mucosa) 
Sintomas - doença causada pôr verme (helmintos) que na sua fase adulta, vivem no sistema venoso do hospedeiro. Ocasiona manifestação intestinal ou do aparelho urinário. Diarreia. Dermatose. Cirrose do fígado. Distúrbios no baço, etc. 
Transmissão - o homem é oprincipal reservatório, podendo ser também o macaco, o cavalo, os ratos silvestres, etc. A fonte de infecção é a água contaminada com larvas (cercarias), procedentes de certos gêneros de caramujos que são hospedeiros intermediários. Os ovos eliminados nas fezes e urina, chegando a água incorporam-se ao caramujo que após vários dias liberam em forma de cercarias as quais penetram através da pele do indivíduo que entrar em contato com a água. 
Profilaxia - tratamento da água de abastecimento. Disposição adequada dos dejetos humanos. Controle de animais infectados. Fornecimento de vestuário protetor: botas e luvas para os trabalhadores. Educação sanitária das populações das zonas endêmicas. 
2.2.6 LEPTOSPIROSE 
Agente - Leptospira, bactéria contida na urina de ratos infectados que pode ser transportada pela água contaminada e pelo lixo. É uma doença que ataca o fígado, baço e causa hemorragia. 
2.2.7 CÁRIE DENTÁRIA 
Agente - teor inadequado de flúor na água (teor abaixo de 0,6 mg/L); 
Profilaxia - adicionar flúor em dosagem da ordem de 1,0 mg/L.
2.2.8 FLUOROSE DENTÁRIA 
Agente - teor inadequado de flúor acima de 1,5 mg/L que causa escurecimento dos dentes. 
2.3 Etapas do processo de tratamento
2.3.1 Captação
A água da represa, rios ou lagos é retirada através do bombeamento e chega com muita sujeira, como, garrafas, latas, folhas, galhos, lodos e peixes. Para que ela fique limpa, sem cor, gosto ou cheiro, é necessário que ela passe por uma tratamento de limpeza que dura cerca de três horas. Ela passa por tubos, chamados de adutoras, e segue para as estações detratamento da água. 
Se houver obstáculos ou morros, as estações elevatórias bombeiam a água até a estação de tratamento da água.
2.3.2 Bacia de Tranquilização
A água passa pela bacia de tranquilização, para que a velocidade dela seja reduzida, pois quando chega à Estação a água está sob muita pressão. Na bacia de tranquilização ela passa pelas grades metálicas que retém os resíduos sólidos, como garrafas, galhos e peixes.
Nessa fase ela já recebe o cloro para matar as bactérias e outros microrganismos.
2.3.3 Floculação
Na fase de floculação a água passa por canais de coagulação e recebe sulfato de alumínio liquido, para que seja desestabilizada as partículas de sujeiras. 
Já nos tanques floculadores, os motores são responsáveis por agitar a água em velocidade controlada e causam a aglutinação das partículas sólidas em suspensão, o que forma flocos maiores. 
2.3.4 Decantação
No mesmo tanque de floculação a água segue para os decantadores e fica por 90 minutos, para que os flocos se depositem no fundo, deixando a água livre da maioria das impurezas sólidas.
Os decantadores têm pás capazes de arrastar o lodo para o fundo do tanque. Toda essa sujeira é bombeada para um canal de esgoto. 
2.3.5 Filtragem
Na parte superior dos decantadores há caneletas que captam a água presente na superfície e segue para filtros verticais. A sujeira que ainda restou na fase de decantação fica presa nesse filtro, que é formado por camadas de carvão, areia e pedregulho.
O filtro é feito com carvão, areia e pedregulho para reproduzir o processo que a natureza usa para limpar os poços.Os filtros que são utilizados na Estação duram em torno de 20 a 30 horas. Depois desse tempo são lavados para que saiam as sujeiras que ficaram retidas neles.
2.3.6 Desinfecção
Após a filtragem, a água passa pela ultima fase, a desinfecção. nessa fase ela passa por três processos, a cloração, alcalinização e fluoretação.
2.3.7 Cloração
Nesse processo a água recebe o cloro para manter um teor residual do produto, para garantir que a água estará sem microrganismo causadores de doenças.
2.3.8 Alcalinização
É adicionado uma solução de leite de cal, Ca (OH), hidróxido de cálcio, na água para torna-la neutra (ph=7) e evitar sua corrosividade.
2.3.9 Fluoretação
Nesse processo é adicionado composto de flúor na água para prevenir cáries na população.
2.3.10 Distribuição
Depois de todos esses processos, a água é bombeada para um reservatório na própria ETA, depois é levada por tubos para reservatórios elevados nos bairros, onde é distribuída para a população.
3. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DO ESGOTO
3.1 O que é esgoto?
Dependendo do uso há diferentes denominações, os resíduos provenientes das residências formam os esgotos domésticos e os formados no processo de fábricas recebem o nome de esgotos industriais.
Por ser um líquido sujo, com implicações na saúde da população quando exposto, seu escoamento a céu aberto deve ser evitado. Por isso, ações de engenharia sanitária procuram confinar o esgoto e fazê-lo escoar em canalizações fechadas e enterradas desde o ponto de coleta até o local de tratamento, assim é o sistema hidráulico de coleta, afastamento e tratamento de esgoto.Basicamente, uma estação de tratamento convencional, tem o objetivo de promover um tratamento dos esgotos domésticos e industrial, afim de torná-lo em condição de ser lançado aos rios, riachos, lagos ou ao mar.
3.2  Razões para tratar os esgotos
Razão de saúde pública: Diminuir o número de organismos patogênicos dos esgotos, facilitando o seu retorno ao Meio Ambiente sem o perigo de transmissão de doenças de veiculação hídrica.
Razão ecológica: Defender a vida vegetal e animal evitando a degradação ambiental.
Razão estética: Evitar prejuízos ao lazer e ao turismo, pelo mau aspecto, cheiro, presença de lixo e animais transmissores de doenças.
Razão legal: Evitar a depreciação dos patrimônios, pois os proprietários de áreas próximas dos lançamentos de esgotos têm direitos legais ao uso da água em seu estado natural.
Razão econômica: Reduzir o custo do tratamento da água e a indisponibilidade desse recurso para diversos usos, dentre eles o consumo humano, industrial, comercial, assim como para comunidades.
3.3 Processos de tratamento
Os processos de tratamento são classificados em físicos, químicos e biológicos, conforme a necessidade de cada situação. 
3.3.1 Processos físicos
Esses processos retiram os matériais sólidos através de separações físicas, como gradeamento, peneiramento, caixas separadoras de óleos e gorduras, sedimentação e flotação.
 
Os processos físicos também removem a matéria orgânica e inorgânica e diminuem ou eliminama presença de microrganismos por meio de processos de filtração em areia ou em membranas (microfiltração e ultrafiltração). 
3.3.2Processos químicos
Utilizam produtos químicos em seu processo, tais como: agentes de coagulação, floculação, neutralização de pH, oxidação, redução e desinfecção em diferentes etapas dos sistemas de tratamento. Conseguem retirar os poluentes por meio de reações químicas,
3.3.3 Seus principais processos são:
Clarificação química (remove matéria orgânica coloidal, incluindo coliformes);
Troca iônica.
Redução do cromo hexavalente;
Eletrocoagulação (remove matéria orgânica, incluindo compostos coloidais, corantes e óleos/ gorduras);
Precipitação de fosfatos e outros sais (remoção de nutrientes), pela adição de coagulantes químicos compostos de ferro e ou alumínio;
Cloração para desinfecção;
Oxidação por ozônio, para a desinfecção;
Oxidação de cianetos;
Precipitação de metais tóxicos;
3.3.4 Processos biológicos
O tratamento biológico de esgotos e efluentes industriais transformam a matéria orgânica dissolvida e em suspensão em sólidos sedimentáveis e gases. Basicamente, o tratamento biológico reproduz os fenômenos que ocorrem na natureza, mas em menor tempo.  
3.4 Como funciona a ETE
O processo de uma Estação de Tratamento de Efluente (ETE) consiste basicamente as seguintes etapas: pré-tratamento (gradeamento e desarenação), tratamento primário (floculação e sedimentação), tratamento secundário (processos biológicos de oxidação), tratamento do lodo e tratamento terciário (polimento da água). 
Figura 2 - Figura 2 – Fase Líquida - Fonte: Sabesp (http://www.sabesp.com.br/o_que_fazemos/coleta_e_tratamento/sabesp7liquido.html)
3.4.1 Tratamento preliminar
Composto porprocessos físicos, nesta etapa é feita a remoção dos materiais sólidos através da utilização de grelhas e de crivos grossos (gradeamento), e a separação de areia e terra da água a partir da utilização de canais de areia (desarenação). 
3.4.2 Gradeamento 
Figura 3 - Gradeamento
Nesta primeira etapa do processo acontece a remoção de sólidos grosseiros, onde os materiais maiores do que o espaçamento entre as barras são retidos. Há grades grosseiras (espaços de 5,0 a 10,0 cm), grades médias (espaços entre 2,0 a 4,0 cm) e grades finas (entre 1,0 e 2,0 cm) que têm a finalidade de separar o material sólido no esgoto. Os principais objetivos do gradeamento são: proteção dos dispositivos de transporte dos efluentes (bombas e tubulações); proteção das unidades de tratamento subsequentes e proteção dos corpos receptores. 
3.4.3 Desarenação
Figura 4 - Caixa de areia ABES(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) : a) vista do prédio; b) vista de uma unidade; c) detalhe das bombas de sucção de areia; d) vista do separador de areia.
Caixa de areia ABES(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) : a) vista do prédio; b) vista de uma unidade; c) detalhe das bombas de sucção de areia; d) vista do separador de areia.
Chama-se desarenação o processo de remoção da areia e terra por sedimentação. Os grãos de areia tem maiores dimensões e densidade, por isso se acumulam no fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica tem a sedimentação bem mais lenta e fica em suspensão seguindo para as próximas etapas. A remoção de areia tem como objetivo básico: evitarabrasão nos equipamentos e tubulações; eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques, orifícios, sifões, e facilitar o transporte do líquido, principalmente a transferência de lodo, em suas diversas fases. 
3.5 Tratamento Primário
O tratamento primário é formado por processos físico-químicos. Nesta etapa acontece a neutralização da carga do efluente a partir de um tanque de equalização e adição de produtos químicos. Seguidamente, ocorre a separação de partículas líquidas ou sólidas através de processos de floculação e sedimentação, utilizando floculadores e decantador (sedimentador) primário. 
3.5.1 Floculação
O processo de coagulação, ou floculação, se baseia na adição de produtos químicos que desenvolvem a aglutinação e o agrupamento das partículas a serem removidas, tornando o peso especifico das mesmas maior que o da água, facilitando a decantação. 
3.5.2 Decantação Primária
Figura 5 - Decantação primária
Por meio da sedimentação das partículas sólidas esta etapa consiste na separação do sólido (lodo) – líquido (esgoto). Os tanques de decantação podem ser circulares ou retangulares. Os efluentes fluem através dos decantadores, permitindo que os sólidos em suspensão, que apresentam densidade maior do que a do líquido, fiquem acumulados no fundo. Essa massa de sólidos, denominada lodo primário bruto, pode ser adensada no poço de lodo do decantador e enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os adensadores. 
3.5.3 Peneira Rotativa 
Figura 6 - Peneira Rotativa
Figura 7 - Peneira Rotativa
As peneiras podem substituir osistema de gradeamento ou serem colocadas em substituição aos decantadores primários. A finalidade é separar sólidos maiores que à dimensão dos furos da peneira. O fluxo atravessa o cilindro de gradeamento em movimento, de dentro para fora. Os sólidos são retidos em função da perda de carga na tela, removidos continuamente e recolhidos em caçambas. 
3.6 Tratamento Secundário 
Etapa na qual ocorre a remoção da matéria orgânica, por meio de reações bioquímicas. Os processos podem ser Aeróbios ou Anaeróbicos. 
3.6.1 Processos Aeróbios
Simula o processo da decomposição visto na natureza, com mais eficiência no tratamento de partículas finas em suspensão. O oxigênio é obtido por agitação ou por insuflação de ar. 
3.6.2 Processos Anaeróbios 
Consistem na estabilização de resíduos feita pela ação de microrganismos, na ausência de oxigênio. O tratamento pode ser referido como fermentação mecânica. Como exemplo, cita-se o processo aeróbico lodo ativado. 
3.6.3 Tanque de Aeração 
Figura 8 - Tanque de Aeração
Tanque no qual a matéria orgânica é retirada por reações bioquímicas, realizadas por microrganismos aeróbios (bactérias, protozoários, fungos etc). A base de todo o processo biológico é utilizar o material orgânico como alimento pelos microrganismos. Os microrganismos convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e material celular (crescimento e reprodução dos microrganismos). 
3.6.4 Decantação Secundária e Retorno do Lodo 
Acontece a clarificação do efluente e o retorno do lodo. Os decantadores secundários são os responsáveis pela separação dos sólidos emsuspensão presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado, e pela acumulação dos sólidos em suspensão no fundo do decantador, permitindo o retorno do lodo em concentração mais elevada. O efluente do tanque de aeração é submetido à decantação, onde o lodo ativado é separado, voltando para o tanque de aeração. O retorno do lodo é necessário para suprir o tanque de aeração com uma quantidade suficiente de microrganismos e manter uma relação alimento/ microrganismo capaz de decompor com maior eficiência o material orgânico. O efluente líquido oriundo do decantador secundário pode ser descartado diretamente para o corpo receptor, pode ser oferecido ao mercado para usos menos nobres, como lavagem de ruas e rega de jardins, ou passar por tratamento para que possa ser reutilizado internamente. 
3.6.5 Elevatória do Lodo Excedente - Descarte do Lodo 
Nesta etapa o lodo excedente é descartado. Os sólidos suspensos, lodo produzido diariamente correspondente à reprodução das células que se alimentam do substrato, devem ser descartados do sistema para que este permaneça em equilíbrio (produção de sólidos = descarte de sólidos). O lodo excedente extraído do sistema é dirigido para a seção de tratamento de lodo. 
3.7 TRATAMENTO DE LODO 
3.7.1 Adensamento do Lodo
Como o lodo contém uma quantidade muito grande de água, deve-se utilizar Adensadores e Flotadores para reduzir seu volume. O adensamento é o processo para aumentar o teor desólidos do lodo e, conseqüentemente, reduzir o seu volume. Desta forma, as unidades subseqüentes, tais como a digestão, desidrataçãoe secagem, beneficiam-se desta redução. Dentre os métodos mais comuns, temos o adensamento por gravidade e por flotação. O adensamento por gravidade do lodo tem por princípio de funcionamento a sedimentação por zona, sistema similar aos decantadores convencionais. O lodo adensado é retirado do fundo do tanque. No adensamento por flotação, o ar é introduzido na solução através de uma câmara de alta pressão. Quando a solução é despressurizada, o ar dissolvido forma micro-bolhas que se dirigem para cima, arrastando consigo os flocos de lodo que são removidos na superfície. 
3.7.2 Digestão Anaeróbia 
Etapa na qual ocorre a estabilização de substâncias instáveis e da matéria orgânica presente no lodo fresco. A digestão é realizada com as seguintes finalidades: destruir ou reduzir os microrganismos patogênicos; estabilizar total ou parcialmente as substâncias instáveis e matéria orgânica presentes no lodo fresco; reduzir o volume do lodo através dos fenômenos de liquefação, gaseificação e adensamento; dotar o lodo de características favoráveis à redução de umidade e permitir a sua utilização, quando estabilizado convenientemente, como fonte de húmus ou condicionador de solo para fins agrícolas. A estabilização de substâncias instáveis e da matéria orgânica presente no lodo fresco também pode ser realizada através da adição de produtos químicos. Esse processo é denominado estabilização química do lodo. 
3.7.3 Condicionamento Químico do Lodo 
Etapa na qual ocorre a estabilização do lodo pelo uso de produtos químicos tais como: cloreto férrico, cal, sulfato de alumínio epolímeros orgânicos. O condicionamento químico, usado antes dos sistemas de desidratação mecânica, tais como filtração, centrifugação, etc, resulta na coagulação de sólidos e liberação da água adsorvida. 
3.7.4 Desidratação do lodo 
Com o uso de equipamentos como: centrífuga, filtro prensa ou belt press, é feita a remoção de umidade do lodo. 
A escolha dentre eles depende das características do lodo a ser tratado, das vantagens e desvantagens de cada equipamento e do custo.
3.7.5 Secagem do lodo
Etapa na qual é feita a secagem do lodo, com o uso de secador térmico. A secagem térmica do Lodo é um processo de redução de umidade através de evaporação de água para a atmosfera com a aplicação de energia térmica, podendo-se obter teores de sólidos da ordem de 90 a 95%. Com isso, o volume final do lodo é reduzido significativamente.
3.8 TRATAMENTO TERCIÁRIO
O tratamento terciário pode ser empregado com a finalidade de se conseguir remoções adicionais de poluentes em águas residuárias, antes de sua descarga no corpo receptor e/ ou para recirculação em sistema fechado. Essa operação é também chamada de “polimento”. Em função das necessidades de cada indústria, os processos de tratamento terciário são muito diversificados; no entanto pode-se citar as seguintes etapas: filtração, cloração ou ozonização para a remoção de bactérias, absorção por carvão ativado, e outros processos de absorção química para a remoção de cor, redução de espuma e de sólidos inorgânicos tais como: eletrodiálise, osmose reversa e troca iônica.
4. REPORTAGENShttp://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/poli-aponta-solucao-descarte-esgoto-santos-693886.shtml Acesso em: 07/03/2015 – 14:45h
Poli aponta solução para descarte de esgoto em Santos
Sistema diminui concentração de fósforo no oceano, responsável por prejuízos à fauna e à população local.
Redação - Agência USP - 23/07/2012
“Após quatro anos de pesquisas, o oceanógrafo Eduardo Lucas Subtil apresenta em estudo um sistema ideal para o pré-tratamento do esgoto lançado pelo emissário submarino de Santos. "O mais viável, pensando na relação custo e benefício sustentabilidade ambiental, seria o chamado primário avançado, ou seja, após a remoção de sólidos de grande tamanho, aplicam-se produtos químicos específicos que por processos físico-químicos removeriam os sólidos suspensos e outros elementos, como o fósforo", descreve.  O emissário oceânico de Santos utiliza o sistema de do tipo preliminar, ou seja, faz um peneiramento, retirando as partículas mais grossas da água, lançando o restante no oceano. "Com a quantidade cada vez maior de vazão, o tratamento preliminar do esgoto não é suficiente para evitar que ocorra aumento na concentração de fósforo, um ingrediente básico de detergentes, na água do mar, provocando crescimento de algas, contaminação e morte de peixes e espécies vegetais, além de odores desagradáveis", explica o oceanógrafo, que apresentou a sugestão em seu estudo de doutorado apresentado no Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica (Poli) da USP. Instalado em 1978, o emissário é o mais antigo do Estado e um dos mais importantes. Atende a uma população de cerca de um milhãode pessoas na Baixada Santista.  Para Subtil, "a remoção de sólidos suspensos combinada com a aplicação de produtos químicos específicos resolveria o problema, até agora tratado muito superficialmente".  PODER PÚBLICO O descarte do esgoto na natureza deveria ser uma das prioridades do poder público pelas implicações que acarreta ao meio ambiente e também à saúde humana. Com exceção de emissários clandestinos, que despejam na água de rios, lagos e mares esgotos sem nenhum tipo de tratamento, os emissários oficiais e privados (Sabesp, Petrobras) os condicionam com o objetivo de descartá-los com a menor quantidade possível de impurezas, deixando o restante para a natural dispersão e assimilação na água.  De acordo com José Carlos Mierzwa, professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Poli, pesquisar as melhores maneiras de tratar o esgoto antes de descartá-lo não é uma exclusividade brasileira: "O pesquisadores do mundo todo buscam as melhores soluções, mas Subtil teve o mérito de fazer o caminho inverso, ou seja, partiu de uma situação ideal, a água mais limpa possível, e retrocedeu até achar o melhor e factível sistema, uma solução que pode servir de parâmetro para situações semelhantes". Além do preliminar e do primário, há outros dois tipo de sistema, o secundário e o terciário. Cada um promove uma limpeza mais apurada do esgoto, mas o custo acaba sendo muito alto, conforme o nível de limpeza. "No caso do tratamento secundário, ocorre remoção de matéria orgânica, mas não resolveria o problema do fósforo. Por outro lado, apesar de o tratamentoterciário remover matéria orgânica e fósforo, a área necessária para instalação desse tratamento é mais do que o dobro do tratamento primário avançado, por isso consideramos o sistema primário avançado como o mais adequado", justifica o oceanógrafo. 
Além da questão do espaço, o ingrediente financeiro relacionado com a operação do sistema de tratamento fortalece ainda mais a escolha de Subtil. "Como parâmetro, uma estação que trabalhe só com tratamento preliminar custa cerca de US$ 5 milhões ao ano para uma vazão de 4 metros cúbicos (m³) por segundo de água. Pular para o secundário significaria um custo de operação oito vezes maior, enquanto que o tratamento primário representaria um custo cinco vezes maior que o preliminar", explica Subtil.  O professor Mierzwa conta que um emissário que atingisse áreas mais profundas do oceano também ajudaria a resolver o problema em Santos. "A costa brasileira chega, em média a 10 metros de profundidade e seria necessário um emissário muito maior que o atual, que chega a 4,5 km de distância, o que também seria inviável economicamente", pondera o especialista.  O pós-graduando fez parte de seu estudo na Universidade de Cantabria, na cidade espanhola de Santander. Lá são realizadas pesquisas semelhantes de tratamento de esgotos. Paralelamente, manteve contatos com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que o ajudou a levantar dados para as pesquisas interessada também em obter informações mais precisas visando readequações nas estações de tratamentodo Estado.  Na opinião do pesquisador, além de mudança na legislação e naparte técnica, o controle de poluentes despejados nos ambientes aquáticos deve levar em conta também aspectos culturais. "Tanto o poder público como a iniciativa privada devem buscar alternativas para o consumo de água, como o reúso, por exemplo, diminuindo a quantidade de líquido descartado em rios, lagos e oceanos", sugere Subtil.”
<http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/08/estacao-de-tratamento-de-agua-em-cubatao-sp-recebera-melhorias.html> Acesso em: 07/03/2015 – 14:53H
17/08/2013 08h55 - Atualizado em 17/08/2013 08h55
Estação de Tratamento de Água em Cubatão, SP, receberá melhorias.
Investimento de R$ 3,7 milhões irá aperfeiçoar o processo de pré-tratamento.
Cerca de 900 mil pessoas serão beneficiadas com as obras.
A Estação de Tratamento de Água, a maior do interior e litoral de São Paulo e que está localizada em Cubatão(SP), receberá investimentos em torno de R$ 3,7 milhões para melhorias do sistema produtor. Segundo a Sabesp, o valor será utilizado para os trabalhos que envolvem a interligação de uma estação que bombeia a água bruta captada no Rio Cubatão para remoção de areia pelo sistema de desarenador, otimizando o processo de pré-tratamento. Também ocorrerá uma interligação do canal de água tratada, que aumentará o tempo da água no centro de reservação da estação. A obra para interligação dos sistemas de desarenação com o de bombeamento de água bruta deverá ser concluída no início do segundo semestre de 2014. Um conjunto de moto bomba irá manter a operação da estação durante os trabalhos para que os moradores não sejam prejudicados com problemasno fornecimento de água. Com as obras, cerca de 900 mil pessoas atendidas pelo Sistema Integrado de Abastecimento de Água da Região Metropolitana da Baixada Santista serão beneficiadas.
Figura 9 - Estação de Tratamento de Água de Cubatão (SP) (Foto: Divulgação/Sabesp)
5. ENTREVISTAS
<http://www.colegiouniversitas.com.br/index.php?page=entrevistas&id=7> Acesso em: 07/03/2015 – 15:16 h
Sabesp Santos - Parte I
Água e Saneamento
"Nós, da Sabesp, queremos ser a Petrobras da água."
Figura 10 - Andrenandes Sincerre Gonçalves
Andrenandes Sincerre Gonçalves tem 39 anos, trabalha cerca de 21 anos na Sabesp, nascido em São Vicente, porém registrado em Santos.
É Engenheiro Civil, pós-graduado em Saúde Pública e Ambiental, gerente do setor de Distribuição de Água de Santos, órgão responsável pela adução (transporte da água tratada da ETA - Estação de Tratamento de Água até os reservatórios), reservatório (acondicionamento da água tratada) e distribuição da água para a população.
Painel Entrevista - O que é a Sabesp?
Andrenandes: A Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – é uma empresa de economia mista, de capital aberto, que tem como principal acionista o Governo do Estado de São Paulo.
A empresa atua como concessionária de serviços sanitários municipais.
Os principais produtos da Sabesp na Baixada Santista são: captação, tratamento, distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto.
Derivam-se daí os seguintes processos e/ou atividades: engenharia de operação de distribuição da água, de coleta e tratamento de esgoto, estudos de engenharia(setorização, ponto crítico etc.), controle da qualidade da água.
A matéria-prima da Empresa é a água.
Daí sua implicação direta com o meio ambiente, o ciclo hidrológico e a preservação dos mananciais.
Produção de água não implica em recriar um recurso natural, mas tratá-la de forma adequada para satisfazer as necessidades da população em quantidade e qualidade.
Desde a captação de água até a distribuição, há um amplo controle para atender às normas e exigências do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Painel Entrevista - Trace um breve histórico sobre a origem da Sabesp.
Andrenandes: Ela é resultado do nascimento de várias companhias de saneamento na Baixada Santista para o equacionamento da grave questão de doenças, por volta da segunda metade do séc XIX, que matou muita gente por falta de saneamento básico.
Os navios que atracavam no Porto para o embarque e desembarque de pessoas, animais e produtos traziam também doenças para a cidade e isso acabou se agravando pela falta de saneamento.
Em 26/01/1839, foi estabelecida a lei provincial nº 01 que conferiu a condição de cidade ao aglomerado urbano fundado por Brás Cubas.
Houve a necessidade de se criar uma empresa que implantasse o saneamento na cidade de Santos.
Em 24/05/1897, foi outorgada a empresa The City of Santos Improvements Corporation Ltd., conhecida simplesmente por “City”.
Era responsável pelo serviço de abastecimento de água da cidade de Santos e arredores.
Em 1898, foi dissolvida a comissão de saneamento e criada a Repartição de Água e Esgoto da Capital, assim como a Repartição Técnica deÁgua e Esgoto do Estado de São Paulo, tendo entre suas atribuições a de atuar na cidade de Santos e seus arredores.
Segue-se uma série de autorizações, subordinações, incorporações que culminam com a autorização de constituição de uma sociedade por ações, sob denominação de “Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP”, em 29/06/1973, através da Lei Estadual nº 119, com o objetivo de planejar, executar e operar os serviços públicos de saneamento básico em todo o território do Estado de São Paulo.
Pouco mais de dois anos após, o Decreto Estadual 6.892 autorizaram a SABESP a incorporar a Cia. de Saneamento da Baixada Santista – SBS que era responsável pelo gerenciamento dos serviços de água e esgoto dos municípios de Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Ilha Bela, Ubatuba, São Sebastião e Caraguatatuba, assim como a SANEVALE – Cia Regional de Água e Esgotos do Vale do Ribeira.
A incorporação de fato da SBS ocorreu somente após aprovação em Assembléia Geral Extraordinária dos acionistas da SABESP.
Por fim, a Lei nº 12.292, de 02/03/2006, autoriza a Sabesp a operar nos demais Estados do território nacional e fora do país.
(Painel Entrevista averiguou que dentre as doenças constam a febre amarela, a varíola, a peste bubônica, o impaludismo, a febre tifóide, a disenteria e outras doenças que faziam de Santos e de São Vicente uma das regiões mais insalubres do Brasil).
Painel Entrevista- Quais são as suas diretrizes?
Andrenandes: A Sabesp tem como missão a universalização dos serviços públicos de saneamento no Estado de São Paulo e fornecerserviços e produtos de qualidade nos mercados nacional e internacional.
Os seus princípios norteadores são: compromisso com a salubridade ambiental; atendimento equilibrado e eficiente das vertentes do serviço público e do negócio; atuação ética e foco no cliente, em ambiente competitivo; responsabilidade social e ambiental; defesa do setor de saneamento.
Painel Entrevista- Como é o modelo de administração da empresa?
Andrenandes: A Sabesp tem um modelo de administração que é baseado na regionalização por bacias hidrográficas (conjunto de rios que formam essas bacias).
Então, na Baixada Santista, temos uma regional que abrange a Bacia Hidrográfica da Baixada, composta pelos rios Cubatão, Itapanhaú, Jurubatuba, Jurubatuba-Mirim e mais as áreas da Serra do Mar.
O critério utilizado atende à legislação de saneamento ambiental do Estado e sob a ótica da questão social das comunidades.
Sua administração é descentralizada e formada por Unidades de Negócios (UN´s) – unidades da Sabesp descentralizadas da matriz com autonomia para aplicar os recursos e buscar caminhos e parceiros para melhorar o saneamento básico e ambiental de sua área de atuação e, tudo isso, tem como objetivo levar saúde para a população.
Painel Entrevista - O modelo de administração da Sabesp atende a todas as regiões do Estado de São Paulo, conforme preceitua a legislação de Saneamento Estadual - Lei nº.
119?
Andrenandes: Dos 645 municípios paulistas, a Sabesp é responsável por 367 municípios paulistas que são atendidos através da concessãodos serviços de saneamento básico que compreende o planejamento,construção e operação dos sistemas de água, esgoto e efluentes industriais.
São 800 unidades de produção e ao longo das redes de distribuição são realizadas 147 mil análises de água mensalmente.
Para isso, existem 15 centros laboratoriais com padrão de qualidade reconhecidos internacionalmente pelo ISO 9002 ou ISO Guide 25.
O modelo adotado de regionalização por bacias hidrográficas atende à legislação de saneamento estadual e torna mais eficaz o atendimento às demandas sociais e locais.
Painel Entrevista - Quais são as metas da SABESP para a região no futuro?
Andrenandes: A partir de 2007, iniciar-se-á o maior programa de saneamento básico em uma das mais importantes regiões do Estado de São Paulo e do Brasil.
Trata-se do Programa Onda Limpa de Recuperação Ambiental da Baixada Santista que prevê investimentos de R$ 1,23 bilhão, sendo R$ 1,04 bilhão em empreendimentos de coleta e tratamento de esgotos e R$ 187 milhões em aprimoramento dos sistemas de abastecimento de água.
Conta com o financiamento do Japan Bank International Cooperation (JBIC) e a contrapartida da Sabesp e do BNDES.
Dentre os benefícios esperados, além do aprimoramento das condições gerais de saneamento, a Baixada Santista terá um ganho significativo em termos de saúde pública, meio ambiente, desenvolvimento social e progresso econômico, tendo em vista que a região é uma das que mais atraem turistas de todo o mundo, principalmente em épocas de temporada.
Conseqüentemente, a melhoria da balneabilidade das praias abrirá fortes perspectivas para a expansão da indústria do turismo da região.
O Programaprevê a implantação de 1.175 km de redes coletoras, coletores tronco, interceptores e emissários; 120.454 mil ligações domiciliares; 101 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE); 7 Estações de Tratamento de Esgotos; Emissários Submarinos de Santos e Praia Grande.
Em 2008, a Sabesp deseja ser referência na implementação de políticas públicas, reconhecida por seus colaboradores, pelo cidadão e pela sociedade como a melhor empresa prestadora de serviços públicos, com padrão mundial de excelência na prestação de serviços de saneamento e atingir o equilíbrio econômico-financeiro com a ampliação da sua base de atuação em São Paulo e em outros territórios.
Nós, da Sabesp, queremos ser a Petrobras da água.
Será uma empresa dotada de organização simples, flexível e ágil que assegurará uma sinergia entre a descentralização e os objetivos corporativos.
Envie comentários para: opiniao@colegiouniversitas.com.br Assuntos que serão abordados na segunda parte da entrevista: Conheça os seus setores e qual é a função de cada um.
Saiba quantas unidades a Sabesp possui.
Quais têm sido as medidas para minimizar os problemas de abastecimento.
Saiba qual é a diferença entre saneamento básico e ambiental.
EQUIPE DE FOTOGRAFIA, APOIO E PESQUISA 8ª Patrícia Galvão Alexandre Kenzo Sakamoto Queiroz.
Enrico Fraiha Perciavalle.
Felipe Dutra Gonçalves.
Fernando Murakami Min.
Jonathas Moraes Soares Martins.
Lucas de Freitas Silva.
Vitor Nunes Pedroso.
DATA DE REALIZAÇÃO 17/10/2006.
ORIENTAÇÃO Profª.
Sandra Regina.
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Prof.
Lenine Righetto.
SUPERVISÃO E REVISÃO Prof.
Alcides Duarte

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